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Trabalho de curso - THALIS LUIS BOLFE

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,UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Thalis Luis Bolfe
A INFLUÊNCIA DE CONDIÇÕES DE CURA NOS CORPOS DE PROVA NO TECNOLÓGICO DE OBRAS DE CONCRETO ARMADO
Santa Cruz do Sul 2021
Thalis Luis Bolfe
A INFLUÊNCIA DE CONDIÇÕES DE CURA NOS CORPOS DE PROVA NO TECNOLÓGICO DE OBRAS DE CONCRETO ARMADO
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade de Santa Cruz do Sul, UNISC, para obtenção do título de Engenheiro Civil.
Orientador(a): Professor. Lucas Alexandre Reginato.
Santa Cruz do Sul 2021
Ao meu pai Zenilso, à minha mãe Salete.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Zenilso Bolfe e Salete Bolfe que sempre estiveram ao meu lado me apoiando ao longo de toda a minha trajetória. Sentimento de gratidão e amor eterno por eles.
À minha namorada Rafaela Thais lange pela compreensão e paciência demonstrada durante o período do projeto.
Agradeço à minha amiga Chistina Juruena, por me dar a oportunidade de poder realizar meu primeiro estágio na Engenharia Civl, foi de muito aprendizado tanto para minha vida acadêmica quanto para minha vida.
Agradeço ao meu orientador Lucas Reginato por aceitar conduzir o meu trabalho de pesquisa.
Agradeço aos amigos que fiz durante este trajeto, em especial ao Marcelo, Vitor e Willyam. Obrigado por todos os momentos vividos e todas as experiências que vivenciamos juntos.
Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para a minha formação.
RESUMO
Atualmente, estruturas de concreto armado são um dos métodos construtivos mais utilizados na construção civil. Contudo, é necessário ter o controle da resistência a compressão do concreto, visto que isto é um fator que pode influenciar na qualidade da amostra. Com base nisso, este trabalho de conclusão buscou analisar a diferença de resistência entre vários tipos de curas de concreto, entre os quais estão: condição de cura com água potável, cura com cal, cura em ambiente refrigerado e cura em ambiente de obra. Contando com vários corpos de prova para cada condição de cura e com diferentes idades (8 dias, 14 dias, 28 dias e 63 dias). Após isso foram rompidos os corpos de provas nas idades citadas. para analisar a resistência A cura em obra se aproximou a condição de cura em tanque com cal,aos 28 dias, a qual é recomendada pela norma NBR 5738- (2015). A cura em ambiente refrigerado já teve um redução de 31% de sua resistência a compreensão.
Palavras-Chave: Concreto. Resistência. Cura. Construção Civil. Estruturas de Concreto.
ABSTRACT
Currently, reinforced concrete structures are one of the most used construction methods in civil construction. However, it is necessary to control the compressive strength of concrete, as this is a factor that can influence the quality of the sample. Based on this, this conclusion work sought to analyze the difference in strength between various types of concrete cures, among which are: cure condition with drinking water, cure with lime, cure in a refrigerated environment and cure in a construction environment. With several specimens for each healing condition and with different ages (8 days, 14 days, 28 days and 63 days). After that, the bodies of evidence at the mentioned ages were broken up. to analyze the resistance On-site curing approached the condition of curing in a tank with lime, after 28 days, which is recommended by the NBR 5738- (2015) standard. Curing in a refrigerated environment has already had a 31% reduction in its resistance to understanding.
KeyWords: Concrete. Endurance. Curing. Civil Construction. Concrete Structures.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 - Limites da distribuição granulométrica do agregado miúdo	13
Quadro 2 - Limites da composição granulométrica do agregado graúdo	14
Quadro 3 – Composição química do concreto Portland	15
Quadro 4 - Tipos de cimentos brasileiros e americanos	15
Quadro 5 - Requisitos gerais para todos os aditivos	16
Quadro 6 - Vantagens dos aditivos	17
Quadro 7 - Influência da redução da resistência com a incorporação de ar	23
Quadro 8 - Relação entre relação água/cimento e a resistência à compressão do concreto	24
Quadro 9 - Valores máximos para a formação de lotes de concreto	28
Quadro 10 - Classes de consistência	31
Quadro 11 - Número de camadas para moldagem dos corpos de prova	31
Quadro 12 – Caracterização do agregado graúdo	34
Quadro 13 – Característica granulométrica do agregado miúdo	35
Quadro 14 - Quantidade dos materiais	36
Quadro 15 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14 28 e 63 dias	45
Quadro 16 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14, 28 e 63 dias	45
Quadro 17 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14, 28 e 63 dias	46
Quadro 18 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14, 28 e 63 dias	46
Figura 1 - Interação dos fatores que influenciam a resistência do concreto	18
Figura 2 - Fatores básicos no processo de dosagem	19
Figura 3 - Resistência à compressão, MPA cura úmida a 21ºC	21
Figura 4 - Relação entre resistência do concreto e quantidade de água	22
Figura 5 - Influência do fator água/cimento, ar incorporado e teor de cimento,sobre a resistência à compreensão	23
Figura 6 - Influência das condições de cura sobre a resistência	25
Figura 7 - Influência das temperaturas de moldagem e cura sobre a resistência do Concreto	26
Figura 8 - Percentual da resistência (21° C aos 28 dias) por idade em dias: (a) lançamento e cura nas temperaturas indicadas, (b) lançamento e moldagem nas temperaturas indicadas, e cura a 21° C	26
Figura 9 - Os fatores que influenciam na qualidade final do concreto	30
Figura 10 – Distribuição granulometria do agregado graúdo	34
Figura 11 - Distribuição granulometria do agregado miúdo	35
Figura 12 – 56 Corpos-de-prova	36
Figura 13 – Ensaio Slump	37
Figura 14 - Slump teste do valor 14 cm	38
Figura 15 - Concretagem finalizada	38
Figura 16 - Cura em tanque com água potável	39
Figura 17 - Cura em tanque com água saturada de cal	40
Figura 18 - Cura em ambiente de obra	41
Figura 19 – Cura úmida	42
Gráfico 1 - Variação de temperatura em 8 dias	43
Gráfico 2 - Variação de temperatura em 14 dias	43
Gráfico 3 - Variação de temperatura em 28 dias	44
Gráfico 4 - Variação de temperatura em 63 dias	44
Gráfico 5 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14 e 28 dias	47
Gráfico 6 - Resistência média aos 8 dias	48
Gráfico 7 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 14 dias	49
Gráfico 8 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 28 dias	50
Gráfico 9 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 63 dias	51
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
1.1 Área e Limitação do Tema	10
1.2 Justificativa	10
1.3 Objetivos	11
1.3.1 Objetivo Geral	11
1.3.2 Objetivos Específicos	11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	12
2.1 Concreto	12
2.1.1 Materiais Constituintes	12
2.1.2 Agregados	13
2.1.3 Adição e Aditivos	14
2.1.4 Adição e aditivos	16
2.1.5 Fatores Influentes na Compressão do Concreto	17
2.1.6 Relação Água Cimento	20
2.1.7 Idade e cura	24
2.2 Controle Técnológico do Concreto	27
2.3 Fatores Influentes no Controle Tecnológico do Concreto	29
3 MATERIAIS E MÉTODOS	33
3.1 Materiais Utilizados	33
3.1.1 Cimento	33
3.1.2 Agregado Graúdo	33
3.1.3 Agregado Miúdo	34
3.2 Traço do concreto	35
3.2.1 Ensaios no Estado Fresco	36
3.3 Condições de Cura	39
3.3.1 Cura em Tanque com Água Potável	39
3.3.2 Cura Água Saturada com Cal	40
3.3.3 Cura em Obra	40
3.3.4 Cura em Ambiente Refrigerado	41
3.3.5 Acompanhamento e Evolução de Temperatura das Diferentes Condições de Cura	42
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS	45
4.1 Condição de Cura no Tanque com Água Potável	45
4.2 Cura com Água Saturada com Cal	45
4.3 Cura em Ambiente Obra	46
4.4 Cura em Ambiente Resfriado	46
4.5 Comparação entre Diferentes Condições de Cura	46
4.5.1 Resistência Média aos 8 dias	47
4.5.2 Resistência Média aos 14 dias	48
4.5.3 Resistência Média aos 28 dias	49
4.5.4 Resistência Média aos 63 dias	50
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	52
6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS	53
REFERÊNCIAS	54
1 INTRODUÇÃO
O concreto armado é o material de construçãomais utilizado no mundo, uma das maiores vantagens no concreto são a resistência compressão e junto com o aço a resistência a tração, e também fornece uma proteção para as armaduras não correr. Segundo o artigo “Scientific American”, o homem não consome nenhum outro material em tal quantidade, a não ser a água (BRUNAUER COPELAND, 1964).
O concreto utilizado em todas as obras de edificações, é composto basicamente por um aglomerante (cimento), agregado miúdo (areia) e um agregado graúdo (pedra britada), também pode se adicionar nessa mistura vários tipos de aditivos (METHA; MONTEIRO, 1994).
No concreto a resistência à compressão é o principal parâmetro característico físico deste, torna-se uma necessidade importante para qualquer estrutura de concreto. Dentre vários ensaios que avaliam a qualidade do concreto, o ensaio de resistência a compressão de corpos de provas é o mais utilizado, uma das suas vantagens que ele possui custos consideradamente baixos, e facilidade na execução. A resistência de um material é definida como a capacidade de este resistir a tensão sem ruptura. Conforme Metha e Monteiro (1994) a ruptura é algumas vezes identificada como o aparecimento de fissuras. O concreto a resistência é comparada com a tensão requerida em para causar a fratura, é relacionada ao grau de ruptura no qual a tensão foi aplicada. No ensaio de compressão o bloco é considerado rompido mesmo quando não possui sinais de fratura externas, porém, a fratura interna é muito
avançada, sendo incapaz de suportar uma carga maior sem romper.
1.1 Área e Limitação do Tema
O presente trabalho se desenvolve na área de análise da influência de condições de cura de corpos de prova no tecnológico de obras de concreto armado.
1.2 Justificativa
Visto a importância do concreto armando é bastante importante que seja feito o controle da resistência a compressão do concreto, é um parâmetro que é associado a diversos requisitos. Vários fatores podem interferir na avaliação a resistência a compressão, ainda mais os corpos de prova que são moldado na obra, por ter muita
10
interferência no processo.
1.3 Objetivos
Os objetivos do trabalho foram divididos em objetivo geral e objetivos específicos, apresentados abaixo.
1.3.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem o intuito avaliar os efeitos das condições de cura de corpos de prova utilizados no controle tecnológico da resistência à compressão do concreto.
1.3.2 Objetivos Específicos
Foram definidos os seguintes objetivos específicos:
· Avaliar a influência das condições de cura na resistência à compressão para diferentes idades;
· Comparar as diferentes condições de cura.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Concreto
Segundo Neville (2016), a utilização de materiais cimentícios é bastante antiga, os antigos egípios utilizavam gesso impuro. Os gregos e os romanos utilizavam calcáreo e, mais tarde aprenderam a adicionar areia e pedra fragmentada ou fragmentos de tijolos ou telas ao calcário e a água, esse foi o primeiro concreto da história.
O concreto teve sua descoberta no fim do século XIX e seu intensivo uso no século XX, que o transformaram no material mais consumido pelo homem depois da água, revolucionaram a arte de projetar e construir estruturas cuja evolução sempre esteve associada ao desenvolvimento das civilizações ao longo da história da humanidade (HELENE; ANDRADE, 2010).
Para a construção de um elemento de concreto armado, há um método pré- estabelecido que se aplica para qualquer modelo. Com a forma pronta, as armaduras de aço são inseridas e posicionadas corretamente de acordo com o projeto estrutural. Logo após, o concreto é lançado de modo a preencher toda a forma, envolvendo assim as armaduras. Em seguida, após a cura e o consequente endurecimento do concreto, a forma pode ser retirada, dando origem a peça de concreto armado (BASTOS; 2019). Uma das principais características do concreto é a alta resistência à compressão. Contudo, apresenta fragilidade e baixa resistência à tração. Em função disso, é um excelente material para elementos estruturais submetidos à compressão e pouco recomendado para uso isolado em elementos submetidos totalmente ou parcialmente à tração. Devido a essa fragilidade, faz-se necessário a utilização do aço
em conjunto com o concreto para resistir aos esforços de tração (BASTOS; 2019).
2.1.1 Materiais Constituintes
O concreto, por ser um material composto, possui em sua consistência um meio continuo aglomerante, onde podem estar presentes alguns fragmentos de agregados e partículas. Contudo, no concreto de cimento hidráulico, o meio aglomerante é um pouco diferente, sendo formado por uma mistura de cimento hidráulico e água (METHA; MONTEIRO,1994).
2.1.2 Agregados
Os agregados são muito importantes no concreto porque constituem cerca de 70 a 80 % da sua composição, e porque influenciam várias de suas propriedades (BASTOS, 2019).
O agregado miúdo cujo os grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75mm e ficam retindos na peneira com abertura de malha 150 mm. Agregado graúdo cujo os grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75mm e ficam retidos na peneira com malha de 4,75mm, conforme a NBR NM 7211 (ABNT, 2005).
Conforme a NBR NM 7211 (ABNT, 2005) a distribuição granulométrica, deve atender aos limites indicados para o agregado graúdo constantes no Quadro 1.
Quadro 1 - Limites da distribuição granulométrica do agregado miúdo
	Peneira com abertura de malha (ABNT NBR
NM ISO 3310-1)
	Porcentagem, em massa, retida acumulada
	
	Limites inferiores
	Limites superiores
	
	Zona utilizável
	Zona ótima
	Zona ótima
	Zona utilizável
	9,5 mm
	0
	0
	0
	0
	6,3 mm
	0
	0
	0
	7
	4,75 mm
	0
	0
	5
	10
	2,36 mm
	0
	10
	20
	25
	1,18 mm
	5
	20
	30
	50
	600 mm
	15
	35
	55
	70
	300 mm
	50
	65
	85
	95
	150 mm
	85
	90
	95
	100
Fonte: NBR NM 7211 (ABNT 2005, p. 9).
O agregado miúdo cujo os grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha 150 mm. Agregado graúdo cujos os grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75mm e ficam retidos na peneira com malha de 4,75mm, conforme a NBR NM 7211 (ABNT, 2005).
Segundo a NBR NM 7211 (ABNT, 2005) a distribuição granulométrica deve atender aos limites indicados para o agregado graúdo constantes no Quadro 2.
Quadro 2 - Limites da composição granulométrica do agregado graúdo
	
Peneira com abertura demalha (ABNT NBR NM ISO 3310-1)
	Porcentagem, em massa, retida acumulada
	
	Zona granulométrica
d/D1)
	
	4,75/12,5
	9,5/25
	19/31,5
	25/50
	37,5/75
	75 mm
	-
	-
	-
	-
	0 – 5
	63 mm
	-
	-
	-
	-
	5 – 30
	50 mm
	-
	-
	-
	0 – 5
	75 – 100
	37,5 mm
	-
	-
	-
	5 – 30
	90 – 100
	31,5 mm
	-
	-
	0 – 5
	75 – 100
	95 – 100
	25 mm
	-
	0 – 5
	5 – 252)
	87 – 100
	-
	19 mm
	-
	2 - 152)
	652) - 95
	95 – 100
	-
	12,5 mm
	0 – 5
	402)- 652)
	92 – 100
	-
	-
Fonte: NBR NM 7211 (ABNT 2005, p. 9).
Quanto maior o tamanho do agregado no concreto é mais elevado a proporção de partículas, maior será a tendência de água se acumular próximo a superfície do agregado, enfraquecendo assim a zona de transição pasta- agregado. Este fenômeno, é conhecido como exudação interna (METHA; MONTEIRO, 1994).
2.1.3 Adição e Aditivos
O cimento se característica como um material pulverizado, que só ele não é aglomerante, mas desenvolve propriedades ligantes, sendo assim, de reações químicas entre os minerais do cimento e água (METHA; MONTEIRO, 1994). O cimento Portland é o mais utilizado para fazer concreto ele possui silicatos de cálcio hidráulicos.
Quatro compostos normalmente são considerados como os principais constituintes do cimento. Esses compostos e suas abreviaturas estão listados a seguir no Quadro 3.
Quadro 3 – Composição química do concreto Portland
	Nome do composto
	Composição em óxido
	Abreviatura
	Silicato tricálcico
	3CaO.SI𝑂2
	𝐶3S
	Silicato dicálcico
	2CaO.Si𝑂2
	𝐶2s
	Aluminato tricálcico
	3CaO.A𝐿2𝑂3
	𝐶3A
	Ferroaluminato tetracálcico
	4CaO.A𝑙2𝑜3.F𝑒2𝑜3
	𝑐4AF
Fonte: Neville (2016).
O concreto de Cimento Portland deve conter cimento,água e agregados, também pode conter alguns aditivos ou fibras. No Quadro 4 estão apresentados os diferentes cimentos disponíveis no mercado brasileiro e americano.
Quadro 4 - Tipos de cimentos brasileiros e americanos
Fonte: Mehta e Monteiro (2008, p. 255).
A grande procura pela utilização dos aditivos, vem do fato deles serem um material que nos proporcionar vantagens físicas e econômicas ao concreto. Essas vantagens incluem a utilização do concreto em situações em que antes existiam dificuldades (NEVILLE, 2016).
Os aditivos variam de tensoativos, sais solúveis e polímeros a minerais insolúveis. Eles possuem finalidades muito importantes, aumentar a plasticidade do concreto, sem aumentar o teor de água, retardar ou acelerar o tempo de pega, melhora a trabalhabilidade. Hoje em alguns países 70 a 80% de todo concreto produzido contenha um ou mais aditivos (METHA; MONTEIRO, 1994).
Conforme a NBR NM 11768 (ABNT,2019) os aditivos são produtos adicionados e misturados no concreto, em quantidade geralmente não superior a 5% da massa de ligante total contida no concreto, com o objetivo de modificar suas propriedades no estado fresco e/ou no estado endurecido. Todos os aditivos especificados na norma a NBR NM 11768 (ABNT, 2019) devem estar de acordo com os requisitos gerais no Quadro 5.
Quadro 5 - Requisitos gerais para todos os aditivos
	Propriedade
	Método de ensaio
	Requisitos
	Homogeneidade a
	Exame visual
	Homogêneo no momento de sua utilização, não apresentando separação ou sedimentação b.
	Cor a
	Exame visual
	Uniforme e similar à descrição informada pelo fabricante.
	Massa específicaa (somente para líquidos)
	ABNT NBR 11768-
3
	Valor declarado pelo fabricante com tolerânciade
±0,02 g/cm3.
	Teor de sólidos a
	ABNT NBR 11768-
3
	Valor declarado pelo fabricante com tolerância de
± 2 %.
	pH a
	ABNT NBR 11768-
3
	Valor declarado pelo fabricante com tolerânciade ± 1.
	Cloretos solúveis em água (Cl-) a
	ABNT NBR 11768-
3
	Menor ou igual ao valor declarado pelofabricante c.
Fonte: NBR NM 11768 (ABNT, 2019, p. 14).
Aditivos são capazes de acelerar ou retardar a hidratação do cimento, assim sendo terão grande influência sobre a velocidade e desenvolvimento da resistência, porém, a resistência final não é afetada. Muitos pesquisadores dizem que a tendência de maior resistência final do concreto quando a velocidade de desenvolvimento de resistência a baixas idades é (METHA; MONTEIRO,1994).
No mercado hoje possui uma enorme variedade de aditivos, existindo os incorpoadores de ar, redutores de água, retardadores de pega, plastificantes e superplastificantes, usado na construção civil. A seguir, o Quadro 6 mostra em números alguns benefícios dos aditivos.
Quadro 6 - Vantagens dos aditivos
Fonte: Mehta e Monteiro (2008, p. 298).
2.1.4 Fatores Influentes na Compressão do Concreto
Conforme Metha e Monteiro (1994), a resposta do concreto às tensões aplicadas não depende somente do tipo de solicitação, mas também de como a combinação de vários fatores afeta a porosidade dos diferentes componentes estruturais do concreto. Os fatores grau de adensamento e condições de cura compõem o traço do concreto. Entretanto, a relação água/cimento-porosidade é de maior importância com a resistência, pois, ele afeta a porosidade tanto da matriz pasta de cimento como zona de transição entre a matriz e o agregado graúdo.
Figura 1 - Interação dos fatores que influenciam a resistência do concreto
Fonte: Metha e Monteiro (1994, p. 63).
A seleção dos materiais componentes dos concretos é o primeiro passo na busca da obtenção de concretos com certas e desejadas características de desempenho. Um dos propósitos da dosagem é ter um produto com um desempenho que atenda os requisitos, os mais importantes são: sendo a trabalhabilidade do concreto fresco e a resistência do concreto endurecido a uma idade definida (METHA; MONTEIRO, 1994).
Os fatores básicos a serem considerados na dosagem estão representados esquematicamente na Figura 2. A sequência de decisões também é mostrada para a determinação das quantidades de componentes por betonada (NEVILLE, 2016).
Figura 2 - Fatores básicos no processo de dosagem
Fonte: Neville (2016).
No concreto o que determina a facilidade de como ele vai ser manipulado e trabalhabilidade. De todas as formas um concreto que seja difícil de lançar e adensar, elevara seu custo de manipulação, como também terá resistência, durabilidade e aparência, inadequadas.
Um dos propósitos do proporcionalmente dos concretos é obter uma mistura de concreto que satisfaça os requisitos de desempenho ao mínimo custo possível, ou seja, escolher matérias componentes com base não só naqueles mais adequados mas que sejam disponíveis e com preço razoáveis.
No cálculo da resistência de dosagem, a resistência de dosagem empírica segundo a NBR NM 12655 (ABNT, 2007) deve atender as condições de variabilidade prevalecentes durante a construção. Esta variabilidade medida pelo desvio – padrão Sd elevada em conta no cálculo da resistência de dosagem, segundo a equação 1:
fcj = fck - 1,65	(1)
Onde:
· fcj é a resistência média do concreto a compressão, prevista para a idade de j dias em mega pascals;
· fck é resistência característica do concreto a compressão, em mega pascals;
· Sd é o desvio padrão da dosagem, mega pascals.
2.1.5 Relação Água Cimento
A relação água/cimento-resistência é o enfraquecimento da matriz devido a porosidade com o aumento do fator água/cimento. Em 1918, como resultado de um extenso programa de ensaios no Instituito Lewis, Universidade de lllinois, Duff Abrams determinou que a relação entre água/cimento é a resistência do concreto (METHA; MONTEIRO, 1994). Conhecida com a Lei de Abrams do fator água/cimento, pode ser representada pela equação 2 a seguir:
Fc= 𝑘1 𝑎/𝑐	(2)
𝑘2
Onde a/c representa fator água cimento da mistura do concreto k1 e k2 são constantes empíricas.
A relação água/cimento-resistência é o enfraquecimento da matriz devido a porosidade com o aumento do fator água/cimento. A lei resultou da análise dos dados experimentais de oito misturas com a/c em volume, conforme pode ser observado na Figura 3, que variaram além da proporção, como indicado na legenda, a consistência e o tamanho do agregado (ABRAMS, 1918).
Figura 3 - Resistência à compressão, MPA cura úmida a 21ºC
Fonte: Metha e Monteiro (1994, p. 48).
É o fator água cimento que determina a porosidade da matriz da pasta de cimento para um grau de hidratação, no entanto, quando os vazios em forma de ar são incorporados ao sistema, em consequência de adensamento inadequado ou uso de aditivo incorporados de ar, eles também tem como efeito aumentar a porosidade e reduzir a resistência do sistema. O efeito sobre a resistência a compressão do concreto é pelo aumento do volume de ar incorporado, e mostrado na Figura 4 (METHA; MONTEIRO, 1994).
Figura 4 - Relação entre resistência do concreto e quantidade de água
Fonte: ABRAMS (1918).
Ar incorporado a relação água/cimento-resistência é o enfraquecimento da matriz devido a porosidade com o aumento do fator água/cimento. Em 1918, como resultado de um extenso programa de ensaios no Instituito Lewis, Universidade de lllinois, Duff Abrams determinou que a relação entre água/cimento é a resistência do concreto (METHA; MONTEIRO, 1994).
Na Figura 5 pode-se concluir que com o aumento da relação água/cimento em volume, diminui a resistência mecânica. Isso ocorre porque a água adicionada, além da necessária para a hidratação do cimento, irá aumentar a porosidade capilar e, consequentemente, reduzir a compacidade do concreto endurecido, conforme pode ser observado no Quadro 7.
Figura 5 - Influência do fator água/cimento, ar incorporado e teor de cimento, sobre a resistência à compreensão
Fonte: Metha e Monteiro (1994, p. 49).
Quadro 7 - Influência da redução da resistência com a incorporação de ar
	Teor de vazios
	1%
	2%
	3%
	4%
	5%
	10%
	Redução da resistência
	8%
	17%
	24%
	31%
	37%
	60%
Fonte: (GIUAMUSSO, 1992).
Os autores Metha e Monteiro (1994, p. 154) afirmam que:
[...]num concreto de baixa e média resistência preparado com agregado comum, ambas as porosidades da zona de transição e da matriz determinan a resistência , e é valida a relação direta entre o fator água/cimento e a resistência do concreto, já nos concretos com alta resistência (i.e.., fator água/cimento muito baixo), não se aplica.
Em conformidade ao exposto, Neville e Brooks (2013) apresentam no Quadro 8, a relação a/c e a resistência à compressão do concreto, comprovando a Lei de Abrams.
Quadro 8 - Relação entre relação água/cimento e a resistência à compressão do concreto
	Resistência à compressão média aos 28
dias (Mpa)
	Relação água/cimento
	41,4
	0,41
	34,5
	0,48
	27,6
	0,57
	20,7
	0,68
	13,8
	0,82
Fonte: Neville e Brooks (2013).
2.1.6 Idade e cura
O termo cura do concreto trata dos procedimentos destinados a causar a hidratação do cimento, constituindo do controle do tempo, temperaturas e condições de umidade, logo após a colocação do concreto nas formas (METHA; MONTEIRO, 1994). A cura é uma causa relevante na resistência, por se tratar dos procedimentos destinados a causar a hidratação do cimento, consistindo no controle, da temperatura e das condições de umidade, conforme a conservação destas condições ao longo de um determinado tempo.
Para corpos de prova de concreto curados a 20ºC, o código modelo do ceb fib 1990 sugere a seguinte relação, de acordo com a equação 3 (METHA; MONTEIRO, 1994):
Onde:
· 𝑓𝑐𝑚(𝑡) = resistência à compressão média a t dias;
· 𝑓𝑐𝑚 = resistência à compressão média a 28 dias de idade;
· 𝑠 = coeficiente que depende do tipo de cimento, tal como 𝑠=0,20;
· para cimento de alta resistência inicial; 𝑠 = 0,25;
· para cimento comum: 𝑠 = 0,38, para cimentos de endurecimento lento (com adições);
· 𝑡1=1 𝑑𝑖𝑎.
Conforme ilustra a Figura 6, a influência da umidade de cura sobre a resistência do concreto é bastante evidente. De acordo com a figura, a resistência do concreto curado sob condições continuamente úmidas foi três vezes maior do que a resistência do concreto curado apenas ao ar após 180 dias, de acordo com um determinado fator água/cimento. A velocidade de perda de água do concreto depende, além da temperatura, umidade relativa e velocidade do ar, do fator superfície/volume do elemento de concreto.
Resistência à compressão, % do concreto a 28 dias curados sob condições úmidas, a idade de cura não tem efeito benéfico sobre a resistência do concreto a menos que a cura seja realizada na presença úmida.
Figura 6 - Influência das condições de cura sobre a resistência
Fonte: Metha e Monteiro (1994, p. 58).
Figura 7 - Influência das temperaturas de moldagem e cura sobre a resistência do Concreto
Fonte: Metha e Monteiro (1994, p. 59).
Figura 8 - Percentual da resistência (21° C aos 28 dias) por idade em dias:
(a) lançamento e cura nas temperaturas indicadas, (b) lançamento e moldagem nastemperaturas indicadas, e cura a 21° C
Fonte: Metha e Monteiro (1994, p. 59).
Para concreto curado em condições úmidas, a influência da temperatura sobre a resistência depende do tempo-temperatura do lançamento e da cura. Isto pode ser ilustrado com o auxílio dos três casos (METHA; MONTEIRO, 1994).
Em uma faixa de 4° a 46ºC em que o concreto é submetido a uma temperatura fixa e constante, até os 28 dias, a fim pode ser observado Figura 8 a, quanto maior a temperatura, mais rápida a hidratação do cimento e maior a sua resistência. A resistência dos corpos de provas moldados e curados a 4ºC com 28 dias de cura foi aproximadamente 80% dos corpos de provas moldados e curados de 21 a 46°C (METHA; MONTEIRO, 1994).
A temperatura de lançamento, durante as primeiras 2 horas de produção do concreto variou entre 4 e 46ºC, depois disto os concretos receberam cura úmida a uma temperatura constante de 21ºC. A resistência final aos 180 dias do concreto lançado a 4 ou 13ºC foram mais altas que as do concreto lançado a 24, 29, 38 ou 46°C (METHA; MONTEIRO, 1994).
Em estudos microscópios, muitos pesquisadores concluiram que, para cura a baixas temperaturas, a maior resistência explicaria por uma microestrutura relativamente uniforme da pasta de cimento hidratada, quanto a sua distribuição dos poros (METHA; MONTEIRO, 1994).
Para os concretos lançados a 21ºC, curados a temperaturas diferentes desde abaixo de 0ºC até 21ºC, quanto menor temperatura de cura, menor a resistência até os 28 dias. Para uma temperatura de cura próxima de 0ºC a resistência foi aproximadamente metade da resistência dos blocos curados a 21ºC.
2.2 Controle Técnológico do Concreto
Os métodos de controle tecnológico são de suma importância, para avaliar a durabilidade do concreto e sua aceitação, esses ensaios devem ser feitos por uma empresa especializada que executa de acordo com a norma NBR NM 12655 (ABNT, 2006).
Conforme a NBR NM 12655, a amostragem do concreto para ensaios de resistência à compressão deve ser feita dividindo-se a estrutura em lotes que atendam a todos os limites do Quadro 9 (ABNT, 2015). De cada lote deve ser retirada uma amostra, com número de exemplares de acordo com o tipo de controle.
Quadro 9 - Valores máximos para a formação de lotes de concreto
	
Identificação
(o mais exigente para cada caso)
	Solicitação principal dos elementos da
estrutura
	
	Compressão ou compressão e flexão
	Flexão simples b
	Volume de concreto
	50 m3
	100 m3
	Número de andares
	1
	1
	Tempo de concretagem
	três dias de concretagem c
	No caso de controle por amostragem total, cada betonada deve ser considerada um lote. No caso de complemento de pilar, o concreto faz parte do volume do lote de lajes e vigas.
Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de sete dias,
que inclui eventuais interrupções para tratamento de juntas.
Fonte: ABNT (2015).
As amostras devem ser coletadas aleatoriamente durante a operação de concretagem, conforme a NBR NM 33 (ABNT, 1998). Cada exemplar deve ser constituído por dois corpos de prova da mesma amassada, conforme a NBR NM 5738 (ABNT, 2015).
Existem dois tipos de controle de resistência: o controle estatístico do concreto por amostragem parcial e o controle do concreto por amostragem total. Para o controle por amostragem parcial é prevista uma forma de cálculo do valor estimado da resistência característica, fck, est, do lote de concreto em estudo (ABNT, 2015).
Segundo a NBR NM 12655, a amostragem é feita de 100%, todas as betonadas são amostradas e representadas por um exemplar que define a resistência à compressão daquele concreto naquela betonada (ABNT, 2015). Sendo assim, o valor da resistência característica à compressão do concreto estimada (fck, est) é dado por:
fck,est = fc, betonada	(4)
Onde:
· fc, betonada é o valor da resistência à compressão do exemplar que representa o concreto da betonada.
Para este tipo de controle, em que são retirados exemplares de betonadas distintas, as amostras devem ser de no mínimo seis exemplares para os concretos do grupo I (classes até C50, inclusive) e 12 exemplares para os concretos do grupo II (classes superiores a C50). Conforme estabelece a NBR NM 8953 (ABNT, 2015, p.11):
Para lotes com números de exemplares 6 ≤ n <20, o valor estimado da resistência característica à compressão (fck, est), na idade especificada, é dado por seguinte fórmula abaixo.
fck,est  2  f1  f2  ⋯  fm1  fm	(5)
m  1
Onde:
· M = a n/2, espreza-se o valor mais alto de n, se for ímpar;
· f1, f2, ..., fm = são os valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente.
Para lotes representados por amostra com número de exemplares n ≥ 20, segue a fórmula NBR NM 12655 (ABNT, 2015).
fck, est = fcm – 1,65 sd	(6)
Onde:
· Fcm é a resistência média dos exemplares do lote, expressa em megapascals (MPa);
· Sd é o desvio padrão dessa amostra de n exemplares, expresso em megapascals (MPa).
2.3 Fatores Influentes no Controle Tecnológico do Concreto
A resistência à compressão do concreto é atingida aos 28 dias, o controle de lançamento é de extrema importância, anotando-se o local onde o caminhão betoneira descarregou, pois, caso nãoseja atingida à resistência desejada nesse período, o processo pode ser refeito, garantindo as condições de projeto. Essa resistência, juntamente com a durabilidade do material. São os requisitos mais solicitados no concreto em seu estado endurecido (NEVILLE, 1997).
Figura 9 - Os fatores que influenciam na qualidade final do concreto
Fonte: MINASCON (2010).
O controle tecnológico deve ser feito, pois, fatores como exsudação (separação da pasta na mistura) e segregação (separação dos grãos maiores do agregado durante o lançamento) interferem na qualidade do concreto (MEHTA; 2008).
Deve ser feito a moldagem dos blocos conforme a norma NBR NM 5738, (ABNT, 2015, p. 4):
Antes de proceder à moldagem dos corpos de prova, os moldes e suas bases devem ser convenientemente revestidos internamente com uma fina camada de óleo mineral ou outro lubrificante que não reaja com o cimento. A superfície de apoio dos moldes deve ser rígida, horizontal, livre de vibrações e outras perturbações que possam modificar a forma e as propriedades do concreto dos corpos de prova durante sua moldagem e início de pega.
Proceder a uma prévia remistura da amostra para garantir a sua uniformidade e colocar o concreto dentro dos moldes em número de camadas que corresponda ao que determina o Quadro 10, utilizando uma concha de seção U.
A escolha do método de adensamento deve ser feita em função do abatimento, seguindo a classificação do Quadro 10.
Quadro 10 - Classes de consistência
	
Classe
	Abatimento
Mm
	Método de adensamento
	S10
	10 ≤ A < 50
	Mecânico
	S50
	50 ≤ A < 100
	
Mecânico ou manual
	S100
	100 ≤ A < 160
	
	S160
	160 ≤ A < 220
	
Manual
	S220
	A ≥ 220
	
	
	
	
Fonte: ABNT (2015, p. 7).
Quadro 11 - Número de camadas para moldagem dos corpos de prova
	Tipo de corpo de prova
	Dimensão básica (d)mm
	Número de camadas em função do tipo de adensamento
	
Número de golpes para adensamento manual
	
	
	Mecânico
	Manual
	
	
Cilíndrico
	100
	1
	2
	12
	
	150
	2
	3
	25
	
	200
	2
	4
	50
	
	250
	3
	5
	75
	
	300
	3
	6
	100
	
	450
	5
	–
	–
	
Prismático
	100
	1
	1
	75
	
	150
250
	1
2
	2
3
	75
200
	
	450 b
	3
	–
	–
Fonte: ABNT (2015, p. 7).
O adensamento manual deve se. Introduzir o concreto no molde em camadas de volume aproximadamente igual e adensar cada camada utilizando a haste, que deve penetrar no concreto com seu extremo emforma de semiesfera o número de vezes definido na Tabela 6. A primeira camada deve ser atravessada em toda a sua espessura quando adensada com a haste, evitando-se golpear a base do molde. Os golpes devem ser distribuídos uniformemente em toda a seção transversal do molde. Cada uma das camadas seguintes também deve ser adensada em toda sua espessura, fazendo com que a haste penetre aproximadamente 20 mm na camada anterior. Deve-se bater levemente na face externa do molde, até o fechamento de eventuais vazios (ABNT, 2015, p. 4).
A última camada deve ser moldada com quantidade em excesso de concreto, de forma que, ao ser adensada, complete todo o volume do molde e seja possível proceder ao seu rasamento, eliminando o material em excesso. Em nenhum caso, é aceito completar o volume do molde com concreto após o adensamento da última camada.
Conforme a norma NBR NM 5738, o manuseio e transporte, os corpos de prova devem ser moldados no local ondem devem ser manuseados, evitar o transporte dos corpos de provas recém-moldados (ABNT, 2015).
3 MATERIAIS E MÉTODOS
O objetivo do trabalho foi avaliar as diferentes condições de curas, avaliando por exemplo a cura saturada em água submersa em água saturada com cal, em baixas temperaturas, e condições normais de uma obra típica da região de Santa Cruz Do Sul.
3.1 Materiais Utilizados
Foi utilizado para execução do concreto agregado graúdo de origem basáltica, tipo 1, a agregado muído de origem natural.
3.1.1 Cimento
Foi utilizado para a concretagem cimento Portland do tivo IV.
3.1.2 Agregado Graúdo
Foram utilizados agregado graúdo na realização do estudo, ambos britados de origem basáltica. O agregado graúdo foi classificado conforme a NBR 7211 e brita tipo 1 (ABNT, 2009).
As características granulométricas dos agregado graúdo estão expostas no Quadro 12, com o respectivo método de ensaio normalizado. As composições granulométricas estão apresentadas graficamente na Figura 10, onde os valores obtidos são comparados com os limites da NBR 7211 (ABNT, 2009).
Quadro 12 – Caracterização do agregado graúdo
	Característica
	Método de ensaio
	Brita 1
	Dimensão máxima característica (mm)
	NBR NM 248
(ABNT, 2003)
	25
	Módulo de Finura
	NBR NM 248
(ABNT, 2003)
	7,07
	Abertura da Peneira (mm)
	
NBR NM 248
(ABNT, 2003)
	
	Distribuição granulométrica
	25
	
	0,0
	
	19
	
	11,15
	
	12,5
	
	62,19
	
	9,5
	
	23,60
	
	6,3
	
	2,27
	
	4,75
	
	0
	
	2,36
	
	0
	
	Fundo
	
	0,39
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
Figura 10 – Distribuição granulometria do agregado graúdoGranulometria Agregado Graúdo - B1
100
80
60
40
20
0
1
10
Diametro (mm)
100
 	Inferior	 	Superior	Amostra
% Retida Acumulada (%)
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
3.1.3 Agregado Miúdo
Foram realizados ensaio na caracterização do agregado miúdo de origem natural, designado areia média.
As características físicas e granulométricas do agregado miúdo estão expostas no Quadro 13, com o respectivo método de ensaio normalizado. As composições granulométricas estão apresentadas graficamente na Figura 11, onde os valores
obtidos são comparados com os limites da NBR 7211 (ABNT, 2009).
Quadro 13 – Característica granulométrica do agregado miúdo
	Característica
	Método de ensaio
	Areia natural
	Dimensão máxima característica (mm)
	NBR NM 248
(ABNT, 2003)
	4,75
	Módulo de Finura
	NBR NM 248
(ABNT, 2003)
	2,36
	Abertura da Peneira (mm)
	
NBR NM 248
(ABNT, 2003)
	
	Distribuição granulométric a
	4,75
	
	4,28
	
	2,38
	
	3,23
	
	1,18
	
	5,37
	
	0,60
	
	15,52
	
	0,30
	
	55,80
	
	0,15
	
	14,14
	
	Fundo
	
	17,1
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
Figura 11 - Distribuição granulometria do agregado miúdoGranulometria Agregado Miúdo
100
80
60
40
20
0
0,1
1
Diametro (mm)
10
 	Utilizável Inf.	Ótima Inf.	Ótima Sup.	Utilizável Sup.	Amostra
% Retida Acumulada (%)
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
3.2 Traço do concreto
O utilizado no estudo foi definido através de um traço convencionalmente utilizado, foi utilizado o traço 1:2:3. Sendo a proporça de 1:0 de cimento 2:0 de areia 3:0 de brita. Inicialmente foi pretendido utilizar a relação água cimento 0,6, entretanto
devido as condições de moldagem dificultada pelo slump de 5 centímetro, optou por aumentar o a trabalhabilidade através do aumento de água da mistura, passando desta forma a relação a/c de 0,6 para 0,67. Porém, sabe-se que quando aumenta a relação água cimento, ocorre uma redução da resistência a compreensão visto que os dois são inversamente proporcionais.
A quantidade de materiais está listada no Quadro 14 abaixo, seguindo também o traço do concreto obtido com a mistura desses materiais.
Quadro 14 - Quantidade dos materiais
	
Traço
	Cimento
(Kg/m3)
	Areia (Kg/m3)
	Brita (Kg/m3)
	Água (Kg/m3)
	Abatimento
(mm)
	1: 2: 3:
	0,019
	0,037
	0,056
	30,5
	14
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
3.2.1 Ensaios no Estado Fresco
Para a avaliação das condições de cura, forma moldados 56 corpos de prova. Primeiramente posicionaram-se os 56 moldes metálicos, conforme a Figura 12. Para a moldagem foi utilizado somente uma mistura, ou seja, foi utilizada somente uma betonada, evitando a variação em diferentes condições de mistura.
Figura 12 – 56 Corpos-de-prova
Fonte: Registro do Autor (2021).
Para a avalição da trabalhabilidade do concreto, seguiu-se o procedimento da norma NBR 16889/2020. Feito a mistura, tomou- se a massa de concreto, para aferição de sua consistência verificando com o “Slump Test”; com a concha metálica a fim de preencher o molde com concreto em três camadas, sendo estas adensadas manualmente por meio de uma haste metálica com 25 golpes/camada, uniformementedistribuídos. Após o adensamento, retirou-se o complemento tronco cônico e removeu o excesso de concreto com auxílio da própria haste de socamento. Após esse procedimento, elevou-se o molde pelas alças cuidadosamente na direção vertical, com velocidade constante e uniforme, efetuando então, a aferição da trabalhabilidade através do slump.
Após a moldagem no slump iniciamente foi feito a medida de um slump de 5cm, devido as condições de moldagem dificultada pelo slump baixo, optou por aumentar o a trabalhabilidade através do aumento de água da mistura, resuntando em um slump de 14 cm, conforme as figuras 13 e 14.
Figura 13 – Ensaio Slump
Fonte: Registro do Autor (2021).
Figura 14 - Slump teste do valor 14 cm
Fonte: Registro do Autor (2021).
Após a determinação da trabalhabilidade foi realizado o adensamento dos corpos de prova. O procedimento seguiu as orientações da NBR 5738 (2016). O adensamento foi realizado de forma manual em duas camadas aproximadamente iguais, e estas adensadas com a haste metálica em 12 golpes/camada uniformemente distribuídos conforme a Figura 15.
Figura 15 - Concretagem finalizada
Fonte: Registro do Autor (2021).
3.3 Condições de Cura
Este trabalho tebe como base em quatro estudos de caso realizados durante o ano de 2021. Optou-se pelo uso dessas condições de cura, pois, são as que mais são usadas no meio da construção civil. Para fins didáticos, denominaremos estes ensaios em:
· Cura em tanque com água ;
· Água saturada com cal;
· Estudo de caso de obra real;
· Cura em ambiente refrigerado.
3.3.1 Cura em Tanque com Água Potável
A cura de corpos de prova foi realizada de forma totalmente submersa em água, tem como finalidade somente evitar a evaporação da água, mantendo o concreto saturado.
Figura 16 - Cura em tanque com água potável
Fonte: Registro do Autor (2021).
3.3.2 Cura Água Saturada com Cal
A cura com água saturada com cal é um método que pode ser realizada de acordo com NBR 5738:2015 nbr e a definição da saturação é feito quando a um acumulo de cal no tanque. Esta cura teve como objetivo evitar a saída dos íons de cálcio para a água, de forma para estabelecer um comparativo com a condição citada em 3.1.1.
Figura 17 - Cura em tanque com água saturada de cal
Fonte: Registro do Autor (2021).
3.3.3 Cura em Obra
Usualmente existem algumas dificuldades em transporte ou colocação movimentação em corpos de provas em laboratórios. E eventualmente, as curas são realizadas na própria obra, esse local foi protegido contra o sol e contra as ações de chuva. O objetivo foi simular a condição de cura em obra, para situações em que as condições não permitem a análise conforme a norma indica.
Figura 18 - Cura em ambiente de obra
Fonte: Registro do Autor (2021).
3.3.4 Cura em Ambiente Refrigerado
Este procedimento é uma condição de cura para simular a condição em temperaturas reduzidas, focando principalmente, na simulação como se tivesse realizando uma cura em obra, simulando a situação de inverno para avaliar o impacto no controle tecnológico.
Figura 19 – Cura úmida
Fonte: Registro do Autor (2021).
Após o período de 8 dias, 14, 28, e 63 dias. Esses corpo de prova foram levados à ruptura para a verificação de sua resistência.
3.3.5 Acompanhamento e Evolução de Temperatura das Diferentes Condições de Cura
Foi realizada a medição da temperatura nas condições de cura três vezes por semana, sempre no período da tarde, na condição de cura em ambiente refrigerado, cura de água potável e na cura com água saturada com cal. Não foi possível controlar essa temperatura, pois, o laboratório da UNISC não possui a estrutura adequada, então, no gráfico abaixo é possível observar as médias de cada idade e a condição de cura.
Gráfico 1 – Media de temperatura em 8 dias
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
Gráfico 2 - Media de temperatura em 14 dias
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
Gráfico 3 – Media de temperatura em 28 dias
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
Gráfico 4 – Media de temperatura em 63 dias
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
Houve uma variação de temperaturas nas difentes idades de monitoramento, a cura com água saturada e com cal, teve uma aumento aos 28 dias, não foi possível controlar a temperatura da água dessas condições, sendo assim foi feito esse monitoramento para análise na variação das temperaturas.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 Condição de Cura no Tanque com Água Potável
Os resultados obtidos referentes as tensões de rupturas do primeiro caso, sendo cura no tanque com água potavel, aos 8 dias, 14, 28 e 63 dias estão apresentados no Quadro 15. Foi efetuado a ruptura aos 8 dias, pois, os 7 dias era feriado e o laboratório da UNISC estava fechado, desta forma, optou-se por essa data aos 8 dias. Os corpos de provas tiveram uma resistência abaixo do esperado pelo fato de que quando foi feita a moldagem com fator água cimento 0,6, teve um slump de 5 centímetro, optou-se por aumentar o slump através da relação de água, passando de 0,6 para 0,67.
Quadro 15 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14 28 e 63 dias
	
Idade (Dias)
	Resistência à compressão (mpa)
	
Desvio dadrão (mpa)
	
Coeficiente de variação (%)
	8
	10,02
	0,47
	4,61
	14
	10,99
	0,50
	4,55
	28
	13,16
	0,60
	4,56
	63
	16,96
	0,48
	7,37
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
4.2 Cura com Água Saturada com Cal
Os resultados obtidos referentes às tensões de rupturas do segundo caso, sendo cura em tanque com água saturada de cal aos 8 dias, 14, 28 e 63 dias, estão apresentados no Quadro 16. Além disso, a resistência do concreto que considerada a média das tensões obtidas.
Quadro 16 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14, 28 e 63 dias
	
Idade (Dias)
	Resistência à compressão (mpa)
	
Desvio dadrão (mpa)
	
Coeficiente de variação (%)
	8
	9,48
	0,70
	7,68
	14
	9,98
	0,54
	5,41
	28
	15,15
	0,69
	4,55
	63
	15,09
	0,35
	1,93
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
4.3 Cura em Ambiente Obra
Os resultados obtidos referentes às tensões de rupturas do terceiro caso, sendo cura em ambiente de obra aos 8, 14, 28 e 63 dias. Estão apresentados no Quadro 17. Além disso, a resistência do concreto que considerada a média das tensões obtidas.
Quadro 17 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14, 28 e 63 dias
	
Idade (Dias)
	Resistência à compressão (mpa)
	
Desvio dadrão (mpa)
	
Coeficiente de variação (%)
	8
	9,22
	0,39
	4,23
	14
	11,33
	0,30
	2,64
	28
	14,40
	0,65
	4,51
	63
	16,53
	0,99
	5,98
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
4.4 Cura em Ambiente Resfriado
Os resultados obtidos referentes às tensões de rupturas do primeiro caso, sendo cura no tanque com água potável, aos 8 dias, 14, 28 e 63 dias estão apresentados no Quadro 18. Além disso, a resistência do concreto que considerada a média das tensões obtidas.
Quadro 18 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14, 28 e 63 dias
	
Idade (Dias)
	Resistência à compressão (mpa)
	
Desvio dadrão (mpa)
	
Coeficiente de variação (%)
	8
	7,83
	0,56
	7,15
	14
	8,56
	0,89
	10,40
	28
	11,47
	0,42
	3,67
	63
	13,66
	1,32
	9,66
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
4.5 Comparação entre Diferentes Condições de Cura
Em relação as diferentes condições de cura, houveram pequenas diferenças entre elas. A cura em água saturada com cal, por exemplo, ficou com resistência média 42,10% maior do que a cura em ambiente refrigerado, que obteve a menor resistência média.
Gráfico 5 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 8, 14 e 28 dias
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
0 dias
8 dias
14 dias
28 dias
63 dias
Água potavel
Tanque com Cal
Cura Obra
Ambiente refrigerado
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
4.5.1 Resistência Média aos 8 dias
Ao contrário do mencionado ao item 4.5, onde a resistência média final foi maior com a condição de cura com água saturada com cal, aos 8 dias de idade a maior resistência foi a condição de cura com água potável. Contudo, essa diferença foi mínima, ficando em 5,58% maior com a condição de cura com a água potável em relação a água potável com cal, conformepode ser observado no Gráfico 6.
Gráfico 6 - Resistência média aos 8 dias (mpa)
Resistência aos 8 dias em 
12,00
10,00
10,02 mm
9,49
9,22
8,00
7,57
6,00
4,00
2,00
0,00
Água Potavel
Tanque com cal
Cura em obra
Ambiente refrigerado
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
4.5.2 Resistência Média aos 14 dias
Aos 14 dias, contudo, o resultado foi um pouco diferente. Enquanto aos 8 dias a maior resistência foi notada na cura com água potável, uma semana depois a resistência mais alta aconteceu com a cura dos corpos de provas em ambiente de obra, com a diferença de apenas 3,09% a mais, o que é uma diferença baixa, confome pode ser observado no Gráfico 7.
Gráfico 7 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 14 dias (mpa)
Resistência aos 14 dias
14,00
12,00
11,33
10,00
10,99
10,22
8,00
8,56
6,00
4,00
2,00
0,00
Água Potavel
Tanque com cal
Cura em obra
Ambiente refrigerado
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
4.5.3 Resistência Média aos 28 dias
Aos 28 dias pode-se observar que a maior resistência média foi a cura com água saturada com cal, o resultado foi aproximadamente 10% maior que a condição de cura em ambiente de obra, que havia apresentado maior resistência aos 14 dias de idade.
Gráfico 8 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 28 dias (mpa)
Resistência aos 28 dias
18,00
16,00
14,00
14,07
12,00
11,78
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
Água Potavel
Tanque com cal
Cura em obra
Ambiente refrigerado
15,48
13,16
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
4.5.4 Resistência Média aos 63 dias
Por último podemos observar que se manteu a maior média entre as condições de cura, a condição de água saturada com cal comparado a água potável teve resistência superior a 6,66%, muito parecido com estudo do Silva (2009), que com 28 dias teve uma diferença de 5,03% entre as condições de cura com água potável e com cal comparado a condição cura de obra também teve uma resistência superior de 9,43%. E por último, a condição de cura em ambiente refrigerado foi a menor entre todas, com 42,10%, conforme pode ser observado no Gráfico 8.
Gráfico 9 - Dados obtidos referentes à ruptura dos 63 dias (mpa)
Resistência aos 63 dias
18,09
16,96
16,53
12,73
Água Potavel
Tanque com cal
Cura em obra
Ambiente refrigerado
Fonte: Desenvolvido pelo Autor (2021).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados apresentados, a cura com água potável teve uma resistência menor do que a cura com água saturada com cal aos 28 dias. No entanto, não se pode comparar corpos de provas curados com água potável com corpos de provas curados com cal, pois, como já citado anteriormente, o hidróxido de cálcio aumenta a hidratação do cimento, principalmente, durante a indução. Este processo é verificado através do aumento de calor durante a hidratação do cimento quando acontecem as relações cimento-cal. Além disso, devido ao aumento da solubilidade do C3A quando se tem a presença e íons hidroxila, sobretudo, no meio aquoso em virtude da incorporação da cal no sistema. A cal acaba promovendo maior precipitação de aluminatos de cálcio hidratado.
A cura em ambiente refrigerado como foi relatado em diferentes trabalhos também houve uma redução a resistência a compreensão, nesse estudo pode-se observar que houve uma redução de 31% de resistência aos 28 dias.Portando é recomendavel ter uma importância especial durante o período de temperaturas baixas, evitar que esse valor de temperatura baixa, acaba influenciando.a resistências menores.
As resistências foram baixas devido à alteração da relação água/cimento como citado anteriormente deste trabalho. Não é possível realizar comparações com condições de cura diferentes.
A condição de cura em obra se aproximou a condição de cura em tanque com cal, o que seria a condição recomendada pela norma. No entando, com base no estudo realizado através deste trabalho, cabe notar que a condição de cura em obra, é possível, visto que ele se aproxima na condição de cura com cal recomendado por norma.
6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Com o desenvolvimento deste trabalho de conclusão, foi possível analisar que as condições de cura, em curas e idades diferentes, resultam na qualidade da amostra. Contudo, existem questões que merecem ser discutidas posteriormente, com o objetivo de dar continuidade ou complementar esta conclusão. Na sequência é possível verificar algumas sugestões:
i. Sugere-se análise de resistencia de corpos de prova curados com água ou cal em temperaturas controladas conforme a norma;
ii. Sugere-se análize de resistência de corpo de prova em temperaturas elevadas, acima de 35Cº;
iii. Sugere-se a utilização de outros tipos de cimento objetivando avaliar o comportamento do cimento pozolanico frente a cura, em comparação com o cimento mais puro;
iv. Sugere-se avaliar uma menor quantidade de areia no traço utilizado com intuito de adquirir uma econimia de material, juntamente, com o ganho de resistência;
REFERÊNCIAS
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 	. NBR 11768-3: Aditivos químicos para concreto de cimento Portland: parte 3: Ensaios de caracterização. ABNT, 2019.
 	. NBR 5738: Versão corrigida: 2015: Procedimentos para Moldagem e cura de corpo de prova. ABNT, 2015.
 	. NBR 12655: Versão corrigida: 2007: Concreto de cimento Portland:
preparo, controle, recebimento e aceitação: procedimento. ABNT, 2007.
 	. NBR NM 7211: Agregados para concreto – Especificação. Rio de Janeiro, 2005.
 	. NBR 12655: Concreto de cimento Portland: preparo, controle, recebimento e aceitação: procedimento. ABNT, 2006.
 	. NBR NM 33: Concreto - Amostragem de concreto fresco. ABNT, 1998. ABRAMS, Duff A.. Design of concrete mixtures. Chicago: [s.n.], 1919.
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BRUNAUER, S.; COPELAND, L. E. The Chemistry of Concrete. Scientific American. 1964.
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HELENE, Paulo; ANDRADE, Tiberio. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. IBRACON, 2010.
METHA, P. Kumar, MONTEIRO, Paulo J.M. Concreto Microestrutura, Propriedades e Materiais. IBRACON, 2008.
 	. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo: Pini, 1994.
MINASCON. Controle tecnológico do concreto: direitos e deveres. In: 7º Encontro Unificado da Cadeia Produtiva da Indústria da construção, Belo Horizonte, 2010.
NEVILLE, Adam Matthew. Propriedades do concreto. 5.ed. Porto Algre: Bookman, 2016.
 	. Propriedades do concreto. São Paulo, Ed. Pini, 1997.
NEVILLE, A.M.; BROOKS, J.J..Tecnologias do concreto. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
SILVA, Bruno Araújo. Análise da influência do tipo de cura na resistência à
compressão de corpos-de-prova de concreto. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, 2009.

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