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Esquistossomose aspectos da doença e como afeta os indivíduos que a portam

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Esquistossomose: aspectos da doença e como afeta os indivíduos que a
portam.
Bruna Paula Nóe
Gabriele Kamphorst
Josiéli Ísis Moraski
Maikeli Cescon Zorzi
Universidade do Oeste de Santa Catarina.
INTRODUÇÃO
 Conhecida popularmente como “barriga d’água”, a esquistossomose é uma doença
infecciosa oriunda de água contaminada pelo parasita schistosomamansoni, um
platelminto trematódeo, comum em regiões da África e América do Sul. Sendo uma
doença de tratamento fácil, mas se não tratada logo e de maneira assertiva, pode
levar a morte do indivíduo infectado.
 No Brasil a doença chegou através dos escravos africanos. Com o passar dos anos,
práticas de higiene e medidas sanitárias diminuíram a contaminação com o parasita.
AGENTE ETIOLÓGICO E CICLO DE VIDA
 Como de costume o parasita schistosomamansoni necessita de um vetor para
proliferar a doença. No caso, ele utiliza o caramujo Biomphalariacomo hospedeiro
intermediário antes de infectar o ser humano. Esse tipo de caramujo está presente
em lagos, rios, e até em caixas d’água que não são higienizadas.
 O contato com o homem vem através dessas águas contaminadas, o parasita faz a
penetração na pele, geralmente nos membros inferiores. O ciclo deste parasita
começa quando um ser humano infectado elimina fezes contendo ovos. Na água, os
ovos eclodem e liberam miracídios (larvas ciliadas, que facilitam a fixação no
caramujo),que vão em busca de um hospedeiro intermediário, o caramujo. Dentro
dos caramujos esses miracídios evoluem para cercarias, que saem do caramujo e
nadam livremente na água até encontrar a pele do ser humano e penetrarem. Pela
corrente sanguínea migram para o fígado e intestino, se tornando vermes adultos
que vivem em constante acasalamento, e consequentemente liberando ovos no
intestino humano, que vão para as fezes e começam o ciclo novamente.
 Os vermes machos adultos medem aproximadamente 10 mm (milímetros) de
comprimento e as fêmeas adultas cerca de 14 mm de comprimento. A fêmea fica
envolta ao redor do macho facilitando o acasalamento, como na imagem a baixo:
Figura 1- Vermes adultos
Fonte:PNGWING
 Imagem explicativa do ciclo: ovos- miracídios- caramujo- cercaria- ser humano-
verme adulto- intestino.
Figura 2- Ciclo de vida
 
Fonte: Canal.cecierj.edu.br
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
A Esquistossomose é considerada um problema grave de saúde pública em todo o
território brasileiro. Por ser um país em desenvolvimento, ainda é possível encontrar
regiões com falta de saneamento básico, principalmente no Nordeste e Sudeste do
país, sendo o ambiente ideal para transmissão do Schistosoma mansoni.
A Esquistossomose é uma das principais doenças veiculadas pela água e a falta de
saneamento básico. Segundo a OMS, a Esquistossomose afeta 200 milhões de
pessoas e representa uma ameaça para mais de 600 milhões de pessoas que
vivem em áreas de risco.
Assim, em um inquérito realizado pelo Ministério da Saúde nos ano de 1981,
constatou-se uma prevalência de 7,26% no território nacional, entretanto, o estado
de Minas Gerais teve uma prevalência de 10,10% da doença.
A partir do ano de 1995, o Brasil iniciou um programa de controle da
Esquistossomose (PCE), ainda assim, no ano de 1997, o nordeste brasileiro obteve
um aumento de casos positivos, em contrapartida, o estado de Minas Gerais obteve
um bom resultado com a diminuição de casos da doença.
Em um último estudo feito pela FioCruz, entre os anos de 2010 e 2015 a incidência
média brasileira foi de 1,79%. A região nordeste apresentou um alto índice de casos
positivos, com destaque para o estado de Sergipe que apresentou 8,19% de casos
positivos.
ASPECTOS CLÍNICOS
A Esquistossomose pode se apresentar em duas fases: a fase aguda, onde pode ter
ou não sintomas, e a fase crônica.
Na fase aguda, a maioria dos portadores é assintomática e só sendo diagnosticado
através de exames laboratoriais de rotina. Porém, quando sintomático os indivíduos
costumam apresentar coceira e vermelhidão no local onde a cercaria penetrou,
conhecido como dermatite cercariana. Ainda na fase aguda, o indivíduo pode
apresentar um quadro chamado febre de Katayama, apresentando sintomas como
linfodenopatia, mal-estar, febre, dor de cabeça, dores musculares, fraqueza, entre
outros sintomas.
A fase crônica pode ser subdividida em três formas: a intestinal, hepatointestinal e
hepatoesplênica.
● Na fase intestinal o paciente pode apresentar graves episódios de diarreia,
até mesmo com sangue, além de tonturas, sensação de plenitude gástrica,
palpitações e perda de apetite.
● Na fase hepatointestinal, pode-se notar o aumento do volume do fígado, além
de sintomas digestivos como: sensação de plenitude, flatulência e dor
epigástrica.
● Na fase hepatoesplênica, além do fígado, o baço também apresenta aumento
de volume, ambos com lesões. Nesta fase, ocorre aumento da barriga devido
à presença de líquido, a conhecida barriga d’água. Além disso, pode haver a
hepatoeslênicacompensada e a descompensada. A descompensada é a
forma mais grave da doença que pode resultar na morte do indivíduo.
A esquistossomose pode causar também outras complicações como a forma
vasculopulmonar, hipertensão pulmonar, glomerulopatia(acometimento da função
dos rins) e a forma neurológica (lesões no sistema nervoso).
CONTROLE E PREVENÇÃO
Como forma de controlar a esquistossomose, foi usado o método de Kato-Katz que
permite a visualização dos ovos da Schistosoma mansoni, e também com a troca do
Oxaminiquim para Praziquantel. No qual os indivíduos foram tratados com o
Praziquantel, o que acabou ocasionando em uma redução dos casos graves dessa
doença e juntamente com isso, houve uma diminuição das cargas parasitárias
médias e altas.
Contudo, é relevante e importante destacar as estratégias empregadas para a
possível eliminação da esquistossomose: foram feitas campanhas de divulgação de
campanhas pelos sistemas de saúde, também campanhas ressaltando a
importância da educação, higiene e saneamento básico, água potável e combate
aos criadouros de moluscos.Também diminuir o contato com água doce que
contenha as larvas infectantes, esse contato pode ser diminuído através do
fornecimento de água potável.
Quando entrar em contato com água doce, o correto é utilizar botas e luvas de
borrachas, juntamente com roupas adequadas e para os locais infestados por
caramujos, o ideal seria fazer uma drenagem e aterramentos para acabar com
águas paradas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A esquistossomose mansônica é uma doença adquirida através do contato do ser
humano com água contaminada, através da falta de saneamento básico assim as
fezes atingem o ambiente aquático, em contato com a água o ovo libera o miracídio
que vai infectar o caramujo (hospedeiro intermediário), ele vai liberar a cercária que
adentra na pele do ser humano o infectando. Seu diagnóstico é através de exames
laboratoriais e outros métodos. O tratamento varia dependendo da fase que se
encontra a infecção.
Formas para o controle da contaminação seriam: controlar o hospedeiro
intermediário e implementação de saneamento básico nas áreas mais remotas para
que não haja mais contaminação das águas, assim diminuindo as pessoas
infectadas.
REFERÊNCIAS
1. Esquistossomose. Saúde Campinas. Disponível
em:https://saude.campinas.sp.gov.br/doencas/esquistossomose/esquistosso
mose_inf_gerais.htm. Acesso em: 17 de ago.de 2023.
2. Schistosoma mansoni: fisiopatologia e tratamento | Colunistas. Sanar.
Disponível
em:https://www.sanarmed.com/schistosoma-mansoni-fisiopatologia-e-tratame
nto-colunistas. Acesso em: 17 de ago.de 2023.
3. Esquistossomose (Barriga d’água): ciclo, sintomas, tratamento, transmissão e
muito mais sobre o Schistosoma mansoni. IBAP. Disponível
em:https://ibapcursos.com.br/esquistossomose-schistosoma-mansoni-barriga
-dagua-ciclo-sintomas-tratamento-transmissao/. Acesso em :17 de ago.de
2023.
4. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Vigilância daesquistossomose
mansoni: diretrizes técnicas. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
5.
FURTADO, Daniel Pimenta. Controle e tratamento da esquistossomose
no Brasil: estudo de caso: praziquantel. 2018. 40 f. Trabalho de Conclusão
de Curso (Graduação em Engenharia Química) - Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia, 2018.
6. Esquistossomose. Disponível em:
<https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/e/esquistossomose
>. Acesso em: 13 ago. 2023.
7. Quais as medidas preventivas para controle da esquistossomose?
Disponível em:
<https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-as-medidas-preventivas-para-controle-da-e
squistossomose/>. Acesso em: 12 ago. 2023.
8. DOS SANTOS, V. S. Esquistossomose. Disponível em:
<https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/esquistossomose.htm>. Acesso
em: 12 ago. 2023.
9. Esquistossomose: uma endemia de importância no Brasil. Disponível
em:
<https://www.rbac.org.br/artigos/esquistossomose-uma-endemia-de-importan
cia-no-brasil/>. Acesso em: 12 ago. 2023.
https://saude.campinas.sp.gov.br/doencas/esquistossomose/esquistossomose_inf_gerais.htm
https://saude.campinas.sp.gov.br/doencas/esquistossomose/esquistossomose_inf_gerais.htm
https://www.sanarmed.com/schistosoma-mansoni-fisiopatologia-e-tratamento-colunistas
https://www.sanarmed.com/schistosoma-mansoni-fisiopatologia-e-tratamento-colunistas
https://ibapcursos.com.br/esquistossomose-schistosoma-mansoni-barriga-dagua-ciclo-sintomas-tratamento-transmissao/
https://ibapcursos.com.br/esquistossomose-schistosoma-mansoni-barriga-dagua-ciclo-sintomas-tratamento-transmissao/

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