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NEUTROPENIA FEBRIL

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DIRETRIZES PARA O MANEJO INICIAL DA 
NEUTROPENIA FEBRIL, APÓS QUIMIOTERAPIA, 
EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CÂNCER
DIRETRIZES
Departamento Científi co de Oncologia
Presidente: Denise Bousfi eld da Silva
Secretário: José Henrique Silva Barreto
Conselho Científi co: Jose Carlos Martin Córdoba, Luiz Gonzaga Tone, 
Mara Albonei Dudeque Pianovski, Mariana Bohns Michalowski, 
Sidnei Epelman, Sima Esther Ferman
Índice
Introdução ........................................................................ 2
Diagnóstico ...................................................................... 3
• Clínico ....................................................................... 3
• Laboratorial e por imagem ......................................... 3
Manejo terapêutico inicial .................................................. 5
Referências bibliográfi cas .................................................. 5
Nº 02 / 2018
DIRETRIZES PARA O MANEJO INICIAL DA NEUTROPENIA FEBRIL, APÓS QUIMIOTERAPIA, EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CÂNCER
2 Sociedade Brasileira de Pediatria
Introdução
As taxas de mortalidade por câncer na criança e no ado-
lescente são indicadores sensíveis do acesso e da efeti-
vidade dos cuidados médicos prestados, considerando 
que o progresso médico, em termos de diagnóstico pre-
coce e o tratamento melhoraram a expectativa de vida 
desses pacientes e, portanto, não mais traduzem sua 
incidência1,2.
Atualmente o tratamento do câncer, envolve o uso de 
combinações terapêuticas mais intensivas, as quais de-
terminaram aumento na sobrevida global e na sobrevida 
livre de doença1,2. A terapia antineoplásica e a própria 
doença, entretanto, podem conduzir a eventos adversos 
agudos e crônicos, gerando sinais e sintomas que usu-
almente não são de domínio dos pediatras.
A febre pode ser a primeira manifestação de uma infec-
ção grave, particularmente durante os períodos de neu-
tropenia induzidos pela quimioterapia3. Dos pacientes 
que recebem quimioterapia, mais de 80% apresentarão 
pelo menos um episódio febril durante o período de neu-
tropenia e, destes, 5% a 10% evoluirão a óbito, apesar 
da antibioticoterapia de amplo espectro4.
A neutropenia torna-se clinicamente importante nos pa-
cientes com câncer quando a contagem absoluta de 
neutrófi los for inferior a 500/mm3 ou inferior a 1.000/mm3, 
com previsão de queda nas próximas 48 horas5.
O risco relativo de infecção está relacionado ao grau e 
à duração da neutropenia3,6. É importante, no entanto, 
o pediatra estar ciente que o paciente com doença on-
cológica possui risco aumentado de infecção, mesmo 
quando a contagem de neutrófi los é normal, pois es-
sas crianças possuem alterações hematológicas qua-
litativas, ou seja, apresentam a chamada ‘’neutropenia 
funcional’’7. Fatores de risco para infecção, independen-
temente do número absoluto de neutrófi los, incluem os 
pacientes com doenças hematológicas malignas que 
apresentam prejuízo da fagocitose e da morte dos pató-
genos, a quebra da barrreira cutâneo-mucosa e os que 
utilizam cateter venoso central8,9.
Em alguns pacientes ao invés de febre, pode ocorrer 
hipotermia, hipotensão arterial ou confusão mental. As-
sim, a possibilidade de infecção deve ser considerada e 
tratada empiricamente, se houver qualquer sinal de de-
terioração clínica na criança com neutropenia, indepen-
dentemente da temperatura aferida8.
A infecção representa a maior causa de letalidade nos 
pacientes com câncer, devendo ser tratada de forma 
efi caz e rápida4,10. Neste contexto, a avaliação do ris-
co de complicações infecciosas graves em pacientes 
neutropênicos febris, pela classifi cação em baixo e alto 
risco, pode orientar a conduta a ser utilizada pelo pedia-
tra. Assim, esta classifi cação pode auxiliar o pediatra na 
defi nição do antibiótico empírico a ser utilizado, no tipo 
de regime de tratamento (ambulatorial ou internação), na 
via a ser utilizada (oral ou parenteral), na duração da te-
rapêutica e, até na necessidade de profi laxia7.
Os pacientes considerados de baixo risco para infecção 
são:8,11,12,13
– Aqueles com tumores sólidos;
– Ausência de comorbidades;
– Doença neoplásica em remissão;
– Condições clínicas estáveis;
– Aqueles que não estão internados durante o início da 
febre;
– Aqueles com neutropenia de duração inferior a 7 dias.
Os pacientes de alto risco para infecção incluem: 8,11,12,13
– Leucemias ou linfomas não Hodgkin e os pacientes 
nos primeiros 30 dias do transplante de célula hema-
topoiética;
– Contagem de neutrófi los abaixo de 100 células/mm3;
– Síndrome da resposta infl amatória sistêmica (SRIS);
– Disfunção orgânica aguda;
– Evidência de insufi ciência hepática (níveis de amino-
transferases maiores que 5 vezes o valor normal) ou 
insufi ciência renal (clearance < 30 mL/min.);
– Instabilidade hemodinâmica;
– Infecção no cateter venoso central (CVC);
– Celulite extensa, bacteremia, pneumonia ou outras 
infecções graves documentadas;
– Neutropenia de duração superior a 7 dias;
– História recente de internação;
– Uso recente de antimicrobianos;
– Mucosites graus III-IV.
A taxa documentada de infecção na neutropenia indu-
zida pela quimioterapia varia de 10-40%, sendo a bac-
teremia a mais comum forma de infecção documenta-
da3,14-17. A taxa de bacteremia é variável na dependência 
da instituição em que o paciente está sendo atendido e 
da doença de base15,16,18-21. Outros sítios de infecção in-
cluem o trato gastrintestinal (mucosite oral ou intestinal, 
diarreia causada pelo Clostridium diffi cile e Salmonella 
spp), infecções do trato respiratório superior e inferior, 
trato urinário, pele e tecidos moles10,14,22.
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A maioria das infecções nesses pacientes são de etiolo-
gia bacteriana, pelo mecanismo de translocação através 
do trato gastrointestinal para a corrente sanguínea. A 
percentagem de identifi cação de bactérias gram-positi-
vas ou gram-negativas varia em diferentes países, sen-
do fundamental o conhecimento da epidemiologia local 
para escolha racional da terapia antibiótica empírica, 
como já apontado por diversos estudos5,11. Outros mi-
crorganismos, entretanto, podem ser responsáveis pela 
febre, sendo importante assim, além da investigação mi-
crobiológica com pesquisa de bactérias, a inclusão de 
fungos, micobactérias atípicas e infecções virais, quan-
do pertinente5.
Os pacientes que devem ser considerados de alto risco 
para doença fúngica invasiva são aqueles com leucemia 
mieloide aguda, leucemia linfoide aguda de alto risco, 
recaída de leucemia aguda, os submetidos a transplante 
alogênico de medula óssea, aqueles com neutropenia 
prolongada e as crianças recebendo altas doses de cor-
ticosteroides23.
Diagnóstico
• Clínico
A anamnese e o exame físico minucioso, além da estra-
tifi cação de risco no paciente com doença oncológica 
e neutropenia febril apresentam forte recomendação 
científi ca23.
O pediatra deve questionar sobre o tipo histológico da 
neoplasia, a data da última quimioterapia, tipo de qui-
mioterapia utilizada, comorbidades associadas, causas 
concomitantes não infecciosas de febre (como recebi-
mento de produtos sanguíneos), uso de antibiótico ou 
antifúngico recente (terapêutico ou profi lático), presença 
de infecção prévia e sobre o uso de cateter intravascular, 
ou a presença de outros dispositivos5,7,11-13,23.
Em uma coorte histórica multicêntrica, cateteres total-
mente implantáveis foram associados a menor risco de 
infecção bacteriana grave em comparação com catete-
res externos tunelados e cateteres inseridos periferica-
mente24.
Os sinais vitais devem ser monitorados, pois podem ser 
o único indicador a chamar a atenção para a possibilida-
de de infecção grave, mesmo que a criança mantenha 
aparente bom estadogeral2,5. Alguns estudos publica-
dos identifi caram que somente 45% dos pacientes neu-
tropênicos apresentavam outros sinais e sintomas, além 
da febre5,7.
No exame físico, o pediatra deve ter atenção especial 
à avaliação da pele, mucosas, fâneros, região genital, 
anal, oral e locais de inserção de cateteres, visando a 
identifi cação do foco infeccioso2,5. Os sinais infl ama-
tórios e os possíveis focos de infecção podem estar 
ausentes nos pacientes com neutropenia devido a res-
posta diminuída à infl amação. A presença de dor, ou 
eritema local, mesmo que discretos, podem sinalizar a 
possibilidade de infecção. Os sinais visuais de infl ama-
ção podem se tornar evidentes somente quando hou-
ver a recuperação da contagem de neutrófi los. Assim, 
a realização de exame físico seriado é essencial nesses 
pacientes2.
• Laboratorial e por imagem
Hemograma completo, provas de função renal e hepá-
tica, eletrólitos, lactato, proteína C reativa, procalcitoni-
na (quando disponível), exame qualitativo de urina em 
menores de 5 anos de idade, hemocultura e cultura de 
secreções ou de feridas, quando presentes, são fun-
damentais na avaliação desses pacientes. A urocultura 
pode ser útil em meninas com neutropenia febril ou em 
crianças pequenas que podem não se queixar de sinto-
mas urinários5,7,12,24. A aspiração ou biópsia está indica-
da em crianças com lesões cutâneas e de tecidos mo-
les, devendo ser enviadas para microbiologia, cultura, 
histologia e citologia22. A hemocultura deve ser coletada 
imediatamente, e deve ser retirada de cada lúmen do 
cateter, quando este acesso estiver disponível1,2.
O raciocínio clínico para solicitar cultura do cateter cen-
tral e, também do sangue periférico é diferenciar uma 
infecção relacionada ao cateter, de uma bacteremia de 
outra fonte, e orientar a decisão sobre a retirada ou não 
do cateter central. A infecção sanguínea relacionada ao 
cateter pode ser diagnosticada se a contagem de co-
lônias do sangue obtido do cateter for pelo menos três 
vezes superior à obtida do sangue periférico, ou se a 
cultura obtida do cateter for positiva pelo menos duas 
horas antes da coletada do sangue periférico, quando 
utilizado o sistema de leitura contínuo. No entanto, como 
as recomendações para o tratamento das infecções re-
lacionadas ao cateter central e para a bacteremia de 
outras fontes são semelhantes, muitas instituições não 
recomendam a cultura rotineira do sangue periférico, 
mesmo que as culturas obtidas do sangue periférico se-
jam necessárias para confi rmar o diagnóstico de infec-
ção relacionada ao cateter23,25,26.
A obtenção de mais de uma hemocultura é útil na in-
terpretação dos resultados. A bacteremia verdadeira é 
mais provável, do que contaminação, se houver cres-
cimento bacteriano em duas ou mais amostras27,28. Li e 
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colaboradores demonstraram resultados similares quan-
do as amostras foram coletadas simultaneamente, den-
tro de duas horas ou em 24 horas, não havendo então, 
necessidade de intervalo na coleta das amostras7,29.
A hemocultura deve ser repetida caso a criança perma-
neça febril após o início da antibioticoterapia empírica, 
ou se houver mudança do quadro clínico, ou se a febre 
retornar após a defervescência inicial em resposta à an-
tibioticoterapia empírica8,21.
As recomendações e a qualidade de evidência publica-
das por Lehrnbecher e colaboradores23 para os exames 
laboratoriais e de imagem considerados úteis na apre-
sentação inicial da neutropenia febril, visando avaliar a 
causa e guiar o tratamento são:
– Hemocultura (HMC) de todos os lumens do CVC: 
forte recomendação científi ca e baixa qualidade de 
evidência.
– Hemocultura do sangue periférico concomitante com 
a do CVC: fraca recomendação e moderada qualida-
de de evidência. A proporção estimada de episódios 
de verdadeira bacteremia detectada pela cultura do 
sangue periférico, quando a cultura do cateter cen-
tral é negativa foi 12% (IC 95%: 8-17%)31,32. Assim, 
as culturas periféricas aumentam a identifi cação da 
verdadeira bacteremia comparada com a cultura co-
letada somente do CVC, podendo estar relacionada 
ao tempo ou volume coletado. A recomendação é 
fraca porque o impacto deste aumento é desconhe-
cido e deveria ser contrabalanceado com a dor e o 
isolamento de contaminantes23. Na hemocultura, a 
observação de Candida sp não deve ser interpretada 
como contaminação, devendo sempre ser pesquisa-
da a fonte da fungemia33.
– Coleta de urina pela técnica do jato médio com uro-
cultura: fraca recomendação e baixa qualidade de 
evidência. A utilização do exame qualitativo de urina 
anormal, para solicitação da urocultura não é reco-
mendada porque a piúria está presente em somente 
4% das infecções do trato urinário durante episódios 
de neutropenia, enfatizando assim, que a solicitação 
de urocultura somente para os pacientes sintomáti-
cos é inadequada34.
– Radiografi a de tórax somente para os pacientes com 
sinais e sintomas respiratórios: forte recomendação e 
moderada qualidade de evidência. As crianças assin-
tomáticas que não realizaram Rx de tórax não apre-
sentaram eventos adversos clínicos signifi cantes35.
Em relação aos exames de imagem para os pacientes 
com neutropenia febril com elevado risco para infecção 
fúngica invasiva as recomendações são:23
– Realizar tomografi a computadorizada (TC) de pul-
mões: forte recomendação, baixa qualidade de evi-
dência. Os pulmões são frequentemente o sítio de 
infecção e os sinais radiológicos característicos são 
frequentemente observados.
– Exames de imagem de abdome, em pacientes sem 
sinais ou sintomas de localização: fraca recomenda-
ção, baixa qualidade de evidência. Achados consis-
tentes com doença fúngica invasiva foram observa-
dos em muitos pacientes sem sinais ou sintomas de 
localização. O exame de imagem ideal é desconhe-
cido. Porém, a ultrassonografi a é um exame pronta-
mente disponível, usualmente não requer sedação e 
não está associado a exposição à radiação, sendo 
assim preferível na avaliação inicial.
– Considerar não realizar rotineiramente TC dos seios 
da face em pacientes sem sinais ou sintomas de lo-
calização: fraca recomendação e baixa qualidade de 
evidência. As imagens dos seios da face são frequen-
temente anormais nos pacientes com neutropenia fe-
bril, e as imagens não parecem distinguir entre aque-
les com ou sem doença fúngica invasiva nos seios 
da face. A recomendação é fraca, pois os estudos 
avaliando a utilidade do uso rotineiro da TC dos seios 
da face são limitados.
No que se refere aos biomarcadores, visando guiar a 
terapia antifúngica empírica na neutropenia prolongada 
(≥ 96 horas) em pacientes de alto risco para doença 
fúngica invasiva, as recomendações são:23
– Considerar não utilizar galactomanana sérica (GM): 
fraca recomendação e moderada qualidade de evi-
dência. A galactomanana é um polissacarídeo da pa-
rede celular do fungo Aspergillus spp. Esse antígeno 
é liberado na circulação sanguínea durante o cres-
cimento das hifas nos tecidos, podendo ser encon-
trado em diferentes tipos de amostras, como líquor, 
urina e lavado bronco-alveolar. A base para fraca re-
comendação durante a neutropenia febril foi seu po-
bre valor preditivo positivo, e a limitada utilidade do 
alto valor preditivo negativo, pois a GM não descarta 
formas não-Aspergilus.
– Não utilizar β-D-glucano sérica (antígeno da parede 
celular dos fungos, liberado quando do seu cresci-
mento): forte recomendação, baixa qualidade de evi-
dência. Sua presença pode ser detectada em grande 
parte das espécies fúngicas, assim, este método aca-
ba falhando no estabelecimento de um diagnóstico 
específi co, como a Aspergilose pulmonar invasiva, 
servindo apenas para constatação de que há uma 
infecçãofúngica estabelecida. Estudo realizado por 
Zhao e colaboradores revelou que valor preditivo po-
sitivo da β-D-glucano foi de 49% (IC 95%: 32-66%) e 
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o valor preditivo negativo de 96% (IC 95%: 89-99%), 
prejudicando sua utilidade clínica36. Outro estudo pu-
blicado por Koltze e e colaboradores, avaliando pa-
cientes pediátricos submetidos ao transplante alogê-
nico de medula óssea mostrou baixo valor preditivo 
positivo, tornando sua utilidade limitada37.
– Não utilizar Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) 
para fungos no sangue: forte recomendação, mode-
rada qualidade de evidência. Com a PCR é possível 
detectar o DNA do agente causador da doença por 
meio da replicação in vitro de uma sequência alvo 
característica do microrganismo pesquisado. A base 
para forte recomendação contra seu uso são os po-
bres valores preditivo positivo e preditivo negativo, os 
quais não são sufi cientemente altos para serem cli-
nicamente úteis. Outro problema a ser considerado 
neste exame é a falta de padronização da técnica, 
atribuída principalmente à grande quantidade de al-
vos moleculares e amostras biológicas que podem 
ser utilizadas. Além disso, o tipo de plataforma mo-
lecular escolhida e as variações quanto aos métodos 
de extração e purifi cação das amostras também afe-
tam diretamente a análise dos resultados obtidos.
Considerando o exposto, existem diversas limitações na 
recomendação do uso de biomarcadores para o diagnós-
tico das infecções fúngicas. Estudos multicêntricos e ran-
domizados comparativos que possam validar o uso desses 
biomarcadores são de difícil realização devido ao pequeno 
número de pacientes e ao risco da não realização de trata-
mento em pacientes vulneráveis. Assim, a recomendação 
atual é assumir que a febre prolongada é um bom preditor 
de infecção fúngica, devendo ser indicado o uso empírico 
da terapia antifúngica em pacientes de alto risco23.
Manejo terapêutico inicial
O manejo inicial da neutropenia febril deve seguir uma 
rotina baseada em três pontos conforme previsto nos 
mais recentes Guidelines23,38:
• Estratifi cação de Risco:
Adotar uma estratégia de estratifi cação de risco validada 
e incorporá-la à prática clínica. As escalas de risco de-
vem ser validadas em cada hospital conforme sua capa-
cidade localmente instalada. Por este motivo, não existe 
internacionalmente uma escala que seja recomendada 
de forma universal.
• Coleta de exames e análises laboratoriais:
a) Hemoculturas (HMC) no início da neutropenia febril de 
todos os lumens dos cateteres venosos centrais;
b) Considerar coletar HMC periférica ao mesmo tempo 
que culturas de cateter venoso central;
c) Considerar exame qualitativo de urina (EQU) e urocul-
tura em paciente que consegue realizar a coleta de 
jato médio de forma limpa imediatamente;
d) Radiografi a de tórax somente em pacientes com si-
nais ou sintomas respiratórios.
As análises laboratoriais devem também abranger a ava-
liação de sintomas presentes no paciente.
• Antibioticoterapia empírica
1) Neutropenia febril de alto risco:
a) Monoterapia com um β−lactâmico antipseudomo-
nas, cefalosporina de quarta geração ou carbape-
nêmico como terapêutica empírica;
b) Reservar o acréscimo de um segundo agente anti-
-gram negativos ou glicopeptídeo para pacientes 
que estão clinicamente instáveis, quando se sus-
peita de uma infecção resistente ou em centros 
com alta taxa de germes patogênicos resistentes.
2) Neutropenia febril de baixo risco:
a) Considerar manejo inicial ou progressivamente am-
bulatorial, somente se a infraestrutura local permitir a 
supervisão cuidadosa e acompanhamento contínuo;
b) Considerar administração de antibiótico por via oral 
se a criança consegue ingeri-los de forma confi ável.
Nos pacientes com neutropenia febril, após quimiotera-
pia, é fundamental que o antibiótico empírico seja ime-
diatamente iniciado até que se aguarde o resultado dos 
exames complementares, pois as infecções no hospe-
deiro imunocomprometido progridem rapidamente. Nos 
casos em que a infecção é documentada, direciona-se 
o tratamento para etiologia. É essencial ainda, nesses 
pacientes, não se indicar o uso de supositório ou clister, 
pelo risco de translocação bacteriana entérica e choque 
séptico1,2.
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standards in children with febrile neutropenia? 
Results of a systematic review and analysis. Pediatr 
Blood Cancer. 2014;61(10):1786-91.
8 Sociedade Brasileira de Pediatria
Diretoria
Triênio 2016/2018
PRESIDENTE:
Luciana Rodrigues Silva (BA)
1º VICE-PRESIDENTE:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
2º VICE-PRESIDENTE:
Edson Ferreira Liberal (RJ)
SECRETÁRIO GERAL:
Sidnei Ferreira (RJ)
1º SECRETÁRIO:
Cláudio Hoineff (RJ)
2º SECRETÁRIO:
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
3º SECRETÁRIO:
Virgínia Resende Silva Weffort (MG)
DIRETORIA FINANCEIRA:
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA:
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA:
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL:
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Membros:
Hans Walter Ferreira Greve (BA)
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE)
Alberto Jorge Félix Costa (MS)
Analíria Moraes Pimentel (PE)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM)
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
COORDENADORES REGIONAIS:
Norte:
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA)
Nordeste:
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Sudeste:
Luciano Amedée Péret Filho (MG)
Sul:
Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Centro-oeste:
Regina Maria Santos Marques (GO)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA:
Assessoria para Assuntos Parlamentares:
Marun David Cury (SP)
Assessoria de Relações Institucionais:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria de Políticas Públicas:
Mário Roberto Hirschheimer (SP)
Rubens Feferbaum (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e 
Adolescentes com Defi ciência:
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ)
Assessoria de Acompanhamento da Licença 
Maternidade e Paternidade:
João Coriolano Rego Barros (SP)
Alexandre Lopes Miralha (AM)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA)
Assessoria para Campanhas:
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) 
GRUPOS DE TRABALHO:
Drogas e Violência na Adolescência:
Evelyn Eisenstein (RJ)
Doenças Raras:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP)
Atividade Física
Coordenadores:
Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros:
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Patrícia Guedes de Souza (BA)
Profi ssionais de Educação Física:
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA)
Alex Pinheiro Gordia (BA)
Isabel Guimarães (BA)
Jorge Mota (Portugal)
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE)
Colaborador:
Dirceu Solé (SP)
Metodologia Científi ca:
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
Cláudio Leone (SP)
Pediatria e Humanidade:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
João de Melo Régis Filho (PE)
Transplante em Pediatria:
Themis Reverbel da Silveira (RS)
Irene Kazue Miura (SP)
Carmen Lúcia Bonnet (PR)
Adriana Seber (SP)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP)
Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP) 
DIRETORIA E COORDENAÇÕES:
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP)
COORDENAÇÃO DO CEXTEP:
Hélcio Villaça Simões (RJ)
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO
Mauro Batista de Morais (SP)
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
José Hugo de Lins Pessoa (SP)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAISNelson Augusto Rosário Filho (PR)
REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education 
Consortium)
Ricardo do Rego Barros (RJ)
REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP)
Sérgio Augusto Cabral (RJ)
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA
Francisco José Penna (MG)
DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA
Marun David Cury (SP)
DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL
Sidnei Ferreira (RJ)
Cláudio Barsanti (SP)
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB)
Mário Roberto Hirschheimer (SP)
João Cândido de Souza Borges (CE)
COORDENAÇÃO VIGILASUS
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP)
Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN)
Edson Ferreira Liberal (RJ)
Célia Maria Stolze Silvany ((BA)
Kátia Galeão Brandt (PE)
Elizete Aparecida Lomazi (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Jocileide Sales Campos (CE)
COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR
Maria Nazareth Ramos Silva (RJ)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM)
Álvaro Machado Neto (AL)
Joana Angélica Paiva Maciel (CE)
Cecim El Achkar (SC)
Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA)
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO
Normeide Pedreira dos Santos (BA)
DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO 
DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Dirceu Solé (SP)
DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
Lícia Maria Oliveira Moreira (BA)
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES
Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP)
COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS
Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
Paulo César Guimarães (RJ)
Cléa Rodrigues Leone (SP)
COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO
Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL:
Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ruth Guinsburg (SP)
COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG)
Kátia Laureano dos Santos (PB)
COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Valéria Maria Bezerra Silva (PE)
COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA 
PEDIÁTRICA (CANP)
Virgínia Resende S. Weffort (MG)
PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS
Victor Horácio da Costa Júnior (PR)
PORTAL SBP
Flávio Diniz Capanema (MG)
COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
José Maria Lopes (RJ)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA
Altacílio Aparecido Nunes (SP)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE)
DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE)
Joel Alves Lamounier (MG)
DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES
Fábio Ancona Lopez (SP)
EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA
Joel Alves Lamounier (MG)
Altacílio Aparecido Nunes (SP)
Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
Flávio Diniz Capanema (MG)
EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA
Renato Procianoy (RS)
EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
Gil Simões Batista (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Sandra Mara Amaral (RJ)
Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
Maria de Fátima B. Pombo March (RJ)
Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
COORDENAÇÃO DO PRONAP
Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Fábio Ancona Lopez (SP) 
DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Joel Alves Lamounier (MG)
COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Leone (SP)
COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Rosana Fiorini Puccini (SP)
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Rosana Alves (ES)
Suzy Santana Cavalcante (BA)
Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Silvia Wanick Sarinho (PE)
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Jefferson Pedro Piva (RS)
COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Clóvis Francisco Constantino (SP)
Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Tânia Denise Resener (RS)
Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Jefferson Pedro Piva (RS)
Sérgio Luís Amantéa (RS)
Gil Simões Batista (RJ)
Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Aurimery Gomes Chermont (PA)
COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Hélcio Maranhão (RN)
COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Edson Ferreira Liberal (RJ)
Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
Susana Maciel Wuillaume (RJ)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Herberto José Chong Neto (PR)
DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Cláudio Barsanti (SP)
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Gilberto Pascolat (PR)
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Isabel Rey Madeira (RJ)
Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Valmin Ramos da Silva (ES)
Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Tânia Denise Resener (RS)
João Coriolano Rego Barros (SP)
Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Marisa Lopes Miranda (SP) 
CONSELHO FISCAL
Titulares:
Núbia Mendonça (SE)
Nélson Grisard (SC)
Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Suplentes:
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
João de Melo Régis Filho (PE)
Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Presidente:
Mario Santoro Júnior (SP)
Vice-presidente:
Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Secretário Geral:
Jefferson Pedro Piva (RS)

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