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sistema urinário

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Clínica Complementar ao Diagnostico ll → Diagnostico por Imagem
Sistema urinário: composto por rins, ureteres, bexigas e uretras;
Os exames são a radiografia simples e os contrastados que incluem a urografia excretora (determina a função renal e localização, topografia, forma dos ureteres) e a uretrocistografia retrógrada (avalia rupturas e no ponto rompido há extravasamento de contraste, pois no US é identificado o líquido mas não da onde ele vem) além do US que é o exame de eleição para o sistema urinário que avalia forma, contorno, topografia e ecogenicidade (exceto em casos em que temos que avaliar função, ureter e ruptura). Em condições de normalidade não é possível observar o ureter.
RINS
	Alterações renais focais:
Cistos – único ou múltiplos – conteúdo anecogênico – comum em animais idosos ou congênito que acomete mais os gatos persas com a doença renal policísticas (é bilateral, diagnosticada com 3 meses, fazer check up do animal) em que o animal nasce com os cistos; onde há cisto não tem néfron e o paciente pode virar DRC pois começa a ter perda da arquitetura interna do órgão (córtex, medula e pelve renal).
Hematoma e abcessos – ocorre por traumas.
Neoplasias – podem ser focais ou difusas/infiltrativas e há perda de toda a arquitetura e aumento do parênquima.
	Alterações renais difusas:
Doença renal aguda – síndrome caracterizada por azotemia atribuída a patologia renal com evolução de pelo menos duas semanas – ex.: intoxicação por vermicida, piometra grave que causa uma toxemia e afeta os rins; pode parar a produção de urina = anúria. Como o acometimento é agudo do ponto de vista ultrassonográfico o rim pode estar normal ou um pouco aumentado, ecogenicidade hipo ou hiperecogênica e com a arquitetura preservada, os rins só apresentam alterações de forma e estrutura quando há um acometimento de ¾. O US é importante para descartar hidronefrose (obstrução que causa acúmulo de líquido e dilatação da pelve) – principal motivo. Aumento da ecogenicidade renal (rim mais hiperecogênico)no cão é indício de lesão renal, nos gatos é normal é esta condição, é mais um achado de exame.
Doença renal crônica – resultado de perda progressiva de néfrons ao longo de meses ou anos. Como os achados ultrassonográficos são inespecíficos (tamanho pode variar de normal a diminuído mas se há um rim maior é para compensar a atividade do outro, contornos irregulares e pouco definidos, perda da relação córtico-medular de grau variável, ecogenicidade aumentada de maneira difusa ou focal, alteração no contorno), se suspeita de algo deve ser feita uma urografia excretora para avaliar a função renal.
Neoplasia renal – doença de baixa frequência e podem ser uni ou bilateral; os mais frequentes são os carcinomas (áreas de mineralização distrófica no parenquima renal = pontos brilhantes produtores de sombreamento acústico) em cães e os linfossarcomas em gatos; fazer citologia ou biópsia + histopatológico e os linfonodos periféricos estarão alterados/infartados; Alterações sonográficas podem ser focais ou difusas – dimensões aumentadas, contornos irregulares, ecotextura heterogênea e perda da relação córtico-medular.
PELVE RENAL E URETERES
Cálculos renais e ureterais: estrutura hiperecogênica que produz sombreamento acústico no US que é o exame de eleição; pode causar inflamação da pelve se ele move e também pode obstruí-la causando uma dilatação que deixa o parênquima renal menor + dilatação do ureter.
Exame radiográfico simples – cálculos radiopacos;
Exame radiográfico contrastado – cálculos muito pequenos podendo dar falso negativo pela falha no preenchimento.
Hidronefrose: dilatação de pelve renal uni ou bilateral e as causas são obstrução do ureter por cálculos, suturas cirúrgicas (castração em fêmeas), neoplasias no trígono vesical da bexiga (inserção dos ureteres na bexiga e a neoplasia infiltra e obstrui os ureteres) ou pode ser secundária a processos inflamatórios, infecciosos ou aderências. O exame de eleição é o US pois com ele é possível quantificar a dilatação pélvica e achar a causa. Se o tumor é friável quando ele rompe há liberação de sangue causando uma hematúria.
Exame radiográfico com contornos irregulares e dimensões aumentadas; Urografia excretora – dilatação pélvica.
Ruptura renal ou ureteral: secundário a processos traumáticos e próximo aos rins ou bexiga; fazer uretrocistografia excretora e no ponto de ruptura vai haver extravasamento do contraste, o US é inconclusivo pois não é possível identificar a origem do líquido. Ex.: ruptura renal – no exame radiográfico contrastado é possível identificar os ureteres mas o rim afetado não.
Ureter ectópico: os ureteres são inseridos no trígono vesical da bexiga, podem estar inseridos na vagina, uretra, colo da bexiga, corpo ou corno uterino o exame de escolha é a urografia excretora pois o US não tem acesso a estas estruturas que ficam em região pélvica; pode ser uni ou bilateral; o animal apresentara incontinência urinária, região vulvar sempre úmida e é mais comum em fêmeas e de porte grande; caráter congênito com correção cirúrgica.
VESÍCULA URINÁRIA
Processos inflamatórios e infecciosos: alteração em parede e conteúdo
		Processo agudo: parede de espessura normal, presenta de conteúdo/sedimeno (pontos ecogênicos em suspensão) – comum em gatos com ciste intersticial por estresse e pode apresentar hematúria.
		Processo crônico: espessamento difuso da parede, conteúdo homogêneo ou não, podendo estar associado a presença de cálculo ou neoplasia.
Diagnostico diferencial – US – avalia se há presença de cálculo, neoplasia + avaliação de parede – ex.: animal/cão idoso apresenta um quadro de hematúria e polaquiúria, realizou o US e descartou cálculo e neoplasia para confirmar uma cistite é necessário fazer urinálise + urocultura.
		Cistite enfisematosa: processo infeccioso bacteriano – processo inflamatório com espessamento de parede e presença de conteúdo + presença de gás em luz e parede, pois a bactéria consome a glicose produzindo gás; o exame de eleição é o raio-X pois o gás atrapalha a formação de imagem no US (reverberação acústica); o cão com esta cistite pode ser diabético = glicosúria = bactéria consome a esta glicose produzindo gás.
Cálculo vesical: pode realizar um raio-X simples mas só avalia cálculos radiopacos, por isso o exame de eleição é o US pois descreve a normalidade da bexiga, avalia o grau de inflamação da parede e é possível observar cálculos radiopacos e radiotransparentes pois eles fazem sombreamento acústico; se há coágulos na bexiga, na presença de bactérias eles infeccionam e podem formar cálculos; os gatos obstruem muito antes da formação do cálculo em si devido à presença de muita celularidade que forma plugs uretrais; as fêmeas fazem menos cálculos porém maiores pois o canal uretral é maior que os dos machos por isso que eles fazem mais cálculos porém menores mas mesmo assim já causa uma obstrução; obstrução de uretra ocorre em gatos usualmente sem infecção; muitas vezes são formados cálculos lisos e o único sinal clínica é polaquiúria (não tem hematúria). 
Ruptura de vesícula urinária: pode ocorrer por traumas, passagem de sonda uretral, processo inflamatório ou infeccioso crônico; exame de eleição é a uretrocistografia retrógrada (US não é utilizado, pois só avalia a presença do líquido livre e não a origem = inconclusivo) para ver o ponto de ruptura (iodado hidrossolúvel) – mas deve-se realizar um raio-X simples prévio; extravasamento do meio de contraste da região de vesícula urinária para a cavidade abdominal; Vesícula urinária com conteúdo anecogênico (grau de ruptura).
Neoplasia vesical: exame de eleição para diagnóstico é o US = espessamento focal da parede da vesícula urinária, aspecto vegetativo, perda da arquitetura de vesícula urinária, formação pode ter aspecto pedunculado; maior predisposição em cadelas adultas e a neoplasia mais frequente é o carcinoma de células de transição (elevada capacidade de infiltração); alteração é localizada – polo cranial ventral; polo caudo dorsal (próximo ao trigono vesical – pode obstruira uretra e os ureteres levando ao Hidroureter que leva a Hidronefrose); observar no US os linfonodos, se há obstrução e se há infiltração; na citologia há possibilidade de disseminação da neoplasia, mas é necessário para saber qual a neoplasia encontrada (importante para o cirurgião – margem de segurança) e a biópsia não é tão indicada, pois a neoplasia pode ser muito vascularizada e friável.
URETRA
Cálculo uretral: uretrocistografia retrógrada é o exame de eleição (falha no preenchimento de contraste – obstrução parcial; não progressão da coluna de contraste – obstrução total); raio-X é feito somente para visualizar cálculos radiopacos.
Ruptura de uretra: uretrografia retrógrada é o exame de eleição com extravasamento de contraste em região uretral; geralmente é viés traumático (fratura de pelve).

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