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Relatorio TFG - Definitivo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
DISCIPLINA: TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO 
Coordenador: Giovana Paiva 
 
 
 
CENTRO EDUCACIONAL ALFA 
 
 
Autor: Alexandre Pereira Vieira 
Orientador: Ronald De Góes 
 
 
 
 
 
 
Natal – RN 
Junho/2001 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 1 
 
REFERENCIAL TEÓRICO CONCEITUAL 3 
 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 4 
 Do período Jesuítico aos dias atuais 4 
 ESTUDO DE CASOS 20 
 Considerações iniciais 20 
 Colégio 7 de Setembro – Fortaleza 22 
 Acadêmia Fortaleza – Fortaleza 23 
 Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte – Mossoró 25 
 
METODOLOGIA 31 
 
MEMORIAL JUSTIFICATIVO 34 
 Justificativa para escolha do tema 35 
 Localização e delimitação da área de estudo 35 
 
MEMORIAL DESCRITIVO 39 
 PROPOSTA 40 
 Programação 40 
 Funcionalidade e habitabilidade 40 
 Flexibilidade 40 
 Simplicidade construtiva 40 
 CLIENTELA 41 
 ESTRUTURA FUNCIONAL DO PRÉDIO ESCOLAR 43 
 Considerações gerais sobre os diversos agrupamentos 43 
 Direção/administração 43 
 Apoio pedagógico 44 
 Vivência 44 
 Serviços gerais 45 
 
 PROGRAMA DE NECESSIDADES 47 
 HISTOGRAMAS E MATRIZ 51 
 Histograma geral 51 
 Fluxograma geral 52 
 Diagrama de distribuiição e fluxos 53 
 Histograma Administração e Apoio ao estudante 54 
 Histograma Apoio Pedagógico 55 
 Histograma Apoio Técnico e Vivência 56 
 Matriz de inter-relações 57 
 IMPLANTAÇÃO 58 
 PARTIDO ARQUITETÔNICO 62 
 SISTEMA ESTRUTURAL 66 
 MOBILIÁRIO ESCOLAR 68 
 ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS 71 
 NORMAS DO CORPO DE BOMBEIROS 73 
 CÁLCULO DO VOLUME DAS CAIXAS D’AGUA 73 
 
ILUSTRAÇÕES 74 
 PERSPECTIVA GERAL DO PROJETO 75 
 PLANTA-BAIXA E IMPLANTAÇÃO 76 
 COBERTURA E IMPLANTAÇÃO 77 
 
CRÉDITO DAS FOTOS E ILUSTRAÇÕES 78 
BIBLIOGRAFIA 79 
 
ANEXOS 80 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 O presente trabalho trata-se de um relatório para o anteprojeto de uma Escola de 
ensino infantil, fundamental e médio, na cidade de Mossoró – RN desenvolvido durante o 
ano de 2001 na disciplina Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e 
Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, tendo como autor, o aluno 
graduando Alexandre Pereira Vieira e orientador, o professor e arquiteto, Ronald de Góes. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus; 
A meus país pelo carinho, formação, incentivo moral e material sem a qual este 
trabalho não teria sido realizado; 
Ao amigo e orientador, professor e arquiteto Ronald de Góes, pela competência, 
profissionalismo, incentivo e amizade; 
A toda minha família que acreditam neste sonho em especial a meu tio Pedro, 
antes de tudo um amigo; 
Aos amigos que caminharam juntos esta jornada, em especial, Roberto, 
Lindeberg, Elierton, Geová, Jacira, Antônio Helder e Rodrigo; 
A ken e Loriana Stucky, por acreditarem e incentivarem a realização desse 
trabalho; 
Meu agradecimento especial vai para Zilma, Zuleide, Irmã Zelândia e Irmã Dulcina, 
educadoras tão importantes na minha vida; 
E a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram com minha formação 
pessoal. 
 
 
“A gratidão é a memória do coração” 
Antistenes 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
O Centro Educacional Alfa é uma entidade sem fins lucrativos e de direito privado, 
fundada em Mossoró no ano 2000. Uma empresa interessada na educação e no 
desenvolvimento significativo do homem e conseqüentemente da sociedade. Isso, 
através do ensino e construção de conhecimentos científicos e dos valores sociais e 
espirituais. 
Com objetivos e metas bem estabelecidos, o Alfa caminha rumo à concretização 
dos seus alvos, no ousado desejo de ser um dia, um dos maiores e melhores centros de 
Educação na cidade de Mossoró. Como pessoa jurídica, se encontra em processo de 
reconhecimento junto aos órgãos competentes da educação do Estado do Rio Grande do 
Norte. Está situado, provisoriamente, à rua Martins Júnior, 288 no Planalto 13 de maio 
na referida cidade, mas com projeção futurística para a construção de um campus 
avançado e moderno. Funcionando, inicialmente, em um expediente matutino, 
oferecendo educação infantil, e conta até o momento com o pré-escolar e as duas 
primeiras séries do ensino fundamental. Atua, hoje, com sete funcionários remunerados 
e vários voluntários. Pessoas que acreditam e investem no futuro deste sonho. 
 Sua proposta pedagógica chama a atenção pela ênfase dada à pessoa e à 
sociedade. Considerando o homem como ser ativo no meio. Capaz de recriar e criar, 
numa constante troca. Isso, sem ignorar a importância dos conhecimentos científicos, 
sem reduzir conteúdos e nem deixar de apresentar suas novidades. O Alfa acredita na 
educação do homem como um todo, ou seja, físico, intelectual e espiritual, entendendo 
desta forma que, assim se pode tocar a sociedade, para o melhor. Trabalhando com 
qualidade, e apostando em áreas como: O ensino religioso (essencialmente bíblico), a 
música, língua estrangeira e artes. 
 Com seus valores bem definidos e a coragem para enfrentar o amanhã, o Alfa 
trabalha. Aprimorando cada vez mais sua metodologia, considerando os valores e 
observando sua filosofia. Ele avança, passo a passo, confiando que, com dignidade, 
seriedade e compromisso, o Centro Educacional Alfa figurará, num futuro breve, como 
um referencial na educação mossoroense. 
 
Nossa contribuição como profissional neste processo, consiste na elaboração de um 
anteprojeto para as futuras instalações do Centro Educacional Alfa. 
Nosso primeiro passo neste procedimento foi a elaboração de um referencial teórico 
conceitual, destacando visitas a instituições educacionais na cidade de Mossoró e 
Fortaleza. Nosso objetivo nesta primeira etapa foi a aquisição de conhecimentos teórico 
principalmente no que diz respeito as soluções arquitetônicas adotadas por estas diversas 
instituições. Destacamos ainda a elaboração de um referencial bibliográfico indispensável 
a elaboração deste tema e a consulta e análise de projetos em literaturas específicas. 
Numa etapa posterior definimos o programa de necessidades matriz de relacionamento e 
diagramas correspondentes ao nosso tema 
Por último, partimos para elaboração de estudos preliminares e finalmente para 
elaboração de anteprojeto e sua memória descritiva relacionando as diversas 
características e soluções adotadas nesta proposta. 
 
REFERENCIAL TEÓRICO CONCEITUAL 
 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
 
PERÍODO JESUÍTICO (1549 - 1759) 
A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de 
discípulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos catequéticos, em 
função da Reforma Protestante e a expansão do luteranismo na Europa. 
Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 
juntamente com o primeiro governador-geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre 
Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar 
brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 
21 anos. Irmão Vicente tornou-se o primeiro professor nos moldes europeus e durante 
mais de 50 anos dedicou-se ao ensino e a propagação da fé religiosa. 
No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho 
educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que 
soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu-se para o sul e em 
1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução 
elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) 
e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia). 
Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por 
Inácio de Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum, chamado abreviadamente de Ratio 
Studiorum. Os jesuítas não se limitaramao ensino das primeiras letras; além do curso 
elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o 
curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. 
No curso de Letras estudava-se Gramática Latina, Humanidades e Retórica; e no curso 
de Filosofia estudava-se Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e 
Naturais. Os que pretendiam seguir as profissões liberais iam estudar na Europa, na 
Universidade de Coimbra, em Portugal, a mais famosa no campo das ciências jurídicas e 
teológicas, e na Universidade de Montpellier, na França, a mais procurada na área da 
medicina. 
Com a descoberta os índios ficaram à mercê dos interesses alienígenas: as 
cidades desejavam integrá-los ao processo colonizador; os jesuítas desejavam convertê-
los ao cristianismo e aos valores europeus; os colonos estavam interessados em usá-los 
como escravos. Os jesuítas então pensaram em afastar os índios dos interesses dos 
colonizadores e criaram as reduções ou missões, no interior do território. Nestas Missões, 
os índios, além de passarem pelo processo de catequização, também são orientados ao 
trabalho agrícola, que garantiam aos jesuítas uma de suas fontes de renda. 
As Missões acabaram por transformar os índios nômades em sedentários, o que 
contribuiu decisivamente para facilitar a captura deles pelos colonos, que conseguem, às 
vezes, capturar tribos inteiras nestas Missões. 
Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante 
duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas 
por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de 
Portugal de 1750 a 1777. No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 
missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras 
letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A 
educação brasileira, com isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já 
implantado e consolidado como modelo educacional. 
 
PERÍODO POMBALINO (1760 - 1807) 
Com a expulsão saíram do Brasil 124 jesuítas da Bahia, 53 de Pernambuco, 199 
do Rio de Janeiro e 133 do Pará. Com eles levaram também a organização monolítica 
baseada no Ratio Studiorum. 
Pouca coisa restou de prática educativa no Brasil. Continuaram a funcionar o 
Seminário episcospal, no Pará, e os Seminários de São José e São Pedro, que não se 
encontravam sob a jurisdição jesuítica; a Escola de Artes e Edificações Militares, na 
Bahia; e a Escola de Artilharia, no Rio de Janeiro. 
Os jesuítas foram expulsos das colônias por Sebastião José de Carvalho e Melo, o 
Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, em função de radicais 
diferenças de objetivos. Enquanto os jesuítas preocupavam-se com o proselitismo e o 
noviciado, Pombal pensava em reerguer Portugal da decadência que se encontrava 
diante de outras potências européias da época. A educação jesuítica não convinha aos 
interesses comerciais emanados por Pombal. Ou seja, se as escolas da Companhia de 
Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé, Pombal pensou em organizar a 
escola para servir aos interesses do Estado. 
De todo esse período sobressaíram-se a criação, no Rio de Janeiro, de um curso 
de estudos literários e teológicos, em julho de 1776, e do Seminário de Olinda, em 1798, 
por Dom Azeredo Coutinho, governador interino e bispo de Pernambuco. O Seminário de 
Olinda 
O resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX (anos 
1800...), a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesuítico 
foi desmantelado e nada que pudesse chegar próximo deles foi organizado para dar 
continuidade a um trabalho de educação. 
Esta situação somente sofreu uma mudança com a chegada da família real ao 
Brasil em 1808. 
 
PERÍODO JOANINO (1808 - 1821) 
Em 1808 é fundado uma escola de educação, onde se ensinavam as línguas 
portuguesa e francesa, Retórica, Aritmética, Desenho e Pintura. O Imperador D. João VI 
funda a nossa primeira biblioteca, desfazendo-se de seus próprios livros (60.000 
volumes). É criada neste mesmo ano a Academia Militar. 
 Depois de alguns anos A biblioteca real é franqueada a população, torna-se então, 
nossa primeira biblioteca pública. Em 1816 é criada a Escola Real de Ciências, Artes e 
Ofícios. Em 1818 surge um curso de desenho com o objetivo de "beneficiar muitos 
ramos da indústria". É criado também o Museu Nacional no Rio de Janeiro. 
A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios muda para Real Academia de Pintura, 
Escultura e Arquitetura Civil e depois para Academia de Artes no ano de 1820. 
 
PERÍODO IMPERIAL (1821 - 1889) 
Em 1820 o povo português mostra-se descontente com a demora do retorno da 
Família Real e inicia a Revolução Constitucionalista, na cidade do Porto. Isto apressa a 
volta de D. João VI a Portugal em 1821. Em 1822, a 7 de setembro, seu filho D. Pedro I 
declara a Independência do Brasil e, inspirada na Constituição francesa, de cunho liberal, 
em 1824 é outorgada a primeira Constituição brasileira. O Art. 179 desta Lei Magna dizia 
que a "instrução primária e gratuita para todos os cidadãos". 
Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores institui-se o Método 
Lancaster, ou do "ensino mútuo", onde um aluno treinado (decurião) ensina um grupo de 
dez alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor. 
Em 1826 um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas 
primárias), Liceus, Ginásios e Academias. E, em 1827 um projeto de lei propõe a criação 
de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de 
professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas. 
Em 1834 o Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser 
responsáveis pela administração do ensino primário e secundário. Graças a isso, em 
1835, surge a primeira escola normal do país em Niterói. Se houve intenção de bons 
resultados não foi o que aconteceu, já que, pelas dimensões do país, a educação 
brasileira se perdeu mais uma vez, obtendo resultados insatisfatórios. Em 1880 o Ministro 
Paulino de Souza lamenta o abandono da educação no Brasil, em seu relatório à Câmara. 
Em 1882 Ruy Barbosa sugere a liberdade do ensino, o ensino laico e a obrigatoriedade 
de instrução, obedecendo as normas emanadas pela Maçonaria Internacional. 
Em 1837, onde funcionava o Seminário de São Joaquim, na cidade do Rio de 
Janeiro, é criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico 
para o curso secundário. Efetivamente O Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até 
o fim do Império para atingir tal objetivo. 
Até a Proclamação da República, em 1889 praticamente nada se fez de concreto 
pela educação brasileira. 
 
PERÍODO DA PRIMEIRA REPÚBLICA 1889 – 1930 
A República proclamada adota o modelo político americano baseado no sistema 
presidencialista. Na organização escolar percebe-se influência da filosofia positivista. 
A Reforma de Benjamin Constant tinha como princípios orientadores a liberdade 
e laicidade do ensino, como também a gratuidade da escola primária. Estes princípios 
seguiam a orientação do que estava estipulado na Constituição brasileira. 
Uma das intenções desta Reforma era transformar o ensino em formador de 
alunos para os cursos superiores e não apenas preparador. Outra intenção era substituir 
a predominância literária pela científica. 
Esta Reforma foi bastante criticada: pelos positivistas, já que não respeitava os 
princípios pedagógicos de Comte; pelos que defendiam a predominância literária, já que o 
que ocorreu foi o acréscimo de matérias científicas às tradicionais, tornando o ensino 
enciclopédico. 
É importante saber que o percentual de analfabetos no ano de 1900, segundo o 
Anuário Estatísticodo Brasil, do Instituto Nacional de Estatística, era de 75%. 
O Código Epitácio Pessoa, de 1901, inclui a lógica entre as matérias e retira a 
biologia, a sociologia e a moral, acentuando, assim, a parte literária em detrimento da 
científica. 
A Reforma Rivadávia Correa, de 1911, pretendeu que o curso secundário se 
tornasse formador do cidadão e não como simples promotor a um nível seguinte. 
Retomando a orientação positivista, prega a liberdade de ensino, entendendo-se como a 
possibilidade de oferta de ensino que não seja por escolas oficiais, e de freqüência. Além 
disso prega ainda a abolição do diploma em troca de um certificado de assistência e 
aproveitamento e transfere os exames de admissão ao ensino superior para as 
faculdades. Os resultados desta Reforma foram desastrosos para a educação brasileira. 
A Reforma de Carlos Maximiliano, em 1915, surge em função de se concluir que 
a Reforma de Rivadávia Correa não poderia continuar. Esta reforma reoficializa o ensino 
no Brasil. 
Num período complexo da História do Brasil surge a Reforma João Luiz Alves 
que introduz a cadeira de Moral; e Cívica com a intenção de tentar combater os protestos 
estudantis contra o governo do presidente Arthur Bernardes. 
A década de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo de 
mudança das características políticas brasileiras. Foi nesta década que ocorreu o 
Movimento dos 18 do Forte (1922), a Semana de Arte Moderna (1922), a fundação do 
Partido Comunista (1922), a Revolta Tenentista (1924) e a Coluna Prestes (1924 a 1927). 
Além disso, no que se refere à educação, forma realizadas diversas reformas de 
abrangência estadual, como a de Lourenço Filho, no Ceará, em 1923, a de Anísio 
Teixeira, na Bahia, em 1925, a de Francisco Campos e Mário Casassanta, em Minas, em 
1927, a de Fernando de Azevedo, no Distrito Federal (atual Rio de Janeiro), em 1928 e a 
de Carneiro Leão, em Pernambuco, em 1928. 
O clima desta década propiciou a tomada do poder por Getúlio Vargas, candidato 
derrotado nas eleições por Julio Prestes, em 1930. 
A característica tipicamente agrária do país e as correlações de forças políticas 
vão sofrer mudanças nos anos seguintes o que trará repercussões na organização 
escolar brasileira. A ênfase literária e clássica de nossa educação tem seus dias 
contados. 
 
PERÍODO DA SEGUNDA REPÚBLICA (1930 - 1937) 
A década de 1920, marcada pelo confronto de idéias entre correntes divergentes, 
influenciadas pelos movimentos europeus, culminou com a crise econômica mundial de 
1929. Esta crise repercutiu diretamente sobre as forças produtoras rurais que perderam 
do governo os subsídios que garantiam a produção. A Revolução de 30 foi o marco 
referencial para a entrada do Brasil no mundo capitalista de produção. A acumulação de 
capital, do período anterior, permitiu com que o Brasil pudesse investir no mercado interno 
e na produção industrial. 
A nova realidade brasileira passou a exigir uma mão-de-obra especializada e para 
tal era preciso investir na educação. Sendo assim, em 1930, foi criado o Ministério da 
Educação e Saúde Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona decretos 
organizando o ensino secundário e as universidades brasileiras ainda inexistentes. Estes 
Decretos ficaram conhecidos como "Reforma Francisco Campos": 
O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educação e os 
Conselhos Estaduais de Educação (que só vão começar a funcionar em 1934). 
O Decreto 19.851, de 11 de abril, institui o Estatuto das Universidades Brasileiras que 
dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil e adota o regime universitário. 
O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispõe sobre a organização da Universidade do Rio de 
Janeiro. 
O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispõe sobre a organização do ensino secundário. 
O Decreto 20.158, de 30 de julho, organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão 
de contador e dá outras providências. 
O Decreto 21.241, de 14 de abril, consolida as disposições sobre o ensino secundário. 
Em 1932 um grupo de educadores lança à nação o Manifesto dos Pioneiros da 
Educação Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados 
educadores da época. 
O Governo Provisório foi marcado por uma série de instabilidades, principalmente 
para exigir uma nova Constituição para o país. Em 1932 eclode a Revolução 
Constitucionalista de São Paulo. 
Em 1934 a nova Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, 
que a educação é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes 
Públicos. 
Ainda em 1934, por iniciativa do governador Armando Salles Oliveira, foi criada a 
Universidade de São Paulo. A primeira a ser criada e organizada segundo as normas do 
Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931. 
Em função da instabilidade política deste período, Getúlio Vargas, num golpe de 
estado, instala o Estado Novo e proclama uma nova Constituição, também conhecida 
como "Polaca". 
 
PERÍODO DO ESTADO NOVO (1937 – 1945) 
Refletindo tendências fascistas é outorgada uma nova Constituição em 10 de 
novembro de 1937. A orientação político-educacional para o mundo capitalista fica bem 
explícita em seu texto sugerindo a preparação de um maior contigente de mão-de-obra 
para as novas atividades abertas pelo mercado. Neste sentido a nova Constituição 
enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. 
Por outro lado propõe que a arte, a ciência e o ensino sejam livres à iniciativa 
individual e à associação ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o 
dever da educação. Mantém ainda a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário 
Também dispõe como obrigatório o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas 
normais, primárias e secundárias. 
No contexto político o estabelecimento do Estado Novo, segundo Otaíza 
Romanelli, faz com que as discussões sobre as questões da educação, profundamente 
rica no período anterior, entre "numa espécie de hibernação"(1993: 153). As conquistas 
do movimento renovador, influenciando a Constituição de 1934, foram enfraquecidas 
nesta nova Constituição de 1937. Marca uma distinção entre o trabalho intelectual, para 
as classes mais favorecidas, e o trabalho manual, enfatizando o ensino profissional para 
as classes mais desfavorecidas. Ainda assim é criada a União Nacional dos Estudantes 
- UNE e o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos - INEP. 
Em 1942, por iniciativa do Ministro Gustavo Capanema, são reformados alguns 
ramos do ensino. Estas Reformas receberam o nome de Leis Orgânicas do Ensino, e 
são compostas pelas seguintes Decretos-lei, durante o Estado Novo: 
O Decreto-lei 4.048, de 22 de janeiro, cria o Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial - SENAI. 
O Decreto-lei 4.073, de 30 de janeiro, regulamenta o ensino industrial. 
O Decreto-lei 4.244, de 9 de abril, regulamenta o ensino secundário. 
O Decreto-lei 4.481, de 16 de julho, dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos 
industriais empregarem um total de 8% correspondente ao número de operários e 
matriculá-los nas escolas do SENAI. 
O Decreto-lei 4.436, de 7 de novembro, amplia o âmbito do SENAI, atingindo também o 
setor de transportes, das comunicações e da pesca. 
O Decreto-lei 4.984, de 21 de novembro, compele que as empresas oficiais com mais de 
cem empregados a manter, por conta própria, uma escola de aprendizagem destinada à 
formação profissional de seus aprendizes. 
O ensino ficou composto, neste período, por cinco anos de curso primário, quatro 
de curso ginasial e três de colegial, podendo ser na modalidade clássico ou científico. O 
ensino colegial perdeu o seu caráter propedêutico, de preparatório para o ensino superior, 
e passou a preocupar-se mais com a formação geral. Apesar desta divisão do ensino 
secundário, entre clássico e científico, a predominância recaiu sobre o científico, reunindocerca de 90% dos alunos do colegial (Piletti, 1996: 90). 
Ainda no espírito da Reforma Capanema é baixado o Decreto-lei 6.141, de 28 de 
dezembro de 1943, regulamentando o ensino comercial (observação: o Serviço 
Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC só é criado em 1946, após, portanto o 
Período do Estado Novo). 
Em 1944 começa a ser publicada a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 
órgão de divulgação do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos - INEP. 
 
PERÍODO DA NOVA REPÚBLICA (1946 - 1963) 
Em 1946, a nova Constituição determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino 
primário e dá competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação 
nacional. Volta a figurar na Constituição que "a educação é direito de todos". Tendo 
como Ministro da Educação Raul Leitão da Cunha, são baixados os seguintes Decretos-
lei: 
Decreto-lei 8.529, de 2 de janeiro, regulamenta o ensino primário. 
Decreto-lei 8.530, de 2 de janeiro, regulamenta o ensino normal. 
Decretos-lei 8.621 e 8.622, de 10 de janeiro, criam o Serviço Nacional de Aprendizagem 
Comercial - SENAC. 
Decreto-lei 9.613, de 20 de agosto, regulamenta o ensino agrícola. 
Em 1948 o governo, através do Ministro Clemente Mariani, encaminha ao 
Congresso Nacional o projeto de Lei de Diretrizes e Bases para a educação nacional. 
Algumas 
Em 1953, com a criação do Ministério da Saúde, o Ministério da Educação e 
Saúde Pública passa a se chamar Ministério da Educação e Cultura. É também, neste 
mesmo ano, criado o Comitê Brasileiro da Organização Mundial de Educação Pré-Escolar 
- OMEP. São criadas, em 1954, as Inspetorias Seccionais do Ministério da Educação. 
Em 1955, o Deputado Carlos Lacerda apresenta seu primeiro substitutivo ao projeto de 
Lei para Diretrizes e Bases da educação nacional. Em 1957, o ministro Clóvis Salgado 
altera o projeto original da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e envia para o 
Congresso Nacional o Substitutivo no 2.222. 
A Emenda Carlos Lacerda (seu terceiro substitutivo) prevalece sobre o texto das 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, alterando substancialmente a pujança do 
projeto original. Cento e oitenta educadores lançam um manifesto à nação, solicitando ao 
governo que o projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional fosse rejeitado. 
Em 1961, Depois de treze anos de discussões é promulgada a Lei 4.024, que 
regulamenta as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O presidente João Goulart 
ainda vetou 25 artigos que posteriormente receberam aprovação pelo Congresso. É 
criado o Conselho Federal de Educação em 1962, cumprindo o artigo 9º da Lei de 
Diretrizes e Bases. Este substitui o Conselho Nacional de Educação. São criados também 
os Conselhos Estaduais de Educação. Neste mesmo ano, é criado o Plano Nacional de 
Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e 
Cultura, inspirado no Método Paulo Freire. 
 
PERÍODO DO REGIME MILITAR (1964 - 1985) 
O período do Regime militar inicia-se em 1964 com o golpe de 64, segundo a 
Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação e Cultura, de cada mil 
(1000) alunos que entraram na 1ª série no ano de 1963, quatrocentos e quarenta e nove 
(449) passam para a 2ª série do 1º grau. Ainda no governo do Presidente João Goulart, é 
criado o Plano Nacional de Alfabetização - PNA, e extinto quatro meses depois, após o 
golpe militar. A ditadura militar coloca na ilegalidade a União Nacional dos Estudantes - 
UNE e cria os Diretórios Acadêmicos - DAs, restrito a cada curso, e o Diretório Central 
dos Estudantes - DCE, no âmbito da universidade. Assim é eliminada a representação a 
nível nacional bem como qualquer tentativa de ação política. O lema da ditadura é 
"estudante é para estudar; trabalhador para trabalhar". O Serviço de Assistência ao 
Menor - SAM é extinto e criado em seu lugar a Fundação Nacional do Bem-Estar do 
Menor - FUNABEM, vinculada diretamente à Presidência da República, com o objetivo de 
atender aos ditos menores carentes. Acordo Ministério da Educação e Cultura - 
MEC/United States Agency International for Development - USAID para 
Aperfeiçoamento do Ensino Primário. Visava a contratação de 6 assessores americanos 
por dois anos. A Lei 4.440 institui o salário-educação, provenientes de recursos das 
empresas. 
Em 1965, segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação 
e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1ª série no ano de 1963, trezentos e 
treze (313) passam para a 3a série do 1º grau. Acordo Ministério de Educação e Cultura - 
MEC/Conselho de Cooperação Técnica da Aliança para o Progresso - CONTAP/United 
States Agency International for Development - USAID para melhoria do ensino médio. 
Previa assessoria técnica americana para o planejamento do ensino e treinamento de 
técnicos brasileiros nos Estados Unidos. Acordo Ministério de Educação e Cultura - 
MEC/United States Agency International for Development - USAID para dar 
continuidade e suplementar com recursos e pessoal o primeiro acordo para o ensino 
primário. O decreto-lei 55.551 estende o salário-educação a todos os empregados 
públicos e privados. No ano de 1965 ainda, o educador Paulo Freire escreve o livro 
"Educação como Prática da Liberdade". 
Em 1966, segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação 
e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1ª série no ano de 1963, duzentos e 
quarenta e cinco (245) passam para a 4ª série do 1º grau. É promulgado o decreto-lei n.º 
53 objetivando a reforma universitária, caracterizando-a como instituição de ensino e 
pesquisa. Determina ainda que sejam feitas na universidade mudanças de organização, a 
fim de se evitar desperdícios de recursos. É organizado o Projeto Rondon a partir do I 
Seminário de Educação e Segurança Nacional, promovido conjuntamente pela 
Universidade do Estado da Guanabara e a Escola de Comando e Estado Maior do 
Exército. Neste ano ainda são firmado uma série de acordos: 
Ministério da Agricultura/Conselho de Cooperação Técnica da Aliança para o Progresso - 
CONTAP/United States Agency International for Development - USAID para treinamento 
de técnicos rurais. 
MEC/CONTAP/USAID de Assessoria para a expansão e aperfeiçoamento do quadro de 
professores de ensino médio no Brasil. 
MEC/USAID de assessoria para modernização administrativa universitária. 
MEC/INEP/CONTAP/USAID sob a forma de termo aditivo aos acordos anteriores para 
aperfeiçoamento do ensino primário. 
MEC/SUDENE/CONTAP/USAID para criação de um Centro de Treinamento Educacional 
em Pernambuco. 
Os estudantes, então, realizam um protesto geral contra os acordos MEC/USAID. 
O Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio 
de Janeiro é o primeiro curso de pós-graduação em educação do Brasil. 
Seguem as estatísticas, em 1967, segundo a Secretaria de Educação e Cultura, 
do Ministério de Educação e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1ª série no 
ano de 1963, cento e sessenta e cinco (165) passam para a 5ª série do 1º grau. 
Novamente uma série de acordos é firmado pelo MEC 
MEC/Sindicato Nacional dos Editores de Livros - SNEL/CONTAP/USAID de cooperação 
para publicações técnicas, científicas e educacionais. 
MEC/USAID de reformulação do primeiro acordo de assessoria à modernização das 
universidades, sendo substituído por assessoria do Planejamento do Ensino Superior. 
MEC/CONTAP/USAID de cooperação para a continuidade do primeiro acordo relativo à 
orientação vocacional e treinamento de técnicos rurais. 
Sai a primeira expedição do Projeto Rondon à Região Norte do país. É constituída uma 
comissão, conhecida como "Comissão Meira Mattos", para analisar a crise estudantil e 
sugerir mudanças no sistema de ensino, notadamente nas universidades. É promulgado 
o decreto-lei 252, objetivando a reforma universitáriae criando a estrutura de 
departamentos. A lei 5.370 cria o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL, com 
objetivo de erradicar o analfabetismo do Brasil em dez anos. O índice de analfabetismo 
no Brasil em 1967 é de 32,05%. 
Em 1968 , segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de 
Educação e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1ª série no ano de 1963, 
cento e trinta e três (133) passam para a 6ª série do 1º grau. Este é um ano de violência 
ao movimento estudantil entre as ações realizadas pelos militares estão a invasão de 
entidades estudantis, prisão e assassinato de líderes destes movimentos. 
É também constituído o Grupo de Trabalho da Reforma Universitária - GTRU, cujo projeto 
foi transformado na Lei 5540 e depois novamente regulamentado através do Decreto-lei 
464. Foram fundados os primeiros Centros de Atendimento ao Pré-Escolar - CAPEs, pelo 
Comitê Nacional Brasileiro da Organização Mundial de Educação Pré-Escolar - OMEP-
Brasil. A Lei 5.537, de 21 de novembro, cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação - FNDE. É sancionada a Lei 5.540, de 28 de novembro, que fixa normas de 
organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média. 
Acordo MEC/USAID para dar continuidade e complementar o primeiro acordo para 
desenvolvimento do ensino médio. O deputado Márcio Moreira Alves publica o livro "O 
Beabá do MEC/USAID", tornando público o andamento dos acordos entre o Ministério da 
Educação e Cultura e a United States Agency International for Development - USAID. 
No ano de 1969, segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de 
Educação e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entraram na 1ª série no ano de 1963, 
cento e quinze (115) passam para a 7ª série do 1º grau. Entra em vigor o decreto-lei 477, 
aplicado aos professores, alunos e funcionários das escolas, proibindo qualquer 
manifestação de caráter político, com o objetivo de banir o protesto estudantil. O decreto-
lei 574 proíbe as instituições educacionais de promoverem redução de suas vagas 
iniciais. 
No ano de 1970, segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de 
Educação e Cultura, de cada 1000 alunos que entram na 1ª série no ano de 1963, cento e 
um (101) passam para a 8ª série do 1º grau. Começa a funcionar neste ano de fato no 
Brasil o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL, criado para acabar com o 
analfabetismo. Seu projeto mostra uma forte influência das idéias de Paulo Freire, 
perseguido pela ditadura militar. O Decreto 68.908 resolve a crise dos chamados 
"excedentes" com a criação do vestibular classificatório. O educador brasileiro Paulo 
Freire funda em Genebra, onde se encontrava exilado, juntamente com outros exilados 
brasileiros, o Instituto de Ação Cultural – IDAC. O educador Paulo Freire publica 
"Pedagogia do Oprimido". 
1971, segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação e 
Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1ª série do 1º grau no ano de 1963, 
cem (100) passam para a 1ª série do 2º grau. É promulgada a lei 5692 que regulamenta 
o ensino de primeiro e segundo graus. Entre outras determinações amplia a 
obrigatoriedade escolar de quatro para oito anos, aglutina o antigo primário com o 
ginasial, suprimindo o exame de admissão e criando a escola única profissionalizante. A 
Resolução n.º 8 do Conselho Federal de Educação fixa o núcleo comum para os 
currículos do ensino de 1º e 2º graus, definindo seus objetivos e a amplitude. O Parecer 
853 do Conselho Federal de Educação define a doutrina de currículo, indica os conteúdos 
de núcleo comum, apresenta o conceito de matéria, orienta suas formas de tratamento e 
integração, indica os objetivos das áreas de estudo e os do processo educativo, 
remetendo-os ao objetivo geral do ensino de 1º e 2º graus e aos fins da educação 
brasileira. O Decreto 68.908 dispõe sobre o concurso vestibular, fixando as condições 
para o ingresso na Universidade. 
1972, Segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação e 
Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1ª série do 1º grau no ano de 1963, 
oitenta e cinco (85) passam para a 2ª série do 2º grau. O Parecer n.º 45 do Conselho 
Federal de Educação fixa o currículo mínimo a ser exigido em cada habilitação 
profissional ou conjunto de habilitações afins, no ensino de 2º grau. O Parecer 339 
recomenda a formação especial para o 1º grau. O Parecer 871 do Conselho Federal de 
Educação reforça e esclarece os conceitos e a organização curricular, na forma 
estabelecida pelo Parecer 853/71. Segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do 
Ministério de Educação e Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1ª série do 1º 
grau no ano de 1963, setenta e cinco (75) passam para a 3ª série do 2º grau. 
1974, Segundo a Secretaria de Educação e Cultura, do Ministério de Educação e 
Cultura, de cada mil (1000) alunos que entram na 1ª série do 1º grau no ano de 1963, 
setenta (70) entram numa faculdade. É criado o Projeto Casulo da Legião Brasileira de 
Assistência - LBA, com o objetivo de dar apoio financeiro e técnico às creches em todo o 
Brasil. A Legião Brasileira de Assistência - LBA e a Fundação Nacional do Bem-Estar do 
Menor - FUNABEM são vinculadas ao Ministério de Assistência e Previdência Social. O 
Parecer n.º 2018 do Conselho Federal de Educação propõe a elaboração de legislação 
contendo normas e procedimentos que regulamentem a implantação de programas 
dirigidos às populações em idade pré-escolar, além de recomendar que sejam buscadas 
novas fontes de recursos financeiros para subvencionar a educação pré-escolar. 
Em 1975, é criada a Coordenação de Educação Pré-Escolar, primeiramente 
chamada de CODEPRE e hoje COEPRE vinculada ao Ministério de Educação e Cultura. 
O Parecer n.º 76 do Conselho Federal de Educação propõe habilitações básicas referente 
a determinadas áreas profissionais, dando ênfase entre a educação geral e a formação 
especial. O Parecer n.º 1600 do Conselho Federal de Educação recomenda a habilitação 
a nível de 2º grau para o magistério pré-escolar. O Parecer n.º 4833 do Conselho Federal 
de Educação reforça e esclarece os conceitos e a organização curricular, na forma 
estabelecida pelo Parecer 853/71. 
Em 1976, a Resolução no 58 do Conselho Federal de Educação determina a 
inclusão obrigatória da Língua Estrangeira Moderna no currículo de 2º grau. 
Em 1977 a polícia bloqueia o "campus" da Universidade de São Paulo para que não se 
realize uma reunião de estudantes. A reunião é transferida secretamente para o 
"campus" da Pontifícia Universidade Católica que é invadida pela polícia, comandada 
pelo coronel Erasmo Dias, tendo sido presos vários estudantes e sendo duas estudantes 
gravemente feridas à bomba. O Parecer n.º 540 do Conselho Federal de Educação 
explica o tratamento dos componentes determinados pelo Artigo 7º da Lei 5692/71, 
descaracterizando-os como disciplinas e enfatizando-os como elementos educativos. É 
lançado o Programa Alfa Um, visando alfabetizar pessoas através do Método da Fonação 
Condicionada e Repetida. 
No ano de 1978 a Portaria n.º 505 do Ministério da Educação aprova diretrizes básicas 
para o ensino de Moral e Cívica nos cursos de 1º e 2º graus e de Estudos de Problemas 
Brasileiros nos cursos superiores. 
Em 1978, a Resolução n.º 7 do Conselho Federal de Educação permite o 
desdobramento dos Estudos Sociais em História e Geografia nas últimas séries do 1º 
grau e altera a nomenclatura dos conteúdos Integração Social e Iniciação às Ciências 
para, respectivamente, Estudos Sociais e Ciências. As antigas nomenclaturas passam a 
indicar não mais conteúdos, mas forma de tratamento das matérias, dando nova redação 
ao Artigo 5º da Resolução n.º 8/71. 
No ano de1980, segundo Censo de 1980 a população brasileira em idade escolar é de 
22.968.515, da qual 7.540.451não freqüentam a escola (cerca de um terço). Na área 
rural a população brasileira em idade escolar é de 9.229.511 para 4.816.806 que 
freqüentam (quase a metade). 
-Neste ano o índice de analfabetismo no Brasil é de 25,5%. 
1981, a Coordenação de Educação Pré-Escolar - COEPRE lança o Programa 
Nacional de Educação Pré-Escolar. 
Em 1982, a educadora Esther de Figueiredo Ferraz assume o Ministério da 
Educação e Cultura, tornando-se a primeira mulher a assumir um cargo de Ministro, no 
Brasil. É sancionada a lei n.º 7.044 dispensando as escolas da obrigatoriedade da 
profissionalização, voltando a ênfase à formação geral. No Parecer n.º 342 do Conselho 
Federal de Educação ressurge a Filosofia como disciplina optativa. São criados os 
Centros Integrados de Educação Pública - CIEPs, no Estado do Rio de Janeiro, por 
iniciativa do educador e antropólogo Darcy Ribeiro, com objetivo de atender até mil 
crianças em dois turnos de atividades. A Lei n.º 7044/82 altera dispositivos da Lei 
5692/71, referentes à profissionalização do ensino de 2º grau, implicando em algumas 
mudanças na proposta curricular. O Parecer no 618 do Conselho Federal de Educação 
explica as alterações introduzidas pela Lei 7044/82. 
No ano de 1985, o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL é extinto e 
criado o Projeto Educar. 
 
 
 
PERÍODO DA ABERTURA POLÍTICA (1986 - 1998) 
Em 1986 o ano da abertura política, realiza-se a Conferência Brasileira de 
Educação em Goiânia, Estado de Goiás. O Parecer n.º 785 do Conselho Federal de 
Educação reformula o núcleo comum para o ensino de 1º e 2º graus. A Resolução nº 6 
do Conselho Federal de Educação reformula o núcleo comum para os currículos do 
ensino de 1º e 2º graus, revogando a Resolução n.º 8/71 do próprio CFE, dando novas 
diretrizes. Em 1987, apenas 13,1% do total dos gastos da União foram destinados à 
Educação. É extinta a Coordenação de Educação Pré-Escolar - COEPRE e o Programa 
Pré-Escolar passa a ser coordenado pela Secretaria de Ensino Básico do Ministério da 
Educação e Cultura. Em 1988, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo 
implanta em todo o Estado diversos Centros Específicos de Formação e Aperfeiçoamento 
do Magistério - CEFAMs. Depois de sete meses de greve os professores da rede pública 
estadual do Rio de Janeiro voltam ao trabalho sem que nenhuma das exigências sejam 
atendidas. Segundo dados do INEP 22,8% dos alunos repetiram a 1ª série do 1º grau e 
22,5% repetiram a 5a série; as taxas de evasão foram de 15,2% na 1ª série e 18,9% na 
5a série. Apenas 32,21% dos alunos completam o 1º grau. É encaminhado à Câmara 
Federal pelo Deputado Octávio Elisio um Projeto de Lei, que propõe fixar as diretrizes e 
bases para a educação nacional. Apenas 10,6% do total dos gastos da União foram 
destinados à Educação. 
1989, O Tribunal Superior Eleitoral - TSE, divulga uma pesquisa em que 68% dos 
eleitores são analfabetos, semi-analfabetos ou não completaram o 1º grau. Apenas 4,6% 
do total dos gastos da União foram destinados à Educação. O Deputado Jorge Hage 
envia a Câmara um substitutivo ao Projeto que propõe fixar as diretrizes e bases para a 
educação nacional. 
No ano de1990 é criado o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania com o 
objetivo de reduzir em até 70% o número de analfabetos até 1995. É lançado o projeto de 
construção de Centros Integrados de Apoio à Criança - CIACs, em todo o Brasil, 
inspirados no modelo dos Centros Integrados de Educação Pública - CIEPs, do Rio de 
Janeiro. Apenas 2,4% do total dos gastos da União foram destinados à Educação. 
1991, Apenas 4,2% do total dos gastos da União foram destinados à Educação. O 
eixo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais concentram 55% do total de estudantes 
universitários. O índice de analfabetismo no Brasil é de 18%. O político e ex-deputado 
federal Carlos Chiarelli, ainda como Ministro da Educação, declara que no Brasil "os 
professores fingem que ensinam, os alunos fingem que aprendem e o governo 
finge que controla". As disciplinas de Organização Social e Política do Brasil - OSPB e 
Estudos de Problemas Brasileiros - EPB deixam de ser obrigatórias, no ensino de 2º grau 
e superior. Em 92, Os Centros Integrados de Apoio à Criança - CIACs passam a se 
chamar Centros de Atenção Integral à Criança e aos Adolescentes - CAICs. Alguns 
educadores criticam esse tipo de projeto (CIEPs e CAICs) dizendo que seria mais eficaz 
gastar-se recursos no modelo de rede escolar já existente, atendendo-se um maior 
número de crianças. O Senador Darcy Ribeiro apresenta na Câmara um novo Projeto 
que propõe fixar as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. A população 
analfabeta com dez anos ou mais é de 16,5%. 
1993, Segundo o Relatório do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica 
cerca de 59% dos professores não prestaram concurso público, foram indicados por 
políticos ou técnicos. O Senador Darcy Ribeiro retira seu Projeto que propõe fixar as 
Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. As mulheres com idade média de 33,6 
anos constituem 83,3% do contigente de professores do 1º grau. É criado o Projeto de 
Educação Básica para o Nordeste com apoio do Banco Interamericano de 
Desenvolvimento - BIRD. Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil ainda é muito freqüente 
a figura do professor leigo, algumas vezes sem o 1º grau completo. A Medida Provisória 
de 18 de outubro de 1994 extingue o Conselho Federal de Educação e cria o Conselho 
Nacional de Educação, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura. Esta mudança 
torna o Conselho menos burocrático e mais político. 
Em 1995, a Universidade de Brasília cria o Programa de Avaliação Seriada (PAS), 
para ingresso na universidade, que acaba com o exame vestibular. A avaliação do aluno é 
feita durante a realização do 2º grau. Entra no ar, neste ano, a TV Escola, um canal 
exclusivo, via satélite, para promover a atualização dos professores, que poderão gravar 
os programas e apresentá-los aos seus alunos, patrocinado pelo MEC. O Governo 
Federal envia ao Congresso uma emenda constitucional que propõe a criação do Fundo 
de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Professor. O Ministro 
Paulo Renato de Souza cria um sistema de avaliação de alunos formados nos cursos 
superiores. O objetivo é avaliar a eficácia das faculdades. Inicia com os cursos de 
Medicina, Engenharia e Direito. 
Em 1996, o Presidente sanciona a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que ficou 
oito anos em discussão no Congresso. - A população analfabeta com dez anos ou mais é 
de 13,8%. 
 
ESTUDO DE CASOS - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
 A cidade de Mossoró, não conta com escolas de grande porte, mesmo assim, as 
que podem se enquadrar neste perfil são escolas religiosas antigas que não enfrentaram 
mudanças ao longo do tempo, estas escolas, a exemplo do Colégio Diocesano Santa 
Luzia (instituição de ensino centenária em Mossoró) atravessam dificuldades no período 
atual com um número reduzido de alunos em seus quadros. Acreditamos que esse 
fenômeno se dá principalmente pela falta de acompanhamento à dinâmica educacional, 
ou seja, escolas mais modernas, no que diz respeito principalmente a forma de ensino, 
estão tomando espaço das ditas escolas tradicionais no país em sua maioria administrada 
por instituições católicas, onde o método educacional ainda não se adaptou as novas 
formas de educar. 
 Estas divagações introdutória nos auxilia em relação a nossa proposta, melhorias 
físicas nunca mudaram a educação no país, temos exemplos de escolas bem projetadas 
que se encontram a margem do “descaso” da educação, somente uma política 
educacional séria poderia de fato mudar este quadro. Nossa intenção neste trabalho é, 
antes de tudo, projetar e vir a construir, uma escola, que funcione adequadamente para 
sua função, proporcione conforto, segurança e condições de aprendizado compatíveis 
como método de ensino adotado. 
 A proposta educacional desta escola baseia-se no método Construtivista 
 
“Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a 
inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento 
da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio.” 
"Construir seu próprio conhecimento. Esta é a essência desta filosofia. Portanto 
praticar o Construtivismo significa proporcionar à criança um ambiente totalmente 
favorável aos objetivos que se propõe, sendo que o professor deve manter uma 
postura de mediador das diversas situações que se apresentam.” 
“Se a criança convive em um ambiente estimulador , onde ela possa observar, 
pesquisar, manusear, brincar, questionar, resolver à todo momento novos desafios, 
ter oportunidade de se colocar espontaneamente sem precisar confrontar com o erro 
e acerto.” 
 
 Enfatizamos aqui o método educacional para mostrar que o ambiente construído 
também auxilia o desenvolvimento da criança na escola. Muitas escolas adotam o 
método construtivista sem o praticarem de fato, ou seja, adotam como título ou 
propaganda, ou talvez inabilidade dos diversos personagem que compõem que mas 
exercendo uma educação tradicional, aquela em que o aluno é compelido a “decorar” o 
conteúdo da aprendizagem. 
 
ESTUDO DE CASOS 
 
COLÉGIO 7 DE SETEMBRO – FORTALEZA 
 Inicialmente, para nosso estudo, fizemos uma pesquisa na estrutura física de uma 
escola em Fortaleza, o Colégio 7 de Setembro, uma escola com uma estrutura física de 
grande porte, o colégio abriga uma clientela de 6500 alunos em dois turnos e atende a 
todas as faixas etárias. Apesar da escola possuir uma estrutura física completa, foram 
verificadas diversas falhas em relação a adequação dos ambientes construídos a sua 
clientela. Verificamos por exemplo, que, apesar desta grande estrutura física, o prédio 
escolar utiliza o lote em praticamente sua totalidade (ver foto 01 e 02) se desenvolvendo 
inclusive por cinco pavimentos, ou seja, a escola verificada não possui praticamente áreas 
livres, o local destinado as práticas de educação artística, que pretendemos enfatizar na 
nossa escola como proposta pedagógica, se encontrava no último andar, aproveitando 
uma espécie de mezanino que quase toca o a cobertura da escola com um pé-direito 
muito baixo onde uma criança quase podia alcançar o teto com os braços estendidos, 
criando um espaço muito confinado dificultando a aprendizagem de atividades tão 
importantes como é o ensino das artes. As salas de aula possuíam espaço exíguo ao 
número de alunos (em torno de 50 m2 para abrigar um número de 50 crianças), além 
deste aspecto, a iluminação e ventilação são artificiais, inclusive com os vidros das 
janelas pintados de preto que criavam uma espécie de confinamento aos alunos. É 
importante ressaltar sobre este aspecto, a crise energética que o país atravessa 
atualmente. O pátio de entrada da escola, também era um destes pontos negativos, 
pouco iluminado, totalmente fechado criando uma sensação subsolo. 
 
 
FOTO 01 – VISTA EXTERNA DO COLÉGIO 7 DE 
SETEMBRO 
FOTO 02 – VISTA EXTERNA DO COLÉGIO 7 DE 
SETEMBRO 
 
Em geral, os pontos negativos da escola se resumem ao confinamento do aluno 
nos espaços físicos exíguos. Como já foi dito o prédio da escola utiliza quase a totalidade 
do lote. Porém, o ponto positivo por nós verificado, foram as salas do jardim de infância. 
Cada sala do jardim de infância possui um pátio interno com areia onde as crianças 
podem brincar, possuindo banheiro e chuveiro individuais, este espaço se torna mais 
adequado pois se encontra no limite do terreno da escola, aproveitando a iluminação 
natural. Apesar disto, o pátio central do pré escolar é bastante pequeno em relação ao 
número de crianças que este comporta. 
 
ACADEMIA FORTALEZA - FORTALEZA 
A Academia Fortaleza é uma escola localizada na cidade de Fortaleza e tem como 
objetivo suprir a educação de filhos de missionários estrangeiros da região. Além desse 
papel ela também atua em outras áreas tais como sede administrativa da Missão Batista 
Regular na região, escola de língua portuguesa para missionários recém chegados e 
alojamento para os mesmos, entre outras atividades. Apesar do grande espaço físico, 
sua clientela é pequena, já que o seu público alvo é limitado, a escola conta com um 
número de menos de 200 alunos, incluindo filhos de missionários e algumas crianças 
carentes. 
 Não dispomos de material suficiente para uma análise precisa do projeto 
arquitetônico, portanto nos limitamos apenas a descrição de alguns ambientes por nós 
visitados. A escola possui, como pode ser visto, nas fotos em seguida, bastante área 
livre, porém acreditamos, segundo relato de usuários, que a escola possui problemas de 
ventilação natural, devido a má orientação, controle de saída e entrada de ar dos diversos 
ambientes. Podemos notar isso facilmente na foto 04. As aberturas não são abundantes 
o que causa uma má circulação de ar dentro dos ambientes. Podemos perceber ainda 
que o tratamento estético dada as várias edificações é de boa qualidade, bem como o uso 
de materiais de acabamento, porém não se deu importância a questões de adequação 
climáticas tais como o uso de cobogós, fenestrações abundantes e beirais largos na 
cobertura. Uma solução bastante criticada já que, a cidade de Fortaleza possui 
características climáticas semelhantes as de Mossoró. Outro ponto em questão diz 
respeito a insolação provocada pela solução dada a quadra poliesportiva, como pode-se 
perceber através da foto 08. O pátio coberto segundo usuários é o local mais agradável 
da escola, por este motivo é o local também de reunião e realização de eventos em geral. 
Gostaríamos de ressaltar por último a utilização de uma praça centralizadora das 
edificações solução que será adotada em nosso projeto. Concluindo essa pequena 
análise o que constatamos neste projeto é que apesar de uma preocupação estética 
patente, os ambientes não foram pensados à favorecer o conforto ambiental tirando 
partido de soluções arquitetônicas adequadas ao clima nordestino. 
 
 
FOTO 03 – PÁTIO COBERTO, LOCAL AGRADÁVEL, 
SEGUNDO SEUS USUÁRIOS 
FOTO 04 - SETOR DE SALAS DE AULAS 
 
 
FOTO 05 – PRAÇA CENTRAL EM PRIMEIRO PLANO FOTO 06 – MORADIA DO ADMINISTRADOR DA ESCOLA 
 
 
FOTO 07 – ALOJAMENTO PARA MISSIONÁRIOS FOTO 08 – QUADRA POLIESPORTIVA 
ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (CEFET) 
CAMPUS DE MOSSORÓ 
 
Projeto: Escola de 2º grau na área de petroquímica e construção civil. 
Autor: Arquiteto Ronald de Góes 
Área: 7.000m² ; 
Setor administrativo; 
Biblioteca; 
Auditório; 
10 salas de aulas; 
02 laboratórios; 
02 ateliers de desenho; 
Setor de apoio ao estudante; 
Setor esportivo. 
 
Projeto objeto de concurso público nacional organizado pelo Ministério da Educação 
em 1987. O autor obteve o 1º lugar para as escolas de Mossoró, Currais Novos e Caicó, 
todas no Rio Grande do Norte. De um total de 200 escolas projetadas, apenas 03, 
Imperatriz(MA), Sombril (SC) e Mossoró foram executadas. 
 
Como já citado, Mossoró não possui escolas adequadas a dinâmica educacional, 
no que diz respeito ao seu espaço físico. Nosso projeto tenta se basear em prescrições 
e características semelhantes a da Escola Técnica Federal de Mossoró (CEFET). Nossa 
opção por esta escolha, encontra-se no fato da CEFET – Mossoró, oferecer técnicas, 
partido arquitetônico e estrutural e adequação climática em conformidade com nossa 
proposta adiante mostrada. 
 
 
ZONEAMENTO 
 
O Zoneamento da ETFRN, foi determinado em função dos ventos dominantes da região, 
neste caso leste/nordeste. Principalmente o setor de salas de aula, que ficaram 
localizadas neste setor do terreno. As salas estão dispostas em duas linha entre um 
pátio, possuindo ambas a mesma orientação. A adoção desta disposição também evitaa 
existência de circulações extensas. Os laboratórios foram localizados no setor oeste, por 
possuir atividades de menor período de uso. O setor administrativo e , coordenação e 
pedagógico, foram agrupados num só bloco, ficando estrategicamente próximos as salas 
de aulas. O setor de vivência constitui um bloco a parte no encontro dos setores de aula 
e laboratórios. (ver ilustração 01) 
 
 
COBERTURA 
 
A solução adotada é o uso de telha cerâmica colonial aplicada diretamente sobre a laje 
com inclinação de 25 %, foram ainda criadas algumas áreas de exaustão 
 
 
ESTRUTURA 
 
A estrutura adotada é em concreto armado com laje inclinada. Modulação de 1,20 m 
variando sempre em função deste módulo. 
 
 
PARTIDO ARQUITETÔNICO 
 
Adoção de pátios internos, elementos arquitetônicos que possibilitem a circulação de ar, 
como peitoril ventilados, cobogós e um controle sobre o dimensionamento das aberturas 
de entrada e saída de ar. 
 
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO 
 
 
FOTO 09 – VISTA GERAL DA CEFET – MOSSORÓ FOTO 10 – ENTRADA PRINCIPAL 
 
 
 O partido arquitetônico da CEFET – 
Mossoró, como já foi descrito, privilegias 
soluções adequadas ao clima nordestino 
como a utilização de pátios internos que 
favorece a criação de microclima. 
Também é importante ressaltar a adoção 
de grandes beirais, cobogós, peitoril 
ventilado e controle das entradas e 
saídas de ar FOTO 11 – ACESSO PRINCIPAL 
 
 
FOTO 12 – VISTA DO PRIMEIRO PÁTIO INTERNO FOTO 13 – VISTA DO SEGUNDO PÁTIO INTERNO 
 
 
 
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO (continuação) 
 
 
FOTO 14 – CIRCULAÇÃO DAS SALAS DE AULAS FOTO 15 – DETALHE – PASSARELA COBERTA DE 
ACESSO AS SALAS DE AULA 
 
 
  FOTO 16 – CIRCULAÇÃO DAS SALAS DE AULAS, DETALHE DA 
ESTRUTURA E COBOGÓS 
 
Como descrito, estas fotos ilustram o uso do cobogó e 
utilização dos grandes beirais. Observe também a 
utilização de áreas verdes entre os blocos que estão 
ligados por passarelas cobertas. 
Ao pátio coberto, criou-se um ambiente agradável de 
convivência entre os alunos. 
 
FOTO 17 – PÁTIO COBERTO VISTA EXTERNA FOTO 18 – PÁTIO COBERTO E REFEITÓRIO 
 
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO (continuação) 
 
 
FOTO 19 – DETALHE ESTRUTURAL, MALHA DE VIGAS 
NO HALL PRINCIPAL 
FOTO 20 – DETALHE – PEITORIL VENTILADO 
 
 
FOTO 21 – VISTA DA VIVÊNCIA – DETALHE – CAIXAS 
D’ÁGUA 
FOTO 22 – VISTA DO PÁTIO INTERNO 
 
 
FOTO 23 – PASSARELA DE LIGAÇÃO ENTRE BLOCOS 
DE LABORATÓRIOS 
FOTO 24 – DETALHE – ESTRUTURA DO BLOCO DE 
VIVÊNCIA 
 
METODOLOGIA 
 
 
 
METODOLOGIA UTILIZADA 
 
Vária teorias e modelos de metodologia foram desenvolvidas a partir da década de 
60, sua função é rever a característica linear típica da maioria dos processos de design. 
A metodologia utilizada neste trabalho constitui uns dos métodos mais conhecidos, 
desenvolvida pelo arquiteto austríaco, naturalizado inglês, Cristopher Alexander, o Design 
Methods. 
 
Seu método é assim decomposto: 
Meta-projeto 
Projeto 
Aparentemente linear, Cristopher Alexander, propõe, na concepção do autor, um método 
de criação essencialmente dialético. Por principio, deixa implicito um agente coletivo no 
processo criativo, já ao listar as atividades a serem desenvolvidas na composição do 
Conceito do objeto estudado. 
Estabelecido o Conceito o método passa para a Geração de Requisitos que nortearão 
as prioridades do programa e a hierarquização destas prioridades, seja no aspecto 
funcional, técnico ou estético do problema. 
 
A Matriz de Requisitos pressupõe a descoberta e o estabelecimento das relações e 
exigências entre as partes do programa objetivando definir a estrutura do problema a ser 
equacionado. 
 
A fase seguinte, já dentro da Meta-Linguagem (a “línguagem” será os desenhos 
arquitetônicos propriamente dito), Alexander propõe os Diagramas de Grupo ou das 
partes do problema e o Diagrama Composto ou Completo que permitirá a “leitura” 
prévia do problema a ser resolvido pela proposta arquitetônica, ou seja o Projeto. 
(ver ilustração 02) 
 
 
MEMORIAL JUSTIFICATIVO 
 
 
 
 
DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDOS 
 
JUSTIFICATIVA PARA A ESCOLHA DO TEMA 
A escolha deste tema parte de duas características que julgamos principais. 
Fomos recentemente contactados pela direção do Centro Educacional Alfa, para elaborar 
uma proposta arquitetônica das futuras instalações deste empreendimento educacional, a 
proposta consiste ainda, em etapa futura, na elaboração de plano urbanístico e 
arquitetônico para um centro residêncial e comercial nas imediações desta escola que 
contará com alguns vetores viabilizadores, como a base da PETROBRAS nas 
imediações. Desta forma, nossa identificação e desejo de desenvolver o tema proposto, 
nos impulsionou, a desenvolver o desafio deste trabalho. Para tanto, entramos em 
contato mais próximo com a diretoria do C. E. Alfa, e desenvolvemos um debate sobre os 
anseios desta instituição e também desenvolvemos junto a membros desta diretoria 
pesquisas a algumas intituições de ensino na cidade de Fortaleza, descrita anteriormente 
neste relatório. 
 
LOCALIZAÇÃO E DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 
 A primeira tarefa de nosso trabalho foi a escolha do terreno. Localizado no 
Planalto 13 de Maio, na cidade de Mossoró – RN, o terreno escolhido conta com infra-
estrutura adequada para o objetivo de nossa proposta de trabalho. O terreno em questão, 
está localizado numa área de expansão da cidade de Mossoró, proximidade com a base 
da Petrobrás, um dos vetores para viabilizar o empreendimento, que contará em uma 
proposta futura com área residencial e comercial, que atenderá este mesmo público. O 
terreno escolhido conta com acesso direto a base da Petrobrás que será mantido (ver foto 
25 e ilustração 03). 
No que diz respeito as características da área escolhida, foram verificados fatores tais 
como: 
Serviços básicos de infra-estrutura, ou seja a área é adequadamente abastecida por 
água e energia elétrica, a iluminação pública e pavimentação não acarretará ônus 
excessivo ao poder público pois o terreno não se encontra afastado de área residencial 
Entorno, a área escolhida é basicamente residencial, não possui agentes poluidores em 
suas proximidades a viabilidade deste empreendimento completo esta relacionado a 
proximidade com a base da Petrobrás, como já foi descrito 
Acessos, são facilmente identificáveis não possuindo dificuldades em relação ao restante 
da área nem da cidade em geral. Neste caso ainda ressaltamos a existência de uma via 
que dá acesso a Petrobrás, que apesar de invadir a parte da área do empreendimento, 
será mantida para viabilidade da proposta e facilitar o tráfego nesta área. 
 
TOPOGRAFIA DO TERRENO 
O terreno escolhido possui área de aproximadamente 44000 m² (262x168) e inclinação 
total de 3 metros, ou seja, em relação as suas dimensões, o terreno apresenta-se 
praticamente plano. As dimensões e inclinação deste terreno são bastante favoráveis 
devido ao tamanho que a proposta deseja atingir, uma escola de grande porte para um 
público de 2500 crianças dividido em dois turnos, nos dará liberdade de trabalhar com 
grandes espaços e inserir uma estrutura compatível com esse número de usuário, a 
questão da inclinação também é excelente pois evitará grandes deslocamentos de terra 
(ver desenho do terreno com topografia e dimensões). O terreno inicialmente não possui 
arruamento definido, o ponto de ligação de nossa proposta é a rua projetada que liga o 
Planalto 13 de Maio com a BR que dá acesso a Petrobrás. Sua orientação é nordeste-
sudoeste em relação a maior dimensão do terreno e noroeste-sudeste em relação a 
menor dimensão. A face mais plana é orientada na parte nordeste do terreno. 
 
 
FOTO 25 – VISTA AÉREA DO TERRENO COM INDICAÇÕES PERTINENTES AO ESTUDO DÁ ÁREA. 
 
 
MEMORIAL DESCRITIVO 
 
 
 
 
 
PROPOSTA 
 
 “ O prédio escolar deve ser adequado às exigências funcionais e operacionais, 
bem como às características socioculturais da comunidade e às bio-psiquicas dos seus 
usuários, assegurando ao mesmo tempo, níveis ótimos de higiene e conforto ambiental, 
que possibilitem, o desenvolvimento pleno das atividades pedagógicas.1 
 de acordo com esse pressuposto fundamentamos nossa proposta no que diz 
respeito a adequação do projeto em relação a dinâmica de ensino. 
O projeto deve atender à fatores de: 
 
Programação 
Depois de atendidas as exigências quanto a escolha do local e características do terreno, 
o passo seguinte é a determinação do programa de necessidades seu dimensionamento, 
às condições ambientais, prevista para cada função e a adequação a dinâmica 
educacional. 
Funcionalidade e Habitabilidade 
A preocupação de adequar o projeto as necessidades funcionais e operacionais da 
escola. 
Flexibilidade 
Adequação do usuário em função dos diversos espaços e dispor este usuário segundo as 
atividades que se desenvolva. 
Simplicidade construtiva 
Utilização de técnicas construtivas e partido que permita a máxima facilidade, rapidez de 
execução e mínima exigência de conservação, sem prejuízo de qualidade para o projeto. 
Para tanto é necessário seguir as seguintes considerações: 
Racionalização 
Adoção de elementos construtivos tipificados e produção em série 
Padronização e unificação de tipos 
Utilização de Materiais e tipos regionais 
 
CLIENTELA 
A Escola atenderá as faixa escolares de ensino infantil, ensino fundamental e ensino 
médio (antigo pré-escolar, primário, ginásio e ensino secundário). 
As faixas etárias são divididas em: 
3 a 6 anos ensino infantil 
7 a 14 anos ensino fundamental 
15 a 17 anos ensino médio 
As crianças de idade entre 3 e 6 anos (ensino infantil) por possuir características 
especiais, sociabilidade e características bio-fisico-motor, será destinada área separada 
das demais. 
As características das crianças de acordo com suas faixas etárias são descritas abaixo 
 
Pré –adolescentes (7 – 10 anos) 
Menos dramática que a fase anterior (infantil) e a posterior 
(adolescente). 
Desenvolvimento físico mais lento, porém constante, coordenação 
motora bem desenvolvida. 
Menos suscetível a acidentes que a fase infantil. 
Capaz de executar sozinho tarefas tais como: comer, vestir, ir ao 
 
1 Manual de diretrizes gerais para projetos de construções escolares de 1º grau, 
banheiro, etc., já possui algumas responsabilidades. 
 
Não se rebela muito contra autoridade, aceitando razoavelmente 
bem. 
Admira seus pais e professores. 
Gosta de crianças menores. 
Identifica-se com a família e com grupos de crianças do mesmo 
sexo. 
Dedica-se a atividades de longa duração. 
 
Adolescentes (11 – 14 anos) 
Fase mais dramática, onde surgem maiores problemas e complexos 
Fase acelerada de desenvolvimento biológico, psicológico e social 
Maior preocupação com a aparência física, surge a inibição do 
próprio corpo 
Mais independente, porém não aceita facilmente a autoridade de 
seus superiores, tanto familiar ou institucional, identifica-se melhor 
com outras crianças de mesma idade e sexo 
É necessário, de acordo com essas características prever espaços 
adequados a vigilância sem que as crianças desta idade sintam-se 
presas e que sintam-se mais a vontade 
Não se identifica com crianças menores o que exige a espaços não 
compartilhado com os grupos de crianças menores. 
Fase agitada e muito dinâmica, não se interessa por atividades de 
grande duração. 
ESTRUTURA FUNCIONAL DO PRÉDIO ESCOLAR 
 
 “A identificação das atividades básicas constitui o ponto fundamental para 
caracterizar os ambientes, surgindo da análise minuciosa dos objetivos gerais da unidade 
escolar considerada institucionalmente, e dos objetivos específicos proposto no conteúdo 
curricular do modelo pedagógico”.2 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS DIVERSOS AGRUPAMENTOS 
 
Direção/Administração : 
Controle e coordenação de todas as atividades da escola; 
Relacionamento da escola com a comunidade; 
Administração da escola. 
As relações mais freqüentes são 
Direção – Comunidade; 
Direção – Pais de alunos; 
Direção – Secretários; 
Direção – Técnicos educacionais (orientador pedagógico e 
educacional); 
Alunos – Pais – Secretários. 
Devem estar adequadamente localizados de maneira a permitir 
rápida localização e fácil acesso pelos usuários. 
 
 
2 Manual de diretrizes gerais para projetos de construções escolares de 1º grau 
Apoio Pedagógico 
Ambientes comuns (salas de aulas); 
Ambientes especiais (laboratórios e aulas práticas); 
Ambientes que permitam uso variado, desde aulas comuns e 
especiais, até palestras e reuniões com a comunidade e/ou pais de 
alunos; 
As relações mais freqüentes são: 
Aluno X aluno 
Aluno X professor 
Os ambientes deste conjunto devem proporcionar condições ótimas 
para o desenvolvimento das atividades pedagógicas 
As recomendações para o projeto arquitetônico são: 
Dimensões adequadas dos ambientes de modo a assegurar 
condições corretas de visibilidade e acústica e aproveitamento da 
iluminação e ventilação natural; 
Dimensões dos equipamentos e mobiliário devem ser adequadas às 
faixas etárias dos diversos usuários; 
A forma do ambiente deve possibilitar variados arranjos, inclusive 
adequação a atividades individuais ou em grupo. 
 
Vivência 
Conjunto destinado a: 
Atividades Recreativas 
Esportivas 
Alimentação 
Atividades extracurriculares 
Atendimento de saúde 
O relacionamento mais freqüente desse agrupamento é: 
Aluno – Aluno 
Serviços Gerais 
Destina-se a complementação das atividades desenvolvidas na 
escola, tais como: 
Limpeza e conservação do prédio e das áreas externas 
Guarda de materiais 
Locais adequados de estar e de trabalho de funcionários, como 
zelador e serventes. 
Obs.: Os ambientes desse conjunto não configuram entre si 
qualquer relacionamento especial, são constituídos isoladamente 
serviços de infra-estrutura e manutenção escolar são agrupados por 
questão organizacional. 
 
Desta maneira, as atividades escolares podem ser agrupadas de duas maneiras, segundo 
seus conjuntos funcionais e segundo ambientes, que são assim descrito: 
CONJUNTOS FUNCIONAIS AMBIENTES 
 
Direção/administração Direção/administração 
Controle e administração da escola. Diretor 
Planejamento e coordenação das atividades 
pedagógicas. 
Assistente de diretor 
Atendimento aos pais e alunos e membros 
da comunidade local 
Secretaria 
Os ambientes desse conjunto devem estar 
adequadamente localizados de maneira a 
permitir rápida localização e fácil acesso 
aos diversos usuários 
Almoxarifado 
 Coordenador/orientador 
 Professores 
Apoio Pedagógico Apoio Pedagógico 
Atividades pedagógicas Aulas comuns 
Uso variado desde aulas comuns, 
especiais, palestras e reuniões com a 
comunidade e/ou pais. 
Aulas prática 
Vivência Vivência 
Atividades esportivas e de recreação, 
podem ser exercidas inclusive pela 
comunidade 
Pátio 
Área de distribuição de merenda e refeições 
Cozinha (nutrição e dietética)e despensa 
Distribuição de merenda escolar e refeições Cantina escolar 
Atividades médico e odontológico aos 
alunos 
Depósito de material esportivo 
Vestiário de alunos 
 Quadras esportivas 
 Piscinas 
 Consultório médico 
 Consultório odontológico 
Serviços Gerais Serviços Gerais 
Higiene pessoal dos alunos, funcionários e 
pessoal administrativo 
Sanitários da administração 
Sanitários de alunos 
Atividades relacionadas com a manutenção 
escolar 
Sanitários de funcionários 
Depósito de material de limpeza 
 Zeladoria 
 
 
De acordo com esta tabela, o programa de necessidades ficou assim definido 
 
AMBIENTE CARACTERÍSTICA ÁREA 
Direção/administração 
Saguão Deve possuir iluminação e ventilação natural; 
Localizado próximo a administração; 
Localizado próximo a entrada de modo a oferecer 
fácil acesso ao público em geral. 
176,40 m² 
Recepção/informações Local destinado ao primeiro atendimento e 
informações ao público em geral,encontra-se no 
saguão de entrada. 
5,80 m² 
Direção Localizado próximo a secretaria, coordenação e 
supervisão, acesso direto a sala de reuniões, além 
de fácil acesso ao saguão de entrada. 
17,60 m² 
Coordenação É o ambiente mais próximo a direção da escola 
possuindo ligação direta, além de possuir acesso 
direto a sala de reuniões. 
12,40 m² 
Supervisão Proximidade com a direção e com a secretaria. 
17,60 m² 
Secretaria Proximidade com a direção, supervisão e 
coordenação. 17,60 m² 
Orientação pedagógica Além da proximidade com os ambientes descritos 
acima, próximo também aos consultórios da 
escola. 
17,60 m² 
Reprografia Sala destinada a reprodução de documentos 
referente a administração escolar. 14,40 m² 
Arquivo Sala destinada ao arquivamento e guarda de 
documentos específicos da escola. 17,95 m² 
Sala de reuniões Sala destinada a reuniões administrativas. 
36,50 m² 
Sala de professores Ambiente especifico para reunião dos professores. 
52,40 m² 
Copa Local onde o pessoal administrativo preparam 
cafés e pequenos lanches. 4,75 m² 
WC masculino e feminino Ambiente destinados a todo o pessoal 
administrativo e professores possui iluminação e 
ventilação natural. 
6,05 m² (1) 
Coordenação - pré-escolar Ambiente destinado a administração do pré-
escolar, encontra-se localizado próximo a este 
setor. 
26,30 m² 
Sala de Reuniões - pré-escolar Destinada a reuniões da administração e 
professores do pré-escolar 40,70 m² 
WC masculino e feminino – pré-
escolar 
Atende a professores e pessoal administrativo da 
pré-escola. 2,60 m² (1) 
Apoio pedagógico 
Salas de aulas (28) Capacidade para até 40 alunos (aprox. 1,3 m² por 
aluno) Oferece bastante iluminação e ventilação 
natural 
Comunicação com o pátio através de circulação e 
também a todo o setor de apoio pedagógico. 
51,45 m² 
As salas que encontram-se no pavimento superior 
tem acesso por escada e rampa 
Estão distribuídas em torno de um pátio 
Laboratório de química Localiza-se na área destinado ao apoio pedagógico 
Solução adotada oferece tanto opção de ventilação 
natural ou artificial, adequado a iluminação natural 
105,85 m² Laboratório de física 
Laboratório de biologia 
Laboratório de informática (2) Localizam-se próximo as salas de aula 
Adequado a ventilação natural ou artificial, 
iluminação natural 
105,85 m² 
Sala de vídeo Localiza-se na área de apoio pedagógico próximo 
ao auditório, ventilação natural ou artificial. 70,08 m² 
Sala de apoio (2) A função das salas de apoio é dar assistência ao 
auditório na realização, principalmente de 
congressos externos. 
51,45 m² 
Biblioteca Distribuída em dois pavimentos, tendo acesso tanto 
ao setor de aulas quanto ao restante do apoio 
pedagógico 
176,50 m² 
Auditório O auditório tem ligação direta com o saguão de 
entrada, de forma a facilitar a realização de 
congressos externos, possui banheiros próximos, a 
ventilação e iluminação é artificial. 
244,70 m² 
Sala de educação artística Localiza-se no pavimento superior, próximo as 
salas de aula e biblioteca. 105,85 m² 
Sala de música Sua função é ministrar aulas práticas de disciplinas 
relacionada a música, localiza-se próximo ao apoio 
pedagógico. 
105,85 m² 
WC masculino e feminino (10) Os Sanitários foram localizados próximos as sala 
de aula nos dois pavimentos e próximo ao 
auditório, todos possuem duto de manutenção 
19,84 m² 
14,66 m² 
Salas de aulas pré-escolar (10) Configuram-se um bloco à parte, destinado 
exclusivamente a pré-escola, este bloco, possui 
ainda apoio pedagógico próprio as atividades pré-
escolares, privilegia iluminação e ventilação 
natural. 
46,90 m² 
Laboratório de informática pré-
escolar 
Localizado no bloco pré-escolar, possui 
proximidade com as salas de aulas deste bloco. 
105,85 m² 
Sala de vídeo pré-escolar 
51,45 m² 
Atelier artístico pré-escolar 
105,85 m² 
Sala de música pré-escolar 
105,85 m² 
WC masculino e feminino (10) Agrupados um a cada duas salas de aula divididos 
por sexo, ventilação e iluminação voltada para o 
corredor de circulação 
4,54 m² 
Banheiro e vestiário pré-escolar 
(4) 
Foram ainda destinados dois banheiros, divididos 
por sexo, além dos sanitários, com chuveiro para 
atividades de higiene das crianças 
14,80 m² 
Vivência 
Pátio coberto Ambiente centralizador e de convivência dos 
alunos, localiza-se próximo ao refeitório da escola, 
dá acesso a rampa e circulação vertical (escadas) 
327,60 m² 
Pátio coberto – pré-escolar Ambiente de convivência das crianças do pré-
escolar, localiza-se no centro do edifício e possui 
formato hexagonal 
323,30 m² 
Playground – pré-escolar Desenvolve-se ao redor do pátio coberto possui 
ainda caixas de areia para as crianças brincarem - 
Cozinha (nutrição e dietética) A cozinha (área de nutrição e dietética) 
compreende em torno de 70 % da área do refeitório 71,00 m² 
Despensa, material de limpeza, 
área de serviço e lixo 
Estes ambientes compreendem o apoio a cozinha 
da escol, locais destinados a guarda de alimentos, 
material de limpeza e lixo, também um pátio de 
serviço de entrada. 
52,40 m² 
Refeitório O refeitório tem capacidade para 108 comensais 
105,85 m² 
Cantina Localiza-se próxima ao refeitório, no pátio coberto 
da escola 21,50 m² 
Ginásio poliesportivo Capacidade para 800 pessoas sentadas, o ginásio 
conta com quadra poliesportiva dimensões de 
40X20, arquibancada em apenas um lado, 
iluminação e ventilação natural, vestiário masculino 
e feminino depósito de material esportivo e salas 
de apoio. Localiza-se a aproximadamente 100 
metros da escola e próximo ao pavilhão com as 
piscinas. 
1587,00 m² 
Campo de society (2) A escola conta com duas quadras de futebol 
society, dimensões de 45X22.5, as Quadras bem 
como o campo de futebol descrito abaixo, 
atenderão também a comunidade em geral 
1012,50 m² 
Campo de futebol O campo de futebol possui dimensões mínimas de 
90X64, possui ainda arquibancada com capacidade 
para aproximadamente 800 espectadores, localiza-
se na parte sul do terreno lateral a escola. 
5760,00 m² 
Quadra infantil Apesar da quadra infantil possuir dimensões 
regulares de uma quadra de basquete (26X14) seu 
objetivo é iniciar as crianças do pré-escolar na 
prática esportiva e atividades de lazer em grupo. 
364,00 m² 
Piscina semi-olímpica Possui dimensões de 25X12.5, sua parte de apoio 
além de arquibancada conta ainda com vestiário 
masculino e feminino e depósito de material 
esportivo. 
312,50 m² 
Piscina infantil A piscina infantil possui formato circular, o que 
proporciona maior dinâmica nas atividades infantis 
e diminui riscos de acidentes, tem função de lazer 
para as crianças, possui ainda depósito de material 
esportivo infantil. 
172,70 m² 
Depósito de material esportivo 
(4) 
Estão distribuídos pelos diversos locais de prática 
esportiva da escola, campo de futebol, ginásio e 
piscinas, possuem dimensões variáveis 
Variável 
Salas de apoio – ginásio (3) Tem função de auxiliar práticas esportivas 
diversas. 23,60 m² 
Salas de apoio – campo (5) As salas de apoio da área esportiva tem por 
objetivo auxiliar as práticas esportivas no que diz 
respeito a parte teórica das diversas práticas, pode 
servir ainda como “escolinhas” de esporte, 
possuem ventilação e iluminação natural 
privilegiadas 
33,66 m² 
Vestiário de alunos masculino e 
feminino (6) 
Os vestiários, localizados nos diversos locais 
esportivos, tem função de fornecer higiene 
necessária aos usuários antes e depois de 
Variável 
qualquer prática esportiva. 
Consultório médico Localiza-se no mesmo setor onde encontra-se a 
parte administrativa, sua função é o atendimento 
médico de alunos, funcionários e professores em 
caso de acidentes ou doenças. 
16,90 m² 
Consultório odontológico Localiza-se no mesmo setor que o consultório 
médico, função semelhante, porém da parte 
odontológica, principalmente causada por 
acidentes muito comum a crianças. 
16,90 m² 
Orientação psicológica Localiza-se no mesmo setor que o consultório 
médico, sua

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