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'Monografia Juridica - Guia Prat - Lucas de Souza Lehfeld'

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■
■
Capa: Danilo Oliveira
Produção digital: Geethik
CIP – Brasil. Catalogação na fonte.
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
http://www.geethik.com
L53m
Lehfeld, Lucas de Souza Monografia jurídica: guia prático para elaboração
do trabalho científico e orientação metodológica / Lucas de Souza Lehfeld,
Paulo Eduardo Lépore, Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira. 2. ed. rev.,
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.
Anexos
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-309-6529-7
1. Pesquisa jurídica – Metodologia. 2. Direito – Metodologia. 3. Redação
forense.
4. Redação forense. I. Lépore, Paulo Eduardo. II. Ferreira, Olavo A. Vianna
Alves.
III. Título.
10-6278. CDD: 808.06634
CDU: 808.1:34
Com muita honra aceitei prefaciar este livro (Monografia jurídica –
Guia prático para elaboração do trabalho científico e orientação
metodológica), de autoria de Lucas de Souza Lehfeld, Olavo Augusto Vianna
Alves Ferreira e Paulo Eduardo Lépore.
Toda monografia jurídica, se o seu autor quer que ela seja reconhecida
cientificamente, tem que seguir uma determinada forma. Existe um certo
consenso em torno dessa forma. Os eminentes autores deste livro voltaram
suas atenções precisamente para isso. São informações e dicas muito claras e
objetivas, o que torna a obra extremamente útil para a finalidade a que se
destina.
Para todos aqueles que desejam elaborar um trabalho científico (TCC,
dissertação de mestrado, tese de doutoramento etc.), nada mais conveniente
que ter em mãos uma obra de fácil consulta.
Todo trabalho científico deve ser desenvolvido de acordo com uma
estrutura, que é composta de dados pré-textuais (capa, folha de rosto,
dedicatória, agradecimentos, sumário, introdução etc.), textuais (conteúdo a
ser desenvolvido, com início, meio e fim) e pós-textuais (anexos etc.).
Em primeiro lugar, o interessado deve cuidar dos elementos pré-textuais,
que são os que antecedem o conteúdo do trabalho e o individualizam (por
meio de uma introdução, na qual são explicitados os objetivos da obra, a
metodologia etc.). A justificativa da escolha do tema também é relevante,
mostrando a originalidade da pesquisa, quando é o caso. Em segundo lugar,
vem o conteúdo principal da pesquisa, os debates teóricos, as evidenciações e
objeções, as controvérsias doutrinárias etc. Os elementos pós-textuais
complementam o projeto, facilitando informações extras para o leitor.
Os três autores deste livro já contavam (e contam) com qualificação
técnica e científica mais do que recomendada para sua elaboração.
Lucas de Souza Lehfeld é Pós-doutor em Direito pela Universidade de
Coimbra (POR), Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica
(PUC/SP) e Mestre em Direito pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Graduado em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP e em
Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo (FEA/RP – USP). É
avaliador de Cursos de Direito pelo INEP/MEC, Coordenador do Curso de
Direito do Centro Universitário Barão de Mauá (CUBM) e Professor do
Curso de Pós-Graduação em Direito Público da Pontifícia Universidade
Católica – PUC/MG. Autor das obras Controle das Agências Reguladoras e
Agências Reguladoras, pela Editora Atlas, Código Florestal Comentado e
Anotado – Artigo por Artigo, pela Editora Método.
Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira é Doutor em Direito do Estado
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008), Mestre em Direito
do Estado Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e atualmente
Coordenador do Curso de Direito da UNAERP, onde é Professor de Direito
Constitucional da graduação e do Programa de Mestrado. Procurador do
Estado de São Paulo. Foi membro eleito do Conselho Superior da
Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo. Professor convidado de direito
constitucional do Curso LFG, professor convidado de cursos de pós-
graduação (PUC-COGEAE, USP-FDRP, UFBA, Escola Superior do
Ministério Público, JUSPODIVM e FAAP), orientador da pós-graduação da
Escola Superior da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo e da USP-
FDRP. Autor de vários livros jurídicos.
Paulo Eduardo Lépore é Mestre em Direitos Coletivos e Função Social
do Direito pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP e Advogado. É
Coordenador da Comissão de Direitos Infanto-juvenis da Décima Segunda
Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de São Paulo (OAB-
SP) e Coordenador da Pós-graduação em Direito e Professor da Universidade
do Estado de Minas Gerais – UEMG (Frutal-MG). Coordenador de Pesquisa
e Monografia e Professor de Pós-graduação e Graduação da Faculdade
Barretos – FB (Barretos-SP). Coordenador da Revista Juris Barretos.
Professor do Centro Universitário Barão de Mauá – CBM (Ribeirão Preto-
SP). Professor da Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes – LFG (“Pós-
Graduação, “TV LFG” e “Aulas Temáticas na Web”). Ex-bolsista CAPES e
FAPESP. Coautor das obras Estatuto da Criança e do Adolescente
Comentado (2010)e Comentários à Lei Nacional da Adoção – Lei 12.010/09
(2009), ambas publicadas pela Editora Revista dos Tribunais.
Nada do que é imprescindível para a elaboração de um excelente
trabalho científico ficou de fora deste livro. Como escolher o tema a ser
desenvolvido, como elaborar seu projeto científico, como cuidar dos
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, tudo, enfim, mereceu a devida
atenção dos autores. Obra enxuta, por força da sua linguagem direta, mas
muito elucidativa e estimulante.
Que este livro tenha o merecido acolhimento de todos os acadêmicos e
interessados na elaboração de trabalhos científicos.
São Paulo, 10 de fevereiro de 2011
Luiz Flávio Gomes
Doutor em Direito Penal pela
Universidade Complutense de Madrid
Nota da Editora: o Acordo Ortográfico foi aplicado integralmente nesta obra.
1.
2.
2.1
2.2
2.2.1
2.2.2
2.2.3
2.2.4
2.2.5
2.2.6
2.2.7
2.2.8
2.3
2.4
3.
INTRODUÇÃO
PRIMEIROS PASSOS
Desvendando o trabalho científico: o que é uma monografia
jurídica?
Tipos de trabalhos científicos
Artigo científico
Paper
Sinopse
Informe científico
Ensaio científico
Resenha crítica
Monografia e Dissertação
Tese de Doutorado
A escolha do tema
A escolha do orientador e a atividade de orientação
CONCEITOS IMPORTANTES
4.
4.1
4.2
4.3
4.4
4.4.1
5.
5.15.1.1
5.1.2
5.1.3
5.1.3.1
5.1.3.2
5.1.4
5.1.5
5.1.6
5.1.7
5.1.8
5.1.9
5.1.10
5.1.11
5.1.12
5.1.13
5.1.14
5.1.15
5.2
5.2.1
PROJETO DE TRABALHO CIENTÍFICO
Capa
Folha de Rosto
Sumário
Desenvolvimento do projeto de pesquisa (elementos essenciais)
Elementos do projeto de pesquisa
TRABALHO CIENTÍFICO: OS ELEMENTOS TEXTUAIS
Elementos pré-textuais
Capa (obrigatório)
Lombada (opcional)
Folha de rosto (obrigatório)
Anverso da folha de rosto
Verso da folha de rosto
Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória(s) (opcional)
Agradecimento(s) (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Elementos textuais
Introdução
5.2.2
5.2.3
5.2.4
5.2.5
5.3
5.3.1
5.3.2
5.3.3
5.3.4
5.3.5
6.
6.1
6.1.1
6.1.2
6.1.3
6.1.4
6.1.5
6.1.6
6.1.7
6.1.8
6.1.9
6.1.10
6.1.11
6.1.12
6.1.13
6.1.14
6.1.15
Desenvolvimento do texto
Considerações finais
Estilo de linguagem
Organização do texto
Elementos pós-textuais
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Apêndice(s) (opcional)
Anexo(s) (opcional)
Índice (opcional)
NORMAS PARA CONFECÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO
Formato
Folha
Texto
Impressão
Fonte da letra
Tamanho de letra
Tabulação de parágrafo
Margem
Espaçamento
Seções e subseções
Títulos sem indicativo numérico
Elementos sem título e sem indicativo numérico
Notas de rodapé
Paginação
Siglas
Equações e fórmulas
6.1.16
6.1.17
6.1.18
6.1.18.1
6.1.18.2
6.1.18.2.1
6.1.18.2.2
6.1.18.3
7.
7.1
7.2
7.2.1
7.2.2
7.2.3
7.2.4
7.2.5
7.2.6
7.2.7
7.2.8
7.2.9
7.2.10
7.2.11
7.2.12
7.2.13
7.2.14
7.2.14.1
Ilustrações
Tabelas
Citações
Definições
Citações no texto
Sistema autor-data
Sistema nota de rodapé
Notas de referência (utilização de Id.; Ibid.; op.
cit.; loc. cit.; Cf.)
REFERÊNCIAS
Tipos de autoria
Exemplos de referências
Obra ou Monografia (no todo)
Capítulo de obra (parte de obra / monografia)
Periódico (revista) no todo
Parte de periódico (revista)
Artigo de revista, boletim (periódico)
Artigo e/ou matéria de jornal
Eventos científicos
Trabalhos apresentados em congressos
Dissertações e Teses
Entrevistas
Legislação (leis, medidas provisórias, decretos etc.)
Jurisprudência
Normas Técnicas
Material divulgado em meio digital / eletrônico
Base de dados (no todo) em CD-ROM,
disquete e outras mídias
7.2.14.2
7.2.14.3
7.2.14.4
7.2.14.5
7.3
8.
8.1
8.2
8.3
9.
9.1
9.1.1
9.1.2
9.1.3
9.1.4
9.1.5
9.2
9.2.1
9.2.2
9.2.3
9.3
9.3.1
Base de dados (em parte) em CD-ROM,
disquete e outras mídias
E-mail
Monografia (no todo ou em parte) em meio
eletrônico
Artigo e/ou matéria de revista, boletim, em
meio eletrônico
Expressões que podem ser utilizadas na ausência de dados em
referências
DEFESA ORAL
Introdução
Composição das bancas de defesa
A apresentação oral
A PESQUISA JURÍDICA
Fontes de pesquisa jurídica
Jurisprudência
Dissertações de mestrado e teses de doutorado
Periódicos
Bases de dados na área do Direto
Bibliotecas
Métodos de pesquisa
Método dedutivo
Método indutivo
Método dialético
Fomento à pesquisa: as bolsas de estudo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
9.3.2
9.3.3
9.3.4
9.3.5
9.3.6
9.3.7
9.4
10.
10.1
10.2
10.3
10.4
Anexo A –
Anexo B –
Anexo C –
Anexo D –
Anexo E –
Anexo F –
Anexo G –
Tecnológico – CNPq
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – CAPES
Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP
Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino
Superior Particular – FUNADESP
As Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados – FAPs
Fundos setoriais de ciência e tecnologia
Outras formas de incentivo à pesquisa científica:
prêmios, processos de seleção de projetos e concursos de
monografias
Transformação do trabalho científico em artigo
DICAS E BOAS PRÁTICAS PARA A PESQUISA 109
A importância do sumário provisório (projeto de pesquisa)
Técnica redacional
Ética na pesquisa: o problema do plágio e do autoplágio
Administração do tempo
REFERÊNCIAS
ANEXOS
Ordem dos elementos
Modelo de Capa
Modelo de Lombada
Modelo de Folha de Rosto
Modelo de Ficha Catalográfica (verso da folha de rosto)
Ficha de Avaliação
Modelo de Dedicatória Agradecimentos Epígrafe
Anexo H –
Anexo I –
Modelo de Resumo
Abreviaturas dos meses (utilização em referências
bibliográficas)
A proposta do presente manual é auxiliar o estudante ou o profissional
do direito na confecção de trabalhos científicos, como monografias,
dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Busca-se, de forma clara e objetiva, esclarecer ao acadêmico as
principais normas referentes à organização e apresentação da monografia
jurídica, determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), principalmente àquelas que versam sobre citações, referências
bibliográficas e formatação do trabalho.
A ABNT é o órgão competente, no país, para determinar normas sobre
elaboração de trabalhos técnicos e científicos. Assim, o respeito a essas
regras é de fundamental importância para a legitimação da monografia como
trabalho científico.
Além das normas da ABNT, o manual também apresenta orientações
metodológicas rápidas e úteis para o processo de investigação científica,
como a busca, valendo-se da tecnologia (v.g. Internet), de fontes de pesquisa
jurídica confiáveis e atuais, ou mesmo dicas para a elaboração do texto
científico.
Nesse manual, portanto, o acadêmico poderá encontrar regras para
realizar citações e referências bibliográficas das obras utilizadas em sua
pesquisa. Também saberá desenvolver a pesquisa científica, desde o projeto
de pesquisa até a apresentação do trabalho monográfico com todos os seus
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais obrigatórios de acordo com as
normas da ABNT, e com a adequada orientação metodológica na elaboração
do texto.
2.1 DESVENDANDO O TRABALHO CIENTÍFICO: O QUE É
UMA MONOGRAFIA JURÍDICA?
Quem está em vias de concluir o curso de graduação em direito fica
apreensivo para a realização da monografia jurídica.
Mas o que é uma monografia? Como a própria expressão revela,
monografia significa única (mono) escrita (grafia), ou seja, um trabalho que
se desenvolve a partir da escrita ou do desenvolvimento de um único tema,
respeitando-se regras de pesquisa e metodologia científica.
Com o passar dos anos a monografia jurídica passou a receber o nome
de TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, porque se realizava e apresentava
apenas no último ano do curso de direito.
Hodiernamente, em alguns cursos brasileiros, as monografias podem ser
realizadas e apresentadas no penúltimo ano do bacharelado em direito, de
modo que alguns cursos de direito referem-se a ela apenas como TC –
Trabalho de Curso.
Também já existem algumas faculdades, centros universitários e
universidades que, no TC ou TCC, em vez de monografias, exigem outros
tipos de trabalhos científicos, a exemplo de artigos.
2.2
2.2.1
2.2.2.
2.2.3
Assim é que se torna importante o conhecimento sobre os diversos tipos
de trabalhos científicos.
TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Artigo científico
O artigo científico tem o propósito de difundir os resultados de um
projeto de pesquisa, ou mesmo de uma monografia, dissertação ou tese.
Geralmente publicado em periódicos, contém título, nome do autor,
sumário sintético, resumo (em português e em outro vernáculo), palavras-
chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. Ademais, o
texto deve apresentar entre 5 e 25 laudas, dependendo, evidentemente, das
normas para publicação do periódico em que será apresentado.
O autor deve buscar as normas de publicação antes da elaboração do
artigo, além de visar publicações que tenham avaliação pela CAPES, em seu
“Portal de Periódicos” (<http://novo.periodicos.capes.gov.br>), que será
objeto de tópico próprio deste livro.
Paper
Conhecido como “pequeno artigo”. Geralmente, é apresentado de duas a
dez laudas e estruturado como artigo científico. Pode ser publicado em anais
ou revistas, contendotítulo, indicação do autor, texto e referências.
Sinopse
Trata-se de pequeno texto, menor do que o resumo, com uma
apresentação sintética da pesquisa ou do trabalho. É utilizado geralmente para
montagem de banco de dados bibliográficos documentais e anais de
publicação.
http://novo.periodicos.capes.gov.br
2.2.4
2.2.5
2.2.6
2.2.7
Informe científico
Trata-se de meio científico de comunicação de resultados parciais de
uma pesquisa. É documento sintético, em que são descritos os procedimentos
metodológicos da pesquisa científica, demonstrando os dados levantados e
analisados.
Ensaio científico
É um ensaio teórico, que traz a visão de determinado problema de
pesquisa. É um documento que apresenta pensamento analítico e crítico a
respeito de uma temática.
Resenha crítica
Apresenta de forma analítica e crítica o conteúdo de uma obra
bibliográfica. Trata-se de uma pesquisa científica em nível preliminar,
simples, exploratória e crítica.
Monografia e Dissertação
As monografias são apresentadas nas conclusões dos cursos de
graduação e pós-graduação lato sensu (também chamada de especialização).
Já as dissertações são os trabalhos exigidos para o encerramento dos cursos
de pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado.
Monografias e dissertações são trabalhos de natureza reflexiva, pois
comunicam os resultados de uma pesquisa realizada. Devem apresentar o
tema com rigor e seriedade teórico-metodológica. Podem ser descritivos,
argumentativos ou dissertativos.
Os temas das monografias e dissertações não precisam ser inéditos,
porém, devem retratar o processo de pesquisa de forma autêntica e
fundamentada em fontes bibliográficas e documentais, trazendo as diversas
correntes sobre o tema, adotando o autor uma delas. O texto também deve ser
2.2.8
2.3
realizado com coerência, logicidade e clareza, bem como submetido a rigor
metodológico (respeitando-se as normas da ABNT).
Tese de Doutorado1
Trata-se do requisito para a obtenção do título de doutor em uma pós-
graduação stricto sensu em nível de doutorado.
A tese representa uma contribuição técnico-científica para a área de
estudo apresentada no trabalho. É uma investigação original de um tema, com
maior grau de profundidade, principalmente quanto ao levantamento da
problemática da pesquisa. Ou seja, o tema, aqui, precisa ser inovador. Assim,
exige capacidade de análise, reflexão, argumentação, criatividade e síntese.
Neste caso, o pesquisador deve apresentar maturidade na investigação
científica, ter familiaridade com a pesquisa, metodologia e domínio da
temática.
A ESCOLHA DO TEMA
Uma das principais fases de elaboração de um trabalho científico é a
escolha do tema. Trata-se de etapa na qual é imprescindível optar por um
assunto sobre o qual o autor tenha verdadeira paixão, considerando que esta
viabilizará grande motivação para enfrentar um árduo trabalho na pesquisa,
redação e revisão do trabalho e, ao final, a defesa.
É recomendável que, antes de procurar o orientador, o autor já tenha
feito uma pesquisa bibliográfica identificando as principais dificuldades do
tema, seja em relação à quantidade e qualidade das obras sobre o assunto,
seja pelo interesse que este despertará na comunidade acadêmica, sempre
pensando na publicação futura de um artigo ou de um livro. Caso o autor
esteja com muitas dúvidas quanto ao tema e à bibliografia adequados,
procurar o orientador é sempre a melhor solução.
Alguns apontam que a escolha do tema é o momento mais difícil, mas o
1)
2)
3)
autor do trabalho deverá ter consciência de que somente a pesquisa inicial
mostrará se o tema será ou não interessante para ser levado ao orientador.
Há uma tendência a escolher temas genéricos, mas tal situação deverá
ser superada, considerando que a monografia (“mono” significa único)
deverá tratar de assunto específico ou pontual. Neste momento, é
imprescindível o auxílio do orientador.
Não poderá o autor se esquecer de problematizar o tema, isto é,
transformá-lo em algumas questões, respondendo-as após minuciosa
pesquisa.
Superada a fase de identificação das obras, objeto da pesquisa, temos o
estudo de doutrina, jurisprudência e legislação da área, que serão objeto da
leitura científica, a qual, segundo CERVO e BERVIAN (2002, p. 34), se
constitui de três etapas:
Visão sincrética, na qual se realizará uma leitura de reconhecimento que
tem como objetivo localizar as fontes numa aproximação preliminar
sobre o tema, e a leitura seletiva, localizando as informações de acordo
com os propósitos do estudo; Visão analítica, que compreende a leitura
crítico-reflexiva dos textos selecionados acompanhada de reflexão, na
busca dos significados e na escolha das ideias principais; Visão sintética,
a qual constitui a última etapa do Método de Leitura Científica,
concretizada por meio da leitura interpretativa e realizada a partir dos
referenciais estabelecidos pela proposta.
Realizada a leitura, deverá o autor elaborar a ficha bibliográfica, que
consiste no fichamento da obra, contendo a identificação do autor (nome e
prenome), o título da obra, a edição, a editora, o ano, bem como a reprodução
do conteúdo lido de interesse do pesquisador, com a indicação da página que
foi retirada a informação, se possível. Esse registro será de grande valia
quando da elaboração tanto do projeto de pesquisa, como o próprio trabalho
científico.
O pesquisador pode classificar as fichas de diversas formas, dependendo
2.4
da sua necessidade. Assim, pode fazê-lo por ordem alfabética pelo nome do
autor, por assuntos ou temas, por títulos das obras analisadas etc. Atualmente,
esse processo é realizado por meio de arquivos de editores de texto, como o
Word.
Exemplo de ficha bibliográfica: TEMA OU ASSUNTO:
IDENTIFICAÇÃO DA OBRA:
NOME, Prenome. Título da obra. n.° ed. (edição) Local da Editora:
Editora, ano.
SELEÇÃO DO CONTEÚDO DE INTERESSE: Aqui o pesquisador
pode selecionar trechos da obra consultada, identificando a página no qual
se encontra o conteúdo transcrito, se possível. Ou pode ser realizado um
resumo do texto pesquisado, com as informações principais do autor
analisado.
A ESCOLHA DO ORIENTADOR E A ATIVIDADE DE
ORIENTAÇÃO
A escolha do orientador é de suma importância para o sucesso da
pesquisa e da confecção do trabalho científico. Trata-se de uma relação
interpessoal que, além do conhecimento científico na área de interesse,
apresenta outros fatores que devem ser trabalhados pelas partes envolvidas,
como empatia e compromisso com a pesquisa.
O planejamento da orientação, portanto, é imprescindível para o regular
andamento da investigação científica e apresentação do trabalho. Portanto,
deve-se estabelecer, num primeiro momento, o cronograma das atividades
que serão realizadas ao longo da pesquisa, agendando os momentos de
orientação; como datas das reuniões com o orientador, de apresentação do
levantamento bibliográfico, entrega de capítulos, de correção do texto e
apresentação do trabalho.
O cronograma deve ser revisto sempre que houver variáveis que atrasem
ou dificultem a pesquisa, como, por exemplo, a demora em adquirir
determinada obra, ou mesmo compromissos não previstos, como o
cancelamento de reuniões de orientação. Por isso, o cronograma realizado
deve ser coerente com a disponibilidade de tempo do orientando e orientador,
levando-se em consideração as atividades profissionais e sociais de cada um
dos envolvidos na pesquisa. A fixação de metas, sem considerar essas
variáveis, pode trazer desânimo e frustração pelo seu descumprimento por
parte do orientando.
O texto a ser apresentado para análise e avaliação do orientador deve
conter rigor metodológico, bem como técnica redacional adequada, com
observância à gramática e ortografia. Essas características facilitam a
correção do conteúdo do trabalho, otimizando o tempo de análise por parte do
orientador. Ademais, a orientação deve se concentrar na linha de raciocínio
utilizada, coesão textual, referencial teórico e levantamento bibliográfico, e
não em erros de português ou mesmo metodológicos (ex.: utilizaçãoadequada das normas da ABNT).
1
__________
Tal como fizemos quanto à dissertação de mestrado, apenas tecemos brevíssimas
considerações sobre a tese de doutorado, já que esta não constitui nosso objeto de
estudo, neste trabalho.
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
Conforme ABNT NBR 14724, de 17.03.2011 (válida a partir de
17.04.2012), alguns termos são importantes no processo de elaboração do
trabalho científico. Assim, como medida de esclarecimento, listamos, logo
abaixo, alguns conceitos:
Abreviatura: representação de uma palavra por meio de alguma(s) de
sua(s) sílaba(s) ou letra(s); Agradecimento: texto em que o autor faz
agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante
à elaboração do trabalho; Anexo(s): texto ou documento não elaborado
pelo autor que serve de fundamentação, comprovação e ilustração;
Apêndice(s): texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de
complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do
trabalho; Capa: proteção externa do trabalho sobre a qual se imprimem
as informações indispensáveis à sua identificação; Citação: menção, no
texto, de uma informação extraída de outra fonte; Dados internacionais
de catalogação: também conhecida como ficha catalográfica, que se
encontra no verso da folha de rosto, em que há o registro das
informações que identificam a publicação na sua situação atual;
Dedicatória(s): página em que o autor presta homenagem ou dedica seu
trabalho; Dissertação: documento que representa o resultado de um
10)
11)
12)
13)
14)
15)
16)
17)
18)
19)
20)
21)
22)
23)
24)
trabalho experimental ou exposição de um estudo científico
retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o
objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o
conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de
sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador
(doutor), visando a obtenção do título de mestre; Elementos pós-
textuais: elementos que complementam o trabalho; Elementos pré-
textuais: elementos que antecedem o texto com informações que ajudam
na identificação e utilização do trabalho; Elementos textuais: parte do
trabalho em que é exposta a matéria; Epígrafe: página em que o autor
apresenta uma citação, seguida de indicação de autoria, relacionada com
a matéria tratada no corpo do trabalho; Errata: lista das páginas e linhas
em que ocorrem erros, seguidas das devidas correções. Apresenta-se
quase sempre em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois
de impresso; Folha de aprovação: página que contém os elementos
essenciais à aprovação do trabalho; Folha de rosto: página que contém
os elementos essenciais à identificação do trabalho; Glossário: relação
de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido dúbio,
utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições;
Ilustração: desenho, gravura, imagem que acompanha um texto; Índice:
lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que
localiza e remete para as informações contidas no texto; Lombada: parte
da capa do trabalho que reúne as margens internas das folhas, sejam elas
costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra maneira;
Referências: conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de
um documento que permite sua identificação individual; Resumo em
língua estrangeira: versão do resumo para idioma de divulgação
internacional; Resumo na língua vernácula: apresentação concisa dos
pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do
conteúdo e das conclusões do trabalho; Sigla: reunião das letras iniciais
25)
26)
27)
28)
29)
30)
dos vocábulos fundamentais de uma denominação ou título; Símbolo:
sinal que substitui o nome de uma coisa ou de uma ação; Sumário:
enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho,
na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede; Tabela:
elemento demonstrativo de síntese que constitui unidade autônoma;
Tese: documento que representa o resultado de um trabalho experimental
ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado.
Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se
em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a
coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do título de
doutor, ou similar; Trabalhos acadêmicos – similares (trabalho de
conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar –
TGI, trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou
aperfeiçoamento e outros): documento que representa o resultado de
estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve
ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo
independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a
coordenação de um orientador.
Volume: unidade física do trabalho.
4.1
Em regra, os trabalhos científicos são precedidos de um projeto de
pesquisa. Assim se dá com as monografias, dissertações e teses de doutorado.
O projeto de pesquisa é um documento preliminar ao trabalho científico
e que tem por objetivo estabelecer as diretrizes para a investigação que será
realizada, especialmente quanto à delimitação do tema a partir de uma
problematização. Isso porque a pesquisa se inicia por meio de um problema,
um questionamento sobre a realidade que o pesquisador pretende desvendar.
Assim, quanto à estrutura do projeto, o acadêmico deverá delimitar o
título de seu trabalho, demonstrar a justificativa e relevância do objeto a ser
estudado (pesquisado), apresentar a sua fundamentação jurídico-social e
histórica, expor a problematização, estabelecer os objetivos, esclarecer sobre
a metodologia utilizada, elaborar um sumário provisório do trabalho a ser
realizado (resultado da pesquisa), apresentar o cronograma de execução e a
bibliografia básica.
Como o objetivo desse guia é se tornar objeto de consulta prática, segue
abaixo um modelo de projeto de pesquisa, com todos os elementos
supracitados, de forma comentada.
CAPA
4.2
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
CURSO DE DIREITO
 
PROJETO DE PESQUISA
 
TÍTULO DO TRABALHO
 
Discente: NOME COMPLETO DO ALUNO, EM CAIXA ALTA
Orientador: NOME COMPLETO DO DOCENTE,
EM CAIXA ALTA
 
CIDADE
ANO
FOLHA DE ROSTO
NOME DO DISCENTE
 
TÍTULO DO TRABALHO
 
4.3
2.1
2.2
5.1
5.2
4.4
Projeto de pesquisa apresentado como cumprimento parcial da Disciplina / Curso (COLOCAR A
FINALIDADE DO PROJETO)
CIDADE
ANO
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. Título do projeto de pesquisa p.
2. Justificativa, relevância e fundamentação teórico-empírica p.
Justificativa e relevância do projeto de pesquisa p.
Justificativa e fundamentação teórico-empírica do tema p.
3. Problematização p.
4. Hipóteses p.
5. Objetivos p.
Objetivo geral p.
Objetivos especiais p.
6. Revisão da Literatura p.
7. Metodologia e Referencial Teórico p.
8. Desenvolvimento do trabalho (sumário provisório) p.
9. Cronograma p.
10. Orçamento p.
11. Referências p.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE PESQUISA
(ELEMENTOS ESSENCIAIS)
4.4.1
1.
2.
2.1
2.2
Abaixo, apresentamos o desenvolvimento do projeto de pesquisa. Cabe
ressaltar que os elementos apresentados são obrigatórios. Há possibilidade de
acrescentar outros, dependendo da necessidade do pesquisador e dos
objetivos da pesquisa. Assim, o projeto também poderá, por exemplo,
apresentar as hipóteses da pesquisa (afirmações relacionados ao problema
levantado que serão testadas quando da investigação científica, no intuito de
se buscar a resposta para a problematização), a revisão da literatura
(levantamento bibliográfico prévio, para esclarecimento a respeito de termos
e conceitos que serão utilizados no trabalho científico) e o orçamento
(planejamento dos custos, despesas e receitas da pesquisa que será realizada).
Elementos do projeto de pesquisa
Os elementos serão apresentados com numeração, na seguinte sequência
lógica:
TÍTULO DO TRABALHO
Título em Negrito e Itálico
JUSTIFICATIVA, RELEVÂNCIA E FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICO-EMPÍRICA
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO DE PESQUISA
O discente deve apresentar as possíveis contribuições geradas para a
comunidade científica, destacando a importância do tema para a ciência do
direito a partir dos contextos jurídico, político e social em que se insere.
JUSTIFICATIVA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-EMPÍRICA DO TEMA
Trata-se da maior e mais importante parte do projeto. Nesse ponto
devem ser esclarecidos todos os aspectos científicos relativos ao tema. Deve-
se descrever a questão de fundo que ilustra o tema, apontando-se os
fundamentos jurídicos que irão permear o desenvolvimento do trabalho até a
3.
4.
5.
5.1
sua conclusão. São imprescindíveis os apontamentos detalhados referentes às
fontes do direito que serão utilizadas.
PROBLEMATIZAÇÃO
Deve-se construir um questionamento a que o trabalho se proporá a
esclarecer. Recomenda-se a utilização de uma frase interrogativa seguida dos
possíveis desdobramentos gerados pela pergunta.
HIPÓTESES
Uma vez levantada a problematização a ser esclarecida, o
desenvolvimento da pesquisa científica praticamente se orienta por meio de
hipóteses apresentadas já em fase de projeto de pesquisa. Elas, na verdade,
são teorias inicialmente destacadas como possíveis respostas ou soluções ao
problema ou questionamento levantado pelo pesquisador. São teses que serão
colocadas à verificação, no sentido de se constatar a sua veracidade e relação
com o tema e problema do projeto de pesquisa.
Cabe ressaltar que as hipóteses devem ser levantadas de forma coerente,
o que exige do pesquisador (aluno) conhecimento prévio do tema, por meio
de uma pesquisa exploratória inicial, a partir de referências ou mesmo pela
experiência prática na área jurídica a ser trabalhada na pesquisa. Por isso as
hipóteses, em fase de projeto de pesquisa, embora não obrigatórias (depende
da necessidade do pesquisador), são importantes para uma adequada
condução da pesquisa científica. São “caminhos” (teorias) que serão
selecionados e percorridos pelo pesquisador na busca daquele que seja mais
objetivo, menos tortuoso, para se alcançar os objetivos (resultados)
propostos.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Apontar o objetivo principal do projeto, ou seja, aquilo que se almeja
5.2
6.
7.
construir ou que se deseja concluir.
OBJETIVOS ESPECIAIS
Nesse ponto deverão ser indicados os objetivos especiais que
acompanharão ou servirão de embasamento para a consecução do objetivo
geral. Os objetivos especiais deverão ser enumerados, utilizando-se como
índice de referência as letras do alfabeto seguidas de parênteses.
Exemplo:
a) Analisar [...]; b) Estudar [...];
REVISÃO DA LITERATURA
A revisão da literatura no projeto de pesquisa demonstra a maturidade
científica do aluno (pesquisador) na realização da investigação científica.
Neste momento, em razão da complexidade do tema, há por vezes a
necessidade de esclarecer o significado de eventuais termos ou mesmo teorias
que serão adotados e desenvolvidos no trabalho científico. Por isso, o projeto
já deve apresentar um referencial bibliográfico que busque clarear eventuais
dúvidas a respeito de institutos, teorias, ou mesmo conceitos a serem
utilizados no texto final (resultado da pesquisa científica).
A redação do texto a ser apresentado neste item do projeto deve levar
em consideração as orientações normativas a respeito de citações diretas
(longas e curtas) e indiretas (ABNT NBR 10.520:2002), uma vez que se
baseia em literatura pesquisada. Constitui erro comum a utilização de
conceitos doutrinários sem a devida citação. Até mesmo relatos históricos
devem ter sua origem citada.
METODOLOGIA E REFERENCIAL TEÓRICO
A descrição da metodologia a ser utilizada no processo de investigação
científica é item obrigatório do projeto de pesquisa. O sucesso da
investigação científica depende do(s) método(s) científico(s) a ser(em)
observado(s).
A iter processual da investigação científica funda-se, basicamente, na
problematização (início do processo), no levantamento das possíveis teses a
respeito (hipóteses), na sua experimentação – verificando a veracidade e
coerência com o problema gerador do processo –, e nas conclusões que
decorrem dessa verificação.
Para tanto, a metodologia compreende o(s) tipo(s) de pesquisa(s), o(s)
método(s) científico(s) e o referencial teórico a serem utilizados na
estruturação e desenvolvimento da investigação científica.
Assim, no primeiro parágrafo desse item do projeto devem ser indicadas
quais disciplinas estão envolvidas no desenvolvimento do trabalho,
indicando-se, sucintamente, quais serão as fontes documentais pesquisadas
(pesquisa bibliográfica). Se houver outros tipos de pesquisa, como
documental (dados obtidos em documentos levantados e selecionados), de
campo (observação in loco do objeto a ser estudado), ou mesmo qualitativa
(interpretação dos dados e informações obtidos) ou quantitativa (baseada em
estatística, mensuração, quantificação do objeto a ser estudado), eles devem
ser também apontados, assim como seu alcance quanto à elaboração do
trabalho.
No segundo parágrafo deverão ser indicados os métodos que serão
utilizados, por exemplo, dedutivo (processo de raciocínio lógico em que se
parte de uma premissa maior [generalizada, teorizada] para compreender
dados ou fenômenos estudados em particular), indutivo (processo de
raciocínio em que, ao inverso do método dedutivo, se parte de dados em
particular para generalizações, teorizações a respeito da realidade, fenômeno
ou dado estudado), dialético (busca da síntese a partir da tese e de sua antítese
– contraponto), analítico (decomposição do objeto estudado em partes, sendo
cada uma delas analisadas) etc.
No terceiro parágrafo, em pesquisas científicas mais complexas, que
8.
dependam de maturidade científica, como dissertações de mestrado e teses de
doutorado, o projeto de pesquisa deve apresentar o referencial teórico em que
o pesquisador se baseará para a análise da problematização por meio de
levantamento de hipóteses e propositura de objetivos e resultados a serem
alcançados. Cabe ressaltar que o referencial teórico não se trata de revisão da
literatura (esclarecimento de termos e institutos no sentido de suprir eventual
dúvida inicial a respeito do tema), mas sim a referência (teoria(s),
princípio(s), posição jurisprudencial, determinação legal), o supedâneo para a
fundamentação e argumentação a respeito do problema e suas possíveis
soluções.
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO (SUMÁRIO PROVISÓRIO)
Neste item devem ser apresentados todos os elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais. Note-se que os elementos devem ser simplesmente
enunciados, sendo descabido o desenvolvimento de qualquer um deles nesta
fase de projeto.
A elaboração do sumário provisório, para fins de otimização do tempo, é
fundamental. Um bom sumário, mesmo que provisório, proporciona ao
pesquisador segurança, uma vez que lhe revela o início, meio e fim do seu
trabalho. Com o sumário, o pesquisador pode organizar o seu levantamento
bibliográfico levando em consideração as seções (antigos capítulos do
trabalho) e subseções do texto monográfico, além de começar a escrever pelo
item (seção) mais importante, que seja o cerne da pesquisa, uma vez que no
início, em regra, o pesquisador está mais disposto e motivado.
Ademais, com a seção mais importante do trabalho já elaborada, o
pesquisador tem parâmetros objetivos para distribuir seu esforço científico
aos demais pontos a serem tratados.
Como elaborar um sumário provisório? Depende do título do trabalho
(que decorre do tema, e este, da problematização). O título do trabalho (tema
delimitado) contém, na realidade, categorias teóricas que serão praticamente
2.1
2.1.12.2
2.2.1.
3.1
3.2
3.3
4.1
4.2
4.3
5.1
5.2
5.3
as seções do sumário provisório. Exemplo: O título do trabalho é “Controle
social das Agências Reguladoras”. Pode-se, assim, definir as seguintes
categorias: a) Agências como Entidades da Administração Pública; b)
Agências Reguladoras; c) Controle da Administração Pública (tipos de
controle);d) Controle social.
Modelo de Sumário Provisório: A linha de pesquisa está estruturada
genericamente da seguinte forma:
1. INTRODUÇÃO (corpo 14, negrito)
2. AGÊNCIAS COMO ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (TÍTULO DA SEÇÃO [“CAPÍTULO”], corpo 14,
negrito)
Título da subseção primária (corpo 12, negrito)
Título da subseção secundária (corpo 12, sem negrito) Título da subseção primária
Título da subseção secundária [...]
3. DAS AGÊNCIAS REGULADORAS
Título da subseção primária
Título da subseção primária
Título da subseção primária
4. O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Título da subseção primária
Título da subseção primária
Título da subseção primária
5. O CONTROLE SOCIAL DAS AGÊNCIAS REGULADORAS
Título da subseção primária
Título da subseção primária
Título da subseção primária
9.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
CRONOGRAMA
As atividades programadas para o desenvolvimento do trabalho deverão
ser descritas na primeira coluna da tabela. Já o período destinado a cada
atividade deve ser preenchido com “x” nas colunas seguintes da mesma linha.
MESES
Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Levantamento
bibliográfico
(doutrina nacional,
estrangeira, bem
como a legislação
vigente)
X X
X X
X X
X X
X X
X X
X X
Análise de
documentos, dados
e informações
relacionados ao
tema
X X
X X
X X
X X
X X
X X
X X
10.
Confecção do texto X X X X
Revisão e
elaboração do texto
final
X X X X
X X X X
X X X X
X X X X
REFERÊNCIAS
As referências devem ser organizadas em ordem alfabética, por nome do
autor. Para sua elaboração, devem ser observadas as normas da ABNT (NBR
6023:2002).
Exemplo (Vide Seção 7 – Referências): NOME DO AUTOR
(Conhecido como SOBRENOME), Prenome. Título da Obra. n.° ed.
(edição) Cidade da Editora: Editora, Ano da obra em algarismo algébrico.
Observação importante: Deve-se lembrar de enumerar as páginas após
o sumário do projeto.
A estrutura de uma monografia, como qualquer outro trabalho científico
(tese, dissertação etc.) deve observar os seguintes elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais, de acordo com a ABNT NBR 14724:2011:
Estrutura Elemento Seção correspondente
Elementos pré-textuais
Capa (obrigatório) elemento externo 3.1.1
Lombada (opcional) elemento externo 3.1.2
Folha de rosto (obrigatório) 3.1.3
Errata (opcional) 3.1.4
Folha de aprovação (obrigatório) 3.1.5
Dedicatória(s) (opcional) 3.1.6
Agradecimento(s) (opcional) 3.1.7
Epígrafe (opcional) 3.1.8
Resumo em língua vernácula (obrigatório) 3.1.9
Resumo em língua estrangeira (obrigatório) 3.1.10
5.1
5.1.1
a)b)c)d)
e)
f)
Lista de ilustrações (opcional) 3.1.11
Lista de tabelas (opcional) 3.1.12
Lista de abreviaturas e siglas (opcional) 3.1.13
Lista de símbolos (opcional) 3.1.14
Sumário (obrigatório) 3.1.15
Elementos textuais
Introdução 3.2.1
Desenvolvimento 3.2.2
Conclusão 3.2.3
Elementos pós-textuais
Referências (obrigatório) 3.3.1
Glossário (opcional) 3.3.2
Apêndice(s) (opcional) 3.3.3
Anexo(s) (opcional) 3.3.4
Índice(s) (opcional) 3.3.5
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Capa (obrigatório)
Deve conter as informações transcritas abaixo, na seguinte ordem:
nome da instituição; nome do autor; Título e subtítulo, se houver;
número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa a
especificação do respectivo volume); local (cidade) da instituição onde
deve ser apresentado; ano de depósito (da entrega).
5.1.2
a)
b)
c)
5.1.3
5.1.3.1
a)b)c)
d)
e)
f)
g)h)
5.1.3.2
5.1.4
Lombada (opcional)
Conforme a ABNT NBR 12225, deve constar:
nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da
lombada. Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no
sentido horizontal, com a face voltada para cima; título do trabalho,
impresso da mesma forma que o nome do autor; elementos
alfanuméricos de identificação (p. ex., v. 2).
Folha de rosto (obrigatório)
Anverso da folha de rosto
Os elementos devem constar na seguinte ordem:
nome do autor; título principal do trabalho; subtítulo, quando houver:
deve ser evidenciada a sua subordinação ao título principal, precedido de
dois pontos; número de volumes, quando houver mais de um, em cuja
folha de rosto deve constar a especificação do respectivo volume;
natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros) e
objetivo (aprovação em disciplina pretendido); nome da instituição a
qual é submetido; área de concentração; nome do orientador e, se houver,
do coorientador; local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
ano de depósito (da entrega).
Verso da folha de rosto
Deve constar a ficha catalográfica, elaborada pela Biblioteca da
Instituição de acordo com o Código de Catalogação Anglo-Americano
vigente.
Errata (opcional)
Elemento que deve ser inserido logo após a folha de rosto, constituído
5.1.5
5.1.6
5.1.7
5.1.8
5.1.9
5.1.10
pela referência do trabalho e pelo texto da errata, disposto da seguinte
maneira:
ERRATA
Folha Linha Onde se lê Leia-se
40 5 aceitacao aceitação
Folha de aprovação (obrigatório)
Elemento colocado logo após a folha de rosto, constituído pelo nome do
autor, título do trabalho e seu subtítulo (quando houver), natureza, objetivo,
nome da instituição, área de concentração, data de aprovação, nome, titulação
e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que
pertence (opcional). A data de aprovação e as assinaturas são colocadas após
a aprovação do trabalho.
Dedicatória(s) (opcional)
Elemento colocado após a folha de aprovação.
Agradecimento(s) (opcional)
Colocado após a dedicatória.
Epígrafe (opcional)
Colocada após os agradecimentos.
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas, não
ultrapassando 500 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras-chave (no
mínimo, três).
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
5.1.11
5.1.12
5.1.13
5.1.14
5.1.15
Deve ser apresentado com as mesmas características do resumo em
língua vernácula, digitado em folha separada (em inglês, Abstract; em
espanhol, Resumen; p. ex.). Deve ser seguido das palavras-chave, na língua
correspondente.
Lista de ilustrações (opcional)
Deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com
cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo
número de página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista
própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas,
fotografias, gráficos, mapas, organogramas e outros).
Lista de tabelas (opcional)
Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item
designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de
página.
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no
texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por
extenso.
Lista de símbolos (opcional)
Deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com os
devidos significados.
Sumário (obrigatório)
Elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas do(s) respectivo(s)
número(s) da(s) página(s). Havendo mais de um volume, em cada um deve
5.2
5.2.1
5.2.2
5.2.3
constar o sumário completo do trabalho.
ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução
Trata-se da parte inicial na qual é apresentado o trabalho. Contempla
informações sobre natureza, importância, metodologia e objetivos da obra, e
é pautada em uma revisão da literatura pertinente. Ademais, deve conter uma
apresentação da estrutura de capítulos do trabalho.
Apesar de aparecer na parte inicial do texto, é recomendado que ela seja
redigida quando encerrado o desenvolvimento do trabalho, momento em que
o autor já tenha adquirido maior maturidade e domínio sobre o tema, além de
uma visão mais clara dos objetivos da obra.
Ressalta-se que os títulos “Introdução”, “Considerações Finais” (ou
“Conclusão”) também são numerados. O título “Referências” não, sendo este
centralizado.
Desenvolvimento do texto
Concede-se ao autor total liberdade para a discussão,comparação e
apresentação dos resultados referentes à pesquisa realizada. Desta forma, o
tema deve ser desenvolvido de modo que se possibilite uma percepção
completa da metodologia empregada, tomando-se o cuidado para que os
resultados conseguidos sejam apresentados de maneira clara e objetiva,
coerentes com a revisão bibliográfica que fomentou o seu desenvolvimento.
É importante que o texto traga as diversas correntes jurídicas sobre o
tema, não somente a adotada pelo autor, o que tornará o trabalho mais rico
em conteúdo.
Considerações finais
5.2.4
Nesta parte o autor deve avaliar os resultados do trabalho desenvolvido.
Como desfecho do texto, é importante finalizar as ideias apresentadas ao
longo da discussão do tema de cristalino e coerente, evitando apresentar
dados quantitativos. Caso julgue pertinente, o autor pode sugerir ações a
serem seguidas futuramente, em razão da complexidade do tema.
Observação: Nas Considerações finais, não se deve apresentar citações.
Trata-se de momento específico para as conclusões do autor do trabalho.
Estilo de linguagem
O texto deve ser redigido em Língua Portuguesa, preferencialmente no
impessoal (ex.: Objetiva-se; Analisa-se etc.) ou primeira pessoa do plural,
evitando-se fazer referência pessoal.
Deve ser mantida a uniformidade de tratamento em todo o trabalho,
precavendo-se do uso de expressões como “eu”, “minha pesquisa”, “nosso
trabalho” etc. Importante primar pela consistência na apresentação, isto é,
pela manutenção de um padrão uniforme em todas as fases. Os trabalhos
científicos são caracterizados principalmente pela objetividade e clareza das
informações. Tais características podem ser obtidas fazendo-se uso de frases
curtas, que façam menção apenas a um pensamento.
Recomendamos a utilização da obra: Curso de Português Jurídico, cujos
autores são Antonio Henriques e Regina Toledo Damião, da Editora Atlas,
que facilita na redação jurídica.
Deve-se evitar redigir parágrafos formados somente por uma única frase.
As frases que estejam relacionadas a um mesmo aspecto devem ser
compiladas em um único parágrafo. Ademais, evitar expressões vagas (ex.:
“parece ser”, “creio que” etc.) e outras que não transmitam a verdadeira ideia
do objeto de estudo. É recomendado evitar a utilização de siglas e
abreviaturas na redação do texto. Porém, caso sejam utilizadas, na primeira
vez em que aparecerem no texto, devem vir na forma completa, acompanhada
5.2.5
5.3
5.3.1
5.3.2
da abreviatura entre parênteses. Vale observar que não se deve usar pontos
para separar as letras das siglas.
Termos antigos e antiquados, gírias e expressões vulgares devem ser
evitados. Recomendável a utilização de dicionário, buscando a precisão da
terminologia.
Organização do texto
O texto monográfico deve estar divido em capítulos, cada qual
organizado em seções e subseções. Os capítulos (seções) devem ser
numerados com algarismos arábicos ou romanos.
A divisão das seções deve ser realizada por seções e subseções
organizadas com algarismos arábicos, separados apenas por ponto. Vide item
4.1.9, supra, do presente guia.
Os títulos das seções e subseções podem ser destacados utilizando-se
recursos como, por exemplo, negrito ou caixa alta. Se houver necessidade de
mais de três subseções, estas devem ser colocadas como alíneas, iniciadas em
letras minúsculas seguidas de parênteses e espaço, e subalíneas começadas
por hífen colocado sob a primeira letra da alínea (conforme demonstrado no
item 4.1.9, supra).
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências (obrigatório)
São apresentadas de acordo com a ABNT NBR 6023. A formatação das
referências encontra-se descrita em tópico próprio do presente guia.
Glossário (opcional)
Elaborado em ordem alfabética.
5.3.3
5.3.4
5.3.5
Apêndice(s) (opcional)
Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e respectivos títulos. Exemplo: APÊNDICE A – Avaliação
numérica das células somáticas.
APÊNDICE B – Avaliação numérica das células-tronco.
Quando esgotadas as 23 letras do alfabeto, podem-se utilizar letras
maiúsculas dobradas:
APÊNDICE AA – Avaliação numérica de sinapses dos neurônios do cérebro
humano.
Anexo(s) (opcional)
Segue o mesmo padrão do Apêndice. Exemplos:
ANEXO A – Representação gráfica das células somáticas.
ANEXO B – Representação gráfica das células-tronco.
Ou, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto:
ANEXO AA – Representação gráfica de sinapses dos neurônios do cérebro
humano.
Índice (opcional)
Elaborado em ordem alfabética, de acordo com a ABNT 6034.
6.1
6.1.1
6.1.2
6.1.3
6.1.4
FORMATO
Folha
Deve-se usar folha do tipo A4 (21 cm x 29,7 cm).
Texto
Deve ser digitado ou datilografado no anverso da folha, respeitando-se o
número mínimo de laudas, em regra, determinado pelas normas da
Instituição. Cabe ressaltar que pela nova norma da ABNT (NBR
14724:2011), o texto pode ser no anverso e no verso da folha (no entanto,
deve-se atentar para as normas da Instituição a respeito da estruturação do
trabalho científico e verificar se há essa possibilidade de uso do verso da
lauda).
Impressão
O trabalho deve ser impresso com tinta de cor preta (cores somente para
as ilustrações).
Fonte da letra
6.1.5
6.1.6
6.1.7
6.1.8
6.1.9
Deve-se usar a fonte Times New Roman.
Tamanho de letra
O tamanho da letra deve ser 12 para todo o texto; excetuando-se as
citações de mais de três linhas (10), notas de rodapé (10), paginação (10) e
legendas das ilustrações e das tabelas (10). Quanto aos títulos e capítulos,
deve-se utilizar o tamanho 14.
Tabulação de parágrafo
A tabulação deve ser de 2 cm, a partir da margem esquerda (observação:
quando se tratar de citações de mais de três linhas, deve-se observar um recuo
de 4 cm da margem esquerda).
Margem
As margens deverão obedecer aos seguintes limites: Margem esquerda:
3 cm (+ 1 cm para encadernação) Margem superior: 3 cm
Margem direita: 2 cm
Margem inferior: 2 cm
Espaçamento
O texto deve ser digitado/datilografado com espaço 1,5, excetuando-se
as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das
ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo,
nome da instituição, que devem ser digitados/datilografados em espaço
simples.
As referências, no final do texto, devem ser separadas entre si por um
espaço simples em branco.
Seções e subseções
Os títulos das seções devem começar na parte superior da lauda e ser
separados do texto que os sucede por dois espaços 1,5, entrelinhas.
Quanto às subseções, os títulos devem ser separados do texto que os
precede e que os sucede por dois espaços 1,5.
O indicativo número de uma seção precede seu título, alinhado à
esquerda, separado por um espaço de caractere.
Deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto. Os
títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto,
devem iniciar em folha distinta (ex.: os capítulos). Destacam-se
gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito,
itálico ou grifo, no sumário e de forma idêntica no texto.
Exemplo:
1 TÍTULO DA SEÇÃO (CAPÍTULO)
(seção primária, em negrito; caixa alta, corpo 14, alinhada à margem esquerda)
(2 espaços 1,5)
 
1.1 Título (subseção primária, em negrito; só a primeira letra em caixa alta, corpo 12, alinhada à
margem esquerda)
(2 espaços 1,5)
1.1.1 Título (subseção secundária, em fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à
margem esquerda) (2 espaços 1,5)
1.1.1.1 Título (subseção terciária; fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem
esquerda) (2 espaços 1,5)
1.1.1.1.1 Título (subseção quaternária; fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à
margem esquerda) (1 espaço 1,5)
a) Alínea (fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda); (1 espaço
1,5)
6.1.10
6.1.11
6.1.12
 
b) Alínea;
(1 espaço 1,5)
 
– Subalínea (fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda) (1 espaço
1,5)
– SubalíneaTítulos sem indicativo numérico
Os títulos, sem indicativo numérico, como errata, agradecimentos, lista
de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos,
sumário, referências, glossário, apêndice, anexo e índice, devem ser
centralizados.1
Cabe ressaltar que a Introdução e as Considerações finais não são
numeradas e devem estar alinhadas à margem esquerda, levando em
consideração as regras referentes à seção primária (letras maiúsculas, corpo
14, negrito).
Elementos sem título e sem indicativo numérico
Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a
epígrafe.
Notas de rodapé
Devem ser digitadas/datilografadas dentro das margens, ficando
separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm,
a partir da margem esquerda.2
6.1.13
6.1.14
6.1.15
Paginação
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser
contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a
partir da primeira folha da parte textual (a partir da Introdução), em
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda
superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.
No caso de trabalho constituído de mais de um volume, deve ser
mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último
volume. Havendo apêndice(s) e anexo(s), as suas folhas devem ser
numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do
texto principal.
Siglas
Quando aparecer pela primeira vez no texto, a forma completa do nome
precede a sigla, colocada entre parênteses.
Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Equações e fórmulas
Devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com
algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na sequência
normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte
seus elementos (expoentes, índices e outros).
Exemplos:
x + y = z ... (1)
z + w = k ... (2)
6.1.16
6.1.17
Ilustrações
Qualquer que seja seu tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas,
fotografias, gráficos, mapas e outros), sua identificação aparece na parte
inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem
de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou
legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto e
da fonte. A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a
que se refere, conforme o projeto gráfico.
Exemplo:
(figura centralizada)
Fonte: GEN (2011)
(espaçamento 1,5)
Figura 1 – Logotipo do Grupo Editorial Nacional.
(junto à margem esquerda da folha)
Tabelas
Apresentam informações tratadas estaticamente. Observar as mesmas
regras para as ilustrações, conforme item anterior.
6.1.18
6.1.18.1
a)b)
c)
d)
6.1.18.2
a)b)
6.1.18.2.1
a)
Citações
Devem ser realizadas de acordo com a ABNT NBR 10520 e NBR 6023.
Definições
citação: menção de uma informação extraída de outra fonte;
citação de citação: citação direta ou indireta de um texto a cujo
original não se teve acesso; citação direta: transcrição textual de
parte da obra do autor consultado; citação indireta: texto baseado
na obra do autor consultado.
Citações no texto
As citações no texto podem ser realizadas a partir de dois sistemas, quais
sejam:
sistema autor-data; sistema de notas de rodapé.
Sistema autor-data
Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição
responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e
minúsculas, e, quando estiverem entre parênteses, em letras maiúsculas.
Em seguida, exemplos de citações diretas e indiretas no texto, valendo-
se do Sistema autor-data, conforme ABNT NBR 10520.3
Citação indireta, sobrenome do autor fora de parênteses e com
menos de três linhas. Nesse caso, apenas é obrigatório o ano da
obra referida. A indicação do número da página consultada é
opcional:
A ironia seria assim uma forma implícita de
b)
c)
d)
e)
heterogeneidade mostrada, conforme a classificação da proposta
por Authier-Reiriz (1982).
Citação direta (deve-se usar a citação entre aspas), sobrenome
do autor fora de parênteses e com menos de três linhas. Nesse
caso, deve constar entre parênteses o ano e o número de página
da obra referente à citação.
Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a “[...]
relação da série São Roque com os granitos porfiroides pequenos
é muito clara.”
Citação direta, sobrenome do autor, ano e número de página
entre parênteses, com menos de três linhas. Deve constar no
final da citação.
“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo
não é uma psicanálise da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p.
293).
Havendo outros elementos indicativos da obra, como volume,
tomo ou seção da fonte consultada, nas citações diretas, devem
ser especificados. Devem seguir a data, separados por vírgula e
precedido pelo termo que o caracteriza, de forma abreviada.
Nas citações indiretas, é opcional.
Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio”,
de A Semana: “Houve sol, e grande sol, naquele domingo de
1888, em que o Senado votou a lei, que a regente sancionou [...]”
(ASSIS, 1994, v. 3, p. 583).
As aspas devem ser utilizadas em citação direta, com menos de
f)
g)
três linhas. Aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação.
Segundo Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma ‘arte de
conversação’ que abrange tão extensa e signifi-cativa parte da
nossa existência cotidiana [...].”
As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser
destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com corpo
menor (tamanho 10) que a do texto utilizado e sem as aspas,
com espaçamento de entrelinhas simples. Quanto ao
espaçamento entre parágrafos que antecede e sucede à citação,
deve-se utilizar 1,5.
<<4 cm>>
A teleconferência permite ao indivíduo participar de um encontro nacional
ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos
comuns de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone, e
computador, Através de audioconferência, utilizando a companhia local de
telefone, um sinal de áudio pode ser emitido em um salão de qualquer
dimensão. (NICHOLS, 1993, p. 181).
Citações de dois ou três autores. Devem ser mencionados os
autores na ordem de apresentação na obra citada.
“Não se mova, faça de conta que está morta.” (CLARAC;
BONNIN, 1985, p. 72). (citação direta).
“A CTNBio possui fundamental responsabilidade frente ao
desenvolvimento econômico sustentável.” (LEHFELD;
ARAÚJO; LEPORE, 2006, p. 50).
Conforme Lehfeld, Araújo e Lepore (2006), a nova Lei de
Biossegurança não surtiu os efeitos esperados, especialmente
h)
i)
j)
k)
l)
para a disciplina da clonagem. (citação indireta)
Quando houver mais de três autores, utilizar a expressão “et.
al.” (que significa “e outros”).
Segundo Tárrega et. al. (2006), a democracia representativa
encontra-se falida. A busca, hodiernamente, é de instrumentos
democráticos participativos.
“A democracia representativa está morta.” (LEHFELD et.
al., 2006, p. 8).
Quando houver coincidência de sobrenomes e ano da obra, os
prenomes devem servir como diferenciadores.
Exemplos: (SOUZA, F., 1993) e (SOUZA, A., 1993)
(BARBOSA, Cássio, 1965) e (BARBOSA, Celso, 1965)
Quando ocorrer citação de obras de mesma autoria, publicadas
no mesmo ano, acrescenta-se, para distingui-los, letras
minúsculas do alfabeto logo após a data, sem espaço.
Exemplos: (ABIQUIM, 1998a); (ABIQUIM, 1988b) e
(ABIQUIM, 1998c) Em conformidade com Gomes Júnior
(2004a), [...].
Citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria,
publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente,
têm as suas datas separadas por vírgula.
Exemplos: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) (CRUZ;
CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000) Citações indiretas de
diversas obras de vários autores, mencionados
m)
n)
o)
simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula, em
ordem alfabética.
Diversos autores salientam a importância do
“acontecimento desencadeador”no início de um processo de
aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MERIZOW, 1991).
Nos casos em que não há menção da autoria pela obra, indicar
a instituição responsável, seguindo as mesmas regras
anteriormente dispostas para as citações diretas e indiretas.
“Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer
circunstância, sem quaisquer restrições estatais, pelas moedas
dos outros Estados-membros.” (COMISSÃO DAS
COMUNIDADES EUROPEIAS, 1992, p. 34).
Nos casos de citação de obras sem indicação de autoria ou
responsabilidade, mencionar a primeira palavra do título
seguida de reticências, data de publicação do documento e
página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por
vírgula e entre parênteses.
“As IES implementarão mecanismos democráticos,
legítimos e transparentes de avaliação sistemática das suas
atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e seus
compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO...,
1987, p. 55).
No caso em que há citação de outra citação, deve-se utilizar a
expressão “ apud”, que significa “citado por”, “conforme”,
“segundo”.4
Exemplos: Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3)
diz ser [...].
“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o
antiliberalismo da cultura política de 1937, preservado de modo
encapuzado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud
SEGATTO, 1995, p. 214-215).
6.1.18.2.1.1 Citações no texto e sua correspondente referência
Cabe ressaltar que as citações realizadas no texto, sejam diretas ou
indiretas, devem ser referenciadas no final do trabalho, quando relacionadas
às obras consultadas (Referências). Nesse caso, deve-se observar as regras
previstas no item 4 do presente guia.
Exemplo I
a) No texto
O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o chamado
Contrato de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como
forma de reduzir os investimentos públicos no ensino superior (BRASIL,
1995).
b) Nas referências (localizada no final do trabalho, após as conclusões)
BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado.
Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995.
Exemplo II
a) No texto
De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se
considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de conteúdos já
previamente disponíveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA;
METZ, 1976, p. 3).
b) Nas referências
JOSSUA, J. P.; METZ, J. B. Editorial: Teologia e Literatura. Concílium,
Petrópolis, v. 115, n. 5, p. 2-5, 1976.
Exemplo III
a) No texto
Merriam e Caffarella (1991) observam que a localização de recursos tem um
papel crucial no processo de aprendizagem autodirigida.
b) Nas referências
MERRIAM, S.; CAFFARELLA, R. Learning in adulthood: a
comprehensive guide. São Francisco: Jossey-Bass, 1991.
Exemplo IV
a) No texto
Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar
esta situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a validade
do direito romano ponderando que este era o direito do Império Romano que
tinha sido reconstituído por Carlos Magno com o nome de Sacro Império
Romano.”
b) Nas referências
6.1.18.2.2
a)
b)
c)
BOBBIO, Noberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito.
São Paulo: Ícone, 1995.
Sistema nota de rodapé
Neste caso, as citações devem ser referenciadas por notas de rodapé,
com a utilização da ABNT NBR 6023:2002.
Citação indireta, com indicação do autor no texto: faz-se a
referência em nota de rodapé, iniciando-se com o título da obra
em negrito (se houver subtítulo, em fonte normal), edição,
cidade, editora, ano e página (verifique Seção 7 – Referências)
Édis Milaré afirma que o EIA-RIMA, bem como a Lei das
Unidades de Conservação da Natureza, são instrumentos eficazes
para garantir a Política Nacional do Meio Ambiente.5
Citação indireta, sem indicação do autor no texto: faz-se a
referência em nota de rodapé, iniciando-se com o nome (letras
maiúsculas) e prenome do autor, nome da obra em negrito,
edição, cidade, editora, ano e página. (verifique Seção 7 –
Referências).
O EIA-RIMA, bem como a Lei das Unidades de
Conservação da Natureza, são instrumentos eficazes para
garantir a Política Nacional do Meio Ambiente.6
Citação direta, inferior a três linhas, com a indicação do autor
no texto: em fonte normal, entre aspas, parágrafo com recuo de
2 cm (normal) da margem esquerda, com referência em nota de
rodapé, iniciando-se pelo título em negrito (se houver subtítulo,
em fonte normal), edição, cidade, editora, ano, página
d)
e)
f)
(verifique Seção 7 – Referências).
Conforme Sérgio Said Staut Júnior, a “reflexão sobre a
natureza dúplice dos direitos autorais remete a um outro conjunto
de preocupações, dentre elas, a questão do fundamento dos
direitos autorais”.7
Citação direta, menos de três linhas, sem indicação do autor no
texto: em fonte normal, entre aspas, parágrafo com recuo de 2
cm (normal) da margem esquerda, com referência em nota de
rodapé, iniciando-se pelo nome (letras maiúsculas) e prenome
do autor, título em negrito (se houver subtítulo, em fonte
normal), edição, cidade, editora, ano, página (verifique Seção 7
– Referências).
“O estudo atual do direito autoral passa por alguns
problemas, problemas que são sentidos e são produtos do
momento conturbado pelo qual a sociedade e, por extensão, o
Direito vêm passando”.8
As aspas devem ser utilizadas em citação direta, com menos de
três linhas. Aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação.
“Por força do art. 5°, caput, I da Lei 7.347/85, é parte
legítima para propor a ação civil pública a associação que ‘I –
esteja constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei
civil’”.9
As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser
destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, corpo
menor (tamanho 10), sem as aspas, com espaçamento
g)
h)
entrelinhas simples. A referência será feita em nota de rodapé,
conforme orientações anteriores, quanto aos elementos que
devem compô-la. Quanto ao espaçamento entre parágrafos que
antecede e sucede à citação, deve-se utilizar 1,5.
<<4 cm>>
Segundo a doutrina, Parlamentarismo é o sistema de governo que dá ao
Parlamento a primazia da política governamental. Dessa forma, o
executivo é exercido mediante delegação da maioria do Parlamento, que
elege um Conselho de Ministros, sendo o Primeiro-Ministro o chefe do
governo. Se o Conselho for incompetente ou corrupto, instala-se um
remédio imediato: é derrubado, sendo rapidamente substituído por outro
Conselho.10
Citações de dois ou três autores. Devem ser mencionados os
autores na ordem de apresentação na obra citada.
Nas omissões, por vezes, a pessoa não pratica a ação devida
por causa de uma incapacidade de conduta: é o caso de quem se
acha em meio a uma crise de histeria e não pode gritar para uma
pessoa cega que está caminhando para um precipício; daquele
que fica paralisado em razão de um choque emocional num
acidente e não pode prestar socorro às pessoas etc.11
Paulo: Saraiva, 2005. p. 28.
Outro exemplo (citação com menos de três linhas): “Outro
importante desafio é a dificuldade de internalização pelas
pessoas do real significado do desenvolvimento sustentável,
apesar de esta temática estar presente exaustivamente nas
agendas e nos debates atuais”.12
Quando houver mais de três autores, utilizar a expressão “ et.
al.” (que significa “e outros”) (citação longa).
i)
j)
k)
A estabilidade no mandato é fundamental para a autonomia
das agências, no entanto não pode se portar como um manto
intocável, devendo ser destituída a partir do momento em que se
vislumbra a incompetência de seu portador.13
Quando não houver menção à autoria da obra, indicar a
instituição responsável, seguindo as mesmas regras
anteriormente dispostas para as citações diretas e indiretas
(Vide Seção 7 – Referências) (citação longa).
O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o
chamado Contrato de Gestão, que conduziria à captação de
recursos privados como formade reduzir os investimentos
públicos no ensino superior.14
Quando não houver menção à autoria da obra, apenas do
título, este deve iniciar a referência, em maiúsculo. Quanto aos
demais elementos, observar as regras anteriormente dispostas
para as citações diretas e indiretas, e a Seção 7 – Referências.
“Em Nova Londrina (PR), as crianças são levadas às
lavouras a partir dos 5 anos”.15
Quando houver citação de outra citação, deve-se utilizar a
expressão “ apud”, que significa “citado por”, “conforme”,
“segundo”.16
Segundo Lépore, a competência normativa da agência está
compreendida pelos standards determinados pela lei, de forma
genérica, possibilitando assim o referido órgão determinar regras
de conduta para os agentes submetidos ao seu controle”.17
l)
m)
6.1.18.3
Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários,
ênfase ou destaques, do seguinte modo:
Supressões: [...]
Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
Ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico (utiliza-se o
termo “grifo nosso”. Quando for do autor citado, indicar com
“grifo do autor”).
Exemplos:
“O Código Florestal [...] ocupou-se do assunto de forma indireta ou
reflexa.”
“A disciplina jurídica dos contratos é direito-custo. A margem de
atuação da autonomia da vontade e a intervenção do estado, calibradas pela
lei, interferem no cálculo empresarial”.18
Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se
inserir a expressão “tradução nossa” entre parênteses.
A regulação é um processo em que interessa não apenas o
momento da formulação das regras, “mas também aqueles da sua
concreta aplicação, e por isso, não a abstrata, mas a concreta
modificação dos contextos de ação dos destinatários”.19
Notas de referência (utilização de Id.; Ibid.; op cit.; loc. cit.;
Cf.)
As notas de referências devem observar as regras da ABNT NBR
a)
b)
10520:2002.
A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua
referência completa. As subsequentes citações da mesma obra devem ser
referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões,
quando for o caso.
Quando a citação subsequente for do mesmo autor, realizada
na mesma página, utilizar Idem (“mesmo autor”. De forma
abreviada, Id.).
“O art. 21, XIX, diz que compete à União instituir sistema
nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios
de outorga de direitos de seu uso”.20 Continua o referido autor:
“[...] e o art. 22, IV, estabelece a competência privativa da União
para legislar sobre águas”.21
Quando a citação subsequente for da mesma obra, realizada na
mesma página, utilizar Ibidem (“na mesma obra”. De forma
abreviada, Ibid.).
O reconhecimento do direito a um meio ambiente sadio
configura-se, na verdade, como extensão do direito à vida, quer
sob o enfoque da própria existência física e saúde dos seres
humanos, quer quanto ao aspecto da dignidade dessa existência –
a qualidade de vida –, que faz com que valha a pena viver.22
Deveras, “o caráter fundamental do direito à vida torna
inadequados enfoques restritos do mesmo em nossos dias; sob o
direito à vida, em seu sentido próprio e moderno, não só se
mantém a proteção contra qualquer privação arbitrária da vida,
mas além disso encontram-se os Estados no dever de buscar
c)
c.1)
c.2)
diretrizes destinadas a assegurar o acesso aos meios de
sobrevivência [...]”.23
Quando a citação subsequente for de obra já citada, utilizar
opus citatum (“obra citada”. De forma abreviada, op. cit.),
nos seguintes casos:
Quando a citação subsequente estiver na mesma página, mas
intercalada com outra citação, de autor diverso.
“Hoje se exige maior participação-cidadã no processo
político”24. Para tanto, “imprescindível o acesso a instrumentos
democráticos de participação”25. Como exemplo, podemos citar
“a ação popular, ação civil pública, direito de petição e de obter
informações de repartições públicas, e outras”.26
Quando a citação subsequente estiver em página posterior do
trabalho.
Alexandre de Moraes afirma que a decisão tomada pela
agência, embora discricionária, pode ser perfeitamente revista
pelo Poder Judiciário quanto a sua legalidade”.27
Em página posterior do trabalho:
O controle judicial, ademais, vai além da legalidade quanto se trata de
decisão proferida por órgão regulador. Sem se apropriar do mérito, o Poder
Judiciário “pode revê-la quanto à sua proporcionalidade e razoabilidade,
princípios que devem ser observados em qualquer prática administrativa”.28
Observação: se houver citação de mais de uma obra, de um mesmo
autor, importante informar também o título antes de se utilizar o op. cit., em
d)
e)
páginas posteriores do trabalho. Exemplo: MORAES, Alexandre de.
Agências Reguladoras, op. cit., p. 23.
Quando a citação subsequente for da mesma página da obra
citada, deve-se utilizar loco citato (“no lugar citado”. De forma
abreviada, loc. cit.).
Em nota de rodapé:
Quando a citação refere-se à obra, legislação, jurisprudência
ou outro documento, no todo, utiliza-se confira, confronte ( De
forma abreviada, Cf.).
O meio ambiente, na realidade, é um conjunto de condições,
leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas.29
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1011
12
13
14
15
16
17
__________
Observe também o ANEXO G – Modelo de Dedicatória Agradecimentos Epígrafe.
Como pode ser observado nesse exemplo.
A maioria dos exemplos transcritos no presente documento foi reproduzida da referida
norma da ABNT, para fins didáticos.
Não se recomenda utilizar muito essa forma de citação em trabalhos científicos. Isso
geralmente ocorre devido ao fato de a pessoa não ter tido acesso ao documento original,
fazendo com que ele cite trechos já citados em outras obras.
Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev., ampl. e atual. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 437.
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MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev.,
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Não se recomenda utilizar muito essa forma de citação em trabalhos científicos. Isso
geralmente ocorre devido ao fato de a pessoa não ter tido acesso ao documento original,
fazendo com que ele cite trechos já citados em outras obras.
LÉPORE, Paulo Eduardo apud LEHFELD, Lucas de Souza. Autonomia das agências
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reguladoras. São Paulo: Mizuno, 2007. p. 60. (se houver a informação a respeito da obra
do autor citado, pode também ser referenciada. Ex.: LÉPORE, Paulo Eduardo. Agências
reguladoras e suas competências. São Paulo: Lemos, 2007 apud LEHFELD, Lucas de
Souza. Autonomia das

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