Buscar

GE -Estágio Supervisionado IV - Farmácia - UNI 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE IV
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV – 
FARMÁCIA
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
 _______________________________________________________________________
Barbosa, Irla Carla de França
Estágio Supervisionado IV – Farmácia Digital: Unidade 4 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2023.
 _______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV – FARMÁCIA (DIGITAL)
UNIDADE 4 – VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, aluno (a), 
Chegamos ao término da nossa disciplina “Estágio Supervisionado IV – Farmácia 
Digital”. Até aqui, você aprendeu sobre três importantes níveis de atenção básica: 
Farmácia Hospitalar, Unidade Básica de Saúde (UBS) e Central de Abastecimento 
Farmacêutico (CAF).
Nesta etapa de estudos, você vai conhecer a importância da atuação da Vigilância 
Sanitária na promoção da saúde da população, verificando a adesão às normas e aos 
regulamentos técnicos vigentes.
Preparado(a) para continuar nossa jornada de conhecimentos?
Então vamos lá!
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Caro(a) aluno(a), antes de iniciar nossos estudos, é importante reforçar que, ao longo da 
disciplina, você conhecerá alguns conceitos relacionados a medicamentos e materiais 
médico-hospitalares nos níveis de atenção citados anteriormente. Você verá como é 
feito o armazenamento, o fracionamento, a distribuição desses insumos, incluindo as 
legislações vigentes para cada um deles, e o imprescindível papel do farmacêutico 
em cada uma das etapas. Além disso, também existe o farmacêutico no âmbito da 
vigilância sanitária, o qual é responsável por garantir a qualidade e segurança dos 
medicamentos, alimentos, cosméticos e produtos para saúde, além de desenvolver e 
implementar políticas públicas relacionadas à saúde e à segurança dos consumidores. 
PALAVRAS DO PROFESSOR
Querido (a) aluno (a), você está cada vez mais próximo de se tornar um profissional 
farmacêutico. Além de colocar em prática todo o conteúdo teórico que você aprendeu 
ao longo do curso, no Estágio Supervisionado IV, você irá se deparar com 4 ramos 
distintos de atuação do farmacêutico. No entanto, apesar de distintos, estes se 
4
correlacionam e remetem ao ciclo da assistência farmacêutica, que envolve a seleção, 
programação, aquisição, armazenamento e distribuição de medicamentos. É importante 
que você utilize os guias de estudos e aproveite seus conteúdos teóricos, de maneira a 
correlacioná-los à prática vivida durante o estágio. 
Será um prazer contribuir com a prática profissional de todos! 
Bons estudos!
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA)
A Anvisa é um órgão regulatório criado em 1999 através da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, a qual 
“define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá 
outras providências” (BRASIL, 1999).
Imagine um cenário em que existia pouco ou nenhum controle sobre os produtos destinados à saúde de 
maneira geral; pois bem, esta era a situação do Brasil pouco antes da criação da Anvisa. O país possuía 
um histórico desastroso de eventos negativos, como fraudes, roubos de cargas, falsificação etc.; entre 
os anos de 1996 e 1998, o Ministério da Saúde registrou 172 casos de falsificação de medicamentos 
de grande consumo, como o Androcur® (acetato de ciprosterona), o Epivir® (lamivudina) e o Invirase® 
(saquinavir) (SILVA, COSTA e LUCCHESE, 2018). 
Além disso, ainda existia uma grande preocupação com roubos de cargas de medicamentos e a venda 
de medicamentos sem registro ou contrabandeados, como também medicamentos com validade vencida 
(SILVA, COSTA e LUCCHESE, 2018). 
Infelizmente, a quantidade de desastres pela falta de um sistema de vigilância sanitária eficiente deixou 
em seu histórico muito mais desastres. O abandono de uma ampola de Césio utilizada por um serviço 
de radioterapia em Goiana, em 1987, causou a morte de 4 pessoas e trouxe vários danos a mais de 28 
pessoas após ser vendida para um ferro velho. Podemos, ainda, citar a morte de 71 pacientes de duas 
clínicas de hemodiálise no município de Caruaru, em Pernambuco, após a contaminação da água por algas 
(SILVA, COSTA e LUCCHESE, 2018). 
 Ademais, há o caso da “pílula de farinha”, que ocorreu quando o laboratório Schering do Brasil comercializou 
pílulas placebo no lugar de um anticoncepcional. O incidente aconteceu devido a um teste de uma nova 
máquina de embalagem: os comprimidos sem princípio ativo, que deveriam ter sido incinerados, foram 
comercializados, fazendo com que algumas mulheres engravidassem (SILVA, 2018).
Quando lemos estas informações na atualidade, pensamos, com certeza, no quão absurdos e improváveis 
são esses fatos. Entretanto, sabemos que, se não fosse o nosso sistema de vigilância sanitária, não 
teríamos, hoje, segurança alguma para utilizar vários produtos. 
5
Diante do exposto, é possível perceber que o objetivo da vigilância sanitária é eliminar, diminuir e prevenir 
riscos à saúde relativos à produção e ao uso de produtos da saúde ou à condição do ambiente. Ainda de 
acordo com Silva, Costa e Lucchese (2018), o órgão atua por meio de:
•	 regulamentações sobre concessão de licenças sanitárias para a produção e comércio de bens e 
serviços;
•	 registro de produtos para a fabricação e consumo;
•	 certificação de boas práticas de produção;
•	 monitoramento da qualidade de produtos e serviços;
•	 fiscalização do cumprimento das normas; 
•	 comunicação e educação sobre riscos e vigilância de eventos adversos relacionados a esses bens.
Os produtos que estão sob vigilância sanitária no nosso país são:
•	 alimentos;
•	 medicamentos;
•	 produtos biológicos (vacinas, hemoderivados, órgãos e tecidos para transplantes);
•	 produtos médico-hospitalares;
•	 produtos odontológicos;
•	 produtos laboratoriais;
•	 órteses, próteses;
•	 saneantes;
•	 perfumes e cosméticos;
•	 serviços de saúde e relacionados à saúde;
•	 portos, aeroportos e fronteiras.
A estrutura organizacional da Anvisa está dividida em três esferas de poder: o federal, o estadual e o 
municipal.
O componente federal está vinculado ao Ministério da Saúde e tem como responsabilidade a 
regulamentação e a coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, como também a execução 
de ações de controle.
O componente estadual da Anvisa é formado pelos órgãos de vigilância sanitária das secretarias estaduais 
de saúde; e os Laboratórios centrais estaduais (LACEN), no caso de alguns estados. A formulação de 
padrões procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano e a 
colaboração na vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras estão entre suas funções.
O componente municipal, apesar de ainda não estar bem estruturado na maioria dos municípios, traz 
seu nível de colaboração na execução dos serviços de vigilância sanitária e na política de insumos e 
equipamentos para a saúde em seu nível de hierarquia. Assim como a esfera estadual, também colabora 
na vigilância de fronteiras, portos e aeroportos. 
6
Como já vimos anteriormente nesta unidade, as atividades realizadas pela vigilância sanitária têm o 
objetivo de eliminar, diminuir ou prevenir riscos de saúde provenientes de várias fontes, inclusive do 
ambiente. Estas ações impactam positivamente a qualidade de vida e até otimizam a utilização de recursos 
públicos através de redução em número de consultas, exames e internações hospitalares resultantes de 
complicações pelo uso de produtos inapropriados para o consumo e quecausam intoxicações e doenças. 
Antes de mais nada, precisamos saber que, para a garantia da qualidade do serviço a ser realizado, a 
vigilância sanitária precisa de alguns requisitos.
•	 Estrutura física: é preciso uma área física privativa, além de mobília específica e veículos para 
eventuais deslocamentos.
•	 Tecnologias: a existência de um sistema informatizado é indispensável, além de internet, equipamentos 
de informática e de verificação.
•	 Aparato laboratorial: envolve uma rede analítica das três esferas de governo com o objetivo de validar 
a qualidade e a segurança de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária.
•	 Recursos humanos: são necessários uma equipe mínima que seja multiprofissional, funcionários de 
dedicação exclusiva e programas de educação continuada.
•	 Financiamento: recursos provenientes de outras esferas de governo e taxas arrecadadas, que são 
convertidas para ações de vigilância sanitária. 
•	 Autonomia técnica e operacional: além de legalidade e moralidade nas ações em vigilância sanitária 
no território de atuação.
O FARMACÊUTICO NA VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Tendo em vista o vasto número de atribuições e o nível de complexidade da Anvisa, é possível imaginarmos 
que profissionais com alta capacitação técnica são exigidos; o farmacêutico é um deles. 
De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia, até dezembro de 2016, o total de estabelecimentos 
de fiscalização privativa do farmacêutico era 104.694. Observe a tabela abaixo com dados do CFF sobre os 
estabelecimentos privativos de fiscalização farmacêutica. 
Quadro 1:Estabelecimentos de fiscalização privativa do farmacêutico.
ESTABELECIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO PRIVATIVA DO FARMACÊUTICO
Capital Interior Total
Drogarias 11.811 41.619 53.430
Farmácias de manipulação 7.387 21.783 29.170
Farmácias públicas 1.284 9.458 10.742
Farmácias hospitalares 1.878 4.811 6.689
Distribuidoras de medicamentos 1.531 2.616 4.147
Importadora / exportadora de medicamentos 37 23 60
Indústrias de medicamentos 173 283 456
7
Total de estabelecimentos de fiscalização privativa do 
farmacêutico 2
24.101 8.593 104.694
Fonte: CFF (2017)
As áreas de fiscalização privativas do farmacêutico foram definidas por lei como áreas de alto grau de 
risco sanitário pela RDC nº 153, de 27 de abril de 2017, da Anvisa, o que significa dizer que, sem uma 
fiscalização prévia do farmacêutico, não é possível obter uma licença, ou seja, não podem 
funcionar. 
Existem, ainda, outros estabelecimentos também inscritos no Conselho Federal de Farmácia, mas que 
não são privativos do farmacêutico, isto é, outros profissionais além do farmacêutico podem fazer a sua 
fiscalização. Veja alguns exemplos (CFF, 2017):
•	 laboratórios de análises clínicas;
•	 postos de coleta;
•	 desinsetizadoras;
•	 indústria de cosméticos/produtos de higiene;
•	 importadoras/ exportadoras/ distribuidoras de correlatos;
•	 outras indústrias (saneantes/alimentos);
•	 outros laboratórios (bromatologia/toxicologia/c.qualidade);
•	 toxicológicas;
•	 citopatológicas;
•	 tratamento e controle da qualidade da água e efluentes;
•	 controle de pragas;
•	 agrotóxicos;
•	 distribuição de medicamentos;
•	 transporte e armazenamento de produtos de interesse à saúde;
•	 salões de beleza;
•	 estabelecimentos de práticas integrativas e complementares;
•	 ozonioterapia;
•	 estabelecimentos que fazem tatuagem;
•	 cemitérios;
•	 necrotérios e funerárias;
•	 restaurantes;
•	 lanchonetes;
•	 casas noturnas.
As atribuições privativas do farmacêutico na vigilância sanitária estão previstas nas Leis Federais n° 
13.021/14 e nº 3.820/1960, como também no Decreto Federal nº 85.878/1981. Neste Decreto (BRASIL, 
1981), o art. 1º infere, em seu inciso III, que “a fiscalização profissional sanitária e técnica de empresas, 
estabelecimentos, setores, fórmulas, produtos, processos e métodos farmacêuticos ou de natureza 
farmacêutica”, assim como afirma, em seu inciso IV, que “a elaboração de laudos técnicos e a realização 
de perícias técnico-legais relacionados com atividades, produtos, fórmulas, processos e métodos 
farmacêuticos ou de natureza farmacêutica”.
8
Além disso, a formação acadêmica do farmacêutico lhe confere capacidade técnica e legal para avaliar 
riscos sanitários relacionados à fabricação, manipulação, armazenagem, transporte e distribuição de 
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos para a saúde (CFF, 2017). 
O farmacêutico sanitarista pode atuar em diversas áreas, como:
•	 Sistema Único de Saúde (SUS);
•	 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
•	 Vigilância Sanitária de estados e municípios (Visa);
•	 prestação de consultorias especializadas. 
O farmacêutico que deseja atuar na área de vigilância sanitária deve estar atento e atualizado sobre 
as legislações pertinentes de cada área, pois o papel do farmacêutico fiscal sanitário é inspecionar 
estabelecimentos, privativos do farmacêutico ou não, verificar se estão funcionando de acordo com as 
normas sanitárias e aplicar sanções quando forem identificadas irregularidades. 
Normalmente, os cargos atribuídos numa vigilância sanitária de nível estadual são:
•	 inspetor sanitário: este cargo demanda formação em nível superior na área de saúde ou em outra 
área, com especialização em saúde pública; 
•	 agente sanitário: deve ser um profissional com formação técnica de nível médio em alguma das 
seguintes áreas: enfermagem, segurança do trabalho, refrigeração, química, laboratório, farmácia, 
saneamento ou em meio ambiente;
•	 auxiliar sanitário: profissional de nível elementar. 
De acordo com a legislação, o inspetor sanitário, o agente sanitário e o auxiliar sanitário possuem 
livre acesso a qualquer estabelecimento público ou privado onde sejam exercidas atividades sujeitas à 
vigilância sanitária, desde que apresentem a carteira de identidade funcional ou credencial. É importante, 
também, ressaltar que estes cargos de fiscalização podem exercer suas atividades mesmo fora do horário 
normal de trabalho, caso o inspetor seja convocado para atuar em uma situação de potencial risco para a 
saúde ou infração sanitária. 
Segundo o Decreto nº 29.622, de 04 de setembro de 2006, da Agência Pernambucana de Vigilância 
Sanitária (PERNAMBUCO, 2006), o inspetor sanitário tem carga horária de 40 horas semanais e possui as 
seguintes atribuições:
•	 coordenar a equipe de inspeção em estabelecimentos de produção e de comercialização de produtos 
e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e 
das tecnologias a eles relacionados, assim como dos ambientes do trabalho;
•	 analisar os laudos de inspeção e pareceres técnicos;
•	 fiscalizar e controlar estabelecimentos e produtos de interesse à saúde;
•	 analisar os projetos arquitetônicos dos estabelecimentos sujeitos à fiscalização sanitária;
•	 capacitar profissionais para exercer serviços de fiscalização;
•	 apoiar e assessorar os municípios nas atividades de fiscalização;
•	 normatizar procedimentos relativos à fiscalização sanitária;
9
•	 realizar fiscalização conjunta com o Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura, Ministério Público, 
Secretaria Estadual de Agricultura, Secretaria de Defesa Social, Secretaria da Fazenda, Secretaria 
Municipais e outros órgãos públicos;
•	 preencher e assinar autos de infração, termos de notificação, termos de apreensão, termos de 
inutilização, termos de coleta de amostras, termos de interdição cautelar de estabelecimentos, 
produtos ou outros instrumentos legais no exercício de vigilância sanitária;
•	 elaborar relatórios das inspeções, fiscalizações e outras ações pertinentes às atividades de vigilância 
sanitária.
Ainda de acordo com o decreto, o agente sanitário, profissional de nível médio, também possui carga 
horaria de 40 horas semanais; no entanto, suas atribuições são outras:
•	 auxiliar o inspetor sanitário durante as inspeções em estabelecimentos de produção e de 
comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária,inclusive dos ambientes, 
dos processos, dos insumos, dos ambientes do trabalho e das tecnologias a eles relacionados;
•	 executar, sob o comando e supervisão do inspetor sanitário, coletas de produtos de interesse da 
vigilância sanitária;
•	 apoiar administrativamente as atividades de fiscalização;
•	 executar atividades de fiscalização em eventos municipais sob o comando e supervisão do Inspetor 
Sanitário;
•	 participar da elaboração dos relatórios das inspeções, fiscalizações e outras ações pertinentes às 
atividades de vigilância sanitária.
O auxiliar sanitário, profissional de nível elementar, possui a mesma carga horária e desempenha funções 
semelhantes às do agente sanitário, de maneira a atender aos comandos do inspetor e do agente sanitário 
para o auxílio nas atividades. 
Entre as atribuições do inspetor sanitarista já citadas anteriormente, existem algumas funções mais 
específicas que podem ser desempenhadas por farmacêuticos na carreira de sanitarista, como por 
exemplo:
•	 analisar e pesquisar informações científicas de âmbito sanitário;
•	 dirigir, conduzir e supervisionar os departamentos e seções de vigilância sanitária em órgãos públicos 
e particulares;
•	 realizar consultorias e auxílio no campo sanitário;
•	 identificar riscos, tanto no âmbito ecológico como no âmbito da saúde pública por meio da realização 
de perícias;
•	 identificar e fazer o registro das notificações de risco sanitário;
•	 conduzir a realização de cursos e concursos na área de sanitarismo.
Ações de fiscalização
Nesta unidade, falamos bastante sobre fiscalização, mas o que seriam essas ações de fiscalização? De 
acordo com a Anvisa, as ações de fiscalização se iniciam a partir de denúncias, queixas técnicas e de 
programas de monitoramento. Inicialmente, são investigadas as informações que foram apresentadas e, 
10
a partir disto, podem ser adotadas medidas de controle a fim de eliminar, reduzir ou atenuar os eventuais 
riscos sanitários.
As medidas preventivas e cautelares podem determinar ações de fiscalização para: 
 
•	 apenas um lote; 
•	 um número de série do produto;
•	 todos os lotes do produto;
•	 todos os produtos de uma empresa.
Quanto às medidas preventivas, as ações de fiscalização podem ser de apreensão; recolhimento; proibição 
e suspensão de armazenamento; comercialização; distribuição; fabricação; importação; e propaganda e 
uso do produto ou serviço. Essas medidas duram o tempo necessário até que a Anvisa verifique que o risco 
existente anteriormente foi sanado, ou até que sejam apresentados dados que provem que a medida não 
é mais necessária. 
As medidas cautelares também são atos administrativos de precaução que visam proteger a saúde da 
população em caso de risco iminente. Elas estão fundamentadas nos termos da Lei 6.437/1977, sendo 
aplicáveis para a ação de fiscalização de interdição cautelar; esta, por sua vez, se aplica aos casos em 
que sejam flagrantes os indícios de alteração ou adulteração do produto, tendo prazo previsto, em lei, de 
90 dias.
É importante lembrar que as medidas preventivas e cautelares não são penalidades ou punições; a 
finalidade delas é evitar a exposição ao consumo e o uso de produtos irregulares ou sob suspeita.
VISITE A PÁGINA
O link abaixo oferece um resumo publicado pela Anvisa, em forma de quadro, sobre 
medidas preventivas e cautelares decorrentes de ações de fiscalização, e quais são as 
penalidades que podem ser aplicadas quando há irregularidades ou descumprimentos 
de normas legais. Acesse: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/
publicacoes/certificacao-e-fiscalizacao/produtos-irregulares-1 
PALAVRAS FINAIS
Olá, estudante!
Chegamos ao término da nossa disciplina “Estágio Supervisionado IV – Farmácia”. 
Sabemos que o farmacêutico é um profissional versátil e que seu campo de atuação 
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/certificacao-e-fiscalizacao/produtos-irregulares-1
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/certificacao-e-fiscalizacao/produtos-irregulares-1
11
é vasto; assim, temos muitas áreas distintas para explorar ao longo da graduação 
e da carreira profissional. Na disciplina, vimos como o farmacêutico pode atuar em 
áreas diferentes utilizando a mesma ferramenta, como no caso do Ciclo da Assistência 
Farmacêutica. A assistência farmacêutica pode ser executada em diferentes níveis de 
atenção, seja na área pública ou privada. 
Até aqui, aprendemos como “escolher” os medicamentos corretos, e você viu que 
isto depende de uma série de fatores, como o perfil de uma população, as doenças 
que prevalecem e a necessidade como um todo. Além disso, vimos que existe uma 
maneira correta de armazená-los com o objetivo de manter a sua qualidade até a 
hora da dispensa para o usuário, e que esse processo burocrático está intimamente 
ligado ao farmacêutico. Também observamos que, além de assegurar a qualidade do 
medicamento, o armazenamento correto evita desperdícios financeiros, os quais, se 
mal gerenciados, podem trazer sérias consequências à própria população, como o 
desabastecimento. 
Nesta última etapa de estudos, vimos sobre a carreira do farmacêutico sanitarista, 
aquele que deseja atuar na Vigilância Sanitária. Aprendemos que o papel desse 
profissional também é o de assegurar a qualidade de produtos de saúde para a 
população, e que, por isso, suas funções estão interligadas. 
Concluindo, podemos afirmar que o farmacêutico é um profissional que está intimamente 
relacionado à qualidade dos medicamentos e produtos para a saúde com o objetivo 
de garantir segurança para os usuários. Portanto, não esqueça de sempre continuar 
atualizado quanto à legislação vigente! 
Desejamos-lhe sucesso e boa sorte em sua trajetória profissional! 
Até mais!
REFERÊNCIAS
A CARREIRA DO FARMACÊUTICO SANITARISTA. ICTQ, 2016. Disponível em <https://
ictq.com.br/guia-de-carreiras/500-farmaceutico-sanitarista>. Acesso em: 15 juj. 2023.
ANVISA. Cartilha de Vigilância Sanitária. 2. e. Brasília, 2002. 58 p. Disponível em: 
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_vigilancia.pdf>. Acesso em: 07 
jun. 2023. 
ANVISA. RDC n° 153, de 26 de abril de 2017. Dispõe sobre a Classificação do Grau 
de Risco para as atividades econômicas sujeitas à vigilância sanitária, para fins 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_vigilancia.pdf
12
de licenciamento, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
2017. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2017/
rdc0153_26_04_2017.pdf>. Acesso em: 15 juj. 2023.
BRASIL. Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1999. Disponível em: <https://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9782.htm>. Acesso em: 15 jun. 2023.
BRASIL. Decreto nº 85.878, de 7 de abril de 1981. Estabelece normas para execução 
da Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de 
farmacêutico, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1981. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d85878.htm>. 
Acesso em: 15 jun. 2023. 
CFF. O farmacêutico na Vigilância Sanitária. Brasília, 2017. 20 p. Disponível 
em: <https://www.cff.org.br/userfiles/file/cartilha%20vigil%C3%A2ncia%20
sanit%C3%A1ria08Dez2017.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2023.
PERNAMBUCO. Decreto nº 29.622, de 4 de setembro de 2006. Aprova o Regulamento 
da Unidade Técnica Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária – APEVISA, e 
dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Recife, PE, 2006. Disponível em: 
<https://www.normasbrasil.com.br/norma/decreto-29622-2006-pe_148939.html>. 
Acesso em: 15 ju. 2023.
SILVA, J. A. A.; COSTA, E. A.; LUCCHESE, G. SUS 30 anos: vigilância sanitária. Ciência 
& Saúde Coletiva, [s.l.], v. 23, p. 1953-1961, 2018.
SILVA, T. O. O “Caso Microvlar” e seus impactos no âmbito familiar:um estudo sob a 
perspectiva das mulheres usuárias. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em 
Humanidades). Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-brasileira. São Francisco do Conde-Bahia, 2018.
UFC; ANVISA. INTRODUÇÃO À VIGILÂNCIA SANITÁRIA: Módulo 02 – Sistema 
Nacional de Vigilância Sanitária. Fortaleza, [s.d.]. 29 p. Disponível em: <https://
repositorio.enap.gov.br/jspui/bitstream/1/6494/2/M%C3%B3dulo%202%20
%E2%80%93%20Sistema%20Nacional%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20
Sanit%C3%A1ria.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2023. 
https://www.cff.org.br/userfiles/file/cartilha vigil%C3%A2ncia sanit%C3%A1ria08Dez2017.pdf
https://www.cff.org.br/userfiles/file/cartilha vigil%C3%A2ncia sanit%C3%A1ria08Dez2017.pdf

Continue navegando