Buscar

políticas sociais Gerontologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

POLÍTICAS SOCIAIS DA PESSOA 
IDOSA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Neiva Silvana Hack 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Esta aula tem como tema central a violência contra a pessoa idosa. As 
violências contra a pessoa idosa são as expressões contrárias dos direitos que 
lhe são devidos. Impactam diretamente nas políticas públicas voltadas à família 
e às pessoas idosas. 
A violência mais visível, em geral, é a violência física, contudo não é a 
única forma de maus tratos à pessoa idosa. Existem diversas formas de 
agressão e abuso, que precisam ser mais bem conhecidas para serem 
identificadas e mesmo denunciadas. 
Esta aula terá como objetivo principal conhecer as principais 
características e tipos de violência contra a pessoa idosa e as instâncias às quais 
se deve recorrer para efetivar denúncias. Serão, então, abordados os seguintes 
temas: 
 Violência contra a pessoa idosa; 
 Tipos de violência; 
 Violência estrutural; 
 Violência institucional; e 
 Ministério Público e Conselhos de direitos. 
Para apreensão desses conteúdos, você contará com distintos recursos 
metodológicos, como a leitura de textos das aulas e das bibliografias de 
referência, bem como o acesso às videoaulas e às atividades orientadas. 
TEMA 1 – VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA 
A temática da violência contra a pessoa idosa está diretamente 
relacionada ao debate das políticas públicas voltadas para esse público. Por um 
lado, há uma demanda por ações organizadas que promovam o esclarecimento 
e a divulgação de informações qualificadas, capazes de promover a incidência e 
recorrência das violências. Por outro, há um conjunto de órgãos e instituições 
que devem ser acionados e funcionar de forma efetiva para agir em defesa 
daqueles idosos e idosas que já sofreram algum tipo de violência. 
É importante destacar que, na sociedade brasileira, a violência tende a 
ser naturalizada. A violência faz parte das relações sociais e é legitimada nos 
ambientes familiares. Esse cenário é o que movimenta os constantes e 
 
 
3 
necessários debates acerca da violência doméstica, por exemplo. A violência 
doméstica contra crianças é justificada como forma de educação e estratégia 
disciplinar; a violência contra a mulher é escondida sob os tapumes de ditados 
como “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”; e a violência contra 
os idosos é invisibilizada, como se não existisse (Minayo, 2005; Faleiros, 2007). 
Os primeiros estudos acerca da violência contra a pessoa idosa datam de 
1975, na Inglaterra. No Brasil, a temática passou a ser abordada com maior 
intensidade a partir da década de 1990. Como referência para os debates 
internacionais é adotado o conceito de violência contra a pessoa idosa 
estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta o seguinte: 
São ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, 
prejudicando a integridade física e emocional da pessoa idosa, 
impedindo o desempenho de seu papel social. A violência acontece 
como uma quebra de expectativa positiva por parte das pessoas que a 
cercam, sobretudo dos filhos, dos cônjuges, dos parentes, dos 
cuidadores, da comunidade e da sociedade em geral. (Brasil, 2014, 
p. 38) 
O Estatuto do Idoso aborda a questão do enfrentamento à violência, em 
seu art. 19, que estabelece a obrigatoriedade da notificação compulsória às 
autoridades sanitárias e, consecutivamente, às instâncias de controle e justiça, 
competentes (Brasil, 2003). Tal obrigatoriedade cabe aos profissionais da área 
da saúde, que devem identificar sinais de possível sofrimento de violências pela 
pessoa idosa que está sob seu atendimento. Também neste artigo é que se tem 
o entendimento acerca de violência contra a pessoa idosa, segundo a legislação 
brasileira: 
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada 
contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços 
de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão 
obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes 
órgãos: 
I – autoridade policial; 
II – Ministério Público; 
III – Conselho Municipal do Idoso; 
IV – Conselho Estadual do Idoso; 
V – Conselho Nacional do Idoso. 
§1o Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra o idoso 
qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que 
lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. (Brasil, 
2003, grifo nosso) 
A violência contra as pessoas idosas também é discutida sob o conceito 
de maus tratos ao idoso, que era a terminologia adotada no texto original do 
Estatuto Idoso e foi atualizada no art. 19 no ano 2011, a partir da aprovação da 
 
 
4 
Lei n. 12.461/2011 (Brasil, 2011). A prática da violência está relacionada ao 
abuso de poder e da força física contra a pessoa idosa, como também às 
omissões quando estas precisam ou pedem socorro. 
Embora, quando se trate dessa temática, a primeira violência que surge à 
mente seja a violência física, existem várias outras formas de agressão à pessoa 
idosa, que vão silenciosamente causando danos à sua saúde física e mental, 
bem como interferindo em sua autonomia e participação. São exemplos dessa 
diversidade de violências: o preconceito na família e na sociedade; a exploração 
financeira; a interdição precipitada, motivada por interesses financeiros e 
patrimoniais; a negligência, entre outros, que detalharemos mais à frente (Brasil, 
2014). 
Não se pode deixar de considerar que a violência pode se tornar tão grave 
que leva a internações hospitalares e mesmo à morte. Segundo dados de 2012, 
“foram realizadas 169.673 internações de pessoas idosas por violências e 
acidentes, sendo que 50,9% se deveram a quedas; 19,2% a acidentes de 
trânsito; 6,5% a agressões e 0,3% a lesões autoprovocadas, além de outros 
agravos.” (Brasil, 2014, p. 57). Frente às internações motivadas pelos fatores 
aqui descritos, vale destacar que o custo para tratamento, em se tratando de 
uma pessoa idosa, é três vezes maior do que de uma pessoa adulta. E, ainda, a 
taxa de morte decorrente da internação é de 5,5 por 100.000 habitantes, no caso 
das pessoas idosas, que representa mais que o dobro da taxa referentes às 
pessoas adultas, cujo valor é de 2,48 por 100.000 habitantes (Brasil, 2014). 
As mortes decorrentes de violência estão compreendidas dentre os 
fatores caracterizados como causas externas. Dentre as chamadas causas 
externas, estão classificadas as mortes por acidentes de transporte, agressões, 
quedas, lesões autoprovocadas, afogamentos e eventos cuja intenção é 
indeterminada. No ano de 2011, a incidência de mortes por agressões, dentre o 
conjunto de mortes por causas externas era equivalente a 8,4% (Brasil, 2014). 
De alguma forma, os diversos tipos de violência contra a pessoa idosa 
expressam um desejo de morte desse grupo populacional por parte dos mais 
jovens, conforme problematizado por Minayo (2005, p. 11): 
Nas sociedades ocidentais, o desejo social de morte dos idosos se 
expressa, sobretudo, nos conflitos intergeracionais, nas várias formas 
de violência física e emocional e nas negligências de cuidados. As 
manifestações culturais e simbólicas desse desejo de se liberar dos 
mais velhos se diferenciam nos tempos, por classes, por etnias e por 
gênero. No caso brasileiro, os maus-tratos e abusos são os mais 
 
 
5 
variados. Cometidos em grande maioria pelas famílias, eles vão desde 
os castigos em cárcere privado, abandono material, apropriação 
indébita de bens, pertences e objetos, tomada de suas residências, 
coações, ameaças e morte. 
TEMA 2 – TIPOS DE VIOLÊNCIA 
Para melhor identificar e atuar na prevenção e no atendimento de pessoas 
idosas que sofram violência, é fundamental compreender que não existe um 
único tipo de violência, mas que esta se expressa de diferentes maneiras, que 
podem, inclusive, ocorrer de forma combinada. Na sequência, abordaremos 
alguns dos principais tipos deviolência. 
2.1 Física 
A violência física é aquela que se dá por meio de agressões como 
empurrões, tapas, beliscões, puxões, queimaduras; agressões com quaisquer 
tipos de objetos ou armas; amarrar os braços e/ou as pernas; obrigar a tomar 
calmantes etc. As consequências da violência física podem chegar ao 
internamento e mesmo à morte. Também podem se desdobrar em impactos 
psicológicos, emocionais e relacionais. Embora seja considerado o tipo mais 
visível, a violência física desdobra-se também em isolamento social, como uma 
forma de esconder as possíveis marcas da violência sofrida ou de evitar ter que 
falar sobre o assunto com terceiros (Brasil, 2008, 2014). De acordo com Minayo 
(2005, p. 15), “Abuso físico, maus tratos físicos ou violência física são 
expressões que se referem ao uso da força física para compelir os idosos a 
fazerem o que não desejam, para feri-los, provocar-lhes dor, incapacidade ou 
morte.”. 
Os indicadores de violência demonstram que o lugar onde há maior 
incidência da violência física é o próprio ambiente domiciliar. Em segundo lugar, 
estão as instituições de atendimento à pessoa idosa. A restrição do cuidado com 
a velhice apenas no ambiente doméstico pode reforçar a incidência da violência, 
uma vez que esta não se torna visível (Brasil, 2014; Minayo, 2005). 
2.2 Psicológica 
A violência psicológica está relacionada aos gestos e/ou palavras 
direcionados às pessoas idosas com o objetivo de menosprezá-las, torturá-las, 
humilhá-las, ameaçá-las ou restringir sua liberdade. Pode estar relacionada a 
 
 
6 
ameaças de abandono, de isolamento ou de deixar de dar a assistência 
necessária à alimentação, saúde e cuidados da vida diária (Brasil, 2008; 2014; 
Minayo, 2005). Segundo o Manual de enfrentamento à violência contra a pessoa 
idosa, “O abuso psicológico corresponde a todas as formas de menosprezo, de 
desprezo e de preconceito e discriminação que trazem como consequência 
tristeza, isolamento, solidão, sofrimento mental e, frequentemente, depressão.” 
(Brasil, 2014, p. 40). 
Esse tipo de violência leva a processos depressivos e autodestrutivos, 
inclusive a tentativas de suicídio. Em geral, tende a ocorrer com maior incidência 
entre as pessoas idosas doentes ou aquelas mais pobres (Brasil, 2014). 
2.3 Sexual 
A violência sexual está relacionada a práticas de caráter sexual sem o 
consentimento da pessoa idosa, seja em atos sexuais em si, exposição a 
conteúdos pornográficos, uso do corpo do idoso/idosa para satisfação sexual, 
entre outras. Também pode estar relacionada ao impedimento da pessoa idosa 
de se relacionar afetiva e sexualmente (Brasil, 2008; 2014; Minayo, 2005). De 
acordo com o Guia prático do cuidador, “Abuso sexual, violência sexual – é o ato 
ou jogo de relações de caráter hétero ou homossexual, sem a permissão da 
pessoa. Esses abusos visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas 
por meio de convencimento, violência física ou ameaças” (Brasil, 2008, p. 60). 
Esse tipo de violência é negligenciado, pois há uma ideia comum de que 
as pessoas idosas devem ou deveriam ser assexuadas. Assim, tanto pode 
ocorrer o impedimento às pessoas idosas de que vivam com autonomia essa 
dimensão de suas vidas, como também se ignora a necessidade de atenção à 
ocorrência de abusos sexuais na velhice (Brasil, 2014). 
Os indicadores apontam que, dentre as pessoas idosas em geral, a maior 
proporção de vítimas desse tipo de violência são as mulheres que vivem 
institucionalizadas e que sofrem com problemas cognitivos (Brasil, 2014). 
2.4 Abandono 
O abandono está relacionado à negação em cuidar da pessoa idosa, por 
aqueles que possuem, por lei, essa responsabilidade, podendo ser familiares ou 
 
 
7 
o próprio Estado. Compreende a atitude de não assumir a responsabilidade que 
lhe cabe, em prestar apoio ou socorro a uma pessoa idosa que necessite. 
O abandono é uma das maneiras mais perversas de violência contra a 
pessoa idosa e apresenta várias facetas. As mais comuns que vêm 
sendo constatadas por cuidadores e órgãos públicos que notificam as 
queixas são: retirá-la da sua casa contra sua vontade; trocar seu lugar 
na residência a favor dos mais jovens, como por exemplo, colocá-la 
num quartinho nos fundos da casa privando-a do convívio com outros 
membros da família e das relações familiares; conduzi-la a uma 
instituição de longa permanência contra a sua vontade, para se livrar 
da sua presença na casa, deixando a essas entidades o domínio sobre 
sua vida, sua vontade, sua saúde e seu direito de ir e vir; deixá-la sem 
assistência quando dela necessita, permitindo que passe fome, se 
desidrate e seja privada de medicamentos e outras necessidades 
básicas, antecipando sua imobilidade, aniquilando sua personalidade 
ou promovendo seu lento adoecimento e morte. (Brasil, 2014, p. 41) 
O abandono está relacionado à ausência e à desresponsabilização, 
deixando a pessoa idosa sem a assistência necessária ou entregue aos cuidados 
de terceiros que não teriam tal responsabilidade, obrigatoriamente. 
2.5 Negligência 
A negligência assemelha-se, em partes, ao abandono. Contudo, se no 
caso do abandono, há uma ausência e uma negação de prestar cuidado, no que 
se refere à negligência, ocorre uma desatenção em meio às relações cotidianas. 
Trata-se dos familiares que cuidam de uma pessoa idosa em suas casas, mas 
negligenciam sua alimentação, higiene e medicação. Ou também, do governo 
que, embora ofereça serviços de saúde à pessoa idosa, a obriga a enfrentar filas 
e longas esperas para acessar os cuidados e tratamentos que lhes são de direito 
(Brasil, 2014). De acordo com o Guia prático do cuidador, 
Negligência – refere-se à recusa ou omissão de cuidados às pessoas 
que se encontram em situação de dependência ou incapacidade, tanto 
por parte dos responsáveis familiares ou do governo. A negligência 
frequentemente está associada a outros tipos de maus tratos que 
geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais. (Brasil, 2008, p. 
15) 
É preciso compreender que não basta que a família, uma instituição, ou 
outra pessoa assumam verbalmente a responsabilidade em cuidar da pessoa 
idosa; é preciso ter atenção se o cuidado está sendo prestado da forma mais 
adequada. Instituições precisam de monitoramento constante pelo governo e 
pela sociedade. E mesmo no caso das famílias, há necessidade de atenção, pois 
 
 
8 
o ambiente doméstico ainda é palco de uma série de violências, dentre as quais 
a negligência é muito frequente. 
2.6 Abusos financeiros 
Os abusos financeiros, econômicos e/ou patrimoniais afetam 
cotidianamente as pessoas idosas. Trata-se da apropriação indevida de bens 
e/ou da renda dessas pessoas, aproveitando-se de sua condição de fragilidade 
física e mental. Segundo o Guia prático do cuidador, “Abuso 
econômico/financeiro – consiste na apropriação dos rendimentos, pensão e 
propriedades sem autorização da pessoa. Normalmente o responsável por esse 
tipo de abuso é um familiar ou alguém muito próximo em quem a pessoa confia.” 
(Brasil, 2008, p. 15). 
São exemplos de abuso financeiro: o uso de recursos da pessoa idosa 
sem que esta autorize; a posse do cartão da aposentadoria/pensão/benefício 
assistencial, sem dar-lhe o devido acesso aos seus rendimentos; a coerção para 
tutelar precoce ou indevidamente uma pessoa idosa, para acessar facilmente o 
direito por seus bens; a realização de empréstimos consignados em nome da 
pessoa idosa, para desfrute de interesses que não lhe digam respeito; a demora 
em concessão de benefício previdenciário ao qual a pessoa idosa tem direito; o 
aumento abusivo nos valores dos planos de saúde quando a pessoa se aproxima 
do corte de idade respectivo à velhice; os estelionatos que fazem deste seu 
público-alvo, devido às suas fragilidades físicas e cognitivas e outros (Brasil, 
2014). 
Conforme visto nos exemplos apontados, os familiares e as pessoas 
próximas podem ser os principais abusadores,no que se refere a esse tipo de 
violência, porém não são os únicos. Instituições, pessoas estranhas e o próprio 
Estado podem cometer atos caracterizados como abuso financeiro ou 
patrimonial. 
O não acesso aos seus recursos financeiros pode incorrer em uma série 
de demandas não atendidas, que agravam problemas de saúde e podem levar 
à morte, tais como as condições essenciais de alimentação, controle da saúde, 
segurança, higiene, entre outras. 
Observa-se que esse tipo de violência não ocorre de forma isolada, mas 
se dá em ambientes onde também se reproduzem a negligência, a violência 
psicológica e mesmo as violências físicas. 
 
 
9 
2.7 Autonegligência 
Nesse caso, a vítima e o agressor são a mesma pessoa. A própria pessoa 
idosa passa a descuidar de si, perde a motivação pela vida e pode chegar a 
atentar contra ela mesma. Manifesta-se em negligências com o autocuidado, tais 
como deixar de tomar banho, de escovar os dentes, tomar os remédios, ou 
também em práticas de isolamento social. 
Violência autoinfligida e autonegligência – A violência pode conduzir à 
morte lenta de uma pessoa idosa em casos em que ela própria se 
autonegligencia, ou manifestar-se como ideações, tentativas de 
suicídio e suicídio consumado. Ou seja, nesses casos, não é o “outro” 
que abusa, é a própria pessoa que maltrata a si mesma. Um dos 
primeiros sinais de autonegligência é a atitude de se isolar, de não sair 
de casa e de se recusar a tomar banho, de não se alimentar direito e 
de não tomar os medicamentos, manifestando clara ou indiretamente 
a vontade de morrer. (Brasil, 2014, p. 43-44) 
Manifestações de autonegligência alertam para uma atenção com a saúde 
mental da pessoa idosa e, inclusive, para o risco de suicídio. Essas práticas 
podem estar relacionadas também ao sofrimento de violências e abusos dos 
diferentes tipos aqui abordados. 
TEMA 3 – VIOLÊNCIA ESTRUTURAL 
De uma forma um pouco mais subjetiva, mas tão danosa quanto os tipos 
anteriormente apresentados, encontra-se a violência estrutural, que está 
relacionada ao conjunto de práticas violentas contra a pessoa idosa, as quais 
são frequentes e mesmo naturalizadas na sociedade. A sociedade exclui, e as 
demais gerações alimentam preconceito. Há um conjunto de fatores que torna o 
envelhecimento indesejável, temido e sofrido. 
Alguns elementos podem ainda agravar os desafios inerentes à velhice, 
tais como a baixa renda e a desigualdade de gênero. Esses fatores são 
estruturais na sociedade contemporânea e possuem grande impacto no 
envelhecimento. Embora a pobreza e a exclusão do acesso a bens essenciais 
atinjam a todas as faixas etárias, isso desdobrará em maiores dificuldades para 
as pessoas idosas e suas famílias, desafiando ainda mais o processo para a 
garantia de uma longevidade saudável. E, ainda, devido às restrições financeiras 
que obrigam pessoas idosas a compartilharem as mesmas moradias e cômodos 
com familiares, ainda que contra sua vontade, isso pode gerar maior exposição 
à violência doméstica. 
 
 
10 
Desta forma, as condições de vida devem ser consideradas violentas 
quando elas se constituem em fator de risco, causa de conflito ou de 
isolamento para a pessoa idosa. Assinalamos particularmente a 
aglomeração e a falta de privacidade que vivenciam nas famílias 
intergeracionais de baixa renda. É importante assinalar também que, 
mesmo considerando que a violência contra a pessoa idosa possa 
ocorrer quando a vítima e o agressor vivem separadamente, o risco é 
maior quando o perpetrador vive com ela na própria casa. Igualmente, 
o isolamento dela pode acontecer mesmo quando ela vive rodeada de 
pessoas da família, se não é percebida, não é ouvida e sua vontade 
não consta no contexto das relações. 
Ou seja, a solidão não é apenas um fato físico é, principalmente, uma 
situação psicológica e emocional. A solidão é um fator de negligência 
e abandono, podendo se apresentar como causa ou como 
consequência de abusos. (Brasil, 2014, p. 60) 
O preconceito vivenciado pelas mulheres ao longo da vida atinge de forma 
singular às mulheres idosas, que padecem por não terem reconhecidos seus 
anos de contribuição com a sociedade e a família por meio do trabalho doméstico 
e outras práticas informais do universo do trabalho feminino, impactando em não 
acesso a benefícios previdenciários (Brasil, 2014). 
As diferenças de gênero tornam a situação da violência estrutural mais 
crítica. As pesquisas gerontológicas mostram que as mulheres de 
idade avançada (e não os homens) estão mais expostas à pobreza, à 
solidão e à viuvez, tem mais problemas de saúde e têm menos 
oportunidades de contar com um companheiro em seus últimos anos 
de vida. Portanto, elas constituem o grupo mais vulnerável entre os 
pobres e entre as pessoas idosas pobres, por causa das limitações da 
idade, por causa das perdas e porque têm mais problemas de saúde e 
dependências. (Brasil, 2014, p. 60) 
 Assim, observa-se que nem toda violência é quantificável. E nem sempre 
é fácil de identificar o responsável, uma vez que existem fatores de grande 
proporção que impactam diretamente nas relações sociais e, 
consequentemente, na vivência da velhice. 
TEMA 4 – VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL 
A violência institucional também possui esse caráter não quantificável, 
mas está mais restrita aos abusos e violências sofridas por pessoas idosas em 
espaços institucionais legitimados socialmente, tais como os órgãos públicos e 
as entidades ou clínicas de atendimento ao público idoso. 
A violência institucional que, em geral, também ocorre em todo o 
mundo, no Brasil ocupa um capítulo muito especial nas formas de 
abuso aos idosos. Ela se realiza como uma agressão política, cometida 
pelo Estado, em nível macrossocial. E, de maneira mais particular, é 
atualizada e reproduzida nas instituições públicas de prestação de 
serviços e nas entidades públicas e privadas de longa permanência. 
(Minyao, 2005, p. 31). 
 
 
11 
As ações e processos desenvolvidos pelo Estado com relação às pessoas 
idosas impactam diretamente em sua qualidade de vida e exercício de cidadania. 
Embora o Estado brasileiro conte com um conjunto de legislações de proteção, 
ainda falha na execução de todas as previsões. São exemplos de violência 
institucional pelo Estado brasileiro: as demoras para apreciação de processos 
previdenciários e assistenciais de pessoas idosas que se encontram sem renda, 
a falta de vagas em instituições de acolhimento ou serviços que promovam os 
cuidados de forma integrada à convivência familiar e comunitária, a burocracia 
que insurge diante de tratamentos de saúde que exigem exames, atendimentos 
especializados e medicamentos de alto custo, a falta de acessibilidade em 
prédios públicos, entre outros. Assim, embora existam legislações que visem à 
não ocorrência dos exemplos citados, estes ainda se reproduzem no dia a dia 
de quem envelhece no Brasil (Brasil, 2014; Minayo, 2005). 
De acordo com Minayo (2005, p. 31), 
No nível das instituições de prestação de serviços, as de saúde, 
assistência e previdência social (as que pela Constituição configuram 
os instrumentos de seguridade social) são campeãs de queixas e 
reclamações, nas delegacias de proteção aos idosos. Os serviços são 
exercidos por uma burocracia impessoal, que reproduz a cultura de 
discriminação por classe, de gênero e de idade, causando imenso 
sofrimento à maioria dos idosos, sobretudo aos pobres que não tem 
condições de optarem por outros serviços. Muitos idosos verbalizam a 
ideia de que ser aposentado significa ser maltratado pelo sistema 
social de assistência pública. As longas filas de que são vítimas, a falta 
de comunicação ou a comunicação confusa e a ausência de uma 
relação pessoal compreensiva por quem precisa dos cuidados, 
constituem uma forma de violência das quais os idosos mais se 
queixam. 
Há indicadores que apontam para grande número de violências sofridas 
dentro das instituições de longa permanência, sejamelas públicas ou privadas. 
Esse elemento relaciona-se também às evidências na fragilidade da formação 
dos profissionais da área do cuidado e da saúde, no que se refere ao trato das 
especificidades do público idoso, o que causa tanto práticas de violência quanto 
a não identificação de violências sofridas. Pesquisas junto a pessoas idosas que 
vivem em instituições de longa permanência identificaram queixas como as 
seguintes: agressões verbais, insultos, negligências, abusos financeiros, falta de 
escuta, frieza, rispidez, desatenção e até mesmo maus tratos físicos (Brasil, 
2014). 
E, de forma geral, é expressão dessa mesma violência institucional toda 
a insuficiência em quantidade de acolhimentos e de serviços que sejam capazes 
 
 
12 
de atender as famílias e as próprias pessoas idosas, na perspectiva da 
prevenção da institucionalização. É, portanto, um problema com lacunas tanto 
em quantidade quanto em qualidade, no que se refere ao real cumprimento da 
legislação de proteção social. 
TEMA 5 – MINISTÉRIO PÚBLICO E CONSELHOS DE DIREITOS 
O conhecimento acerca das violências contra as pessoas idosas deve ser 
difundido para que se rompa com a naturalização dessa prática, bem como com 
os ciclos de reprodução da violência. Saber que existe uma diversidade de tipos 
de violência, para além da violência física permite impedir o sofrimento daqueles 
mais frágeis e promover vias de responsabilização daqueles que são atores 
desses atos de crueldade. Contudo, não basta saber quais são as violências; é 
indispensável conhecer também os meios de denunciá-las e exigir justiça. O 
poder público brasileiro conta com instituições competentes para ouvir as 
denúncias e aplicar as medidas cabíveis de proteção (à pessoa idosa) e 
responsabilização (aos agressores). 
O art. 19 do Estatuto do Idoso aponta as seguintes instâncias/órgãos 
juntos às quais se pode fazer denúncias de violências (ou suspeita de violência) 
contra a pessoa idosa: autoridade policial; Ministério Público e os Conselhos 
municipais, estaduais e nacional de direitos da pessoa idosa (Brasil, 2003). 
Existem delegacias especializadas para o atendimento de ocorrências em que 
as vítimas são pessoas idosas. E, ainda, é possível denunciar via telefone pelo 
Disque 100, um serviço de teleatendimento nacional, que escuta as ocorrências 
e que distribui para as instâncias responsáveis, para que as devidas providências 
sejam tomadas. 
No que se refere especificamente ao Ministério Público, o Estatuto do 
Idoso detalha suas competências no art. 74, como se pode ver a seguir: 
Art. 74. Compete ao Ministério Público: 
I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos 
direitos e interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e 
individuais homogêneos do idoso; 
II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de interdição total 
ou parcial, de designação de curador especial, em circunstâncias que 
justifiquem a medida e oficiar em todos os feitos em que se discutam 
os direitos de idosos em condições de risco; 
III – atuar como substituto processual do idoso em situação de risco, 
conforme o disposto no art. 43 desta Lei; 
IV – promover a revogação de instrumento procuratório do idoso, nas 
hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando necessário ou o 
interesse público justificar; 
 
 
13 
V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo: 
a. expedir notificações, colher depoimentos ou esclarecimentos e, em 
caso de não comparecimento injustificado da pessoa notificada, 
requisitar condução coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar; 
b. requisitar informações, exames, perícias e documentos de 
autoridades municipais, estaduais e federais, da administração direta 
e indireta, bem como promover inspeções e diligências investigatórias; 
c) requisitar informações e documentos particulares de instituições 
privadas; 
VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e a 
instauração de inquérito policial, para a apuração de ilícitos ou 
infrações às normas de proteção ao idoso; 
VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais 
assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais e 
extrajudiciais cabíveis; 
VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento 
e os programas de que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas 
administrativas ou judiciais necessárias à remoção de irregularidades 
porventura verificadas; 
IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços de 
saúde, educacionais e de assistência social, públicos, para o 
desempenho de suas atribuições; 
X – referendar transações envolvendo interesses e direitos dos idosos 
previstos nesta Lei. 
§ 1o A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas 
neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, 
segundo dispuser a lei. 
§ 2o As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde 
que compatíveis com a finalidade e atribuições do Ministério Público. 
§ 3o O representante do Ministério Público, no exercício de suas 
funções, terá livre acesso a toda entidade de atendimento ao idoso. 
(Brasil, 2003) 
O Ministério Público possui papel central na proteção e na defesa de 
direitos da pessoa idosa. Conforme se vê em suas competências, a sua ação 
permite evitar que violências institucionais e familiares se reproduzam no 
cotidiano, pois atua no controle e na fiscalização, promovendo a prevenção da 
violência, como pode provocar ações de responsabilização de familiares e do 
Estado diante de cada situação vivenciada envolvendo as pessoas idosas. 
 Outra instância fundamental são os Conselhos de Defesa de Direitos da 
Pessoa Idosa, que devem estar presentes em todos os municípios, além dos 
conselhos estaduais e nacional. Trata-se de espaços de participação da 
sociedade civil que, junto com representantes do poder público, discutem e 
definem caminhos relacionados à efetividade dos direitos da pessoa idosa e são 
fundamentais na consolidação dos planos de ação das políticas públicas para a 
pessoa idosa. O Conselho Municipal de Defesa de Direitos da Pessoa Idosa é 
“um órgão permanente, paritário (com o mesmo número de representantes 
governamentais e não-governamentais), consultivo, deliberativo, formulador e 
controlador das políticas públicas e ações voltadas para o idoso no âmbito de 
um município” (MPRN, 2007). 
 
 
14 
 Denúncias de maus-tratos contra as pessoas idosas podem ser feitas 
junto aos conselhos, que, segundo cada contexto, poderão acompanhar a 
situação e encaminhar para as instâncias e órgãos competências para 
atendimento, investigação e/ou responsabilização. 
De forma a ampliar as possibilidades na proteção das pessoas idosas, o 
Guia prático do cuidador (Brasil, 2008, p. 61) aponta para as seguintes 
instâncias: 
Quanto mais dependente for a pessoa, maior seu risco de ser vítima 
de violência. O cuidador, os familiares e os profissionais de saúde 
devem estar atentos à detecção de sinais e sintomas que possam 
denunciar situações de violência. Todo caso suspeito ou confirmado 
de violência deve ser notificado, segundo a rotina estabelecida em 
cada município, os encaminhamentos devem ser feitos para os órgãos 
e instituições descriminados a seguir, de acordo com a organização da 
rede de serviços local: 
a. Delegacia especializada da mulher; 
b. Centros de Referência da mulher; 
c. Delegacias Policiais; 
d. Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa; 
e. Centro de Referência da Assistência Social (CRAS); 
f. Ministério Público; 
g. IML e outros. 
Também é um espaço de referência para esses casos o Centro de 
Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), uma unidade da 
Política Nacional de Assistência Social, voltada ao atendimento de indivíduos e 
famílias que sofreram violação de direitos, principalmente os casos de violência. 
 Dessa forma, pode-se perceber a necessidade da efetividade deredes de 
atendimento e proteção à pessoa idosa, capazes de promover a prevenção às 
violências, como também de atender aqueles que dela foram vítimas, evitando, 
inclusive, a revitimização. 
NA PRÁTICA 
No último tema desta aula foram apresentados vários órgãos e instâncias 
aos quais se pode recorrer diante de situações de violência contra a pessoa 
idosa, tais como: Ministério Público, Conselho do Idoso, Delegacia da Mulher ou 
do Idoso, CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), CREAS e outros. 
Procure saber quais desses órgãos estão em funcionamento no seu 
município, afinal há distinção de coberturas de acordo com cada localidade. 
Procure saber mais sobre essa rede concreta de proteção à pessoa idosa 
no seu município. 
 
 
15 
FINALIZANDO 
Esta aula teve como objetivo conhecer as principais características e tipos 
de violência contra a pessoa idosa e as instâncias às quais se deve recorrer para 
efetivar denúncias. Foram, então, abordados os seguintes temas: violência 
contra a pessoa idosa; tipos de violência; violência estrutural; violência 
institucional; e Ministério Público e Conselhos de direitos. 
Foi debatida a reprodução da violência contra a pessoa idosa na 
sociedade, mas ainda sem o devido reconhecimento e enfrentamento. Em certa 
medida, essa violência é invisibilizada e mesmo naturalizada. 
Embora a violência física seja a mais visível, foram abordados vários 
outros tipos de violência que podem incidir contra a pessoa idosa, inclusive de 
uma forma generalizada e não quantificável, como no caso das violências 
estrutural e institucional. 
Por fim, abordamos espaços legítimos para se denunciar e procurar 
atendimento para os casos de suspeita ou comprovação da incidência de 
violências contra a pessoa idosa. Esse elemento é fundamental para que todos 
possam contribuir no enfrentamento a tais violências e promoção dos direitos da 
pessoa idosa. 
 
 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 3 out 2003. 
_____. Lei n. 12.461, de 26 de julho de 2011. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 27 jul. 2011. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático do cuidador. Brasília: MS, 2008. 
BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Manual 
de enfrentamento à violência contra a pessoa idosa. É possível prevenir. É 
necessário superar. Brasília, DF: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência 
da República, 2014. 
FALEIROS, V. P. Violência contra a pessoa idosa: ocorrências, vítimas e 
agressores. Brasília: Universa, 2007. 
MINAYO, M. C. Violência contra idosos: o avesso do respeito à experiência e 
à sabedoria. 2. ed. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2005. 
MPRN – Ministério Público do Rio Grande do Norte. Cartilha de orientação para 
a criação de Conselhos de direitos do idoso. Natal: MPRN, 2007. Disponível 
em: <http://www.ampid.org.br/v1/cartilha-de-orientacao-para-a-criacao-de-
conselhos-de-direitos-do-idoso/>. Acesso em: 20 jan. 2020.

Outros materiais