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Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional Rua Dona Brígida, 701, Vila Mariana – 04111-081 – São Paulo – SP Tel.: (11) 5080-0770 / (21) 3543-0770 – Fax: (11) 5080-0714 metodo@grupogen.com.br | www.editorametodo.com.br O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer forma utilizada poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos ou a suspensão da divulgação, sem prejuízo da indenização cabível (art. 102 da Lei n. 9.610, de 19.02.1998). Quem vender, expuser à venda, ocultar, adquirir, distribuir, tiver em depósito ou utilizar obra ou fonograma reproduzidos com fraude, com a finalidade de vender, obter ganho, vantagem, proveito, lucro direto ou indireto, para si ou para outrem, será solidariamente responsável com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes, respondendo como contrafatores o importador e o distribuidor em caso de reprodução no exterior (art. 104 da Lei n. 9.610/98). mailto:metodo@grupogen.com.br http://www.editorametodo.com.br ■ ■ Capa: Danilo Oliveira Produção digital: Geethik CIP – Brasil. Catalogação na fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. http://www.geethik.com L53m Lehfeld, Lucas de Souza Monografia jurídica: guia prático para elaboração do trabalho científico e orientação metodológica / Lucas de Souza Lehfeld, Paulo Eduardo Lépore, Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira. 2. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. Anexos Inclui bibliografia ISBN 978-85-309-6529-7 1. Pesquisa jurídica – Metodologia. 2. Direito – Metodologia. 3. Redação forense. 4. Redação forense. I. Lépore, Paulo Eduardo. II. Ferreira, Olavo A. Vianna Alves. III. Título. 10-6278. CDD: 808.06634 CDU: 808.1:34 Com muita honra aceitei prefaciar este livro (Monografia jurídica – Guia prático para elaboração do trabalho científico e orientação metodológica), de autoria de Lucas de Souza Lehfeld, Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira e Paulo Eduardo Lépore. Toda monografia jurídica, se o seu autor quer que ela seja reconhecida cientificamente, tem que seguir uma determinada forma. Existe um certo consenso em torno dessa forma. Os eminentes autores deste livro voltaram suas atenções precisamente para isso. São informações e dicas muito claras e objetivas, o que torna a obra extremamente útil para a finalidade a que se destina. Para todos aqueles que desejam elaborar um trabalho científico (TCC, dissertação de mestrado, tese de doutoramento etc.), nada mais conveniente que ter em mãos uma obra de fácil consulta. Todo trabalho científico deve ser desenvolvido de acordo com uma estrutura, que é composta de dados pré-textuais (capa, folha de rosto, dedicatória, agradecimentos, sumário, introdução etc.), textuais (conteúdo a ser desenvolvido, com início, meio e fim) e pós-textuais (anexos etc.). Em primeiro lugar, o interessado deve cuidar dos elementos pré-textuais, que são os que antecedem o conteúdo do trabalho e o individualizam (por meio de uma introdução, na qual são explicitados os objetivos da obra, a metodologia etc.). A justificativa da escolha do tema também é relevante, mostrando a originalidade da pesquisa, quando é o caso. Em segundo lugar, vem o conteúdo principal da pesquisa, os debates teóricos, as evidenciações e objeções, as controvérsias doutrinárias etc. Os elementos pós-textuais complementam o projeto, facilitando informações extras para o leitor. Os três autores deste livro já contavam (e contam) com qualificação técnica e científica mais do que recomendada para sua elaboração. Lucas de Souza Lehfeld é Pós-doutor em Direito pela Universidade de Coimbra (POR), Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP) e Mestre em Direito pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Graduado em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP e em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo (FEA/RP – USP). É avaliador de Cursos de Direito pelo INEP/MEC, Coordenador do Curso de Direito do Centro Universitário Barão de Mauá (CUBM) e Professor do Curso de Pós-Graduação em Direito Público da Pontifícia Universidade Católica – PUC/MG. Autor das obras Controle das Agências Reguladoras e Agências Reguladoras, pela Editora Atlas, Código Florestal Comentado e Anotado – Artigo por Artigo, pela Editora Método. Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira é Doutor em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008), Mestre em Direito do Estado Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e atualmente Coordenador do Curso de Direito da UNAERP, onde é Professor de Direito Constitucional da graduação e do Programa de Mestrado. Procurador do Estado de São Paulo. Foi membro eleito do Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo. Professor convidado de direito constitucional do Curso LFG, professor convidado de cursos de pós- graduação (PUC-COGEAE, USP-FDRP, UFBA, Escola Superior do Ministério Público, JUSPODIVM e FAAP), orientador da pós-graduação da Escola Superior da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo e da USP- FDRP. Autor de vários livros jurídicos. Paulo Eduardo Lépore é Mestre em Direitos Coletivos e Função Social do Direito pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP e Advogado. É Coordenador da Comissão de Direitos Infanto-juvenis da Décima Segunda Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de São Paulo (OAB- SP) e Coordenador da Pós-graduação em Direito e Professor da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG (Frutal-MG). Coordenador de Pesquisa e Monografia e Professor de Pós-graduação e Graduação da Faculdade Barretos – FB (Barretos-SP). Coordenador da Revista Juris Barretos. Professor do Centro Universitário Barão de Mauá – CBM (Ribeirão Preto- SP). Professor da Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes – LFG (“Pós- Graduação, “TV LFG” e “Aulas Temáticas na Web”). Ex-bolsista CAPES e FAPESP. Coautor das obras Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado (2010)e Comentários à Lei Nacional da Adoção – Lei 12.010/09 (2009), ambas publicadas pela Editora Revista dos Tribunais. Nada do que é imprescindível para a elaboração de um excelente trabalho científico ficou de fora deste livro. Como escolher o tema a ser desenvolvido, como elaborar seu projeto científico, como cuidar dos elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, tudo, enfim, mereceu a devida atenção dos autores. Obra enxuta, por força da sua linguagem direta, mas muito elucidativa e estimulante. Que este livro tenha o merecido acolhimento de todos os acadêmicos e interessados na elaboração de trabalhos científicos. São Paulo, 10 de fevereiro de 2011 Luiz Flávio Gomes Doutor em Direito Penal pela Universidade Complutense de Madrid Nota da Editora: o Acordo Ortográfico foi aplicado integralmente nesta obra. 1. 2. 2.1 2.2 2.2.1 2.2.2 2.2.3 2.2.4 2.2.5 2.2.6 2.2.7 2.2.8 2.3 2.4 3. INTRODUÇÃO PRIMEIROS PASSOS Desvendando o trabalho científico: o que é uma monografia jurídica? Tipos de trabalhos científicos Artigo científico Paper Sinopse Informe científico Ensaio científico Resenha crítica Monografia e Dissertação Tese de Doutorado A escolha do tema A escolha do orientador e a atividade de orientação CONCEITOS IMPORTANTES 4. 4.1 4.2 4.3 4.4 4.4.1 5. 5.15.1.1 5.1.2 5.1.3 5.1.3.1 5.1.3.2 5.1.4 5.1.5 5.1.6 5.1.7 5.1.8 5.1.9 5.1.10 5.1.11 5.1.12 5.1.13 5.1.14 5.1.15 5.2 5.2.1 PROJETO DE TRABALHO CIENTÍFICO Capa Folha de Rosto Sumário Desenvolvimento do projeto de pesquisa (elementos essenciais) Elementos do projeto de pesquisa TRABALHO CIENTÍFICO: OS ELEMENTOS TEXTUAIS Elementos pré-textuais Capa (obrigatório) Lombada (opcional) Folha de rosto (obrigatório) Anverso da folha de rosto Verso da folha de rosto Errata (opcional) Folha de aprovação (obrigatório) Dedicatória(s) (opcional) Agradecimento(s) (opcional) Epígrafe (opcional) Resumo na língua vernácula (obrigatório) Resumo em língua estrangeira (obrigatório) Lista de ilustrações (opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de símbolos (opcional) Sumário (obrigatório) Elementos textuais Introdução 5.2.2 5.2.3 5.2.4 5.2.5 5.3 5.3.1 5.3.2 5.3.3 5.3.4 5.3.5 6. 6.1 6.1.1 6.1.2 6.1.3 6.1.4 6.1.5 6.1.6 6.1.7 6.1.8 6.1.9 6.1.10 6.1.11 6.1.12 6.1.13 6.1.14 6.1.15 Desenvolvimento do texto Considerações finais Estilo de linguagem Organização do texto Elementos pós-textuais Referências (obrigatório) Glossário (opcional) Apêndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) Índice (opcional) NORMAS PARA CONFECÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO Formato Folha Texto Impressão Fonte da letra Tamanho de letra Tabulação de parágrafo Margem Espaçamento Seções e subseções Títulos sem indicativo numérico Elementos sem título e sem indicativo numérico Notas de rodapé Paginação Siglas Equações e fórmulas 6.1.16 6.1.17 6.1.18 6.1.18.1 6.1.18.2 6.1.18.2.1 6.1.18.2.2 6.1.18.3 7. 7.1 7.2 7.2.1 7.2.2 7.2.3 7.2.4 7.2.5 7.2.6 7.2.7 7.2.8 7.2.9 7.2.10 7.2.11 7.2.12 7.2.13 7.2.14 7.2.14.1 Ilustrações Tabelas Citações Definições Citações no texto Sistema autor-data Sistema nota de rodapé Notas de referência (utilização de Id.; Ibid.; op. cit.; loc. cit.; Cf.) REFERÊNCIAS Tipos de autoria Exemplos de referências Obra ou Monografia (no todo) Capítulo de obra (parte de obra / monografia) Periódico (revista) no todo Parte de periódico (revista) Artigo de revista, boletim (periódico) Artigo e/ou matéria de jornal Eventos científicos Trabalhos apresentados em congressos Dissertações e Teses Entrevistas Legislação (leis, medidas provisórias, decretos etc.) Jurisprudência Normas Técnicas Material divulgado em meio digital / eletrônico Base de dados (no todo) em CD-ROM, disquete e outras mídias 7.2.14.2 7.2.14.3 7.2.14.4 7.2.14.5 7.3 8. 8.1 8.2 8.3 9. 9.1 9.1.1 9.1.2 9.1.3 9.1.4 9.1.5 9.2 9.2.1 9.2.2 9.2.3 9.3 9.3.1 Base de dados (em parte) em CD-ROM, disquete e outras mídias E-mail Monografia (no todo ou em parte) em meio eletrônico Artigo e/ou matéria de revista, boletim, em meio eletrônico Expressões que podem ser utilizadas na ausência de dados em referências DEFESA ORAL Introdução Composição das bancas de defesa A apresentação oral A PESQUISA JURÍDICA Fontes de pesquisa jurídica Jurisprudência Dissertações de mestrado e teses de doutorado Periódicos Bases de dados na área do Direto Bibliotecas Métodos de pesquisa Método dedutivo Método indutivo Método dialético Fomento à pesquisa: as bolsas de estudo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 9.3.2 9.3.3 9.3.4 9.3.5 9.3.6 9.3.7 9.4 10. 10.1 10.2 10.3 10.4 Anexo A – Anexo B – Anexo C – Anexo D – Anexo E – Anexo F – Anexo G – Tecnológico – CNPq Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular – FUNADESP As Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados – FAPs Fundos setoriais de ciência e tecnologia Outras formas de incentivo à pesquisa científica: prêmios, processos de seleção de projetos e concursos de monografias Transformação do trabalho científico em artigo DICAS E BOAS PRÁTICAS PARA A PESQUISA 109 A importância do sumário provisório (projeto de pesquisa) Técnica redacional Ética na pesquisa: o problema do plágio e do autoplágio Administração do tempo REFERÊNCIAS ANEXOS Ordem dos elementos Modelo de Capa Modelo de Lombada Modelo de Folha de Rosto Modelo de Ficha Catalográfica (verso da folha de rosto) Ficha de Avaliação Modelo de Dedicatória Agradecimentos Epígrafe Anexo H – Anexo I – Modelo de Resumo Abreviaturas dos meses (utilização em referências bibliográficas) A proposta do presente manual é auxiliar o estudante ou o profissional do direito na confecção de trabalhos científicos, como monografias, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Busca-se, de forma clara e objetiva, esclarecer ao acadêmico as principais normas referentes à organização e apresentação da monografia jurídica, determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), principalmente àquelas que versam sobre citações, referências bibliográficas e formatação do trabalho. A ABNT é o órgão competente, no país, para determinar normas sobre elaboração de trabalhos técnicos e científicos. Assim, o respeito a essas regras é de fundamental importância para a legitimação da monografia como trabalho científico. Além das normas da ABNT, o manual também apresenta orientações metodológicas rápidas e úteis para o processo de investigação científica, como a busca, valendo-se da tecnologia (v.g. Internet), de fontes de pesquisa jurídica confiáveis e atuais, ou mesmo dicas para a elaboração do texto científico. Nesse manual, portanto, o acadêmico poderá encontrar regras para realizar citações e referências bibliográficas das obras utilizadas em sua pesquisa. Também saberá desenvolver a pesquisa científica, desde o projeto de pesquisa até a apresentação do trabalho monográfico com todos os seus elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais obrigatórios de acordo com as normas da ABNT, e com a adequada orientação metodológica na elaboração do texto. 2.1 DESVENDANDO O TRABALHO CIENTÍFICO: O QUE É UMA MONOGRAFIA JURÍDICA? Quem está em vias de concluir o curso de graduação em direito fica apreensivo para a realização da monografia jurídica. Mas o que é uma monografia? Como a própria expressão revela, monografia significa única (mono) escrita (grafia), ou seja, um trabalho que se desenvolve a partir da escrita ou do desenvolvimento de um único tema, respeitando-se regras de pesquisa e metodologia científica. Com o passar dos anos a monografia jurídica passou a receber o nome de TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, porque se realizava e apresentava apenas no último ano do curso de direito. Hodiernamente, em alguns cursos brasileiros, as monografias podem ser realizadas e apresentadas no penúltimo ano do bacharelado em direito, de modo que alguns cursos de direito referem-se a ela apenas como TC – Trabalho de Curso. Também já existem algumas faculdades, centros universitários e universidades que, no TC ou TCC, em vez de monografias, exigem outros tipos de trabalhos científicos, a exemplo de artigos. 2.2 2.2.1 2.2.2. 2.2.3 Assim é que se torna importante o conhecimento sobre os diversos tipos de trabalhos científicos. TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS Artigo científico O artigo científico tem o propósito de difundir os resultados de um projeto de pesquisa, ou mesmo de uma monografia, dissertação ou tese. Geralmente publicado em periódicos, contém título, nome do autor, sumário sintético, resumo (em português e em outro vernáculo), palavras- chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. Ademais, o texto deve apresentar entre 5 e 25 laudas, dependendo, evidentemente, das normas para publicação do periódico em que será apresentado. O autor deve buscar as normas de publicação antes da elaboração do artigo, além de visar publicações que tenham avaliação pela CAPES, em seu “Portal de Periódicos” (<http://novo.periodicos.capes.gov.br>), que será objeto de tópico próprio deste livro. Paper Conhecido como “pequeno artigo”. Geralmente, é apresentado de duas a dez laudas e estruturado como artigo científico. Pode ser publicado em anais ou revistas, contendotítulo, indicação do autor, texto e referências. Sinopse Trata-se de pequeno texto, menor do que o resumo, com uma apresentação sintética da pesquisa ou do trabalho. É utilizado geralmente para montagem de banco de dados bibliográficos documentais e anais de publicação. http://novo.periodicos.capes.gov.br 2.2.4 2.2.5 2.2.6 2.2.7 Informe científico Trata-se de meio científico de comunicação de resultados parciais de uma pesquisa. É documento sintético, em que são descritos os procedimentos metodológicos da pesquisa científica, demonstrando os dados levantados e analisados. Ensaio científico É um ensaio teórico, que traz a visão de determinado problema de pesquisa. É um documento que apresenta pensamento analítico e crítico a respeito de uma temática. Resenha crítica Apresenta de forma analítica e crítica o conteúdo de uma obra bibliográfica. Trata-se de uma pesquisa científica em nível preliminar, simples, exploratória e crítica. Monografia e Dissertação As monografias são apresentadas nas conclusões dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu (também chamada de especialização). Já as dissertações são os trabalhos exigidos para o encerramento dos cursos de pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado. Monografias e dissertações são trabalhos de natureza reflexiva, pois comunicam os resultados de uma pesquisa realizada. Devem apresentar o tema com rigor e seriedade teórico-metodológica. Podem ser descritivos, argumentativos ou dissertativos. Os temas das monografias e dissertações não precisam ser inéditos, porém, devem retratar o processo de pesquisa de forma autêntica e fundamentada em fontes bibliográficas e documentais, trazendo as diversas correntes sobre o tema, adotando o autor uma delas. O texto também deve ser 2.2.8 2.3 realizado com coerência, logicidade e clareza, bem como submetido a rigor metodológico (respeitando-se as normas da ABNT). Tese de Doutorado1 Trata-se do requisito para a obtenção do título de doutor em uma pós- graduação stricto sensu em nível de doutorado. A tese representa uma contribuição técnico-científica para a área de estudo apresentada no trabalho. É uma investigação original de um tema, com maior grau de profundidade, principalmente quanto ao levantamento da problemática da pesquisa. Ou seja, o tema, aqui, precisa ser inovador. Assim, exige capacidade de análise, reflexão, argumentação, criatividade e síntese. Neste caso, o pesquisador deve apresentar maturidade na investigação científica, ter familiaridade com a pesquisa, metodologia e domínio da temática. A ESCOLHA DO TEMA Uma das principais fases de elaboração de um trabalho científico é a escolha do tema. Trata-se de etapa na qual é imprescindível optar por um assunto sobre o qual o autor tenha verdadeira paixão, considerando que esta viabilizará grande motivação para enfrentar um árduo trabalho na pesquisa, redação e revisão do trabalho e, ao final, a defesa. É recomendável que, antes de procurar o orientador, o autor já tenha feito uma pesquisa bibliográfica identificando as principais dificuldades do tema, seja em relação à quantidade e qualidade das obras sobre o assunto, seja pelo interesse que este despertará na comunidade acadêmica, sempre pensando na publicação futura de um artigo ou de um livro. Caso o autor esteja com muitas dúvidas quanto ao tema e à bibliografia adequados, procurar o orientador é sempre a melhor solução. Alguns apontam que a escolha do tema é o momento mais difícil, mas o 1) 2) 3) autor do trabalho deverá ter consciência de que somente a pesquisa inicial mostrará se o tema será ou não interessante para ser levado ao orientador. Há uma tendência a escolher temas genéricos, mas tal situação deverá ser superada, considerando que a monografia (“mono” significa único) deverá tratar de assunto específico ou pontual. Neste momento, é imprescindível o auxílio do orientador. Não poderá o autor se esquecer de problematizar o tema, isto é, transformá-lo em algumas questões, respondendo-as após minuciosa pesquisa. Superada a fase de identificação das obras, objeto da pesquisa, temos o estudo de doutrina, jurisprudência e legislação da área, que serão objeto da leitura científica, a qual, segundo CERVO e BERVIAN (2002, p. 34), se constitui de três etapas: Visão sincrética, na qual se realizará uma leitura de reconhecimento que tem como objetivo localizar as fontes numa aproximação preliminar sobre o tema, e a leitura seletiva, localizando as informações de acordo com os propósitos do estudo; Visão analítica, que compreende a leitura crítico-reflexiva dos textos selecionados acompanhada de reflexão, na busca dos significados e na escolha das ideias principais; Visão sintética, a qual constitui a última etapa do Método de Leitura Científica, concretizada por meio da leitura interpretativa e realizada a partir dos referenciais estabelecidos pela proposta. Realizada a leitura, deverá o autor elaborar a ficha bibliográfica, que consiste no fichamento da obra, contendo a identificação do autor (nome e prenome), o título da obra, a edição, a editora, o ano, bem como a reprodução do conteúdo lido de interesse do pesquisador, com a indicação da página que foi retirada a informação, se possível. Esse registro será de grande valia quando da elaboração tanto do projeto de pesquisa, como o próprio trabalho científico. O pesquisador pode classificar as fichas de diversas formas, dependendo 2.4 da sua necessidade. Assim, pode fazê-lo por ordem alfabética pelo nome do autor, por assuntos ou temas, por títulos das obras analisadas etc. Atualmente, esse processo é realizado por meio de arquivos de editores de texto, como o Word. Exemplo de ficha bibliográfica: TEMA OU ASSUNTO: IDENTIFICAÇÃO DA OBRA: NOME, Prenome. Título da obra. n.° ed. (edição) Local da Editora: Editora, ano. SELEÇÃO DO CONTEÚDO DE INTERESSE: Aqui o pesquisador pode selecionar trechos da obra consultada, identificando a página no qual se encontra o conteúdo transcrito, se possível. Ou pode ser realizado um resumo do texto pesquisado, com as informações principais do autor analisado. A ESCOLHA DO ORIENTADOR E A ATIVIDADE DE ORIENTAÇÃO A escolha do orientador é de suma importância para o sucesso da pesquisa e da confecção do trabalho científico. Trata-se de uma relação interpessoal que, além do conhecimento científico na área de interesse, apresenta outros fatores que devem ser trabalhados pelas partes envolvidas, como empatia e compromisso com a pesquisa. O planejamento da orientação, portanto, é imprescindível para o regular andamento da investigação científica e apresentação do trabalho. Portanto, deve-se estabelecer, num primeiro momento, o cronograma das atividades que serão realizadas ao longo da pesquisa, agendando os momentos de orientação; como datas das reuniões com o orientador, de apresentação do levantamento bibliográfico, entrega de capítulos, de correção do texto e apresentação do trabalho. O cronograma deve ser revisto sempre que houver variáveis que atrasem ou dificultem a pesquisa, como, por exemplo, a demora em adquirir determinada obra, ou mesmo compromissos não previstos, como o cancelamento de reuniões de orientação. Por isso, o cronograma realizado deve ser coerente com a disponibilidade de tempo do orientando e orientador, levando-se em consideração as atividades profissionais e sociais de cada um dos envolvidos na pesquisa. A fixação de metas, sem considerar essas variáveis, pode trazer desânimo e frustração pelo seu descumprimento por parte do orientando. O texto a ser apresentado para análise e avaliação do orientador deve conter rigor metodológico, bem como técnica redacional adequada, com observância à gramática e ortografia. Essas características facilitam a correção do conteúdo do trabalho, otimizando o tempo de análise por parte do orientador. Ademais, a orientação deve se concentrar na linha de raciocínio utilizada, coesão textual, referencial teórico e levantamento bibliográfico, e não em erros de português ou mesmo metodológicos (ex.: utilizaçãoadequada das normas da ABNT). 1 __________ Tal como fizemos quanto à dissertação de mestrado, apenas tecemos brevíssimas considerações sobre a tese de doutorado, já que esta não constitui nosso objeto de estudo, neste trabalho. 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) Conforme ABNT NBR 14724, de 17.03.2011 (válida a partir de 17.04.2012), alguns termos são importantes no processo de elaboração do trabalho científico. Assim, como medida de esclarecimento, listamos, logo abaixo, alguns conceitos: Abreviatura: representação de uma palavra por meio de alguma(s) de sua(s) sílaba(s) ou letra(s); Agradecimento: texto em que o autor faz agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante à elaboração do trabalho; Anexo(s): texto ou documento não elaborado pelo autor que serve de fundamentação, comprovação e ilustração; Apêndice(s): texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho; Capa: proteção externa do trabalho sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação; Citação: menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte; Dados internacionais de catalogação: também conhecida como ficha catalográfica, que se encontra no verso da folha de rosto, em que há o registro das informações que identificam a publicação na sua situação atual; Dedicatória(s): página em que o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho; Dissertação: documento que representa o resultado de um 10) 11) 12) 13) 14) 15) 16) 17) 18) 19) 20) 21) 22) 23) 24) trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção do título de mestre; Elementos pós- textuais: elementos que complementam o trabalho; Elementos pré- textuais: elementos que antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho; Elementos textuais: parte do trabalho em que é exposta a matéria; Epígrafe: página em que o autor apresenta uma citação, seguida de indicação de autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho; Errata: lista das páginas e linhas em que ocorrem erros, seguidas das devidas correções. Apresenta-se quase sempre em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso; Folha de aprovação: página que contém os elementos essenciais à aprovação do trabalho; Folha de rosto: página que contém os elementos essenciais à identificação do trabalho; Glossário: relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido dúbio, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições; Ilustração: desenho, gravura, imagem que acompanha um texto; Índice: lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto; Lombada: parte da capa do trabalho que reúne as margens internas das folhas, sejam elas costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra maneira; Referências: conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento que permite sua identificação individual; Resumo em língua estrangeira: versão do resumo para idioma de divulgação internacional; Resumo na língua vernácula: apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho; Sigla: reunião das letras iniciais 25) 26) 27) 28) 29) 30) dos vocábulos fundamentais de uma denominação ou título; Símbolo: sinal que substitui o nome de uma coisa ou de uma ação; Sumário: enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede; Tabela: elemento demonstrativo de síntese que constitui unidade autônoma; Tese: documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do título de doutor, ou similar; Trabalhos acadêmicos – similares (trabalho de conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI, trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamento e outros): documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. Volume: unidade física do trabalho. 4.1 Em regra, os trabalhos científicos são precedidos de um projeto de pesquisa. Assim se dá com as monografias, dissertações e teses de doutorado. O projeto de pesquisa é um documento preliminar ao trabalho científico e que tem por objetivo estabelecer as diretrizes para a investigação que será realizada, especialmente quanto à delimitação do tema a partir de uma problematização. Isso porque a pesquisa se inicia por meio de um problema, um questionamento sobre a realidade que o pesquisador pretende desvendar. Assim, quanto à estrutura do projeto, o acadêmico deverá delimitar o título de seu trabalho, demonstrar a justificativa e relevância do objeto a ser estudado (pesquisado), apresentar a sua fundamentação jurídico-social e histórica, expor a problematização, estabelecer os objetivos, esclarecer sobre a metodologia utilizada, elaborar um sumário provisório do trabalho a ser realizado (resultado da pesquisa), apresentar o cronograma de execução e a bibliografia básica. Como o objetivo desse guia é se tornar objeto de consulta prática, segue abaixo um modelo de projeto de pesquisa, com todos os elementos supracitados, de forma comentada. CAPA 4.2 INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR CURSO DE DIREITO PROJETO DE PESQUISA TÍTULO DO TRABALHO Discente: NOME COMPLETO DO ALUNO, EM CAIXA ALTA Orientador: NOME COMPLETO DO DOCENTE, EM CAIXA ALTA CIDADE ANO FOLHA DE ROSTO NOME DO DISCENTE TÍTULO DO TRABALHO 4.3 2.1 2.2 5.1 5.2 4.4 Projeto de pesquisa apresentado como cumprimento parcial da Disciplina / Curso (COLOCAR A FINALIDADE DO PROJETO) CIDADE ANO SUMÁRIO SUMÁRIO 1. Título do projeto de pesquisa p. 2. Justificativa, relevância e fundamentação teórico-empírica p. Justificativa e relevância do projeto de pesquisa p. Justificativa e fundamentação teórico-empírica do tema p. 3. Problematização p. 4. Hipóteses p. 5. Objetivos p. Objetivo geral p. Objetivos especiais p. 6. Revisão da Literatura p. 7. Metodologia e Referencial Teórico p. 8. Desenvolvimento do trabalho (sumário provisório) p. 9. Cronograma p. 10. Orçamento p. 11. Referências p. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE PESQUISA (ELEMENTOS ESSENCIAIS) 4.4.1 1. 2. 2.1 2.2 Abaixo, apresentamos o desenvolvimento do projeto de pesquisa. Cabe ressaltar que os elementos apresentados são obrigatórios. Há possibilidade de acrescentar outros, dependendo da necessidade do pesquisador e dos objetivos da pesquisa. Assim, o projeto também poderá, por exemplo, apresentar as hipóteses da pesquisa (afirmações relacionados ao problema levantado que serão testadas quando da investigação científica, no intuito de se buscar a resposta para a problematização), a revisão da literatura (levantamento bibliográfico prévio, para esclarecimento a respeito de termos e conceitos que serão utilizados no trabalho científico) e o orçamento (planejamento dos custos, despesas e receitas da pesquisa que será realizada). Elementos do projeto de pesquisa Os elementos serão apresentados com numeração, na seguinte sequência lógica: TÍTULO DO TRABALHO Título em Negrito e Itálico JUSTIFICATIVA, RELEVÂNCIA E FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICO-EMPÍRICA JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO DE PESQUISA O discente deve apresentar as possíveis contribuições geradas para a comunidade científica, destacando a importância do tema para a ciência do direito a partir dos contextos jurídico, político e social em que se insere. JUSTIFICATIVA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-EMPÍRICA DO TEMA Trata-se da maior e mais importante parte do projeto. Nesse ponto devem ser esclarecidos todos os aspectos científicos relativos ao tema. Deve- se descrever a questão de fundo que ilustra o tema, apontando-se os fundamentos jurídicos que irão permear o desenvolvimento do trabalho até a 3. 4. 5. 5.1 sua conclusão. São imprescindíveis os apontamentos detalhados referentes às fontes do direito que serão utilizadas. PROBLEMATIZAÇÃO Deve-se construir um questionamento a que o trabalho se proporá a esclarecer. Recomenda-se a utilização de uma frase interrogativa seguida dos possíveis desdobramentos gerados pela pergunta. HIPÓTESES Uma vez levantada a problematização a ser esclarecida, o desenvolvimento da pesquisa científica praticamente se orienta por meio de hipóteses apresentadas já em fase de projeto de pesquisa. Elas, na verdade, são teorias inicialmente destacadas como possíveis respostas ou soluções ao problema ou questionamento levantado pelo pesquisador. São teses que serão colocadas à verificação, no sentido de se constatar a sua veracidade e relação com o tema e problema do projeto de pesquisa. Cabe ressaltar que as hipóteses devem ser levantadas de forma coerente, o que exige do pesquisador (aluno) conhecimento prévio do tema, por meio de uma pesquisa exploratória inicial, a partir de referências ou mesmo pela experiência prática na área jurídica a ser trabalhada na pesquisa. Por isso as hipóteses, em fase de projeto de pesquisa, embora não obrigatórias (depende da necessidade do pesquisador), são importantes para uma adequada condução da pesquisa científica. São “caminhos” (teorias) que serão selecionados e percorridos pelo pesquisador na busca daquele que seja mais objetivo, menos tortuoso, para se alcançar os objetivos (resultados) propostos. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Apontar o objetivo principal do projeto, ou seja, aquilo que se almeja 5.2 6. 7. construir ou que se deseja concluir. OBJETIVOS ESPECIAIS Nesse ponto deverão ser indicados os objetivos especiais que acompanharão ou servirão de embasamento para a consecução do objetivo geral. Os objetivos especiais deverão ser enumerados, utilizando-se como índice de referência as letras do alfabeto seguidas de parênteses. Exemplo: a) Analisar [...]; b) Estudar [...]; REVISÃO DA LITERATURA A revisão da literatura no projeto de pesquisa demonstra a maturidade científica do aluno (pesquisador) na realização da investigação científica. Neste momento, em razão da complexidade do tema, há por vezes a necessidade de esclarecer o significado de eventuais termos ou mesmo teorias que serão adotados e desenvolvidos no trabalho científico. Por isso, o projeto já deve apresentar um referencial bibliográfico que busque clarear eventuais dúvidas a respeito de institutos, teorias, ou mesmo conceitos a serem utilizados no texto final (resultado da pesquisa científica). A redação do texto a ser apresentado neste item do projeto deve levar em consideração as orientações normativas a respeito de citações diretas (longas e curtas) e indiretas (ABNT NBR 10.520:2002), uma vez que se baseia em literatura pesquisada. Constitui erro comum a utilização de conceitos doutrinários sem a devida citação. Até mesmo relatos históricos devem ter sua origem citada. METODOLOGIA E REFERENCIAL TEÓRICO A descrição da metodologia a ser utilizada no processo de investigação científica é item obrigatório do projeto de pesquisa. O sucesso da investigação científica depende do(s) método(s) científico(s) a ser(em) observado(s). A iter processual da investigação científica funda-se, basicamente, na problematização (início do processo), no levantamento das possíveis teses a respeito (hipóteses), na sua experimentação – verificando a veracidade e coerência com o problema gerador do processo –, e nas conclusões que decorrem dessa verificação. Para tanto, a metodologia compreende o(s) tipo(s) de pesquisa(s), o(s) método(s) científico(s) e o referencial teórico a serem utilizados na estruturação e desenvolvimento da investigação científica. Assim, no primeiro parágrafo desse item do projeto devem ser indicadas quais disciplinas estão envolvidas no desenvolvimento do trabalho, indicando-se, sucintamente, quais serão as fontes documentais pesquisadas (pesquisa bibliográfica). Se houver outros tipos de pesquisa, como documental (dados obtidos em documentos levantados e selecionados), de campo (observação in loco do objeto a ser estudado), ou mesmo qualitativa (interpretação dos dados e informações obtidos) ou quantitativa (baseada em estatística, mensuração, quantificação do objeto a ser estudado), eles devem ser também apontados, assim como seu alcance quanto à elaboração do trabalho. No segundo parágrafo deverão ser indicados os métodos que serão utilizados, por exemplo, dedutivo (processo de raciocínio lógico em que se parte de uma premissa maior [generalizada, teorizada] para compreender dados ou fenômenos estudados em particular), indutivo (processo de raciocínio em que, ao inverso do método dedutivo, se parte de dados em particular para generalizações, teorizações a respeito da realidade, fenômeno ou dado estudado), dialético (busca da síntese a partir da tese e de sua antítese – contraponto), analítico (decomposição do objeto estudado em partes, sendo cada uma delas analisadas) etc. No terceiro parágrafo, em pesquisas científicas mais complexas, que 8. dependam de maturidade científica, como dissertações de mestrado e teses de doutorado, o projeto de pesquisa deve apresentar o referencial teórico em que o pesquisador se baseará para a análise da problematização por meio de levantamento de hipóteses e propositura de objetivos e resultados a serem alcançados. Cabe ressaltar que o referencial teórico não se trata de revisão da literatura (esclarecimento de termos e institutos no sentido de suprir eventual dúvida inicial a respeito do tema), mas sim a referência (teoria(s), princípio(s), posição jurisprudencial, determinação legal), o supedâneo para a fundamentação e argumentação a respeito do problema e suas possíveis soluções. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO (SUMÁRIO PROVISÓRIO) Neste item devem ser apresentados todos os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Note-se que os elementos devem ser simplesmente enunciados, sendo descabido o desenvolvimento de qualquer um deles nesta fase de projeto. A elaboração do sumário provisório, para fins de otimização do tempo, é fundamental. Um bom sumário, mesmo que provisório, proporciona ao pesquisador segurança, uma vez que lhe revela o início, meio e fim do seu trabalho. Com o sumário, o pesquisador pode organizar o seu levantamento bibliográfico levando em consideração as seções (antigos capítulos do trabalho) e subseções do texto monográfico, além de começar a escrever pelo item (seção) mais importante, que seja o cerne da pesquisa, uma vez que no início, em regra, o pesquisador está mais disposto e motivado. Ademais, com a seção mais importante do trabalho já elaborada, o pesquisador tem parâmetros objetivos para distribuir seu esforço científico aos demais pontos a serem tratados. Como elaborar um sumário provisório? Depende do título do trabalho (que decorre do tema, e este, da problematização). O título do trabalho (tema delimitado) contém, na realidade, categorias teóricas que serão praticamente 2.1 2.1.12.2 2.2.1. 3.1 3.2 3.3 4.1 4.2 4.3 5.1 5.2 5.3 as seções do sumário provisório. Exemplo: O título do trabalho é “Controle social das Agências Reguladoras”. Pode-se, assim, definir as seguintes categorias: a) Agências como Entidades da Administração Pública; b) Agências Reguladoras; c) Controle da Administração Pública (tipos de controle);d) Controle social. Modelo de Sumário Provisório: A linha de pesquisa está estruturada genericamente da seguinte forma: 1. INTRODUÇÃO (corpo 14, negrito) 2. AGÊNCIAS COMO ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (TÍTULO DA SEÇÃO [“CAPÍTULO”], corpo 14, negrito) Título da subseção primária (corpo 12, negrito) Título da subseção secundária (corpo 12, sem negrito) Título da subseção primária Título da subseção secundária [...] 3. DAS AGÊNCIAS REGULADORAS Título da subseção primária Título da subseção primária Título da subseção primária 4. O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Título da subseção primária Título da subseção primária Título da subseção primária 5. O CONTROLE SOCIAL DAS AGÊNCIAS REGULADORAS Título da subseção primária Título da subseção primária Título da subseção primária 9. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7. REFERÊNCIAS CRONOGRAMA As atividades programadas para o desenvolvimento do trabalho deverão ser descritas na primeira coluna da tabela. Já o período destinado a cada atividade deve ser preenchido com “x” nas colunas seguintes da mesma linha. MESES Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Levantamento bibliográfico (doutrina nacional, estrangeira, bem como a legislação vigente) X X X X X X X X X X X X X X Análise de documentos, dados e informações relacionados ao tema X X X X X X X X X X X X X X 10. Confecção do texto X X X X Revisão e elaboração do texto final X X X X X X X X X X X X X X X X REFERÊNCIAS As referências devem ser organizadas em ordem alfabética, por nome do autor. Para sua elaboração, devem ser observadas as normas da ABNT (NBR 6023:2002). Exemplo (Vide Seção 7 – Referências): NOME DO AUTOR (Conhecido como SOBRENOME), Prenome. Título da Obra. n.° ed. (edição) Cidade da Editora: Editora, Ano da obra em algarismo algébrico. Observação importante: Deve-se lembrar de enumerar as páginas após o sumário do projeto. A estrutura de uma monografia, como qualquer outro trabalho científico (tese, dissertação etc.) deve observar os seguintes elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, de acordo com a ABNT NBR 14724:2011: Estrutura Elemento Seção correspondente Elementos pré-textuais Capa (obrigatório) elemento externo 3.1.1 Lombada (opcional) elemento externo 3.1.2 Folha de rosto (obrigatório) 3.1.3 Errata (opcional) 3.1.4 Folha de aprovação (obrigatório) 3.1.5 Dedicatória(s) (opcional) 3.1.6 Agradecimento(s) (opcional) 3.1.7 Epígrafe (opcional) 3.1.8 Resumo em língua vernácula (obrigatório) 3.1.9 Resumo em língua estrangeira (obrigatório) 3.1.10 5.1 5.1.1 a)b)c)d) e) f) Lista de ilustrações (opcional) 3.1.11 Lista de tabelas (opcional) 3.1.12 Lista de abreviaturas e siglas (opcional) 3.1.13 Lista de símbolos (opcional) 3.1.14 Sumário (obrigatório) 3.1.15 Elementos textuais Introdução 3.2.1 Desenvolvimento 3.2.2 Conclusão 3.2.3 Elementos pós-textuais Referências (obrigatório) 3.3.1 Glossário (opcional) 3.3.2 Apêndice(s) (opcional) 3.3.3 Anexo(s) (opcional) 3.3.4 Índice(s) (opcional) 3.3.5 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS Capa (obrigatório) Deve conter as informações transcritas abaixo, na seguinte ordem: nome da instituição; nome do autor; Título e subtítulo, se houver; número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do respectivo volume); local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; ano de depósito (da entrega). 5.1.2 a) b) c) 5.1.3 5.1.3.1 a)b)c) d) e) f) g)h) 5.1.3.2 5.1.4 Lombada (opcional) Conforme a ABNT NBR 12225, deve constar: nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da lombada. Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no sentido horizontal, com a face voltada para cima; título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome do autor; elementos alfanuméricos de identificação (p. ex., v. 2). Folha de rosto (obrigatório) Anverso da folha de rosto Os elementos devem constar na seguinte ordem: nome do autor; título principal do trabalho; subtítulo, quando houver: deve ser evidenciada a sua subordinação ao título principal, precedido de dois pontos; número de volumes, quando houver mais de um, em cuja folha de rosto deve constar a especificação do respectivo volume; natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros) e objetivo (aprovação em disciplina pretendido); nome da instituição a qual é submetido; área de concentração; nome do orientador e, se houver, do coorientador; local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado; ano de depósito (da entrega). Verso da folha de rosto Deve constar a ficha catalográfica, elaborada pela Biblioteca da Instituição de acordo com o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente. Errata (opcional) Elemento que deve ser inserido logo após a folha de rosto, constituído 5.1.5 5.1.6 5.1.7 5.1.8 5.1.9 5.1.10 pela referência do trabalho e pelo texto da errata, disposto da seguinte maneira: ERRATA Folha Linha Onde se lê Leia-se 40 5 aceitacao aceitação Folha de aprovação (obrigatório) Elemento colocado logo após a folha de rosto, constituído pelo nome do autor, título do trabalho e seu subtítulo (quando houver), natureza, objetivo, nome da instituição, área de concentração, data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertence (opcional). A data de aprovação e as assinaturas são colocadas após a aprovação do trabalho. Dedicatória(s) (opcional) Elemento colocado após a folha de aprovação. Agradecimento(s) (opcional) Colocado após a dedicatória. Epígrafe (opcional) Colocada após os agradecimentos. Resumo na língua vernácula (obrigatório) Constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas, não ultrapassando 500 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras-chave (no mínimo, três). Resumo em língua estrangeira (obrigatório) 5.1.11 5.1.12 5.1.13 5.1.14 5.1.15 Deve ser apresentado com as mesmas características do resumo em língua vernácula, digitado em folha separada (em inglês, Abstract; em espanhol, Resumen; p. ex.). Deve ser seguido das palavras-chave, na língua correspondente. Lista de ilustrações (opcional) Deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas e outros). Lista de tabelas (opcional) Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de página. Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Lista de símbolos (opcional) Deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com os devidos significados. Sumário (obrigatório) Elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas do(s) respectivo(s) número(s) da(s) página(s). Havendo mais de um volume, em cada um deve 5.2 5.2.1 5.2.2 5.2.3 constar o sumário completo do trabalho. ELEMENTOS TEXTUAIS Introdução Trata-se da parte inicial na qual é apresentado o trabalho. Contempla informações sobre natureza, importância, metodologia e objetivos da obra, e é pautada em uma revisão da literatura pertinente. Ademais, deve conter uma apresentação da estrutura de capítulos do trabalho. Apesar de aparecer na parte inicial do texto, é recomendado que ela seja redigida quando encerrado o desenvolvimento do trabalho, momento em que o autor já tenha adquirido maior maturidade e domínio sobre o tema, além de uma visão mais clara dos objetivos da obra. Ressalta-se que os títulos “Introdução”, “Considerações Finais” (ou “Conclusão”) também são numerados. O título “Referências” não, sendo este centralizado. Desenvolvimento do texto Concede-se ao autor total liberdade para a discussão,comparação e apresentação dos resultados referentes à pesquisa realizada. Desta forma, o tema deve ser desenvolvido de modo que se possibilite uma percepção completa da metodologia empregada, tomando-se o cuidado para que os resultados conseguidos sejam apresentados de maneira clara e objetiva, coerentes com a revisão bibliográfica que fomentou o seu desenvolvimento. É importante que o texto traga as diversas correntes jurídicas sobre o tema, não somente a adotada pelo autor, o que tornará o trabalho mais rico em conteúdo. Considerações finais 5.2.4 Nesta parte o autor deve avaliar os resultados do trabalho desenvolvido. Como desfecho do texto, é importante finalizar as ideias apresentadas ao longo da discussão do tema de cristalino e coerente, evitando apresentar dados quantitativos. Caso julgue pertinente, o autor pode sugerir ações a serem seguidas futuramente, em razão da complexidade do tema. Observação: Nas Considerações finais, não se deve apresentar citações. Trata-se de momento específico para as conclusões do autor do trabalho. Estilo de linguagem O texto deve ser redigido em Língua Portuguesa, preferencialmente no impessoal (ex.: Objetiva-se; Analisa-se etc.) ou primeira pessoa do plural, evitando-se fazer referência pessoal. Deve ser mantida a uniformidade de tratamento em todo o trabalho, precavendo-se do uso de expressões como “eu”, “minha pesquisa”, “nosso trabalho” etc. Importante primar pela consistência na apresentação, isto é, pela manutenção de um padrão uniforme em todas as fases. Os trabalhos científicos são caracterizados principalmente pela objetividade e clareza das informações. Tais características podem ser obtidas fazendo-se uso de frases curtas, que façam menção apenas a um pensamento. Recomendamos a utilização da obra: Curso de Português Jurídico, cujos autores são Antonio Henriques e Regina Toledo Damião, da Editora Atlas, que facilita na redação jurídica. Deve-se evitar redigir parágrafos formados somente por uma única frase. As frases que estejam relacionadas a um mesmo aspecto devem ser compiladas em um único parágrafo. Ademais, evitar expressões vagas (ex.: “parece ser”, “creio que” etc.) e outras que não transmitam a verdadeira ideia do objeto de estudo. É recomendado evitar a utilização de siglas e abreviaturas na redação do texto. Porém, caso sejam utilizadas, na primeira vez em que aparecerem no texto, devem vir na forma completa, acompanhada 5.2.5 5.3 5.3.1 5.3.2 da abreviatura entre parênteses. Vale observar que não se deve usar pontos para separar as letras das siglas. Termos antigos e antiquados, gírias e expressões vulgares devem ser evitados. Recomendável a utilização de dicionário, buscando a precisão da terminologia. Organização do texto O texto monográfico deve estar divido em capítulos, cada qual organizado em seções e subseções. Os capítulos (seções) devem ser numerados com algarismos arábicos ou romanos. A divisão das seções deve ser realizada por seções e subseções organizadas com algarismos arábicos, separados apenas por ponto. Vide item 4.1.9, supra, do presente guia. Os títulos das seções e subseções podem ser destacados utilizando-se recursos como, por exemplo, negrito ou caixa alta. Se houver necessidade de mais de três subseções, estas devem ser colocadas como alíneas, iniciadas em letras minúsculas seguidas de parênteses e espaço, e subalíneas começadas por hífen colocado sob a primeira letra da alínea (conforme demonstrado no item 4.1.9, supra). ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS Referências (obrigatório) São apresentadas de acordo com a ABNT NBR 6023. A formatação das referências encontra-se descrita em tópico próprio do presente guia. Glossário (opcional) Elaborado em ordem alfabética. 5.3.3 5.3.4 5.3.5 Apêndice(s) (opcional) Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e respectivos títulos. Exemplo: APÊNDICE A – Avaliação numérica das células somáticas. APÊNDICE B – Avaliação numérica das células-tronco. Quando esgotadas as 23 letras do alfabeto, podem-se utilizar letras maiúsculas dobradas: APÊNDICE AA – Avaliação numérica de sinapses dos neurônios do cérebro humano. Anexo(s) (opcional) Segue o mesmo padrão do Apêndice. Exemplos: ANEXO A – Representação gráfica das células somáticas. ANEXO B – Representação gráfica das células-tronco. Ou, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto: ANEXO AA – Representação gráfica de sinapses dos neurônios do cérebro humano. Índice (opcional) Elaborado em ordem alfabética, de acordo com a ABNT 6034. 6.1 6.1.1 6.1.2 6.1.3 6.1.4 FORMATO Folha Deve-se usar folha do tipo A4 (21 cm x 29,7 cm). Texto Deve ser digitado ou datilografado no anverso da folha, respeitando-se o número mínimo de laudas, em regra, determinado pelas normas da Instituição. Cabe ressaltar que pela nova norma da ABNT (NBR 14724:2011), o texto pode ser no anverso e no verso da folha (no entanto, deve-se atentar para as normas da Instituição a respeito da estruturação do trabalho científico e verificar se há essa possibilidade de uso do verso da lauda). Impressão O trabalho deve ser impresso com tinta de cor preta (cores somente para as ilustrações). Fonte da letra 6.1.5 6.1.6 6.1.7 6.1.8 6.1.9 Deve-se usar a fonte Times New Roman. Tamanho de letra O tamanho da letra deve ser 12 para todo o texto; excetuando-se as citações de mais de três linhas (10), notas de rodapé (10), paginação (10) e legendas das ilustrações e das tabelas (10). Quanto aos títulos e capítulos, deve-se utilizar o tamanho 14. Tabulação de parágrafo A tabulação deve ser de 2 cm, a partir da margem esquerda (observação: quando se tratar de citações de mais de três linhas, deve-se observar um recuo de 4 cm da margem esquerda). Margem As margens deverão obedecer aos seguintes limites: Margem esquerda: 3 cm (+ 1 cm para encadernação) Margem superior: 3 cm Margem direita: 2 cm Margem inferior: 2 cm Espaçamento O texto deve ser digitado/datilografado com espaço 1,5, excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição, que devem ser digitados/datilografados em espaço simples. As referências, no final do texto, devem ser separadas entre si por um espaço simples em branco. Seções e subseções Os títulos das seções devem começar na parte superior da lauda e ser separados do texto que os sucede por dois espaços 1,5, entrelinhas. Quanto às subseções, os títulos devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1,5. O indicativo número de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere. Deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto. Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta (ex.: os capítulos). Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito, itálico ou grifo, no sumário e de forma idêntica no texto. Exemplo: 1 TÍTULO DA SEÇÃO (CAPÍTULO) (seção primária, em negrito; caixa alta, corpo 14, alinhada à margem esquerda) (2 espaços 1,5) 1.1 Título (subseção primária, em negrito; só a primeira letra em caixa alta, corpo 12, alinhada à margem esquerda) (2 espaços 1,5) 1.1.1 Título (subseção secundária, em fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda) (2 espaços 1,5) 1.1.1.1 Título (subseção terciária; fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda) (2 espaços 1,5) 1.1.1.1.1 Título (subseção quaternária; fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda) (1 espaço 1,5) a) Alínea (fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda); (1 espaço 1,5) 6.1.10 6.1.11 6.1.12 b) Alínea; (1 espaço 1,5) – Subalínea (fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda) (1 espaço 1,5) – SubalíneaTítulos sem indicativo numérico Os títulos, sem indicativo numérico, como errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências, glossário, apêndice, anexo e índice, devem ser centralizados.1 Cabe ressaltar que a Introdução e as Considerações finais não são numeradas e devem estar alinhadas à margem esquerda, levando em consideração as regras referentes à seção primária (letras maiúsculas, corpo 14, negrito). Elementos sem título e sem indicativo numérico Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a epígrafe. Notas de rodapé Devem ser digitadas/datilografadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda.2 6.1.13 6.1.14 6.1.15 Paginação Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual (a partir da Introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha. No caso de trabalho constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume. Havendo apêndice(s) e anexo(s), as suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal. Siglas Quando aparecer pela primeira vez no texto, a forma completa do nome precede a sigla, colocada entre parênteses. Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Equações e fórmulas Devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos (expoentes, índices e outros). Exemplos: x + y = z ... (1) z + w = k ... (2) 6.1.16 6.1.17 Ilustrações Qualquer que seja seu tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas e outros), sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto e da fonte. A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere, conforme o projeto gráfico. Exemplo: (figura centralizada) Fonte: GEN (2011) (espaçamento 1,5) Figura 1 – Logotipo do Grupo Editorial Nacional. (junto à margem esquerda da folha) Tabelas Apresentam informações tratadas estaticamente. Observar as mesmas regras para as ilustrações, conforme item anterior. 6.1.18 6.1.18.1 a)b) c) d) 6.1.18.2 a)b) 6.1.18.2.1 a) Citações Devem ser realizadas de acordo com a ABNT NBR 10520 e NBR 6023. Definições citação: menção de uma informação extraída de outra fonte; citação de citação: citação direta ou indireta de um texto a cujo original não se teve acesso; citação direta: transcrição textual de parte da obra do autor consultado; citação indireta: texto baseado na obra do autor consultado. Citações no texto As citações no texto podem ser realizadas a partir de dois sistemas, quais sejam: sistema autor-data; sistema de notas de rodapé. Sistema autor-data Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas, e, quando estiverem entre parênteses, em letras maiúsculas. Em seguida, exemplos de citações diretas e indiretas no texto, valendo- se do Sistema autor-data, conforme ABNT NBR 10520.3 Citação indireta, sobrenome do autor fora de parênteses e com menos de três linhas. Nesse caso, apenas é obrigatório o ano da obra referida. A indicação do número da página consultada é opcional: A ironia seria assim uma forma implícita de b) c) d) e) heterogeneidade mostrada, conforme a classificação da proposta por Authier-Reiriz (1982). Citação direta (deve-se usar a citação entre aspas), sobrenome do autor fora de parênteses e com menos de três linhas. Nesse caso, deve constar entre parênteses o ano e o número de página da obra referente à citação. Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a “[...] relação da série São Roque com os granitos porfiroides pequenos é muito clara.” Citação direta, sobrenome do autor, ano e número de página entre parênteses, com menos de três linhas. Deve constar no final da citação. “Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293). Havendo outros elementos indicativos da obra, como volume, tomo ou seção da fonte consultada, nas citações diretas, devem ser especificados. Devem seguir a data, separados por vírgula e precedido pelo termo que o caracteriza, de forma abreviada. Nas citações indiretas, é opcional. Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio”, de A Semana: “Houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou a lei, que a regente sancionou [...]” (ASSIS, 1994, v. 3, p. 583). As aspas devem ser utilizadas em citação direta, com menos de f) g) três linhas. Aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. Segundo Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma ‘arte de conversação’ que abrange tão extensa e signifi-cativa parte da nossa existência cotidiana [...].” As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com corpo menor (tamanho 10) que a do texto utilizado e sem as aspas, com espaçamento de entrelinhas simples. Quanto ao espaçamento entre parágrafos que antecede e sucede à citação, deve-se utilizar 1,5. <<4 cm>> A teleconferência permite ao indivíduo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone, e computador, Através de audioconferência, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de áudio pode ser emitido em um salão de qualquer dimensão. (NICHOLS, 1993, p. 181). Citações de dois ou três autores. Devem ser mencionados os autores na ordem de apresentação na obra citada. “Não se mova, faça de conta que está morta.” (CLARAC; BONNIN, 1985, p. 72). (citação direta). “A CTNBio possui fundamental responsabilidade frente ao desenvolvimento econômico sustentável.” (LEHFELD; ARAÚJO; LEPORE, 2006, p. 50). Conforme Lehfeld, Araújo e Lepore (2006), a nova Lei de Biossegurança não surtiu os efeitos esperados, especialmente h) i) j) k) l) para a disciplina da clonagem. (citação indireta) Quando houver mais de três autores, utilizar a expressão “et. al.” (que significa “e outros”). Segundo Tárrega et. al. (2006), a democracia representativa encontra-se falida. A busca, hodiernamente, é de instrumentos democráticos participativos. “A democracia representativa está morta.” (LEHFELD et. al., 2006, p. 8). Quando houver coincidência de sobrenomes e ano da obra, os prenomes devem servir como diferenciadores. Exemplos: (SOUZA, F., 1993) e (SOUZA, A., 1993) (BARBOSA, Cássio, 1965) e (BARBOSA, Celso, 1965) Quando ocorrer citação de obras de mesma autoria, publicadas no mesmo ano, acrescenta-se, para distingui-los, letras minúsculas do alfabeto logo após a data, sem espaço. Exemplos: (ABIQUIM, 1998a); (ABIQUIM, 1988b) e (ABIQUIM, 1998c) Em conformidade com Gomes Júnior (2004a), [...]. Citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, têm as suas datas separadas por vírgula. Exemplos: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) (CRUZ; CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000) Citações indiretas de diversas obras de vários autores, mencionados m) n) o) simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula, em ordem alfabética. Diversos autores salientam a importância do “acontecimento desencadeador”no início de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MERIZOW, 1991). Nos casos em que não há menção da autoria pela obra, indicar a instituição responsável, seguindo as mesmas regras anteriormente dispostas para as citações diretas e indiretas. “Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstância, sem quaisquer restrições estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros.” (COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS, 1992, p. 34). Nos casos de citação de obras sem indicação de autoria ou responsabilidade, mencionar a primeira palavra do título seguida de reticências, data de publicação do documento e página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses. “As IES implementarão mecanismos democráticos, legítimos e transparentes de avaliação sistemática das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55). No caso em que há citação de outra citação, deve-se utilizar a expressão “ apud”, que significa “citado por”, “conforme”, “segundo”.4 Exemplos: Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...]. “[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de 1937, preservado de modo encapuzado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud SEGATTO, 1995, p. 214-215). 6.1.18.2.1.1 Citações no texto e sua correspondente referência Cabe ressaltar que as citações realizadas no texto, sejam diretas ou indiretas, devem ser referenciadas no final do trabalho, quando relacionadas às obras consultadas (Referências). Nesse caso, deve-se observar as regras previstas no item 4 do presente guia. Exemplo I a) No texto O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o chamado Contrato de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como forma de reduzir os investimentos públicos no ensino superior (BRASIL, 1995). b) Nas referências (localizada no final do trabalho, após as conclusões) BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995. Exemplo II a) No texto De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de conteúdos já previamente disponíveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA; METZ, 1976, p. 3). b) Nas referências JOSSUA, J. P.; METZ, J. B. Editorial: Teologia e Literatura. Concílium, Petrópolis, v. 115, n. 5, p. 2-5, 1976. Exemplo III a) No texto Merriam e Caffarella (1991) observam que a localização de recursos tem um papel crucial no processo de aprendizagem autodirigida. b) Nas referências MERRIAM, S.; CAFFARELLA, R. Learning in adulthood: a comprehensive guide. São Francisco: Jossey-Bass, 1991. Exemplo IV a) No texto Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar esta situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a validade do direito romano ponderando que este era o direito do Império Romano que tinha sido reconstituído por Carlos Magno com o nome de Sacro Império Romano.” b) Nas referências 6.1.18.2.2 a) b) c) BOBBIO, Noberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, 1995. Sistema nota de rodapé Neste caso, as citações devem ser referenciadas por notas de rodapé, com a utilização da ABNT NBR 6023:2002. Citação indireta, com indicação do autor no texto: faz-se a referência em nota de rodapé, iniciando-se com o título da obra em negrito (se houver subtítulo, em fonte normal), edição, cidade, editora, ano e página (verifique Seção 7 – Referências) Édis Milaré afirma que o EIA-RIMA, bem como a Lei das Unidades de Conservação da Natureza, são instrumentos eficazes para garantir a Política Nacional do Meio Ambiente.5 Citação indireta, sem indicação do autor no texto: faz-se a referência em nota de rodapé, iniciando-se com o nome (letras maiúsculas) e prenome do autor, nome da obra em negrito, edição, cidade, editora, ano e página. (verifique Seção 7 – Referências). O EIA-RIMA, bem como a Lei das Unidades de Conservação da Natureza, são instrumentos eficazes para garantir a Política Nacional do Meio Ambiente.6 Citação direta, inferior a três linhas, com a indicação do autor no texto: em fonte normal, entre aspas, parágrafo com recuo de 2 cm (normal) da margem esquerda, com referência em nota de rodapé, iniciando-se pelo título em negrito (se houver subtítulo, em fonte normal), edição, cidade, editora, ano, página d) e) f) (verifique Seção 7 – Referências). Conforme Sérgio Said Staut Júnior, a “reflexão sobre a natureza dúplice dos direitos autorais remete a um outro conjunto de preocupações, dentre elas, a questão do fundamento dos direitos autorais”.7 Citação direta, menos de três linhas, sem indicação do autor no texto: em fonte normal, entre aspas, parágrafo com recuo de 2 cm (normal) da margem esquerda, com referência em nota de rodapé, iniciando-se pelo nome (letras maiúsculas) e prenome do autor, título em negrito (se houver subtítulo, em fonte normal), edição, cidade, editora, ano, página (verifique Seção 7 – Referências). “O estudo atual do direito autoral passa por alguns problemas, problemas que são sentidos e são produtos do momento conturbado pelo qual a sociedade e, por extensão, o Direito vêm passando”.8 As aspas devem ser utilizadas em citação direta, com menos de três linhas. Aspas simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação. “Por força do art. 5°, caput, I da Lei 7.347/85, é parte legítima para propor a ação civil pública a associação que ‘I – esteja constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei civil’”.9 As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, corpo menor (tamanho 10), sem as aspas, com espaçamento g) h) entrelinhas simples. A referência será feita em nota de rodapé, conforme orientações anteriores, quanto aos elementos que devem compô-la. Quanto ao espaçamento entre parágrafos que antecede e sucede à citação, deve-se utilizar 1,5. <<4 cm>> Segundo a doutrina, Parlamentarismo é o sistema de governo que dá ao Parlamento a primazia da política governamental. Dessa forma, o executivo é exercido mediante delegação da maioria do Parlamento, que elege um Conselho de Ministros, sendo o Primeiro-Ministro o chefe do governo. Se o Conselho for incompetente ou corrupto, instala-se um remédio imediato: é derrubado, sendo rapidamente substituído por outro Conselho.10 Citações de dois ou três autores. Devem ser mencionados os autores na ordem de apresentação na obra citada. Nas omissões, por vezes, a pessoa não pratica a ação devida por causa de uma incapacidade de conduta: é o caso de quem se acha em meio a uma crise de histeria e não pode gritar para uma pessoa cega que está caminhando para um precipício; daquele que fica paralisado em razão de um choque emocional num acidente e não pode prestar socorro às pessoas etc.11 Paulo: Saraiva, 2005. p. 28. Outro exemplo (citação com menos de três linhas): “Outro importante desafio é a dificuldade de internalização pelas pessoas do real significado do desenvolvimento sustentável, apesar de esta temática estar presente exaustivamente nas agendas e nos debates atuais”.12 Quando houver mais de três autores, utilizar a expressão “ et. al.” (que significa “e outros”) (citação longa). i) j) k) A estabilidade no mandato é fundamental para a autonomia das agências, no entanto não pode se portar como um manto intocável, devendo ser destituída a partir do momento em que se vislumbra a incompetência de seu portador.13 Quando não houver menção à autoria da obra, indicar a instituição responsável, seguindo as mesmas regras anteriormente dispostas para as citações diretas e indiretas (Vide Seção 7 – Referências) (citação longa). O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o chamado Contrato de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como formade reduzir os investimentos públicos no ensino superior.14 Quando não houver menção à autoria da obra, apenas do título, este deve iniciar a referência, em maiúsculo. Quanto aos demais elementos, observar as regras anteriormente dispostas para as citações diretas e indiretas, e a Seção 7 – Referências. “Em Nova Londrina (PR), as crianças são levadas às lavouras a partir dos 5 anos”.15 Quando houver citação de outra citação, deve-se utilizar a expressão “ apud”, que significa “citado por”, “conforme”, “segundo”.16 Segundo Lépore, a competência normativa da agência está compreendida pelos standards determinados pela lei, de forma genérica, possibilitando assim o referido órgão determinar regras de conduta para os agentes submetidos ao seu controle”.17 l) m) 6.1.18.3 Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou destaques, do seguinte modo: Supressões: [...] Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ] Ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico (utiliza-se o termo “grifo nosso”. Quando for do autor citado, indicar com “grifo do autor”). Exemplos: “O Código Florestal [...] ocupou-se do assunto de forma indireta ou reflexa.” “A disciplina jurídica dos contratos é direito-custo. A margem de atuação da autonomia da vontade e a intervenção do estado, calibradas pela lei, interferem no cálculo empresarial”.18 Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se inserir a expressão “tradução nossa” entre parênteses. A regulação é um processo em que interessa não apenas o momento da formulação das regras, “mas também aqueles da sua concreta aplicação, e por isso, não a abstrata, mas a concreta modificação dos contextos de ação dos destinatários”.19 Notas de referência (utilização de Id.; Ibid.; op cit.; loc. cit.; Cf.) As notas de referências devem observar as regras da ABNT NBR a) b) 10520:2002. A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa. As subsequentes citações da mesma obra devem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões, quando for o caso. Quando a citação subsequente for do mesmo autor, realizada na mesma página, utilizar Idem (“mesmo autor”. De forma abreviada, Id.). “O art. 21, XIX, diz que compete à União instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso”.20 Continua o referido autor: “[...] e o art. 22, IV, estabelece a competência privativa da União para legislar sobre águas”.21 Quando a citação subsequente for da mesma obra, realizada na mesma página, utilizar Ibidem (“na mesma obra”. De forma abreviada, Ibid.). O reconhecimento do direito a um meio ambiente sadio configura-se, na verdade, como extensão do direito à vida, quer sob o enfoque da própria existência física e saúde dos seres humanos, quer quanto ao aspecto da dignidade dessa existência – a qualidade de vida –, que faz com que valha a pena viver.22 Deveras, “o caráter fundamental do direito à vida torna inadequados enfoques restritos do mesmo em nossos dias; sob o direito à vida, em seu sentido próprio e moderno, não só se mantém a proteção contra qualquer privação arbitrária da vida, mas além disso encontram-se os Estados no dever de buscar c) c.1) c.2) diretrizes destinadas a assegurar o acesso aos meios de sobrevivência [...]”.23 Quando a citação subsequente for de obra já citada, utilizar opus citatum (“obra citada”. De forma abreviada, op. cit.), nos seguintes casos: Quando a citação subsequente estiver na mesma página, mas intercalada com outra citação, de autor diverso. “Hoje se exige maior participação-cidadã no processo político”24. Para tanto, “imprescindível o acesso a instrumentos democráticos de participação”25. Como exemplo, podemos citar “a ação popular, ação civil pública, direito de petição e de obter informações de repartições públicas, e outras”.26 Quando a citação subsequente estiver em página posterior do trabalho. Alexandre de Moraes afirma que a decisão tomada pela agência, embora discricionária, pode ser perfeitamente revista pelo Poder Judiciário quanto a sua legalidade”.27 Em página posterior do trabalho: O controle judicial, ademais, vai além da legalidade quanto se trata de decisão proferida por órgão regulador. Sem se apropriar do mérito, o Poder Judiciário “pode revê-la quanto à sua proporcionalidade e razoabilidade, princípios que devem ser observados em qualquer prática administrativa”.28 Observação: se houver citação de mais de uma obra, de um mesmo autor, importante informar também o título antes de se utilizar o op. cit., em d) e) páginas posteriores do trabalho. Exemplo: MORAES, Alexandre de. Agências Reguladoras, op. cit., p. 23. Quando a citação subsequente for da mesma página da obra citada, deve-se utilizar loco citato (“no lugar citado”. De forma abreviada, loc. cit.). Em nota de rodapé: Quando a citação refere-se à obra, legislação, jurisprudência ou outro documento, no todo, utiliza-se confira, confronte ( De forma abreviada, Cf.). O meio ambiente, na realidade, é um conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.29 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011 12 13 14 15 16 17 __________ Observe também o ANEXO G – Modelo de Dedicatória Agradecimentos Epígrafe. Como pode ser observado nesse exemplo. A maioria dos exemplos transcritos no presente documento foi reproduzida da referida norma da ABNT, para fins didáticos. Não se recomenda utilizar muito essa forma de citação em trabalhos científicos. Isso geralmente ocorre devido ao fato de a pessoa não ter tido acesso ao documento original, fazendo com que ele cite trechos já citados em outras obras. Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 437. MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 437. Direitos autorais: entre as relações sociais e as relações jurídicas. Curitiba: Moinho do Verbo Editora, 2006. p. 71. STAUT JÚNIOR, Sérgio Said. Direitos autorais: entre as relações sociais e as relações jurídicas. Curitiba: Moinho do Verbo Editora, 2006. p. 51. MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 248. DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de direito público e privado. 13. ed. São ZAFFARONI, Eugênio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal brasileiro: parte geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997. p. 441. MARTINS, Sérgio Roberto; SOLER, Antonio Carlos Porciúncula; SOARES, Alexandre Melo. Instrumentos tecnológicos e jurídicos para a construção da sociedade sustentável. In: VIANA, Gilney; SILVA, Marina; DINIZ, Nilo (orgs.). O desafio da sustentabilidade: um debate socioambiental no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2001. p. 159. LEHFELD, Lucas de Souza et. al. Autonomia das agências reguladoras. São Paulo: Editora Mizuno, 2007. p. 54. BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995. NOS CANAVIAIS, mutilação em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O País, p. 12. Não se recomenda utilizar muito essa forma de citação em trabalhos científicos. Isso geralmente ocorre devido ao fato de a pessoa não ter tido acesso ao documento original, fazendo com que ele cite trechos já citados em outras obras. LÉPORE, Paulo Eduardo apud LEHFELD, Lucas de Souza. Autonomia das agências 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 reguladoras. São Paulo: Mizuno, 2007. p. 60. (se houver a informação a respeito da obra do autor citado, pode também ser referenciada. Ex.: LÉPORE, Paulo Eduardo. Agências reguladoras e suas competências. São Paulo: Lemos, 2007 apud LEHFELD, Lucas de Souza. Autonomia das
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