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W BA 08 57 _V 2. 0 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS 2 Juliana Alberton Frias São Paulo Platos Soluções Educacionais S.A 2021 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS 1ª edição 3 2021 Platos Soluções Educacionais S.A Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César CEP: 01418-002— São Paulo — SP Homepage: https://www.platosedu.com.br/ Head de Platos Soluções Educacionais S.A Silvia Rodrigues Cima Bizatto Conselho Acadêmico Alessandra Cristina Fahl Camila Braga de Oliveira Higa Camila Turchetti Bacan Gabiatti Giani Vendramel de Oliveira Gislaine Denisale Ferreira Henrique Salustiano Silva Mariana Gerardi Mello Nirse Ruscheinsky Breternitz Priscila Pereira Silva Tayra Carolina Nascimento Aleixo Coordenador Nirse Ruscheinsky Breternitz Revisor Joubert Rodrigues dos Santos Júnior Editorial Beatriz Meloni Montefusco Carolina Yaly Márcia Regina Silva Paola Andressa Machado Leal Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)_________________________________________________________________________________________ Frias, Juliana Alberton F897l Legislação e normas técnicas / Juliana Alberton Frias, – São Paulo: Platos Soluções Educacionais S.A., 2021. 23 p. ISBN 978-65-5903-122-1 1. Normas regulamentadoras. 2. NR. 3. Legislação. I. Título. CDD 331.45 ____________________________________________________________________________________________ Evelyn Moraes – CRB: 010289/O © 2021 por Platos Soluções Educacionais S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A. https://www.platosedu.com.br/ 4 SUMÁRIO Introdução às legislações ____________________________________ 05 Normativas em segurança do trabalho e responsabilidades ___ 23 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS 5 Introdução às legislações. Autoria: Juliana Alberton Frias Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior Objetivos • Apresentar as normativas que regem o exercício do profissional em Engenharia de Segurança do Trabalho. • Conhecer as legislações pertinentes para acidentes de trabalho. • Discutir os preceitos constitucionais que envolvem a segurança do trabalho. 6 1. Preceitos legais na profissão do engenheiro de segurança do trabalho As legislações e normas técnicas que preceituam as regras para o ambiente laboral têm como objetivo garantir a saúde e a segurança de todos os trabalhadores em suas mais diversas atividades. Esses embasamentos estabelecem direitos e deveres para empresas e trabalhadores. Além disso, elas disciplinam e estabelecem requisitos mínimos para que as empresas ofereçam condições de trabalho dignas e seguras, ou seja, constituem um sistema que permite adequar o trabalho, o ambiente de trabalho e a saúde do trabalhador. 1.1 Histórico da legislação de medicina e segurança do trabalho no Brasil No Brasil, as questões trabalhistas começam a ser observadas principalmente em decorrência da queda da bolsa de valores de Nova York, em 1929, que afetaram diretamente a economia nacional. Assim, até esse período, pouco se observava no que tange à segurança do trabalhador. Então, Getúlio Vargas, ao assumir o governo, traz como metas recuperar a economia cafeeira e disciplinar a organização do mundo do trabalho. Para regulamentar as vendas de produtos para o exterior, com base nas premissas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), durante esse governo foi criada a legislação trabalhista brasileira. No dia 01 de maio de 1939, por meio da publicação do Decreto-lei nº 5.452/43 (BRASIL, 1943a), é criada a Consolidação das leis do trabalho (CLT) e no dia seguinte é publicado o Decreto-lei nº 1.237/43, que organiza a Justiça do Trabalho (BRASIL, 1943b). Nesse ponto, é possível observar uma ampliação no que tange aos cuidados com o trabalhador e, consequentemente, com a segurança do trabalho. 7 O principal marco voltado à segurança do trabalho é observado na CLT, Decreto Lei nº 5.452/43 (BRASIL, 1943a), que traz um capítulo específico voltado à segurança e medicina do trabalho (Capítulo V, Título II), pelo qual são incluídos programas de atendimento ao trabalhador no intuito de atender a demanda de profissionais que já vinham sofrendo com doenças do trabalho (BRASIL, 1943a). A partir desse importante marco, em 1944, o Decreto-Lei nº 7.036/44 (BRASIL, 1944) promoveu a reforma da lei de acidentes de trabalho, criou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e reformulando-a, passando a garantir a assistência médica, hospitalar e farmacêutica aos acidentados e indenizações por danos pessoais por acidentes (BRASIL, 1944). Na década de 1960, por meio da Portaria nº 319, de 30 de dezembro de 1960, houve a regulamentação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) (BRASIL, 1960). No mesmo período, a Lei nº 5.316/67 passou a transferir o seguro de acidentes do trabalho do setor privado para a Previdência Social (BRASIL, 1967). Por sua vez, essa lei é um marco no quesito segurança do trabalho, pois ela passa a restringir o conceito de doença do trabalho, excluindo as doenças degenerativas e as inerentes aos grupos etários. Na década de 1970, também, foram observados importantes marcos, a começar pela Portaria nº 3.237/72 que determina a obrigatoriedade do Serviço Especializado de Segurança do Trabalho (BRASIL, 1972). E ainda, a integração do trabalhador rural ao regime de acidentes do trabalho da Previdência Social, por meio da Lei nº 6.195/74, regulamentada pelo Decreto nº 76.022/75 (BRASIL, 1974). 1.2 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) Em 1977, a Lei nº 6.514/77 altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relativo a segurança e 8 medicina do trabalho, e define que: cabe aos órgãos nacionais, entre outras atribuições, estabelecer limites e normas específicas, coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional (BRASIL, 1977). Já às Delegacias Regionais do Trabalho cabe: promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho, bem como adotar as medidas que se tornem exigíveis e, ainda, impor as penalidades cabíveis. Nesse contexto, destacam-se os arts. 157 e 158 da CLT (BRASIL, 1977, art. 157-158): Art. 157. Cabe às empresas: I–cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II–instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III–adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV–facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977). Art. 158. Cabe aos empregados: I–observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II–colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; 9 b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa (Artigo com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22/12/1977). Além desses pontos destacados nos arts. 157 e 158, a CLT (BRASIL, 1977) reforça a necessidade das organizações em: • Atenderem as prerrogativas de esfera estadual e municipal, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho. • Fornecerem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). • Atentarem as medidas preventivas de medicina do trabalho,englobando os exames médicos. • Cumprirem com os cuidados relativos aos ambientes de trabalho: iluminação, conforto térmico, movimentação e manuseio de materiais, atividades e operações insalubres etc. Vale frisar que, conforme o art. 200 da CLT (BRASIL, 1977), cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer as disposições complementares às normas relativas à segurança e medicina do trabalho. Dessa forma, em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.214/78, que aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) pertinentes à Segurança e Medicina do Trabalho, ampliando o rol de cuidados, obrigações, deveres e direitos a serem cumpridos pelo empregador e empregado, aliando o ambiente, a saúde e o trabalho. A CLT foi revisada em 2017, sendo aprovada nos termos da Lei nº 13.467/17, e posteriormente, em 2020, regulamentando as condições mínimas de trabalho, programas de proteção ao colaborador, adicionais de insalubridade, entre outros pontos. 10 1.3 A regulamentação do engenheiro de segurança do trabalho A década de 1980 representou um marco em termos legais para questões trabalhistas, uma vez que o Brasil passou a dispor de uma Constituição Federal (BRASIL, 1988). Neste mesmo período, por meio da Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, foi regulamentada a especialização de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho e a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho. A Resolução nº 325, de 27 novembro de 1987, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), dispõe sobre o exercício profissional, o registro e as atividades do Engenheiro de Segurança do Trabalho, e dá outras providências. Esta resolução define no art. 4º que as atividades dos Engenheiros e Arquitetos na especialidade de Engenharia de Segurança do Trabalho são as seguintes (CONFEA, 1987, art. 4º): 1- Supervisionar, coordenar e orientar tecnicamente os serviços de Engenharia de Segurança Trabalho; 2- Estudar as condições de segurança dos locais de trabalho e das instalações e equipamentos, com vistas especialmente aos problemas de controle de risco, controle de poluição, higiene do trabalho, ergonomia, proteção contra incêndio e saneamento; 3- Planejar e desenvolver a implantação de técnicas relativas a gerenciamento e controle de riscos; 4- Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos e indicar medidas de controle sobre grau de exposição e agentes agressivos de riscos físicos, químicos e biológicos, tais como: poluentes atmosféricos, ruídos, calor radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as atividades, operações e locais insalubres e perigosos; 11 5- Analisar riscos, acidentes e falhas, investigando causas, propondo medidas preventivas e corretivas e orientando trabalhos estatísticos, inclusive com respeito a custos; 6- Propor políticas, programas, normas e regulamentos de Segurança do Trabalho, zelando pela sua observância; 7- Elaborar projetos de sistemas de segurança e assessorar a elaboração de projetos de obras, instalações e equipamentos, opinando do ponto de vista da Engenharia de Segurança; 8- Estudar instalações, máquinas e equipamentos, identificando seus pontos de risco e projetando dispositivos de Segurança; 9- Projetar sistemas de proteção contra incêndio, coordenar atividades de combate a incêndio e de salvamento e elaborar planos para emergência e catástrofes; 10- Inspecionar locais de trabalho no que se relaciona com a Segurança do Trabalho, delimitando áreas de periculosidade; 11- Especificar, controlar e fiscalizar sistemas de proteção coletiva e equipamentos de segurança, inclusive os de proteção individual e os de proteção contra incêndio, assegurando-se de sua qualidade e eficiência; 12- Opinar e participar da especificação para aquisição de substâncias e equipamentos cuja manipulação, armazenamento, transporte ou funcionamento possam apresentar riscos, acompanhando o controle do recebimento e da expedição; 13- Elaborar planos destinados a criar e desenvolver a prevenção de acidentes, promovendo a instalação de comissões e assessorando-lhes o funcionamento; 14- Orientar o treinamento específico de segurança do trabalho e assessorar a elaboração de programas de treinamento geral, no que diz respeito à Segurança do Trabalho; 12 15- Acompanhar a execução de obras e serviços decorrentes da adoção de medidas de segurança, quando a complexidade dos trabalhos a executar assim o exigir; 16- Colaborar na fixação de requisitos de aptidão para o exercício de funções, apontando os riscos decorrentes desses exercícios; 17- Propor medidas preventivas no campo de Segurança do Trabalho, em face do conhecimento da natureza e gravidade das lesões provenientes do Acidente de Trabalho, incluídas as doenças do trabalho; 18- Informar aos trabalhadores e à comunidade, diretamente ou por meio de seus representantes, as condições que possam trazer danos à sua integridade e as medidas que eliminam ou atenuam estes riscos e que deverão ser tomadas. As mesmas atribuições se aplicam ao profissional formado em arquitetura, conforme a Resolução nº 162, de 24 de maio de 2018, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), incluindo os seguintes pontos: XIX–organização e supervisão das CIPAS; XX–outras atividades destinadas a prevenir riscos à integridade da pessoa humana e a promover a proteção à saúde do trabalhador no ambiente de trabalho. (CAU, 2018, p. 5) 1.4 Preceitos constitucionais de proteção ao trabalhador A Constituição Federal (BRASIL, 1988) é o conjunto de normas jurídicas supremas do Brasil, na qual são encontradas garantias fundamentais que norteiam o país. Nela são descritos os direitos sociais essenciais ao exercício da cidadania, que conforme o art. 6º englobam a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade, à infância e 13 a assistência aos desamparados e ainda os mecanismos para garantir o cumprimento de tais direitos (BRASIL, 1988). Um ponto importantíssimo descrito pela Constituição (BRASIL, 1988) são direitos e garantias para a classe trabalhadora, como: licença maternidade, licença paternidade, redução da jornada de trabalho de 48 horas semanais para 44 horas etc. A partir da Constituição Federal, o trabalho passa a integrar os princípios fundamentais da república brasileira, sendo igualado a soberania, cidadania, a dignidade da pessoa humana, livre iniciativa e o pluralismo político (BRASIL, 1988). O art. 7º da Constituição Federal (BRASIL, 1988), por sua vez, apresenta os direitos básicos dos trabalhadores, além de direitos que propendem a melhoria de sua condição social. Ao todo são 34 direitos apresentados pelos incisos, dentre os quais, merecem destaque: • Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário. • Fundo de garantia por tempo de serviço. • Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria. • Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. • Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias. • Licença-paternidade, nos termos fixados em lei. • Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. • Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. 14 • Aposentadoria. • Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. Diante disso, verifica-se que, por meio da Constituição Federal de 1988, foram determinadas regras visando oferecer condições de trabalho dignas e condizentes com os princípios fundamentais deste documento, e, ainda, os direitos dos trabalhadores, determinando, por exemplo, como devem ser as relações de trabalho entre empregador e empregados, as bases salariais,os períodos adequados de jornadas de trabalho, entre outros. Vale reforçar que, a própria carta magna determina a obrigatoriedade das empresas em promoverem ações para a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; efetuarem o pagamento de adicional de remuneração no caso do desenvolvimento de atividades penosas, insalubres ou perigosas; e, ainda, a obrigatoriedade do pagamento pelo empregador do seguro contra acidentes de trabalho, sem excluir a responsabilidade que lhe é imputada, quando incorrer em dolo ou culpa. 2. Legislação previdenciária e acidentes do trabalho A legislação previdenciária é um tema bastante amplo, no qual incluem- se a regulamentação por meio das leis, garantindo os deveres e, também, os direitos dos trabalhadores, isto é, a cobertura legal de todo aquele que desenvolve uma atividade laboral registrada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). 15 Em termos de saúde e segurança do trabalho, as regras trabalhistas estão previstas, basicamente, na CLT e são regulamentadas através das Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho. Contudo, além do cumprimento a legislação trabalhista, é fundamental que as organizações, bem como os profissionais, estejam em acordo com a legislação previdenciária e sindical. 2.1 Seguridade social No período antecedente à Constituição Federal de 1988, o acesso à saúde se limitava aos contribuintes da previdência social, ou seja, até esse período poucas pessoas tinham acesso à prevenção de doenças e à assistência médico-hospitalar. Com o advento da CF (BRASIL, 1988), a saúde passa a ser direito de todos e dever do Estado, bem como a previdência e a assistência social. Em suma, pode-se definir a seguridade social como a garantia de segurança na relação de trabalho, por meio da cobertura amparada pela Previdência Social que contempla o trabalhador com o seu respectivo registro na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social). A Constituição Federal de 1988 descreve em seu art. 194 (BRASIL, 1988): “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”, conforme discutiremos a seguir: • Saúde De acordo com o art. 196 da Constituição (BRASIL, 1988): A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 16 agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Ou seja, a saúde passa a ser direito de todos, independentemente de pagamentos relativos à previdência social. • Previdência Social Conforme o art. 201 da Constituição Federal (BRASIL, 1988): A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I–cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II–proteção à maternidade, especialmente à gestante; III–proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV–salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V–pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. Ou seja, somente os contribuintes têm direito aos benefícios da Previdência Social, sendo que a contribuição é de caráter obrigatório para profissionais que exercem atividades remuneradas. • Assistência Social Os arts. 203 e 204 da Constituição Federal (BRASIL, 1988) tratam dessa espécie da Seguridade Social, a saber: “Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à 17 seguridade social”. Portanto, para ter acesso à Assistência Social, não é necessário contribuir, basta comprovar a necessidade de assistência. Esse aspecto da Seguridade Social é para pessoas hipossuficientes, como idosos ou portadores de deficiência que não têm condições de promover sua própria subsistência. 2.2 Acidentes do trabalho A premissa da Segurança do Trabalho é sempre prevenir os acidentes e doenças do trabalho. Com esse foco, presume-se que todo e qualquer acidente do trabalho e/ou doenças podem ser evitados. Para que isso seja possível, o empregador deve conhecer e promover ações que minimizem os riscos do ambiente laboral, assegurando a integridade de seus colaboradores. Conforme a Lei nº 8.213/91 (BRASIL, 1991), o acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou, ainda, pelo exercício do trabalho dos segurados, que resulte em lesão corporal ou perturbação funcional que acarrete a morte, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho Com base na lei supracitada, qualquer empregado que venha a sofrer danos em um evento que prejudique sua integridade, em decorrência da sua atividade, sofreu um acidente de trabalho (BRASIL, 1991). O mesmo vale para aquele que acabou por desencadear uma doença em virtude das condições às quais se expunha. Assim, em termos do art. 86 da Lei nº 8.213/91 (BRASIL, 1991) e do art. 104 do Decreto nº 3.048/99 (BRASIL, 1999) fica definido que, nos primeiros 15 dias, é obrigação da empresa o pagamento do salário do acidentado e, a partir do 16º dia, o segurado passa a receber o auxílio doença acidentário. Segundo Vendrame (2008), se houver sequela definitiva, seja essa lesão anatômica ou funcional que permaneça depois 18 de encerrada a evolução clínica, é devido o auxílio acidente de qualquer natureza ou causa. Caso haja incapacidade para o trabalho e, ainda, a impossibilidade de reabilitação para o exercício que garanta a subsistência do funcionário é devida a aposentadoria por invalidez acidentária, podendo o segurado receber majoração do benefício em 25%, caso necessite de assistência permanente de outra pessoa, conforme previsto na Lei nº 8.213/91, art. 42 e 45 (BRASIL, 1991). 2.3 Aposentadoria especial No Brasil, a legislação previdenciária, por meio da Previdência Social, garante a aposentadoria especial. Esse benefício é devido aos profissionais que atuem em atividades e/ou operações que os exponham a agentes nocivos. O Decreto nº 3.048/99, que Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências, alterado e revisado em 2020, pelo Decreto nº 10.410/2020 traz em seu Anexo IV a relação dos agentes químicos, físicos, biológicos, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, bem como o tempo de exposição. Logo, o empregado que comprove ter trabalhado com exposição habitual e permanente a agentes nocivos listados no Anexo IV terá direito a aposentadoria após 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, de trabalho com exposição a esses agentes. Esse decreto define os documentos de emissão obrigatória por parte das empresas acerca do seu ambiente de trabalho e dos colaboradores, de forma a comprovar o direito a esse benefício. Vale ressaltar que diferente da CLT, as legislações previdenciárias não visam a melhoria do ambiente de trabalho. Conforme consta no art. 68 do Decreto nº 10.410/20 (BRASIL, 2020): 19 § 6º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes existentes no ambiente de trabalho prejudiciais à saúde de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o referido laudo incorrerá na infração a que se refere a alínea “n” do inciso II do caput do art. 283. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). § 8º A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico previdenciário, ou o documento eletrônico que venha a substituí-lo, no qual deverão ser contempladas as atividades desenvolvidas durante o período laboral, garantido ao trabalhadoro acesso às informações nele contidas, sob pena de sujeição às sanções previstas na alínea “h” do inciso I do caput do art. 283. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). O Laudo Técnico, conhecidamente chamado de LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho), é o documento que caracteriza o ambiente de trabalho, indicando a existência ou não de agentes nocivos à saúde do trabalhador. Em geral, ele é utilizado como comprovação para a aposentadoria especial e obrigatório para empregados que poderão requerer aposentadoria especial. Já o referido Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário instituído pelo INSS que apresenta o histórico laboral do trabalhador e contempla, ainda, informações sobre as atividades desempenhadas, a exposição aos agentes nocivos, resultados de exames médicos, entre outras informações. Nesse contexto, é importante reforçar que o trabalhador tem direito a estar protegido e assegurado no que tange aos agentes nocivos no ambiente de trabalho. Portanto, para que se cumpra esse direito, o empregador deverá estar alicerçado as normas regulamentadoras, a Legislação Previdenciária de Saúde e Segurança o Trabalho e, ainda, a Legislação Trabalhista. Além disso, cabe-nos reforçar a responsabilidade e o compromisso dos empregados e das empresas, que devem ser 20 os primeiros a buscar a prevenção e a evitar acidentes e doenças profissionais, bem como da atuação dos sindicatos na proteção dos trabalhadores, na saúde e na proteção da vida. Referências Bibliográficas BRASIL. 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Atribui ao FUNRURAL a concessão de prestações por acidente do trabalho. Brasília, DF: Presidência da República, [1974]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/1970- 1979/L6195.htm. Acesso em: 6 mar. 2018. BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [1977]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm. Acesso em: 27 dez. 2020. BRASIL. Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985. Dispõe sobre a Especialização de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, a Profissão de Técnico de Segurança do Trabalho, e dá outras Providências. Brasília, DF: Ministério do Trabalho, [1985]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7410. htm. Acesso em: 27 dez. 2020. BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. 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Acesso em: 27 dez. 2020. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l5316.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l5316.htm http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/1970-1979/L6195.htm http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/1970-1979/L6195.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7410.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7410.htm http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L8213cons.htm http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L8213cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decmin/1960-1969/decretodoconselhodeministros-319-7-dezembro-19 https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decmin/1960-1969/decretodoconselhodeministros-319-7-dezembro-19https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decmin/1960-1969/decretodoconselhodeministros-319-7-dezembro-19 http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/portariamte3214.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/portariamte3214.htm https://transparencia.caubr.gov.br/arquivos/resolucao162.pdf 22 CONFEA. Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Resolução nº 325, de 27 de novembro de 1987. Dispõe sobre o exercício profissional, o registro e as atividades do Engenheiro de Segurança do Trabalho, e dá outras providências. Brasília, DF: CONFEA, [1987]. Disponível em: http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza. asp?idEmenta=373. Acesso em: 27 dez. 2020. FRIAS, J. A.; CARVALHO JUNIOR, R. dos S. de. Legislação e normas técnicas em segurança no trabalho e prática trabalhista. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. VENDRAME, A. C. Gestão do risco ocupacional. São Paulo: IOB, 2008. http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=373 http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=373 23 Normativas em segurança do trabalho e responsabilidades Autoria: Juliana Alberton Frias Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior Objetivos • Conhecer as normativas que regem a segurança do trabalho. • Distinguir responsabilidade civil, trabalhista e criminal. • Analisar as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 24 1. Normas regulamentadoras em segurança do trabalho Segurança do trabalho é um conceito que se intensifica no Brasil durante os anos de 1930 a 1956, período conhecido como fase da Revolução Industrial Brasileira e retratado por características hostis ao homem, no qual se sobressaem mão de obra pouco especializada e, muitas vezes, mal gerida, as exaustivas jornadas de trabalho, os péssimos ambientes e ritmos de trabalho e o consequente prejuízo à saúde e à vida do trabalhador. Essas condições fizeram com que doenças pouco difundidas surgissem e intensificassem a necessidade de leis que regessem esse cenário. Tendo em vista esse descompasso entre o trabalho e a saúde humana, a Consolidação das Leis do Trabalho (BRASIL, 1943) define, em seu art. 200, que cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer as disposições complementares às normas relativas à segurança e medicina do trabalho (BRASIL, 1943). Esse passo importante fez com que, em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho aprovasse a Portaria nº 3.214 (BRASIL, 1978), regulamentando as normas pertinentes a Segurança e Medicina do Trabalho, conhecidas como Normas Regulamentadoras (NR), ampliando o rol de legislações a serem seguidas pelas organizações. As NRs impõem diversas obrigações aos empregadores, desde conhecer os riscos intrínsecos a atividade e ao ambiente de trabalho, bem como oferecer as ferramentas e as medidas de contenção adequadas. Entre os quesitos básicos, estabelece-se como ponto focal o conhecimento acerca dos riscos inerentes a atividade prestada, de modo a prever e solucionar os riscos antes que eles venham a causar danos. A princípio foram concebidas 28 normas regulamentadoras, que tratavam de condições necessárias a serem seguidas pelas organizações 25 que admitiam funcionários sob regime CLT e algumas particularidades em atividades específicas, cujo potencial de dano era extremamente elevado. Hoje, há 37 Normas Regulamentadoras (NR) (Quadro 1) promulgadas, das quais 35 estão em vigência. Essas normas versam obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e empregados com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho (ENIT, 2021). Quadro 1 – Normas Regulamentadoras–NR Norma Regulamentadora Descrição NR-01 Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. NR-02 Inspeção Prévia (REVOGADA). NR-03 Embargo ou Interdição. NR-04 Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho. NR-05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. NR-06 Equipamentos de Proteção Individual – EPI. NR-07 Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional–PCMSO. NR-08 Edificações. NR-09 Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos. NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. NR-13 Caldeiras e Vasos de Pressão, Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento. NR-14 Fornos. NR-15 Atividades e Operações Insalubres. NR-16 Atividades e Operações Perigosas. NR-17 Ergonomia. NR-18 Condições de Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção. 26 Norma Regulamentadora Descrição NR-19 Explosivos. NR-20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis. NR-21 Trabalho a Céu Aberto. NR-22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração. NR-23 Proteção Contra Incêndios. NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. NR-25 Resíduos Industriais. NR-26 Sinalização de Segurança. NR-27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (REVOGADA). NR-28 Fiscalização e Penalidades. NR-29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário. NR-30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. NR-31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura. NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. NR-33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados. NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval. NR-35 Trabalho em Altura. NR-36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados. NR-37 Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo. Fonte: ENIT (2021, [s.p.]). A NR-01–Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, que entrou em vigor em 3 de janeiro de 2020, tem um papel fundamental nas instituições, uma vez que, tem como objetivo estabelecer as disposições gerais relativas à segurança do trabalho e ainda as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho (SST). 27 De acordo com a NR-01 (BRASIL, 2020), consideram-se deveres da organização: evitar os riscos ocupacionais; identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde, preferencialmente antes do início do funcionamento do estabelecimento; avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco; classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção; implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco (vale reforçar que, sempre que possível, o risco deve ser eliminado); e acompanhar o controle dos riscos ocupacionais. O gerenciamento dos riscos ocupacionais (GRO) deverá ocorrer por meio da consolidação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Por sua vez, ele deverá contemplar ou estar integrado com os demais planos, programas e outros documentos previstos na legislação de segurança e saúde no trabalho. As normas NR-04 (BRASIL, 2016) e a NR-05 (BRASIL, 2021) também merecem destaque, pois, indicam a necessidade de pessoas dentro das organizações lidando diretamente com a segurança do trabalho, respectivamente, no Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), descrito pela NR-04 (BRASIL, 2016) e na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), descrita pela NR-5 (BRASIL, 2021). A NR-04 (BRASIL, 2016) estabelece que quaisquer empresas, de caráter público ou privado que possuam empregados regidos pela CLT, deverão, obrigatoriamente, estabelecer e manter os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), com o propósito de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho (alterado pela Portaria SSMT nº 33, de 27 de outubro de 1983). Logo, seu dimensionamentodeverá ocorrer com base no cruzamento entre a quantidade de empregados registrados na organização e o grau de risco da atividade principal, conforme demonstra o quadro II da NR-04, apresentado na Tabela 1. 28 Tabela 1 – Dimensionamento do SESMT, conforme NR-04 Grau de Risco N.º de Empregados no estabelecimento Técnicos 50 a 100 101 a 250 251 a 500 501 a 1.000 1.001 a 2000 2.001 a 3.500 3.501 a 5.000 Acima de 5000 Para cada grupo de 4000 ou fração acima 2000** 1 Técnico Seg. Trabalho 1 1 1 2 1 Engenheiro Seg. Trabalho 1* 1 1* Aux. Enferm. Do Trabalho 1 1 1 Enfermeiro do Trabalho 1* Médico do Trabalho 1* 1* 1 1* 2 Técnico Seg. Trabalho 1 1 2 5 1 Engenheiro Seg. Trabalho 1* 1 1 1* Aux. Enferm. Do Trabalho 1 1 1 1 Enfermeiro do Trabalho 1 Médico do Trabalho 1* 1 1 1 3 Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 4 6 8 3 Engenheiro Seg. Trabalho 1* 1 1 2 1 Aux. Enferm. Do Trabalho 1 2 1 1 Enfermeiro do Trabalho 1 Médico do Trabalho 1* 1 1 2 1 4 Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 4 5 8 10 3 Engenheiro Seg. Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1 Aux. Enferm. Do Trabalho 1 1 2 1 1 Enfermeiro do Trabalho 1 Médico do Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1 (*) Tempo parcial (mínimo de três horas) (**) O dimensionamento total deverá ser feito similares levando-se em consideração o dimensionamento de faixas de 3501 a 5000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4000 ou fração acima de 2000. OBS: Hospitais, Ambulatórios, Maternidade, Casas de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos com mais de 500 (quinhentos) empregados deverão contratar um Enfermeiro em tempo integral. Fonte: Brasil (2016, p. 35). 29 Nesse contexto, destaca-se que as atividades dos profissionais integrantes do SESMT são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando ele se tornar necessário (BRASIL, 2016). A NR-05 (BRASIL, 2021), por sua vez, define que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) deverá ser formada por representantes do empregador e dos empregados, em organizações privadas e os órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A CIPA, conforme a NR-05, tem por objetivo a “prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador” (BRASIL, 2021, p. 1). Vale ressaltar que, as normas são estabelecidas de modo a atender as empresas no sentido de gerir adequadamente seus ambientes, garantindo segurança aos trabalhadores. Contudo, conforme os dados estatísticos apontam a prevalência de acidentes em determinada atividade ou segmento econômico, novas normas podem ser criadas ou ocorrer a atualização das existentes. Quem realiza essas modificações é a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, por meio do sistema tripartite paritário. Conforme abordaremos na sequência, esse sistema, preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), envolve grupos e comissões compostas por representantes do governo, de empregadores e de trabalhadores. 2. Organização Internacional do Trabalho (OIT) e convenções A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a única agência das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, ou seja, sua representação 30 envolve governos, organizações de empregadores e de trabalhadores. Desde sua fundação pelos países industrializados, em 1919, a OIT demonstra que o seu sucesso se deve, em grande parte, à sua capacidade de renovação, evolução e adaptação, tendo como objetivo “promover um mundo no qual trabalhadores, empregadores e governos poderiam atuar juntos para construir a paz universal, com base na justiça social” (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2020, [s.p.]). Desse modo, sua concepção ocorreu com base em argumentos humanitários e políticos, haja vista que seu período de criação ocorre em um momento cercado de injustiças e lastimáveis condições de trabalho decorrentes da Revolução Industrial durante o século XVIII, na Inglaterra. No Brasil, a OIT começou a ser representada na década de 1950, desenvolvendo programas e atividades, bem como a promoção permanente das normas internacionais do trabalho, do emprego, da melhoria das condições de trabalho e da ampliação da proteção social (OIT, 2020). Na Conferência Internacional do Trabalho, em 1998, foi aprovada a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. Essa declaração estabelece quatro princípios fundamentais a que todos os membros da OIT estão sujeitos (OIT, 2020): • Liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva. • Eliminação de todas as formas de trabalho forçado. • Abolição efetiva do trabalho infantil. • Eliminação de todas as formas de discriminação no emprego ou na ocupação. Em 1999, a OIT introduziu o conceito de trabalho decente, que reforça a importância do trabalho na vida do homem, sua importância em termos 31 de dignidade e sustento, e principalmente na redução da pobreza em todas as sociedades (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2020). Por sua vez, o trabalho decente envolve a: [...] promoção de oportunidades para mulheres e homens do mundo para conseguir um trabalho produtivo, adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança e capaz de garantir uma vida digna. (OIT, 2020, [s.p.]) O trabalho decente tem como objetivos estratégicos: a. Respeito às normas internacionais do trabalho, em especial aos princípios e direitos fundamentais do trabalho. b. Promoção do emprego de qualidade. c. Extensão da proteção social. d. Fortalecimento do diálogo social. O termo Trabalho Decente se tornou mais efetivo em 2006, quando o Conselho Econômico e Social da ONU recomendou ao sistema das Nações Unidas apoiar e financiar programas e esforços para a geração de emprego em condições decentes para todos. Nesse mesmo ano, durante a XVI Reunião Regional Americana, em Brasília, o Governo brasileiro lançou oficialmente a Agenda Nacional de Trabalho Decente (ANTD), utilizada até os dias atuais e se embasando em três prioridades (OIT, 2020): • Gerar mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento. • Erradicar o trabalho escravo e eliminar o trabalho infantil, em especial em suas piores formas. • Fortalecer os atores tripartites e o diálogo social como um instrumento de governabilidade democrática. 32 Regularmente, a OIT verifica e controla a aplicação das Normas Internacionais do Trabalho, de modo a assegurar que os países e estados membros implementem as convenções que corroboram e ainda apontam as áreas onde elas poderiam ser melhor aplicadas. “Se houver algum problema na aplicação das normas, a OIT procura ajudar os países através do diálogo social e da assistência técnica” (OIT, 2020, [s.p.]). No total, a OIT dispõe de 189 convenções, que envolvem a proteção social, os recursos humanos, saúde e segurança no trabalho, bem como diversas outras atividades cujos riscos são peculiares ao labor. A Organização Internacional do Trabalho classifica as convenções e os protocolos como tratados internacionais que estabelecem padrões e pisos mínimos que deverão ser considerados por todos os países que os ratificam. Conforme expressa a OIT (2020, [s.p.]): A ratificação de uma convenção ou protocolo da OIT por qualquer um de seus 187 Estados-membros é um ato soberano e implica sua incorporação total ao sistema jurídico, legislativo, executivo e administrativo do país em questão, tendo, portanto, um caráter vinculante. O Brasil, por sua vez, ratificou um total de 82 Convenções da OIT, em vigor, relativas aos seguintes temas (OIT, 2020): • Convenções 87, 98, 135, 141, 151 e 154 relativas à liberdade sindical e a negociação coletiva nos setores privado e público. • Convenção 169 sobre os direitos dos povos indígenas e tribais.• Convenções 138, 182, 29 e 105 relativas à erradicação do trabalho infantil e do trabalho forçado. • Convenções 100 e 111 e Recomendação 200 relativas à erradicação de discriminação no emprego. • Convenção 137 sobre trabalho portuário. 33 • Convenção 102 e Recomendação 202 sobre proteção social e seguridade social. • Convenções 155 e 161 relativas à segurança e à saúde no trabalho. • Convenção 158 sobre as condições do término do emprego. Além das convenções, a OIT possui diversas recomendações, que são as normas, cujo número de adesão foi insuficiente para que a mesma fosse considerada uma convenção. Por essa razão, ela tem caráter meramente sugestivo ao Estado. Frequentemente as recomendações são complementares às convenções. Ainda, existem recomendações autônomas, que podem servir como guias para a legislação e as políticas públicas dos Estados-membros. Concomitantemente, o Pacto Global da ONU define dez princípios universais que orientam as empresas a respeitar as responsabilidades fundamentais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção, conforme descritos a seguir. Esses princípios se baseiam em convenções e declarações internacionais, incluindo a Declaração Universal dos Direitos Humanos definida pela OIT. • Princípios sobre direitos humanos Princípio 1: as empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos reconhecidos internacionalmente. Princípio 2: as empresas devem se assegurar de que suas operações não são cúmplices da violação dos direitos humanos. • Princípios laborais Princípio 3: as empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva. 34 Princípio 4: as empresas devem apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório. Princípio 5: as empresas devem apoiar a erradicação efetiva do trabalho infantil. Princípio 6: as empresas devem apoiar a eliminação da discriminação no emprego e na ocupação. • Princípios ambientais Princípio 7: as empresas deverão manter um enfoque preventivo para os desafios do meio ambiente. Princípio 8: as empresas devem assumir iniciativas que promovam uma maior responsabilidade ambiental. Princípio 9: as empresas devem favorecer o desenvolvimento e a disseminação das tecnologias que respeitam o meio ambiente. • Princípio anticorrupção Princípio 10: as empresas devem trabalhar contra a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e suborno. Esses princípios deverão nortear as organizações a formular e estabelecer suas metas e objetivos, para realizar uma gestão adequada, promulgando qualidade e segurança no ambiente de trabalho. 3. Responsabilidade e corresponsabilidade dos empregadores Nesse contexto, é fundamental compreender que os empregadores possuem uma relação direta com a saúde e a segurança dos trabalhadores por eles contratados, portanto, em caso de acidentes 35 do trabalho o empregador terá responsabilidades a cumprir. Pode-se qualificar as responsabilidades no âmbito civil, criminal, trabalhista e profissional, conforme será descrito a seguir. 3.1 Responsabilidade civil A responsabilidade civil consiste na obrigação de indenizar um dano patrimonial ou moral decorrente de um fato humano. Considera-se como elementos da responsabilidade civil: • Atuação lesiva culposa ou dolosa do agente. • Ocorrência de um dano patrimonial ou moral. • Nexo de causalidade entre o dano e a conduta/atuação/evento. De acordo com o art. 7º da Constituição (BRASIL, 1988), cabe a reparação do dano pelo empregador, conforme traz o inciso XXVIII, “seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa”. A responsabilidade civil pode se caracterizar como subjetiva ou objetiva. Em que a responsabilidade subjetiva está pautada no art. 7º da Constituição (BRASIL, 1988) e no art. 186 do Código Civil (BRASIL, 2002), que define: “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imperícia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Dessa forma, o empregador poderá responder em caso de danos aos seus respectivos funcionários quando considerado culpado, seja por atos de negligência, imprudência ou imperícia. Para a Segurança no Trabalho, o termo negligência deve estar diretamente relacionada a omissão ou, ainda, na demora para prevenir danos. Assim, alguém que deixa de tomar uma atitude ou apresentar 36 conduta que era esperada para a situação está sendo negligente. Já a imprudência remete à uma ação que foi realizada de modo precipitado, sem cautela ou sem pensar antes de agir. Diferente da negligência, na imprudência o autor não deixa de realizar a ação (não é omisso), ele age de maneira incoerente e, muitas vezes, desastrosa. A imperícia, por sua vez, pode ser descrita como a inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Ou seja, não existe conhecimento técnico suficiência para executar a ação corretamente, o que poderá resultar em prejuízos variados. Para tanto, compreende-se que a responsabilidade subjetiva se embasa na presença do dano, do evento danoso, do nexo causal entre o dano e o evento e da culpa do agente, também aplicada em caso de dolo. Na responsabilidade objetiva, não é necessária a caracterização de culpa. Entende-se, portanto, que os riscos da atividade por si só são capazes de gerar danos e, assim, tanto a doença como o acidente de trabalho geram para o empregador o dever de indenização. Conforme o Código Civil (BRASIL, 2002), art. 927: “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.” O Supremo Tribunal Federal definiu, em 5 de setembro de 2019, que profissionais que atuam em atividade de risco têm direito à indenização em razão de danos decorrentes de acidente de trabalho, independentemente da comprovação de culpa ou dolo do empregador (STF, 2019). 3.2 Responsabilidade criminal A Lei nº 8.213/91, em seu art. 19, define o acidente de trabalho e reforça em seu parágrafo 2º que: “Constitui contravenção penal, punível com 37 multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho” (BRASIL, 1991). Dessa forma, cabe-nos destacar que a infração à responsabilidade civil poderá não apenas acarretar ação civil quanto penal, estando ambas diretamente associadas à culpa do empregador em decorrência do descaso e da omissão quanto às questões de segurança previstas nos princípios constitucionais de suas responsabilidades. Conforme o art. 18 do Código Penal (BRASIL, 1940), considera-se crime doloso aquele em que o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; e crime culposo quando “o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou por imperícia”. Ainda, conforme o art. 132 do mesmo código, considera-se crime de perigo “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente”, sob pena de detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave (BRASIL, 1940, art. 18). O infortúnio laboral pode gerar para os empregadores processos de responsabilidade penal, civil, administrativa, acidentária e trabalhista, podendo ainda se estender a prepostos do empregador, como para engenheiros de segurança, supervisores, gerentes etc. 3.3 Responsabilidade trabalhista É dever do empregador reparar o dano moral ou patrimonial causado por uma das partes do contrato de trabalho. Assim, tanto a CLT (BRASIL, 1943) quanto a Constituição Federal (BRASIL, 1988) determinam ao empregador diversas obrigações. A Constituição Federal (CF), por exemplo, determina a obrigação do empregador de adotar uma postura proativa na implantação do programade gestão de segurança e saúde, de modo a garantir a melhoria das condições de trabalho e da qualidade de vida dos trabalhadores (BRASIL, 1988). A CLT, por outro lado, dedica um capítulo todo à preservação da saúde e da segurança do trabalhador 38 (BRASIL, 1943). Conforme o Capítulo V da CLT (BRASIL, 1943), cabe ao empregador a eliminação ou redução do risco, bem como pausas e, até mesmo, a redução da jornada de trabalho ou do tempo de exposição a alguns riscos ambientais. Para finalizar, é importante frisar que as empresas possuem diversas responsabilidades para assegurar e garantir a qualidade de vida e a segurança dos profissionais que por elas atuam. Um ponto extremamente relevante se dá pelo cumprimento das Normas Regulamentadoras, que traçam diretrizes para execução de diversas atividades e, ainda, exigências a serem cumpridas tanto pelas organizações quanto pelos trabalhadores de modo a minimizar os riscos do ambiente laboral, gerar mais qualidade a organização e segurança a vida do trabalhador. Além das NRs, é fundamental que os empregadores respeitem as convenções da OIT, no que tange a qualidade de vida do trabalhador, visando constantemente promulgar um ambiente adequado, reduzindo as chances de acidentes ou doenças do trabalho e evitando, por conseguinte, ações judiciais que poderão acometê-los. Referências Bibliográficas BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, [1988]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 27 dez. 2020. BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília, DF: Presidência da República, [1943]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 27 dez. 2020. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-01: disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. 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Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e- previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/ seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-04.pdf/view. Acesso em: 27 out. 2021. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-05: comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, DF: Ministério do Trabalho e Previdência Social, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/ orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ normas-regulamentadoras/nr-05.pdf/view. Acesso em: 31 ago. 2021. BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, DF: Presidência da República, [1940]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: 3 jan. 2021. BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. 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Supremo Tribunal Federal. STF decide que que empregador tem responsabilidade civil objetiva em acidentes de trabalho nas atividades de risco. Supremo Tribunal Federal, 2019. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/noticias/ verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=422689&ori=1. Acesso em: 3 jan. 2021. http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=422689&ori=1 http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=422689&ori=1 41 BONS ESTUDOS! Sumário Introdução às legislações. Objetivos 1. Preceitos legais na profissão do engenheirode segurança do trabalho 2. Legislação previdenciária e acidentes do trabalho Referências Bibliográficas Normativas em segurança do trabalho e responsabilidades Objetivos 1. Normas regulamentadoras em segurança do trabalho 2. Organização Internacional do Trabalho (OIT) e convenções 3. Responsabilidade e corresponsabilidade dos empregadores Referências Bibliográficas
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