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Constituição e Atividade Econômica

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Constituição e Atividade Econômica 
 
A Constituição é vital para o entendimento do trabalho e da economia como 
fenômenos jurídicos, principalmente dos princípios norteadores da 
economia e do trabalho como atividades humanas. Historicamente, as 
constituições, segundo alguns estudiosos, poderiam ter surgido na forma de 
leis que organizavam, na Grécia Antiga, as chamadas Cidades-Estados. 
 
Contudo, provavelmente a partir da Idade Média, pode-se indicar com maior 
precisão o surgimento de elementos precursores das constituições – por 
exemplo, a Magna Carta (1215); Petition of Rights (1628); Bill of 
Rights (1689). A partir do século XVIII, as constituições passaram a ser 
vistas como os principais instrumentos de organização social e política de 
um Estado e de uma sociedade. 
 
Essa valorização da Constituição deu ensejo ao constitucionalismo que, 
fortalecido pelas revoluções norte-americana (1776) e francesa (1789), 
defendia: 
 
• A organização do Estado por uma Constituição; 
 
• A separação dos poderes estatais; 
 
• A limitação do poder estatal – este último especialmente com a 
criação de direitos e garantias fundamentais. 
 
O trabalho, contudo, não foi contemplado de modo detalhado nas primeiras 
constituições – a partir do século XVIII. Contemplou-se, inicialmente, direito 
à vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Eram tempos de 
Revolução Industrial, em que a economia viveu o seu auge em termos de 
ausência de limites para a sua manifestação – economia capitalista – e o 
trabalho assalariado não era, de modo algum, regulamentado. Na verdade, 
era desenvolvido sem limites jurídicos claros. 
 
Na passagem do século XVIII para o XIX, o trabalho assalariado foi inserido 
dentro de um contexto ideológico novo, com a produção de excedentes, 
mecanização, adoção de sistemas produtivos regulares e remuneração 
laboral sobre a produção – e não das horas de trabalho. 
 
O trabalho, nesse momento, inclusive, sofria diversos problemas: ausência 
completa de garantias laborais, trabalho penoso e extenuante, baixa 
remuneração e somente sobre o produzido, ausência de jornada laboral 
definida, trabalho inseguro – alto número de acidentes no trabalho. 
 
O foco, em verdade, era a produção econômica, tratava-se de ampliar 
mercados, era, enfim, viver o capitalismo de modo pleno, sem restrições de 
qualquer ordem. As críticas às condições de trabalho criaram as 
circunstâncias para que surgisse, no início do século XIX, um movimento 
posteriormente denominado socialismo utópico, encabeçado por Robert 
Owen e Saint Simon. 
 
Os socialistas utópicos defendiam a mudança social e, principalmente, as 
mudanças nas condições de trabalho pelo diálogo e convencimento pacífico 
dos capitalistas – empregadores. O resultado concreto desse movimento, 
contudo, foi praticamente nenhum. 
 
Em meados do século XIX, mais precisamente em 1848, na Alemanha, foi 
lançado O Manifesto Comunista, obra do economista Karl Marx e do escritor 
Friedrich Engels, em cuja capa constava: “Proletários do mundo, uni-vos!” 
O impacto do Manifesto na Europa foi enorme. Baseado na premissa de que 
“a história da humanidade é a história da luta de classes”, a referida obra 
rompeu com o socialismo utópico e trouxe novas ideias, a saber: 
 
• Não há diálogo possível entre capitalistas e proletários; 
 
• Os proletários devem tomar o poder; 
 
• A propriedade privada deve ser abolida, estatizada; 
 
• O capitalismo deve ceder espaço à ascensão do socialismo. 
 
Karl Marx, sem Engels, editou o primeiro volume de O Capital em 1867 e 
aprofundou ideias contidas no Manifesto, ao lado de outras, então novas, 
vejamos: 
 
• Mais-valia: o tempo que o empregado – proletário – trabalha com 
vistas a gerar lucro ao seu empregador; 
 
• Exército vermelho: os proletários deveriam criar uma força armada 
para combater os burgueses e capitalistas; 
 
• Acumulação primitiva: Marx descrevia o processo histórico de 
apropriação de uma parcela da população – capitalistas – em 
detrimento de outra – proletários; 
 
• Força de trabalho: único “bem” de que dispunha o proletário, sendo 
que tal elemento era controlado e submetido pelos capitalistas 
segundo os seus interesses. 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
| Fechamento da Unidade 
Nesta Unidade, estudamos as profundas mudanças ocorridas na sociedade a partir do 
século XVIII, pudemos estudar vários aspectos relacionados à atividade econômica, bem 
como ao trabalho. O ponto de inflexão fundamental aqui é a Revolução Industrial e as 
modificações que esse evento gerou nas relações econômicas e laborais. 
Por um outro lado, a Constituição é um fenômeno social vital para que se possa entender 
não apenas a formação do trabalho como conhecemos, mas, também, a organização da 
sociedade e do Estado. Além disso, as constituições, mormente a partir do século XVIII, 
passaram a prever direitos fundamentais em seu seio, algo extremamente importante na 
construção de uma sociedade de fato civilizada. 
No auge da Revolução Industrial, o foco, em verdade, era a produção econômica, tratava-
se de ampliar mercados, era, enfim, viver o capitalismo de modo pleno, sem restrições de 
qualquer ordem. Muito embora submetidas a diversas críticas, as condições de trabalho 
só foram questionadas de fato com o advento do socialismo científico de Marx e Engels, 
a partir de 1848. 
Atividade econômica entra no século XX pressionada por mudanças. Primeiro, por uma 
regulação maior, o que de fato acabou acontecendo: jornada laboral, férias, licença 
gestante etc. Segundo, essa mesma atividade deveria ter uma preocupação social maior, 
o que também aconteceu, especialmente com o surgimento do Estado Social de Direito.

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