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1 A atualidade da crítica à Indústria Cultural Pró-Crítica nos dias de hoje Elaborado pelas alunas: Maristela, Tânia, Érica, Flávia, Vânia e Adriana Contexto Histórico do surgimento da Teoria Crítica Ocorreu durante o regime nazista ( Hitler) ,Fascista (Mussolini) e Revolução Russa (Starling) em que seus líderes utilizaram os meios de comunicação, para divulgar suas ideologias. Para Herbert Marcuse (filósofo alemão) o nazismo e o fascismo são identificados como formas totalitárias de governo declaradas, pois os dominados não percebem até onde vai essa dominação. A partir da observação da cultura de dominação alemã e norte americana os teóricos perceberam que haviam diferenças, pois na Alemanha os cidadãos sabiam que eram dominados pelo Estado, porém na cultura norte americana essa dominação era disfarçada e feita pelas empresas. Contexto Histórico do surgimento da Teoria Crítica Adorno e Horkheimer tentaram mostrar como esta indústria realizava uma verdadeira manipulação das consciências. Eles tentavam entender como os indivíduos se tornavam insensíveis à dor do autoritarismo, negando a sua própria condição de indivíduo ativo no corpo social Assim a Teoria Crítica da sociedade tem o início definido a partir do ensaio- manifesto , publicado por Max Horkheimer em 1937, intitulado “Teoria Tradicional e Teoria Crítica”. TEORIA CRÍTICA Teoria Crítica é uma oposição à Teoria tradicional que tem raízes no pensamento platônico, se caracterizando pela pura contemplação desinteressada com a realidade, opera a partir de princípios gerais. Assim a verdade adota uma forma de adequação com as coisas e tem a dimensão instrumental e positiva. A Teoria Crítica pretendia construir um saber racional que denuncie o irracional que existe na história e na sociedade. Abordagens da Teoria Crítica Criticava as ações de dominação social visando não permitir a sua reprodução constante, usando para isto críticas às ações desta dominação. Um comportamento crítico nos confrontos da ciência com a cultura. Reflexão sobre a racionalidade. Criar sociedade e organizações livres de repressão em que todos possam contribuir e desenvolver. 2 Abordagens da Teoria Crítica Criticavam o uso da ciência, da razão e da tecnologia para a dominação, degradação do ser humano e difusão das ideologias através da Indústria Cultural. Criticavam não os meios de comunicação em si, mas a forma como era usado. (Duarte, Matos) Indústria Cultural O conceito de “Indústria Cultural” foi utilizada pela primeira vez pelos teóricos da Escola de Frankfurt através da obra Dialética do Iluminismo com: Theodor Adorno e Max Horkheimer. Indústria Cultural Definição: conjunto de empresas e instituições cuja principal atividade econômica é a produção de cultura, com fins lucrativos e mercantis. Exemplo: TV, jornais, revistas e entretenimento em geral. São elaborados de forma a aumentar o consumo, modificar os hábitos e em alguns casos, ter a capacidade de atingir a sociedade como um todo. Industria cultural Adorno elaborou o conceito de “Indústria Cultural” identificando a exploração comercial e a vulgarização da cultura, como também a ideologia da dominação da natureza pela técnica que tem como conseqüência a dominação do próprio homem. A crítica à Indústria Cultural Para Adorno a Indústria Cultural sonega informação e aliena os indivíduos, na medida em que padroniza a sociedade. Ela não cria nada de novo. Através de um processo de sedução, convencimento e conquista, vende ao público bens culturais. A CULTURA E A IDENTIDADE NACIONAL Inicia-se no Brasil em 1902 a indústria fonográfica. Em 1923 foi fundada a primeira emissora de rádio no Brasil, a Radio Sociedade. A música popular de acesso restrito encontrará no rádio um veículo que vai se expandir rapidamente, abarcando parcelas maiores de ouvintes 3 A CULTURA E A IDENTIDADE NACIONAL Ele possibilita a comercialização do som permitindo a difusão e o consumo por outras camadas sociais, como por exemplo, o que era manifestação restrita ao morro: o samba e o carnaval. O samba surge nos morros, há rejeição e perseguição policial, mas quando é percebido possibilidade de obter lucros é retirado os componentes “perigosos” e transformado em símbolo nacional. A CULTURA E A IDENTIDADE NACIONAL Na realidade o carnaval foi uma manifestação cultural que se originou nas classes dominantes, sofreu mudanças que significaram o surgimento de formas populares de brincá-lo, as quais foram incorporadas pelo resto da sociedade. Apropriação , manipulação das manifestações populares e transformação em símbolos nacionais é uma característica da dinâmica cultural brasileira. A CULTURA E A IDENTIDADE NACIONAL “A conversão de símbolos étnicos em símbolos nacionais não apenas oculta a dominação racial mas torna muito mais difícil a tarefa de denunciá-la. Quando símbolos de “fronteiras étnicas” são transformados em símbolos que afirmam limites da nacionalidade, o que era “perigoso” transforma-se em “limpo”, “seguro” e “domesticado”. A CULTURA E A IDENTIDADE NACIONAL A interferência estatal se acentua na década de 30 quando começa a consolidar uma sociedade urbano- industrial no Brasil. Getúlio Vargas percebeu a importância deste novo meio de comunicação de massa e foi o 1º político latino americano a se valer dele como instrumento de propaganda. A CULTURA E A IDENTIDADE NACIONAL Em 27 de outubro de 1939 foi criado o DIP (Departamento de imprensa e propaganda). O DIP interfere em tudo ao ponto de adquirir absoluto controle da música popular brasileira e qualquer manifestação a ela relacionada. A CULTURA E A IDENTIDADE NACIONAL A TV surge em 1950. 1964 o panorama cultural de alterou substancialmente. A intensificação da penetração do capital estrangeiro possibilitou que substituíssem as importações por produtos criados aqui, incluindo a indústria cultural: Ex.: Rede Globo 1970 foi exportada para América Latina, mas seu sucesso absoluto só acontece na década de 80, isto porque a televisão brasileira chega a quase todos os lares, sendo poucas regiões do país sem acesso a ela. 4 A CULTURA E A IDENTIDADE NACIONAL “ A TV e outros meios de comunicação são vistos como tendo um efeito desagregador sobre culturas regionais, na medida em que impõe ao resto do país padrões restritos (a zona sul do RJ), ou como uma função aglutinadora pois, integra a nação sob o ponto de vista cultural. “ (Oliven, 1982) Teoria crítica a Indústria Cultural na atualidade A aceleração do desenvolvimento tecnológico, deu origem às novas tecnologias que introduzem novas formas de comunicação como: TV a cabo, via Satélite, TVs de alta definição, Internet, celular, etc. Teoria critica a Indústria Cultural na atualidade As pessoas ficam fascinadas com a possibilidade da realização de contatos on-line, ficam com os olhos embasbacados frente à tela do computador. Para Adorno (1985) a técnica não deve ser pensada de maneira absoluta, mas deve ser relativizada uma vez que proporciona a produção em série e consequentemente rompe com a distinção entre o que é arte e o que é o próprio sistema. Teoria crítica a Indústria Cultural na atualidade A crítica a Indústria Cultural de Adorno e Horkheimer está viva em nossos dias onde a função artística de um obra de arte que é a unicidade, testemunho histórico, contemplação passa a ser assessoria com as técnicas de reprodutividade. De acordo com os autores, a Indústria Cultural se assemelha a indústria quando destaca a estandartização de determinado objeto. Engana-se o discurso oficial de que a deficiência da escolarização formal é a causa dos problemas sociais que são vivenciados no nosso cotidiano. Exemplo disso é o assassinato do índio Galdino da tribo Pataxó que foi queimado vivo por adolescentes bem nutridos e com alto nível de escolarização. 5 Diante desses acontecimentos, temos como objetivoargumentar que a essência de conceito de Indústria Cultural não só permanece atual como também é relevante para a crítica que fundamenta a universalização da semi-formação (formação incompleta) , que contribui decisivamente para reprodução da miséria espiritual e a manutenção da barbárie social. Comunicação de massa Os meios de comunicação de massa (rádio, tv, internet) exercem uma grande influência sobre a mentalidade da população. Um meio de atingir esta massa diz respeito à comunicação de larga escala (TV). Os integrantes desta massa podem sofrer os mesmos estímulos sem necessidade de contato pessoal. A comunicação de massa e uma característica fundamental da sociedade de massa. A manipulação dos meios de comunicação A manipulação dos meios de comunicação atuais Como as novelas atuais influenciam a população A manipulação dos meios de comunicação E importante ressaltar que temos uma ficção televisiva de primeiro mundo e uma informação de quarto mundo. A manipulação dos meios de comunicação atuais Nos nossos dias, temos um exemplo de manipulação dos meios de comunicação. É o caso do presidente Bush que tentou convencer o mundo inteiro através da televisão e os demais meios de comunicação que a invasão do Iraque era justificada por eles terem armas químicas. 6 A manipulação dos meios de comunicação atuais Os meios de comunicação de massa Em 1947 Adorno e Horkheimer afirmaram que o filme não pode ser considerado arte, porque basta que se olhem as cifras astronômicas que recebem seus diretores e não podem ter nenhum tipo de preocupação séria com a sociedade, com a cultura e com a arte. Renda deste filme U$ 1.835,4 Renda deste filme U$976,6 Renda deste filme U$ 1.118,9 A manipulação dos meios de comunicação atuais Internet Pedofilia, prostituição , drogas… A hegemonia da indústria sobre a cultura Vemos a dominação da indústria sobre a cultura quando as particularidades engendradas nada mais são do que mercadorias padronizadas que podem ser trocadas e que cobram seus dividendos na consolidação da sua individualidade danificada. Dificulta-se a sobrevivência do pensamento crítico numa sociedade em que os indivíduos se transformam em “caixas de ressonância”. INDUSTRIA CULTURAL 7 A massificação do consumismo O indivíduo sente que a possibilidade de usufruir da falsa experiência de ser reconhecido como “sujeito” pelos outros depende sobretudo dos signos, dos bens de consumo que porta. Portanto, ele precisa se esforçar para continuar acreditando tanto na aparência da prioridade de suas necessidades básicas, no ato do consumo desses produtos. Outras formas de manipulação Os meios de comunicação de massa não são os únicos inimigos das classes trabalhadoras e da sociedade brasileira. Eles reforçam a dominação que começa na fábrica, no escritório, na escola, na família, na universidade. Ex. A pele bronzeada leva ao reconhecimento dos outros de que o indivíduo conseguiu se desvencilhar por algum tempo do trabalho. O entorpecimento que tantas vezes Adorno denunciou em seus textos é contestado por meio de mecanismos de defesa dos que comprazem aos ditames do consumo dos produtos “culturais” tais como tatuagens, piercing nas narinas, nos lábios etc. É a ditadura da moda às custas da anorexia. A ditadura da moda 8 A indústria cultural “Global” e sua crítica O que é globalização: é um processo em curso sobre o qual ainda não se tem a distancia histórica requerida para um juízo mais completo e definitivo. “Tirania do dinheiro e tirania da informação são os pilares da producão da história atual do capitalismo globalizado ” Milton Santos. 9 “Sub-classe” Segundo o autor Scott Lash, a globalização é a degeneração da classe operária. Os desenvolvimentos recentes na cultura de massa e suas implicações para o conceito de Indústria Cultural. “Desde que a MTV encontrou o seu público mundo a fora, há novos tipos de grupos musicais, que são formados pelos produtores de antemão para o mercado mundial e em cujas produções de videoclipes são investidas grandes somas”(...). Dieter Prokop Do ponto de vista tecnológico, pode-se dizer que toda a Indústria Cultural Global é marcada pelo advento e pelos desenvolvimentos no campo do registro, da geração e transmissão de som e imagens por meios digitais. A crítica é válida até hoje porque... A TV e outros meios de comunicação são vistos como tendo efeito desagregador sobre as culturas regionais; A Indústria Cultural realiza uma verdadeira manipulação das consciências. A Indústria Cultural passou a mediar a relação dos homens com a realidade. CONCLUSÃO As pessoas de um modo geral são influenciadas pela mídia, pois na maioria das vezes nossa sociedade é regida pelas normas de conduta que os meios de comunicação exercem sobre ela. A crítica à Indústria cultural aborda exatamente isto,o fato das pessoas serem bombardeadas com a produção em grande escala dos bens culturais, que na verdade nada têm haver com cultura e sim com comércio, assim a cultura se transforma em mercadoria e vice-versa. Por tudo apresentado somos PRÓ-CRÍTICA À INDÚSTRIA CULTURAL. 10 MATOS, Olgária C.F. A Escola de Frankfurt: luzes e sombras do iluminismo. São Paulo:Moderna,1993. Cap.1,2,5,6. Duarte, Rodrigo.Teoria crítica da indústria cultural.Belo Horizonte: Ed. Ufmg, 2003.218p. OLIVEN, Ruben George. A cultura brasileira e a identidade nacional na década de oitenta. In -------. Violência e cultura no Brasil. Petrópolis:Vozes, 1982, cap.V, p. 74-86. FADULL, Anamaria. Indústria Cultural e Comunicação de Massa. Série Idéias, n. 17, São Paulo: FDE, 1994. p.53-59. ZUIN, Antônio Álvaro Soares. Sobre a atualidade do conceito de Indústria Cultural.Cadernos CEDES. Campinas, V. 21, n.54, p.9-18, ago./2001. GALVÃO, Jean. Folha de São Paulo (Charges), 02/07/05 www.google.com acessado entre 04 e 16/04/07 www.culturabrasil.org acessado entre 04 e 12/04/07. www.culturabrasil.org/frankfurt.htm acessado em 14/04/07. Referências
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