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Módulo 22 - Psicanalista de Sucesso -Teoria Psicanalítica Winnicottiana

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Teoria psicanalítica Winnicotiana 
 
 
 
 
Docente: Professora Vânia Bonete 
 
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 2 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2.0 Donald Winnicott .......................................................................................... 4 
2.1 Trajetória de Winnicott .............................................................................. 5 
2.2 A Teoria de Winnicott................................................................................ 6 
3.0 O Papel do Analista ...................................................................................... 9 
4.0 A fase da Dependência absoluta ................................................................ 10 
5.0 Apresentação do Objeto ............................................................................. 12 
6.0 Holding e Handling ..................................................................................... 12 
7.0 Dependência Relativa ............................................................................ 13 
8.0 A mãe suficientemente boa e o Ambiente .............................................. 13 
9.0 Preocupação materna primária .............................................................. 15 
10.0 Mãe insuficientemente boa ................................................................. 15 
11.0 Desejo e o Papel do Pai ...................................................................... 16 
12.0 Culpa depressiva e Reparação ........................................................... 16 
13.0 Fase de Desilusão e Objetos Transicionais ........................................ 17 
13.1 Verdadeiro e Falso Self.................................................................... 18 
14.0 O Feminino para Winnicott .................................................................. 19 
15.0. Privação e Delinquência ...................................................................... 19 
16.0 O Trauma para Winnicott .................................................................... 20 
17.0 Clínica de Winnicott............................................................................. 21 
18.0 Desenho – O Jogo dos Rabiscos ........................................................ 22 
19. Referência Bibliográfica .......................................................................... 23 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
 
Este módulo vamos trazer o olhar e a teoria de Winnicott, baseada nas relações 
familiares entre a criança e o ambiente. 
Ela enfatiza que para se chegar ao desenvolvimento completo, a criança passa 
por fases de dependência rumo à independência – até chegar na fase adulta e 
estabelecer um padrão que seja uma junção desafiadora entre copiar os pais e 
formar uma identidade pessoal. 
“⁠Esconder-se é um prazer, mas, não ser encontrado é uma 
catástrofe”. 
Winnicott 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.0 Donald Winnicott 
Nascido em 7 de abril de 1896, de uma família metodista em Plymounth, na 
Inglaterra, Winnicott teve sempre uma vida muito ocupada. Graduado em 
Medicina, especializando-se em Pediatria, e mais tarde, em Psicanálise, ele 
desenvolveu o interesse entre a relação de mãe e filho. 
 
Winnicott é melhor conhecido por suas ideias relacionadas ao verdadeiro e falso 
self, a teoria dos pais "suficientemente bons", e em parceria com sua segunda 
esposa, Clare Winnicott, desenvolveu a noção de objeto transicional. Ele 
descreveu diversos livros, sendo um dos mais importantes o "Brincar e a 
Realidade. 
 
Por ter o dom de falar bem, ele fez incontáveis palestras e aulas, sendo 
convidado para expor suas ideias em público, além de passar horas no trabalho 
clínico. No fim da Segunda Guerra Mundial, suas palestras foram transformadas 
em folhetos. 
 
Entre 1939 e 1962, Donald participou de cerca de 50 programas de rádio, 
convidado pela BBC, para falar com pais e mães sobre diversos assuntos, como 
conselhos, adoção, ciúmes, filho único e presença do pai na educação dos filhos. 
Até hoje, muitas pessoas ficam maravilhadas de ver a capacidade que o 
psicanalista tinha em compreender as crianças. 
Além de escrever muitos livros, Winnicott tinha uma mania na qual não 
conseguiu se libertar: escrever cartas. Ele escrevia cartas para tudo e para todos. 
Todas as palestras que seus colegas de trabalho ministravam, Donald escrevia 
uma carta de congratulações. Quando faleceu, sua esposa divulgou muitas 
cartas inéditas que podem ser lidas em português no livro “O gesto espontâneo”. 
Winnicott foi, por duas vezes, presidente da Sociedade Britânica de Psicanálise. 
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2.1 Trajetória de Winnicott 
Único filho homem da família, era esperado que se envolvesse e ficasse a frente 
dos negócios do pai, mas ele queria mesmo era se dedicar a medicina, onde 
formou-se em 1920 como médico pediatra. Em 1923 ele começou sua terapia 
com James Strachey, que durou 10 anos. Strachey discutiu o caso de Winnicott 
com sua esposa, Alix Strachey. 
Em 1926 ano em que Melanie Klein chega a Londres, foi um muito importante e 
relevante para Winnicott, onde ele se tornou um de seus seguidores na teoria da 
importância para saúde psíquica no primeiro ano de vida de uma criança. 
Em 1927 Winnicott foi aceito como iniciante na Sociedade Britânica de 
Psicanálise, qualificado como analista em 1934 e como analista de crianças em 
1935. 
Em 1938 teve uma divisão dentro da Sociedade Psicanalítica. Britânica, devido 
à mesmo Anna Freud sendo uma analista de criança, divergiam da de Klein e 
Winnicott. 
Foi feita a seguinte divisão entre os Freudianos ortodoxos e o Kleinianos; mas 
ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, um acordo tipicamente britânico 
estabeleceu três cordiais grupos: os Freudianos, o Kleinianos e um grupo 
“conciliador" ao qual Winnicott pertenceu juntamente com Michael Balint (1896-
1970) e John Bowlby (1907–1990). 
 
Durante a Segunda Guerra Mundial, Winnicott trabalhou como consultor em 
pediatria no programa de evacuação de crianças. Neste período, ele conheceu 
e trabalhou com "Clare Britton", uma psiquiatra e assistente social que virou sua 
colega no tratamento de crianças seriamente transtornadas que foram afastadas 
de suas casas na evacuação por conta da guerra. Winnicott após a guerra, 
realizou uma série de encontros junto a "Janet Quigley" e "Isa Benzie" para a 
rádio BBC, mais de sessenta programas entre "1943 e 1966". Os programas 
iniciais em 1943 possuíam o título de "Happy Children." Como resultado do 
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sucesso desses programas, Janet Quigley ofereceu a ele controle total sobre o 
conteúdo do programa. 
 
Após o fim da guerra, Winnicott também estava tratando pacientes de forma 
privada. Entre os contemporâneos influenciados por ele, R. D. Laing, escreveu 
para ele agradecendo e reconhecendo sua ajuda em 1958. 
 
2.2 A Teoria de Winnicott 
Exercendo a função de pediatra, Donald Woods Winnicott desenvolveu sua 
psicanálise com base nas relações familiares entre a criança e o ambiente. Todo 
ser humano, de acordo com Winnicott, tem um potencial para o desenvolvimento. 
Entretanto, para tornar esse potencial como algo real, o ambiente se faz 
necessário. Inicialmente, esse ambiente é a mãe – ou alguém que exerça a 
função materna – e apoiada especialmente pelo pai. 
 
Para se chegar ao desenvolvimento completo, a criança passa por fases de 
dependência rumo à independência – até chegar na fase adulta e estabelecer 
um padrão que seja uma junção desafiadora entre copiar os pais e formar uma 
identidade pessoal. 
 
Há principalmente três motivos para o pensamento de Winnicott sobre a 
formação do ‘eu’ se apoiar na família: 
 
 1) esta tem (ou teria…) uma disposição e condição maior de favorecer o 
desenvolvimento; 
 
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 2) supõe-se que uma família seja uma constante que não varie muito, essencial 
para uma criança que precisa, especialmente no seu início, que o seu entorno 
seja constante, regular, amigável e não caótico; 3) a família costuma ter, embora 
nem todas tenham, uma condição maior de tolerância para lidar com períodos 
em que o ambiente é testado, em que a criança precisa experimentar algum tipo 
de confronto. 
 
Mas, lembrando, para se chegar a esse desenvolvimento completo, é necessário 
um ambiente agradável e, daí, surge o conceito winnicottiano de good enough 
mother (mãe suficientemente boa). Não é uma mãe perfeita, porque essa não 
existe. Mas é a mãe que sabe a hora certa para favorecer a ilusão no bebê e, 
logo após, a desilusão. 
 
A ilusão é criada quando a mãe se adapta às necessidades do bebê e este 
projeta o que ele mesmo criou daquilo de que ele necessita. Aliás, o bebê 
percebe a mãe dele como sendo parte sua: os dois são um só – o que dá 
sustento ao pensamento de dependência para com a mãe. Winnicott escreveu 
em O Brincar & a Realidade: “A mãe, no começo, através da adaptação quase 
completa, propicia ao bebê, a oportunidade para a ilusão de que o seio dela faz 
parte do bebê, de que está, por assim dizer, sob o controle mágico do bebê. ” 
 
É este o período de dependência absoluta, que vai de 4 a 6 meses. É importante 
notar que o bebê não tem percepção dessa situação, mas adquire uma sensação 
de onipotência. 
 
Logo após esse período, é tarefa da mãe desiludir a criança, não atendendo tudo 
tão prontamente. Ou seja, a mãe, progressivamente, começa a fazer com que a 
criança suporte algumas frustrações. De confrontos em confrontos, o 
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desenvolvimento do ego da criança será facilitado e ela passa a esperar certas 
atitudes que anteriormente queria na hora. 
 
Na desilusão, os objetos transicionais são fundamentais. Eles são a primeira 
possessão não-eu. Ou seja, são objetos, geralmente macios, que o bebê adota 
e faz o uso que quiser. São chamados de transicionais, pois estariam no espaço 
entre o mundo interno e o externo, sendo os dois ao mesmo tempo e fazendo 
parte dos dois. É uma etapa importante, pois indica que o bebê está lidando com 
a separação da mãe, saindo de um estado uno em relação a ela e percebendo 
o mundo de fora, sem deixar de manter um elo entre os dois mundos. O valor do 
objeto transicional é tão importante, que quando os pais ficam sabendo de seu 
valor, até o levam em viagens. É o caso, por exemplo, de um cobertor. A mãe 
permite que fique sujo e até mesmo mau cheiroso, pois sabe que se lavá-lo pode 
destruir o significado e o valor do objeto para a criança. E, quando eles o usam 
para dormir, caso seja lavado, a criança pode ter dificuldades maiores para cair 
no sono. 
 
O apego a esses objetos é notado, também, em momentos de solidão, conforme 
escreveu Winnicott em O Brincar & a Realidade: “Os padrões estabelecidos na 
tenra infância podem persistir na infância propriamente dita, de modo que o 
objeto macio original continua a ser absolutamente necessário na hora de dormir, 
em momentos de solidão, ou quando um humor depressivo ameaça manifestar-
se”. Não há diferença, segundo Winnicott, entre meninos e meninas em seu uso 
de objetos transicionais. 
 
Já na adolescência, o pai começa a ter um papel importante no ambiente familiar, 
por causa de sua autoridade. Entretanto, um adolescente já, obviamente, passou 
pela fase de criança, e se nessa não foi propiciado um ambiente favorável, é 
possível que ele reviva situações emocionais que não ficaram resolvidas. 
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Quando a fase de frustrações não foi proporcionada no desenvolvimento infantil, 
o adolescente passa a atentar ainda mais o juízo dos pais, das autoridades 
todas: ele quer que o ambiente faça o que não fez anteriormente e essa seria a 
origem da tendência antissocial como sinal de esperança. 
 
As psicoses podem se manifestar na fase adulta também. Vale ressaltar que, 
para Winnicott, somente o ambiente familiar é o responsável por formar um ser 
humano que sinta que a vida vale a pena ser vivida. Os problemas psíquicos 
seriam, portanto, resultados de falhas graves nas etapas iniciais do 
desenvolvimento. 
 
3.0 O Papel do Analista 
O papel do psicanalista nesse contexto, em que falhas iniciais de grande 
significado ocorreram na vida do paciente, é o da recriação de um processo 
inicial da vida, para que o paciente se sinta em um ambiente terapêutico especial 
e consiga regredir a fases iniciais de dependência, possibilitando que seu 
desenvolvimento emocional seja, finalmente, completado. Para o terapeuta, é 
uma situação de muita vulnerabilidade e só se recomenda (segundo Winnicott) 
que aconteça com psicoterapeutas experientes e já bastante treinados em 
situações mais comuns de análise. 
 
Para se regressar à fase do desenvolvimento inicial do paciente, o terapeuta fica 
sendo como se fosse a mãe e nele são projetados os mais diversos afetos que 
têm a ver com essa relação. Entretanto, ele não se comportará como tal, mesmo 
fazendo parte do processo terapêutico, do ponto de vista do terapeuta, que ele 
se sinta como várias personagens do mundo do paciente e em várias situações. 
 
Usar Winnicott é aceitar algumas ideias básicas da Psicanálise – já que ele era 
psicanalista – como a existência do inconsciente, a ideia de transferência, entre 
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outras. Mas, a diferença é que, segundo Winnicott, toda a psicanálise freudiana 
é baseada na ideia de que o paciente teve um início de vida em que as coisas 
correram bem o bastante para que, na pior das hipóteses, ele tenha desenvolvido 
uma neurose clássica – e isso, de acordo com Winnicott, nem sempre é verdade. 
“A Psicanálise clássica é para pacientes que tiveram um início de vida que os 
capacitaram a desenvolver o complexo de Édipo. Entretanto, algumas pessoas 
tiveram, no seu início, condições que dificultaram seu desenvolvimento 
emocional e necessitariam de outro ambiente. ” O sonho, para Winnicott, não 
tem um papel especial, relevante, como tem para Freud. 
 
A visão de Winnicott em relação às crianças se deve ao fato de ele ter sido 
pediatra. Durante a Segunda Guerra Mundial, aliás, Winnicott teve grande 
atuação junto às crianças, pois ele ficou encarregado de acolhê-las fora de 
Londres – pois havia o temor da cidade ser bombardeada e as pessoas achavam 
que a as crianças deviam sair dali para poderem preservar o futuro do país. “Ora, 
justamente quando as crianças foram separadas de seus pais, como é de se 
supor, mesmo nas melhores condições (o que nem sempre era o caso), essa 
situação propiciou que aparecessem todos os problemas emocionais – dos quais 
Winnicott se encarregou. ” 
 
4.0 A fase da Dependência absoluta 
Do nascimento aos 6 meses, aproximadamente 
O bebê desconhece que seja um ser único, pois ele acredita que ele e a mãe 
sejam apenas um. Porém sabemos que o bebê depende destes cuidados da 
mãe, para que consiga sobreviver. 
 
Necessidades do bebê são supridas por meio de três funções 
maternas (apresentação do objeto, holding, handling) exercidas 
simultaneamente. Nessa fase da vida, Winnicott (1945/2000) destacou que o 
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bebê vive o paradoxo de ter criado o mundo que o cuida e acolhe ao mesmo 
tempo em que o mundo já estava pronto para ser criado por ele. Para o autor, 
esse paradoxo não foi feito para ser resolvido e sim respeitado. 
 
Por isso, e para evitar este sentimento, é importante que ele perceba que se trata 
da mesma pessoa. É um processo de integração das duas figuras maternas. 
Para isso, é fundamental a presença da mãe suficientemente boa. Ela deve 
sobreviver, prevalecer! 
 
Com a desilusão gradual por parte da mãe, o bebê percebe-se aos poucos como 
alguém separado dela 
 
Surgimento da percepção do Eu e do Não-Eu, essa subfase, bem como a 
subfase de exploração que será posteriormente descrita, é correlata ao período 
de dependência relativa de Winnicott (1945/2000) momento em que o bebê 
passa a distinguir a mãe como uma pessoa separada dele tendo, assim, o 
reconhecimento de sua dependência em relação à figura materna. Nesse 
momento o bebê já consegue ter comportamentos independentes da mãe, mas 
ainda oscila entre a dependência e a independência, com frequentes retornos à 
dependência. 
 
O rosto da mãe como espelho – O Narcisismo é proporcionado primeiramente 
pela mãe – “Minha mãe me vê logo existo’. (Winnicott) 
 
 
 
 
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5.0 Apresentação do Objeto 
O primeiro objeto apresentado ao bebê pela mãe ou por quem faça este papel é 
o seio ou a mamadeira. O bebê tem a ilusão de ter “criado” esse objeto para a 
sua satisfação. É com esta “ilusão” que o bebê tem uma experiência de 
onipotência. À medida que a mãe vai sempre estando à sua disposição esta 
ilusão vai sendo reforçada e, ao mesmo tempo, protegendo-o de fontes de 
angústia que seriam insuportáveis. 
 
6.0 Holding e Handling 
Se tentarmos levar a tradução ao pé da letra teríamos Holding como segurar, o 
que nos dá a ideia do contato físico, porém o conceito de holding para Winnicott 
está além do físico atrelado mais a questões emocionais. Tais como empatia, 
afeto, carinho e preocupação e que são muitas vezes demonstrados de maneira 
física. 
 
Ao alimentar, limpar, proteger, uma vez que o bebê precisa estar fisicamente 
seguro e psicologicamente. 
 
Este cuidado com o bem-estar físico da criança, são compreendidos dentro do 
handling, mas o holding ele perdura mais tempo não apenas no início da vida do 
bebê, se estende ao longa da vida, e em diferentes intensidades. 
 
A combinação desses dois fatores reflete em debates permanentes do que é o 
bom maternar e sua importância para a formação do indivíduo. Portanto, o 
handling e holding são compostos tanto pelo fator físico, quanto pelo psicológico. 
Além disso, ambos são cruciais para o desenvolvimento psíquico da criança. 
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Ao traduzir a palavra Handling, deriva de hand (mão), podemos entender como 
manejo ou contato com a pelo, contato físico. Faz referência aos cuidados físicos 
e envolve o manuseio corporal do bebê durante os suportes básicos como: 
banho, troca e amamentação, por exemplo. 
 
7.0 Dependência Relativa 
Acontece por volta dos 6 meses aos 2 anos. É relativa porque a criança se 
conscientiza de sua sujeição (na primeira fase ela não se vê separada, mas 
fundida à mãe), e tolera melhor as falhas de adaptação e agora, o bebê já 
percebe a existência de uma realidade, externa, separada dele. Ela também já 
consegue se antecipar aos acontecimentos e prever as ações de sua mãe. 
Dificuldades da mãe em olhar para o filho como ser independente e diferente 
podem tornar o ambiente não suficientemente bom para o amadurecimento. 
A fase onde muitas vezes a mãe precisa deixar o bebê com outras pessoas, 
onde tanto mãe, quanto o bebê, demonstram uma reação de estranhamento da 
situação. 
O bebê age muitas vezes de maneira ansiosa nesta relação com estranhos, pois 
está habituado a figura e a presença da mãe. 
E tem a reação da mãe de ansiedade, muitas vezes em ter deixado o bebê com 
outro que não é ela, onde muitas vezes vem o sentimento de culpa. 
 
8.0 A mãe suficientemente boa e o Ambiente 
A mãe quando o bebê nasce ela a todo momento está disponível para o bebê, 
respondendo imediatamente e isso é importante para que eles se sintam seguros 
e amados. Mas também dá a sensação ao bebê de que a mãe é uma extensão 
sua e que é ela quem supre suas necessidades. Quando a mãe mostra ao filho 
que cada um é uma pessoa, isso gera uma frustração natural na criança. Para 
Winnicott “ A mãe suficientemente boa” é aquela que frustra o filho ao mostrar 
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que ele não terá seus desejos atendidos imediatamente, mas que também 
mostra que existe um tempo de espera e um limite e que ele não é sua extensão. 
 
Fazendo isso coma criança ainda pequena, a mãe está ajudando a se tornar 
uma pessoa resiliente. O processo de separação-individuação é uma importante 
conquista do desenvolvimento infantil e está relacionada ao desenvolvimento da 
própria mãe, já que se tornar mãe envolve passar por um processo de 
separação-individuação na fase adulta, aspectos que será destacado a seguir. 
 
O processo de separação-individuação é uma importante conquista do 
desenvolvimento infantil e está relacionada ao desenvolvimento da própria mãe, 
já que se tornar mãe envolve passar por um processo de separação-individuação 
na fase adulta, aspectos que será destacado a seguir. 
 
Para Colarusso (1990), a gestação, tanto para os homens quanto para as 
mulheres estabelece uma nova dimensão da identidade sexual, já que mostra 
que o aparato biológico foi capaz de funcionar do modo a que foi projetado. O 
filho é a extensão dos pais e de certa forma é o “Narcisismo” dos pais, 
principalmente para a mulher, o que lhe coloca em prontidão psicológica para 
atender o seu bebê. Interessado pelas relações iniciais mãe-bebê, Winnicott 
(1956/2000) mostrou a importância da etapa anterior ao nascimento, bem como 
dos meses seguintes. 
 
Nesse período ocorreria um fenômeno especial que o autor chamou de 
“preocupação materna primária”. Esse conceito é definido como um estado 
psicológico que permite à mãe dedicar-se aos cuidados de seu bebê, que nesse 
momento, se encontra em dependência absoluta da figura materna. Para o autor, 
esse estado poderia ser considerado como uma doença caso não existisse a 
gravidez, já que se configura como um momento em que a mãe e o bebê se 
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confundem. Parecendo simbióticos, e é necessário que a mãe tenha saúde 
suficiente para entra nesse estado, bem como se recuperar dele à medida que 
o bebê se torna menos dependente. 
 
9.0 Preocupação materna primária 
A “preocupação materna primária” se caracteriza como um estado de verdadeira 
fusão emocional com seu bebê, em que ela é o bebê, e o bebê é ela. 
É gradualmente dissipada com o estabelecimento da saúde física do bebê e da 
mãe, após: 
• Parto não traumático 
• Amamentação tranquila 
• Pouca interferência de elementos estressantes 
• Após algumas semanas de intensa adaptação às necessidades do recém-
nascido, este sinaliza que seu amadurecimento já o torna apto a suportar 
as falhas maternas. 
 
 
10.0 Mãe insuficientemente boa 
Mãe não se identifica com as necessidades do filho, não responde aos seus 
gestos ou é intrusiva e impositiva. 
 
Algumas dificuldades em ser uma mãe suficientemente boa: a criança e suas 
particularidades, as falhas provocam carências na satisfação de necessidades, 
dificultando o desenrola desenvolvimento do bebê. 
 
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Quando a mãe não cumpre rotineiramente a sua função de sustentação do ego, 
o que surge no bebê é uma angústia impensável. O bebê humano nasce sempre 
imaturo incapaz de cuidar de si “ O bebê não existe sozinho. ” 
 
Onde Winnicott trouxe a frase que traz a importância deste olhar “Olho e sou 
visto, logo existo”, e se o ambiente não é suficiente, algo pouco ficar destoado. 
 
 
11.0 Desejo e o Papel do Pai 
A presença do pai tem valor desde o início da vida. Se ele não é o principal 
responsável pela edificação das bases da saúde psíquica, contribui de maneira 
fundamental para que a mãe tenha as condições de dar conta da sua tarefa, 
dando apoio e sustentação a ela, sendo que, em breve, já na fase final de 
dependência relativa da criança, torna-se a pessoa importante com a qual ela 
passa a contar, aquele que, nos bons casos, além de colocar limites às fantasias 
sexuais infantis, é confiável e, também por isso, é aquele que fornece a moldura 
ambiental, que estabelece balizas e protege a criança, assim como a mãe. O pai 
é quem fará o corte na simbiose entre mãe e bebê. 
 
 
12.0 Culpa depressiva e Reparação 
É a representação da mãe e a crença em sua existência que devem ser 
interiorizadas pela criança. A criança passa a perceber que, com sua 
agressividade, é a essa mãe total e única, que ela pode destruir (angústia 
depressiva). É daí que advém a culpa, pois a mesma mãe que ataca é a mãe 
que lhe cuida – ambivalência do objeto total. É por esta angústia e culpa que a 
criança desenvolve atividades de reparação e restauração, quando sentida 
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como danifica ou destruída, sob a forma de presentes e gestos de ternura. Isso 
só pode ocorrer, se a criança tiver uma mãe suficientemente boa. 
Com isso, a criança continua em sua evolução psíquica. 
 
13.0 Fase de Desilusão e Objetos Transicionais 
Na separação da mãe a criança desenvolve atividades como, levar os dedos ou 
algum objeto à boca, como a ponta de um lençol ou fralda; começa a puxar fiapos 
de lã e fazer bolotas com que se acaricia; sons bucais diversos, etc. Estas 
atividades têm algo em comum: elas surgem em momentos em que poderia 
surgir a angústia (separação da mãe, hora de dormir). 
 
Os objetos transicionais localizam-se na zona intermediária entre a mãe e o 
bebê, favorecendo uma melhor passagem pelo processo de separação, uma vez 
que este objeto representa o acalento da mãe e faz com que sua ausência seja 
suportada. 
 
É um objeto achado e criado simultaneamente, onde muitas vezes estes objetos 
já estão malcheirosos, porém o ato de lavar ou substituir pode levar à ruptura da 
familiaridade e consistência características fundamentais desses objetos. 
 
O Objeto transicional ocupa para um lugar que Winnicott chama de ilusão. Ao 
contrário do seio, que não está disponível constantemente, o objeto transicional 
é conservado pela criança. Ela é quem decide a distância entre ela e tal objeto. 
 
Winnicott aponta algumas características que são comuns aos objetos 
transicionais: a criança afirma uma série de direitos sobre o objeto; o objeto é 
afetuosamente ninado e excitadamente amado e mutilado; deve sobreviver ao 
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ódio, ao amor, e à agressão. É muito importante que o objeto sobreviva à 
agressão, possibilitando a criança neutraliza-la, dando-lhe, posteriormente, um 
fim construtivo, ao notar que esta não destrói os objetos. 
 
13.1 Verdadeiro e Falso Self 
No “Verdadeiro Self”, os aspectos espontâneos, autêntico, criativos e não 
submissos são característicos. 
 
A “Mãe Boa”, responde a onipotência do bebê e, de certo modo, dá-lhe sentido. 
 
O self verdadeiro começa a adquirir vida, através da força da mãe, em sua 
capacidade de suprir as necessidades da criança. 
 
Já no Falso Self a principal reação do bebê às falhas do ambiente. 
Bebê renuncia à esperança de ver suas necessidades satisfeitas e vai 
adaptando-seaos cuidados que não lhe convêm. 
 
Passa a adotar um modo de ser falso e artificial. Com isso, o indivíduo 
experimenta sentimentos de irrealidade e vacuidade a respeito de si mesmo, dos 
outros e da vida, e pode se comportar como um ser que se, não se adapta, mas 
se funde ao ambiente passando a reagir especularmente (como espelho, 
reflexo). 
 
Aspectos submissos da personalidade para agradar o outro, por mais acolhedor 
que um ambiente possa ser, é impossível não se frustrar com algo e a criação 
do Falso Self vem como defesa. 
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A diferença entre os dois é, em um ambiente totalmente negligente, elimina 
praticamente por completo a presença do Verdadeiro Self e a pessoa passa a 
se questionar, sobre sua vida e começa a ver a vida sem cor, como se já não 
tivesse sentido, pois já não consegue se reconhecer no Verdadeiro Self, pois 
pode estar consumida no Falso Self. 
 
14.0 O Feminino para Winnicott 
Portanto, a mulher é compreendida por Winnicott não como um ser castrado, 
mas tendo seu próprio perfil, pela identidade de gênero, mediante a identificação 
com a mãe-materna ou com a mãe-fêmea, ou com ambas, é claro. Será bastante 
útil à menina se o elemento fêmea da mãe estiver disponível para identificação. 
 
O psicanalista inglês reivindica é que a mãe se dedique ativamente ao seu bebê, 
porém, não há nenhum indício de que a mãe winnicottiana deva abandonar os 
outros setores de sua vida, constrangendo-os sob o funil da maternidade. 
 
Considerando-se que é nesse período inicial que estão sendo constituídas as 
bases da saúde psíquica, evitando-se graves psicopatologias, é importante 
possibilitar à mãe a estreita experiência da relação com seu bebê. A sociedade 
civil reconhece esse papel da mãe ao conceder, pela Constituição, a licença 
maternidade. 
 
15.0. Privação e Delinquência 
A experiência de privação estaria fortemente ligada às tendências antissociais. 
A criança reconhece que lhe falta algo e passa a dirigir agressividade à mãe. 
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Mais tarde comportamentos como roubos e desconfiança podem surgir com a 
intenção inconsciente de recuperar o que lhe foi tomado. 
 
“A conduta antissocial é um grito de desespero para o sujeito que reivindica do 
social aquilo que lhe foi prometido” (Winnicott, em Privação e Delinquência) 
 
A experiência de privação estaria fortemente ligada às tendências antissociais. 
A criança reconhece que lhe falta algo e passa a dirigir agressividade à mãe. 
 
Mais tarde comportamentos como roubos e desconfiança podem surgir com a 
intenção inconsciente de recuperar o que lhe foi tomado. 
 
“A conduta antissocial é um grito de desespero para o sujeito que reivindica do 
social aquilo que lhe foi prometido” (Winnicott) em Privação e Delinquência) 
 
Para Winnicott o inconsciente consiste também do não-acontecido (mas que 
precisava acontecer) e do desacontecido (mas que precisava continuar sendo), 
algo que pode escapar à recordação ou à elaboração simbólica. 
 
16.0 O Trauma para Winnicott 
 
Para Winnicott, não podemos pensar o trauma sem considerar que a provisão 
ambiental, que era necessária, efetivamente falhou no passado. 
 
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Traumas iniciais e decisivos resultam de um padrão de intrusões reais que 
interrompem a linha do ser, a continuidade do amadurecimento e, portanto, a 
sua constituição como pessoa inteira, isto é, impede a realização da tendência à 
integração. 
 
Conseguimos observar isto nos filmes “Perfume” e também no filme do cinema 
nacional “O contador de histórias”. 
 
17.0 Clínica de Winnicott 
Winnicott se utiliza dos jogos dos Rabiscos, para obter um progresso no 
tratamento psicanalítico e também a criação de um Elo com a criança. 
 
Onde após a criação da imagem conseguem ter um diálogo sobre tudo que foi 
criado através do desenho. Ele tinha uma verdadeira paixão pela infância, como 
mostra o relatório do tratamento da “pequena Piggle”, publicado depois da sua 
morte. A menina tinha dois anos quando foi paciente de Winnicott. Ele a viu 
durante três anos, a pedido, e fez com ela dezesseis sessões memoráveis. Sua 
técnica psicanalítica sempre esteve em contradição com os padrões da IPA 
(Internacional Psychoanalytical Association). 
 
 Winnicott não respeitava nem a neutralidade nem a duração das sessões, e não 
hesitava em manter relações de amizade calorosa com seus pacientes, 
reencontrando sempre a criança neles e em si mesmo. Via na transferência uma 
réplica do laço materno. Assim, oferecia a seus analisandos um “ambiente” 
especial. Às vezes, tomava-os nos braços e prolongava a sessão durante três 
horas. Dedicou a sua última obra, O brincar e a realidade, aos seus pacientes, 
que “pagaram para me ensinar”. Morreu subitamente de problemas cardíacos 
em 1971. Ele dizia: “Quero estar vivo na hora da minha morte” – e seu desejo, 
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de fato, se realizou, pois, embora padecesse de problemas cardíacos há várias 
décadas, a morte o surpreendeu enquanto ele exercia todas as suas atividades 
rotineiras. 
 
18.0 Desenho – O Jogo dos Rabiscos 
O jogo é explicado da seguinte maneira: “Cada um de nós terá um pedaço de 
papel e um lápis. Eu desenharei um rabisco e você fará o desenho que quiser, a 
partir desse rabisco; depois você criará uma história sobre seu desenho, e eu 
farei algumas perguntas sobre ele (seu desenho e a história). Em seguida, você 
desenhará um rabisco, e eu farei um desenho a partir dele, contarei uma história, 
e você poderá me fazer perguntas a respeito dele”. Dessa forma, o jogo envolve 
criar um desenho a partir de um rabisco, contar uma história, questionar e ser 
questionado, de forma alternada. Um rabisco é qualquer variação de uma linha 
reta, curva, ondulante ou em ziguezague. A habilidade de desenhar não é 
importante, e há interação recíproca e compartilhamento do material temático. 
 
Após ou durante a explicação inicial, o terapeuta e a criança sentam-se lado a 
lado em uma mesa ou carteira. O terapeuta providencia para a criança e para si 
mesmo papel e lápis para desenhar. Ele também providencia papel para suas 
anotações. O terapeuta inicia o jogo desenhando o primeiro rabisco, a partir do 
qual espera que a criança se baseie. É desejável que a criança desenvolva a 
primeira história, pois, dessa forma, o terapeuta encontra-se mais apto a decidir 
a respeito do tema que usará na sua própria vez. Se a criança não compreender 
os procedimentos, a ordem pode ser revertida, e a criança desenha o primeiro 
rabisco. Uma vez iniciado, o jogo continua enquanto houver uma interação 
produtiva e divertida. Os exemplos que seguem ilustram as respostas das 
crianças durante o jogo.Licenciado para - O
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19. Referência Bibliográfica 
 
FULGENCIO, Leopoldo “Por que Winnicott? Zagodoni. 
BARROS, E.M. da Rocha. Melanie Klein “Evoluções”. São Paulo: 
Escuta,1989. 
 WINNICOTT, Donald W. (1964-1968). O jogo de rabisco. Em: 
WINNICOTT, Donald W. (1994). Explorações psicanalíticas. Porto 
Alegre, Artes Médicas Sul. 
WINNICOTT, Donald W. (1975). O Brincar e a Realidade. 
 
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