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Rodada de Questões - Pacote Anticrime - Amostra

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Prévia do material em texto

RODADA DE QUESTÕES 
PACOTE ANTICRIME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RODADA DE QUESTÕES 
PACOTE ANTICRIME 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Prezados concurseiros, 
 
As alterações introduzidas pela Lei nº 13.964/2019 na legislação pátria promoveram 
mudanças substanciais no tratamento da legislação penal e processual penal, com a 
modificação e introdução de diversos institutos. 
 
Em vista de sua novidade, a novel legislação tende a ser massivamente cobrada nos 
próximos concursos públicos. Nada obstante, embora estejam disponíveis no mercado 
inúmeros materiais doutrinários sobre o tema, o concurseiro não conta com questões a 
fim de aferir a apreensão do conteúdo. 
 
Dessa forma, esse material se propõe a auxiliar o concurseiro não só na execução do 
conteúdo apreendido, mas na árdua tarefa de estudar uma legislação que promoveu 
mudanças impactantes no ordenamento jurídico pátrio, contextualizando-o com 
questões pontuais que poderão ser objeto de cobrança pelas bancas de concurso. 
 
Assim, o material não se limita a fornecer questões, mas a dar um suporte doutrinário e 
jurisprudencial ao concurseiro, em quase 250 questões, distribuídas em mais de 200 
páginas de conteúdo, para que este logre êxito na tão almejada APROVAÇÃO! 
 
Bons estudos! 
 
 
SOBRE AS AUTORAS 
 
Este material é autoral e foi integralmente confeccionado por: 
 
Jaynara Suassuna Nunes, bacharel em direito, formada pela Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, no ano de 2010, assistente de gabinete da 1ª Vara da Comarca de 
João Câmara/RN. Pós-graduada em Direito Civil e Processo Civil pela UFRN e em 
Penal e Processo Penal pela Estácio/CERS, modalidade EAD. 
 
Jéssica Vanessa Carlos Varela, bacharel em direito, formada pela Universidade Potiguar 
no ano de 2013, assistente de gabinete da Vara Única da Comarca de Florânia/RN. 
 
Viviane Salviano Fialho, bacharel em direito, formada pela Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, no ano de 2012, assistente de gabinete da Vara Única da Comarca 
de São José de Mipibu/RN. Pós-graduada em Direito Civil e Processo Civil pela UFRN.
 
 
SUMÁRIO 
CÓDIGO PENAL – PARTE GERAL .............................................................................. 5 
CÓDIGO PENAL – PARTE ESPECIAL ........................................................................ 5 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ................................................................................. 5 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL ......................................................................................... 6 
LEI DE CRIMES HEDIONDOS - Lei nº 8.072/90 ......................................................... 6 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – Lei nº 8.429/92 ................................ 6 
LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS - Lei nº 9296/96 ................................... 7 
LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO - Lei nº 9.613/98 .................................................. 7 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO - Lei nº 10.826/2003 .......................................... 7 
LEI DE DROGAS - Lei nº 11.343/2006 .......................................................................... 7 
LEI DOS PRESÍDIOS FEDERAIS - Lei nº 11.671/2018 .................................................. 
LEI DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL - Lei nº12.037/2009 ....... Erro! Indicador não 
definido. 
LEI DO JULGAMENTO COLEGIADO - Lei nº 12.694/2012 ....... Erro! Indicador não 
definido. 
LEI DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS – Lei nº 12.850/2013 .............................. 8 
LEI nº 13.608/2018 (whistleblower) ................................ Erro! Indicador não definido. 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR ............................................................... 8 
CÓDIGO PENAL – PARTE GERAL – GABARITO ..................................................... 9 
CÓDIGO PENAL – PARTE ESPECIAL - GABARITO ................................................ 9 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – GABARITO ...................................................... 10 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – GABARITO .............................................................. 16 
LEI DE CRIMES HEDIONDOS - Lei 8.072/90 - GABARITO .................................... 16 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – Lei nº 8.429/92 - GABARITO ...... 17 
LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS - Lei nº 9296/96 - GABARITO ......... 18 
LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO – Lei nº 9.613/98 - GABARITO ....................... 19 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO - Lei nº 10.826/2003 - GABARITO ................ 20 
LEI DE DROGAS - Lei nº 11.343/2006 - GABARITO ................................................ 21 
LEI DOS PRESÍDIOS FEDERAIS - Lei nº 11.671/2018 - GABARITO ................. Erro! 
Indicador não definido. 
LEI DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL - Lei nº 12.037/2009 - GABARITO ........ Erro! 
Indicador não definido. 
LEI DO JULGAMENTO COLEGIADO - Lei nº 12.694/2012 - GABARITO ........ Erro! 
Indicador não definido. 
LEI DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS – Lei nº 12.850/2013 – GABARITO .... 23 
Lei 13.608/2018 (whistleblower) - GABARITO .............. Erro! Indicador não definido. 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR - GABARITO ..................................... 24 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 26 
 
 
 
 
5 
CÓDIGO PENAL – PARTE GERAL 
 
1. Considera-se em estrito cumprimento do dever legal o agente de segurança pública 
que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de 
crimes. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
CÓDIGO PENAL – PARTE ESPECIAL 
 
28. João estava em via pública tentando conectar o seu celular em algum wi-fi 
disponível para acessar um e-mail urgente. Ao observar aquela situação, Pedro 
apresentou-se como funcionário das Casas Bahia, perguntando se gostaria que ele 
colocasse a senha, que se encontrava anexada ao roteador no interior da loja, bastando 
que lhe entregasse o aparelho celular. Uma vez que estava em frente à loja, João, então, 
entregou a Pedro seu celular e permitiu que ele fosse ao interior do estabelecimento para 
registrar a senha do wi-fi no aparelho. 15 minutos depois, entendendo que Pedro estava 
demorando, João o procurou no interior do estabelecimento, descobrindo que, na 
verdade, Pedro nunca trabalhara no local e que deixara a localidade na posse do seu 
telefone. Os fatos são informados ao Ministério Público, que, com base nas informações 
expostas, denunciou Pedro pelo crime de estelionato, o qual se procede mediante ação 
penal pública incondicionada. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
 
 
31. O art. 3º-A, o qual foi introduzido pela Lei 13.964/2019 no CPP, reafirma que a 
estrutura do processo penal brasileiro é acusatória, permitindo a iniciativa do juiz na 
fase de investigação, vedada a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
6 
 
122. Antônio foi processado pelo crime de homicídio qualificado, tendo respondido a 
todo o processo em liberdade, foi, por fim, condenado pelo Tribunal do Júri a uma pena 
igual a 16 anos de reclusão. Em conformidade com a Lei 13.964/2019, o cumprimento 
da pena privativa de liberdade poderá iniciar imediatamente, mesmo antes do trânsito 
em julgado da condenação. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL 
 
 
129. Como forma de assegurar o princípio do nemo tenetur se detegere, o apenado 
poderá se recusar à realização do exame de identificação do perfil genético, sem que lhe 
seja imposta qualquer penalidade. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
LEI DE CRIMES HEDIONDOS - Lei nº 8.072/90 
 
145. O Brasil adotou o sistema legal de definição dos crimes hediondos, assim, somente 
a lei que define, de forma taxativa, quais são os crimes hediondos. Com a Lei 
13.964/2019, o roubo com emprego de arma de fogo, seja de uso permitido ou proibido, 
passou a ser crime hediondo. 
 
( ) CERTO( ) ERRADO 
 
 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – Lei nº 8.429/92 
 
154. Considerando a supremacia do interesse público sobre o privado, bem como a 
indisponibilidade do interesse público, inadmissível transação por ato de improbidade 
administrativa. 
 
 
7 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS - Lei nº 9296/96 
 
157. A captação ambiental é um meio de obtenção de prova previsto exclusivamente 
prevista na Lei nº 12.850/13 e somente pode ser deferida no contexto das investigações 
referentes a crimes cometidos por organização criminosa. 
 
 
LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO - Lei nº 9.613/98 
 
165. Para a apuração dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores 
admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO - Lei nº 10.826/2003 
 
 
172. Configura crime impossível a venda ou entrega de arma de fogo, acessório ou 
munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, 
a agente policial em atuação disfarçada, por se tratar de hipótese de flagrante preparado, 
figura que faz incidir o art. 17 do Código Penal. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
LEI DE DROGAS - Lei nº 11.343/2006 
 
178. Aldo, delegado de polícia, recebeu em sua unidade policial denúncia anônima que 
imputava a Mauro a prática do crime de tráfico de drogas em um bairro da cidade. A 
denúncia veio acompanhada de imagens em que Mauro aparece entregando a terceira 
pessoa pacotes em plástico transparente com considerável quantidade de substância 
esbranquiçada e recebendo dessa pessoa quantia em dinheiro. 
 
8 
Em diligências realizadas, Aldo confirmou a qualificação de Mauro e, a partir das 
informações obtidas, instaurou IP para apurar o crime descrito no art. 33, caput, da Lei 
nº 11.343/2006 — Lei Antidrogas. 
Iniciado procedimento investigatório, um policial disfarçado foi até o local da venda das 
drogas e, fingindo ser usuário, adquiriu de Mario certa quantidade de droga. Logo após 
a finalização das negociações, foi dada voz de prisão a Mario que foi conduzido à 
delegacia para os procedimentos de praxe. 
Diante dessa situação hipotética, julgue: o flagrante de Mario padece de vício de 
ilegalidade. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
LEI DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS – Lei nº 12.850/2013 
 
190. O acordo de colaboração premiada é negócio jurídico pré-processual e meio de 
prova, que pressupõe utilidade e interesse públicos. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR 
 
242. Ricardo, servidor da polícia militar do Rio de Janeiro, figura como investigado em 
diversos inquéritos policiais militares, cujos objetos se referem à investigação de fatos 
relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional. Apesar de 
sigiloso o inquérito, o indiciado poderá constituir defensor, no prazo de até 48 (quarenta 
e oito) horas, inclusive nas hipóteses dos arts. 42 a 47 do Código Penal Militar, tais 
como a excludente do crime de estado de necessidade, exercício regular de direito e 
excesso escusável. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
9 
CÓDIGO PENAL – PARTE GERAL – GABARITO 
 
1. Considera-se em estrito cumprimento do dever legal o agente de segurança 
pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a 
prática de crimes. 
Resposta: ERRADO. Age em legítima defesa e não em estrito cumprimento do dever 
legal o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima 
mantida refém durante a prática de crimes. 
Nos termos do art. 25, parágrafo único, do Código Penal: “considera-se também em 
legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão 
a vítima mantida refém durante a prática de crimes”. 
Percebe-se que a nova lei somente confirmou o que já era entendimento da doutrina e 
jurisprudência. Importa ressaltar não poder o agente estar protegido pela excludente de 
ilicitude do estrito cumprimento do dever legal, haja vista não existir, no Brasil, lei que 
permita matar, salvo em caso de guerra declarada. 
 
 
CÓDIGO PENAL – PARTE ESPECIAL - GABARITO 
 
28. João estava em via pública tentando conectar o seu celular em algum wi-fi 
disponível para acessar um e-mail urgente. Ao observar aquela situação, Pedro 
apresentou-se como funcionário das Casas Bahia, perguntando se gostaria que ele 
colocasse a senha, que se encontrava anexada ao roteador no interior da loja, 
bastando que lhe entregasse o aparelho celular. Uma vez que estava em frente à 
loja, João, então, entregou a Pedro seu celular e permitiu que ele fosse ao interior 
do estabelecimento para registrar a senha do wi-fi no aparelho. 15 minutos depois, 
entendendo que Pedro estava demorando, João o procurou no interior do 
estabelecimento, descobrindo que, na verdade, Pedro nunca trabalhara no local e 
que deixara a localidade na posse do seu telefone. Os fatos são informados ao 
Ministério Público, que, com base nas informações expostas, denunciou Pedro pelo 
crime de estelionato, o qual se procede mediante ação penal pública 
incondicionada. 
 
10 
Resposta: ERRADO. O estelionato, tipificado no art. 171, caput e as figuras 
equiparadas trazidas no §2º, antes da Lei 13.964/2019, deveriam processar mediante 
ação penal pública incondicionada. As exceções ficavam a cargo do art. 182 do CP. 
O Pacote Anticrime tornou o estelionato, em regra, crime de ação penal pública 
condicionada à representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, 
direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; 
ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.” 
 
ANTES DA LEI Nº 13.964/2019 DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019 
Qual a ação penal no caso do crime de 
estelionato? 
 
Ação penal pública incondicionada. 
Qual a ação penal no caso do crime de 
estelionato? 
Em regra, é crime de ação penal pública 
condicionada à representação. 
Exceções: 
Será de ação penal pública 
incondicionada quando a vítima for: 
 
I - a Administração Pública, direta ou 
indireta; 
II - criança ou adolescente; 
III - pessoa com deficiência mental; ou 
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade 
ou incapaz. 
 
A inclusão do §5º alterou o panorama anterior, tornando o crime de estelionato, via de 
regra, de ação penal pública condicionada à representação, trazendo as exceções nos 
incisos, as quais deverão ser processadas mediante ação penal pública incondicionada. 
Assim, não basta que a vítima comunique o fato criminoso à autoridade policial, sendo 
agora necessário, em regra, formalizar sua vontade de que o Estado persiga o autor do 
referido delito. 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – GABARITO 
 
 
31. O art. 3º-A, o qual foi introduzido pela Lei 13.964/2019 no CPP, reafirma que a 
estrutura do processo penal brasileiro é acusatória, permitindo a iniciativa do juiz 
na fase de investigação, vedada a substituição da atuação probatória do órgão de 
acusação. 
 
11 
Resposta: ERRADO. A Lei 13.964/2019 vem reafirmar que a estrutura do processo 
penal brasileiro é acusatória, contudo, apesar da criação da figura denominada “juiz de 
garantias”, não é permitida a iniciativa do magistrado na fase de investigação. 
O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e 
pela salvaguarda dos direitos individuais. 
Apesar de não existir expressamente no texto constitucional que o processo penal 
brasileiro é acusatório, essa interpretação pode ser extraída do art. 129, I da CF . 
Assim, a partir do momento em que a CF atribui a órgão diverso do Poder Judiciário a 
função de acusar, significa que o sistema brasileiro é acusatório. 
E a intervenção ex officio do magistrado na fase de investigação, também chamada de 
iniciativa acusatória, é incompatível com o sistema acusatório. Vejamos as principaisdiferenças: 
 
SISTEMA INQUISITORIAL SISTEMA ACUSATÓRIO 
 
Todas as funções são concentradas no juiz 
inquisidor: acusar, defender e julgar. 
 
Há a separação das funções. 
 
A gestão da prova fica nas mãos do juiz. 
 
A gestão da prova recai sobre as partes. 
Comprometimento da imparcialidade do 
magistrado. 
 
Imparcialidade do magistrado. 
 
O acusado não é sujeito de direitos. 
 
O acusado é sujeito de direitos. 
No sistema inquisitorial, trabalha-se com 
a ideia da verdade real. 
No sistema acusatório, trabalha-se com a 
verdade processual. 
 
Pode parecer distante a ideia da presença do sistema inquisitorial no processo penal 
brasileiro, contudo, há alguns anos atrás foi necessária a manifestação do STF para 
reafirmar a sua incompatibilidade. 
Na ADI 1.570, o STF entendeu que a revogada Lei 9.034/95 seria inconstitucional por 
violar o sistema acusatório e a imparcialidade, in verbis: EMENTA: “AÇÃO DIRETA 
DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 9034/95. LEI COMPLEMENTAR 105/01. 
SUPERVENIENTE. HIERARQUIA SUPERIOR. REVOGAÇÃO IMPLÍCITA. AÇÃO 
PREJUDICADA, EM PARTE. "JUIZ DE INSTRUÇÃO". REALIZAÇÃO DE 
 
12 
DILIGÊNCIAS PESSOALMENTE. COMPETÊNCIA PARA INVESTIGAR. 
INOBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. IMPARCIALIDADE DO 
MAGISTRADO. OFENSA. FUNÇÕES DE INVESTIGAR E INQUIRIR. MITIGAÇÃO 
DAS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DAS POLÍCIAS FEDERAL E 
CIVIL. 1. Lei 9034/95. Superveniência da Lei Complementar 105/01. Revogação da 
disciplina contida na legislação antecedente em relação aos sigilos bancário e 
financeiro na apuração das ações praticadas por organizações criminosas. Ação 
prejudicada, quanto aos procedimentos que incidem sobre o acesso a dados, 
documentos e informações bancárias e financeiras. 2. Busca e apreensão de 
documentos relacionados ao pedido de quebra de sigilo realizadas pessoalmente pelo 
magistrado. Comprometimento do princípio da imparcialidade e conseqüente violação 
ao devido processo legal. 3. Funções de investigador e inquisidor. Atribuições 
conferidas ao Ministério Público e às Polícias Federal e Civil (CF, artigo 129, I e VIII 
e § 2o; e 144, § 1o, I e IV, e § 4o). A realização de inquérito é função que a 
Constituição reserva à polícia. Precedentes. Ação julgada procedente, em parte” (ADI 
1570. Relator Mn. Maurício Corrêa. Julgada em 12/02/2004. DJ 22/10/2004). 
No HC 94.641, o STF também entendeu que houve violação ao sistema acusatório e à 
imparcialidade. 
EMENTA: “HABEAS CORPUS. Processo Penal. Magistrado que atuou como 
autoridade policial no procedimento preliminar de investigação de paternidade. 
Vedação ao exercício jurisdicional. Impedimento. Art. 252, incisos I e II, do Código de 
Processo Penal. Ordem concedida para anular o processo desde o recebimento da 
denúncia.” (HC 94.641, Rel. Min. Ellen Gracie. Julgado em 11/11/2008. Segunda 
Turma. DJe 05/03/2009). 
Indaga-se: Durante a fase processual, o juiz ainda teria a chamada iniciativa 
probatória? O juiz ainda poderia produzir provas de ofício na fase processual? 
Para essa questão há duas correntes: 
• 1ª Corrente: A iniciativa probatória é compatível com o sistema acusatório e com a 
garantia da imparcialidade. (Antônio Scarance Fernandes e Gustavo Badaró). 
• 2ª Corrente – Mesmo antes da Lei 13.964/2019, essa corrente já afirmava que a 
iniciativa probatória é inconstitucional (Geraldo Prado). 
Esse tema é bastante polêmico. O CPP autoriza a produção de provas de ofício pelo juiz 
durante o trâmite processual ou antes do julgamento no art. 156, CPP: “Art. 156. A 
prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
 
13 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas 
consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e 
proporcionalidade da medida; II – determinar, no curso da instrução, ou antes de 
proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto 
relevante.” 
Na opinião do professor Renato Brasileiro: “a redação do art. 3º-A do CPP vem ao 
encontro da segunda corrente, no sentido de dizer que já não se pode mais admitir a 
iniciativa probatória do magistrado na fase processual. 
Vale ressaltar que o Enunciado 5 da PGJ-CGMP foi emitido preceituando que: “ O art. 
3º-A do CPP não revogou os incisos I e II do art. 156 do mesmo diploma, salvo no caso 
do inciso I no que tange à possibilidade de determinar de ofício a produção antecipada 
da prova na fase investigatória”. 
Conclui-se, portanto, que o dispositivo inserido tem por objetivo deixar claro que o 
Brasil adota o sistema acusatório, em que as funções de acusar, defender e julgar são 
exercidas por sujeitos processuais bem distintos. “Para além disso, é de todo relevante 
que o juiz não seja o gestor da prova, cuja produção deve ficar a cargo das partes. 
Afinal, enquanto o juiz não se mantiver estranho à atividade investigatória e instrutória 
como um mero observador, tendo liberdade para produzir atos investigatórios e 
probatórios de ofício a qualquer momento da persecução penal, não há falar em um 
magistrado verdadeiramente imparcial.” 1 
 
122. Antônio foi processado pelo crime de homicídio qualificado, tendo respondido 
a todo o processo em liberdade, foi, por fim, condenado pelo Tribunal do Júri a 
uma pena igual a 16 anos de reclusão. Em conformidade com a Lei 13.964/2019, o 
cumprimento da pena privativa de liberdade poderá iniciar imediatamente, 
mesmo antes do trânsito em julgado da condenação. 
Resposta: CERTO. A Lei 13.964/2019 alterou o art. 492 do Código de Processo Penal 
para dizer que, se o réu for condenado, pelo Tribunal do Júri, a uma pena igual ou 
superior a 15 anos de reclusão, será possível a execução provisória da pena, ou seja, 
iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade, mesmo que tenha interposto 
apelação, portanto, mesmo antes do trânsito em julgado da condenação. 
 
1 LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: volume único. 8ª ed. Salvador: Ed. JusPodivm, 
2020 
 
14 
A execução provisória da pena é o início do cumprimento da pena imposta, mesmo que 
a decisão condenatória ainda não tenha transitado em julgado (cabe recursos). 
O principal argumento daqueles que são contrários à execução provisória da pena é a 
alegação de que ela violaria o princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, 
LVII, da CF/88, o qual prevê que ninguém será considerado culpado até o trânsito em 
julgado de sentença penal condenatória. O entendimento atual do STF é pela proibição 
da execução provisória da pena. Vejamos: “Se não houve ainda trânsito em julgado, 
não se pode determinar que o réu inicie o cumprimento provisório da pena. Não 
importa que os recursos pendentes possuam efeito meramente devolutivo (sem efeito 
suspensivo). Não existe cumprimento provisório da pena no Brasil porque ninguém 
pode ser considerado culpado antes do trânsito em julgado (art. 5º, LVII, da CF/88).O 
art. 283 do CPP, que exige o trânsito em julgado da condenação para que se inicie o 
cumprimento da pena, é constitucional, sendo compatível com o princípio da presunção 
de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da CF/88.” (STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 
44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019). 
Existe uma corrente que defende que seria possível a execução provisória da pena em 
caso de condenações proferidas pelo Tribunal do Júri. Essa posição está baseada na 
ideia de que, se o indivíduo foi condenado pelo Tribunal do Júri, mesmo que ele 
interponha apelação, o Tribunal não poderá reapreciar os fatos e provas, considerando 
que a responsabilidade penal do réu já foi assentada soberanamente pelo Júri. 
A Constituição Federal prevê a competência do Tribunal do Júri para o julgamento de 
crimes dolosos contra a vida (art. 5º, XXXVIII, “d”), ressaltando, ademais, a soberania 
dos veredictos(art. 5º, XXXVIII, “c”). Isso significa que os Tribunais não podem 
substituir a decisão proferida pelo júri popular, podendo, no máximo, determinar a 
realização de novo júri. Contudo, prevalece que essa tese não foi acolhida pelo STF: 
“Não é possível a execução provisória da pena mesmo em caso de condenações pelo 
Tribunal do Júri.” (STF. 2ª Turma. HC 163814 ED/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 19/11/2019) 
Apesar de prevalecer no STF a proibição da execução provisória da pena, existe decisão 
da 1ª Turma do STF em sentido contrário, ou seja, afirmando que “a prisão de réu 
condenado por decisão do Tribunal do Júri, ainda que sujeita a recurso, não viola o 
princípio constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.” (STF. 1ª 
Turma. HC 118770, Relator p/ Acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 07/03/2017). 
 
15 
Assim, 1ª Turma do STF entendeu pela possibilidade da execução provisória da pena, 
como consequência da soberania dos veredictos do Tribunal do Júri. 
Contudo, essa decisão da 1ª Turma foi tomada antes do resultado das ADC 43/DF, ADC 
44/DF e ADC 54/DF, julgadas em 7/11/2019. 
Vale ressaltar, portanto, que a constitucionalidade do dispositivo inserido pela Lei 
13.964/2019 deverá ser analisada em breve. O STF vai decidir se a soberania dos 
vereditos do Tribunal do Júri, prevista na Constituição Federal, autoriza a imediata 
execução de pena imposta pelo Conselho de Sentença. O tema será apreciado no 
Recurso Extraordinário nº 1.235.340, cujo relator é o ministro Luís Roberto Barroso, 
tendo havido, inclusive, o reconhecimento de Repercussão Geral. 
Em pesquisa realizada no site do STF, no dia 23/05/2020, observa-se decisão proferida 
nos autos do RE nº 1.235.340 no dia 05/05/2020, a qual trazemos como forma de 
atualização, deixando claro que resta pendente a decisão definitiva sobre a questão. 
“Decisão: Após os votos dos Ministros Roberto Barroso (Relator) e Dias Toffoli 
(Presidente), que conheciam e davam provimento ao recurso extraordinário para negar 
provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, fixando, para tanto, a seguinte tese 
de julgamento (tema 1.068 da repercussão geral): "A soberania dos veredictos do 
Tribunal do Júri autoriza a imediata execução de condenação imposta pelo corpo de 
jurados, independentemente do total da pena aplicada"; e do voto do Ministro Gilmar 
Mendes, que negava provimento ao recurso extraordinário de modo a manter a 
vedação à execução imediata da pena imposta pelo Tribunal do Júri, assentando a 
seguinte tese: "A Constituição Federal, levando em conta a presunção de inocência 
(art. 5º, inciso LV), e a Convenção Americana de Direitos Humanos, em razão do 
direito de recurso do condenado (art. 8.2.h), vedam a execução imediata das 
condenações proferidas por Tribunal do Júri, mas a prisão preventiva do condenado 
pode ser decretada motivadamente, nos termos do art. 312 do CPP, pelo Juiz 
Presidente a partir dos fatos e fundamentos assentados pelos Jurados" e, ao final, 
declarava a inconstitucionalidade da nova redação determinada pela Lei 13.964/2019 
ao art. 492, I, e, do Código de Processo Penal. Pediu vista dos autos o Ministro 
Ricardo Lewandowski.” 
 
 
 
 
 
16 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – GABARITO 
 
129. Como forma de assegurar o princípio do nemo tenetur se detegere, o apenado 
poderá se recusar à realização do exame de identificação do perfil genético, sem 
que lhe seja imposta qualquer penalidade. 
Resposta: ERRADO. Embora o ordenamento jurídico assegure ao acusado o direito de 
não produção de provas contra si (art. 5º, LXIII, CF e art. 186, CPP), a submissão ao 
exame de identificação do perfil genético constitui uma obrigatoriedade prevista em lei, 
configurando a recusa falta grave. 
Dessa forma, o art. 9º-A previu em seu novo §8º a infração disciplinar configuradora de 
falta grave relativa à recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de 
identificação criminal. Para dar correta aplicação à nova previsão, o PAC também 
acrescentou ao art. 50 da LEP o inciso VIII, que prevê justamente o seguinte: Comete 
falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: VIII - recusar submeter-se ao 
procedimento de identificação do perfil genético. 
 
 
LEI DE CRIMES HEDIONDOS - Lei 8.072/90 - GABARITO 
 
145. O Brasil adotou o sistema legal de definição dos crimes hediondos, assim, 
somente a lei que define, de forma taxativa, quais são os crimes hediondos. Com a 
Lei 13.964/2019, o roubo com emprego de arma de fogo, seja de uso permitido ou 
proibido, passou a ser crime hediondo. 
Resposta: CERTO. A base normativa da tipificação dos crimes hediondos é a própria 
Constituição Federal que, em seu art. 5º, XLIII, prevê um mandado de criminalização 
de condutas, bem como para que recrudesça a pena e diminua os benefícios penais de 
determinados crimes, como é o caso dos considerados hediondos. 
A tipificação dos crimes hediondos surgiu no contexto do Direito Penal Máximo, que 
entende o Direito Penal como o meio de controle social mais eficaz por restringir o 
direito de liberdade do ser humano, devendo, portanto, ser a solução adotada sempre em 
primeiro lugar. Tal movimento baseia-se na ideia da repressão, para o qual a pena se 
justifica por meio das ideias de retribuição e castigo. Os adeptos desse movimento 
pregam que somente as leis severas, que imponham longas penas privativas de liberdade 
ou até mesmo a pena de morte, têm o condão de controlar e inibir a prática de delitos. 
 
17 
A lei de crimes hediondos não cria crimes, ela apenas prevê tratamento diferenciado a 
tipos penais já existentes. O sistema adotado no Brasil para tipificação de crimes 
hediondos é o sistema legal, segundo o qual crime hediondo é aquele rotulado como tal 
pelo legislador. 
Feita essa contextualização do tema, antes da Lei 13.964/2019 o roubo só era 
considerado hediondo quando qualificado pela morte (latrocínio). Agora, novas 
modalidades de roubo foram incluídas no rol de crimes hediondos, quais sejam: a) 
circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima; b) circunstanciado pelo emprego 
de arma de fogo (art. 157, §2°-A, I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido 
ou restrito e c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte. 
 
 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – Lei nº 8.429/92 - 
GABARITO 
 
154. Considerando a supremacia do interesse público sobre o privado, bem como a 
indisponibilidade do interesse público, inadmissível transação por ato de 
improbidade administrativa. 
Resposta: ERRADO. A jurisprudência do STJ já vinha se posicionando pela 
admissibilidade do compromisso de ajustamento de conduta no âmbito das ações de 
improbidade administrativa: “(…) no caso concreto, a análise do ato de improbidade 
administrativa, sob a perspectiva da extensão do dano, da gravidade do fato e do 
proveito patrimonial obtido, à luz dos princípios constitucionais da proporcionalidade, 
da razoabilidade e da eficiência, poderá levar à conclusão da suficiência de eventual 
ressarcimento ao erário, cumulado ou não com outras sanções, como resposta do Estado 
ao ilícito praticado” (STJ. AgRg no AREsp 126660/SC, 1ª T., Rel. Min. Napoleão 
Nunes Maia Filho, 04/09/2014). 
O artigo 17, §1º, da Lei 8.429/1992, em sua redação originária, vedava a celebração de 
transação, acordo ou conciliação nas ações de improbidade administrativa. Agora, com 
a redação dada pela Lei 13.964/2019 (Lei Anticrime), referida norma passou a admitir 
expressamente a solução consensual, nos seguintes termos: “As ações de que trata este 
artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei”. 
 
18 
Assim, com o advento da Lei nº 13.964/2019 encerrou-se a discussão acerca da 
possibilidade de celebração de acordo de não persecução cível nos casos envolvendo 
improbidade administrativa. 
A expressão “acordo de não persecução cível” designa a ideia de autocomposição na 
esferade improbidade administrativa, que torna desnecessária a propositura ou a 
continuidade da ação eventualmente proposta com o objetivo principal de impor 
sanções ao agente ímprobo. Por outras palavras, estabeleceu-se, no plano normativo, 
instituto de consensualidade e cooperação que permite a conciliação antes ou depois da 
propositura da ação de improbidade administrativa. 
O acordo de não persecução cível tem natureza jurídica de negócio jurídico, na medida 
em que depende da clara e livre manifestação de vontade das partes. Embora os efeitos 
mais importantes deste negócio jurídico estejam previstos na lei, a declaração de 
vontade, ínsita ao acordo de não persecução cível, tornará específica a forma de 
incidência da norma no caso concreto, vinculando os pactuantes aos efeitos expressos 
no ajuste2. 
 
 
LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS - Lei nº 9296/96 - 
GABARITO 
 
157. A captação ambiental é um meio de obtenção de prova previsto 
exclusivamente prevista na Lei nº 12.850/13 e somente pode ser deferida no 
contexto das investigações referentes a crimes cometidos por organização 
criminosa. 
Resposta. ERRADO. A Lei nº 13.964/2019 veio suprir uma lacuna há muito criticada 
pela doutrina especializada, pois a captação de sinais eletromagnéticos apenas era 
prevista na Lei nº 12.850/13. Com a inovação, foi introduzido o art. 8ºA à Lei nº 
9.296/96 possibilitando a utilização de captação ambiental como meio de prova. 
A captação ambiental distingue-se da interceptação telefônica por se tratar de meio de 
obtenção de prova voltado a captação de imagens, sons e quaisquer outros sinais 
eletromagnéticos. 
 
2 Por Landolfo Andrade 
Disponível em < http://genjuridico.com.br/2020/03/05/acordo-de-nao-persecucao-civel/> Acesso em 30 
de maio de 2020. 
http://genjuridico.com.br/2020/03/05/acordo-de-nao-persecucao-civel/
 
19 
Apesar de haver posições em sentido contrário, a expressão “captação” ambiental deve 
ser tomada como um gênero, do qual são espécies a interceptação, a escuta e a gravação 
ambiental. 
 
INTERCEPTAÇÃO 
AMBIENTAL 
ESCUTA AMBIENTAL GRAVAÇÃO 
AMBIENTAL 
Ocorre quando um terceiro 
capta o diálogo ou as 
imagens envolvendo duas 
ou mais pessoas, sem que 
nenhum dos alvos saiba. 
Ocorre quando um terceiro 
capta o diálogo ou as 
imagens envolvendo duas 
ou mais pessoas, sendo 
que um dos alvos sabe que 
está sendo realizada a 
escuta. 
Ocorre quando o diálogo 
ou as imagens envolvendo 
duas ou mais pessoas é 
captado, sendo que um dos 
alvos é o autor dos 
registros. 
Também é chamada de 
gravação ambiental 
clandestina (obs: a palavra 
“clandestina” está 
empregada não na acepção 
de “ilícito”, mas sim no 
sentido de “feito às 
ocultas”). 
 
 
LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO – Lei nº 9.613/98 - GABARITO 
 
165. Para a apuração dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e 
valores admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes. 
Resposta: CERTO. O PAC acrescenta ao art. 1º da Lei 9.613/98 o § 6º, o qual expressa 
exatamente a possibilidade de utilização da ação controlada e da infiltração de agentes. 
Nos termos do art. Art. 4º-B da Lei 9.613/98, introduzido pela Lei 13.964/2019, “a 
ordem de prisão de pessoas ou as medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores 
poderão ser suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução 
imediata puder comprometer as investigações”. Desta feita, é possível que o juiz 
determine a suspensão da ordem de prisão de pessoas ou das medidas assecuratórias de 
bens, direitos ou valores quando a execução imediata puder comprometer as 
investigações, seja por impedir a impedir a identificação de outros criminosos 
envolvidos, seja por impedir a descoberta de outros bens objeto dos crimes previstos 
(princípio da oportunidade). 
 
20 
A chamada ação controlada consiste no retardamento da intervenção do aparato estatal, 
que deve ocorrer no momento mais oportuno do ponto de vista da investigação criminal 
e tem por função permitir ao magistrado identificar outros criminosos ou outros crimes 
que dificilmente seriam descobertos caso a ordem de prisão ou de medidas 
acautelatórias fossem cumpridas de plano. 
A infiltração de agentes é uma técnica especial de investigação por meio da qual um 
policial, escondendo sua real identidade, finge ser também um criminoso a fim de 
ingressar na organização criminosa e, com isso, poder coletar elementos informativos a 
respeito dos delitos que são praticados, identificando a forma de atuação, os locais onde 
atuam, o produto dos delitos e qualquer outra prova que sirva ao processo penal. 
Portanto, a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes na Lei 9.613/98 
torna mais eficiente a persecução penal dos crimes. 
 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO - Lei nº 10.826/2003 - 
GABARITO 
 
172. Configura crime impossível a venda ou entrega de arma de fogo, acessório ou 
munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial em atuação disfarçada, por se tratar de hipótese de 
flagrante preparado, figura que faz incidir o art. 17 do Código Penal. 
Resposta: ERRADO. O PAC regulamentou a figura dos agentes disfarçados, 
prescrevendo que incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, 
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios 
razoáveis de conduta criminal preexistente (Art. 17, §2º, Lei nº 10.826/2003). O PAC 
também amplia para o crime do art. 18 (tráfico internacional de arma de fogo) a referida 
figura. 
Com efeito, o novo parágrafo único deste dispositivo legal dispõe que: “incorre na 
mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação 
de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente”. 
Por agente disfarçado tem-se aquele que, ocultando sua real identidade, posiciona-se 
com aparência de um cidadão comum (não chega a infiltrar-se no grupo criminoso) e, 
 
21 
partir disso, coleta elementos que indiquem a conduta criminosa preexistente do sujeito 
ativo. O agente disfarçado ora em estudo não se insere no seio do ambiente criminoso e 
tampouco macula a voluntariedade na conduta delitiva do autor dos fatos3. 
Esta figura não se confunde com aquela do agente infiltrado, que, segundo a definição 
da jurisprudência do STF trata-se “daquele cuja atuação é repressiva e investigativa, ou 
buscando investigar organização criminosa já existente e a prática de crimes já 
consumados ou em consumação, logo a finalidade é justamente a de investigar crime 
específico, buscando, com as informações angariadas, desbaratar a organização 
criminosa (STF. HC 147.837/RJ, 2ª T., Rel. Min. Gilmar Mendes, 26/02/2019)”. 
A validade da atuação do agente disfarçado, que independe de prévia autorização 
judicial, está condicionada à presença de elementos probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente, característica esta que afasta a configuração de flagrante 
preparado. 
Dessa forma, não esbarra no óbice da Súmula 145, STF, segundo a qual “não há crime, 
quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”. 
 
 
LEI DE DROGAS - Lei nº 11.343/2006 - GABARITO 
 
178. Aldo, delegado de polícia, recebeu em sua unidade policial denúncia anônima 
que imputava a Mauro a prática do crime de tráfico de drogas em um bairro da 
cidade. A denúncia veio acompanhada de imagens em que Mauro aparece 
entregando a terceira pessoa pacotes em plástico transparente com considerável 
quantidade de substância esbranquiçada e recebendo dessa pessoa quantia em 
dinheiro. Em diligências realizadas, Aldo confirmou a qualificação de Mauro e, a 
partir das informaçõesobtidas, instaurou IP para apurar o crime descrito no art. 
33, caput, da Lei nº 11.343/2006 — Lei Antidrogas. Iniciado procedimento 
investigatório, um policial disfarçado foi até o local da venda das drogas e, 
fingindo ser usuário, adquiriu de Mario certa quantidade de droga. Logo após a 
finalização das negociações, foi dada voz de prisão a Mario que foi conduzido à 
delegacia para os procedimentos de praxe. 
 
3 Disponível em https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-
disfarcado-prevista-na-lei-13-9642019/ Acesso em 29 de maio de 2020. 
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-disfarcado-prevista-na-lei-13-9642019/
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-disfarcado-prevista-na-lei-13-9642019/
 
22 
Diante dessa situação hipotética, julgue: o flagrante de Mario padece de vício de 
ilegalidade. 
Resposta: ERRADO. Agente disfarçado: Por agente disfarçado tem-se aquele que, 
ocultando sua real identidade, posiciona-se com aparência de um cidadão comum (não 
chega a infiltrar-se no grupo criminoso) e, partir disso, coleta elementos que indiquem a 
conduta criminosa preexistente do sujeito ativo. O agente disfarçado ora em estudo não 
se insere no seio do ambiente criminoso e tampouco macula a voluntariedade na 
conduta delitiva do autor dos fatos4. 
Flagrante preparado: O flagrante preparado (também conhecido como flagrante 
provocado, crime de ensaio, delito de experiência) é aquele que ocorre por ação do 
chamado “agente provocador” – que induz, convence alguém a praticar suposto delito e, 
ao mesmo tempo, toma providências para impedir a consumação. Nesse sentido, eis a 
Súmula 145, STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna 
impossível a sua consumação. 
Modificação introduzida pela Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime): Art. 33. 
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à 
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, 
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: [...] 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado 
à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal 
ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios 
razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
O PAC cria a figura equiparada ao tráfico e regulamenta a atuação disfarçada do 
policial. 
Neste caso, o fato de o legislador ter tipificado, como crime autônomo, o envolvimento 
preexistente - por isso, voluntário - do investigado com a venda ou entrega desses 
artefatos ao policial, já será o suficiente para que se possa atestar o preenchimento de 
todas as elementares da figura típica, autorizando, pois, não apenas eventual prisão em 
flagrante, mas também a deflagração da persecução penal. 
 
4Disponível em https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-
disfarcado-prevista-na-lei-13-9642019/ Acesso em 29 de maio de 2020. 
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-disfarcado-prevista-na-lei-13-9642019/
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-disfarcado-prevista-na-lei-13-9642019/
 
23 
A validade da atuação do agente disfarçado, que independe de prévia autorização 
judicial, está condicionada à presença de elementos probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente, característica esta que afasta a configuração de flagrante 
preparado. 
Por fim, a atuação do agente disfarçado não está condicionada à autorização judicial 
prévia, nem tampouco de prévia comunicação ao juiz competente, como se exige no 
caso da ação controlada. 
 
 
LEI DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS – Lei nº 12.850/2013 – 
GABARITO 
 
190. O acordo de colaboração premiada é negócio jurídico pré-processual e meio 
de prova, que pressupõe utilidade e interesse públicos. 
Resposta: ERRADO. O acordo de colaboração premiada é negócio jurídico 
processual e meio de obtenção de prova, que pressupõe utilidade e interesse públicos 
(art. 3º-A da Lei 12.850/13). 
Nas palavras de Renato Brasileiro, a colaboração premiada é uma técnica especial de 
investigação por meio da qual o coautor e/ou partícipe da infração penal, além de 
confessar seu envolvimento no fato delituoso, fornece aos órgãos responsáveis pela 
persecução penal informações objetivamente eficazes para a consecução de um dos 
objetivos previstos em lei, recebendo em contrapartida, determinado prêmio legal. 
O primeiro erro da questão se destaca no termo pré-processual, sendo o acordo de 
colaboração premiada um negócio jurídico processual. O PAC trouxe a consagração de 
sua natureza jurídica de negócio jurídico processual, aditando a ela os pressupostos de 
utilidade e interesse públicos. 
O segundo equívoco da questão se refere a afirmação de que a colaboração premiada é 
um meio de prova. Importante ressaltar que a colaboração premiada já era tratada como 
meio de obtenção de prova desde antes da Lei nº 13.964/2019. Em que pese os termos 
meios de prova e meios de obtenção de prova parecerem sinônimos, trazem distinções 
profundas. 
Os meios de prova são os meios utilizados pelas partes no processo para o 
convencimento do juiz, que remontem à formação do fato criminoso (Ex. prova 
testemunhal, documental, etc). 
 
24 
Já os meios de obtenção de prova são os meios que objetivam adquirir a prova em si, 
servindo de instrumentos para o alcance desta (Ex. interceptação telefônica, busca e 
apreensão, etc). 
Em síntese, a principal diferença entre meio de prova e meio de obtenção de prova está 
no fato que de o primeiro é a própria prova (em si), e o segundo se revela no 
procedimento para se chegar à prova propriamente dita. 
Por fim, o Supremo Tribunal Federal, em vários julgados, já se referiu à colaboração 
como um meio de obtenção de prova e como um negócio jurídico processual (STF. PET 
7074/DF. Pleno, Rel. Min. Edson Fachin, 29/06/2017). 
 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR - GABARITO 
 
242. Ricardo, servidor da polícia militar do Rio de Janeiro, figura como 
investigado em diversos inquéritos policiais militares, cujos objetos se referem à 
investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício 
profissional. Apesar de sigiloso o inquérito, o indiciado poderá constituir defensor, 
no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, inclusive nas hipóteses dos arts. 42 a 47 
do Código Penal Militar, tais como a excludente do crime de estado de necessidade, 
exercício regular de direito e excesso escusável. 
Resposta: CERTO. O sigilo do inquérito, já inserido na lei processual penal, já permitia 
que fosse dado conhecimento ao advogado do indiciado no art. 16 do CPPM. Todavia, a 
Lei 13.964/2019 acrescentou o art. 16-A ao Código de Processo Penal Militar, 
prescrevendo as situações permitidas quando o objeto da investigação diz respeito 
aos fatos relacionados ao uso de força letal praticados no exercício da profissão, de 
forma consumada ou tentada. Vejamos os dispositivos do CPPM e as hipóteses 
elencadas no Código Penal Militar, in verbis: 
Código de Processo Penal Militar: “Art. 16-A. Nos casos em que servidores das polícias 
militares e dos corpos de bombeiros militares figurarem como investigados em 
inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a 
investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício 
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas nos 
arts. 42 a 47do Código Penal Militar, o indiciado poderá constituir defensor.” 
 
25 
Código Penal Militar: “Exclusão de crime - Art. 42. Não há crime quando o agente 
pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito 
cumprimento do dever legal; IV - em exercício regular de direito. Parágrafo único. Não 
há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na 
iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, 
a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o 
desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 
Estado de necessidade, como excludente do crime - Art. 43. Considera-se em estado 
de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo certo 
e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, 
por sua natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente 
não era legalmente obrigado a arrostar o perigo. 
Legítima defesa - Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a 
direito seu ou de outrem. 
Excesso culposo - Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime, 
excede culposamente os limites da necessidade, responde pelo fato, se êste é punível, a 
título de culpa. 
Excesso escusável - Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de 
escusável surprêsa ou perturbação de ânimo, em face da situação. 
Excesso doloso - Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por 
excesso doloso. 
Elementos não constitutivos do crime 
Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime: 
I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando não conhecida do agente; 
II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, 
ou a de sentinela, vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a agressão.” 
Ademais, o Pacote Anticrime disciplinou a defesa do investigado no §1º do art. 16-A do 
CPPM, o qual deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo 
constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da 
citação. Esgotado esse prazo sem nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade 
responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o 
investigado à época da ocorrência dos fatos, para que esta, no prazo de 48 (quarenta e 
oito) horas, indique defensor para a representação do investigado. 
 
26 
REFERÊNCIAS 
 
AVENA. Norberto Cláudio Pêncaro. Processo penal: esquematizado. 7ª ed. Rio de 
Janeiro: Forense: São Paulo: MÉTODO, 2015. 
 
CABETTE, Eduardo Luiz Santos; CARUSO, Gianfranco Silva. Lei anticrime e crimes 
hediondos. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 25, n. 6090, 4 mar. 
2020. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/79849. Acesso em: 26 de maio de 2020. 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Anuário de Atualidades Jurídicas de 2019. 
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não é possível a execução provisória da pena 
mesmo em caso de condenações pelo Tribunal do Júri. Buscador Dizer o Direito, 
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CUNHA, Rogério Sanches. A nova figura do agente disfarçado prevista na Lei 
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https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-
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LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: volume único. 8ª ed. Salvador: 
Ed. JusPodivm, 2020. 
 
LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação Criminal Especial Comentada. 8ª ed. Salvador: 
Ed. Juspodivm, 2020. 
 
LOPES JUNIOR, Aury Direito processual penal / Aury Lopes Junior. – 17. ed. – São 
Paulo : Saraiva Educação, 2020. 
 
TAVORA, Nestor e ALENCAR Rosmar Rodrigues. Comentários ao Anteprojeto da Lei 
Anticrime. Salvador. Ed. Juspodivm, 2019. 
 
E-book “Pacote Anticrime – As modificações no sistema de justiça criminal brasileiro” 
de autoria de Estácio Luiz e Pedro Tenório, ano 2020. 
 
Material disponibilizado gratuitamente pelo proprietário do perfil no Instagram 
@parquet_jurídico, acessível através do link: 
https://drive.google.com/file/d/1X6jWh9O7tVdnY_Fu-FaqAhpasrZgI0Sf/view. Acesso 
em 19 de março de 2020. 
 
Material Pacote Anticrime, Curso Vipjus. Disponível em 
https://materiais.vipjus.com.br/material-pacote-anticrime. Acesso em 12 de maio de 
2020. 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/803a82dee7e3fbb3438a149508484250
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/803a82dee7e3fbb3438a149508484250
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/author/rogerio-renee-caroline/
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/12/27/nova-figura-agente-disfarcado-prevista-na-lei-13-9642019/
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https://drive.google.com/file/d/1X6jWh9O7tVdnY_Fu-FaqAhpasrZgI0Sf/view
https://materiais.vipjus.com.br/material-pacote-anticrime
 
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Metzker, David. Lei Anticrime (Lei 13.964/2019): Comentários às modificações no CP, 
CPP, LEP, Lei de Drogas e Estatuto do Desarmamento / David Metzker – Timburi, SP: 
Editora Cia do eBook, 2020. 
Jurisprudência e comentários a leis e julgados: site Dizer o Direito.

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