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DP AVA 2 - Luciana da Silva Pereira 1210302923

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Tecnólogo em Segurança do Trabalho
Luciana da Silva Pereira – 1210302923
DIREITO PATRIMONIAL
AVA 2 - Responsabilidade do Incorporador, Construtor e Empreiteiro na Construção Civil
De acordo com o parágrafo único do artigo 28 da Lei nº 4.591/1964, considera-se incorporação imobiliária “a atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção, para alienação total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de unidades autônomas” (BRASIL, 1964). E seu artigo 29, a mesma lei define incorporador como “a pessoa física ou jurídica, comerciante ou não que, embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terrenos, objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção, sob o regime condominial, ou que meramente aceite proposta para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, a certo prazo, preço e determinadas condições, das obras concluídas”.
O construtor é aquele que constrói.
um incorporador contrata um construtor para realizar a edificação de seu empreendimento, o que faz é estender a sua obrigação, passando a dividi-la com o segundo a responsabilidade pela construção, e se fazendo substituir na execução de sua tarefa, será́ responsável, juntamente com o substituto pelos danos que decorram da obra, sejam de caráter econômico ou não. É a responsabilidade solidária disposta no artigo 942 do Novo Código Civil, onde diz que “0s bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.” (Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as pessoas designadas no art. 932.)
Um bom exemplo de responsabilização de construtor é o caso nacionalmente conhecido do Palace-II, que, de acordo com Sergio Cavalieri Filho, “no dia 22 de fevereiro de 1997 um prédio de 22 andares, completamente habitado, desmoronou em plena madrugada em um dos bairros residenciais mais nobres do Rio de Janeiro. Além de uma dezena de vítimas fatais, que ficaram soterradas por vários dias até que o restante do prédio fosse demolido, o acidente deixou dezenas de famílias ao relento. Antes, famílias bem alojadas e de situação econômica estável; depois, por terem perdido tudo, não tinham onde alojar seus filhos e nem o que vestir” (2009, p. 344).
O empreiteiro é aquele que faz obra de empreitada, sendo empreitada aquela obra que fica sob a responsabilidade de outrem; trabalho cujo preço, previamente ajustado, é pago de uma só vez.
A principal obrigação do empreiteiro é executar a obra, da maneira que foi contratada, portanto, o construtor tem uma obrigação de resultado, entendendo-se como aquela em que o devedor assumiu a responsabilização pelo resultado certo e determinado. Tal obrigação difere da obrigação de meio, ou seja, o devedor apenas se obriga a colocar sua habilidade técnica, prudência e diligência, para atingir o resultado.
O Código de Defesa do Consumidor nos traz dois conceitos jurídicos de vício, que são os aparentes e os ocultos. Como o nome já diz, o vício aparente é aquele que pode ser facilmente constatado por qualquer pessoa, independentemente do conhecimento técnico que ela possua. Exemplo disso pode ser o caso de imóvel que é entregue com paredes rachadas e pisos quebrados; neste caso, não é necessário o estudo de um engenheiro para comprovar que há vícios no imóvel.
Já o vício oculto é aquele que está presente na coisa, mas que somente se manifestará depois de algum tempo de uso ou, muitas vezes, somente mediante uma avaliação de um profissional qualificado para tanto, como um engenheiro ou arquiteto
É importante destacar que, no caso de vícios aparentes, a responsabilidade recai sobre o construtor do imóvel, enquanto nos casos de vícios ocultos, a responsabilidade é do incorporador. 
Dessa forma, os inúmeros instrumentos jurídicos de proteção ao consumidor, previstos no Código de Defesa do Consumidor, como inversão do ônus da prova, aplicação do sistema de cláusulas abusivas, entre outras, são perfeitamente aplicáveis. Assim, visualizada a relação de consumo, a vinculação do construtor ou empreiteiro ao incorporador, será de responsabilidade civil solidária.
Fontes: 
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-responsabilidade-civil-do-incorporador/156543501
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/responsabilidade-civil-do-empreiteiro-construtor-e-incorporador/
Niterói/RJ, 17 DE junho de 2023

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