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Teoria Geral da administração
anotações de estudos Unidade II
Elaborado por:
Gabriela Bugatti, Melissa Barroso, Rebecca Moscatelli, Filipe, Raíssa
Belo Horizonte
2023
Hoje, os diferentes modelos teóricos e administrativos desenvolvidos ao longo da história orientam e moldam como as organizações são estruturadas e gerenciadas, influenciando estilos de trabalho, tomada de decisão, hierarquias e cultura organizacional. Dentre esses modelos, destacam-se a abordagem clássica, a escola interpessoal, a abordagem comportamental, a teoria da contingência, a teoria burocrática, o fordismo, o Toyotismo e o volvismo. Cada um desses modelos agregou contribuições significativas para a teoria e prática de gestão e suas aplicações, mas possuem em si limitações que devem ser abordadas de forma crítica para uma análise clara e racional de suas funcionalidades. Este trabalho tem como objetivo adentrar e explorar algumas dessas teorias e suas correlações para compreender a evolução da coordenação gerencial como campo de estudo e a forma que esses modelos influenciam no modo de gerir as organizações na atualidade.
No que diz respeito a importância das transformações tecnológicas para a organização do trabalho e da produção, o texto de ‘‘Maquinaria, taylorismo e fordismo: a reinvenção da manufatura’’ Moraes Neto, E. R. (1986) discorre sobre o processo de evolução, desde os primórdios da manufatura até o Fordismo, onde o processo laboral é transportado para maquinários, sobre esse evento Moraes Neto salientou:
‘’Em Marx, o que apreendemos são os fenômenos da "apendicização" do homem à máquina, da objetivação do processo de trabalho, da transformação do processo de trabalho em uma aplicação tecnológica da ciência, da transformação do trabalho vivo em coisa supérflua’’. (Moraes Neto, 1986, p. 31)
Tendo em vista suas colocações, é possível concluir que no contexto apresentado o trabalho humano era cada vez mais subordinado às exigências da produção em massa, o que implicou em "apendicização" do homem à máquina, em suma, o trabalhador se torna uma extensão da máquina, sendo obrigado a aumentar seu ritmo e padronização de trabalho. No contexto da obra esses sistemas de produção trouxeram avanços significativos em termos de produtividade, mas também foram criticados pelo teor pouco humano do trabalho e sua tendência à exploração dos trabalhadores, por sua vez, dando continuidade a explicação dos modelos de produção, o texto "Fordismo, Toyotismo e Volvismo" de Thomaz Wood Jr. (2002) explana os a transição do fordismo para o Toyotismo e posteriormente para o volvismo, apresentando uma análise detalhada das transformações dos modelos de produção, destacando as características e limitações do fordismo, a flexibilidade do Toyotismo e a incorporação novas tecnologias no volvismo, suas análises evidenciam a necessidade de adaptação às mudanças do mercado a importância de ter um sistema que além de eficiência entregue qualidade na produção.
‘’A Volvo, especialmente na planta de Uddevalla, combinou aspectos da produção manual com alto grau de automação. Isto permitiu imensa flexibilidade tanto de produto quanto de processo. Complementarmente, a reprofissionalização dos operários ajustou-se à necessidade de enfrentar a demanda por produtos variados, competitivos e de alta qualidade". (Wood JR, 1992, p. 18) 
Ao colocar as temáticas lado a lado, enquanto Moraes Neto (1986) apresenta uma visão crítica do taylorismo e do fordismo, destacando seus efeitos negativos sobre a qualidade de vida dos trabalhadores e a desumanização do trabalho, Wood Jr. (2002) apresenta uma visão mais positiva do Toyotismo e do volvismo, destacando a importância da participação dos trabalhadores e da flexibilidade na produção industrial; no entanto, ambos os autores apontam para a importância da tecnologia na produção industrial e suas consequências para os trabalhadores.
No texto "A Mecanização assume o Comando: as Organizações Vistas como Máquinas" (Morgan, 1996), que apresenta uma reflexão sobre o modelo de gestão mecanicista e burocrático que, é possível encontrar pontos de relação com os textos de Thomaz Wood Jr. e Moraes Neto, por exemplo, quando o autor do segundo texto afirma:
‘"Ao considerar a organização como um processo racional e técnico, a imagem mecânica tende a subestimar os aspectos humanos da organização e negligenciar o fato de que as tarefas das organizações são muito mais complexas, incertas e difíceis do que as desempenhadas pela maioria das máquinas. As vantagens e limitações da máquina como uma metáfora da organização refletem-se nas vantagens e limitações da organização mecanicista na prática." (Morgan, 1996, p.50)
 
A inserção das máquinas na sociedade, desde as revolução e evoluções de modelos de produção, fez com que esta adquirisse os princípios mecanicistas, tais como a racionalidade, pontualidade e repetição, que pode ser vista na rotina baseada em horários, um meio racional de organizar o tempo, no texto ‘’O orçamento’’ (Benedetti, 1949), um conto cuja narrativa percorre a rotina burocrática de um escritório administrativo, no decorrer do conto é notório o descaso da empresa com os funcionários, em que a hierarquia é clara, colocando os trabalhadores no papel subordinativo, conceito enfatizado na teoria weberiana, em que a aceitação e a subordinação são meios de dominação e poder. A teoria Weberiana de burocracia e sua influência nas escolas são amplamente exploradas no texto ‘’A Influência do Modelo Weberiano de Burocracia na Escola Clássica, Escola de Relações Humanas e Abordagem Comportamental’’ (Pivetta et al., 20170) e em ‘’Burocracia, poder e controle’’ (Faria, J. H. de, & Meneghetti, F. K, 2018), que por sua vez adentra na forma como Maurício Tragtenberg e Fernando Cláudio Prestes Motta concebem a burocracia.
No texto ‘’participação e bibliotecas’’, de Ana Maria Rezende Cabral, que discute sobre a burocracia no contexto das bibliotecas, destaca a recorrência em que o bibliotecário se vê cercado limitações em sua autonomia para tomada de decisões sobre diretrizes e prioridades, resultado do sistema em estrutura hierárquica vertical que resulta em um bibliotecário que muitas vezes se vê restrito a executar ordens e prestar contas aos seus superiores, em vez de ter ampla autonomia e gerir o espaço da maneira mais eficaz e funcional.
‘’Para que estes princípios sejam executados, existe uma cadeia hierárquica, de mando e subordinação, que está firmemente ordenada no sistema burocrático.’’ (Pivetta et al., 2019, p. 95)
Conclui-se, portanto, que a rigidez processual e burocratização, embora favoreça a eficiência coloca a flexibilidade e inovação em detrimento, todo modelo de gestão deve adaptar-se aos novos contextos e desafios enfrentados pelas empresas e organizações contemporâneas.
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