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Governança Corporativa 
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) apresenta a seguinte definição: 
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, 
monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de 
administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. As boas 
práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, 
alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo 
da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da 
organização, sua longevidade e o bem comum. 
As organizações devem buscar a maior competitividade para o enfrentamento dos desafios do 
mercado, de maneira ética, respeitando os interesses das partes interessadas (stakeholders) a 
ela relacionadas. A transparência, a prestação de contas, o respeito, a equidade, a 
responsabilidade são alguns dos componentes fundamentais da governança corporativa. 
Podem contribuir para a maior confiabilidade na organização em relação ao mercado, maior 
confiança e segurança para os investidores e criação de valor (ROCCA, 2007). 
Lustosa (2009) aborda o Código de Boas de Melhores Práticas de Governança Corporativa 
desenvolvido pelo IBGC. São destacados os princípios básicos de Governança Corporativa e que 
também podem contribuir para a redução e solução de conflitos entre as partes envolvidas: 
• Transparência: as informações de interesse devem ser claras. Não devem ficar restritas ao 
previsto pela legislação. Não devem ficar restritas ao desempenho econômico-financeiro, 
mas a todas as demais perspectivas de desempenho da organização, inclusive a social e a 
ambiental. 
• Equidade: tratamento justo a todos, com imparcialidade e respeito. Origina-se um senso de 
valor, justiça, ética, sem atitudes discriminatórias e não depende da legislação. 
• Prestação de Contas (accountability): os responsáveis pela governança são os sócios, 
administradores (conselheiros de administração e gestores executivos), conselheiros fiscais 
e auditores. Eles devem reportar a sua atuação. 
• Responsabilidade Corporativa: os responsáveis pela governança devem cuidar para a 
sustentabilidade e longevidade das organizações, levando em conta as preocupações sociais 
e ambientais para o desenvolvimento dos negócios e operações. 
Para o melhor desenvolvimento da governança corporativa, podem ser organizados grupos de 
membros para deliberação e decisões de temas estratégicos de interesse da organização. 
Conselho de Administração Tem aumentado o número de organizações que contam com esta 
modalidade de Conselho, o qual delibera, aprova e monitora decisões, principalmente de 
cunho estratégico, tais como: estratégias organizacionais; composição da estrutura de capital e 
fontes de financiamento; propensão ao risco, ou seja, postura mais conservadora, ou mais 
agressiva; fusões, aquisições e venda da organização; decisões sobre a remuneração, objetivos 
e metas para os dirigentes da organização, inclusive o possível desligamento do principal exe-
cutivo; desenvolvimento de sucessores; política de dividendos (pagamentos aos sócios); modelo 
de governança corporativa, políticas, normas de conduta e relacionamento com as diversas 
partes interessadas. O Conselho ainda se relaciona com a Assembleia Geral de sócios, órgão 
soberano e máximo da organização. Representa os interesses de todos os sócios. Nas empresas 
familiares, têm crescido a criação do Conselho de Família. Este serve para discutir temas que são 
mais diretamente relacionados à família, tais como as expectativas, a separação entre os 
interesses da família e os da empresa (nem sempre alinhados), deliberar e cuidar de outros 
investimentos e propriedades; cuidados com a história, cultura, visão e valores da família; 
alternativas de trabalho e de investimentos para os seus membros. O Conselho Fiscal pode ser 
permanente ou não. Caso não seja permanente, a sua operação poderá ser solicitada por algum 
sócio. Serve para fiscalizar os atos administrativos, o cumprimento dos deveres legais e 
estatutários. Há um enfoque especial relacionado às contas da organização, relatórios contábeis, 
mudanças na estrutura de capital, distribuição de dividendos. Apontar e denunciar à Assembleia 
de Sócios eventuais erros ou fraudes. Sua função é fiscalizar as ações praticadas pelos 
administradores e opinar sobre as contas da companhia (demonstrações financeiras, 
modificações de capital, incorporação, emissão de debêntures, etc.). Para isso, os membros do 
Conselho Fiscal reúnem-se para analisar amplamente os assuntos de sua competência e emitem 
pareceres e manifestam-se a respeito. Qualquer acionista pode solicitar a leitura dos pareceres 
do Conselho Fiscal nas assembleias ou a instalação do mesmo e sugerir a eleição de membros 
qualificados para compor seu quadro. 
A contratação de uma Auditoria Independente envolve a avaliação externa sobre a adequação 
dos relatórios contábeis em relação à realidade da organização. 
As organizações devem ter preocupações com a Compliance, ou seja, assegurar que são 
cumpridas as normas, controles internos e externos, seguir a legislação, evitar, identificar e tratar 
de qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer. Foi criada a Lei Sarbanes-Oxley, com 
a introdução de rigorosas normas de governança corporativa. Cada vez mais tem se estendido 
pelo mundo corporativo a necessidade de práticas que atendam ao estabelecido por esta lei. 
Capitalismo Consciente Envolve a preocupação com a criação e valor para todas as partes 
interessadas: financeiro, intelectual, físico, ecológico, social, cultural, emocional, ético e até 
mesmo espiritual. É uma maneira de pensar o negócio com maior consciência do propósito 
maior, dos impactos sobre o mundo e as relações com os diversos públicos e partes interessadas. 
Conta com quatro princípios: propósito maior; integração de partes interessadas; liderança 
consciente; cultura e gestão conscientes. 
 
O propósito maior vai além do lucro e do valor para o acionista. É a razão de existência da 
organização. Para tanto, algumas perguntas devem ser feitas: por que nosso negócio existe? Por 
que deve existir? Quais valores centrais movem a organização e unem todas as partes 
interessadas? A integração das partes interessadas são todas as entidades que impactam ou 
são impactadas por uma organização. Há o reconhecimento que cada um desses atores é 
importante, são conectados e interdependentes. Os propósitos centrais e valores centrais são 
compartilhados. Busca-se o “ganha-ganha”. A liderança consciente é relacionada à motivação 
para servir ao propósito maior da organização e criar valor para as partes interessadas. Busca-se 
sinergias, o “ganha-ganha”. Além de altos níveis de inteligência analítica, emocional e espiritual, 
os líderes conscientes possuem uma inteligência dos sistemas mais apurada, ou seja, as relações 
de interdependência. 
A cultura e gestão conscientes asseguram a força e a estabilidade para a organização, 
assegurando que o propósito central e os valores sobreviverão ao longo do tempo e às trocas de 
liderança. O desempenho financeiro não é negligenciado, ao contrário, deve ser perseguido 
ampliando-se a receita e melhorando a eficiência. É importante refletir sobre a ponderação de 
Salviatto e Brandão (2015, p. 44) de que as melhores práticas de boa gestão ocorram nas 
organizações, dependem de cada indivíduo, ou seja, não devemos simplesmente reclamar e sim 
agir: As possíveis transformações no mundo organizacional são aquelas que partem dos 
indivíduos e nós, indivíduos, transformamo-nos quando nos questionamos e nos damos o 
benefício da dúvida e partimos para a ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência: Gestão Organizacional – Claudio Colucci

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