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UNIDADE IV ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV – FARMÁCIA 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD _______________________________________________________________________ Barbosa, Irla Carla de França Estágio Supervisionado IV – Farmácia Digital: Unidade 4 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2023. _______________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV – FARMÁCIA (DIGITAL) UNIDADE 4 – VIGILÂNCIA SANITÁRIA PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá, aluno (a), Chegamos ao término da nossa disciplina “Estágio Supervisionado IV – Farmácia Digital”. Até aqui, você aprendeu sobre três importantes níveis de atenção básica: Farmácia Hospitalar, Unidade Básica de Saúde (UBS) e Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). Nesta etapa de estudos, você vai conhecer a importância da atuação da Vigilância Sanitária na promoção da saúde da população, verificando a adesão às normas e aos regulamentos técnicos vigentes. Preparado(a) para continuar nossa jornada de conhecimentos? Então vamos lá! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Caro(a) aluno(a), antes de iniciar nossos estudos, é importante reforçar que, ao longo da disciplina, você conhecerá alguns conceitos relacionados a medicamentos e materiais médico-hospitalares nos níveis de atenção citados anteriormente. Você verá como é feito o armazenamento, o fracionamento, a distribuição desses insumos, incluindo as legislações vigentes para cada um deles, e o imprescindível papel do farmacêutico em cada uma das etapas. Além disso, também existe o farmacêutico no âmbito da vigilância sanitária, o qual é responsável por garantir a qualidade e segurança dos medicamentos, alimentos, cosméticos e produtos para saúde, além de desenvolver e implementar políticas públicas relacionadas à saúde e à segurança dos consumidores. PALAVRAS DO PROFESSOR Querido (a) aluno (a), você está cada vez mais próximo de se tornar um profissional farmacêutico. Além de colocar em prática todo o conteúdo teórico que você aprendeu ao longo do curso, no Estágio Supervisionado IV, você irá se deparar com 4 ramos distintos de atuação do farmacêutico. No entanto, apesar de distintos, estes se 4 correlacionam e remetem ao ciclo da assistência farmacêutica, que envolve a seleção, programação, aquisição, armazenamento e distribuição de medicamentos. É importante que você utilize os guias de estudos e aproveite seus conteúdos teóricos, de maneira a correlacioná-los à prática vivida durante o estágio. Será um prazer contribuir com a prática profissional de todos! Bons estudos! AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA) A Anvisa é um órgão regulatório criado em 1999 através da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, a qual “define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências” (BRASIL, 1999). Imagine um cenário em que existia pouco ou nenhum controle sobre os produtos destinados à saúde de maneira geral; pois bem, esta era a situação do Brasil pouco antes da criação da Anvisa. O país possuía um histórico desastroso de eventos negativos, como fraudes, roubos de cargas, falsificação etc.; entre os anos de 1996 e 1998, o Ministério da Saúde registrou 172 casos de falsificação de medicamentos de grande consumo, como o Androcur® (acetato de ciprosterona), o Epivir® (lamivudina) e o Invirase® (saquinavir) (SILVA, COSTA e LUCCHESE, 2018). Além disso, ainda existia uma grande preocupação com roubos de cargas de medicamentos e a venda de medicamentos sem registro ou contrabandeados, como também medicamentos com validade vencida (SILVA, COSTA e LUCCHESE, 2018). Infelizmente, a quantidade de desastres pela falta de um sistema de vigilância sanitária eficiente deixou em seu histórico muito mais desastres. O abandono de uma ampola de Césio utilizada por um serviço de radioterapia em Goiana, em 1987, causou a morte de 4 pessoas e trouxe vários danos a mais de 28 pessoas após ser vendida para um ferro velho. Podemos, ainda, citar a morte de 71 pacientes de duas clínicas de hemodiálise no município de Caruaru, em Pernambuco, após a contaminação da água por algas (SILVA, COSTA e LUCCHESE, 2018). Ademais, há o caso da “pílula de farinha”, que ocorreu quando o laboratório Schering do Brasil comercializou pílulas placebo no lugar de um anticoncepcional. O incidente aconteceu devido a um teste de uma nova máquina de embalagem: os comprimidos sem princípio ativo, que deveriam ter sido incinerados, foram comercializados, fazendo com que algumas mulheres engravidassem (SILVA, 2018). Quando lemos estas informações na atualidade, pensamos, com certeza, no quão absurdos e improváveis são esses fatos. Entretanto, sabemos que, se não fosse o nosso sistema de vigilância sanitária, não teríamos, hoje, segurança alguma para utilizar vários produtos. 5 Diante do exposto, é possível perceber que o objetivo da vigilância sanitária é eliminar, diminuir e prevenir riscos à saúde relativos à produção e ao uso de produtos da saúde ou à condição do ambiente. Ainda de acordo com Silva, Costa e Lucchese (2018), o órgão atua por meio de: • regulamentações sobre concessão de licenças sanitárias para a produção e comércio de bens e serviços; • registro de produtos para a fabricação e consumo; • certificação de boas práticas de produção; • monitoramento da qualidade de produtos e serviços; • fiscalização do cumprimento das normas; • comunicação e educação sobre riscos e vigilância de eventos adversos relacionados a esses bens. Os produtos que estão sob vigilância sanitária no nosso país são: • alimentos; • medicamentos; • produtos biológicos (vacinas, hemoderivados, órgãos e tecidos para transplantes); • produtos médico-hospitalares; • produtos odontológicos; • produtos laboratoriais; • órteses, próteses; • saneantes; • perfumes e cosméticos; • serviços de saúde e relacionados à saúde; • portos, aeroportos e fronteiras. A estrutura organizacional da Anvisa está dividida em três esferas de poder: o federal, o estadual e o municipal. O componente federal está vinculado ao Ministério da Saúde e tem como responsabilidade a regulamentação e a coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, como também a execução de ações de controle. O componente estadual da Anvisa é formado pelos órgãos de vigilância sanitária das secretarias estaduais de saúde; e os Laboratórios centrais estaduais (LACEN), no caso de alguns estados. A formulação de padrões procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano e a colaboração na vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras estão entre suas funções. O componente municipal, apesar de ainda não estar bem estruturado na maioria dos municípios, traz seu nível de colaboração na execução dos serviços de vigilância sanitária e na política de insumos e equipamentos para a saúde em seu nível de hierarquia. Assim como a esfera estadual, também colabora na vigilância de fronteiras, portos e aeroportos. 6 Como já vimos anteriormente nesta unidade, as atividades realizadas pela vigilância sanitária têm o objetivo de eliminar, diminuir ou prevenir riscos de saúde provenientes de várias fontes, inclusive do ambiente. Estas ações impactam positivamente a qualidade de vida e até otimizam a utilização de recursos públicos através de redução em número de consultas, exames e internações hospitalares resultantes de complicações pelo uso de produtos inapropriados para o consumo e quecausam intoxicações e doenças. Antes de mais nada, precisamos saber que, para a garantia da qualidade do serviço a ser realizado, a vigilância sanitária precisa de alguns requisitos. • Estrutura física: é preciso uma área física privativa, além de mobília específica e veículos para eventuais deslocamentos. • Tecnologias: a existência de um sistema informatizado é indispensável, além de internet, equipamentos de informática e de verificação. • Aparato laboratorial: envolve uma rede analítica das três esferas de governo com o objetivo de validar a qualidade e a segurança de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária. • Recursos humanos: são necessários uma equipe mínima que seja multiprofissional, funcionários de dedicação exclusiva e programas de educação continuada. • Financiamento: recursos provenientes de outras esferas de governo e taxas arrecadadas, que são convertidas para ações de vigilância sanitária. • Autonomia técnica e operacional: além de legalidade e moralidade nas ações em vigilância sanitária no território de atuação. O FARMACÊUTICO NA VIGILÂNCIA SANITÁRIA Tendo em vista o vasto número de atribuições e o nível de complexidade da Anvisa, é possível imaginarmos que profissionais com alta capacitação técnica são exigidos; o farmacêutico é um deles. De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia, até dezembro de 2016, o total de estabelecimentos de fiscalização privativa do farmacêutico era 104.694. Observe a tabela abaixo com dados do CFF sobre os estabelecimentos privativos de fiscalização farmacêutica. Quadro 1:Estabelecimentos de fiscalização privativa do farmacêutico. ESTABELECIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO PRIVATIVA DO FARMACÊUTICO Capital Interior Total Drogarias 11.811 41.619 53.430 Farmácias de manipulação 7.387 21.783 29.170 Farmácias públicas 1.284 9.458 10.742 Farmácias hospitalares 1.878 4.811 6.689 Distribuidoras de medicamentos 1.531 2.616 4.147 Importadora / exportadora de medicamentos 37 23 60 Indústrias de medicamentos 173 283 456 7 Total de estabelecimentos de fiscalização privativa do farmacêutico 2 24.101 8.593 104.694 Fonte: CFF (2017) As áreas de fiscalização privativas do farmacêutico foram definidas por lei como áreas de alto grau de risco sanitário pela RDC nº 153, de 27 de abril de 2017, da Anvisa, o que significa dizer que, sem uma fiscalização prévia do farmacêutico, não é possível obter uma licença, ou seja, não podem funcionar. Existem, ainda, outros estabelecimentos também inscritos no Conselho Federal de Farmácia, mas que não são privativos do farmacêutico, isto é, outros profissionais além do farmacêutico podem fazer a sua fiscalização. Veja alguns exemplos (CFF, 2017): • laboratórios de análises clínicas; • postos de coleta; • desinsetizadoras; • indústria de cosméticos/produtos de higiene; • importadoras/ exportadoras/ distribuidoras de correlatos; • outras indústrias (saneantes/alimentos); • outros laboratórios (bromatologia/toxicologia/c.qualidade); • toxicológicas; • citopatológicas; • tratamento e controle da qualidade da água e efluentes; • controle de pragas; • agrotóxicos; • distribuição de medicamentos; • transporte e armazenamento de produtos de interesse à saúde; • salões de beleza; • estabelecimentos de práticas integrativas e complementares; • ozonioterapia; • estabelecimentos que fazem tatuagem; • cemitérios; • necrotérios e funerárias; • restaurantes; • lanchonetes; • casas noturnas. As atribuições privativas do farmacêutico na vigilância sanitária estão previstas nas Leis Federais n° 13.021/14 e nº 3.820/1960, como também no Decreto Federal nº 85.878/1981. Neste Decreto (BRASIL, 1981), o art. 1º infere, em seu inciso III, que “a fiscalização profissional sanitária e técnica de empresas, estabelecimentos, setores, fórmulas, produtos, processos e métodos farmacêuticos ou de natureza farmacêutica”, assim como afirma, em seu inciso IV, que “a elaboração de laudos técnicos e a realização de perícias técnico-legais relacionados com atividades, produtos, fórmulas, processos e métodos farmacêuticos ou de natureza farmacêutica”. 8 Além disso, a formação acadêmica do farmacêutico lhe confere capacidade técnica e legal para avaliar riscos sanitários relacionados à fabricação, manipulação, armazenagem, transporte e distribuição de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos para a saúde (CFF, 2017). O farmacêutico sanitarista pode atuar em diversas áreas, como: • Sistema Único de Saúde (SUS); • Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); • Vigilância Sanitária de estados e municípios (Visa); • prestação de consultorias especializadas. O farmacêutico que deseja atuar na área de vigilância sanitária deve estar atento e atualizado sobre as legislações pertinentes de cada área, pois o papel do farmacêutico fiscal sanitário é inspecionar estabelecimentos, privativos do farmacêutico ou não, verificar se estão funcionando de acordo com as normas sanitárias e aplicar sanções quando forem identificadas irregularidades. Normalmente, os cargos atribuídos numa vigilância sanitária de nível estadual são: • inspetor sanitário: este cargo demanda formação em nível superior na área de saúde ou em outra área, com especialização em saúde pública; • agente sanitário: deve ser um profissional com formação técnica de nível médio em alguma das seguintes áreas: enfermagem, segurança do trabalho, refrigeração, química, laboratório, farmácia, saneamento ou em meio ambiente; • auxiliar sanitário: profissional de nível elementar. De acordo com a legislação, o inspetor sanitário, o agente sanitário e o auxiliar sanitário possuem livre acesso a qualquer estabelecimento público ou privado onde sejam exercidas atividades sujeitas à vigilância sanitária, desde que apresentem a carteira de identidade funcional ou credencial. É importante, também, ressaltar que estes cargos de fiscalização podem exercer suas atividades mesmo fora do horário normal de trabalho, caso o inspetor seja convocado para atuar em uma situação de potencial risco para a saúde ou infração sanitária. Segundo o Decreto nº 29.622, de 04 de setembro de 2006, da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (PERNAMBUCO, 2006), o inspetor sanitário tem carga horária de 40 horas semanais e possui as seguintes atribuições: • coordenar a equipe de inspeção em estabelecimentos de produção e de comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, assim como dos ambientes do trabalho; • analisar os laudos de inspeção e pareceres técnicos; • fiscalizar e controlar estabelecimentos e produtos de interesse à saúde; • analisar os projetos arquitetônicos dos estabelecimentos sujeitos à fiscalização sanitária; • capacitar profissionais para exercer serviços de fiscalização; • apoiar e assessorar os municípios nas atividades de fiscalização; • normatizar procedimentos relativos à fiscalização sanitária; 9 • realizar fiscalização conjunta com o Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura, Ministério Público, Secretaria Estadual de Agricultura, Secretaria de Defesa Social, Secretaria da Fazenda, Secretaria Municipais e outros órgãos públicos; • preencher e assinar autos de infração, termos de notificação, termos de apreensão, termos de inutilização, termos de coleta de amostras, termos de interdição cautelar de estabelecimentos, produtos ou outros instrumentos legais no exercício de vigilância sanitária; • elaborar relatórios das inspeções, fiscalizações e outras ações pertinentes às atividades de vigilância sanitária. Ainda de acordo com o decreto, o agente sanitário, profissional de nível médio, também possui carga horaria de 40 horas semanais; no entanto, suas atribuições são outras: • auxiliar o inspetor sanitário durante as inspeções em estabelecimentos de produção e de comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária,inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos, dos ambientes do trabalho e das tecnologias a eles relacionados; • executar, sob o comando e supervisão do inspetor sanitário, coletas de produtos de interesse da vigilância sanitária; • apoiar administrativamente as atividades de fiscalização; • executar atividades de fiscalização em eventos municipais sob o comando e supervisão do Inspetor Sanitário; • participar da elaboração dos relatórios das inspeções, fiscalizações e outras ações pertinentes às atividades de vigilância sanitária. O auxiliar sanitário, profissional de nível elementar, possui a mesma carga horária e desempenha funções semelhantes às do agente sanitário, de maneira a atender aos comandos do inspetor e do agente sanitário para o auxílio nas atividades. Entre as atribuições do inspetor sanitarista já citadas anteriormente, existem algumas funções mais específicas que podem ser desempenhadas por farmacêuticos na carreira de sanitarista, como por exemplo: • analisar e pesquisar informações científicas de âmbito sanitário; • dirigir, conduzir e supervisionar os departamentos e seções de vigilância sanitária em órgãos públicos e particulares; • realizar consultorias e auxílio no campo sanitário; • identificar riscos, tanto no âmbito ecológico como no âmbito da saúde pública por meio da realização de perícias; • identificar e fazer o registro das notificações de risco sanitário; • conduzir a realização de cursos e concursos na área de sanitarismo. Ações de fiscalização Nesta unidade, falamos bastante sobre fiscalização, mas o que seriam essas ações de fiscalização? De acordo com a Anvisa, as ações de fiscalização se iniciam a partir de denúncias, queixas técnicas e de programas de monitoramento. Inicialmente, são investigadas as informações que foram apresentadas e, 10 a partir disto, podem ser adotadas medidas de controle a fim de eliminar, reduzir ou atenuar os eventuais riscos sanitários. As medidas preventivas e cautelares podem determinar ações de fiscalização para: • apenas um lote; • um número de série do produto; • todos os lotes do produto; • todos os produtos de uma empresa. Quanto às medidas preventivas, as ações de fiscalização podem ser de apreensão; recolhimento; proibição e suspensão de armazenamento; comercialização; distribuição; fabricação; importação; e propaganda e uso do produto ou serviço. Essas medidas duram o tempo necessário até que a Anvisa verifique que o risco existente anteriormente foi sanado, ou até que sejam apresentados dados que provem que a medida não é mais necessária. As medidas cautelares também são atos administrativos de precaução que visam proteger a saúde da população em caso de risco iminente. Elas estão fundamentadas nos termos da Lei 6.437/1977, sendo aplicáveis para a ação de fiscalização de interdição cautelar; esta, por sua vez, se aplica aos casos em que sejam flagrantes os indícios de alteração ou adulteração do produto, tendo prazo previsto, em lei, de 90 dias. É importante lembrar que as medidas preventivas e cautelares não são penalidades ou punições; a finalidade delas é evitar a exposição ao consumo e o uso de produtos irregulares ou sob suspeita. VISITE A PÁGINA O link abaixo oferece um resumo publicado pela Anvisa, em forma de quadro, sobre medidas preventivas e cautelares decorrentes de ações de fiscalização, e quais são as penalidades que podem ser aplicadas quando há irregularidades ou descumprimentos de normas legais. Acesse: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/ publicacoes/certificacao-e-fiscalizacao/produtos-irregulares-1 PALAVRAS FINAIS Olá, estudante! Chegamos ao término da nossa disciplina “Estágio Supervisionado IV – Farmácia”. Sabemos que o farmacêutico é um profissional versátil e que seu campo de atuação https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/certificacao-e-fiscalizacao/produtos-irregulares-1 https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/certificacao-e-fiscalizacao/produtos-irregulares-1 11 é vasto; assim, temos muitas áreas distintas para explorar ao longo da graduação e da carreira profissional. Na disciplina, vimos como o farmacêutico pode atuar em áreas diferentes utilizando a mesma ferramenta, como no caso do Ciclo da Assistência Farmacêutica. A assistência farmacêutica pode ser executada em diferentes níveis de atenção, seja na área pública ou privada. Até aqui, aprendemos como “escolher” os medicamentos corretos, e você viu que isto depende de uma série de fatores, como o perfil de uma população, as doenças que prevalecem e a necessidade como um todo. Além disso, vimos que existe uma maneira correta de armazená-los com o objetivo de manter a sua qualidade até a hora da dispensa para o usuário, e que esse processo burocrático está intimamente ligado ao farmacêutico. Também observamos que, além de assegurar a qualidade do medicamento, o armazenamento correto evita desperdícios financeiros, os quais, se mal gerenciados, podem trazer sérias consequências à própria população, como o desabastecimento. Nesta última etapa de estudos, vimos sobre a carreira do farmacêutico sanitarista, aquele que deseja atuar na Vigilância Sanitária. Aprendemos que o papel desse profissional também é o de assegurar a qualidade de produtos de saúde para a população, e que, por isso, suas funções estão interligadas. Concluindo, podemos afirmar que o farmacêutico é um profissional que está intimamente relacionado à qualidade dos medicamentos e produtos para a saúde com o objetivo de garantir segurança para os usuários. Portanto, não esqueça de sempre continuar atualizado quanto à legislação vigente! Desejamos-lhe sucesso e boa sorte em sua trajetória profissional! Até mais! REFERÊNCIAS A CARREIRA DO FARMACÊUTICO SANITARISTA. ICTQ, 2016. Disponível em <https:// ictq.com.br/guia-de-carreiras/500-farmaceutico-sanitarista>. Acesso em: 15 juj. 2023. ANVISA. Cartilha de Vigilância Sanitária. 2. e. Brasília, 2002. 58 p. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_vigilancia.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2023. ANVISA. RDC n° 153, de 26 de abril de 2017. Dispõe sobre a Classificação do Grau de Risco para as atividades econômicas sujeitas à vigilância sanitária, para fins https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_vigilancia.pdf 12 de licenciamento, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2017. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2017/ rdc0153_26_04_2017.pdf>. Acesso em: 15 juj. 2023. BRASIL. Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1999. Disponível em: <https://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9782.htm>. Acesso em: 15 jun. 2023. BRASIL. Decreto nº 85.878, de 7 de abril de 1981. Estabelece normas para execução da Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de farmacêutico, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d85878.htm>. Acesso em: 15 jun. 2023. CFF. O farmacêutico na Vigilância Sanitária. Brasília, 2017. 20 p. Disponível em: <https://www.cff.org.br/userfiles/file/cartilha%20vigil%C3%A2ncia%20 sanit%C3%A1ria08Dez2017.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2023. PERNAMBUCO. Decreto nº 29.622, de 4 de setembro de 2006. Aprova o Regulamento da Unidade Técnica Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária – APEVISA, e dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Recife, PE, 2006. Disponível em: <https://www.normasbrasil.com.br/norma/decreto-29622-2006-pe_148939.html>. Acesso em: 15 ju. 2023. SILVA, J. A. A.; COSTA, E. A.; LUCCHESE, G. SUS 30 anos: vigilância sanitária. Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 23, p. 1953-1961, 2018. SILVA, T. O. O “Caso Microvlar” e seus impactos no âmbito familiar:um estudo sob a perspectiva das mulheres usuárias. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Humanidades). Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira. São Francisco do Conde-Bahia, 2018. UFC; ANVISA. INTRODUÇÃO À VIGILÂNCIA SANITÁRIA: Módulo 02 – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Fortaleza, [s.d.]. 29 p. Disponível em: <https:// repositorio.enap.gov.br/jspui/bitstream/1/6494/2/M%C3%B3dulo%202%20 %E2%80%93%20Sistema%20Nacional%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20 Sanit%C3%A1ria.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2023. https://www.cff.org.br/userfiles/file/cartilha vigil%C3%A2ncia sanit%C3%A1ria08Dez2017.pdf https://www.cff.org.br/userfiles/file/cartilha vigil%C3%A2ncia sanit%C3%A1ria08Dez2017.pdf
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