Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO Considerações iniciais... Desde o século XIX: as vacinas são utilizadas como medida de controle de doenças. Somente a partir do ano de 1973 é que se formulou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), regulamentado pela Lei Federal n° 6.259, de 30 de outubro de 1975, e pelo Decreto n° 78.321, de 12 de agosto de 1976, que instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE). Programa Nacional de Imunização Função: organizar toda a política nacional de vacinação da população brasileira; Missão: o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis; É considerado uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública no Brasil, em especial pelo importante impacto obtido na redução de doenças nas ultimas décadas; Responsabilidads das esferas nacional e estadual Esfera federal: O PNI está sob responsabilidade da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. Competências da Esfera Federal: A coordenação do PNI (incluindo a definição das vacinas nos calendários e das campanhas nacionais de vacinação), as estratégias e as normatizações técnicas sobre sua utilização; O provimento dos imunobiológicos definidos pelo PNI; A gestão do sistema de informação do PNI, incluindo a consolidação e a análise dos dados nacionais e a retroalimentação das informações à esfera estadual; Responsabilidades das esferas nacional e estadual Competências da Esfera Estadual: A coordenação do componente estadual do PNI; O provimento de seringas e agulhas, itens que também são considerados insumos estratégicos; A gestão do sistema de informação do PNI, incluindo a consolidação e a analise dos dados municipais, o envio dos dados ao nível federal dentro dos prazos estabelecidos e a retroalimentação das informações a esfera municipal Responsabilidades da esfera municipal Competências: Coordenação e a execução das ações de vacinação integrantes do PNI, incluindo a vacinação de rotina, as estratégias especiais (como campanhas e vacinações de bloqueio) e a notificação e investigação de eventos adversos e óbitos temporalmente associados a vacinação; Gerência do estoque municipal de vacinas e outros insumos, incluindo o armazenamento e o transporte para seus locais de uso, de acordo com as normas vigentes; Descarte e a destinação final de frascos, seringas e agulhas utilizados, conforme as normas técnicas vigentes; Gestão do sistema de informação do PNI, incluindo a coleta, o processamento, a consolidação e a avaliação da qualidade dos dados provenientes das unidades notificantes, bem como a transferência dos dados em conformidade com os prazos e fluxos estabelecidos nos âmbitos nacional e estadual e a retroalimentação das informações as unidades notificadoras. Vacinação e Atenção Básica Política Nacional de Atenção Básica: caracteriza a atenção básica como um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde Vacinação: a equipe da ESF realiza a verificação da caderneta e a situação vacinal e encaminha a população à unidade de saúde para iniciar ou completar o esquema vacinal, conforme os calendários de vacinação. Suprimentos de Imunobiológicos – cenário atual O PNI disponibiliza mais de 300 milhões de doses anuais distribuídas entre 44 imunobiológicos, incluindo vacinas, soros e imunoglobulinas Brasil Oferece o maior n° de vacinas a população 42 Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE) 34 mil salas de vacinação ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DASALA DE VACINAÇÃO Como está classificada a sala de vacinas? é classificada como área A sala de semicrítica. vacinação Deve ser destinada exclusivamente a dos imunobiológicos, diversos calendários de devendo-se vacinação administração considerar os existentes. A classificação de áreas críticas, semicríticas e não críticas é feita de acordo com o risco de aquisição de infecção por clientes e profissionais. Este risco é determinado pelo volume de matéria orgânica presente no ambiente, o grau de susceptibilidade do indivíduo e o tipo de procedimento realizado. ESPECIFICIDADES DA SALA DE VACINAS ⦿ Paredes e pisos lisos e devem ser laváveis; ⦿ Presença de pia com torneira; ⦿ Tomada exclusiva para cada equipamento elétrico; ⦿ Condições de iluminação e ventilação adequadas; ⦿ Portas e janelas pintadas com tinta lavável; ⦿ A sala deve ser de uso exclusivo para a aplicação de vacinas (área mínima = 6,00 m2, conforme RDC 50/2002 – ANVISA). ESPECIFICIDADES DA SALA DE VACINAS Teto com acabamento resistente a lavagem; Bancada feita de material não poroso para o preparo dos insumos durante os procedimentos; Equipamentos de refrigeração utilizados exclusivamente para conservação de vacinas, soros e imunoglobulinas, conforme as normas do PNI nas três esferas de gestão; Equipamentos de refrigeração protegidos da incidência de luz solar direta; Sala de vacinação mantida em condições de higiene e limpeza; Como deve ser organizada uma sala de vacinas? Sala de vacinas Ambiente adequado Materiais básicos insumos Equipamentos básicos EQUIPAMENTOS BÁSICOS Na sala de vacinação, o armazenamento dos imunos são feitos em câmara frias, refrigeradores domésticos e em caixas térmicas. Câmaras refrigeradas : recomendadas para o armazenamento/ acondicionamento de imunobiológicos. São dotadas de instrumentos de medição da temperatura e dispositivos de alarme, não havendo necessidade de instalar nenhum deles. Refrigeradores de uso doméstico: não são mais recomendados , pois não atendem aos critérios de segurança e qualidade no que se refere à manutenção de temperatura adequada para conservação dos imunobiológicos. Freezers: armazenamento de bobinas reutilizáveis EQUIPAMENTOS BÁSICOS EQUIPAMENTOS BÁSICOS Fichário ou arquivo Mesa tipo escrivaninha com gavetas Cadeiras laváveis (mínimo de 3) Equipamento de informática para o Sistema de informação Maca fixa Depósitos com tampa e pedal parao lixo comum INSUMOS BÁSICOS Caixa coletora de material perfurocortante com suporte Suporte para papel toalha Dispensador para sabão líquido INSUMOS BÁSICOS INSUMOS BÁSICOS INSUMOS BÁSICOS Copo descartável; Álcool a 70% para desinfecção da bancada; Saco plástico para lixo; Fita adesiva; Papel toalha; Algodão hidrófilo (em bolas); Sabão líquido para higienização das mãos; Material para registro de atividades (lápis, borracha, caneta, carimbo, almofada); Impressos específicos da sala de vacinas* Seringas e agulhas* INSUMOS BÁSICOS INSUMOS BÁSICOS Agulhas descartáveis: para uso intradermico: 13 x 3,8 mm para uso subcutâneo: 13 x 3,8 mm e 13 x 4,5 mm; para uso intramuscular: 20 x 5,5 mm; 25 x 6,0 mm; 25 x 7,0 mm; 25 x 8,0 mm e 30 x 7,0 mm; para diluição: 25 x 8,0 mm e 30 x 8,0 mm. IMPRESSOS E MANUAIS TÉCNICO-OPERACIONAIS cartão de vacinas; cartão controle ou ficha de registro do vacinado; mapa diário de vacinação (registro de doses aplicadas); boletim mensal de vacinação; boletim de campanha de doses aplicadas de vacinas; mapa para controle diário da temperatura do refrigerador; livro de registro de ocorrências; calendário básico de vacinação (todas as idades); ficha de investigação dos eventos adversos pós-vacinação; normas e notas técnicas vigentes; manual de normas de vacinação; manual de procedimentos para vacinação; manual de eventos adversos pós-vacinação; manual de rede de frio. FUNÇÕES BÁSICAS DA EQUIPE DE VACINAÇÃO Planejar as atividades de vacinação, monitorar e avaliar o trabalho desenvolvido de forma integrada ao conjunto das demais ações da unidade de saúde; Prover, periodicamente, as necessidades de material e de imunobiológicos;Manter as condições preconizadas de conservação dos imunobiológicos; Utilizar os equipamentos de forma a preservá-los em condições de funcionamento; Dar destino adequado aos resíduos da sala de vacinação; FUNÇÕES BÁSICAS DA EQUIPE DE VACINAÇÃO Atender e orientar os usuários com responsabilidade e respeito; Registrar todos os dados referentes as atividades de vacinação nos impressos adequados para a manutenção, o histórico vacinal do individuo e a alimentação dos sistemas de informação do PNI; Promover a organização e monitorar a limpeza da sala de vacinação; É RESPONSABILIDADE DO ENFERMEIRO: monitorar as doses administradas de acordo com a meta pré-estabelecida; averiguar os efeitos adversos ocorridos; definir estratégias para a realização da busca ativa dos faltosos; montar estratégias de divulgação das vacinas disponíveis; capacitar a equipe de enfermagem; avaliar e acompanhar as coberturas vacinais; participar de atualização do conhecimento técnico-científico ATENTAR PARA OS 7 CERTOS (BOAS PRÁTICAS): Cliente certo Vacina certa Momento certo Dose certa Preparo certo Adminis tração certa Registro certo ATENTAR PARA OS 7 CERTOS (BOAS PRÁTICAS): confirmar nome, idade, histórico vacinal, alergias pré- existentes, gravidez e/ou patologias associadas Cliente certo verificar o nome da vacina no frasco, a indicação, o diluente correto, a validade, o aspecto do líquido Vacina certa conferir o intervalo entre as doses e se a idade do usuário está em consonância com o recomendado Momento certo verificar a relação entre vacina, idade e dose e a quantidade aspirada quando do frasco multidoses Dose certa não aspirar resíduos de doses de dois frascos diferentes para completar uma dose Preparo certo Escolher local e agulha de acordo com a idade, a vacina e as características físicas Administração certa registrar nome da vacina, local de aplicação, data, lote, validade, assinatura do responsável Registro certo PROCESSO DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SALA DE VACINAS Antes do início das atividades diárias Início das atividades diárias Encerramento das atividades diárias Encerramento das atividades mensais ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ANTES DA ABERTURA DA SALA PARA ATENDIMENTO Controlar a temperatura Verificar a temperatura da geladeira Fazer o registro no mapa diário Comunicar qualquer alteração ao enfermeiro Verificar ou ligar o sistema de ar- condicionado Organizar a caixa térmica Fazer a ambientação das bobinas de gelo Observar a condição da caixa térmica Dispor as bobinas de gelo e colocar o termômetro Organizar as vacinas e diluentes na caixa térmica Conferir materiais Verificar a quantidade de impressos, mapas e demais materiais Conferir a quantidade e a validade dos materiais Dispor seringas e agulhas por tamanhos e calibres Demais observações Verificar as condições de limpeza da sala Limpar a bancada Dispor de depósito para descarte de perfuro cortante e o recipiente para acondiciona mento das vacinas Funcionamento da sala de vacinas INÍCIO DO TRABALHO DIÁRIO verificar se a sala está limpa e em ordem; verificar e anotar a temperatura do refrigerador; verificar o prazo de validade dos imunobiológicos, usando os que estiverem mais próximo do vencimento; retirar do refrigerador vacinas e diluentes necessários ao consumo na jornada de trabalho. FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAS ACOLHIMENTO: Se configura como uma atitude de inclusão, caracterizada por ações que favorecem a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços. Nesse momento é possível ampliar as oportunidades de orientação para vacinação, com o encaminhamento de usuários não vacinados ou com esquemas incompletos para a sala de vacinação, mesmo que os usuários tenham procurado o serviço para outra finalidade. Funcionamento da sala de vacinas INÍCIO DO TRABALHO DIÁRIO verificar se a sala está limpa e em ordem; verificar e anotar a temperatura do refrigerador; verificar o prazo de validade dos imunobiológicos, usando os que estiverem mais próximo do vencimento; retirar do refrigerador vacinas e diluentes necessários ao consumo na jornada de trabalho. FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAS TRIAGEM: É o processo de escolha, seleção ou classificação ao qual os usuários são submetidos a fim de determinar aqueles que possuem prioridade no atendimento. Na sala de vacinação, que, normalmente, é demandada por um usuário sadio, o critério a ser adotado e a ordem de chegada, mas é importante dar atenção especial as pessoas que necessitam de atendimento diferenciado, como gestantes, idosos e indivíduos com necessidades especiais. FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAS PROCEDIMENTOS ANTERIORES À ADMINISTRAÇÃO DAS VACINAS ⦿verificar se a pessoa está comparecendo à sala de vacinação pela primeira vez ou se é retorno (avaliar o histórico de vacinação); ⦿obter informações sobre o estado de saúde da pessoa a ser vacinada (possíveis contraindicações); ⦿orientar sobre a importância da vacinação e da conclusão do esquema básico de acordo com o grupo-alvo ao qual o usuário pertence e conforme o calendário de vacinação vigente; ⦿fazer o registro da vacina a ser administrada, no espaço adequado ao registro, carimbando e datando (dose, lote, unidade de saúde e nome do vacinador); ⦿fazer o aprazamento (com lápis grafite); ⦿encaminhar a pessoa para receber o imunobiológico FLUXO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE QUE VAI RECEBER VACINA Acolhimento, verificando condições do cliente e avaliando situação vacinal Boas condições de saúde Avaliar a caderneta de vacinas e orientar sobre as vacinas que deverão ser aplicadas Fazer registro da vacina na caderneta, no cartão espelho e nos impressos Encaminhar para a sala de vacinação Estado clínico que contra-indique a vacinação Orientar quanto ao adiamento da vacinação e encaminhar para o enfermeiro FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAS ADMINISTRAÇÃO DOS IMUNOBIOLÓGICOS ⦿verificar qual imunobiológico será administrado; ⦿lavar as mãos com água e sabão; ⦿examinar o produto, observando a aparência da solução, estado da embalagem, validade, via de administração, número do lote e dosagem; ⦿Observe a via de administração e a dosagem; ⦿Preparar/administrar a vacina conforme técnica, anotando data e hora de abertura do frasco, no caso de ser multidoses; ⦿observar reações imediatas; ⦿rubricar no documento de registro; ⦿desprezar o material descartável adequadamente; ⦿lavar as mãos. FLUXO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE NA SALA DE VACINA Conferir nome, idade e vacina a ser tomada Conferir validade do produto, via, dose e local de administração Preparar e posicionar o cliente para receber a vacina Preparar a dose e administrá-la conforme técnica Descartar material utilizado e assinar cartão de vacinação Solicitar que o cliente aguarde alguns minutos na UBS para a segurança contra possíveis eventos imediatos, orientando sobre os EAPV FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAS ENCERRAMENTO DO TRABALHO DIÁRIO ⦿desprezar as sobras de vacinas que ultrapassaram o prazo estabelecido após abertura do frasco; ⦿Confira no boletim diário as doses de vacinas administradas no dia. ⦿desprezar os frascos de vacina com rótulo danificado; ⦿retirar da caixa térmica as vacinas que podem ser utilizadas no dia seguinte, recolocando-as no refrigerador; ⦿verificar e anotar a temperatura do refrigerador; ⦿guardar todo material, em local limpo e seco; ⦿deixar a sala limpa e em ordem. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ANTES DO FECHAMENTO DA SALA Finalização das atividades diárias Verificar a registrar a temperatura da geladeira Consolidar as doses de vacinas aplicadas Arquivar os cartões espelho conforme a data de retorno Desmontar a caixa térmica Guardar as vacinas que serão utilizadas no dia seguinte Guardar as bobinas degelo no evaporador Proceda à limpeza da caixa térmica, deixando-a seca. Condições da sala Organizar a sala, deixando-a limpa Guardar todos os impressos dispostos sobre a mesa Verificar se a porta da geladeira está fechada Demais observações Informar ao enfermeiro sobre alguma ocorrência do dia FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAS ENCERRAMENTO DO TRABALHO MENSAL ⦿realizar a soma das doses administradas, registradas no Mapa Diário de Vacinação, transferindo-a para o consolidado do Boletim Mensal de Doses Aplicadas; ⦿fazer a revisão no arquivo de cartões de controle para convocação e busca de faltosos; ⦿avaliar e calcular as doses utilizadas, isto é, levantar a quantidade de doses de um frasco aberto, independentemente das doses aplicadas; ⦿avaliar as coberturas vacinais, conforme metas pactuadas pela Secretaria Municipal de Saúde, ⦿realizar procedimento para o pedido mensal de imunobiológico a fim de quantificar a necessidade de vacinas mensais. Adota-se o cálculo de pedido de vacina mediante a seguinte fórmula: LIMPEZA DA SALA DE VACINAS Objetivos: prevenir infecções cruzadas; proporcionar conforto e segurança à clientela e à equipe de trabalho; manter um ambiente limpo e agradável. Periodicidade: Uma vez por semana o chão deve ser lavado com água e sabão, e desinfetado com solução desinfetante. O trabalho mais pesado deve ser feito quinzenalmente, quando devem ser limpos teto, paredes, janelas, lâmpadas e porta. LIXO DA SALA DE VACINAS Classificação: ⦿ material biológico: sobras diárias de imunobiológicos ou produtos que sofreram alteração de temperatura, ou com prazo de validade vencido; ⦿ resíduos perfurantes: agulhas, ampolas de vacinas ou vidros; ⦿ outros resíduos infectantes: seringas descartáveis, algodão e papel absorvente. LIXO DA SALA DE VACINAS Acondicionamento: ⦿ usar recipiente de material resistente para resíduos especiais, como seringas e agulhas descartáveis; ⦿usar o recipiente até completar 2/3 de sua capacidade; ⦿ acondicionar frascos contendo tratamento adequado, no mesmo seringas e agulhas; restos de vacina, após recipiente usado para as ⦿ acondicionar em saco plástico, cor branco-leitosa, o recipiente onde foi colocado o material contaminado; ⦿ acondicionar em sacos plásticos, na cor azul ou verde, os resíduos sólidos ou semi-sólidos e os resíduos comuns. LIXO DA SALA DE VACINAS Materiais que devem ser tratados antes do descarte: vacina oral contra a poliomielite; vacina contra o sarampo; vacina contra a febre amarela; vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola; vacina contra a rubéola vacina contra a gripe. PROCEDIMENTO: Colocar os frascos fechados na autoclave, durante 15 minutos, a uma temperatura entre 121ºC e 127ºC. Na falta da autoclave, colocar os frascos em estufa, por duas horas, a 170ºC. REDE DE FRIO É o sistema utilizado pelo PNI, que tem o objetivo de assegurar que os imunobiológicos disponibilizados no serviço de vacinação sejam mantidos em condições adequadas de transporte, armazenamento e distribuição, permitindo que eles permaneçam com suas características iniciais até o momento da sua administração. Refere-se a planejamento, estrutura técnico-administrativa (normatização, avaliação e financiamento) direcionada para a manutenção adequada da Cadeia de Frio. Esta, por sua vez, representa o processo logístico (recebimento, armazenamento, distribuição e transporte) da Rede de Frio. A sala de vacinação é a instancia final da Rede de Frio, onde os procedimentos de vacinação propriamente ditos são executados mediante ações de rotina, campanhas e outras estratégias. CADEIA DE FRIO Falhas na rede de frio Vacinas que sofrem alterações de temperatura DILUENTES ORGANIZAÇÃO DA GELADEIRADA Bobinas 2ª e 3ª prateleira Garrafas de agua Termômetro Procedimentos básicos na utilização de termômetros Em todas as instâncias da rede de frio, o controle da temperatura é feito mediante a verificação de termômetros. Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos e volantes, por ocasião bloqueios, bem como de campanhas, intensificações e no transporte, os imunobiológicos devem ficar entre +2ºC e +8ºC, que é a temperatura a ser mantida no interior do refrigerador e de caixas térmicas. Para verificar e controlar seguintes termômetros: de máxima e mínima; linear; e de cabo extensor. a temperatura utilizam-se os A temperatura dos equipamentos é verificada, pelo menos, duas vezes: no início e no final do dia de trabalho. Em cada verificação, a temperatura lida no termômetro é ou em registrada no formulário de Controle de Temperatura outro impresso específico. 3 caixas térmicas de poliuretano com capacidade mínima de 12 . 2 caixas térmicas de poliestireno expandido Ambientação da Bobina de Gelo Manejo das caixas térmicas sala de vacinação Coloque as bobinas reutilizáveis ambientadas (0°C) nas laterais internas da caixa. Sensor do termômetro no centro da caixa, monitorando a temperatura até atingir o mínimo de +1°C. Acomode os imunobiológicos no centro da caixa em recipientes plásticos. Monitore continuamente a temperatura. Manejo das caixas térmicas para atividades extramuros Monitorização da caixa térmica Acondicionamento em caixas térmicas TÉCNICAS DE APLICAÇÃO TÉCNICAS DE APLICAÇÃO Utilização de luvas Vias de Administração Via Intradérmica Via Subcutânea Relaxamento do Músculo Via Intramuscular Vasto lateral da Coxa IM – Bisel?? Dor na Vacinação Medo de Injeção Minimizando a Dor ASPECTOS ÉTICO-LEGAIS DO TRABALHO DO ENFERMEIRO Resolução 311/2007 – Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem SEÇÃO I DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMÍLIA E COLETIVIDADE PROIBIÇÕES Art. 30 – Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade dos riscos. Qual a diferença entre vacinação e imunização? Imunização é o processo imunológico pelo qual se desenvolve a proteção conferida pela vacina (imunidade ou resistência) Vacinação é o ato de administrar agentes imunizantes (vacinas) e conferir a imunidade ativa (adquirida de modo artificial) contra uma determinada doença. (BRASIL, 2001). Qual o papel do enfermeiro nas ações de imunização ? Atribuições do Enfermeiro: 1 Mostrar e orientar a população quanto à importância das vacinas; 2 Monitorar o acondicionamento e conservação dos imunobiológicos; 3 Realizar busca ativa dos faltosos; 4 Capacitar a equipe de enfermagem da sala de vacinas; 5 6 e equipamentos Supervisionar o trabalho dos vacinadores; Prover a unidade com impressos, imunobiológicos necessários; 7 Realizar a vacinação em domicílio das pessoas com mobilidade reduzida; 8 Supervisionar a atividade do ACS na vigilância da cobertura vacinal; Atribuições do Enfermeiro: 9 Conhecer as necessidades de vacinação da população adscrita; 10 Realizar palestras e rodas de conversa sobre vacinação; 11 Orientar as pessoas sobre as vacinas que irão ser administradas; 12 Conhecer o percentual de eficácia de cada imunobiológico; 13 14 para as instâncias Conhecer os prováveis eventos adversos das vacinas; Encaminhar casos suspeitos de eventos adversos competentes. Atribuições do Enfermeiro na Consulta de Enfermagem ao público adulto Atribuições do Enfermeiro na Consulta de Enfermagem ao público adulto Avaliar o cartão de vacinas e o histórico vacinal do cliente, definindo quais vacinas esta deverá receber naquela data; 1 Aprazar as demais vacinas para serem administradas posteriormente; 2 Orientar o cliente, retirando suas dúvidas e encaminhá-lo para a sala de vacinas com o cartão devidamente preenchido. 3 Atribuições do Enfermeiro na consulta de Puericultura relacionada a Imunização Atribuições do Enfermeiro na consulta de Puericultura relacionada a Imunização Avaliar o cartão de vacinas e o histórico vacinal da criança,definindo quais vacinas esta deverá receber naquela data; 1 Aprazar as demais vacinas para serem administradas posteriormente; 2 Orientar o responsável pela criança, retirando suas dúvidas e encaminhá-lo para a sala de vacinas com o cartão devidamente preenchido. 3 Atribuições do Enfermeiro na Sala de Vacinas Atribuições do Enfermeiro na Sala de Vacinas Consolidar os dados sobre as doses aplicadas, preenchendo o boletim mensal Exercer todas as atividades de vacinação, respeitadas as normas vigentes. Monitorar a anotação da temperatura da geladeira no mapa diário; Tomar providências quando da falta de energia na sala de vacinas; Observar o atendimento efetuado pelo vacinador e fazer ajustes quando necessário; Verificar se os imunobiológicos estão devidamente acondicionados; Verificar a qualidade dos registros de vacinas, buscando sanar as inadequações; Supervisionar a limpeza periódica da geladeira de vacinas, bem como de toda a sala; O que o COREN fiscaliza na sala de vacinas: Quem exerce a aplicação de vacinas (exercício profissional) O que o COREN fiscaliza na sala de vacinas: Conservação dos imunizantes (geladeira, caixa térmica) O que o COREN fiscaliza na sala de vacinas: Controle da temperatura diário (mapa) O que o COREN fiscaliza na sala de vacinas: Descarte/destino do lixo (material perfurocortante) O que o COREN fiscaliza na sala de vacinas: Supervisão do enfermeiro (satisfatória?) Situações encontradas em não conformidade: Profissional não habilitado Mapas desatualizados Caixas de perfurocotantes com outros lixo Geladeiras desorganizadas Salas de vacinas não climatizadas Caixas de perfurocortantes com lixo além da capacidade Profissionais sem fardamento ou roupas inapropriadas Profissionais sem idenificação Pofissionais sem jaleco Referências BRASIL. Programa Nacional de Imunizações. Manual de Normas de Vacinação. 3ª. Ed., Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução 311/2007. Aprova a reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Brasília, 2007. Disponível em: www.portalcofen.gov.br. JUNQUEIRA NETO , A. L. et al. Protocolo de Enfermagem na atenção Primária à Saúde no Estado de Goiás. Protocolo de Enfermagem na atenção à imunização. 2ª. Ed. Goiânia: Conselho Regional de Enfermagem, 2014. REFERÊNCIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília : Ministério da Saúde, 2014. [...] Longe de ser um fato isolado, sujeito apenas aos parâmetros de aferição e decisão da medicina ou das ciências biomédicas, a vacinação é também, pelas implicações socioculturais e morais que envolve, a resultante de processos históricos nos quais são tecidas múltiplas interações e onde concorrem representações antagônicas sobre o direito coletivo e o direito individual, sobre as relações entre Estado, sociedade, indivíduos, empresas e países, sobre o direito à informação, sobre a ética e principalmente sobre a vida e a morte. (PORTO; PONTE, 2003) Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para vacinação. Brasília: 2014, 176 p. PORTO, A.; PONTE, C. F. Vacinas e campanhas: as imagens de uma história a ser contada. História, Ciências, Saúde: Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 10, Suplemento 2, p. 725-742, 2003.
Compartilhar