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O papel do farmacêutico na farmácia de Manipulacao e Industria

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O papel do farmacêutico na farmácia de 
manipulação e na indústria
Apresentação
A farmácia tem raízes históricas desde os primórdios da humanidade, sendo a arte e a ciência de 
preparar e dispensar fórmulas terapêuticas. Ainda que seu papel tradicional seja desempenhado 
pelos farmacêuticos nos dias atuais, as técnicas de preparação dos medicamentos e produtos 
correlatos evoluíram de forma significativa, em grande medida, graças ao desenvolvimento 
da pesquisa e da inovação nas indústrias farmacêuticas.
De fato, o farmacêutico tem se destacado como profissional de referência em relação a fármacos e 
medicamentos, atuando em várias frentes e exercendo influência sobre todas as etapas envolvidas, 
especialmente fornecendo informações a outros profissionais da saúde e à população, bem como 
aos programas de manejo de doenças, com o objetivo de garantir e facilitar o acesso e o uso 
correto e seguro dos medicamentos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre o importante papel do profissional 
farmacêutico para a sociedade, bem como as principais convergências e divergências relacionadas 
às atividades desempenhadas nas principais áreas de atuação, como a farmácias de manipulação e a 
indústria de medicamentos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Listar as atribuições do farmacêutico em farmácias de manipulação.•
Sistematizar as atividades do farmacêutico na indústria de medicamentos.•
Distinguir as funções farmacêuticas na manipulação e fabricação de medicamentos.•
Desafio
O clássico termo farmácia galênica se trata de uma homenagem e referência a Claudius Galenus, um 
médico e farmacêutico da Roma Antiga que estudou e organizou os conhecimentos farmacêuticos 
adquiridos até então, atribuindo-lhes também a concepção de várias formas farmacêuticas. Seus 
escritos se tornaram famosos e muitas de suas fórmulas farmacêuticas ainda são utilizadas nos dias 
atuais, facilmente encontradas em qualquer farmácia magistral.
Atualmente, as farmácias magistrais representam uma parcela significativa do mercado brasileiro de 
medicamentos: segundo dados da Associação Nacional das Farmácias Magistrais (ANFARMAG), a 
farmácia magistral representa cerca de 10% de todo o mercado de medicamentos no país. Isso 
corresponde, aproximadamente, a 5.500 estabelecimentos, que contribuem para o 
desenvolvimento econômico, gerando cerca de 60 mil empregos diretos e 240 mil indiretos, 
movimentando em toda a cadeia cerca de 1 bilhão de dólares por ano.
Outro ponto favorável é que, em geral, os medicamentos manipulados são economicamente mais 
vantajosos do que os convencionais (referência, genéricos ou similares) fabricados pelas indústrias 
farmacêuticas, cujos preços podem variar acima de 50%. Contudo, a importância da farmácia 
magistral não se restringe apenas a questões econômicas, já que esse setor tem uma constante 
preocupação em oferecer medicamentos de alta qualidade, com o intuito de valorizar o 
atendimento médico/paciente.
Em convergência com o propósito maior de prestar um serviço de qualidade no setor da saúde, a 
Resolução nº 357, de 20 de abril de 2001, do Conselho Federal de Farmácia define: “a farmácia é o 
estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos de interesse público e/ou privado 
articulada ao Sistema Único de Saúde (SUS), destinada a prestar assistência farmacêutica e 
orientação sanitária individual ou coletiva, onde se processe a manipulação e/ou dispensação de 
produtos e correlatos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de 
diagnósticos”.
Nesse sentido, a presença constante do profissional farmacêutico em farmácias magistrais é 
fundamental, já que, além das atividades técnicas relacionadas à manipulação de medicamentos, ele 
é o único capaz de exercer a atenção farmacêutica, que inclui, entre outras, as seguintes funções:
i) Dispensar fórmulas personalizadas, alopáticas ou homeopáticas.
ii) Prescrever medicamentos fitoterápicos, bem como cosméticos ou suplementos.
iii) Proceder administração de medicamentos ou aferir pressão arterial.
iv) Promover ações de informação e educação sanitária.
v) Prestar outros serviços farmacêuticos, de acordo com a legislação vigente.
Por fim, é importante destacar que a grande procura por medicamentos manipulados no Brasil 
gerou maior preocupação com a qualidade desses produtos e, como consequência, a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou, em 19 de abril de 2000, a primeira 
regulamentação específica para esse setor, a RDC nº 33. Esse documento instituiu as boas práticas 
de manipulação em farmácias e proporcionou uma significativa evolução no que se refere à 
qualidade dos produtos magistrais.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/966f4cbe-b977-4c0f-9edf-4665a894fed3/807f2698-91e2-4730-acca-40bc2567649a.jpg
Diante de tais circunstâncias, descreva e explique como você poderia atender à necessidade de 
cada um desses clientes, seguindo os princípios das boas práticas de manipulação e atenção 
farmacêutica. Lembre-se de justificar as suas decisões.
Infográfico
Para o profissional que pretende atuar na área farmacêutica, é de extrema importância conhecer os 
principais aspectos que norteiam essa profissão. Por exemplo, você sabe quais são os pontos em 
comum e distintos entre os processos de produção de medicamentos manipulados e 
industrializados?
Neste Infográfico, você conhecerá o perfil acadêmico e algumas das principais atividades realizadas 
pelo farmacêutico magistral e industrial, bem como seus pontos em comum e suas principais 
divergências.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ea1e4124-c55c-4929-876e-39fa3b1b9159/724288e5-0649-4eee-a9c3-74fab3c991fd.jpg
Conteúdo do livro
Entre várias outras características peculiares do ser humano, a sua propensão em buscar a cura de 
enfermidades por medicamentos talvez seja uma das mais antigas e indispensáveis à sua 
sobrevivência no planeta. Afinal, importantes evidências arqueológicas comprovam 
que essa necessidade do homem em aliviar os inconvenientes sintomas das doenças é tão antiga 
quanto a procura por novas ferramentas.
Em certa medida, esse antigo costume ainda é o foco central da profissão farmacêutica, que associa 
arte e ciência para criar uma 
das mais importantes tecnologias da humanidade: os medicamentos. Contudo, como toda atividade 
humana, o processo de produção e uso 
de medicamentos é complexo e propenso a uma série de problemas, 
os quais podem causar sérios prejuízos e danos aos pacientes.
Nesse sentido, é fundamental que o farmacêutico atue em todos os aspectos relacionados aos 
fármacos e medicamentos, que compreendem, entre outras atividades, a produção (ou 
manipulação), prescrição, dispensação, administração, gerenciamento, controle da qualidade e o 
monitoramento dos resultados da terapia medicamentosa.
No livro Papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria, da obra Farmacotécnica e 
tecnologia de medicamentos líquidos e semissólidos, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, 
você conhecerá um pouco mais sobre a profissão farmacêutica, bem como suas principais 
atividades relacionadas à produção e dispensação de medicamentos à população.
Boa leitura!
FARMACOTÉCNICA 
E TECNOLOGIA DE 
MEDICAMENTOS 
LÍQUIDOS E 
SEMISSÓLIDOS
João Fhilype Andrade Souto Maior
O papel do 
farmacêutico 
na farmácia 
de manipulação 
e na indústria
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 > Listar as atribuições do farmacêutico em farmácias de manipulação;
 > Sistematizar as atividades do farmacêutico na indústria de medicamentos;
 > Distinguir as funções farmacêuticas na manipulação e fabricação de 
medicamentos. 
IntroduçãoDe certa forma, a história da farmácia se confunde com a da própria humanidade, 
já que ao longo do tempo o ser humano sempre se utilizou de recursos disponíveis 
na natureza para melhorar sua qualidade de vida, se alimentar e, principalmente, 
para tratar suas doenças. Também é sabido que na Antiguidade não havia qualquer 
distinção entre médico e farmacêutico. Um mesmo indivíduo (sacerdote, curandeiro, 
etc.) era reconhecido como o “profissional” capaz de diagnosticar doenças e, ao 
mesmo tempo, preparar os medicamentos (magias, ritos, poções) necessários 
para o tratamento ou a cura das diferentes enfermidades. 
Contudo, a partir do século XII a distinção entre tais profissões se tornou mais 
evidente e, desde então, o farmacêutico vem se destacando como profissional de 
referência em relação a fármacos e medicamentos, atuando em diferentes áreas 
e exercendo influência sobre todas as etapas envolvidas, desde a pesquisa e 
desenvolvimento, manipulação, controle de qualidade e dispensação à população. 
Neste capítulo, você vai conhecer um pouco mais sobre o importante papel 
do profissional farmacêutico para a sociedade e suas principais atividades em 
farmácias de manipulação e na indústria de medicamentos. Também serão apre-
sentados os principais pontos semelhantes e divergentes de tais atividades nessas 
duas áreas de atuação profissional. 
Farmácia magistral
Como sabemos, o farmacêutico é um profissional da área da saúde com um 
longo histórico e uma considerável formação multidisciplinar. Além do amplo 
conhecimento sobre fármacos e medicamentos, possui conhecimentos sobre 
o funcionamento do organismo humano. Por essa razão, pode exercer suas 
atividades em mais de 70 áreas regulamentadas pelo Conselho Federal de 
Farmácia (CRF).
De modo geral, além das farmácias comunitárias, os farmacêuticos podem 
atuar na indústria, em pesquisa e desenvolvimento, em análises clínicas e 
toxicológicas, na produção de alimentos, em saúde pública e em educação, 
ou ainda exercer atividades integrativas e complementares associadas ao 
Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, o profissional farmacêutico especializado em farmácia ma-
gistral (ou de “manipulação”) é muito bem valorizado no mercado de traba-
lho, que vem se tornando cada vez mais complexo, principalmente devido à 
inserção de novas tecnologias (processos, fármacos, excipientes, etc.) e às 
rígidas legislações que regem e normatizam esse setor (SÃO PAULO, 2016). 
Nesse contexto, é importante destacar que a manipulação farmacêutica tem 
como principal característica a preparação individualizada de medicamentos 
(cápsulas, sachês, xaropes, etc.) e de outros produtos (como cosméticos) com 
objetivo de suprir as necessidades específicas de determinados pacientes, que 
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria2
em geral são portadores de prescrição ou orientação terapêutica realizada 
por outros profissionais da saúde, como médicos, nutricionistas, odontólogos 
e veterinários (SÃO PAULO, 2016). 
Assim, a farmácia magistral é o único estabelecimento autorizado por lei 
para manipular e comercializar fórmulas e/ou produtos terapêuticos perso-
nalizados. Vale lembrar que esse setor está em constante evolução e vem 
ocupando cada vez mais espaço na economia do país, principalmente devido 
ao crescimento e envelhecimento da população e à necessidade de cumprir 
exigências regulatórias e de atender consumidores mais bem informados e 
exigentes com a própria saúde e bem estar. 
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nº. 67, de 08 de Outubro de 
2007, que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais 
e Oficinais, temos as seguintes definições (BRASIL, 2007a).
 � Preparação: é o procedimento farmacotécnico para obtenção do produto 
manipulado, compreendendo a avaliação farmacêutica da prescrição, a mani-
pulação, fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, envase, 
rotulagem e conservação das preparações.
 � Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma pres-
crição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e 
que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia 
e modo de usar.
 � Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja 
inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconhe-
cidos pela Anvisa.
Perfil profissional 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou em 1997 um documento 
intitulado “O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde” (“The 
role of the pharmacist in the health care system”), em que destaca as qua-
lidades imprescindíveis que um profissional farmacêutico deve apresentar 
(SÃO PAULO, 2016):
 � prestar serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde;
 � ser capaz de tomar decisões;
 � ter habilidade de comunicação;
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria 3
 � ter capacidade de liderança;
 � gerenciar suas próprias atividades;
 � atualizar-se permanentemente;
 � mostrar-se capaz de educar os demais.
Além disso, é essencial que o profissional farmacêutico apresente valores 
e comportamentos éticos, habilidades, compromissos e corresponsabili-
dades na prevenção de doenças e na promoção e recuperação da saúde 
de forma integrada à equipe. Além disso, deve estar atento às análises e 
gerenciar os riscos sanitários inerentes à sua atividade. O farmacêutico 
que deseja atuar em uma farmácia magistral deve buscar a excelência em 
suas atividades, desenvolvendo-se em aspectos pessoais e técnicos (SÃO 
PAULO, 2016).
Com relação ao desenvolvimento pessoal, o farmacêutico deve ser edu-
cado, afável, empático, assertivo, criativo, dinâmico, ter boa apresentação 
e postura, demonstrar interesse/disponibilidade, apaziguar e/ou solucionar 
situações. Do ponto de vista técnico, além da capacidade de concentração e 
coordenação motora, é importante que o farmacêutico se mantenha atualizado 
sobre conhecimentos farmacológicos e farmacotécnicos e sobre a legislação 
em vigor, bem como sobre aspectos de segurança que envolvem a rotina em 
uma farmácia magistral (SÃO PAULO, 2016).
Atribuições do farmacêutico magistral
O profissional farmacêutico devidamente cadastrado junto à Anvisa, à Vi-
gilância Sanitária Municipal e ao Conselho Regional de Farmácia (CRF) é o 
responsável técnico que representa o estabelecimento em todos os aspectos 
técnico-científicos e que responde legalmente por todos os atos técnicos pra-
ticados em uma farmácia magistral, executados por ele ou não. Como veremos 
a seguir, tais atribuições podem ser divididas em não clínicas (voltadas ao 
produto) e clínicas (voltadas ao paciente) (SÃO PAULO, 2016).
Atividades não clínicas
 � Aquisição e monitoramento do estoque: supervisionar e orientar o 
processo de aquisição de matérias-primas e outros produtos, bem 
como estabelecer, documentar e implementar critérios para qualificar 
fornecedores (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2007a; 2007c).
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria4
 � Fracionamento de medicamentos: promover o uso racional de me-
dicamentos, disponibilizando a quantidade certa ao paciente para o 
tratamento, evitando sobras e possíveis automedicações ou intoxica-
ções (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2007c).
 � Interpretação e avaliação da prescrição: avaliar as prescrições em 
relação à concentração, compatibilidades físico-químicas dos excipien-
tes, dose, via de administração, forma farmacêutica e grau de risco. A 
prescrição deve ser carimbada com a data da manipulação. A ordem de 
manipulação deve ser carimbada e assinada pelo Responsável Técnico 
(BRASIL, 2007a; 2007c).
 � Manipulação de medicamentos e produtos: o farmacêutico é responsá-
vel pela supervisão da manipulação das fórmulas magistrais e oficinais 
da farmácia, bem como pelo controle de qualidade das matérias-primas 
e produtos finalizados (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2007a; 2007c).� Conferência do medicamento: antes da dispensação, o farmacêutico 
deve conferir visualmente se a embalagem, a rotulagem, os dados do 
prescritor, do paciente, quantidade, características físicas e a estabi-
lidade do medicamento estão de acordo, bem como a data de validade 
e etiquetas orientativas (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2007c).
 � Manual de Boas Práticas de Manipulação: elaborar e implantar o Manual 
de Boas Práticas de Manipulação em Farmácia, bem como revisá-
-lo periodicamente e supervisionar seu cumprimento para garantir 
a qualidade dos produtos e serviços prestados (SÃO PAULO, 2016; 
BRASIL, 2007c; 2009).
 � Procedimentos Operacionais Padrão (POPs): elaborar, implantar e 
supervisionar o seu cumprimento, de modo a contemplar todas as 
atividades desenvolvidas na farmácia de forma detalhada, com objetivo 
de garantir a qualidade dos produtos e do atendimento e a segurança 
dos funcionários (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2007c; 2009).
 � Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): 
deve elaborar e implantar o PGRSS, com objetivo de organizar e do-
cumentar as ações de manejo dos resíduos conforme legislação em 
vigor, ou seja, a geração, segregação, acondicionamento, identificação 
dos resíduos (A, B, C, D, E), transporte interno, armazenamento, coleta 
e transporte externo, destino ambiental final, bem como a proteção à 
saúde pública e ao meio ambiente (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2005; 2004).
 � Treinamento e capacitação: realizar e/ou supervisionar treinamentos 
iniciais e contínuos de Boas Práticas de Manipulação para a perfeita 
capacitação e atualização dos conhecimentos de todos os colabora-
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria 5
dores da farmácia. Tais atividades devem ser registradas e também 
incluir todos os outros aspectos relevantes para a manutenção dos 
padrões de qualidade e segurança dos produtos, serviços e de todos 
os envolvidos (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2007a).
 � Documentos legais: deve conhecer e dispor de todos os documentos 
necessários para o funcionamento regular da farmácia, mantendo-os 
sempre atualizados e disponíveis para a inspeção dos fiscais, tais como: 
alvará de funcionamento, licença sanitária, certidão de regularidade 
do farmacêutico, Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos 
Controlados (SNGPC), registro de treinamento de funcionários, PGRSS, 
dentre outros (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2007c).
 � Ferramentas administrativas: algumas atividades administrativas 
são de responsabilidade exclusiva do farmacêutico, como o sistema 
de controle do estoque, o cadastro de fornecedores e a escrituração 
de medicamentos sujeitos a controle especial (psicotrópicos e antimi-
crobianos) no SNGPC, de acordo com a Portaria SVS/MS nº. 344/1998 
(BRASIL, 1998; 2007b; 2011; 2014).
Atividades clínicas
 � Dispensação: além de aviar a prescrição, é nesse momento que o 
farmacêutico orienta seus pacientes sobre o uso correto e racional 
dos medicamentos, informando a posologia, possíveis interações 
(com medicamentos e/ou alimentos), reações adversas potenciais e 
condições de conservação e descarte dos medicamentos manipula-
dos, principalmente medicamentos termolábeis e sujeitos a controle 
especial (cuja movimentação deve ser registrada no SNGPC). Todas 
as receitas aviadas devem ser carimbadas pela farmácia, atestando 
sua manipulação, conforme legislação em vigor (SÃO PAULO, 2016; 
BRASIL, 2013a).
 � Atenção farmacêutica: de acordo com Proposta de Consenso Brasi-
leiro (IVAMA et al., 2002), a prática da atenção Farmacêutica envolve 
um conjunto de atividades realizadas pelo farmacêutico dirigidas ao 
paciente, com o objetivo de identificar, resolver ou prevenir problemas 
relacionados com medicamentos. A atenção farmacêutica possui di-
versos componentes, que podem ser oferecidos pelo farmacêutico ao 
usuário de medicamentos conforme sua disponibilidade e a necessidade 
de orientação e informação (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2009).
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria6
Afinal, qual é a diferença entre atenção farmacêutica e assistência 
farmacêutica? Podemos dizer que a assistência farmacêutica abrange 
atividades relacionadas ao uso do medicamento, no sentido de auxiliar ações 
de saúde em uma determinada população, em que o farmacêutico atua em 
todas as etapas, desde a pesquisa até a venda do medicamento. Sendo assim, 
a assistência farmacêutica compreende todas as ações e serviços que buscam 
assegurar a assistência terapêutica integral e a proteção e recuperação da 
saúde nos estabelecimentos públicos e privados que desempenham atividades 
farmacêuticas, tendo o medicamento como insumo essencial, cuja utilização 
deve ser feita de forma racional. 
Já a atenção farmacêutica é um modelo de atuação do farmacêutico (pro-
posto inicialmente em 1990 por Hepler e Strand e batizado como pharma-
ceutical care) que compreende um conjunto de ações centradas no paciente, 
com objetivo de acompanha-lo e orientá-lo em relação ao uso correto dos 
medicamentos. Assim, podemos concluir que todos os serviços prestados na 
atenção farmacêutica são formas de assistência farmacêutica, mas nem toda 
assistência farmacêutica representa uma atenção farmacêutica (PEREIRA; 
FREITAS, 2008). 
 � Prescrição farmacêutica: em situações especiais, o farmacêutico poderá 
realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade 
terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, tais como 
medicamentos industrializados, preparações magistrais (alopáticos ou 
dinamizados) e fitoterápicos (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2013c).
 � Acompanhamento farmacoterapêutico: busca prevenir e solucionar 
problemas relacionados a medicamentos por meio do acompanha-
mento de sua utilização, de forma contínua e documentada, com ob-
jetivo de promover a saúde e a qualidade de vida do paciente. Para tal 
acompanhamento, é necessário definir o perfil farmacoterapêutico do 
paciente, que é o registro das informações relacionadas ao uso dos 
medicamentos (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2013a).
 � Farmacovigilância: o farmacêutico deve estar atento para notificar 
determinados efeitos adversos com a finalidade de assegurar o uso 
racional dos medicamentos, já que tais notificações servem de sub-
sídios para melhor orientar outros pacientes sobre possíveis reações 
adversas advindas do uso de determinados medicamentos (SÃO PAULO, 
2016; BRASIL, 2013a).
 � Administração de medicamentos: mediante apresentação de pres-
crição médica, o farmacêutico responsável poderá prestar serviços 
de inaloterapia e aplicação de injetáveis em farmácias legalmente 
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria 7
autorizadas. Para a realização desse serviço, é necessário ambiente 
apropriado, capaz de garantir privacidade e conforto aos pacientes 
(SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2009; 2013a).
 � Aferição de parâmetros fisiológicos/bioquímicos: para que o farmacêu-
tico possa realizar serviços como a aferição de pressão arterial, aferição 
de temperatura corporal e aferição de glicemia capilar, a farmácia deve 
ser licenciada pelo órgão competente e dispor de ambiente apropriado 
(SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2009; 2013a).
 � Participação e difusão de campanhas de saúde: o farmacêutico pode 
desempenhar importante papel em orientar seus pacientes e outros 
cidadãos sobre questões relacionadas à saúde pública, incluindo os 
sintomas, fatores de risco e prevenção, bem como em ações voltadas à 
promoção, proteção e recuperação da saúde (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 
2013a). 
 � Responsabilidade solidária: o farmacêutico e o proprietário da farmácia 
deverão agir sempre de forma solidária e proativa para promover o uso 
racional de medicamentos (SÃO PAULO, 2016; BRASIL, 2013a).
Farmácia industrial
Até o século XIX, a farmácia magistral era o estabelecimento de referência 
para a população quando o assunto em questão era o medicamento. Porém, 
a partir dos anos 1930, a indústria farmacêutica começou a ganhar espaço 
e transformaro setor da saúde de forma significativa, principalmente por 
facilitar a produção de medicamentos em larga escala, com tecnologias 
mais complexas e eficientes. Dessa forma, muitos dos medicamentos que 
eram preparados em farmácias magistrais (de forma artesanal) foram sendo 
substituídos pelos medicamentos industrializados.
Atualmente, segundo o CFF, o farmacêutico pode atuar em mais de 135 
especialidades, principalmente devido ao seu perfil multidisciplinar. Além 
do amplo conhecimento técnico e científico sobre fármacos e medicamentos, 
o farmacêutico possui formação acadêmica em ciências exatas, biológicas 
e humanas. Contudo, é na área de fármacos e medicamentos que a maioria 
dos farmacêuticos exerce sua profissão, como em farmácias e indústrias 
farmacêuticas (BRASIL, 2013b). 
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria8
Segundo relatório do CFF (BRASIL, 2015), eis a distribuição das áreas 
de atuação do farmacêutico no Brasil:
 � farmácia/drogaria de rede — 27,0%;
 � farmácia/drogaria independente — 25,2%;
 � farmácia magistral — 6,0%;
 � farmácia hospitalar — 12,0%;
 � farmácia pública — 10,9%;
 � distribuidora de medicamentos — 3,5%;
 � laboratório de análises clínicas — 8.8%;
 � indústria farmacêutica — 3,2%;
 � docência em nível médio — 1,4%;
 � docência em nível superior — 5,0%;
 � vigilância sanitária — 1,9%;
 � gestão pública — 5,6%;
 � gestão privada — 1,3%;
 � estudante de mestrado/doutorado — 3,1%;
 � outras — 10,8%.
Ao longo dos anos, a profissão farmacêutica tem evoluído e ganhado 
reconhecimento entre outros profissionais da saúde e da população. Assim, 
além das drogarias e farmácias magistrais, os farmacêuticos estão inseridos 
nas indústrias farmacêuticas, realizando pesquisa, desenvolvendo medica-
mentos, avaliando a qualidade dos produtos, elaborando a gestão de resíduos 
e diversas outras atividades.
Perfil profissional 
Como sabemos, o profissional farmacêutico possui formação generalista, 
humanista, crítica e reflexiva, o que lhe capacita para atuar na promoção, 
prevenção e recuperação da saúde do indivíduo e de sua comunidade. De fato, 
é necessário que o farmacêutico possua tanto habilidades pessoais quanto 
técnicas para produzir medicamentos (alopáticos, homeopáticos, cosméticos 
e correlatos), seja no setor magistral ou industrial. Inclusive, como veremos a 
seguir, além da produção (ou manipulação) de medicamentos, o farmacêutico 
pode desempenhar uma série de outras atividades na indústria farmacêutica.
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria 9
Farmacêuticos com especialização em administração ou direito, por exem-
plo, encontram oportunidades nos departamentos de propaganda, vendas e 
questões legais. Já profissionais com mestrado ou doutorado podem atuar 
como gerentes de comunicação e pesquisadores (inovação, pesquisa e de-
senvolvimento) ou ocupar posições de supervisão da produção e controle 
de qualidade (ALLEN JR., 2016).
Atribuições do farmacêutico industrial
Como em qualquer outra área de atuação, na indústria farmacêutica o profis-
sional farmacêutico também deve estar cadastrado junto à Anvisa, à Vigilância 
Sanitária Municipal e ao CRF como o responsável técnico pelo estabelecimento 
em todos os aspectos técnico-científicos. É o farmacêutico que responde 
legalmente por todos os atos técnicos praticados na empresa, sejam eles 
executados por ele ou não. A seguir veremos as principais atribuições desse 
profissional na indústria farmacêutica.
 � Produção de medicamentos e produtos: deve cumprir com as Boas Práti-
cas de Fabricação (BPF) em todas as etapas produtivas, identificando os 
pontos críticos e realizando os registros necessários. Junto com o setor 
de garantia da qualidade, avalia possíveis desvios dos processos, com 
objetivo de obter produtos que atendam aos parâmetros de segurança 
e qualidade pré-estabelecidos (SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 2006; 2019).
 � Planejamento e controle da produção: oferece suporte técnico na movi-
mentação dos estoques de matérias-primas e materiais de embalagem, 
de acordo com o protocolo “primeiro que expira é o primeiro que sai” 
(PEPS), e sinaliza o status dos materiais (em quarentena, aprovado ou 
reprovado). Planeja a quantidade de lotes a ser produzida e informa 
todos os setores envolvidos (SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 2006; 2019).
 � Garantia da qualidade: deve organizar as atividades com base nas 
BPF, as quais devem estar registradas em POPs. O objetivo é garantir 
a pureza, qualidade, segurança e eficácia dos produtos fabricados. 
Também coordena atividades de validação, calibração, qualificação 
de equipamentos e de instrumentos analíticos, bem como os treina-
mentos dos colaboradores. Participa da qualificação e certificação de 
fornecedores de materiais e equipamentos terceirizados (SÃO PAULO, 
2018; BRASIL, 2006; 2019).
 � Controle de qualidade físico-química e microbiológica: deve realizar 
análises físico-químicas e microbiológicas, aprovando ou rejeitando 
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria10
matérias-primas, produtos semiacabados e acabados e materiais de 
embalagem. Por meio de equipamentos e métodos de análise ade-
quados, garante a realização de ensaios oficiais (como farmacopeias), 
mantendo os registros de todas as análises (SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 
2006; 2019).
 � Pesquisa clínica: participa da elaboração de protocolos de pesquisa e 
desenvolvimento de novos medicamentos e de novos produtos cosmé-
ticos, adicionando, quando necessário, estudos de farmacovigilância 
e cosmetovigilância. Importante lembrar que tais protocolos devem 
ser aprovados previamente por um Conselho de Ética registrado e 
reconhecido por órgão regulador competente (SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 
2006; 2019).
 � Inovação, pesquisa e desenvolvimento: pesquisa a viabilidade técnica e 
econômica no desenvolvimento de um novo produto, bem como avalia 
a estabilidade físico-química e microbiológica das pré-formulações 
aprovadas. Planeja e acompanha a produção do lote-piloto e dos 
primeiros lotes em escala industrial. Define o material de embalagem 
do produto e elabora documentos para o registro do produto inovador 
nos órgãos competentes (Anvisa e Instituto Nacional da Propriedade 
Industrial [Inpi]) (SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 2006; 2019).
 � Desenvolvimento de embalagem: supervisiona o cumprimento das 
BPFs no setor de embalagem (primária e secundária), principalmente 
para evitar contaminação cruzada e garantir os padrões de qualidade 
dos produtos acabados. Em conjunto com o setor de inovação, pode 
participar da pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, reali-
zando testes de estabilidade/compatibilidade, design, entre outros 
(SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 2006; 2019).
 � Farmacovigilância, cosmetovigilância e tecnovigilância: na fase de pós-
-comercialização, deve identificar, examinar e prevenir possíveis efeitos 
adversos, intoxicações ou quaisquer outros problemas relacionados ao 
uso de medicamentos ou outros produtos, garantindo seu uso seguro, 
racional e efetivo pelos pacientes. Também exerce a cosmetovigilância 
(quando envolve o uso de cosméticos) ou a tecnovigilância (no caso 
de equipamentos, artigos médico-hospitalares e outros) (SÃO PAULO, 
2018; BRASIL, 2006).
 � Assuntos regulatórios: gerencia os processos e elabora relatórios 
técnicos para registro dos produtos nos órgãos competentes (sanitá-
rio, ambiental, propriedade intelectual, etc.) com base na legislação 
vigente. Também participa da elaboração de textos para embalagens e 
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria 11
bulas dos produtos, bem como de todos os contratos de terceirização 
relacionados às BPFs, como serviços, transporte e outros (SÃO PAULO, 
2018; BRASIL, 2006).
 � Estratégia de marketing: realiza pesquisa de mercado para identifi-
car oportunidades para atender às necessidades do consumidor ou 
propor novos produtos. Também pode oferecer suporte técnico sobre 
o uso e os benefícios dos produtos parao setor de marketing e para 
consumidores, profissionais da saúde, distribuidores e farmácias (SÃO 
PAULO, 2018; BRASIL, 2006).
 � Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC): gerencia as reclamações 
e dúvidas dos clientes sobre o uso ou problemas relacionados aos 
medicamentos. Também deve informar o setor de garantia da qualidade 
ou departamento médico (reações adversas, interações, etc.) sobre os 
casos identificados (SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 2006).
 � Farmacoeconomia: desenvolve modelos matemáticos para analisar 
relações de custo-efetividade, custo-utilidade e custo-benefício, bem 
como para minimizar custos, com o objetivo de demonstrar o valor 
de um produto farmacêutico ou médico (medicamentos, materiais 
cirúrgicos, programas de saúde, entre outros). Também desenvolve 
estratégica e soluções para melhor aproveitar os diferentes cenários 
ou circunstâncias para a demonstração dos benefícios de cada produto 
em relação a produtos convencionais ou de empresas concorrentes 
(SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 2006).
 � Acesso a mercados farmacêuticos: organiza e apresenta informações 
técnicas e econômicas dos produtos (baseadas em evidências científicas) 
com potencial para a inclusão em formulários terapêuticos e sistemas 
de reembolso em organizações de saúde (planos de saúde, hospitais, 
clínicas, etc.), públicas ou privadas (SÃO PAULO, 2018; BRASIL, 2006).
Pontos comuns e divergentes 
Antes de abordar os principais pontos em comum e divergentes entre os 
processos de produção de medicamentos e outros produtos realizados pelas 
farmácias magistrais e pelas indústrias farmacêuticas, é importante destacar 
que em ambos casos as Boas Práticas de Produção são seguidas e respeitadas 
de forma rigorosa, afinal de contas é fundamental garantir que os produtos e 
serviços disponibilizados aos clientes tenham qualidade, segurança e eficácia 
terapêutica esperadas.
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria12
O Quadro 1 resume as principais semelhanças e diferenças, que em seguida 
serão examinadas caso a caso.
Quadro 1. Principais pontos e atividades em comum e divergentes entre 
farmácia magistral e indústria farmacêutica
Pontos / Atividades 
(comuns e 
divergentes)
Farmácia
 magistral Indústria farmacêutica
Produção dos produtos Pequena escala,
mais rápida 
Grande escala,
mais lenta
Características dos 
produtos
Personalizados,
mais baratos
Padronizados,
mais caros
Estrutura física dos 
laboratórios
Pequena,
com atendimento
Grande,
sem atendimento
Equipamentos e 
matérias-primas
Pequeno porte,
menor volume
Grande porte,
maior volume
Garantida da qualidade Rigorosa,
menos atividades
Rigorosa,
mais atividades
Farmacovigilância Esporádica Constante
Pesquisa e 
desenvolvimento
Ausente Presente
Estratégias de 
marketing
Pontuais Massivas
Fonte: Adaptado de São Paulo (2016; 2018) e Allen Jr. (2016).
Produção dos produtos 
Na indústria farmacêutica, a produção é bem maior (larga escala) do que nas 
farmácias de manipulação, o que também se reflete no prazo em que seus 
respectivos medicamentos e correlatos são obtidos. Ou seja, nas farmácias 
o produto pode ficar pronto no mesmo dia, enquanto na indústria pode 
demorar algumas semanas para produzir grandes lotes (SÃO PAULO, 2016; 
2018; ALLEN JR., 2016).
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria 13
Características dos produtos
A principal diferença nesse quesito é o caráter personalizado dos medica-
mentos manipulados, que são produzidos conforme as necessidades dos 
clientes. Tais medicamentos também costumam ser mais acessíveis (menor 
preço), embora apresentem uma validade menor que os industrializados (SÃO 
PAULO, 2016; 2018; ALLEN JR., 2016). 
Estrutura física dos laboratórios
Apesar de seguirem normas sanitárias semelhantes, os laboratórios das 
farmácias de manipulação são bem menores que os da indústria. Além disso, 
toda farmácia magistral possui uma área específica para atendimento e dis-
pensação dos medicamentos aos clientes, o que facilita a prática da atenção 
farmacêutica (SÃO PAULO, 2016; 2018; ALLEN JR., 2016). 
Equipamentos e matérias-primas
Nas farmácias de manipulação, o porte dos equipamentos (misturadores, 
vidrarias, tanques, encapsuladoras, etc.) e o volume das matérias-primas e 
demais insumos são bem menores do que aqueles utilizados pela indústria, 
devido basicamente à diferença de escala de produção (SÃO PAULO, 2016; 
2018; ALLEN JR., 2016). 
Garantida da qualidade
Como já mencionado, em ambos casos existem normas bem definidas e 
rigorosas (POPs) para todas as atividades realizadas, principalmente para o 
controle da qualidade. A diferença se traduz apenas em relação ao volume 
de atividades, devido à escala de produção entre as farmácias e as indústrias 
(SÃO PAULO, 2016; 2018; ALLEN JR., 2016). 
Farmacovigilância
Essa é uma atividade mais comum na indústria farmacêutica, principalmente 
quando envolve a produção e/ou comercialização de um novo medicamento 
ou uma nova apresentação (formulação). Nas farmácias de manipulação, 
essa prática acontece de forma esporádica, em que o farmacêutico notifica 
alguns casos reportados por seus clientes (PAULO, 2016; 2018; ALLEN JR., 2016).
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria14
Pesquisa e desenvolvimento
Em geral, a realização de pesquisa e desenvolvimento, bem como estudos 
clínicos para o lançamento de um novo medicamento, é uma atividade de 
elevado custo e quase que exclusiva das grandes indústrias farmacêuticas, 
principalmente as sediadas em outros países, onde as legislações de proteção 
à propriedade intelectual costumam ser mais favoráveis. As farmácias de 
manipulação praticamente não investem numa atividade como essa, mas 
costumam adquirir equipamentos com inovação agregada (PAULO, 2016; 2018; 
ALLEN JR., 2016).
Estratégias de marketing
Para dar suporte aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, as 
indústrias farmacêuticas costumam investir fortemente em campanhas de 
divulgação (entre profissionais de saúde, como médicos, odontólogos, etc.) 
e em pesquisa de mercado (em busca de novas oportunidades de negócio). 
Apenas algumas farmácias magistrais possuem profissionais treinados para 
visitação médica e apresentações em eventos específicos da área de saúde 
(PAULO, 2016; 2018; ALLEN JR., 2016). 
Referências
ALLEN JR., L. V. J. Introdução à farmácia de Remington. Porto Alegre: Artmed, 2016.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 20, de 05 de maio 
de 2011. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas 
como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. Brasília: 
ANVISA, 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/
rdc0020_05_05_2011.html. Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 22, de 29 de abril de 
2014. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – 
SNGPC, revoga a Resolução de Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, e dá 
outras providências. Brasília: ANVISA, 2014. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.
br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_
mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_
publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=3234816&_101_type=document. Acesso 
em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 44/2009. Dispõe 
sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da 
dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos 
em farmácias e drogarias e dá outras providências. Brasília: ANVISA, 2009. Disponí-
vel em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_44_2009_COMP.
pdf/2180ce5f-64bb-4062-a82f-4d9fa343c06e. Acesso em: 15 ago. 2020.
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.Resolução RDC nº 58, de 5 de setembro 
de 2007. Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e fiscalização de substâncias 
psicotrópicas anorexígenas e dá outras providências. Brasília: ANVISA, 2007b. Disponível 
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0058_05_09_2007.
html. Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 67, de 08 de outu-
bro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais 
e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Brasília: ANVISA, 2007a. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08_10_2007.html. 
Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 301, de 21 de agosto 
de 2019. Dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas de Fabricação de Medi-
camentos. Brasília: ANVISA, 2019. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/docu-
ments/10181/5389382/RDC_301_2019_.pdf/2e049461-1e8a-4bbb-8e09-8d3c04dea07d. 
Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro 
de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de 
serviços de saúde. Brasília: ANVISA, 2004. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.
br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html. Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril 
de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de 
saúde e dá outras providências. Brasília: CONAMA, 2005. Disponível em: http://www2.
mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462. Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 448, de 24 de outubro de 2006. 
Regula as atribuições do farmacêutico na indústria e importação de produtos para 
a saúde, respeitadas as atividades afins com outras profissões. Brasília: CFF, 2006. 
Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/448.pdf. Acesso em: 
15 ago. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 467, de 28 de novembro de 2007. 
Define, regulamenta e estabelece as atribuições e competências do farmacêutico 
na manipulação de medicamentos e de outros produtos farmacêuticos. Brasília: CFF, 
2007c. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/467.pdf. Acesso 
em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Perfil do farmacêutico no Brasil: relatório. 
Brasília: CFF, 2015. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/Perfil%20do%20
farmac%C3%AAutico%20no%20Brasil%20_web.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 572 de 25 de abril de 2013. Dispõe 
sobre a regulamentação das especialidades farmacêuticas, por linhas de atuação. 
Brasília: CFF, 2013b. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/572.
pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013. 
Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Brasília: 
CFF, 2013a. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf. 
Acesso em: 15 ago. 2020.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013. Regula 
a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Brasília: CFF, 2013c. Disponível 
em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/586.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
IVAMA, A. M. et al. Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. Brasília: 
OPAS, 2002. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Proposta-
ConsensoAtenfar.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria16
PEREIRA, L. R. L.; FREITAS, O. A evolução da atenção farmacêutica e a perspectiva para o 
Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 44, n. 4, p. 601–612, 2008. Dispo-
nível em: https://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n4/v44n4a06.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020. 
SÃO PAULO. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Farmácia. 2. ed. 
São Paulo: CRF-SP, 2016. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/
farmacia.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
SÃO PAULO. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Indústria. 2. ed. 
São Paulo: CRF-SP, 2018. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/images/cartilhas/
industria.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
Leituras recomendadas
ANACLETO, T. A. et al. Farmacovigilância hospitalar: erros de medicação. Pharmacia 
Brasileira, jan./fev. 2010. Disponível em: https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/
pdf/124/encarte_farmaciahospitalar.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
PARANÁ. Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná. Diretrizes da Indús-
tria Farmacêutica: guia da profissão farmacêutica. 2. ed. Paraná: CRF-PR, 2016. Dis-
ponível em: https://www.crf-pr.org.br/uploads/revista/28744/Jst8HW1HHT8bPAd-
BLai8y4TvwXDs9Z5c.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020.
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O papel do farmacêutico na farmácia de manipulação e na indústria 17
Dica do professor
 Como já se sabe, o farmacêutico tem uma ampla formação acadêmica, que lhe capacita para atuar 
em várias atividades relacionadas à promoção e prevenção da saúde dos indivíduos e manter um 
bom relacionamento com outros profissionais da saúde.
Além das habilidades técnicas e pessoais para exercer a sua profissão, o farmacêutico deve estar 
atualizado sobre todas as legislações e diretrizes que regulamentam as suas atividades e 
atribuições.
Na Dica do Professor, conheça mais detalhes sobre os aspectos legais, como portarias, resoluções, 
decretos e outras normas que orientam e regulam a profissão farmacêutica.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) Como se sabe, o mercado oferece várias oportunidades profissionais ao farmacêutico, que 
pode atuar em diversas áreas, como farmácias e drogarias, laboratório de análises clínicas, 
saúde estética, indústria de alimentos, práticas integrativas e na vigilância sanitária. Dentre 
as alternativas a seguir, selecione uma atividade clínica realizada pelo farmacêutico 
responsável por uma farmácia de manipulação.
A) Análise química de medicamentos.
B) Registro de medicamentos no SNGPC.
C) Qualificação de fornecedores.
D) Dispensação de medicamentos.
E) Elaboração e revisão dos POPs.
2) A partir da década de 1930, a indústria farmacêutica começa a ganhar espaço e transformar 
o setor da saúde de forma inovadora. Em paralelo a esse movimento, a profissão 
farmacêutica tem evoluído e ganhado reconhecimento entre o setor da saúde e a população. 
Hoje, além das drogarias e farmácias magistrais, os farmacêuticos estão inseridos nas 
indústrias realizando diversas atividades, como:
A) atenção farmacêutica e farmacovigilância.
B) elaboração de POPs e prescrição de medicamentos.
C) análise química e administração de medicamentos.
D) análise microbiológica e gestão dos resíduos.
E) avaliação da prescrição e pesquisa clínica.
3) A presença do farmacêutico em farmácias magistrais, bem como o seu contato direto com os 
pacientes, contribuem para a promoção do uso racional dos medicamentos e o sucesso das 
terapias. Com relação à atenção farmacêutica, um serviço clínico do farmacêutico, ela 
também inclui:
A) a seleção e aquisição de medicamentos pelo farmacêutico, na farmácia.
B) a organização do inventário dos medicamentos no estoque da farmácia.
C) a educação sobre a administraçãode medicamentos aos seus clientes.
D) a elaboração de relatórios técnicos sobre os medicamentos da farmácia.
E) a educação sobre boas práticas de manipulação aos seus colaboradores.
4) Desde 2013, o farmacêutico que esteja registrado em um Conselho Regional de Farmácia 
está habilitado a realizar a prescrição farmacêutica, de acordo com a Resolução nº 
585/2013, que regula esse serviço. Com relação a essa prática farmacêutica, assinale a 
alternativa correta.
A) O farmacêutico pode prescrever quaisquer medicamentos ao paciente, desde que realize uma 
consulta farmacêutica.
B) O farmacêutico pode prescrever aos pacientes medicamentos cuja dispensação não exija 
prescrição médica.
C) O farmacêutico pode prescrever apenas medicamentos e outros produtos terapêuticos 
preparados por ele.
D) O farmacêutico pode prescrever aos pacientes apenas produtos naturais, como fitoterápicos 
e suplementos.
E) O farmacêutico pode prescrever medicamentos apenas em casos especiais, quando o 
paciente não conseguiu um serviço médico.
5) Atualmente, o Conselho Federal de Farmácia regulamenta várias áreas onde o profissional 
farmacêutico pode atuar, principalmente devido à sua diversificada formação acadêmica. 
Porém, é na área de fármacos e medicamentos que a maioria dos farmacêuticos exerce sua 
profissão, como em farmácias e indústrias farmacêuticas. Com relação aos pontos em 
comum e divergentes desses dois setores de atuação farmacêutica, assinale a opção correta.
A) As atividades de produção e controle qualidade são distintas entre si.
B) A farmacovigilância é constante e obrigatória para ambos os setores.
C) Medicamentos industrializados são personalizados e mais caros.
D) A farmácia sempre investe em eventos, congressos e visitas médicas.
E) A indústria contrata pesquisadores para desenvolver inovação.
Na prática
A presença do farmacêutico nas farmácias de manipulação reforça cada vez mais o seu papel como 
agente promotor da saúde. Dentre outras atribuições importantes, o farmacêutico também é 
responsável pelo armazenamento das matérias-primas e outros materiais, conforme estabelece a 
RDC da ANVISA nº 67/2007, de modo a preservar a identidade e a integridade química, física e 
microbiológica dos medicamentos produzidos. 
Veja Na prática os principais requisitos das boas práticas de armazenamento de medicamentos, as 
características de algumas substâncias especiais e os fatores que podem afetar a estabilidade 
e a segurança dos medicamentos. 
Aponte a câmera para o 
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Introdução à farmácia de Remington
Um livro indicado para quem deseja conhecer mais sobre a área farmacêutica, tanto em relação às 
principais atividades do farmacêutico, como às técnicas farmacotécnicas que envolvem a 
manipulação de medicamentos, os excipientes envolvidos, as principais formas farmacêuticas e as 
incompatibilidades mais importantes.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Introdução à profissão: farmácia
Neste livro, você poderá conhecer mais detalhes sobre a profissão do farmacêutico, sua história, as 
suas diferentes áreas de atuação, as principais atribuições do profissional em cada setor, o código 
de ética e os diferentes serviços associados à área da saúde.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Desafios: os rumos da indústria farmacêutica no Brasil
Para conhecer um pouco mais sobre os desafios e os rumos da indústria farmacêutica no Brasil, 
acesse a entrevista realizada com Dante Alario, diretor técnico e científico da Biolab Sanus 
Farmacêutica, graduado em Farmácia e Bioquímica pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da 
Universidade de São Paulo (USP). 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://jornal.usp.br/atualidades/desafios-os-rumos-da-industria-farmaceutica-no-brasil/

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