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FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS Fisiopatologia nas Disfunções Cardiológicas e Angiológicas Pedro Octavio Barbanera Mateus Dias Antunes Pedro Octavio Barbanera Mateus Dias Antunes GRUPO SER EDUCACIONAL gente criando o futuro O sistema cardiovascular apresenta características peculiares que intrigam pesqui- sadores e pro� ssionais atuantes principalmente na área da saúde. Tendo em vista essa magnitude e o fato de saber que esse sistema não tem comunicação com o meio externo, ou seja, que se trata de um sistema fechado e constituído por tubos (vasos), além de uma poderosa bomba que é capaz de impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular (sangue), é de suma importância saber que ele se destaca pela capacidade de nutrir e carregar o oxigênio para as células do organismo, sendo fundamental conhecer suas partes, como o coração, artérias e veias, e a intera- ção delas entre si. Assim, convido à leitura desta obra para aperfeiçoar e compreender a interação dos componentes do sistema cardiovascular entre si e a importância dele para o corpo humano. SER_FISIO_FISDCA_CAPA.indd 1,3 12/05/2021 10:46:38 © Ser Educacional 2021 Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro Recife-PE – CEP 50100-160 *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Imagens de ícones/capa: © Shutterstock Presidente do Conselho de Administração Diretor-presidente Diretoria Executiva de Ensino Diretoria Executiva de Serviços Corporativos Diretoria de Ensino a Distância Autoria Projeto Gráfico e Capa Janguiê Diniz Jânyo Diniz Adriano Azevedo Joaldo Diniz Enzo Moreira Pedro Octavio Barbanera Mateus Dias Antunes DP Content DADOS DO FORNECEDOR Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão. SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 2 13/05/2021 10:43:00 Boxes ASSISTA Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple- mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. CITANDO Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado. CONTEXTUALIZANDO Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstra-se a situação histórica do assunto. CURIOSIDADE Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado. DICA Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. EXEMPLIFICANDO Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto. EXPLICANDO Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada. SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 3 13/05/2021 10:43:00 Unidade 1 - Anatomia e fisiologia do sistema cardiovascular Objetivos da unidade ........................................................................................................... 13 Anatomia do sistema cardiovascular ............................................................................... 14 Sangue .............................................................................................................................. 15 Circulação pulmonar e sistêmica ................................................................................. 17 Coração ............................................................................................................................. 19 Vascularização ................................................................................................................. 25 Vasos sanguíneos ............................................................................................................ 25 Sistema arterial ................................................................................................................ 26 Sistema venoso ................................................................................................................ 27 Fisiologia do sistema cardiovascular .............................................................................. 28 Fisiologia do órgão coração .......................................................................................... 29 Sistema de condução elétrica do coração ................................................................. 31 Fases do ciclo cardíaco ................................................................................................. 32 Fatores relevantes do eletrocardiograma ................................................................... 35 Sintetizando ........................................................................................................................... 38 Referências bibliográficas ................................................................................................. 39 Sumário SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 4 13/05/2021 10:43:00 Sumário Unidade 2 - A fisiopatologia do coração e a dor Objetivos da unidade ........................................................................................................... 41 Angina instável ..................................................................................................................... 42 Síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis ........................................................... 42 Conceitos sobre angina .................................................................................................. 44 Parâmetros bioquímicos ................................................................................................ 47 Tratamentos de pacientes com SIMI ........................................................................... 50 Dor torácica ........................................................................................................................... 54 Doenças arteriais coronarianas .................................................................................. 55 Abordando o paciente .................................................................................................... 57 Classificação clínica ....................................................................................................... 59 Isquemia silenciosa ........................................................................................................ 60 Cardiomiopatia isquêmica ............................................................................................. 61 Sintetizando ........................................................................................................................... 64 Referências bibliográficas ................................................................................................. 65 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 5 13/05/2021 10:43:00 Sumário Unidade 3 - Doenças vasculares Objetivos da unidade ........................................................................................................... 67 Doenças arteriais agudas e crônicas .............................................................................. 68 Aneurisma ......................................................................................................................... 68 Doença arterial periférica .............................................................................................. 73 Doenças venosas agudas e crônicas ............................................................................... 77 Varizes de membros inferiores ...................................................................................... 78 Trombose venosa profunda ...........................................................................................82 Outras doenças vasculares ................................................................................................ 87 Úlceras por pressão ........................................................................................................ 87 Linfedema ......................................................................................................................... 90 Erisipela ............................................................................................................................. 91 Doença vascular diabética ............................................................................................ 93 Sintetizando ........................................................................................................................... 95 Referências bibliográficas ................................................................................................. 96 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 6 13/05/2021 10:43:00 Sumário Unidade 4 - Doenças cardíacas Objetivos da unidade ........................................................................................................... 99 Doenças cardíacas ............................................................................................................ 100 Infarto agudo do miocárdio ......................................................................................... 100 Miocardites .................................................................................................................... 103 Insuficiência cardíaca congestiva ............................................................................. 105 Cardiopatias congênitas acianogênicas ................................................................... 107 Cardiopatias congênitas cianogênicas ..................................................................... 108 Cardiopatias reumáticas .............................................................................................. 109 Cirurgia cardíaca ........................................................................................................... 111 Cirurgia torácica não cardíaca ................................................................................... 113 Transplante cardíaco .................................................................................................... 114 Sintetizando ......................................................................................................................... 123 Referências bibliográficas ............................................................................................... 124 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 7 13/05/2021 10:43:00 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 8 13/05/2021 10:43:00 O sistema cardiovascular apresenta características peculiares que intrigam pesquisadores e profi ssionais atuantes principalmente na área da saúde. Ten- do em vista essa magnitude e o fato de saber que esse sistema não tem co- municação com o meio externo, ou seja, que se trata de um sistema fechado e constituído por tubos (vasos), além de uma poderosa bomba que é capaz de impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular (sangue), é de suma importância saber que ele se destaca pela capacidade de nutrir e carregar o oxigênio para as células do organismo, sendo fundamental conhecer suas partes, como o coração, artérias e veias, e a interação delas en- tre si. Assim, convido à leitura desta obra para aperfeiçoar e compreender a interação dos componentes do sistema cardiovascular entre si e a importância dele para o corpo humano. FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 9 Apresentação SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 9 13/05/2021 10:43:00 Este trabalho, dedico aos meus apoiadores que, de forma incondicional, ajudaram-me a manter o foco e a perseverança para a elaboração dessa obra. O professor Pedro Octavio Barbanera tem premiações internacionais e nacio- nais tanto no âmbito acadêmico quanto em docência. É doutor em Fisiopatolo- gia em Clínica Médica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho — UNESP (2018), possui mestrado em Fisiopatologia em Clínica Médica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho — UNESP (2014). Com MBA em Gestão de Projetos pela Uni- versidade Anhanguera (2020), é especia- lista em Business intelligence, big data e analytics – ciência de dados pela Univer- sidade Anhanguera (2021) e estatística Aplicada pela Universidade Anhanguera (2019). Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista Jú- lio de Mesquita Filho — UNESP (2012). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6095895255653275 FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 10 O autor SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 10 13/05/2021 10:43:01 Dedico esta obra a todos os estudantes de fi sioterapia que buscam o conhecimento e a melhora da qualidade de vida de seus pacientes. O professor Mateus Dias Antunes é mestre em Promoção da Saúde (2017) e graduado em Fisioterapia (2015) pela Universidade Cesumar – Unicesumar. É pesquisador do grupo Fisioterapia Clí- nica: estudo da função e disfunção da Universidade de São Paulo – USP, desde 2018, e do grupo de Atividade Física e Envelhecimento Universidade Cesumar – Unicesumar, desde 2012. Atua como revisor de periódicos científi cos nacio- nais e internacionais. Tem experiência na área de saúde coletiva com ênfase na promoção da saúde, atuando com os seguintes temas: educação em saú- de, doenças reumáticas, espaços e prá- ticas que promovem a saúde de indi- víduos, grupos e famílias. É professor, desde 2017, na área de Fisioterapia. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4926064696686266 FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 11 O autor SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 11 13/05/2021 10:43:01 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 1 UNIDADE SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 12 13/05/2021 10:43:20 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Compreender a anatomia do coração, artérias e veias; Identificar as estruturas que compõem o sistema cardiovascular; Relacionar a importância da anatomia do sistema cardiovascular e todos seus componentes para a funcionalidade do organismo; Compreender a funcionalidade do sistema e possíveis alterações patológicas no sistema cardiovascular. Anatomia do sistema cardiovascular Sangue Circulação pulmonar e sistêmica Coração Vascularização Vasos sanguíneos Sistema arterial Sistema venoso Fisiologia do sistema cardiovascular Fisiologia do órgão coração Sistema de condução elétrica do coração Fases do ciclo cardíaco Fatores relevantes do eletrocardiograma FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 13 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 13 13/05/2021 10:43:20 Anatomia do sistema cardiovascular Angiologia é o termo que se refere ao sistema circulatório cuja formação se deve aos sistemas cardiovascular e linfático, os quais têm ação paralela no transporte dos líquidos corporais (MOORE, 2014). Para fi ns didáticos, neste tó- pico abordaremos apenas o sistema cardiovascular. A principal função do sistema cardiovascular é nutrir e carregar o gás oxi- gênio para as células do organismo, além de remover resíduos advindos do metabolismo celular. Em uma primeira análise, pode-se compreender que a composição desse sistema é dada por tubos (vasos sanguíneos) cheios de lí- quido (sangue), conectados a uma bomba (o coração) e uma mistura líquida denominada sangue, que é responsável por capturar o gás oxigênio nos pul- mões e os nutrientes no intestino, carregando-os até as diferentes células do organismo enquanto, de forma simultânea, remove resíduos do metabolismo das células e calor para serem excretados (SILVERTHORN, 2017; BARBANERA, 2019). Assim, temos o Diagrama 1, que ilustra os três principais componentes do sistema cardiovascular. DIAGRAMA 1. ILUSTRAÇÃO ESQUEMÁTICAPARA IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR E AS RELAÇÕES PARA A MANUTENÇÃO DA FUNCIONALIDADE SISTÊMICA Fonte: BARBANERA, 2019, p. 32. (Adaptado). Sangue Coração Vasos sanguineos Sistema Cardiovascular FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 14 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 14 13/05/2021 10:43:20 Esse sistema não tem comunicação com o meio externo, isto é, trata-se de um sistema fechado e isso faz dele mais efi ciente, pois o coração bombeia o sangue canalizado por vasos de forma unidirecional, fazendo com que ele per- corra o corpo em uma única rota e de forma específi ca (SILVERTHORN, 2017). O conteúdo a seguir apresenta uma visão anatômica dos vasos sanguíneos, sangue e coração – partes fundamentais do sistema cardiovascular. Sangue O líquido que percorre o interior do sistema circulatório é denominado san- gue. Apresentando coloração vermelha, ele é composto de elementos celulares suspensos em uma extensa matriz fl uida, chamada plasma (DOUGLAS, 2009). Sua composição se deve à mistura de substâncias líquidas, que contém nutrien- tes, como água, proteínas, carboidratos, lipídios, além de sais e minerais, para cé- lula; veículos transportadores de gases oxigênio e carbônico, advindos da respi- ração celular, e substâncias com potencial tóxico ao organismo devido a reações metabólicas, como amônia (GUYTON; HALL, 2011; BARBANERA, 2019). As células – presentes no organismo – necessitam de nutrientes, os quais são carregados pelo plasma sanguíneo, para as atividades energéticas vitais e de ma- nutenção (SILVERTHORN, 2017). Devemos lembrar que o plasma sanguíneo é o componente do sangue que representa aproximadamente 55% do volume desse tecido. Além disso, ele corresponde à parte líquida e reúne os elementos celulares, como as hemácias ou eritrócitos, leucócitos e plaquetas (GUYTON; HALL, 2011). O volume sanguíneo apresenta diferenças entre o gênero masculino e femini- no. Adota-se que o seu total corresponda a 7% da massa humana. Sendo assim, encontra-se aproximadamente 5 kg de volume sanguíneo em um homem de 70 kg. Ainda ao considerar que um quilo de sangue seja equivalente a um litro, é pos- sível deduzir que um homem com 70 kg possui aproximadamente cinco litros de sangue, destacando-se que dois litros desse volume são constituídos por células sanguíneas, e os demais três litros são compostos por plasma (porção líquida do sangue). Ao adotar uma mulher de 58 kg para comparação, percebemos que ela apresenta cerca de quatro litros de sangue nesse caso (SILVERTHORN, 2017). Analisando ainda o plasma sanguíneo, vale ressaltar que ele apresenta 92% de seu peso composto por água, 7% por proteínas e 1% por aminoácidos, gli- FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 15 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 15 13/05/2021 10:43:20 cose, lipídeos, resíduos nitrogenados; íons como Na+,K-, Cl-, H+, Ca2+,HCO3-; elementos-traço e vitaminas, além de oxigênio dissolvido (O2) e dióxido de car- bono (CO2) (SILVERTHORN, 2017). Assim comparando o plasma sanguíneo ao líquido intersticial, sabemos que há uma diferença em sua composição, pois esse último possui proteínas plas- máticas e, dentre elas, destaca-se as albuminas (GUYTON; HALL, 2011; MOORE, 2014). Elas são proteínas encontradas em maior quantidade em relação às de- mais, ou seja, aproximadamente 60% de proteínas totais sanguíneas são com- postas pelas albuminas. Sabe-se que 90% do total de proteínas plasmática se devem às albuminas e outras nove proteínas, como por exemplo as globulinas, a proteína de coagulação fibrinogênio e a proteína transportadora de ferro transferrina (MOORE, 2014; SILVERTHORN, 2017). No sangue é encontrado, basicamente, três elementos celulares: glóbulos ver- melhos ou eritrócitos (RBCs), também chamados de hemácias; glóbulos brancos (WBCs), também chamados de leucóci- tos; e plaquetas ou trombócitos (DOU- GLAS, 2009; GUYTON; HALL, 2011). Entretanto, os leucócitos se destacam como as únicas células plenamente funcionais na circulação quando com- parados com as demais que compõe o sangue. Já os eritrócitos são peculiares, porque lançam mão de seus núcleos com o objetivo de ofertar maior espaço no citosol no momento em que entram na corrente circulatória. Outras células circulantes na corrente sanguínea, como as plaquetas, também apresentam ausência de núcleo (são fragmentos celulares ori- ginados de uma grande célula-mãe, denominada megacariócito) (MOORE, 2014). Outro fato importante de ser lembrado está relacionado à principal fun- ção no transporte de gases oxigênio e carbônico dos tecidos para os pul- mões, que é atribuída aos eritrócitos. Além disso, sabe-se que as células plaquetárias são elementares para a coagulação, pois previne a perda de sangue em situações em que o vaso sanguíneo está injuriado (DOUGLAS, 2009; GUYTON; HALL, 2011). FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 16 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 16 13/05/2021 10:43:21 Retomando ainda os leucócitos, vale ressaltar que o sistema imune defende o organismo contra invasores externos, como parasitas, bactérias e vírus, e as célu- las que permitem tal proeza são os leucócitos. Majoritariamente eles percorrem a corrente sanguínea, mas seu trabalho é geralmente levado a cabo nos tecidos, em vez de no sistema circulatório (GUYTON; HALL, 2011, SILVERTHORN, 2017). Contu- do, sabe-se que há cinco tipos de leucócitos maduros na corrente sanguínea: lin- fócitos, monócitos, neutrófi los, eosinófi los e basófi los. Assim, entendemos que os monócitos se diferenciam de macrófagos ao passo que os monócitos – presentes na circulação sanguínea – deixam a circulação e se instalam nos tecidos. Por fi m, os basófi los teciduais são chamados de mastócitos (GUYTON; HALL, 2011). Dessa forma, é possível agrupar os tipos de leucócitos de acordo com suas características funcionais e/ou morfológicas. Assim, os fagócitos são um agru- pamento composto por neutrófi los, monócitos e macrófagos, considerando que tais células podem englobar e ingerir partículas estranhas, como as bac- térias (fagocitose) (GUYTON; HALL, 2011). Já os linfócitos são células chamadas de imunócitos em função da responsabilidade que elas têm em obter respostas imunes específi cas contra os invasores (SILVERTHORN, 2017). Por fi m, os granulócitos são um agrupamento de células, como os basófi los, os eosinófi los e os neutró- fi los, em função de suas características morfológi- cas – todas elas contêm inclusões citoplasmáticas que lhes dão uma aparência granular (DOUGLAS, 2009; GUYTON; HALL, 2011). Circulação pulmonar e sistêmica Sabemos que o coração assume o ponto central da circulação pois é justa- mente a partir dele que dois circuitos fechados distintos são construídos (RAFF; LEVITZKY, 2012). Contudo, temos a literatura especializada para explicar deta- lhadamente esses dois circuitos e diferenciá-los. Sendo assim, a circulação pulmonar (pequena circulação) permite que o sangue do ventrículo direito seja direcionado aos pulmões pela artéria pul- monar e retorne ao átrio esquerdo através da veia pulmonar (Figura 1A). Des- taca-se, também, que o sangue venoso (pobre em oxigênio) é transportado FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 17 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 17 13/05/2021 10:43:21 para os pulmões com o objetivo de liberação do dióxido de carbono (CO2) e, ao contrário disso, retorna ao coração carregando o sangue rico em gás oxigênio (O2). Com isso, o sangue arterial (rico em O2), já no coração, é bombeado para a circulação sistêmica (Figura 1) (MOORE, 2014). Por outro lado, a circulação sistêmica (grande circulação) carrega o sangue ar- terial para suprir a necessidade de todo o organismo, por ser a maior circulação do corpo humano. Assim, a grande circulação retorna ao coração carregando o san- gue venoso (rico em gás CO2) e alguns resíduoscelulares (Figura 1) (MOORE, 2014). Figura 1. Sistemas circulatórios pequeno e grande. A: esquema ilustrativo da distribuição anatômica das câmaras direitas e esquerdas do coração, que servem às circulações pulmonar e sistêmica. B: esquema ilustrativo das circula- ções sistêmica e pulmonar, fragmentando as câmaras direitas e esquerdas como duas bombas distintas e seriadas. C: esquema ilustrado com mais propriedades sobre a circulação sistêmica. Fonte: MOORE, 2014, p. 84. Pulmões Pulmões Veias Capilares Cabeça e encéfalo Membros superiores Artérias Artérias ascendentes Veia cava superior Veia cava inferior Ventrículo direito (VD) Átrio esquerdo (AE) Átrio Direito (AD) Parte abdominal da aorta Ventrículo esquerdo (VE) Artérias coronárias Artérias descendentes Sistema digestório Artéria hepática Pelve e membros inferiores Veia hepática Artérias renaisVeias renais Válvula Sistema porta do fígado Rins Veia portaFígado Tronco Aorta Coração Pulmões A B C Artérias pulmonares Artérias pulmonares Veias sistêmicas Veias pulmonares Veias pulmonares Artérias sistêmicas Circulação pulmonar Circulação pulmonar Circulação sistêmica Circulação sistêmica Leitos capilares sistêmicos Leitos capilares sistêmicos AD AD AE AE VE VE VD VD Câmaras do coração: AD = átrio direito AE = átrio esquerdo VD = ventrículo direito VE = ventrículo esquerdo FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 18 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 18 13/05/2021 10:43:22 Coração O tamanho do coração de um ho- mem adulto apresenta cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de es- pessura (MOORE, 2014). Ao comparar entre gêneros, constata-se diferença entre as massas dos corações, ou seja, o coração masculino apresenta, em média, 50g a mais que o coração femi- nino. Dessa forma, a literatura relata que o coração feminino apresenta massa de 250g e o coração masculino 300g (MOORE, 2014). Sabemos que ele se apoia no diafragma, mais especifi camente no medias- tino (massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos –pleuras – dos pulmões) e está distribuído com uma tendência de 2/3 de massa para a esquerda da linha média do corpo (SOBOTTA, 2013). Para melhor compreensão anatômica, didaticamente divide-se o coração. As- sim, podemos identifi car a ápice, que corresponde à extremidade pontuda do órgão, visto que é dirigida para a esquerda, para baixo e, por fi m, para frente (SOBOTTA, 2013). Observa-se que a borda direita está voltada para o pulmão direito e se es- tende da superfície inferior em direção à base, conforme descrição por Sobotta (2013) que ainda aponta que a borda esquerda (borda pulmonar) fi ca voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Acima do coração, encontram-se as estruturas dos grandes vasos cardíacos e posteriormente a traqueia, o esôfago e a artéria aorta descendente (SOBOTTA, 2013). Sendo revestido por dupla camada de tecido (membrana envolvente) que merece destaque pela funcionalidade de proteção do órgão, o coração fi ca res- trito à sua localização no mediastino. Embora ocorra restrição, essa membrana permite funcionalidade plena do coração, ou seja, liberdade para contrações leves até vigorosas. Tal membrana é denominada pericárdio (MOORE, 2014; BARBANERA, 2019), que consiste em duas camadas. Contudo, para melhor compreensão, o Diagrama 2 apresenta suas principais características. FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 19 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 19 13/05/2021 10:43:23 DIAGRAMA 2. PERICÁRDIO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Observa-se que o coração apresenta pontos anatômicos externamente – três faces e quatro margens, conforme Figura 2. Figura 2. Identificação de pontos externos do coração. Fonte: BARBANERA, 2019, p. 34. Pericárdio Pericárdio Seroso Pericárdio Fibroso Superficial Assemelha-se a um saco formado por tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico, que repousa sobre o diagragma. É uma membrana mais fina e mais delicada que o pericárdio fibroso, que circunda o coração. A camada parietal, mais externa do pericárdio seroso, está fundida ao pericárdio fibroso. Face Esternocostal Face Diafragmática; Margem Inferior Face Pulmonar; Margem Esquerda Margem Direita Margem Superior FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 20 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 20 13/05/2021 10:43:23 Com relação às faces do coração, podemos identificar a face anterior (es- ternocostal), que é formada majoritariamente pelo ventrículo direito; a face diafragmática (inferior), que apresenta em sua formação o ventrículo es- querdo e parcialmente o ventrículo direito (está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma); a face pulmonar (esquerda), formada principalmente pelo ventrículo esquerdo (ocupa a impressão cárdica do pul- mão esquerdo) (BARBANERA, 2019). Além das faces do coração, pode ser observado, na Figura 2, as suas mar- gens. Observa-se, ainda, que cada uma delas apresenta formação diferente. De acordo com a literatura especializada, a margem direita do coração é for- mada pelo átrio (direito), que se estende entre as veias cavas superior e infe- rior (SOBOTTA, 2013; MOORE, 2014). Já o ventrículo direito – principalmente ele – e o ventrículo esquerdo são responsáveis pela formação da margem inferior do coração (NETTER, 2000; SOBOTTA, 2013). Compondo a forma- ção da margem esquerda cardíaca, temos a aurícula esquerda e também o ventrículo esquerdo (MOORE, 2014). Por fim, os átrios (direito e esquerdo) e as aurículas direita são os componentes que formam a margem superior. Destaca-se a porção ascendente da aorta – observada na margem superior cardíaca – e o tronco pulmonar, conforme Sobotta (2013). Assim, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior (SOBOTTA, 2013; MOORE, 2014). Nota-se que o coração possui quatro câmaras internas, sendo elas dois átrios e dois ventrículos (BARBANERA, 2019). Intuitivamente, a fun- cionalidade dessas câmaras é diferente. Tanto os átrios direito quanto o esquerdo são câmaras de recepção do sangue, enquanto os ventrículos direito e esquerdo são câmaras de ejeção do sangue para a circulação sistêmica e a circulação pulmonar (MOORE, 2014; SILVERTHOR, 2017). A Figura 3 identifica essas câmaras, apresentando as estruturas inter- nas do coração. FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 21 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 21 13/05/2021 10:43:24 Figura 3. Distribuição dos componentes internos do coração. Fonte: NETTER, 2000, p. 218. É possível notar, ao observar a Figura 3, uma estrutura muito importante que separa o sangue venoso do sangue arterial. Essa estrutura que promove essa divisão é chamada de septo interventricular. Além disso, vemos que os músculos pectinados (cristas musculares) estão alocados no átrio direito e am- bos os átrios apresentam uma expansão piramidal chamada aurícula. Sabe-se que o átrio esquerdo tem a aurícula esquerda e o átrio direito tem a aurícula direita. Ainda analisando, temos as trabéculas carnosas que correspondem a uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas localizada no in- terior do ventrículo direito (MOORE, 2014). Também presentes, há os músculos papilares. Eles são formados pelas cordas tendíneas (o ápice das cúspides é preso por filamentos) que se inserem em colunas cárneas (NETTER, 2000). Cúspide posterior da valva mitral Veias pulmonares esquerdas Cúspide anterior (aórtico) da valva mitral Cúspide semilunar esquerda da valva aórtica Cúspide semilunar posterior (não-coronário) da valva aórtica Cúspide anterior da valva tricúspide (retraída) Cúspide septal (medial) da valva tricúspide Ventrículo esquerdo Ventrículoesquerdo Cúspide posterior da valva tricúspide Músculo papilar anterior direito (seccionado) Músculo papilar posterior esquerdo Músculo papilar anterior esquerdo Banda septal da trabécula septomarginal Músculo papilar anterior direito (seccionado) Cúspide semilunar direita da valva aórtica Cúspide semilunar esquerda da valva aórtica Óstios das artérias coronárias Aurícula esquerda Tronco pulmonar Átrio esquerdo Aorta ascendente Aurícula direita Fluxo de saída para o tronco pulmonar Banda moderadora da trabécula septomarginal Músculo papilar septal (medial) Ventrículo direito Cone arterioso Crista supraventricular Músculo papilar posterior direito Septo interventricular muscular Ventrículo direito Parte atrioventricular do septo membranoso Parte intraventricular do septo membranoso Átrio direito Veia pulmonar superior direita Seio aórtico (de Valsalva) Aorta ascendente Veia cava superior FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 22 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 22 13/05/2021 10:43:25 Pode-se notar, ainda, as veias cava superior, cava inferior e seio coronário que desembocam no átrio direito o sangue venoso através de orifícios cha- mados de óstios. A veia cava superior recolhe sangue da cabeça e da parte superior do corpo, enquanto a veia cava inferior recebe sangue do abdômen e membros inferiores. Somente o seio coronário recebe o sangue venoso do miocárdio e retorna ao átrio direito (MOORE, 2014). Entretanto, formada por três folhetos, as valvas tricúspides permitem o sangue passar do átrio direito para ventrículo direito, o qual possui em sua parede medial (septo interatrial) uma depressão chamada de fossa oval. Ainda sobre o átrio direito no tocante anatômico, nota-se expansão pirami- dal que tem a função de absorver o impulso sanguíneo quando esse adentra no átrio. Tal estrutura é chamada de aurícula (neste caso, chama-se aurícula direita, porque está localizada no átrio direito) (MOORE, 2014). Já em relação ao átrio esquerdo, sabe-se que ele também apresenta aurícula. Em seu interior, constata-se que as paredes são finas, porém capazes de recepcionar o sangue rico em gás oxigênio advindo dos pulmões (NETTER, 2000; SOBOTTA, 2013). Esse sangue será, posteriormente, bombeado para a circulação sistêmica. Tal fato ocorrerá desde que o sangue passe de uma câmara para outra, o que im- plica na abertura da valva bicúspide (mitral) esvaziando o átrio esquerdo e en- chendo o ventrículo esquerdo de sangue (MOORE, 2014; BARBANERA, 2019). Sobre os ventrículos, lembre-se que ambos estão localizados na porção in- ferior do coração, ou seja, abaixo dos átrios. Além disso, é importante citar que a Figura 3 ilustra majoritariamente a formação da superfície anterior cardíaca, baseada no ventrículo direito. Outra estrutura importante (presente no órgão cardíaco) é a valva do óstio atrioventricular direito (valva tricúspide). Funcionalmente, essa valva impede o re- torno do sangue venoso presente no ventrículo direito ao átrio direito (NETTER, 2000). Estruturas anatômicas bastante relevantes são as valvas semilunares cons- tituídas por pequenas lâminas da valva do tronco pulmonar dispostas em conchas. A Figura 3, já vista anteriormente, e a Figura 4 permitem identificar pontos ana- tômicos do órgão coração. O ventrículo esquerdo é responsável pela formação do ápice cardíaco. Em relação ao óstio atrioventricular esquerdo, observa-se que sua constituição se deve por duas lâminas (bicúspide) e está localizado a valva atrio- ventricular esquerda (NETTER, 2000; SOBOTTA, 2013; BARBANERA, 2019). FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 23 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 23 13/05/2021 10:43:25 Figura 4. A. Elementos das faces internas do átrio esquerdo e da via de entrada do ventrículo esquerdo. AV, atrioventri- cular. B. O padrão de fluxo sanguíneo através do lado esquerdo do coração. C. Nas partes A e B, o coração foi incisado verticalmente ao longo de sua margem esquerda e depois transversalmente através da parte superior de sua base, passando entre as veias pulmonares superior e inferior esquerdas. Fonte: MOORE, 2014, p. 200. É bem descrito, conforme Moore (2014), o percurso do sangue arterial, partin- do do átrio esquerdo até as células mais distantes do corpo humano. No tocante anatômico do coração, o sangue chega ao ventrículo esquerdo esvaziando o átrio esquerdo, isto é, o sangue passa através do óstio atrioventricular esquerdo onde está alocado a valva bicúspide (mitral). A ejeção do sangue para a circulação sistê- mica flui pelas valvas semilunares – direita, esquerda e posterior (constituintes da valva aórtica) – seguindo pela artéria aorta ascendente (SOBOTTA, 2013; MOORE, 2014). Ressalta-se que ela possui ramificações, o que permite o fluxo sanguíneo para artérias coronárias (irriga o coração com nutrientes) e para o arco da aorta e suas ramificações. A partir desse ponto, o sangue flui para as demais artérias do corpo (NETTER, 2000; MOORE, 2014). Assim, a funcionalida- de do átrio e ventrículo se difere, visto que o a prin- cipal característica funcional do ventrículo esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica. Septo interatrial V. pulmonar superior esquerda V. pulmonar inferior esquerda Vv. pulmonares direitas Valva do forame oval Anel fibroso do óstio AV esquerdo Ventrículo esquerdo Tronco pulmonar Vv . p ulm on ar es es qu er da s Vv. pulmonares direitas Aorta Direito Esquerdo Inferior Superior VentrículosLinha de incisão em A e B Linha de incisão em A e B Átrio esquerdo Átrio esquerdo Assoalho da fossa oval Abertura para a aurícula Aurícula esquerda Cordas tendíneas Músculos papilares Para o vestíbulo da aorta A C B FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 24 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 24 13/05/2021 10:43:26 Vascularização A irrigação do coração é assegurada tanto pelas artérias coronárias quanto pelo seio coronário. Por percorrerem o sulco coronário e apresentarem origem da artéria aorta, elas recebem o nome de artérias coronárias (direita e esquer- da) (MOORE, 2014). A ramifi cação da artéria coronária direita faz surgir a artéria marginal direi- ta e artéria interventricular posterior. Elas são responsáveis pela irrigação da margem direita e da parte posterior do coração (SERRANO, 2010). Por outro lado, a artéria coronária esquerda se ramifi ca ao passar por trás do tronco pul- monar em direção ao sulco coronário (ápice da aurícula esquerda), proporcio- nando um ramo interventricular anterior e um ramo circunfl exo que dá origem a artéria marginal esquerda (SERRANO, 2010). Vale considerar importante saber também que a coleta do sangue venoso é rea- lizada pelas veias que são responsáveis por conduzi-lo até a veia magna do coração, visto que anatomicamente ela se apresenta ao nível do ápice cardíaco, sobre o sulco interventricular anterior, e segue o sulco coronário da esquerda para a direita, pas- sando pela face diafragmática, em direção ao átrio direito (MOORE, 2014). Por fi m, temos o seio coronário, que é formado por seus últimos três centí- metros da porção terminal desse vaso (SOBOTTA, 2013). Além disso, constata- -se que o seio coronário recebe ainda a veia média do coração, a qual percorre debaixo para cima o sulco interventricular posterior e a veia pequena do cora- ção que margeia a borda direita dele (NETTER, 2000; SOBOTTA, 2013). Vasos sanguíneos Os vasos sanguíneos são tubos que carregam o sangue arterial, levando oxigênio e nutrientes para as células, além de coletar gás carbônico e resíduos metabólicos através do sangue venoso. Para ilustrar o percurso do sangue, podemos observar o Diagrama 3, que mostra as estruturas dos vasos sanguíneos diferenciando-os em sua composi- ção – morfologia. O primeiro sistema conduz o sangue bombeado do coração em direção aos demais órgãos, nutrindo as células por pequenos tubos depa- redes delgadas e espessura aproximada de 0,5µm e diâmetros, podendo osci- FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 25 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 25 13/05/2021 10:43:26 lar entre 7µm a 9µm, denominados capilares (NETTER, 2000; GUYTON; HALL, 2011). Já o segundo sistema é formado por um conjunto de vasos que, partindo dos tecidos em direção ao coração, dá origem a ramos de maior calibre até de- sembocar no átrio direito (NETTER, 2000; GUYTON; HALL, 2011). Mais adiante, nos subtópicos seguintes, abordaremos as diferenças entre o sistema arterial e sistema venoso com mais informações técnicas. DIAGRAMA 3. ESTRUTURAS DOS VASOS SANGUÍNEOS Sistema arterial Defi ne-se sistema arterial como conjunto de vasos que saem do coração, ramifi cando-se para todo o organismo (MOORE, 2014). Destaca-se ainda o uni- direcionamento do fl uxo sanguíneo arterial – via que o sangue percorre para As veias apresentam uma estrutura peculiar anatômica que as diferenciam das artérias. Essa estrutura é chamada de válvulas semilunares, responsáveis por auxiliar o retorno do sangue venoso ao coração, além de impedir o fl uxo revés do sangue (MOORE, 2014; BARBANERA, 2019). Estruturas dos vasos sanguíneos O tecido conjuntivo é a base de sua composição. Esta túnica contém pequenos fi letes nervosos e vascularizados, uma vez que são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Está presente apenas nas grandes artérias do corpo humano. Túnica externa Esta camada intermediária apresenta em sua composição fi bras musculares lisas além de tecido conjuntivo elástico (pequena quantidade). Está presente na maioria das artérias do organismo. Túnica média É a camada que reveste as artérias. É composta por células endoteliais.Túnica íntima FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 26 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 26 13/05/2021 10:43:26 Sistema venoso As veias são os tubos que compõem o sistema venoso, tendo como função conduzir o sangue dos capilares para o coração (MOORE, 2014). Tanto as veias como as artérias compõem a grande e a pequena circulação. Observe o Qua- dro 2, identifi cando as principais diferenças entre as veias do sistema circula- tório do corpo humano. transportar o gás oxigênio e nutrientes para a célula (SILVERTHORN, 2017, BAR- BANERA, 2019). Assim, o Quadro 1 identifi ca os principais vasos e sistemas de irrigação do sangue arterial para o corpo humano. QUADRO 1. ARTÉRIAS PRINCIPAIS QUADRO 2. VEIAS PRINCIPAIS. Artérias Principais Principais características Sistema do Tronco Pulmonar Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. Sistema da Artéria Aorta A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. Artéria Coronária Esquerda A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Artéria Coronária Direita Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. Sistema do Tronco PulmonarSistema do Tronco PulmonarSistema do Tronco PulmonarSistema do Tronco PulmonarSistema do Tronco Pulmonar Sistema da Artéria Aorta Sistema do Tronco Pulmonar Sistema da Artéria Aorta Sistema do Tronco Pulmonar Sistema da Artéria Aorta Sistema do Tronco Pulmonar Sistema da Artéria Aorta Sistema do Tronco Pulmonar Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). Sistema da Artéria Aorta Artéria Coronária Esquerda Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de Sistema da Artéria Aorta Artéria Coronária Esquerda Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada Sistema da Artéria Aorta Artéria Coronária Esquerda Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. Sistema da Artéria Aorta Artéria Coronária Esquerda Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- Artéria Coronária Esquerda Artéria Coronária Direita Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, Artéria Coronária Esquerda Artéria Coronária Direita Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro Artéria Coronária Esquerda Artéria Coronária Direita Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. Artéria Coronária Esquerda Artéria Coronária Direita Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artériasão a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. Artéria Coronária Esquerda Artéria Coronária Direita Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm Artéria Coronária Direita Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias segmentares pulmonares. A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior Artéria Coronária Direita Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. Inicia-se a partir do coração (ventrículo direito) se ramifi cando em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo,com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. em duas grandes estruturas (artéria aorta e tronco pulmonar). O tronco pulmonar permite a irrigação sanguínea através de duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. uma delas se ramifi ca, a partir do hilo pulmonar, em artérias A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. A artéria aorta é a maior artéria presente no corpo, com diâ- metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. metro de dois a três centímetros (maior calibre). Além disso, a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. a aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. As quatro principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário ou atrioventricular. principais divisões da artéria são a aorta ascendente, o arco da A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do A artéria coronária esquerda se inicia a partir da aorta (válvula aórtica semilunar esquerda). Apresenta entre 1 mm a 25 mm de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e ramo circunfl exo. Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do de lúmen e, então, se divide em ramo interventricular anterior Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do Apresenta sua origem na artéria aorta, acima da cúspide direi- ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do ta da válvula aórtica, e dirige-se inferolateralmente ao longo do Veias Principais Principais características Veias da circulação pulmonar Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por veias segmentares. Veias da circulação pulmonarVeias da circulação pulmonarVeias da circulação pulmonarVeias da circulação pulmonarVeias da circulação pulmonarVeias da circulação pulmonarVeias da circulação pulmonarVeias da circulação pulmonarVeias da circulação pulmonar Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por veias segmentares. Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por veias segmentares. Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por veias segmentares. Terminam no átrioesquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por veias segmentares. Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por veias segmentares. Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por veias segmentares. Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Terminam no átrio esquerdo, isto é, recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares através das veias formadas por Fonte: BARBANERA, 2019, p. 36. FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 27 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 27 13/05/2021 10:43:26 Veias da circulação sistêmica Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo seio coronário. Veias da circulação sistêmicaVeias da circulação sistêmicaVeias da circulação sistêmicaVeias da circulação sistêmicaVeias da circulação sistêmicaVeias da circulação sistêmicaVeias da circulação sistêmicaVeias da circulação sistêmicaVeias da circulação sistêmica Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo seio coronário. Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo seio coronário. Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo seio coronário. Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo seio coronário. Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo Há duas grandes veias que desembocam no átrio direito con- duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias são chamadas de veia cava superior e veia cava inferior. O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo duzindo sangue venoso para o interior do coração. Essas veias O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo O sangue venoso circulante do coração é transportado pelo A veia cava superior apresenta o comprimento aproximado de 7,5 cm e diâmetro de 2 cm e, a partir dela, surgem dois troncos braquiocefálicos (SOBOTTA, 2013; MOORE, 2014). Constata-se, também, que cada veia bra- quiocefálica é constituída pela junção de outras veias, como a veia subclávia com a veia jugular interna (MOORE, 2014). Já a veia cava inferior é a maior veia do corpo humano, com diâmetro de cerca de 3,5 cm e é originada pela junção das veias ilíacas comuns (SOBOTTA, 2013; MOORE, 2014). Retomando a veia subclávia, devemos citar ainda que ela recebe dos membros superiores o sangue que, advindo da cabeça e pescoço, percorre o lúmen da veia jugular interna (BARBANERA, 2019). Sabemos, entretanto, que a principal veia do coração é o seio coronário, uma vez que recebe a maioria do sangue venoso do miocárdio. Situa-se no sulco coronário, abrindo-se no átrio direito. Outra característica importante é que recebe a veia cardíaca magma (sulco interventricular anterior) em sua extremidade esquerda e em sua extremidade direita recebe a veia cardíaca média (sulco interventricular posterior) e a veia cardíaca parva (SERRANO, 2010; MOORE, 2014). CURIOSIDADE Ao entrar nos pulmões, os pequenos ramos do sistema circulatório sedividem e subdividem até formarem capilares que se alocam em torno de alvéolos nos pulmões. O gás carbônico passa do sangue para os al- véolos, onde é exalado. O oxigênio do ar atmosférico passa, no interior dos pulmões, para o sangue. Esse mecanismo é denominado hematose (SERRANO, 2010). Fisiologia do sistema cardiovascular É fascinante como os componentes do sistema cardiovascular interagem entre si e com os demais sistemas do corpo humano, principalmente ao enfa- Fonte: BARBANERA, 2019, p. 37. FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 28 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 28 13/05/2021 10:43:27 Fisiologia do órgão coração O coração é constituído, basicamente pelo músculo atrial, músculo ventri- cular e fi bras musculares condutoras e excitatórias especializadas (NETTER, 2000). Essas musculaturas apresentam características ímpares que diferem das demais encontradas no corpo humano. Por exemplo, os músculos do tipo atrial e ventricular se contraem da mesma maneira que o músculo esquelético, contudo, se a duração da contração é muito maior, esses músculos podem al- terá-la (SERRANO, 2010; RAFF; LEVITZKY, 2012). Contrapondo a eles, as fi bras condutoras e excitatórias especializadas possuem contração fraca, visto que são compostas de poucas fi brilas con- trateis (GUYTON; HALL, 2011). Consequentemente, elas apresentam ritmi- cidade e velocidade variáveis de condução, proporcionando um sistema excitatório para o coração e um sistema de transmissão para a condução controlada do sinal excitatório cardíaco por todo o coração (GUYTON; HALL, 2011; SILVERTHORN, 2017). Anatomicamente, o coração é divido em “esquerda” e “direita” pela es- trutura denominada septo. Sabemos que o septo é fundamental para evitar trocas de fl uídos entres os dois lados. No entanto, embora haja a divisão, tizar o coração como objeto central deste tópico. Há séculos o coração é estu- dado e provoca questionamentos sobre sua função e peculiaridades, pois esse potente músculo é capaz de bombear 7.200 litros de sangue por dia e, além disso, muitas tribos já relataram que em rituais de sacrifício humano, o coração ainda continua pulsando. É fácil realizar comparativos entre o órgão coração e uma bomba mecâ- nica, em que através de tubos conectados transportam nutrientes (carboidratos, lipídeos, proteínas, sais e minerais) e carregam re- síduos metabólicos para serem eliminados (gás carbô- nico). Dessa forma, a discussão da interação desses sistemas de tubos e o coração é de muita valia, principalmente para detectar e adequar o traba- lho quando há uma alteração funcional advinda de patologia, por exemplo. FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 29 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 29 13/05/2021 10:43:27 Figura 5. Esquema do fluxo sanguíneo passando pelas câmaras do interior do coração e as principais veias e artérias que transportam o sangue para a circulação pulmonar e sistêmica. Fonte: GUYTON; HALL, 2011, p. 107. tanto o lado esquerdo quanto o direito funcionam como uma bomba inde- pendente que consiste em um átrio e um ventrículo responsáveis por atender a demanda do organismo, conforme ilustrado pela Figura 5 (GUYTON; HALL, 2011; BARBANERA, 2019). Note que o lado direito do coração recebe sangue a partir dos tecidos e ór- gãos (músculos estriados esqueléticos, rim, olhos, entre outros) e envia para os pulmões, onde será oxigenado, ou seja, o lado direito recebe o sangue venoso (sangue rico em gás CO2). Contudo, o lado esquerdo do coração recebe o san- gue recém-oxigenado dos pulmões e bombeia para os tecidos de todo o corpo, ou seja, o lado esquerdo bombeia o sangue arterial (sangue rico em gás O2) (SERRANO, 2010; GUYTON; HALL, 2011). Tronco e extremidade inferior Cabeça e extremidade superior Veia cava superior Valva pulmonar Valva tricúspide Ventrículo direito Veia cava inferior Ventrículo esquerdo Valva mitral Átrio esquerdo Veia pulmonar Aorta Valva aórtica Átrio direito Artéria pulmonar Pulmões FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 30 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 30 13/05/2021 10:43:28 Sistema de condução elétrica do coração Defi ne-se ciclo cardíaco como processo de contração-relaxamento da musculatura cardíaca, ou seja, é um conjunto de eventos entre o início de um batimento até o próximo (MOORE, 2014; SILVERTHORN, 2017). Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea de um potencial de ação no nodo sinusal (SA), ou sinoatrial, cuja localização é na parede superior lateral do átrio direito (Figura 6). Esse potencial de ação passa por ambos os átrios até os ventrícu- los, porém a velocidade que o potencial de ação percorre é diferente entre átrios e ventrículos (Figura 7). As células do nó SA determinam o ritmo dos batimentos cardíacos. Além dessas, existem outras células do sistema de condução, como as do nó átrio ventricular (AV) e as fi bras de Purkinje (BARBANERA, 2019). EXPLICANDO A frequência cardíaca pode ajustar ao um novo marca-passo caso o nó SA esteja danifi cado. Entenda que o nó SA é o marca-passo mais rápi- do e normalmente determina a frequência cardíaca. Todavia, em casos especiais, um dos marca-passos mais lentos do coração assume o ritmo (SILVERTHORN, 2017). Figura 6. Condução elétrica das células do miocárdio. As células autoexcitáveis disparam potenciais de ação espontane- amente. As despolarizações das células autoexcitáveis propagam-se rapidamente para as células contráteis vizinhas através das junções comunicantes. Fonte: SILVERTHORN, 2017, p. 455. Céluas do nó SA Potenciais de ação das células autoexcitáveis Potenciais de ação das células contráteis Disco intercalar com junções comunicantes Células contráteis Corrente elétrica FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 31 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 31 13/05/2021 10:43:28 Figura 7. Transmissão do impulso cardíaco pelo coração, mostrando o tempo de aparecimento (frações de segundo) do impulso em diferentes partes do coração, partindo como origem do impulso cardíaco no nodo sinusal. Fonte: GUYTON; HALL, 2011, p. 144. (Adaptado). Observe que, na Figura 7, o impulso elétrico é difundido em di- ferentes velocidades pelos átrios, contudo, é atrasado proposital- mente em mais de 0,1 na região do nodo A-V, antes de aparecer no feixe A-V do septo ventricular. As fi bras de Purkinje se difundem por toda superfície endo- cárdica dos ventrículos com os impulsos nervo- sos transmitidos pelo feixe A-V (DOUGLAS, 2009; SERRANO, 2010). Fases do ciclo cardíaco As ações são sincronizadas entre as duas bombas atrioventriculares (AV) cardíacas (câmaras direita e esquerda) que constituem o ciclo cardíaco (Figura 0,00 0,05 0,06 0,09 0,07 0,16 0,19 0,03 0,03 0,04 A-V S-A 0,07 0,07 0,19 0,21 0,20 0,21 0,22 0,18 0,18 0,17 0,17 FISIOPATOLOGIA NAS DISFUNÇÕES CARDIOLÓGICAS E ANGIOLÓGICAS 32 SER_FISIO_FISDCA_UNID1.indd 32 13/05/2021 10:43:29 8). A sincronia entre elas é de suma importância para a compreensão do ciclo que ocorre inúmeras vezes, ou seja, é uma sequência de eventos que ocorre repetida vezes (SERRANO, 2010). Essa sequência de eventos (ciclo) é iniciada com um período de alongamento e enchimento ventricular (diástole) e fina- lizada com um período de encurtamento e esvaziamento ventricular (sístole) (GUYTON; HALL, 2011; RAFF; LEVITZKY, 2012). Distinguem-se duas fases do ciclo cardíaco, conforme Guyton e Hall (2011). A primeira fase (diástole) consiste no período de relaxamento, durante o qual o coração se enche de sangue. Já a segunda fase (sístole) consiste no período de contração, no qual o sangue é ejetado dos ventrículos (SILVERTHORN, 2017; BARBANERA, 2019). Figura 8. Fases do ciclo cardíaco complementadas através de alterações da pressão atrial esquerda, pressão ven- tricular esquerda, pressão aórtica, volume ventricular, o eletrocardiograma e o fonocardiograma. Fonte: GUYTON; HALL,
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