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Prova EAD Proteção dos filhos Unidoctum

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Prova EAD Proteção dos filhos Unidoctum 
 
1. A proteção da pessoa dos filhos no ordenamento jurídico vem se atualizando 
conforme avança a sociedade. A língua, como é viva, também acompanha essa 
transformação. O poder familiar já foi chamado de poder pátrio dentro do sistema 
brasileiro, anteriormente à Constituição Federal de 1988. Era chamado de pater 
potestas à época do Direito Romano, quando não havia intervenção do Estado em prol 
das crianças e dos adolescentes e o terrível abuso vindo dos pais era recorrente. 
A respeito da evolução histórica da proteção legal das figuras dos filhos, das crianças e 
dos adolescentes, assinale a alternativa correta. 
 Você acertou! 
C. 
A Constituição Federal, sob o prisma da proteção das crianças e dos direitos humanos, 
assegura que todos os direitos e garantias constitucionais do Brasil não excluem outros 
decorrentes de tratados internacionais de que o país faça parte. 
De acordo com o art. 1.590 do Código Civil de 2002, as disposições relativas à guarda 
e à prestação de alimentos aos filhos menores, referentes à proteção da pessoa dos 
filhos, estendem-se aos maiores incapazes, sem quaisquer diferenciações. A 
Convenção sobre os Direitos das Crianças, ratificada pelo Brasil em 1990, tem o objetivo 
de proteger a infância e promover a formação plena de todos os infantes, não apenas 
daqueles em situação de pobreza. Assim tutela o art. 2, item 1, do diploma: "Os Estados 
Partes respeitarão os direitos enunciados na presente Convenção e assegurarão sua 
aplicação a cada criança sujeita à sua jurisdição, sem distinção alguma, 
independentemente de raça, cor, sexo, idioma, crença, opinião política ou de outra 
índole, origem nacional, étnica ou social, posição econômica, deficiências físicas, 
nascimento ou qualquer outra condição da criança, de seus pais ou de seus 
representantes legais." Conforme elucida o art. 5º, § 2º, CF, os direitos e garantias 
expressos na Carta Magna não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios 
por ela adotados ou dos tratados internacionais de que a República Federativa do Brasil 
faça parte. O ECA, por sua vez, traz, em seu art. 249, a possibilidade de aplicação de 
multa de três a vinte salários aos pais que descumprirem, dolosa ou culposamente, os 
deveres inerentes ao poder familiar. Já a Lei no 13.058/2014, que alterou o Código Civil 
de 2002, estabelece como regra a guarda compartilhada com o objetivo de que haja 
equilíbrio entre os direitos e deveres parentais, intentando, com isso, a divisão das 
tarefas e do convívio com os filhos.
 
2. A Lei no 12.318/2010 considera ato de alienação parental a interferência intencional 
na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um 
dos genitores contra o outro. 
Nos termos dessa lei, marque a alternativa que contempla todas as hipóteses de sujeitos 
alienadores. 
Você acertou! 
C. 
A mãe e/ou o pai, biológicos ou não, além dos avós paternos e maternos e daqueles 
que tenham a criança sob a sua autoridade, tendo a guarda ou a vigilância. 
De acordo com o art. 2º da lei que versa sobre alienação parental (Lei no 12.318/2010), 
considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da 
criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou 
por aqueles que tenham a criança ou o adolescente sob a sua autoridade, guarda ou 
vigilância com a intenção de causar repúdio ao genitor ou prejuízo ao estabelecimento 
ou à manutenção de vínculos com este. A lei não menciona autoridades escolares ou 
da área da saúde, mas autoridades parentais, aquelas que exercem a figura de cuidado 
e afeto comuns a um núcleo familiar. 
 
3. Como instrumento de proteção, a guarda consiste no direito de ter o filho em 
companhia dos pais, mesmo que estes não formem um casal. Os pais devem 
providenciar à criança e ao adolescente moradia e assistência material e moral, além 
de terem responsabilidade pelas decisões relativas ao seu bem-estar. As decisões 
dizem respeito, por exemplo, à escola, aos médicos, à religião, às atividades, às 
companhias etc. 
Sobre a guarda compartilhada, assinale a alternativa correta. 
Você acertou! 
E. 
Os filhos ficam sob a responsabilidade dos dois genitores, havendo equilíbrio entre os 
direitos e deveres parentais, como a divisão do convívio com os filhos. 
Na guarda compartilhada dos filhos, de acordo com o art. 1.583 do Código Civil, o tempo 
de convívio familiar deve ser dividido de forma equilibrada entre a mãe e o pai, sempre 
tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos. Assim sendo, a 
responsabilidade pelos filhos é conjunta, exercida pelos dois genitores durante todo o 
tempo e integralmente. Não há necessidade de mandado judicial para se fazer 
visitas/convivência. O juiz poderá determinar períodos de convivência, mas esse tempo, 
na guarda compartilhada, jamais será resumido às férias escolares, tampouco a guarda 
se alternará em períodos de 15 em 15 dias. Há de se entender que o instituto da guarda 
compartilhada busca a divisão harmônica das tarefas parentais e a convivência familiar 
equânime. 
 
4. A Convenção sobre os Direitos das Crianças, da Organização das Nações Unidas, 
trouxe discussões sobre os direitos humanos das crianças e dos adolescentes em nível 
internacional. Influenciado por esse tratado, o Brasil promulgou o Estatuto da Criança e 
do Adolescente, lei que versa sobre os direitos específicos dessa população vulnerável. 
A partir disso, a Doutrina da Proteção Integral chegou ao ordenamento jurídico 
brasileiro, definindo as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos 
destinatários de um complexo de garantias protetivas. 
Sobre o tema, assinale a alternativa correta. 
Você acertou! 
B. 
O conceito de família centra-se no afeto e, por isso, o princípio da paternidade 
responsável é uma garantia fundamental do acompanhamento dos filhos pelos pais. 
De acordo com o art. 227, CF/1988, é dever da família, da sociedade e do Estado, em 
conjunto, assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo 
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão. O princípio da paternidade responsável impõe aos pais a responsabilidade 
da presença na vida de seus filhos, sendo uma garantia fundamental o 
acompanhamento dos filhos pelos pais, especialmente porque, contemporaneamente, 
o conceito de família se interliga ao de afeto. Em uma situação de disputa de guarda, é 
imprescindível a aplicação do princípio do melhor interesse da criança e do adolescente, 
de modo que o princípio da proteção integral seja atendido. Por isso mesmo, é o 
princípio da proteção integral, conforme estabelece o ECA, que vai conduzir quaisquer 
decisões jurídicas que envolvam a figura dos filhos no seio de uma lide familiar. A 
Doutrina da Proteção Integral busca zelar pela boa formação moral, social e psíquica 
das crianças e dos adolescentes e encontra aporte na Constituição Federal de 1988 e 
no ECA, nos arts. 227 e 4º, respectivamente, os quais asseguram, com absoluta 
prioridade, seus direitos e garantias fundamentais. 
 
 
5. Quando um dos genitores desencadeia processos destrutivos a fim de comprometer 
a imagem do outro genitor perante os filhos, de maneira maliciosa e mentirosa, há o 
comprometimento psicológico de crianças e adolescentes — pessoas em 
desenvolvimento. Com a intenção de dar fim às condutas que tendem a causar a 
alienação dos filhos ou influenciá-los negativamente em relação ao outro genitor, a Lei 
de Alienação Parental (LAP) tratou de estabelecer várias medidas protetivas. 
Assinale a alternativa que apresenta uma medida legal contemplada pela Lei no 
12.318/2010. 
Você acertou!D. 
O juiz poderá ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado. 
De acordo com o art. 6º da LAP, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo 
da responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos 
processuais, aplicar as seguintes medidas, segundo a gravidade do caso: I - declarar a 
ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de 
convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - 
determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a 
alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a 
fixação cautelar do domicílio da criança ou do adolescente; VII - declarar a suspensão 
da autoridade parental. 
Como é possível observar, em momento algum a lei menciona punição penal, como a 
detenção, tampouco restringe a aplicação das medidas a casos de abuso sexual ou 
situações socioeconômicas. O dever de prestação alimentar segue existindo com a 
alienação parental, não dispondo a lei a respeito de sua suspensão liminar como 
medida protetiva.

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