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CONTROLE DE QUALIDADE E GERENCIAMENTO LABORATORIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Reconhecer o papel dos organogramas laboratoriais na comunicação interna e no planejamento das atividades. > Identificar os itens e parâmetros dos procedimentos operacionais padrão (POPs) de um laboratório. > Descrever controle de produção e de fornecimento de serviços labora- toriais. Introdução Os laboratórios de análises clínicas são estabelecimentos que prestam ser- viços de saúde. Por isso, devem possuir alvará sanitário e um responsável técnico (RT) de nível superior, de preferência biomédico. O RT é responsável por planejar, implantar e garantir a qualidade de todos os processos labo- ratoriais através de capacitação da equipe, sigilo de informações, manuten- ção e inovação dos equipamentos e manutenção de protocolos atualizados. Ele também é o responsável pela criação de documentos que descrevem o nível de biossegurança necessário de acordo com as atividades executadas em cada local do laboratório. Para desenvolver suas atividades, o RT se utiliza de diagramas ou organo- gramas que permitem uma visualização mais geral e rápida de todas as etapas do processo organizacional do laboratório, desde a fase pré-analítica até a pós-analítica. Esse profissional se baseia nos procedimentos operacionais padrão, que são documentos que fornecem todas as etapas a serem seguidas Organogramas em análises clínicas Ana Paula Toniazzo para cada procedimento no laboratório. Além disso, um gestor de laboratório precisa controlar o fornecimento de serviços, garantindo qualidade. Neste capítulo, você vai compreender a importância que os organogramas e os procedimentos operacionais padrão têm para a manutenção da qualidade em laboratórios de análises clínicas. Você também vai conhecer como é rea- lizado o controle da produção e do fornecimento de serviços em laboratórios de análises clínicas. Ferramentas de gestão da qualidade Organogramas laboratoriais O organograma é uma forma de representar graficamente a organização de um laboratório, desde mostrar os papéis desempenhados pelos integrantes para os próprios colaboradores ou para os clientes e parceiros até listar todas as fases dos processos desenvolvidos nos laboratórios de análises clínicas. Os organogramas mostram como uma organização está estruturada e quais as funções de cada profissional que nela atua. Nesse contexto, por meio do orga- nograma, o laboratório pode representar de forma gráfica e de fácil visualização e execução todas as etapas de um processo. Para elaboração de organogramas, são utilizados símbolos padronizados para cada fase do processo, conforme apresentado na Figura 1 e no Quadro 1 (CASTELANI et al., 2019). Figura 1. Símbolos utilizados para a elaboração de organogramas. Fonte: Corrêa e Corrêa (2007 apud Castelani et al., 2019, documento on-line). Organogramas em análises clínicas2 Quadro 1. Significados dos símbolos dos organogramas Símbolo Significado Definição Operação Uma operação existe quando um objeto é modificado intencionalmente numa ou mais das suas características. A operação é a fase mais importante no processo e, geralmente, é realizada numa máquina ou estação de trabalho. Transporte Um transporte ocorre quando um objeto é deslocado de um lugar para o outro, exceto quando o movimento é parte integral de uma operação ou inspeção. Inspeção Uma inspeção ocorre quando um objeto é examinado para a identificação ou comparado com um padrão de quantidade ou qualidade. Espera Uma espera ocorre quando um objeto é mantido sob controle, e sua retirada requer autorização. Armazenamento Um armazenamento ocorre quando um objeto é mantido sob controle, e sua retirada requer uma autorização. Fonte: Adaptado de Neumann (2015 apud Castelani et al., 2019). A análise desses diagramas auxilia a identificar atividades que não agregam valor ao serviço e possíveis problemas de qualidade, desperdícios, entre outros aspectos. Por isso, devem ser claros e fiéis aos dados laboratoriais (CORRÊA; CORRÊA, 2007). A clareza dos organogramas estimula a participa- ção e comunicação dos profissionais e facilita a análise de todas as etapas. Os diagramas longos e complexos devem ser divididos em partes, com divisão por hierarquias, com processos básicos mostrados em grandes blocos, que, posteriormente, devem ser detalhados em subprocessos. A fidelidade diz res- peito ao fato de que qualquer alteração de processo deve ser documentada no diagrama para garantir a realidade dos processos, conforme ilustra a Figura 2. Organogramas em análises clínicas 3 Fi gu ra 2 . E xe m pl o de u m o rg an og ra m a de p ro ce ss o de a te nd im en to a o cl ie nt e em la bo ra tó rio d e an ál is es c lín ic as . Fo nt e: A da pt ad a de C as te la ni e t a l. (2 01 9) . Ch am ar o cl ie nt e No rm al Pr ef er en ci al Pr ef er en ci al 80 a no s Pe nd ên ci a Re su lta do Im pr im ir re su lta do s Bu sc ar re su lta do s im pr es so s Co lo ca r n o en ve lo pe En tr eg ar pa ra o cl ie nt e Pe ga r do cu m en to pe ss oa l Re tir ar ex am es d a pe nd ên ci a Co le ta r as si na tu ra s Ch am ar pr óx im o cl ie nt e É co nv ên io ? NÃ O SI M Pe ga r g ui a do c on vê ni o Ca da st ra r cl ie nt e Au to riz ar ex am es Ir at é a ou tra im pr es so ra re tir ar et iq ue ta d e re ci pi en te Ir at é a im pr es so ra es ca ne ar d oc um en to e pe di do m éd ic o Ir at é a im pr es so ra pe ga r g ui as au to riz ad os Vo lta r gu ic hê Co le ta r as si na tu ra do c lie nt e Fi na liz ar ca da st ro Vo lta r a o gu ic hê En tr eg ar p ro to co lo d e re tir ad a de e xa m es a o cl ie nt e/ lib er aç ão p ar a a co le ta Co lo ca r do cu m en ta çã o pa ra c ol et a Ir at é a im pr es so ra pe ga r o rd em d e es cr itó rio /g ui a tr is s/ pr ot oc ol o de re tir ad a de e xa m es Organogramas em análises clínicas4 Embora organogramas sejam ferramentas de qualidade que auxiliam no controle de processos de forma bastante visual e simples, as folhas de verificação são consideradas as ferramentas mais simples e diretas. Essas folhas são como checklists, que possuem de forma clara, objetiva e concisa os procedimentos corretos e as verificações que deverão ser realizadas para evitar intercorrências. São formulários planejados e elaborados de forma a serem facilmente analisados e interpretados (NEUMANN, 2015). Um exemplo de checklist é a ferramenta 5W2H, que funciona como um mapeamento das atividades. Nesse documento, fica registrado o que será feito, quem fará cada tarefa, em qual período, em qual área da empresa e os motivos pelos quais a atividade será realizada. O nome dessa ferramenta é formado a partir da junção das primeiras letras das diretrizes usadas, conforme apresenta o Quadro 2. Quadro 2. Significado da ferramenta 5W2H 5W2H Letras (em inglês) Letras (em português) Mapeamento das atividades What O quê? Objetivo, meta da atividade. Where Onde? Local, departamento em que será desenvolvida a atividade. When Quando? Data, cronograma para realização da atividade. How Como? Atividades, processo da atividade. How much Quanto? Custo ou quantidade da atividade. Who Quem? Responsável, equipe que realizará a atividade. Why Por quê? Motivo, benefício da realização da atividade. Fonte: Adaptado de Castelani et al. (2019). Organogramas em análises clínicas 5 Já o método Seis Sigma é uma ferramenta de gestão da qualidade que visa ao melhoramento contínuo para redução das variabilidades (CORRÊA; CORRÊA, 2007). É a utilização de métodos estatísticos e processos com o objetivo de eliminar erros (NEUMANN, 2015). Por sua vez, a ferramenta 5S é baseada nas palavras japonesas seiri, seiton,seiso, seiketsu e shitsuke, que traduzidas para o português significam cinco sensos: senso de utilização, senso de organização, senso de limpeza, senso de saúde e senso de autodisciplina, conforme apresenta o Quadro 3. Quadro 3. Significados e objetivos da ferramenta 5S 5S “senso” Senso Significado Objetivo Utilização — seiri Separar o necessário do desnecessário. Eliminar do local de trabalho o que for inútil. Ordenação — seiton Colocar cada coisa em seu lugar. Organizar o local de trabalho. Limpeza — seiso Limpar e cuidar do local de trabalho. Melhorar a limpeza. Saúde — seiketsu Tornar saudável o local de trabalho. Prevenir o surgimento de supérfluos e a desordem. Autodisciplina — shitsuke Tornar rotina padrão os sensos anteriores. Incentivar o aprimoramento. Outra importante ferramenta de gestão da qualidade é a Matriz GUT ou Matriz de Prioridades, que auxilia na priorização da solução de problemas. Essa ferramenta é utilizada quando se necessita tomar decisões complexas. Nesse sentido, a Matriz GUT é utilizada para classificar cada problema con- forme a gravidade, urgência e tendência. A Matriz GUT também é utilizada em situações de estratégia e desenvolvimento de projetos. O principal benefício dessa ferramenta é que ela permite uma avaliação quantitativa dos problemas de um setor ou de uma empresa toda e possibilita a priorização de ações corretivas e preventivas para eliminar os problemas. A sigla GUT se origina dos seguintes conceitos (CAMARGO, 2018). Organogramas em análises clínicas6 Gravidade (G): envolve o impacto que o problema terá sobre colaboradores, processos, tarefas, resultados da empresa, etc. Esse impacto pode ser avaliado quantitativamente e qualitativamente. A pontuação da gravidade varia de 1 a 5, dependendo das seguintes classificações: sem gravidade, pouco grave, grave, muito grave e extremamente grave. Urgência (U): prazo ou tempo para resolução do problema, ou seja, quanto menor o tempo, maior a urgência do problema. Como exemplo de problema urgente, estão os prazos definidos por lei ou o tempo de resposta dos clien- tes. A pontuação de urgência também varia de 1 a 5, segundo as seguintes classificações: pode esperar, pouco urgente, urgente (deve ter atenção em curto tempo), muito urgente e necessidade de ação imediata. Tendência (T): envolve o potencial que o problema tem de aumentar com o passar do tempo. A tendência pode ser classificada conforme: não irá mudar, irá piorar em longo prazo, irá piorar em médio prazo, irá piorar em curto prazo e irá piorar rapidamente. É importante salientar que os fatores da Matriz GUT (gravidade, urgência e tendência) são pontuados de 1 a 5. Para calcular a pontuação, devem ser multiplicados os três fatores: G × U × T Por fim, a ferramenta Diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe) é usada para encontrar, classificar e documentar as causas da variação da qualidade do processo de produção (NEUMANN, 2015). Procedimentos operacionais padrão Os procedimentos operacionais padrão (POPs) são protocolos que descre- vem de forma detalhada, clara e acessível cada atividade desenvolvida nos laboratórios de análises clínicas, incluindo desde a coleta até a emissão do laudo final. Esses protocolos descrevem a utilização de equipamentos, procedimentos técnicos, cuidados de biossegurança e condutas que devem ser adotadas em caso de acidentes. Especialmente para os laboratórios de análises clínicas, a elaboração dos POPs é essencial para padronizar todas as atividades e para que diferentes profissionais possam compreender e executar da mesma maneira determinada tarefa (BRASIL, 1999). Ou seja, o serviço prestado durante o turno da manhã deverá ser o mesmo execu- tado em outros turnos, assim como de um dia para o outro, mesmo quando praticado por profissionais diferentes. Os POPs permitem que o laboratório Organogramas em análises clínicas 7 consiga prever os resultados e minimizar variações causadas por falta de prática ou por outras interferências, ou no caso de férias ou ausência de um funcionário (MARTINS; ALMEIDA, 2016). Os principais objetivos da elaboração dos POPs são (BRASIL, 1999): � padronização de ações e procedimentos (tarefas devem ser executadas sempre da mesma maneira); � minimizar desvios na execução das tarefas (tarefas fundamentais devem ser realizadas em sua totalidade sem que as etapas sejam ignoradas); � permitir que a qualquer momento uma tarefa possa ser executada, garantindo que sua qualidade seja a mesma de um turno para outro, de um dia para outro e de um executor para outro (como exemplo, pode-se pensar na manutenção de um aparelho, pois, para obter os mesmos resultados, a manutenção deve ser realizada da mesma maneira). Para isso, esses protocolos devem ser escritos de forma bastante clara e completa para que todos compreendam e coloquem em prática. Preferen- cialmente, os gestores de laboratórios devem solicitar a participação dos funcionários na elaboração dos POPs (BRASIL, 1999). A elaboração e a revisão dos POPs devem ser realizadas pelos profissionais que realizam o processo. Desse modo, o colaborador tem que ser treinado, habilitado e qualificado para exercer suas tarefas e, por isso, deve escrever e fazer o que está escrito no POP. Após a aprovação da equipe, esse documento deve ser aprovado por supervi- sores (responsáveis técnicos), coordenadores e diretores para, então, poder ser liberado. A equipe de cada setor deve se sentir incluída nesse processo. Os POPs precisam ser constantemente atualizados, sendo que as alterações devem ser discutidas com todos os técnicos dos laboratórios, assim como os técnicos devem assinar um termo se comprometendo a cumprir as regras estabelecidas por esses protocolos. Além disso, os POPs devem permanecer disponíveis em locais acessíveis e de conhecimento de todos os profissionais que desempenham atividades no ambiente laboratorial (BRASIL, 1999). Elaboração de procedimentos operacionais padrão Para a elaboração de um POP, inicialmente, deve-se fazer um levantamento dos dados do laboratório. Para isso, alguns questionamentos devem ser respondidos. Certas respostas podem ser encontradas em manuais de bios- segurança e devem obrigatoriamente constar no POP. As questões devem ser as seguintes (MARTINS; ALMEIDA, 2016). Organogramas em análises clínicas8 a) Quais organismos são manipulados em seu trabalho/projeto e suas classes de risco? b) Qual o nível de biossegurança do laboratório onde você trabalha? c) Quais os cuidados e equipamentos de proteção (individual e/ou co- letivo) necessários para a manipulação dos organismos com os quais você trabalha? d) Existe instrução ou procedimento escrito para o descarte de resíduos infectantes e/ou perfurocortantes no laboratório onde você trabalha? e) Existe instrução ou procedimento escrito para limpeza e desinfecção de materiais e/ou superfícies no laboratório onde você trabalha? f) Existe instrução ou procedimento para os casos de acidente com agente biológico no laboratório onde você trabalha? g) Há sinalização de acesso restrito aos envolvidos nas atividades do laboratório e o símbolo internacional de risco biológico, organismo e classe de risco, com identificação e telefone de contato com o profissio- nal responsável, na entrada das áreas de manipulação de organismos geneticamente modificados (OGM)? h) Há procedimento ou aviso sobre a proibição de comer, beber, fumar e aplicar cosméticos nas áreas de trabalho? i) Todos que manipulam OGM realizam a higienização das mãos antes de deixar as instalações? j) Há recipientes para transporte de materiais contaminados? Eles são à prova de vazamento? k) Existe registro de autorização pelo técnico principal definindo as pessoas que podem entrar nas instalações credenciadas para OGM? Há treinamento para trabalhar nas instalações credenciadas para OGM? l) Todos os requisitos necessários para a entrada nas instalações cre- denciadas estão indicados naporta de entrada? A partir desse questionário, devem ser construídos os POPs para cada procedimento e para cada atividade a ser desenvolvida. Composição do procedimento operacional padrão Os POPs devem conter alguns itens em seu formato, conforme a seguir (MAR- TINS; ALMEIDA, 2016). � Cabeçalho: deve possuir o nome do laboratório; descrever o tipo do documento de que se trata (por exemplo, POP); descrever o título Organogramas em análises clínicas 9 referente ao procedimento que será descrito (por exemplo, POP de uti- lização de autoclave); possuir um código de identificação (corresponde ao número do documento) e um número que corresponda à versão atual; possuir número de cópias, paginação, identificação, assinatura e data da elaboração, revisão e aprovação do POP. A Figura 3 ilustra um exemplo de cabeçalho. Figura 3. Exemplo de cabeçalho de um POP. Fonte: HU/UFSC (2014, documento on-line). Hospital Universitário Prof. Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina Procedimento Operacional Padrão (POP) DIVISÃO DE ANÁLISES CLÍNICAS POP RG 000 Elaboração de Manuais, Procedimentos Operacionais Padrão e Instruções de Trabalho Versão: 01 Próxima Revisão: 16/10/2016 Elaborado por : Elayne Cristina de Morais Rateke Data da Criação : 18/06/2014 Revisado por : Data de Revisão : Aprovado por : Maria Cláudia Santos da Silva Data de Aprovação : 16/10/2014 Local de guarda do documento: Rede/obelix/ SGQB/dacl/POP Gerais/ POP RG 000.pdf Responsável pelo POP e pela atualização: Setor de Controle de Qualidade Objetivo: Padronizar a elaboração de documentos Setor : Controle de Qualidade Agente ( s): Servidores da Divisão de Análises Clínicas ELABORAÇÃO DE MANUAIS, PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO E INSTRUÇÕES DE TRABALHO: Página 01/14 ospital Universitári � Descrição do objetivo de criação do POP: descrever o motivo pelo qual esse POP foi elaborado. Por exemplo: regras para entrada nos laboratórios de nível de biossegurança 2 (NB2). � Delimitação do campo de aplicação do POP: delimitar em que setores e salas ele deve ser aplicado. � Descrição de conceitos e informações relacionadas aos procedimentos que serão executados. Especialmente se forem procedimentos ana- líticos, devem conter: princípios do teste; aplicação clínica; amostra analisada; padrões, controles, reativos e outros insumos; equipamentos (uso, calibração e manutenção preventiva); passo a passo do ensaio (fase analítica); cálculos, controle da qualidade (externo e interno); interferentes e reações cruzadas; valores de referência; linearidade, limites de detecção e limitações do método; interpretação de resultados e referências utilizadas. Organogramas em análises clínicas10 Fluxo de compras de laboratórios de análises clínicas No mercado de serviços de assistência à saúde, existe uma grande concor- rência com relação aos preços aplicados sobre os produtos. Por isso, para alcançar resultados satisfatórios, algumas empresas investem no aumento da produtividade interna por meio de uma gestão eficiente dos materiais e de economia nas compras de insumos (DIAS, 2015). Segundo Dias (2015), para reduzir custos, as empresas precisam comprar bem. Alguns critérios podem ser utilizados para avaliar se a empresa está comprando bem: verificar prazos de pagamento e recebimento dos produtos; preços; qualidade dos produtos ou serviços; volume adquirido. Especificamente, laboratórios de análises clínicas necessitam de uma grande variedade de insumos e equipamentos, o que acarreta uma grande quantidade de fornecedores. Para os laboratórios, são necessários alguns equipamentos, como: microscópios (para análise de microrganismos); co- lorímetros (dosam a concentração de um elemento conforme a intensidade da cor formada por um composto); analisadores de bioquímica (fornecem as análises bioquímicas das amostras); agitadores (usados para homogeneizar soluções); estufas (para cultivo de células e esterilização de materiais); auto- claves (para esterilizar meios de cultura e materiais com agentes biológicos); cabines de segurança biológica (protegem o trabalhador); entre outros. Entre os insumos, podem ser incluídos: papel higiênico; reagentes para manuten- ção de aparelhos; soluções de lavagem; controles comerciais para testes de controle de qualidade; entre outros. As compras eficientes dependem também do planejamento realizado e das definições estabelecidas, tais como: fornecedor; qualidade do produto; prazo de entrega; estoques existentes. Por se tratar de estabelecimentos de fornecimento de serviços, os laboratórios de análises clínicas precisam considerar alguns aspectos importantes com relação ao planejamento de compras, que diferem do que seria considerado por uma indústria, conforme a seguir (HARLAND, 1997). � Tangibilidade: a indústria produz produtos tangíveis de avaliação do usuário (produtos que podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou cheirados antes da compra), diferentemente do que acontece com a avaliação de serviços que não podem ser avaliados antes de serem realizados. Organogramas em análises clínicas 11 � Características do trabalho: nas indústrias, são utilizadas máquinas, equipamentos e matéria-prima. Nos estabelecimentos de prestação de serviços, são utilizados materiais, mas também mão de obra. � Interação: nas indústrias, a interação maior se dá com os materiais e insumos utilizados na produção. Por outro lado, em estabelecimentos que fornecem serviços, a interação acontece com o próprio cliente. � Potencial de lucro: na indústria, os produtos podem se tornar matéria- -prima e podem ser estocados sem perda de qualidade. Nos serviços, existe um maior potencial de lucro devido à sua intangibilidade. Com relação ao planejamento de compras, os estabelecimentos de for- necimento de serviços devem avaliar a expectativa de demanda futura, o volume de estoque atual, a situação do estoque de caixa para pagamento dos fornecedores, o prazo de entrega, a validade dos produtos, considerando o tempo em que ficarão no estoque. O primeiro passo para as compras é a previsão das vendas ou demanda. Nesse aspecto, também está incluída a análise de volume mínimo do estoque e o giro que esse produto terá. Com isso, deve ser determinada a quantidade de produto a ser comprada (MOREIRA, 2014). Essa projeção pode ser realizada por meio da estatística de vendas em outros períodos ou conforme a situação financeira (crescente ou decrescente). Segundo DIAS (2015), a projeção de demanda pode ser avaliada de três formas: técnicas de projeção (consideram que as vendas devem seguir o mesmo comportamento que tiveram no pas- sado); técnicas que expliquem (através de correlação estatística) as vendas do passado; e através de predileção (funcionários experientes, que conhecem os fatores que influenciam nas vendas, projetam como será a evolução das vendas). No caso, as técnicas de projeção de vendas só podem acontecer se o comportamento do consumidor se mantiver como era no passado (DIAS, 2015). O planejamento de compras baseado na previsão de vendas pode ser realizado conforme a demanda dos clientes, mas deve contar com a rapidez dos fornecedores. Nesse sentido, deve ser considerado o fato de que os forne- cedores podem ter contratempos na entrega de um pedido, atrasar a entrega ou um produto pode estar em falta no mercado. Devido a esses aspectos que as empresas compram e estocam materiais. Atualmente, recomenda-se que a previsão de vendas seja realizada por meio de previsões futuras, utilizando-se de projeções numéricas (estatísticas) das expectativas da empresa em um determinado momento. As opiniões e análises dos profissionais da empresa devem prever o que ocorrerá no futuro do mercado de atuação do estabe- lecimento (GOBE et al., 2007). O Sebrae (2019) orienta que prever as vendas Organogramas em análises clínicas12 durante determinado período é essencial para o planejamento de compras de uma empresa.Esse processo deve seguir os seguintes passos: planejar a data das compras; manter registro de vendas; prever tendências de vendas; acompanhar o estoque; categorizar serviços; definir média de preço por venda; precificar produtos. Gestão de estoques em laboratórios de análises clínicas A gestão dos estoques dos laboratórios de análises clínicas tem por objetivo equilibrar o suprimento e o consumo para atender à demanda, considerando variações que possam acontecer. Essa gestão é necessária, pois não é possível obter insumos somente segundo os desejos do cliente e porque a demanda é incerta, embora seja previsível. Assim, é necessário um volume mínimo nos estoques (MOREIRA, 2014). A organização dos estoques deve ter como objetivos (DIAS, 2015): mostrar o número de itens que devem permanecer estocados; mostrar quando deve ser reabastecido o estoque; determinar o quanto de estoque será necessário para determinado período e a quantidade a ser comprada; acionar o departamento de compras; receber, armazenar e guardar os materiais e produtos recebidos; controlar os estoques com relação à quantidade e ao valor, fornecendo informações sobre a situação do esto- que; retirar do estoque materiais que não são mais utilizados, danificados ou vencidos. As empresas da área da saúde mantêm os estoques com o menor nível possível, pois existe uma grande variedade de produtos, o que torna difícil o acompanhamento do tamanho dos lotes e da reposição, que é mais complexa, além dos altos custos para manter os estoques (MOREIRA, 2014). Processos de produção e fornecimento de serviços de laboratórios de análises clínicas O sistema de gestão da qualidade é fragmentado em etapas mínimas de gestão, que são chamadas de processos. Ao longo do tempo, os processos produtivos e administrativos das empresas evoluíram para mecanismos cada vez mais complexos. Por isso, para garantir a qualidade, eficácia e eficiência, as organizações fragmentaram os processos que apresentam características exclusivas e resultados que podem ser medidos e avaliados. Deve-se consi- derar que cada processo possui entradas e saídas, que permitem a avaliação da qualidade e eficiência de cada etapa e da transformação de insumos em Organogramas em análises clínicas 13 produtos ou serviços (CAMPOS, 2018). Nesse sentido, para se obter sucesso em um sistema de gestão, devem ser definidos todos os processos que com- põem o sistema como um todo, para, assim, facilitar a criação de indicadores e medidas de avaliação (CAMPOS, 2018). Os processos são ações que envolvem desde os requisitos necessários para produção ou serviço até a satisfação dos clientes. Para isso, devem ser definidos quais são os clientes: clientes externos; clientes internos; fornece- dores de materiais e serviços; sócios da empresa; sociedade; meio ambiente. Após a identificação dos clientes, fica mais simples identificar os processos que os influenciam. Classificação de um processo O sistema de gestão deve possuir uma caracterização dos processos da seguinte maneira: todo trabalho é considerado um processo; todo processo deve focar para satisfazer as necessidades do cliente; os responsáveis por cada processo devem ser identificados, envolvidos e comprometidos com as funções; processos que não agregam valor devem ser eliminados; devem ser identificados e controlados os fatores críticos de sucesso de cada pro- cesso; deve-se implementar sistemas de medição, comparação e registro de argumentos pertinentes aos fatores críticos de sucesso; é preciso identificar quais são os processos de referência que podem ser usados para definir as metas das empresas. O conceito de processo é dado pelo conjunto de atividades inter-re- lacionadas, definidas, repetitivas e mensuráveis que podem agregar valor ao transformar entradas em saídas, ou seja, atividades que transformam insumos em produtos com o objetivo de satisfazer os clientes e contemplar a política de uma organização. Organogramas em análises clínicas14 A Figura 4 ilustra a representação do fluxo de processos de uma empresa. Figura 4. Representação de como acontece um fluxo de processos em empresas. Fonte: Adaptada de Campos (2018). Os pontos de controle que podem ser monitorados para medir o desem- penho são: etapa de saída, de processo, de entrada e do processo em si. A entrada corresponde à etapa de planejamento e de coleta de informações do produto que será oferecido, envolvendo os requisitos que o produto deve possuir, tais como (CAMPOS, 2018): requisitos de funcionamento; requisitos de desempenho; requisitos estatutários; requisitos regulamentares aplicáveis; informações vindas de projetos similares; qualquer outro requisito essencial para o projeto. A etapa das atividades corresponde à etapa de desenvolvimento do pro- duto. Significa dividir o projeto em fases definidas para verificar se todos os objetivos de entrada foram atendidos. Cada fase deve ser analisada de forma crítica. Em cada uma dessas fases, poderão acontecer falhas, que devem ser melhoradas e documentadas. Já a etapa de saída corresponde à etapa que engloba a análise para verificar se os critérios de entrada foram atingidos e tem por objetivos: evidenciar se o projeto desenvolvido atingiu as metas de entrada; documentar as informações e a aquisição de cada insumo; documentar informações de produção; documentar informações de prestação de serviços; definir critérios de aceitação de produto; definir e especificar características para o uso seguro do produto; informar detalhes da prestação de serviço. Organogramas em análises clínicas 15 Para isso, existe o ciclo PDCA (plan, do, check, act ou planejar, fazer, verificar, agir), conforme descrito a seguir (CAMPOS, 2018). � Planejar: caracterizar os objetivos do sistema e seus processos, assim como os recursos necessários para obter resultados que este- jam em conformidade com os requisitos dos clientes e as políticas da organização. � Fazer: executar o que foi planejado. � Verificar: monitorar e medir processos, produtos e serviços resultantes dos objetivos e requisitos estabelecidos. � Agir: tomar decisões para melhorar o desempenho dos processos e resultados. Aquisição de produtos e serviços fornecidos externamente Para que produtos ou serviços sejam de qualidade, deve-se levar em conside- ração os fornecedores de produtos e os serviços utilizados para a produção. Para isso, as empresas precisam definir aos fornecedores externos quais são os requisitos, controlá-los e avaliá-los. Para avaliar os fornecedores externos, devem ser estabelecidos critérios por tipo de produto ou serviço fornecido. Um laboratório de análises clínicas deve garantir que seus reagentes e controles sejam de qualidade para que os resultados dos exames transpareçam de forma fidedigna a situação clínica do paciente. A seleção dos fornecedores deve priorizar a qualidade de produtos essenciais para um resultado satisfatório. Essa seleção pode ser realizada conforme os seguintes critérios (CAMPOS, 2018): testar a qualidade do processo, exigindo certificação ISO 9001; testar a qualidade do produto, adquirindo uma amostra e realizando testes; submeter o fornecedor a uma auditoria; testar os produtos durante um período; consultar um histórico de fornecedores e analisar estatisticamente. Após escolher o fornecedor conforme os critérios de qualidade e de ca- racterísticas do produto, deve ser feita uma inspeção criteriosa no produto recebido. Para isso, é importante definir um plano de inspeção para cada material recebido, por exemplo: considerar o tamanho da amostra (qual porcentagem do produto recebido será verificada); o que será inspecionado; critérios de aprovação; quem deve aprovar o material. Essas informações devem ser registradas em locais que possibilitem sua rastreabilidade com: código do material; número do lote; nome do inspetor; número do equipamento de medição utilizado; data; e o resultado. Organogramas em análises clínicas16Segundo a ISO 9001:2015 (CAMPOS, 2018), para fornecer um bom produto ou um bom serviço, as empresas precisam ter uma comunicação com o cliente via e-mail, telefone ou por outras tecnologias. Essa comunicação deve ter por objetivo o envio de informações sobre o produto pela empresa, a compreensão do cliente e a confirmação desse entendimento. Nesse contexto, para oferecer um bom serviço, é necessário que a empresa saiba o que o cliente deseja. É função da empresa solicitar ao cliente informações sobre o que ele tem como expectativa de receber. Para isso, devem ser considerados alguns requisitos do produto, como aspectos técnicos e de prazo de entrega. Além disso, podem acontecer mudanças, como solicitação de alteração de data de entrega pelo cliente, e a empresa tem que estar organizada para isso (CAMPOS, 2018). O registro dessa comunicação deve ser feito e ser facilmente acessível. A ISO 9001 indica que essa comunicação deve ocorrer por meio dos seguintes aspectos (CAMPOS, 2018). � A empresa precisa possuir mecanismos de comunicação de informa- ções para os clientes, seja por uma página na internet com detalhes técnicos e de aceitação do produto ou por catálogos, especificações, bulas, instruções de uso, instruções de instalação e montagem, vídeos demonstrativos, tutoriais, etc. � A empresa deve possuir um meio de tratamento de consultas, contra- tos e pedidos. Geralmente, essa etapa é realizada com atendentes. Atualmente, são utilizadas algumas tecnologias para isso, desde call center em um 0800 até sistemas on-line de atendimento. � A empresa deve possuir um sistema para avaliação fornecida pelo cliente, no qual ele possa dar opinião, crítica ou sugestão de serviços. Dessa forma, a empresa pode contar com uma grande quantidade de informações vindas do cliente. � A empresa precisa possuir também um sistema de reclamações para o cliente. Esse é considerado um ponto essencial para a satisfação do cliente, pois, embora em inúmeras vezes as reclamações sejam improcedentes, deve haver um especialista pronto para solucionar os problemas com o cliente. Os canais de comunicação com o cliente são as melhores maneiras de entender o que o cliente deseja, quais suas necessidades e, assim, fornecer o melhor serviço. Frequentemente, o cliente, ao solicitar um produto ou serviço, fornece alguns detalhes, como a quantidade, o tipo de produto ou serviço e a data desejada. Esses detalhes são chamados requisitos declarados, que são Organogramas em análises clínicas 17 apenas algumas características que devem ser consideradas pelas empresas nos pedidos dos clientes. Os tipos de requisitos que uma instituição deve considerar são os seguintes. � Requisitos declarados pelo cliente: são os pedidos colocados verbal- mente ou descritos no pedido ou contrato. Geralmente, são o tipo do produto, a quantidade, o prazo e a forma de entrega. � Requisitos de pós-venda: normalmente, são ofertados pela empresa e podem ser sobre a garantia do produto, a garantia estendida, o seguro, a revisão, orientações na instalação, etc. � Requisitos não declarados: são as características de um produto não explicitadas pelo cliente, mas que são fundamentais para uso, como, por exemplo, o carregador de bateria de um aparelho celular, o manual do usuário de um veículo, etc. � Requisitos adicionais: além dos requisitos básicos, o fabricante ou fornecedor pode identificar alguns requisitos adicionais. � Requisitos estatutários: são requisitos do produto fornecido que pre- cisam de consulta externa. Os requisitos estatutários e regulamentares são aqueles regulamentados por leis ou normas seguidas pelo fabricante ou pelo prestador de serviço. Um laboratório que fornece exames clínicos deve, mesmo que o cliente não solicite, respeitar as regras estabelecidas pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde. Controle de produção e prestação de serviço As empresas devem implementar métodos planejados em estágios específicos para verificar se os requisitos estabelecidos pelos produtos ou serviços foram atingidos. Os produtos e serviços não podem ser liberados para os clientes até que essas etapas de controle sejam cumpridas e documentadas. Como nos estabelecimentos da saúde os serviços somente podem ser controlados durante o processo e depois de entregues, todas as medidas de controle de- Organogramas em análises clínicas18 vem ser documentadas. O controle de liberação de produtos e serviços deve ser documentado e incluir a identificação e os processos de rastreabilidade (CAMPOS, 2018). A identificação significa acompanhar o serviço durante sua realização, identificando cada uma das suas etapas (pré-analítica, analítica e pós-analítica). A rastreabilidade, por sua vez, indica a capacidade de deixar rastros ou pistas, ou seja, permite que se encontre a etapa da produção de um serviço em que está ocorrendo uma não conformidade. Nesse sentido, só pode ser rastreado o que é identificado. A ISO (CAMPOS, 2018) exige que o fornecimento de produtos e serviços seja realizado de forma a permitir total domínio sobre os processos, que devem ser desenvolvidos sob condições controladas. Para que o oferecimento de produtos tenha uma condição controlada, é preciso seguir os seguintes critérios (CAMPOS, 2018). � Possuir e disponibilizar as características dos produtos ou serviços, sendo que essas características podem ser desenhos, especificações técnicas ou descrições dos produtos. � Possuir instruções de trabalho quando necessário, com o objetivo de manter o processo mais estável e confiável. � Utilizar equipamentos adequados, ou seja, utilizar equipamentos em perfeitas condições de uso e para a finalidade a que se destinam. � Além de ter os equipamentos adequados, os processos devem ser medidos e monitorados e seus dados registrados. � Devem ser previstas atividades de liberação entre uma etapa e outra do processo para garantir o isolamento das não conformidades. Nesse sentido, a eficiência e aceitação de um serviço pelo consumidor é mensurada pela avaliação da qualidade. Especialmente na área da saúde, as técnicas de controle e melhoria da qualidade são utilizadas para avaliar condições de infraestrutura, equipamentos e recursos humanos. A qualidade em serviços da saúde envolve os três parâmetros a seguir (BÁO et al., 2019). 1. Estrutura: envolve aspectos físicos, recursos materiais, humanos, financeiros, tecnológicos e organizacionais. 2. Processo: relacionado à assistência prestada, avalia se são seguidos os padrões estabelecidos pelos órgãos de saúde. 3. Resultados: envolvem as consequências positivas ou negativas da estrutura e dos processos, sendo validadas pelos profissionais, pelo cliente e pelo gestor. Organogramas em análises clínicas 19 Adicionalmente, a qualidade deve ser avaliada em aspectos de efetividade e eficiência relacionados à assistência, melhora nos processos, diminuição dos riscos, infraestrutura e aos custos. Nos serviços de assistência à saúde, a qualidade está direcionada para superar e atender às demandas dos clientes (SILVA; SILVA; PEREIRA, 2016). Como os estabelecimentos da saúde oferecem serviços a pacientes em situação de vulnerabilidade, devem garantir um serviço de qualidade, com ações efetivas. Conforme os especialistas destacam, para garantir que os processos sejam efetivos, deve-se investir no treinamento dos profissionais, otimizar recursos e organizar os processos por métodos bem estabelecidos, além de realizar um controle rigoroso. Referências BÁO, A. C. P. et al. Indicadores de qualidade: ferramentas para o gerenciamento de boas práticas em saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, n. 2, p. 377–384, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v72n2/pt_0034-7167-reben-72-02-0360. pdf. Acesso em: 16 jan. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Biossegurança em unidades hemoterápicas e laboratórios de saúde pública. 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