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Ciclo 
Menstrual
SUMÁRIO
1. Introdução ..........................................................................................................3
2. Eixo hipotálamo-hipófise-gônadas ......................................................................3
Hipotálamo .................................................................................................................. 3
Hipófise ......................................................................................................................... 4
Ovários .......................................................................................................................... 5
Útero .............................................................................................................................. 6
3. Fisiologia do ciclo menstrual ..............................................................................7
Ciclo ovariano ............................................................................................................... 7
Fase lútea .................................................................................................................... 13
Ciclo endometrial ....................................................................................................... 16
Referências ..................................................................................................... 20
Ciclo Menstrual   3
1. INTRODUÇÃO
Define-se ciclo menstrual normal como aquele com 28 ± 7 dias, fluxo durando 4 ± 
2 dias, e perda média de 20 a 60 mL de sangue. Por convenção, o primeiro dia de san-
gramento vaginal é considerado o primeiro dia do ciclo menstrual. Os intervalos entre 
ciclos menstruais variam entre as mulheres e, com frequência, em uma mesma mulher 
em épocas diferentes de sua vida reprodutiva. O ciclo menstrual varia menos entre 20 
e 40 anos de idade. Quando observado sob a perspectiva da função ovariana, o ciclo 
menstrual pode ser definido em fase folicular pré-ovulatória e fase lútea pós-ovulatória. 
As fases correspondentes no endométrio denominam-se fase proliferativa e fase se-
cretora. Para a maioria das mulheres, a fase lútea do ciclo menstrual é estável, durando 
entre 13 e 14 dias. Consequentemente, variações no período do ciclo normal geralmen-
te resultam de variações na duração da fase folicular.
2. EIXO 
HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GÔNADAS
O clico menstrual é consequência da interação entre três entidades anatômicas: 
hipotálamo, hipófise, ovário e útero. Embora seja evidente que o hipotálamo desem-
penhe um papel central na iniciação do ciclo menstrual, está igualmente claro que a 
ciclicidade endócrina é consequência da relação de feedback entre a secreção ova-
riana e o eixo hipotálamo-hipófise. O útero desempenha um papel eminentemente 
passivo, apesar de sua importância na concepção. 
Hipotálamo 
O hipotálamo encontra-se na base do cérebro, imediatamente acima da junção 
dos nervos ópticos. Seus neurônios são especialmente importantes na produção dos 
hormônios: hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), hormônio liberador do hor-
mônio de crescimento (GHRH), hormônio liberador de corticotrofinas (CRF), hormô-
nio liberador de tireotrofinas (TRH). Em relação à produção do GnRH, O hipotálamo é 
influenciado tanto por sinais extrínsecos e intrínsecos ao SNC, quanto pelo controle 
do ovário. A influência exercida pela secreção ovariana sobre o hipotálamo é deno-
minada de feedback, sendo este positivo quando os esteroides ovarianos estimulam 
a produção do GnRH, e negativo quando a secreção ovariana inibe a produção do 
GnRH. Além disso, o próprio GnRH controla sua produção, agindo diretamente no 
hipotálamo, então quando está disponível em grande quantidade ele atua reduzin-
do sua produção, já quando está presente em níveis baixos, age estimulando sua 
liberação. 
Ciclo Menstrual   4
O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), produzido no hipotálamo, exerce 
papel obrigatório no controle da secreção de gonadotrofinas, como o próprio nome 
indica. É responsável pela indução da liberação destas substâncias pela hipófise 
anterior. 
O hipotálamo apresenta ciclos característicos de liberação de seus produtos 
(GnRH, TRH, ACTH etc.) devido a centros tipo marca-passo. Algumas dessas subs-
tâncias são liberadas periodicamente. Outras, em ciclos circadianos, que podem 
estar relacionados a situações fisiológicas, como o ciclo do sono ou ingestão de ali-
mentos, entre outros estímulos.
Quanto à função reprodutiva, o GnRH é o principal hormônio. Na mulher, ele é libe-
rado de uma forma pulsátil, sendo sua periodicidade e amplitude críticas para deter-
minar a liberação correta e fisiológica do FSH e LH (produzidos na adenohipófise). Na 
menina, o centro hipotalâmico encontra-se bloqueado até o período da puberdade, 
quando ocorre sua liberação por razões ainda não bem estabelecidas, supondo-se ha-
ver a participação de fatores ambientais, dos opioides endógenos, do peso corporal e 
da quantidade de gordura corporal, entre outros.
Hipófise
É uma glândula neuroendócrina situada na sela túrcica, e é dividida em adeno-hi-
pófise e neuro-hipófise. A adeno-hipófise é responsável pela secreção dos hormô-
nios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH), hormônio estimulante da tireoide 
(TSH), hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), hormônio de crescimento (GH) e pro-
lactina (PRL). Já a neuro-hipófise secreta ocitocina e vasopressina.
O GnRH age nas células gonadotróficas da hipófise anterior (adeno-hipófise), es-
timulando-as a sintetizar e secretar na corrente sanguínea tanto o FSH quanto o LH. 
No entanto, a secreção de LH é, essencialmente, caracterizada por um pico no meio 
do ciclo menstrual. Já a secreção de FSH caracteriza-se por um aumento na fase 
folicular inicial, um platô na fase lútea e acentuada elevação na fase lútea tardia. Ou 
seja, as gonadotrofinas são secretadas de forma pulsátil, com frequência e amplitu-
de que variam de acordo com a fase do ciclo. Os hormônios esteroides, como o es-
tradiol e a progesterona, ou fatores ovarianos não esteroides, como a inibida, são os 
moduladores da secreção de LH e FSH. 
 Se liga! O padrão pulsátil de liberação das gonadotrofinas é direta-
mente relacionado à secreção pulsátil de GnRH, mas a modulação da amplitu-
de e da frequência são consequências do feedback dos esteroides ovarianos no 
hipotálamo e na hipófise.
Ciclo Menstrual   5
Ovários
O ovário em funcionamento normal sintetiza e secreta hormônios esteroides se-
xuais – estrogênios, androgênios e progesterona – com padrão de controle preciso 
que, em parte, é determinado pelas gonadotrofinas hipofisárias, FSH e LH. Os produ-
tos secretórios mais importantes da biossíntese de esteroides pelos ovários são a 
progesterona e o estradiol. Entretanto, o ovário também secreta estrona, androstene-
diona e 17a−hidroxiprogesterona. Os hormônios esteroides sexuais desempenham 
papel importante no ciclo menstrual preparando o útero para implantação do óvulo 
fertilizado. Se a implantação não ocorrer, a esteroidogênese ovariana declina, o en-
dométrio degenera e ocorre a menstruação.
FLUXOGRAMA DO CONTROLE HORMONAL
Hipotálamo
Hipófise
Ovários
GnRH
LH
Estrogênio
FSH
Progesterona
 Fonte: Elaborado pelo autor
Ciclo Menstrual   6
Útero
A parede uterina consiste em três camadas: serosa, a camada mais externa; 
miométrio, constituído de músculo liso; e endométrio, a camada mais interna, sub-
dividida em estroma e glândulas. As alterações cíclicas, induzidas pelos hormônios 
ovarianos, só se manifestam na camada mais superficial endométrio. 
Figura 1: Estrutura do útero.
Fonte: Autoria própria
Ciclo Menstrual   7
3. FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL
Podemos dividir, de uma forma didática, o ciclo menstrual em dois ciclos que inte-
ragem e são interdependentes: ovariano e endometrial (menstrual).
Ciclo Ovariano
O ciclo ovariano pode ser dividido em três fases: fase folicular, fase ovulatória e 
fase lútea. 
Fase Folicular
A fase folicular, ou proliferativa,é a primeira fase do ciclo menstrual, e ocorre do 
primeiro dia da menstruação até o dia do pico de LH. Durante essa fase, ocorre uma 
sequência ordenada de eventos, que assegura que um número apropriado de folí-
culos se desenvolva e esteja pronto para a ovulação. O resultado final desse desen-
volvimento folicular é, comumente, um único folículo maduro viável, o qual passará 
pelos estágios de folículo primordial, folículo primário, folículo pré-antral, antral e pré
-ovulatório. Esse processo ocorre ao longo de 10 a 14 dias. 
 Se liga! A duração do ciclo menstrual é determinada pela variação 
na duração da fase folicular, ou seja, o tempo necessário para que o folículo se 
desenvolva e atinja sua maturidade.
O sinal para o recrutamento folicular inicia-se na fase lútea do ciclo anterior, com 
a diminuição da progesterona, do estradiol e da inibina A. Como consequência, o 
feedback negativo sobre o FSH é liberado, observa-se então seu aumento nos pri-
meiros dias da fase folicular. Esse aumento é o sinal para o recrutamento folicular. 
Aproximadamente 15 ou mais folículos são recrutados a cada ciclo.
Desenvolvimento Folicular: O desenvolvimento folicular inicia-se com os folículos 
primordiais gerados durante a vida fetal. Esses folículos nada mais são que oócitos 
suspensos na primeira divisão meiótica, circundados por uma camada única de cé-
lulas granulosas achatadas. São separados do estroma por uma membrana basal 
delgada. Os folículos pré-ovulatórios são avasculares. Consequentemente, são cri-
ticamente dependentes da difusão e, no final do seu desenvolvimento, de junções 
comunicantes para obtenção de nutrientes e eliminação de excretas metabólicas. A 
difusão também permite a passagem dos precursores de esteroides da camada de 
células tecais para a camada de células da granulosa.
Ciclo Menstrual   8
No estágio seguinte do desenvolvimento, as células da granulosa se tornam 
cuboides e aumentam em número para formar uma camada pseudoestratificada. 
Nesse momento, o folículo é denominado folículo primário. Uma importante mudan-
ça que ocorre nessa fase é a diferenciação das células do estroma em teca interna 
e teca externa, que independe da estimulação pelas gonadotrofinas. Há um padrão 
de crescimento limitado, que pode ser rapidamente seguido de atresia. Esse padrão 
só é interrompido se, a partir deste estágio, o grupo de folículos responder a uma 
elevação do FSH e ser incentivado ao crescimento. A cada ciclo menstrual, na fase 
lútea do ciclo precedente, a diminuição da progesterona, do estradiol e da inibina A, 
resultante da regressão do corpo lúteo, possibilita a elevação do FSH por feedback 
negativo, alguns dias antes da menstruação, o que permite o recrutamento folicular.
Quando ocorre um crescimento folicular final e aumento significativo no núme-
ro de células da granulosa, incentivado pelo FSH, surge o folículo secundário ou 
pré-antral. Caracteristicamente, nesse estágio, células da granulosa tornam-se 
cuboidais e apresentam-se em várias camadas. Secretam uma matriz glicoproteica, 
chamada de zona pelúcida. As células da granulosa do folículo pré-antral são capa-
zes de sintetizar todas as três classes de esteroides, no entanto, são produzidos sig-
nificativamente mais estrogênios. 
 Saiba mais! A produção de estrogênio pelo folículo pré-antral é 
explicada pelo sistema de duas células, duas gonadotrofinas. Nos folículos pré
-antrais e antrais, os receptores para o LH estão presentes apenas nas células 
da teca, e os receptores para o FSH apenas nas células da granulosa. As célu-
las da teca, a partir da entrada do colesterol induzida pelo LH, são capazes de 
produzir androgênios, que são transportados às células da granulosa e lá são 
convertidos em estrogênios, através da aromatização induzida pelo FSH.
Com o desenvolvimento em curso, e sob a influência sinérgica do estrogênio e do 
FSH, ocorre um aumento na produção do líquido folicular, que começa a se acumular 
entre as células da granulosa, que posteriormente se une, formando uma cavidade 
cheia de líquido rico em estrogênios produzidos pelas células da granulosa, essa 
cavidade é conhecida como antro. O folículo passa então a ser denominado folículo 
terciário ou antral. As células da granulosa que circundam os oócitos passam a ser 
chamadas de cumulus ooforus. O folículo que possui a maior taxa de proliferação da 
granulosa, contém concentrações de estrogênio mais elevadas e, consequentemen-
te, possui oócitos de melhor qualidade.
Na presença de FSH, o estrogênio passa a ser o elemento dominante no líquido foli-
cular. Na ausência de FSH, o androgênio predomina. E um microambiente androgênico 
opõe-se à proliferação da granulosa e acarreta degeneração do oócito, gerando a atresia.
Ciclo Menstrual   9
 Se liga! Os estágios iniciais do desenvolvimento (até o folículo se-
cundário) não exigem estimulação de gonadotrofinas e, por isso, são ditos “in-
dependentes de gonadotrofinas”. A maturação folicular final exige a presença 
de quantidades adequadas de LH e FSH na circulação e, portanto, diz-se que é 
“dependente de gonadotrofinas”.
No estágio final do desenvolvimento folicular, as células da granulosa tornam-se 
maiores e as da teca ricamente vascularizadas, e folículo é então denominado de 
pré-ovulatório. Aproximando-se da maturação, o folículo pré-ovulatório produz quan-
tidades cada vez maiores de estrogênio. Durante a fase folicular tardia, o estrogênio 
eleva-se rapidamente, atingindo seu pico cerca de três dias antes da ovulação. O iní-
cio do pico de LH ocorre um dia depois que o pico de estrogênio é atingido.
É importante salientar que a concentração e o tempo de duração da elevação do 
estradiol são determinantes para a liberação do LH. Para tanto, a concentração de 
estradiol deve ser maior do que 200 pg/ml, que deve persistir por aproximadamente 
50 horas.
Atuando através de seus receptores, o LH promove luteinização das células da 
granulosa no folículo dominante, resultando na produção de progesterona. Há, então, 
um pequeno aumento na produção de progesterona que começa a ser detectado 12 
horas antes da ovulação, e receptores para esse esteroide começam a surgir nas cé-
lulas da granulosa.
A progesterona facilita o feedback positivo do estrogênio, agindo diretamente na 
hipófise e contribuindo para a elevação do FSH e do LH, observada no meio do ciclo 
menstrual. As células da teca dos folículos em atresia, sob ação do LH, aumentam a 
produção de androgênio, elevando os níveis deste no plasma. 
Desenvolvimento folicular até a ovulação
ESTÁGIO
FOLÍCULO 
PROMORDIAL
FOLÍCULO 
PRIMÁRIO
FOLÍCULO 
SECUNDÁRIO
FOLÍCULO 
TERCIÁRIO
FOLÍCULO 
PRÉ-
OVULATÓRIO 
SELECIONADO
(Folículo 
dominante)
Atividade Repouso Crescimento 
Crescimento, 
pré-antral 
Crescimento, 
antral 
Crescimento 
rápido
Tamanho ≈ 0,03 mm 
≈ 0,04 – 0,1 
mm 
≈ 0,01 – 0,2 
mm 
≈ 0,2 – 2 mm 
≈ 5 mm até 
20-30 mm
Ciclo Menstrual   10
ESTÁGIO
FOLÍCULO 
PROMORDIAL
FOLÍCULO 
PRIMÁRIO
FOLÍCULO 
SECUNDÁRIO
FOLÍCULO 
TERCIÁRIO
FOLÍCULO 
PRÉ-
OVULATÓRIO 
SELECIONADO
(Folículo 
dominante)
Ovócito 
Pequeno ovó-
cito primário 
(DNA 4n) 
Ovócito primá-
rio aumentado
Ovócito primá-
rio aumentado
Ovócito primá-
rio aumentado
A meiose com-
pleta-se para 
formar o ovóci-
to secundário 
(2n) e o corpús-
culo polar (2n)
Zona pelúcida* Aparece Presente Presente Presente 
Células da 
granulosa
Células 
precursoras 
Camada única. 
O nº de células 
aumenta
3-6 camadas
Múltiplas 
camadas
Aumento no 
número de 
células
Antro 
Desenvolve-se 
no interior da 
camada de 
células da gra-
nulosa e é pre-
enchido com 
líquido
Aumento do 
tamanho 
Lâmina basal Presente Presente Presente Presente Presente
Teca 
Aparece e co-
meça a formar 
duas camadas 
Camada in-
terna: células 
secretoras e 
pequenos va-
sos sanguíneos
Camada ex-
terna: tecido 
conectivo, 
músculo liso, 
grandes vasos 
sanguíneos
Vascularização Aparece 
Vasos sanguí-
neos na teca
Aumenta* A zona pelúcida é uma capa de glicoproteínas que protege o ovócito.
Fonte: Adaptado de SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. 
Porto Alegre. 2017.
Ciclo Menstrual   11
Fase Ovulatória
A ovulação acontece como consequência da ação simultânea de diversos meca-
nismos que ocorrem no folículo dominante, estimulando sua maturação e induzindo 
a rotura folicular. Somente o folículo que atinge seu estágio final de maturação é 
capaz de se romper. O marcador fisiológico mais importante da aproximação da ovu-
lação é o pico do LH no meio do ciclo, o qual é precedido por aumento acelerado do 
nível de estrogênio.
Sabe-se que o folículo pré-ovulatório produz, com a síntese crescente de estra-
diol, seu próprio estímulo ovulatório. O pico de estradiol estimula o pico de LH e, 
consequentemente, a ovulação. O início do pico de LH ocorre 32 a 36 horas antes da 
ovulação. 
No momento da ovulação, dentro do microambiente do folículo dominante, ocor-
rem três fenômenos principais: 
•	 Recomeço da Meiose: O oócito permanece em meiose I até a onda de LH, 
quando ocorre a retomada da meiose e o oócito torna-se apto para fertilização. 
Portanto, o pico de LH faz o oócito reassumir a meiose, estimula a síntese de 
prostaglandinas e luteiniza as células da granulosa que, por sua vez, sintetizam 
a progesterona. Esse processo de retomada da meiose é mais uma interrupção 
da inibição do que propriamente um fenômeno estimulado. O oócito reassume 
a maturação nuclear, acontece a transição da prófase I para a metáfase I e a 
extrusão do primeiro corpúsculo polar na metáfase II. Esses fatos ocorrem em 
sincronia com a maturação citoplasmática e da zona pelúcida no preparo para 
a fecundação. A meiose só se completa após a penetração do espermatozoide 
e a liberação do segundo corpúsculo polar.
•	 Luteinização: Um pequeno aumento da progesterona ocorre 12 a 24 horas an-
tes da ovulação. Esse aumento da progesterona antes da ovulação tem impor-
tância na indução da onda de FSH e LH, pelo aumento do feedback positivo do 
estradiol na ação desses hormônios. O pico do FSH acompanhado do LH não 
ocorre sem um aumento pré-ovulatório nos níveis da progesterona. Por outro 
lado, a elevação progressiva na progesterona pode atuar de modo a terminar 
o pico de LH, pois, sob concentrações mais elevadas, é exercido um efeito de 
feedback negativo. Além de seus efeitos centrais, a progesterona aumenta a 
distensibilidade da parede folicular. A parede torna-se delgada e estirada, e a 
expulsão do oócito ocorre após a ação de enzimas proteolíticas que digerem o 
colágeno. A produção dessas enzimas é induzida pela ação das gonadotrofinas 
(LH e FSH) e da progesterona.
Ciclo Menstrual   12
•	 Ovulação: O processo de ovulação é comparado a uma reação inflamatória, na 
medida em que ambos envolvem componentes, como neutrófilos, histamina, 
bradicinina, enzimas e citocinas. Desde a fase folicular, sob ação das gonado-
trofinas no folículo, há acúmulo de prostaglandinas E e F e produção de grande 
quantidade de fator ativador de plasminogênio, consequentemente plasmina e 
outras proteases, as quais ativam a colagenase que irá digerir o colágeno pre-
sente na parede do folículo, o que facilita a liberação do oócito.
O FSH e LH estimulam também a produção e o depósito de ácido hialurônico em 
volta do oócito e dentro da coroa radiada, dispersam e separam o complexo cúmulo
-oóforo da membrana da granulosa. Sob ação sinérgica das prostaglandinas E e F e 
do LH, acontece contração das células musculares da parede folicular, já enfraqueci-
da, com extrusão do oócito, ocorrendo, dessa forma, a ovulação. 
Paralelamente às mudanças estruturais que ocorrem durante o processo ovulató-
rio, que envolvem a ação das proteases, ocorrem modificações importantes no fluxo 
sanguíneo do ovário. Vários mediadores produzidos e liberados pelo ovário após o 
pico pré-ovulatório de LH, como as prostaglandinas, a histamina, os neuropeptídios e 
o óxido nítrico, exercem um efeito sobre o sistema vascular do folículo. Observa-se, 
então, um aumento do fluxo sanguíneo intrafolicular, além de um aumento na perme-
abilidade capilar. A rotura folicular se acompanha de eliminação do óvulo e do líquido 
folicular para a cavidade peritoneal. Pode haver uma irritação local e, consequente-
mente, a dor abdominal referida por algumas mulheres. Tão logo isso ocorra, o óvulo 
é apreendido pelas fímbrias tubárias, e fica à mercê dos movimentos das tubas e do 
epitélio ciliar.
Estudos ultrassonográficos realizados em mulheres demonstraram que a ovula-
ção não ocorre em lados alternados, mas ocorre aleatoriamente em qualquer ovário 
(Baird, 1987).
Ciclo Menstrual   13
Fase Lútea
Fase lútea
ESTÁGIO CORPO LÚTEO
CORPO ALBICANTE 
PÓS-LUTEAL
Atividade Secreta hormônios Nenhuma 
Tamanho 
Ovócito Nenhum Nenhum
Zona pelúcida* Nenhuma Nenhuma 
Células da granulosa Convertidas em células lúteas As células lúteas degeneram 
Antro 
Preenchido com células 
migratórias
Nenhum 
Lâmina basal Desaparece 
Teca Convertidas em células lúteas As células lúteas degeneram 
Vascularização Aumenta Desaparece
* A zona pelúcida é uma capa de glicoproteínas que protege o ovócito.
Fonte: Adaptado de SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma 
abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre. 2017.
Uma vez liberado o oócito, a estrutura dominante passa a se chamar corpo lúteo. 
Antes da ruptura do folículo e liberação do óvulo, as células da granulosa começam 
a aumentar de tamanho e assumem um aspecto caracteristicamente vacuolado, as-
sociado ao acúmulo de um pigmento amarelado, a luteína.
O aumento na vascularização local favorece o aporte do LDL-colesterol, substrato 
importante na síntese de progesterona. Sob influência de fatores que induzem a an-
giogênese, os capilares penetram na granulosa, atingem a cavidade central e, usual-
mente, preenchem-na com sangue. 
O funcionamento lúteo normal requer um desenvolvimento folicular pré-ovulatório 
adequado, sobretudo um estímulo apropriado de FSH e um ininterrupto apoio tônico 
do LH, o que resulta em síntese e secreção adequada de estradiol e progesterona. 
Sabe-se da necessidade de estrogênio para a síntese de receptores de progesterona 
no endométrio. O estrogênio da fase lútea é necessário para que ocorram as altera-
ções induzidas pela progesterona no endométrio após a ovulação. Uma quantidade 
Ciclo Menstrual   14
inadequada de receptores de progesterona pode levar a uma preparação inadequada 
do endométrio, e representar, portanto, uma possível causa de abortamento precoce.
A cada pulso de LH existe um aumento na concentração de progesterona. A pro-
gesterona atua tanto centralmente quanto no interior do ovário, na supressão de no-
vos crescimentos foliculares. Esses pulsos de LH são maiores no início da fase lútea 
e diminuem gradativamente até valores baixos na fase lútea tardia, que favorece a 
atuação de fatores que levam à luteólise. Como consequência, o corpo lúteo entra 
em processo de degeneração. Caso ocorra gravidez, o hCG mantém o funcionamen-
to lúteo até que a esteroidogênese placentária se estabeleça plenamente.
As fases de desenvolvimento folicular são abordadas na imagem seguinte:
Figura 3: Anatomia ovariana e fases de desenvolvimento folicular. 
Fonte: udaix/Shutterstock.com
Ciclo Menstrual   15
Figura 4: Controle hormonal do ciclo menstrual. AMH - Hormônio Antimulleriano. 
Fonte: Autoria própria
MAPA MENTAL: CICLO OVARIANO
Ciclo ovariano
Fase LúteaFase Folicular Fase Ovulatória
Folículo primordial
Folículo pré-antral
Folículo primário
Folículo antral
Folículo pré-ovulatório
Desenvolvimento folicular
Dominação do corpo lúteo 
após a liberação do oócito
Ovulação a partir 
do pico de LH
Recomeço da meiose
Luteinização
Ovulação
 Fonte: Elaborado pelo autor
Ciclo Menstrual   16
Ciclo Endometrial
Em um ciclo menstrual ovulatório ocorrem alterações anatômicas e funcionais 
específicas nos componentes glandulares, vasculares e estromais doendométrio.
O endométrio pode ser dividido, do ponto de vista morfológico, na camada funcio-
nal, que compreende os dois terços superiores, e na camada basal, que compreende 
o terço inferior. A finalidade da camada funcional é preparar-se para a implantação 
do embrião em fase de blastocisto. 
 Se liga! Na fase proliferativa do ciclo menstrual, a produção aumen-
tada de estrógenos provoca a reconstrução e o crescimento do endométrio. 
Na fase anterior, a descamação menstrual provocará a perda tecidual que será 
reconstituída nesta fase.
As glândulas representam a porção mais responsiva do endométrio à ação estro-
gênica. A princípio, elas são estreitas e tubulares, revestidas por células de epitélio 
colunar baixo. Mitoses tornam-se proeminentes e observa-se a pseudo-estratifica-
ção, as glândulas tornam-se alongadas e um pouco tortuosas. Um revestimento epi-
telial contínuo é formado de face para a cavidade endometrial.
O componente estromal evolui a partir de sua condição menstrual através de um 
breve período de edema para um estado final semelhante a um sincício frouxo. As ar-
teríolas espiraladas tornam-se finas. Todos os componentes tissulares demonstram 
proliferação, com pico nos dias 8 a 10 do ciclo. Essa proliferação é marcada por au-
mento da atividade mitótica. 
O ciclo endometrial pode ser dividido em três fases histológicas, determinadas 
pelos diferentes estímulos dos hormônios produzidos pelos ovários: endométrio 
menstrual, endométrio proliferativo, endométrio secretor.
O endométrio menstrual caracteriza-se por uma ruptura irregular do endométrio, 
que ocorre pela interrupção da secreção das glândulas endometriais na ausência de 
implantação embrionária. Essa sequência de eventos ocorre devido ao término da 
vida funcional do corpo lúteo, o que ocasiona a redução da produção de estrogênio e 
progesterona. A diminuição dos níveis desses hormônios leva a reações vasomoto-
ras, à perda decidual e à menstruação. Os espasmos vasculares levam à isquemia e 
à perda de tecido. Há também ruptura de lisossomas e liberação de enzimas proteo-
líticas que provocam destruição local adicional de tecido.
Prostaglandinas são produzidas durante todo o ciclo menstrual, mas apresentam 
maior concentração no período menstrual. A PGF2alfa é um potente vasoconstrictor 
que intensifica os espasmos arteriolares, causa isquemia adicional do endométrio 
Ciclo Menstrual   17
e leva à ocorrência de contrações miometriais. Essas contrações podem servir para 
expelir fisicamente o tecido endometrial que descama do útero.
 Se liga! O fluxo menstrual é um resultado dos efeitos combinados 
da vasoconstricção prolongada, colapso tecidual, estase vascular e reparação 
induzida pela ação estrogênica. A camada basal do endométrio permanece in-
tacta, e pode assim iniciar a reparação da camada funcional.
O endométrio proliferativo corresponde à fase folicular no ovário. Após três a qua-
tro dias de menstruação, o endométrio inicia sua regeneração, e cresce rapidamente 
em resposta ao estímulo estrogênico. No início, as glândulas endometriais são pe-
quenas, tubulares e curtas. No final dessa fase, tornam-se alongadas e tortuosas. O 
estroma é denso. Outra característica importante é o aumento das células ciliadas e 
microvilosas, importantes para a fase seguinte do endométrio, a fase secretora.
O endométrio secretor corresponde à fase lútea no ovário. Caracteriza-se pela 
atuação da progesterona produzida pelo corpo lúteo em contraposição à ação es-
trogênica. As glândulas endometriais se encontram em processo progressivo de 
dilatação, tornando-se cada vez mais tortuosas. O estroma é edemaciado. Os va-
sos sanguíneos apresentam-se espiralados. As células das glândulas endometriais 
formam vacúolos característicos, contendo glicogênio. No início, esses vacúolos 
aparecem sob o núcleo e depois seguem em direção à luz glandular. O estroma 
permanece inalterado até o sétimo dia após a ovulação, quando se inicia edema 
progressivo do tecido. Nesse mesmo período, a atividade secretora das glândulas 
costuma ser máxima e o endométrio já se encontra preparado para a implantação do 
blastocisto.
 Saiba mais! A expressão de receptores de estrogênio e progeste-
rona também varia durante o ciclo menstrual. A concentração de Receptores de 
Estrogênio é alta na fase proliferativa e diminui após a ovulação, o que reflete 
a ação supressiva da progesterona sobre estes receptores. A concentração de 
Receptores de Progesterona é máxima durante a fase ovulatória, o que reflete a 
indução desses receptores pelo estradiol. Eles reduzem muito nas glândulas na 
fase lútea, mas continuam presentes no estroma.
A imagem abaixo resume as fases do ciclo ovariano ocorrendo em concomitância 
com o ciclo endometrial, controlado pelos hormônios gonadotróficos:
Ciclo Menstrual   18
Figura 5: Controle gonadotrófico dos ciclos ovariano e endometrial. 
Fonte: Slave SPB/shutterstock.com
MAPA MENTAL: CICLO ENDOMETRIAL
Ciclo Endometrial
Endométrio ProliferativoEndométrio Menstrual Endométrio Secretor
Descamação irregular do 
endométrio devido a 
redução de estrógeno 
e progesterona
Regeneração do 
endométrio após 
a descamação
Preparação para que 
o embrião possa 
se implantar.
 Fonte: Elaborado pelo autor
Ciclo Menstrual   19
MAPA MENTAL GERAL
Fisiologia
Primeiro dia da 
menstruação = 
primeiro dia do cicloRegulação endócrina Duração aprox. 28 dias.
GnRH
FSH e LH
Estrogênio, progesterona, estrona, 
androstenediona e 17a−hidroxiprogesterona
Hipófise
Ovários
Hipotálamo
Atividade secretora 
máxima
Atuação da progesterona 
produzida pelo corpo lúteo 
em contraposição à ação 
estrogênica
Maior produção de prostaglandinas Vasos sanguíneos 
apresentam-se 
espiraladosAusência de implantação embrionária
Redução da pro-
dução de estrogênio e 
progesterona
Glândulas endometriais → 
progressivo de dilatação, 
tornando-se cada vez 
mais tortuosas
Corresponde à fase 
lútea no ovário
Endométrio ProliferativoEndométrio SecretorEndométrio Menstrual
Ciclo endometrial
Isquemia adicional do 
endométrio e leva à 
ocorrência de contrações 
miometriais
Vasoconstricção
Interrupção da secreção 
das glândulas endometriais
Ruptura irregular 
do endométrio
Corresponde à fase 
folicular no ovário
O endométrio cresce 
rapidamente em 
resposta ao estímulo 
estrogênico
Há aumento das células 
ciliadas e microvilosas
Glândulas endometriais 
são pequenas, 
tubulares e curtas
Glândulas endometriais 
tornam-se alongadas 
e tortuosas
Início
Final
Ciclo ovariano
Fase Folicular
Células da granulosa tornam-
se cuboidais e apresentam-
se em várias camadas
São capazes de sintetizar 
todas as três classes de 
esteroides Mais estrogênios
Inibem FSH e LH
Aumento na produção 
do líquido folicular
Aumento significativo 
no número de células da 
granulosa
Células granulosas achatadas
Dura cerca de 10 a 14 dias
Rico em estrogênios 
produzidos pelas células 
da granulosa
Possui a maior taxa de proliferação da granulosa
Cavidade cheia de líquido
Células da granulosa tornam-
se maiores
Células da teca ricamente 
vascularizadas
Produz quantidades cada vez 
maiores de estrogênio
Pré-ovulatório
Folículo primário
Ocorre do primeiro dia 
da menstruação até o 
dia do pico de LH
Primeira fase do 
ciclo menstrual
Antral
Diferenciação da teca interna e teca externa
Células da granulosa cuboides e + numerosas
Avasculares
Gerados durante a vida fetal Oócitos suspensos na 1ª 
divisão meiótica
Folículo primordial
Folículo pré-antral
Fase Lútea Células da teca e 
da granulosa são 
convertidas em 
células lúteas
Aumento da secreção 
de estrogênio, 
progesterona e inibina
12 a 24 H antes da ovulação
Onda de FSH e LH
32 a 36H antes da ovulação
Contração das células 
musculares da parede 
folicular
Pico do LH
Aumento da progesterona
Prostaglan-dinas + LH
Aumento acelerado do nível de estrogênio
Luteinização
Recomeço da Meiose
Ovulação
Fase Ovulatória Fase Lútea tardia Diminuiçãoda secreção de estrogênio e progesterona
 Fonte: Elaborado pelo autor
Ciclo Menstrual   20
REFERÊNCIAS 
Hoffman BL, Schorge JO, Schaffer JI. Ginecologia de Williams. 2. ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2014. 
Camargos AF, Melo VH de. Ginecologia ambulatorial. 2. ed. Belo Horizonte: 
Coopmed, 2008. 
Silverthorn DU. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Por to Alegre. 
2017.
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