Prévia do material em texto
ANHANGUERA-UNIDERP CURSO - MEDICINA VETERINÁRIA DENÍLSON ARGUELHO LINO1 THAÍS THALIA COSTA OLIVEIRA2 RELATORIO AULA PRÁTICA: BACTERIOLOGIA. COLORAÇÃO DE GRAM CAMPO GRANDE- MS 2023 1 RA: 399071913328 2 RA: 369756313328 DENÍLSON ARGUELHO LINO THAÍS THALIA COSTA OLIVEIRA RELATORIO AULA PRÁTICA: BACTERIOLOGIA. COLORAÇÃO DE GRAM Trabalho apresentado no Curso de Medicina Veterinária das Faculdades Anhanguera UNIDERP de Campo Grande como pré- requisito para a obtenção de nota semestral. Professores: Vanessa e Giovane CAMPO GRANDE- MS 2023 3 Figura 1:Parede celular bactéria Gram positiva Figura 4: Parede celular bactéria Gram negativa. Figura 3: Vista microscópica de bactérias Gram negativa. 1 OBJETIVO Com a orientação da professora Vanessa, a aula prática, realizada no dia 23/08/2023, teve como objetivos vivenciar uma rotina em um laboratório. O principal deles era ensinar a técnica de coloração de Gram que permite a identificação de bactérias presentes nas amostras biológicas em um curto espaço de tempo. O método foi descoberto por um médico dinamarquês chamado, Hans Cristian Joaquim Gram, em 1884. Com uma série de análises, Gram percebeu a existência de coloração diferentes para as bactérias, algumas ficavam roxas e outras vermelhas. Dessa forma, o cientista conseguiu classificar as bactérias que estava observando em dois grandes grupos. As bactérias que ficaram roxas foram denominadas de Gram-positivas e as vermelhas ele denominou de Gram-negativas. As bactérias Gram-positivas retêm o cristal violeta devido a presença de uma espessa camada de peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, como ilustrado na figura 1, apresentando-se na cor roxa, de acordo com a figura 2. Já as bactérias Gram-negativas possuem uma parede de peptidoglicano mais fina, conforme figura 3, que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de coloração final como mostra a figura 4. Figura 2: Vista microscópica de bactérias Gram positivas 4 A partir do resultado da leitura da lâmina faz-se uma avaliação qualitativa, quantitativa e morfológica da bactéria presente, isso com base nas propriedades tintoriais e em conjunto com os demais sinais clínicos. Assim podendo fornecer informações sobre a conduta terapêutica mais eficaz para o tratamento contra a bactéria. 5 2 LISTAS DE MATERIAS USADOS PARA A METODOLOGIA DE COLORAÇÃO DE GRAM. ✓ Água corrente ✓ Alça de platina ✓ Álcool ✓ Bico de bunsen ✓ Cronômetro ✓ Fosforo ✓ Lâmina para microscópio ✓ Lápis ✓ Lugol fraco ✓ Meio de cultura de bactérias Staphylococcus ✓ Microscópico ✓ Óleo de imersão ✓ Pia ✓ Pinça De Madeira Para Tubo De Ensaio ✓ Pipeta pasteur ✓ Safranina ✓ Violeta Genciana. 6 3 PASSO A PASSO DA TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE GRAM. 1. Confeccione o esfregaço lâmina. 2. Espere secar. 3. Flambar a lâmina 4. cubra a lâmina com cristal violeta e deixe agir por 60 segundos. 5. Lave em água corrente. 6. cubra a lâmina com lugol e deixe agir por 60 segundos. 7. Lave em água corrente 8. cubra a lâmina com álcool e deixe agir por 04 segundos 9. Lave em água corrente 10. Cubra a lâmina com fucsina e deixe agir por 30 segundos. 11. Lave em água corrente. 12. Espere a lâmina secar. 13. Cubra com óleo de imersão sobre o esfregaço. 14. Leia em objetiva de imersão (100 X). Lugol Figura 5: Passo a passo da Coloração de Gram. 7 Figura 6: Esterilização alça de platina. 4 DESCRIÇÃ DO PROCESSO DA COLORAÇÃO DE GRAM. Utilizando um fósforo, inicia-se a ignição do bico de Bunsen. Para esterilizar a alça de platina, é necessário introduzi-la na chama até que atinja um ponto de incandescência, como mostrado na figura 6. Após esse processo, a alça é removida da chama, mas é mantida em proximidade constante dela, conforme ilustrado na figura 7. Em seguida, abre-se o meio de cultura e esteriliza-se a boca do tubo na chama (figura 7). Depois introduz-se a alça dentro do tubo retirando uma pequena amostra que é esfregue na lâmina (figura 8 e 9). Feito isso, flambe-se a lâmina passando-a rapidamente por três vezes na chama (figura 10). Figura 7: Mantendo a alça de platina próximo a chama e esterilizando a boca do tubo do meio de cultura Figura 8: Retirando amostra de bactérias do meio de cultura. Figura 9: esfregaço da amostra na lâmina 8 Feito isso, foi posta a lâmina sobre a pia onde se iniciou o processo de coloração, começando por cobrir a lâmina com o cristal violeta e deixando-o agir por 60 segundos (figura 11). Passado esse tempo foi feito o enxague em água corrente (figura 12). Logo após, cobre-se a lâmina com lugol, deixando agir também por 60 segundos (figura 13) e lavando novamente em água corrente para retirada de todo o produto. Em seguida, coloca- se álcool sobre a lâmina deixando agir por 04 segundos e lavando outra vez em água corrente (figura 14). Figura 10: Flambagem da lâmina Figura 11: Cristal violeta agindo na amostra. Figura 12: Lavando a amostra em água corrente. 9 6 Por fim, adicione fucsina cobrindo a lâmina deixando agir por 30 segundos (figura 15). Depois do tempo necessário, lave a amostra em água corrente e espere secar (figura 16). Com a lâmina seca, goteje algumas gotas de óleo de imersão sobre o esfregaço (figura 17) e faça a leitura na objetiva de 100 X no microscópio. Figura 13: Lugol agindo sobre a amostra. Figura 14: Lavando o álcool logo após ele agir por 04 segundos em água corrente. Figura 15: Cobrindo a lâmina com fucsina e deixando agir por 30 segundos. Figura 16: esperando o esfregaço secar. Figura 16: Gotejando óleo de imersão no esfregaço. 10 5 RESULTADOS. Realizou-se um esfregaço utilizando amostras biológicas de Staphylococcus, um tipo de bactéria com características distintas. Esses micro-organismos são esféricos, podendo viver em ambientes aeróbios ou facultativos, sendo classificados como Gram positivos e formando aglomerados semelhantes a cachos de uva (conforme ilustrado na Figura 18). Eles podem ser imóveis em grande parte e ocasionalmente possuir cápsulas, mas não têm a capacidade de formar esporos. São considerados microrganismos não exigentes, o que significa que crescem bem em meios de cultura comuns, e podem sobreviver em uma faixa de temperatura que varia de 6°C a 48°C, além de suportarem valores de pH entre 4,2 e 9,3. Figura 17: Leitura microscópica da bactéria Staphylococcus Essas bactérias são patogênicas tanto para seres humanos quanto para animais, causando uma variedade de doenças. Entre essas doenças estão dermatites, piodermites, mastite, foliculite, endometrite, conjuntivite, pododermatite, onfalite, linfadenite, cistite, pneumonia, meningite, endocardite e outras. Infelizmente, o resultado do esfregaço não atendeu às expectativas. Isso ocorreu devido à adição excessiva de amostra biológica, o que prejudicou a fixação correta da coloração de Gram. Essa inadequação comprometeu a possibilidade de analisar as características da bactéria por meio do microscópio.11 6. ANÁLISE. Apesar da frustração por não conseguir ler a amostra biológica sob o microscópio, sob a orientação da professora Vanessa, obtivemos uma experiência prática significativa sobre a execução da técnica da coloração de Gram. Durante esse processo, adquirimos um entendimento detalhado dos passos envolvidos e da relevância dessa técnica na rotina laboratorial. A coloração de Gram é um procedimento de curta duração que nos permite identificar e categorizar as bactérias em dois grupos distintos: as Gram-positivas, que adquirem uma coloração roxa, e as Gram-negativas, que se tingem de vermelho. A partir dessa diferenciação, conseguimos obter informações valiosas que orientam a escolha da abordagem terapêutica mais eficaz no combate às bactérias. 12 RERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS SANTOS, A. L., et al. Staphylococcus aureus: visitando uma cepa de importância hospitalar • J Bras Patol Med Lab • v. 43 • n. 6 • p. 413-423 • dezembro 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1676-24442007000600005. Acesso em: 26 de agosto de 2023. FREITAS, Valdionir da Rosa; PICOLI, Simone Ulrich. A coloração de Gram e as variações na sua execução. NewsLab, São Paulo, SP, v. 14, n. 82, p. 124-128, out. 2006. [190773]. Disponível em: < https://docs.ufpr.br/~microgeral/arquivos/pdf/pdf/Gram.pdf>. Acesso em: 26 de agosto de 2023. https://doi.org/10.1590/S1676-24442007000600005 https://docs.ufpr.br/~microgeral/arquivos/pdf/pdf/Gram.pdf