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Teoria psicanalítica Winnicotiana Docente: Professora Vânia Bonete Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 2 Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2.0 Donald Winnicott .......................................................................................... 4 2.1 Trajetória de Winnicott .............................................................................. 5 2.2 A Teoria de Winnicott................................................................................ 6 3.0 O Papel do Analista ...................................................................................... 9 4.0 A fase da Dependência absoluta ................................................................ 10 5.0 Apresentação do Objeto ............................................................................. 12 6.0 Holding e Handling ..................................................................................... 12 7.0 Dependência Relativa ............................................................................ 13 8.0 A mãe suficientemente boa e o Ambiente .............................................. 13 9.0 Preocupação materna primária .............................................................. 15 10.0 Mãe insuficientemente boa ................................................................. 15 11.0 Desejo e o Papel do Pai ...................................................................... 16 12.0 Culpa depressiva e Reparação ........................................................... 16 13.0 Fase de Desilusão e Objetos Transicionais ........................................ 17 13.1 Verdadeiro e Falso Self.................................................................... 18 14.0 O Feminino para Winnicott .................................................................. 19 15.0. Privação e Delinquência ...................................................................... 19 16.0 O Trauma para Winnicott .................................................................... 20 17.0 Clínica de Winnicott............................................................................. 21 18.0 Desenho – O Jogo dos Rabiscos ........................................................ 22 19. Referência Bibliográfica .......................................................................... 23 Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 3 1. INTRODUÇÃO Este módulo vamos trazer o olhar e a teoria de Winnicott, baseada nas relações familiares entre a criança e o ambiente. Ela enfatiza que para se chegar ao desenvolvimento completo, a criança passa por fases de dependência rumo à independência – até chegar na fase adulta e estabelecer um padrão que seja uma junção desafiadora entre copiar os pais e formar uma identidade pessoal. “Esconder-se é um prazer, mas, não ser encontrado é uma catástrofe”. Winnicott Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 4 2.0 Donald Winnicott Nascido em 7 de abril de 1896, de uma família metodista em Plymounth, na Inglaterra, Winnicott teve sempre uma vida muito ocupada. Graduado em Medicina, especializando-se em Pediatria, e mais tarde, em Psicanálise, ele desenvolveu o interesse entre a relação de mãe e filho. Winnicott é melhor conhecido por suas ideias relacionadas ao verdadeiro e falso self, a teoria dos pais "suficientemente bons", e em parceria com sua segunda esposa, Clare Winnicott, desenvolveu a noção de objeto transicional. Ele descreveu diversos livros, sendo um dos mais importantes o "Brincar e a Realidade. Por ter o dom de falar bem, ele fez incontáveis palestras e aulas, sendo convidado para expor suas ideias em público, além de passar horas no trabalho clínico. No fim da Segunda Guerra Mundial, suas palestras foram transformadas em folhetos. Entre 1939 e 1962, Donald participou de cerca de 50 programas de rádio, convidado pela BBC, para falar com pais e mães sobre diversos assuntos, como conselhos, adoção, ciúmes, filho único e presença do pai na educação dos filhos. Até hoje, muitas pessoas ficam maravilhadas de ver a capacidade que o psicanalista tinha em compreender as crianças. Além de escrever muitos livros, Winnicott tinha uma mania na qual não conseguiu se libertar: escrever cartas. Ele escrevia cartas para tudo e para todos. Todas as palestras que seus colegas de trabalho ministravam, Donald escrevia uma carta de congratulações. Quando faleceu, sua esposa divulgou muitas cartas inéditas que podem ser lidas em português no livro “O gesto espontâneo”. Winnicott foi, por duas vezes, presidente da Sociedade Britânica de Psicanálise. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 5 2.1 Trajetória de Winnicott Único filho homem da família, era esperado que se envolvesse e ficasse a frente dos negócios do pai, mas ele queria mesmo era se dedicar a medicina, onde formou-se em 1920 como médico pediatra. Em 1923 ele começou sua terapia com James Strachey, que durou 10 anos. Strachey discutiu o caso de Winnicott com sua esposa, Alix Strachey. Em 1926 ano em que Melanie Klein chega a Londres, foi um muito importante e relevante para Winnicott, onde ele se tornou um de seus seguidores na teoria da importância para saúde psíquica no primeiro ano de vida de uma criança. Em 1927 Winnicott foi aceito como iniciante na Sociedade Britânica de Psicanálise, qualificado como analista em 1934 e como analista de crianças em 1935. Em 1938 teve uma divisão dentro da Sociedade Psicanalítica. Britânica, devido à mesmo Anna Freud sendo uma analista de criança, divergiam da de Klein e Winnicott. Foi feita a seguinte divisão entre os Freudianos ortodoxos e o Kleinianos; mas ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, um acordo tipicamente britânico estabeleceu três cordiais grupos: os Freudianos, o Kleinianos e um grupo “conciliador" ao qual Winnicott pertenceu juntamente com Michael Balint (1896- 1970) e John Bowlby (1907–1990). Durante a Segunda Guerra Mundial, Winnicott trabalhou como consultor em pediatria no programa de evacuação de crianças. Neste período, ele conheceu e trabalhou com "Clare Britton", uma psiquiatra e assistente social que virou sua colega no tratamento de crianças seriamente transtornadas que foram afastadas de suas casas na evacuação por conta da guerra. Winnicott após a guerra, realizou uma série de encontros junto a "Janet Quigley" e "Isa Benzie" para a rádio BBC, mais de sessenta programas entre "1943 e 1966". Os programas iniciais em 1943 possuíam o título de "Happy Children." Como resultado do Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Materialde uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 6 sucesso desses programas, Janet Quigley ofereceu a ele controle total sobre o conteúdo do programa. Após o fim da guerra, Winnicott também estava tratando pacientes de forma privada. Entre os contemporâneos influenciados por ele, R. D. Laing, escreveu para ele agradecendo e reconhecendo sua ajuda em 1958. 2.2 A Teoria de Winnicott Exercendo a função de pediatra, Donald Woods Winnicott desenvolveu sua psicanálise com base nas relações familiares entre a criança e o ambiente. Todo ser humano, de acordo com Winnicott, tem um potencial para o desenvolvimento. Entretanto, para tornar esse potencial como algo real, o ambiente se faz necessário. Inicialmente, esse ambiente é a mãe – ou alguém que exerça a função materna – e apoiada especialmente pelo pai. Para se chegar ao desenvolvimento completo, a criança passa por fases de dependência rumo à independência – até chegar na fase adulta e estabelecer um padrão que seja uma junção desafiadora entre copiar os pais e formar uma identidade pessoal. Há principalmente três motivos para o pensamento de Winnicott sobre a formação do ‘eu’ se apoiar na família: 1) esta tem (ou teria…) uma disposição e condição maior de favorecer o desenvolvimento; Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 7 2) supõe-se que uma família seja uma constante que não varie muito, essencial para uma criança que precisa, especialmente no seu início, que o seu entorno seja constante, regular, amigável e não caótico; 3) a família costuma ter, embora nem todas tenham, uma condição maior de tolerância para lidar com períodos em que o ambiente é testado, em que a criança precisa experimentar algum tipo de confronto. Mas, lembrando, para se chegar a esse desenvolvimento completo, é necessário um ambiente agradável e, daí, surge o conceito winnicottiano de good enough mother (mãe suficientemente boa). Não é uma mãe perfeita, porque essa não existe. Mas é a mãe que sabe a hora certa para favorecer a ilusão no bebê e, logo após, a desilusão. A ilusão é criada quando a mãe se adapta às necessidades do bebê e este projeta o que ele mesmo criou daquilo de que ele necessita. Aliás, o bebê percebe a mãe dele como sendo parte sua: os dois são um só – o que dá sustento ao pensamento de dependência para com a mãe. Winnicott escreveu em O Brincar & a Realidade: “A mãe, no começo, através da adaptação quase completa, propicia ao bebê, a oportunidade para a ilusão de que o seio dela faz parte do bebê, de que está, por assim dizer, sob o controle mágico do bebê. ” É este o período de dependência absoluta, que vai de 4 a 6 meses. É importante notar que o bebê não tem percepção dessa situação, mas adquire uma sensação de onipotência. Logo após esse período, é tarefa da mãe desiludir a criança, não atendendo tudo tão prontamente. Ou seja, a mãe, progressivamente, começa a fazer com que a criança suporte algumas frustrações. De confrontos em confrontos, o Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 8 desenvolvimento do ego da criança será facilitado e ela passa a esperar certas atitudes que anteriormente queria na hora. Na desilusão, os objetos transicionais são fundamentais. Eles são a primeira possessão não-eu. Ou seja, são objetos, geralmente macios, que o bebê adota e faz o uso que quiser. São chamados de transicionais, pois estariam no espaço entre o mundo interno e o externo, sendo os dois ao mesmo tempo e fazendo parte dos dois. É uma etapa importante, pois indica que o bebê está lidando com a separação da mãe, saindo de um estado uno em relação a ela e percebendo o mundo de fora, sem deixar de manter um elo entre os dois mundos. O valor do objeto transicional é tão importante, que quando os pais ficam sabendo de seu valor, até o levam em viagens. É o caso, por exemplo, de um cobertor. A mãe permite que fique sujo e até mesmo mau cheiroso, pois sabe que se lavá-lo pode destruir o significado e o valor do objeto para a criança. E, quando eles o usam para dormir, caso seja lavado, a criança pode ter dificuldades maiores para cair no sono. O apego a esses objetos é notado, também, em momentos de solidão, conforme escreveu Winnicott em O Brincar & a Realidade: “Os padrões estabelecidos na tenra infância podem persistir na infância propriamente dita, de modo que o objeto macio original continua a ser absolutamente necessário na hora de dormir, em momentos de solidão, ou quando um humor depressivo ameaça manifestar- se”. Não há diferença, segundo Winnicott, entre meninos e meninas em seu uso de objetos transicionais. Já na adolescência, o pai começa a ter um papel importante no ambiente familiar, por causa de sua autoridade. Entretanto, um adolescente já, obviamente, passou pela fase de criança, e se nessa não foi propiciado um ambiente favorável, é possível que ele reviva situações emocionais que não ficaram resolvidas. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 9 Quando a fase de frustrações não foi proporcionada no desenvolvimento infantil, o adolescente passa a atentar ainda mais o juízo dos pais, das autoridades todas: ele quer que o ambiente faça o que não fez anteriormente e essa seria a origem da tendência antissocial como sinal de esperança. As psicoses podem se manifestar na fase adulta também. Vale ressaltar que, para Winnicott, somente o ambiente familiar é o responsável por formar um ser humano que sinta que a vida vale a pena ser vivida. Os problemas psíquicos seriam, portanto, resultados de falhas graves nas etapas iniciais do desenvolvimento. 3.0 O Papel do Analista O papel do psicanalista nesse contexto, em que falhas iniciais de grande significado ocorreram na vida do paciente, é o da recriação de um processo inicial da vida, para que o paciente se sinta em um ambiente terapêutico especial e consiga regredir a fases iniciais de dependência, possibilitando que seu desenvolvimento emocional seja, finalmente, completado. Para o terapeuta, é uma situação de muita vulnerabilidade e só se recomenda (segundo Winnicott) que aconteça com psicoterapeutas experientes e já bastante treinados em situações mais comuns de análise. Para se regressar à fase do desenvolvimento inicial do paciente, o terapeuta fica sendo como se fosse a mãe e nele são projetados os mais diversos afetos que têm a ver com essa relação. Entretanto, ele não se comportará como tal, mesmo fazendo parte do processo terapêutico, do ponto de vista do terapeuta, que ele se sinta como várias personagens do mundo do paciente e em várias situações. Usar Winnicott é aceitar algumas ideias básicas da Psicanálise – já que ele era psicanalista – como a existência do inconsciente, a ideia de transferência, entre Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivodo Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 10 outras. Mas, a diferença é que, segundo Winnicott, toda a psicanálise freudiana é baseada na ideia de que o paciente teve um início de vida em que as coisas correram bem o bastante para que, na pior das hipóteses, ele tenha desenvolvido uma neurose clássica – e isso, de acordo com Winnicott, nem sempre é verdade. “A Psicanálise clássica é para pacientes que tiveram um início de vida que os capacitaram a desenvolver o complexo de Édipo. Entretanto, algumas pessoas tiveram, no seu início, condições que dificultaram seu desenvolvimento emocional e necessitariam de outro ambiente. ” O sonho, para Winnicott, não tem um papel especial, relevante, como tem para Freud. A visão de Winnicott em relação às crianças se deve ao fato de ele ter sido pediatra. Durante a Segunda Guerra Mundial, aliás, Winnicott teve grande atuação junto às crianças, pois ele ficou encarregado de acolhê-las fora de Londres – pois havia o temor da cidade ser bombardeada e as pessoas achavam que a as crianças deviam sair dali para poderem preservar o futuro do país. “Ora, justamente quando as crianças foram separadas de seus pais, como é de se supor, mesmo nas melhores condições (o que nem sempre era o caso), essa situação propiciou que aparecessem todos os problemas emocionais – dos quais Winnicott se encarregou. ” 4.0 A fase da Dependência absoluta Do nascimento aos 6 meses, aproximadamente O bebê desconhece que seja um ser único, pois ele acredita que ele e a mãe sejam apenas um. Porém sabemos que o bebê depende destes cuidados da mãe, para que consiga sobreviver. Necessidades do bebê são supridas por meio de três funções maternas (apresentação do objeto, holding, handling) exercidas simultaneamente. Nessa fase da vida, Winnicott (1945/2000) destacou que o Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 11 bebê vive o paradoxo de ter criado o mundo que o cuida e acolhe ao mesmo tempo em que o mundo já estava pronto para ser criado por ele. Para o autor, esse paradoxo não foi feito para ser resolvido e sim respeitado. Por isso, e para evitar este sentimento, é importante que ele perceba que se trata da mesma pessoa. É um processo de integração das duas figuras maternas. Para isso, é fundamental a presença da mãe suficientemente boa. Ela deve sobreviver, prevalecer! Com a desilusão gradual por parte da mãe, o bebê percebe-se aos poucos como alguém separado dela Surgimento da percepção do Eu e do Não-Eu, essa subfase, bem como a subfase de exploração que será posteriormente descrita, é correlata ao período de dependência relativa de Winnicott (1945/2000) momento em que o bebê passa a distinguir a mãe como uma pessoa separada dele tendo, assim, o reconhecimento de sua dependência em relação à figura materna. Nesse momento o bebê já consegue ter comportamentos independentes da mãe, mas ainda oscila entre a dependência e a independência, com frequentes retornos à dependência. O rosto da mãe como espelho – O Narcisismo é proporcionado primeiramente pela mãe – “Minha mãe me vê logo existo’. (Winnicott) Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 12 5.0 Apresentação do Objeto O primeiro objeto apresentado ao bebê pela mãe ou por quem faça este papel é o seio ou a mamadeira. O bebê tem a ilusão de ter “criado” esse objeto para a sua satisfação. É com esta “ilusão” que o bebê tem uma experiência de onipotência. À medida que a mãe vai sempre estando à sua disposição esta ilusão vai sendo reforçada e, ao mesmo tempo, protegendo-o de fontes de angústia que seriam insuportáveis. 6.0 Holding e Handling Se tentarmos levar a tradução ao pé da letra teríamos Holding como segurar, o que nos dá a ideia do contato físico, porém o conceito de holding para Winnicott está além do físico atrelado mais a questões emocionais. Tais como empatia, afeto, carinho e preocupação e que são muitas vezes demonstrados de maneira física. Ao alimentar, limpar, proteger, uma vez que o bebê precisa estar fisicamente seguro e psicologicamente. Este cuidado com o bem-estar físico da criança, são compreendidos dentro do handling, mas o holding ele perdura mais tempo não apenas no início da vida do bebê, se estende ao longa da vida, e em diferentes intensidades. A combinação desses dois fatores reflete em debates permanentes do que é o bom maternar e sua importância para a formação do indivíduo. Portanto, o handling e holding são compostos tanto pelo fator físico, quanto pelo psicológico. Além disso, ambos são cruciais para o desenvolvimento psíquico da criança. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 13 Ao traduzir a palavra Handling, deriva de hand (mão), podemos entender como manejo ou contato com a pelo, contato físico. Faz referência aos cuidados físicos e envolve o manuseio corporal do bebê durante os suportes básicos como: banho, troca e amamentação, por exemplo. 7.0 Dependência Relativa Acontece por volta dos 6 meses aos 2 anos. É relativa porque a criança se conscientiza de sua sujeição (na primeira fase ela não se vê separada, mas fundida à mãe), e tolera melhor as falhas de adaptação e agora, o bebê já percebe a existência de uma realidade, externa, separada dele. Ela também já consegue se antecipar aos acontecimentos e prever as ações de sua mãe. Dificuldades da mãe em olhar para o filho como ser independente e diferente podem tornar o ambiente não suficientemente bom para o amadurecimento. A fase onde muitas vezes a mãe precisa deixar o bebê com outras pessoas, onde tanto mãe, quanto o bebê, demonstram uma reação de estranhamento da situação. O bebê age muitas vezes de maneira ansiosa nesta relação com estranhos, pois está habituado a figura e a presença da mãe. E tem a reação da mãe de ansiedade, muitas vezes em ter deixado o bebê com outro que não é ela, onde muitas vezes vem o sentimento de culpa. 8.0 A mãe suficientemente boa e o Ambiente A mãe quando o bebê nasce ela a todo momento está disponível para o bebê, respondendo imediatamente e isso é importante para que eles se sintam seguros e amados. Mas também dá a sensação ao bebê de que a mãe é uma extensão sua e que é ela quem supre suas necessidades. Quando a mãe mostra ao filho que cada um é uma pessoa, isso gera uma frustração natural na criança. Para Winnicott “ A mãe suficientemente boa” é aquela que frustra o filho ao mostrar Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 14 que ele não terá seus desejos atendidos imediatamente, mas que também mostra que existe um tempo de espera e um limite e que ele não é sua extensão. Fazendo isso coma criança ainda pequena, a mãe está ajudando a se tornar uma pessoa resiliente. O processo de separação-individuação é uma importante conquista do desenvolvimento infantil e está relacionada ao desenvolvimento da própria mãe, já que se tornar mãe envolve passar por um processo de separação-individuação na fase adulta, aspectos que será destacado a seguir. O processo de separação-individuação é uma importante conquista do desenvolvimento infantil e está relacionada ao desenvolvimento da própria mãe, já que se tornar mãe envolve passar por um processo de separação-individuação na fase adulta, aspectos que será destacado a seguir. Para Colarusso (1990), a gestação, tanto para os homens quanto para as mulheres estabelece uma nova dimensão da identidade sexual, já que mostra que o aparato biológico foi capaz de funcionar do modo a que foi projetado. O filho é a extensão dos pais e de certa forma é o “Narcisismo” dos pais, principalmente para a mulher, o que lhe coloca em prontidão psicológica para atender o seu bebê. Interessado pelas relações iniciais mãe-bebê, Winnicott (1956/2000) mostrou a importância da etapa anterior ao nascimento, bem como dos meses seguintes. Nesse período ocorreria um fenômeno especial que o autor chamou de “preocupação materna primária”. Esse conceito é definido como um estado psicológico que permite à mãe dedicar-se aos cuidados de seu bebê, que nesse momento, se encontra em dependência absoluta da figura materna. Para o autor, esse estado poderia ser considerado como uma doença caso não existisse a gravidez, já que se configura como um momento em que a mãe e o bebê se Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 15 confundem. Parecendo simbióticos, e é necessário que a mãe tenha saúde suficiente para entra nesse estado, bem como se recuperar dele à medida que o bebê se torna menos dependente. 9.0 Preocupação materna primária A “preocupação materna primária” se caracteriza como um estado de verdadeira fusão emocional com seu bebê, em que ela é o bebê, e o bebê é ela. É gradualmente dissipada com o estabelecimento da saúde física do bebê e da mãe, após: • Parto não traumático • Amamentação tranquila • Pouca interferência de elementos estressantes • Após algumas semanas de intensa adaptação às necessidades do recém- nascido, este sinaliza que seu amadurecimento já o torna apto a suportar as falhas maternas. 10.0 Mãe insuficientemente boa Mãe não se identifica com as necessidades do filho, não responde aos seus gestos ou é intrusiva e impositiva. Algumas dificuldades em ser uma mãe suficientemente boa: a criança e suas particularidades, as falhas provocam carências na satisfação de necessidades, dificultando o desenrola desenvolvimento do bebê. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 16 Quando a mãe não cumpre rotineiramente a sua função de sustentação do ego, o que surge no bebê é uma angústia impensável. O bebê humano nasce sempre imaturo incapaz de cuidar de si “ O bebê não existe sozinho. ” Onde Winnicott trouxe a frase que traz a importância deste olhar “Olho e sou visto, logo existo”, e se o ambiente não é suficiente, algo pouco ficar destoado. 11.0 Desejo e o Papel do Pai A presença do pai tem valor desde o início da vida. Se ele não é o principal responsável pela edificação das bases da saúde psíquica, contribui de maneira fundamental para que a mãe tenha as condições de dar conta da sua tarefa, dando apoio e sustentação a ela, sendo que, em breve, já na fase final de dependência relativa da criança, torna-se a pessoa importante com a qual ela passa a contar, aquele que, nos bons casos, além de colocar limites às fantasias sexuais infantis, é confiável e, também por isso, é aquele que fornece a moldura ambiental, que estabelece balizas e protege a criança, assim como a mãe. O pai é quem fará o corte na simbiose entre mãe e bebê. 12.0 Culpa depressiva e Reparação É a representação da mãe e a crença em sua existência que devem ser interiorizadas pela criança. A criança passa a perceber que, com sua agressividade, é a essa mãe total e única, que ela pode destruir (angústia depressiva). É daí que advém a culpa, pois a mesma mãe que ataca é a mãe que lhe cuida – ambivalência do objeto total. É por esta angústia e culpa que a criança desenvolve atividades de reparação e restauração, quando sentida Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 17 como danifica ou destruída, sob a forma de presentes e gestos de ternura. Isso só pode ocorrer, se a criança tiver uma mãe suficientemente boa. Com isso, a criança continua em sua evolução psíquica. 13.0 Fase de Desilusão e Objetos Transicionais Na separação da mãe a criança desenvolve atividades como, levar os dedos ou algum objeto à boca, como a ponta de um lençol ou fralda; começa a puxar fiapos de lã e fazer bolotas com que se acaricia; sons bucais diversos, etc. Estas atividades têm algo em comum: elas surgem em momentos em que poderia surgir a angústia (separação da mãe, hora de dormir). Os objetos transicionais localizam-se na zona intermediária entre a mãe e o bebê, favorecendo uma melhor passagem pelo processo de separação, uma vez que este objeto representa o acalento da mãe e faz com que sua ausência seja suportada. É um objeto achado e criado simultaneamente, onde muitas vezes estes objetos já estão malcheirosos, porém o ato de lavar ou substituir pode levar à ruptura da familiaridade e consistência características fundamentais desses objetos. O Objeto transicional ocupa para um lugar que Winnicott chama de ilusão. Ao contrário do seio, que não está disponível constantemente, o objeto transicional é conservado pela criança. Ela é quem decide a distância entre ela e tal objeto. Winnicott aponta algumas características que são comuns aos objetos transicionais: a criança afirma uma série de direitos sobre o objeto; o objeto é afetuosamente ninado e excitadamente amado e mutilado; deve sobreviver ao Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 18 ódio, ao amor, e à agressão. É muito importante que o objeto sobreviva à agressão, possibilitando a criança neutraliza-la, dando-lhe, posteriormente, um fim construtivo, ao notar que esta não destrói os objetos. 13.1 Verdadeiro e Falso Self No “Verdadeiro Self”, os aspectos espontâneos, autêntico, criativos e não submissos são característicos. A “Mãe Boa”, responde a onipotência do bebê e, de certo modo, dá-lhe sentido. O self verdadeiro começa a adquirir vida, através da força da mãe, em sua capacidade de suprir as necessidades da criança. Já no Falso Self a principal reação do bebê às falhas do ambiente. Bebê renuncia à esperança de ver suas necessidades satisfeitas e vai adaptando-seaos cuidados que não lhe convêm. Passa a adotar um modo de ser falso e artificial. Com isso, o indivíduo experimenta sentimentos de irrealidade e vacuidade a respeito de si mesmo, dos outros e da vida, e pode se comportar como um ser que se, não se adapta, mas se funde ao ambiente passando a reagir especularmente (como espelho, reflexo). Aspectos submissos da personalidade para agradar o outro, por mais acolhedor que um ambiente possa ser, é impossível não se frustrar com algo e a criação do Falso Self vem como defesa. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 19 A diferença entre os dois é, em um ambiente totalmente negligente, elimina praticamente por completo a presença do Verdadeiro Self e a pessoa passa a se questionar, sobre sua vida e começa a ver a vida sem cor, como se já não tivesse sentido, pois já não consegue se reconhecer no Verdadeiro Self, pois pode estar consumida no Falso Self. 14.0 O Feminino para Winnicott Portanto, a mulher é compreendida por Winnicott não como um ser castrado, mas tendo seu próprio perfil, pela identidade de gênero, mediante a identificação com a mãe-materna ou com a mãe-fêmea, ou com ambas, é claro. Será bastante útil à menina se o elemento fêmea da mãe estiver disponível para identificação. O psicanalista inglês reivindica é que a mãe se dedique ativamente ao seu bebê, porém, não há nenhum indício de que a mãe winnicottiana deva abandonar os outros setores de sua vida, constrangendo-os sob o funil da maternidade. Considerando-se que é nesse período inicial que estão sendo constituídas as bases da saúde psíquica, evitando-se graves psicopatologias, é importante possibilitar à mãe a estreita experiência da relação com seu bebê. A sociedade civil reconhece esse papel da mãe ao conceder, pela Constituição, a licença maternidade. 15.0. Privação e Delinquência A experiência de privação estaria fortemente ligada às tendências antissociais. A criança reconhece que lhe falta algo e passa a dirigir agressividade à mãe. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 20 Mais tarde comportamentos como roubos e desconfiança podem surgir com a intenção inconsciente de recuperar o que lhe foi tomado. “A conduta antissocial é um grito de desespero para o sujeito que reivindica do social aquilo que lhe foi prometido” (Winnicott, em Privação e Delinquência) A experiência de privação estaria fortemente ligada às tendências antissociais. A criança reconhece que lhe falta algo e passa a dirigir agressividade à mãe. Mais tarde comportamentos como roubos e desconfiança podem surgir com a intenção inconsciente de recuperar o que lhe foi tomado. “A conduta antissocial é um grito de desespero para o sujeito que reivindica do social aquilo que lhe foi prometido” (Winnicott) em Privação e Delinquência) Para Winnicott o inconsciente consiste também do não-acontecido (mas que precisava acontecer) e do desacontecido (mas que precisava continuar sendo), algo que pode escapar à recordação ou à elaboração simbólica. 16.0 O Trauma para Winnicott Para Winnicott, não podemos pensar o trauma sem considerar que a provisão ambiental, que era necessária, efetivamente falhou no passado. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 21 Traumas iniciais e decisivos resultam de um padrão de intrusões reais que interrompem a linha do ser, a continuidade do amadurecimento e, portanto, a sua constituição como pessoa inteira, isto é, impede a realização da tendência à integração. Conseguimos observar isto nos filmes “Perfume” e também no filme do cinema nacional “O contador de histórias”. 17.0 Clínica de Winnicott Winnicott se utiliza dos jogos dos Rabiscos, para obter um progresso no tratamento psicanalítico e também a criação de um Elo com a criança. Onde após a criação da imagem conseguem ter um diálogo sobre tudo que foi criado através do desenho. Ele tinha uma verdadeira paixão pela infância, como mostra o relatório do tratamento da “pequena Piggle”, publicado depois da sua morte. A menina tinha dois anos quando foi paciente de Winnicott. Ele a viu durante três anos, a pedido, e fez com ela dezesseis sessões memoráveis. Sua técnica psicanalítica sempre esteve em contradição com os padrões da IPA (Internacional Psychoanalytical Association). Winnicott não respeitava nem a neutralidade nem a duração das sessões, e não hesitava em manter relações de amizade calorosa com seus pacientes, reencontrando sempre a criança neles e em si mesmo. Via na transferência uma réplica do laço materno. Assim, oferecia a seus analisandos um “ambiente” especial. Às vezes, tomava-os nos braços e prolongava a sessão durante três horas. Dedicou a sua última obra, O brincar e a realidade, aos seus pacientes, que “pagaram para me ensinar”. Morreu subitamente de problemas cardíacos em 1971. Ele dizia: “Quero estar vivo na hora da minha morte” – e seu desejo, Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 22 de fato, se realizou, pois, embora padecesse de problemas cardíacos há várias décadas, a morte o surpreendeu enquanto ele exercia todas as suas atividades rotineiras. 18.0 Desenho – O Jogo dos Rabiscos O jogo é explicado da seguinte maneira: “Cada um de nós terá um pedaço de papel e um lápis. Eu desenharei um rabisco e você fará o desenho que quiser, a partir desse rabisco; depois você criará uma história sobre seu desenho, e eu farei algumas perguntas sobre ele (seu desenho e a história). Em seguida, você desenhará um rabisco, e eu farei um desenho a partir dele, contarei uma história, e você poderá me fazer perguntas a respeito dele”. Dessa forma, o jogo envolve criar um desenho a partir de um rabisco, contar uma história, questionar e ser questionado, de forma alternada. Um rabisco é qualquer variação de uma linha reta, curva, ondulante ou em ziguezague. A habilidade de desenhar não é importante, e há interação recíproca e compartilhamento do material temático. Após ou durante a explicação inicial, o terapeuta e a criança sentam-se lado a lado em uma mesa ou carteira. O terapeuta providencia para a criança e para si mesmo papel e lápis para desenhar. Ele também providencia papel para suas anotações. O terapeuta inicia o jogo desenhando o primeiro rabisco, a partir do qual espera que a criança se baseie. É desejável que a criança desenvolva a primeira história, pois, dessa forma, o terapeuta encontra-se mais apto a decidir a respeito do tema que usará na sua própria vez. Se a criança não compreender os procedimentos, a ordem pode ser revertida, e a criança desenha o primeiro rabisco. Uma vez iniciado, o jogo continua enquanto houver uma interação produtiva e divertida. Os exemplos que seguem ilustram as respostas das crianças durante o jogo.Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil Material de uso exclusivo do Curso Psicanalista de Sucesso - Proibido a reprodução total ou parcial. Fones (11)97874-5008 Whatsapp https://beacons.ai/onphbrasil email: onphbrasil.oficial@gmail.com 23 19. Referência Bibliográfica FULGENCIO, Leopoldo “Por que Winnicott? Zagodoni. BARROS, E.M. da Rocha. Melanie Klein “Evoluções”. São Paulo: Escuta,1989. WINNICOTT, Donald W. (1964-1968). O jogo de rabisco. Em: WINNICOTT, Donald W. (1994). Explorações psicanalíticas. Porto Alegre, Artes Médicas Sul. WINNICOTT, Donald W. (1975). O Brincar e a Realidade. Licenciado para - O nph B rasil - 42491020000152 - P rotegido por E duzz.com https://beacons.ai/onphbrasil