RESPOSTAS TIAGO

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APPS – ATIVIDADE DE PRÁTICA 
PROFISSIONAL SIMULADA 
TEMÁTICA: Planejamento Tributário 
NOME: TIAGO SCHELBAUER 
RA: 09021077 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Etapa 1 – Questões preliminares 
Responda as questões indicadas abaixo. Suas respostas serão a base para as 
etapas posteriores da atividade, tendo em vista que Você é o contador responsável 
pelo planejamento tributário da empresa. Ademais, com base nesse planejamento, 
você vai assessorar os sócios Marina e Jorge quanto à definição do regime tributário 
mais adequado para a Estagiária Construções Civis e Obras de Infraestrutura Ltda. 
 
1. A empresa pode optar pelo regime simplificado de tributação Simples 
Nacional? Fundamente sua resposta com base na Lei Complementar 
123/2006. 
Sim. Podem optar pelo Simples Nacional as microempresas (ME) e empresas de 
pequeno porte (EPP) que não incorram em nenhuma das vedações previstas no 
art. 3º, parágrafo 4º, e art. 17 da Lei Complementar 123/06. 
 
2. Caso a resposta seja positiva, indique como a empresa se enquadra no 
Simples Nacional com base nos critérios a) faturamento e b) atividade 
econômica. Consulte as legislações do Quadro 1. 
 
 
a) 
Nos termos do art. 3º da Lei Complementar 123/06, consideram-se empresas de 
pequeno porte, a sociedade empresária que aufira, em cada ano-calendário, receita 
bruta superior a R$ 360.000,00 e igual a R$ 4.800,00 (redação dada pela lei 
complementar 155/16). 
Conforme Demonstração de Resultado do Exercício para o ano de 2018 a 
receita bruta anualizada da empresa foi de R$ 4.624.034,02, sendo assim, dentro do 
limite estabelecido em lei, podendo ser enquadrada por este critério no Simples 
Federal. 
 
 
 
 
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b) Segundo art. 18 § 5º-C, I, da lei complementar 123/06, dispõe que construção de 
imóveis e obras de engenharia em geral, poderão ser tributadas pelo Simples 
Nacional. pelo No caso da Estagiária, sua atividade econômica é a de construção de 
rodovias e ferrovias (CNAE 42.11-1-01), se enquadrando também por este requisito 
no regime do Simples Nacional. 
3. Qual a base de cálculo para a apuração do Simples Nacional? 
Fundamente sua resposta com base na Lei Complementar 123/2006 e 
155/2016 
Conforme a Lei Complementar 123/2006, a base de cálculo do Simples Nacional é 
a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração. 
 
4. No que diz respeito à apuração do Simples Nacional, quais as mudanças 
introduzidas pela Lei Complementar 155/2016? 
A Lei Complementar 155/2016 alterou a estrutura dos anexos para à apuração do 
Simples Nacional. Tínhamos 06 anexos com 20 faixas de faturamento, com 
alíquotas progressivas para cada atividade. Com a nova Lei, ficamos com 05 
Anexos e 06 faixas de faturamento e incorporação de parcelas a deduzir em cada 
faixa, dentro de cada Anexo. Conforme o parágrafo primeiro do art. 18, para efeito 
de determinação da alíquota nominal, o sujeito passivo utilizará a receita bruta 
acumulada nos doze meses anteriores do período de apuração. 
 A alíquota efetiva será o resultado da seguinte fórmula: RBT12xAliq-PD / RBT12 
 
 
5. Indique as bases de cálculo de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL estimadas 
para a Estagiária no Lucro Presumido. Fundamente sua resposta com 
base na legislação vigente. 
COFINS: Segundo o art. 1º, parágrafo 2º da Lei 10833/2003, a base de cálculo da 
Cofins é o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica. 
 
 
 
 
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PIS: Segundo o art. 1º, parágrafo 2º da Lei 10637/2002, a base de cálculo do PIS 
é o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica. 
IRPJ: Segundo art. 33, parágrafo 1º , II, da Instrução Normativa da Receita Federal 
do Brasil no 1700, a base de cálculo do IRPJ, em cada mês, será determinada 
mediante a aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta 
auferida na atividade, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos 
descontos incondicionais concedidos. 
CSLL: Segundo o art. 20, III, da Lei 9.249/1995, a base de cálculo da Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devida pela empresa, corresponderá a 12% 
aplicado sobre a receita bruta. 
 
6. Indique as alíquotas de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL estimadas para a 
Estagiária no Lucro Presumido. Fundamente sua resposta com base na 
legislação vigente. 
As alíquotas de PIS/PASEP e COFINS, são de 0,65% e 3% respectivamente. 
IRPJ: Segundo o Decreto 9.580/2018, sobre a base de cálculo, será aplicada 
alíquota de 15%. A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder 
a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional do imposto 
sobre a renda à alíquota de dez por cento. 
CSLL: Segundo art. 3º, III, da Lei 7.689/1988, sobre a base de cálculo será aplicada 
uma alíquota de 9%. 
 
 
7. Por que a Estagiária não sofre incidência de ICMS? 
O ICMS não abrange a atividade econômica desenvolvida pela empresa, quais 
hipóteses de incidência são: 1) a circulação de mercadorias; 2) a prestação de 
serviços de transporte (interestadual e intermunicipal); 3) prestação de serviços de 
comunicação. Desta forma a atividade econômica desenvolvida pela empresa, não 
se enquadra na hipótese de incidência do ICMS. 
 
 
 
 
 
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8. Aponte as bases de cálculo de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL estimadas para 
a Estagiária no Lucro Real. Fundamente sua resposta com base na 
legislação vigente. 
COFINS: Incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, 
independentemente de sua denominação ou classificação contábil. 
PIS: Incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, 
independentemente de sua denominação ou classificação contábil. 
IRPJ/CSLL: Lucro líquido do período, ajustado pelas adições, exclusões ou 
compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do IRPJ e CSLL. 
 
 
 
9. Aponte as alíquotas de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL estimadas para a 
Estagiária no Lucro Real. Fundamente sua resposta com base na 
legislação vigente. 
O artigo 55 da Lei 12.973/14, excluiu do regime não cumulativo de Pis e Cofins as 
receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada 
e de obras de construção civil. Desta forma a alíquota do PIS é de 0,65% e da 
COFINS 3% sobre o faturamento. Porém, a regra geral é o regime não cumulativo 
com alíquota da COFINS de 7,6% e PIS 1,65%. 
A empresa deverá pagar uma alíquota de 15% de IRPJ, mais o adicional de 10% e 
CSLL de 9% sobre o lucro do período, ajustado pelas adições, exclusões ou 
compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do IRPJ e CSLL. 
 
 
 
 
10. Considerando um eventual enquadramento no Lucro Real, a Estagiária 
estaria sujeita ao adicional de Imposto de Renda previsto no § 1º, do art. 
3º da Lei 9.249/1995? 
 
 
 
 
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Sim. 
 
11. Quais créditos tributários de PIS e COFINS podem ser aproveitados pela 
Estagiária? Consulte as legislações pertinentes a tais tributos. 
Podem ser aproveitados os créditos referentes consumo de energia elétrica, bem 
como insumos considerados essenciais e relevantes e integral a prestação de 
serviços. 
 
12. Como proceder caso ocorra prejuízo em um período (trimestre), com base 
no Lucro Real? E se o prejuízo acontecer em uma empresa enquadrada 
no Lucro Presumido ou Simples Nacional? 
O prejuízo fiscal apurado em um determinado trimestre do ano-calendário poderá 
ser compensado nos períodos de apuração trimestral subsequentes, desde que 
observado o limite máximo de 30% do lucro real. 
Não existem prejuízos fiscais no Lucro Presumido, pois é calculado com base em 
um percentual da receita bruta da empresa, acrescido de outras receitas e de 
ganhos de capital, sem levar em consideração os custos e despesas incorridos. 
Também não existe prejuízo fiscal no Simples Nacional, porém, caso exista prejuízo 
fiscal de períodos em que a empresa possa ter sido incluída no Lucro Real,este 
prejuízo poderá ser compensado posteriormente, caso a empresa volte a estar 
enquadrada no regime de Lucro Real. 
 
 
Etapa 2 – Planejamento tributário e análise 
Após a execução da Etapa 1, pede-se para o exercício de 2019: 
 
 Esta etapa exige a construção das Demonstrações Contábeis. Sendo 
assim, recomenda-se que estas sejam construídas em uma Planilha de 
Excel, as quais devem ser anexadas a este arquivo no envio da atividade. 
 Lembre-se: consulte todos os anexos da atividade e as legislações 
básicas introduzidas no Quadro 1. 
 
 
 
 
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13. Apure o total de tributos a serem pagos pela Estagiária, conforme o 
Simples Nacional. Desconsidere as mudanças introduzidas pela Lei 
Complementar nº 155/2016. Considere as despesas tributárias com INSS 
(vide Anexo 4) e as demais despesas tributárias que constam na DRE de 
2018. Elabore a DRE anualizada e um demonstrativo que discrimine o 
valor de cada tributo a ser pago nessa opção, como também o valor total. 
 
14. Apure o total de tributos a serem pagos pela Estagiária, conforme o 
Simples Nacional. Considere as despesas tributárias com INSS (vide 
Anexo 4) e as demais despesas tributárias que constam na DRE de 2018. 
Elabore a DRE anualizada e um demonstrativo que discrimine o valor de 
cada tributo a ser pago nessa opção, como também o valor total. 
 
15. Calcule o total de tributos a serem pagos pela Estagiária, conforme o 
Lucro Presumido (trimestral). Considere as despesas tributárias com 
INSS (vide Anexo ) e as demais despesas tributárias que constam na DRE 
de 2018. Elabore a DRE anualizada e um demonstrativo que discrimine o 
valor de cada tributo a ser pago nessa opção, como também o valor total. 
 
16. Calcule o total de tributos a serem pagos pela Estagiária, conforme o 
Lucro Real (trimestral), inclusive com a compensação de eventuais 
créditos de PIS e COFINS. Considere as despesas tributárias com INSS 
(vide Anexo X) e as demais despesas tributárias que constam na DRE de 
2018. Elabore a DRE anualizada e um demonstrativo que discrimine o 
valor de cada tributo a ser pago nessa opção, como também o valor total. 
 
17. Elabore um comparativo entre as apurações e cálculos realizados nas 
questões 14, 15 e 16. Além dos valores dos tributos – individualizados por 
tributo e totalizados – inclua no comparativo ao menos os seguintes 
indicadores (anualizados): 
a) Receita Bruta X Receita Líquida; 
 
 
 
 
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b) Lucro Bruto (por regime tributário); 
c) Lucro Líquido (resultado do exercício); 
d) Margem Operacional [(Resultado Operacional / Receita Líquida) * 100]; 
e) Margem Líquida [(Resultado Líquido / Receita Líquida) * 100]; 
f) Percentual de tributos em relação à Receita Líquida; 
g) Percentual de tributos em relação ao Resultado operacional; 
h) Percentual de tributos em relação ao Resultado Líquido. 
 
18. Construa um planejamento tributário para o ano de 2019, considerando 
principalmente as respostas das questões 14, 15, 16 e 17. Considere 
também que a empresa projeta o mesmo nível de receita, custos e 
despesas de 2018 para 2019, tendo em vista a estabilidade dos contratos 
de licitação em execução. Ademais, a empresa opera desde o segundo 
semestre de 2018 em capacidade máxima, e não planeja aumento da 
capacidade produtiva antes de 2020, ou seja, tal situação implica na 
impossibilidade de crescimento de receita. Ao final recomende a melhor 
opção tributária para a Estagiária e justifique tal parecer. 
 
PARECER – MELHOR OPÇÃO TRIBUTÁRIA. 
 
Como tais efeitos podem ser mitigados, em muitos casos, com a opção pelo lucro 
real, a comparação entre lucro real, presumido ou mesmo pelo Simples Nacional, 
exige algumas considerações, sobretudo qual percentual de custos/despesas sobre o 
faturamento é exigido para decidir a opção entre um ou outro regime. 
Sobre a carga tributária mínima no caso de lucro real e sistema de não-
cumulatividade, se a empresa tem condições de absorver integralmente o crédito de 
PIS/COFINS, então a carga fiscal relativa a ambas as contribuições, nesse caso, é 
igual a zero, mesmo estando na não-cumulatividade, se não consegue absorver todo 
o crédito de PIS/COFINS, então sua carga tributária será, nesse caso, máxima. Desta 
forma, é possível entrever que o fato de adotar a não-cumulatividade não autoriza, por 
si, concluir que todo o crédito resultante dessas contribuições será compensável. 
Também, entre a carga mínima e máxima há uma variável que dependerá da situação 
 
 
 
 
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concreta de cada empresa analisada, decorrente principalmente da possibilidade de 
descontar, em maior ou menor grau, créditos de PIS/COFINS. 
Empresas que possuem um valor alto de despesas, podem ter mais vantagens 
ao optar pelo Lucro Real, enquanto aquelas com margens maiores devem optar pelo 
lucro presumido. 
 
Desta maneira, no caso concreto da Estagiária, que possui margens elevadas, e 
que não possui um percentual de custos/despesas considerável sobre suas receitas, 
o regime mais adequado seria o regime do Lucro Presumido, conforme 
demonstrações contábeis e comparativos em anexo.