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● Concepção marxista sobre a origem do Estado e particularidades do Estado A concepção marxista sobre a origem do estado é baseada na teoria materialista da história. De acordo com Karl Marx e Friedrich Engels, o estado surge como uma consequência das relações sociais de produção, especificamente da divisão de classe na sociedade. O estado é uma consequência dessa divisão, ele começa a nascer quando surge as classes e com elas a luta de classes. Marx argumentava que nas sociedades primitivas, onde não existia a propriedade privada dos meios de produção, não havia necessidade de um estado. No entanto, com o desenvolvimento da agricultura e do excedente de produção, a propriedade privada se tornou predominante e as classes sociais começaram a se formar. A partir desse momento, o estado surgiu como uma ferramenta para a classe dominante exercer controle sobre os meios de produção e garantir sua supremacia sobre as classes subordinadas. Marx também via o estado como uma instituição que desempenhava um papel de manutenção da ordem e da estabilidade social em favor da classe dominante. O estado capitalista, por exemplo, serve aos interesses da classe burguesa, protegendo a propriedade privada e garantindo a exploração dos trabalhadores assalariados. No entanto, Marx acreditava que o estado era uma instituição transitória que existiria até que as classes sociais fossem abolidas e a propriedade privada fosse superada. Ele argumentava que, em uma sociedade comunista, o estado deixaria de existir, uma vez que não haveria mais classes sociais e, portanto, não seria necessário um instrumento de controle e dominação. ● Explique as caracteristicas e funções (econômicas e políticas) da política social na Europa, em particular na Inglaterra, na conjuntura pós segunda guerra mundial Para Marshall, o que marca a emergência do W.State é a superação da óptica securitária e a incorporação de um conceito ampliado da seguridade social com o plano beveridge, na Inglaterra, que provocou mudanças significativas no âmbito dos seguros sociais até então predominantemente. Ao qualificar o W.State assume que o conceito com o qual trabalha é “uma abstração dos princípios e instituições subjacentes ao Estado-provincia inglês do pós-guerra influenciado pelas ideias de Keyne e W.Beveridge”. O Plano Beveridge, criado na Inglaterra, visava uma nova lógica para a organização das políticas sociais, criticando os seguros sociais bismarckianos. Os seguros eram de caráter privado e destinados a poucas categorias profissionais, não tinham caráter universal e também não recebiam a designação do Welfare State. O plano Beveridge traz um conceito ampliado de seguridade social que abrange mudanças significativas, segundo Marshall o plano consistiu em fazer uma fusão das medidas já existentes, com a ampliação e consolidação de vários planos de seguro social, padronização dos benefícios e inclusão de novos benefícios como seguro acidente, abono familiar, auxílio maternidade, entre outros. O principio que estrutura o Welfare State, são aqueles apontados no Plano Beveridge 1. Impõe uma responsabilidade no Estado para manter as condições de vida dos cidadãos que eram direcionados por um conjunto de ações em três direções sendo eles: ● Pela regulação da economia de mercado que tinha por objetivo manter o nível elevado de emprego; a prestação pública de serviços universais, por exemplo, educação, assistência médica, segurança social, e habitação; e não somente, mas também um conjunto de serviços sociais pessoais; 2. Houve também a universalidade dos serviços sociais, ou seja, seria para todos. 3. E a implantação de uma "rede de segurança" de serviços de assistência social. Além disso, existe a definição do Welfare State na concepção de Johnson (1990:17), iniciada por meio do que vivenciou na Inglaterra. Com isso, a perspectiva de Marshall afirma que é incorreto atribuir apenas a Beveridge o sistema inglês que na verdade, mas que ele é apenas autor de um dos aspectos do Welfare State, que seria a seguridade social. Contudo o termo da "seguridade social" incorporado no Plano Beveridge foi utilizado pela primeira vez no governo Roosevelt (EUA, 1935), ainda sim com sentido restritivo. Contribuindo com isso, os autores Meny e Thoening (1989) reconhecem que esse termo "Welfare State" originou na Inglaterra, na década de 1940, e que no geral o Estado tem por objetivo proteger os indivíduos das consequências econômicas e sociais modificando o mercado. Então, nesse sistema de proteção social inglês beverdigiano o mais importante são os direitos universais, destinado a todos, e a mínima garantia de direitos sociais àqueles que tinham necessidade e isso era financiado pelos impostos e o gerenciamento era estatal. ● POLITICAS SOCIAIS VARGUISTA A política social varguista tinha caráter corporativista e fragmentado dos reconhecimentos dos direitos, percebendo-se um intenso controle da massa trabalhadora através de uma legislação centrada eficazmente no controle estatal, sendo que a nova legislação caracterizada por Santos(1987) como uma cidadania regulada. As políticas sociais desse período foi marcada por traços de autoritarismo e centraliza estatal que emanava o poder central sustentando em medidas autoritárias, tinha também traços paternalistas baseando-se na legislação trabalhista ofertando uma estrutura burocrática e corporativa criando um aparato institucional e estimulando o corporativismo na classe trabalhadora. Seu caráter corporativista embora atendesse parcialmente os trabalhadores beneficiava a classe burguesa da época. Esses novos arranjos se dava a partir dos entrelaçamento político entre os sindicatos e o Estado que afetava diretamente a vida da classe trabalhadora.
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