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Resumo - Desenho Técnico

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Resumo Avaliação I – Desenho Técnico
Sistema CAD
Os sistemas CAD – Computer Aided Design- (desenho ou projeto auxiliado por computador) são um conjunto de programas computacionais que auxiliam engenheiros, arquitetos e designers na concepção, elaboração e especificação de seus projetos e produtos. Sua principal finalidade é desenvolver desenhos e projetos no computador em substituição aos instrumentos tradicionais de desenho. 
Evolução do CAD: 1º MOMENTO: Representações de projeções ortogonais múltiplas (2D). Anos 80. 2º MOMENTO: Representação de modelos tridimensionais (3D). Anos 90. 3º MOMENTO: Simulação de um projeto sob uma variedade de condições (CAE).
O AUTOCAD é um software de classificação CAD desenvolvido pela Autodesk no ano de 1982. Com este programa, é possível desenvolver projetos e visualizá-los em três dimensões: largura, altura e profundidade, e movimentá-los em diversas posições.
Representação dos Desenhos 
Existem duas formas de representação gráficas: 
Desenho artístico: forma de comunicação de ideias e sensações, que estimula a imaginação do espectador. transmite a ideia dos artistas e seus sentimentos de maneira pessoal, refletindo o gosto e a sensibilidade de quem o criou. Um artista não tem o compromisso de retratar fielmente a realidade. 
Desenho técnico: forma de comunicação rápida e precisa, com a finalidade de representação baseada em normas dos objetos, usando linhas, símbolos, números e indicações escritas. Transmite com exatidão todas as características do objeto e é interpretado da mesma maneira por diversos profissionais. 
Grau de elaboração 
Os desenhos podem ser de quatro tipos quanto ao grau de elaboração: esboço, croqui, desenho preliminar e desenho definitivo. 
Esboço: é a representação gráfica do desenho na fase inicial, ou seja, na primeira forma de comunicação entre a ideia e a realização do projeto. Em geral a mão livre, não responde a uma norma, não tem uma escala definida. Contudo, deve respeitar as proporções.
Croqui: é um esboço que mostra beleza e design, e que ainda pode ser alterado. O croqui pode ser encarado como o esboço passado a limpo. É uma representação gráfica a mão livre, mas nada impede que também use outros instrumentos para auxiliar na composição. 
Desenho preliminar: também chamado de anteprojeto. Representa o estágio intermediário da elaboração do projeto, em que precisam constar todas as medidas e que ainda são possíveis modificações. 
Desenho definitivo: é completo, elaborado de acordo com as normas e corresponde a solução final do projeto, ou seja, é o desenho de execução (aprovado). 
Instituições normativas 
Os desenhos técnicos são normatizados no Brasil pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O conjunto de normas brasileiras que regem o desenho técnico abrange questões referentes a representação de desenho, tais como: formatos de papel, tipos de linhas, escala, caligrafia técnica, cotagem, legendas, dentre outros.
As principais normas utilizadas em desenho técnico no Brasil são: 
NBR 10647 – Norma geral do desenho técnico: cujo objetivo é definir os termos empregados em desenho técnico. 
NBR 10068 – Folha de desenho, layout e dimensões: padroniza as dimensões das folhas e define seu layout com suas respectivas margens e legenda.
NBR 13142 – Dobramento de folhas: fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho, para facilitar a fixação em pastas, eles são dobrados até as dimensões do formato A4. 
NBR 8402 – Caligrafia técnica: execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos, visando a uniformidade e a legibilidade para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, fixou-se as características de escrita em desenhos técnicos.
NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenho técnico: tipos e largura das linhas. 
 NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico: essa norma fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. 
NBR 8196 – Emprego de escalas: essa norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos. 
NBR 12298 – Representação de áreas de corte por meio de hachuras em desenho técnico: essa norma fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em desenho técnico. 
NBR 10582 – Definição da folha para desenho técnico: distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, margem, gramatura etc.
NBR 10126 – Emprego de cotas em desenho técnico: fixa os princípios gerais de contagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos.
Classificação do Lápis 
Costuma-se classificar o lápis através de números, letras, ou ambos, de acordo com o grau de dureza do grafite (que também é chamado de “mina”). 
Classificação dos lápis por números: 
 Nº 1 – macio: usado para esboçar e para destacar traços que devem sobressair; 
Nº 2 – médio: é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral; 
 Nº 3 – duro: muito utilizado em desenho geométrico e técnico.
Classificação por letras: 
B – Macio: equivale ao grafite no 1; 
HB – Médio: equivale ao grafite no 2; 
H – Duro: equivale ao grafite no 3
Classificação por números e letras: 
Essa classificação precedida de números dará a gradação que vai de 6B (muito macio) a 9H (muito duro). 
 2H, 3H até 9H – muito duro: grau de dureza mais alto, utilizado para desenhos finais; quanto maior o H, mais rígido e fino o traço e; não apaga facilmente; 
 HB – médio: excelente para uso geral; para layouts, artes finais e letras; 
2B, 3B até 6B – muito macio: a ponta e mais macia e dissolve mais, deixando o traço mais macio e grosso.
Folhas 
Construções Geométricas Fundamentais 
Retas perpendiculares: duas retas são perpendiculares quando são concorrentes, ou seja, com um único ponto comum e formam quatro ângulos retos. 
Retas paralelas: duas retas são paralelas quando estão no mesmo plano e não se cruzam. 
Mediatriz: divide ao meio um arco ou um segmento de reta.
Geometria Descritiva 
Ciência que estuda os métodos de representação rigorosa de figuras tridimensionais num plano e / ou em planos perpendiculares entre si.
Projeção Ortográfica
O raio projetante parte do centro de projeção, passa pelo objeto, e “projeta” sua imagem no plano de projeção. Essa projeção pode ser oblíqua ou ortogonal a esse plano de projeção, dependendo da direção que foi adotada. 
A projeção de um objeto nada mais é do que a representação deste em um plano bidimensional. A representação de objetos tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais, utilizando projeções ortogonais.
Utilizando o sistema de projeções cilíndricas ortogonais, o matemático francês Gaspard Monge criou a Geometria Descritiva que serviu de base para o Desenho Técnico. Utilizando dois planos perpendiculares, um horizontal e outro vertical, ele dividiu o espaço em quatro partes denominados diedros. O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares entre si, criado por Gaspar Monge, é também conhecido como Método Mongeano.
Diedro 
Um diedro é determinado pela interseção de dois planos ortogonais. Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os diedros são numerados no sentido anti-horário. O 1º, 2º, 3º e 4º diedros são espaços tridimensionais imaginários resultantes da alocação a 90° entre si de um semiplano horizontal e um vertical.
Como o objetivo é visualizar o objeto em um só plano, o desenho é denominado “épura”, ou planificação do diedro. A linha determinada pelo encontro dos dois planos é chamada de Linha de Terra (LT). 
O 1° diedro é preferencialmente utilizado no Brasil e nos países europeus, entretanto, alguns países, por exemplo, os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro. 
Desenho Técnico Arquitetônico 
Os projetos arquitetônicos devem conter todas as informações necessárias para que possam ser completamente entendidos, compreendidos e executados. O projeto de arquitetura é composto por informações gráficas, representadas pelos desenhos técnicos através de plantas,cortes, elevações e perspectivas – e por informações escritas – memorial descritivo e especificações técnicas de materiais e sistemas construtivos. 
O desenho arquitetônico é uma especialização do desenho técnico normatizado voltada para a representação dos projetos de arquitetura. O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um conjunto de símbolos que expressam uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). É através dele que o arquiteto transmite as suas intenções arquitetônicas e construtivas. 
A representação de um projeto arquitetônico inclui (no mínimo) os seguintes desenhos: 
Planta baixa. Cortes verticais. Fachadas. Planta de cobertura e locação. Planta de situação
Planta baixa 
Planta baixa é a representação gráfica de uma vista ortográfica seccional que se obtém fazendo passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso, a uma altura de 1,20 a 1,50 m, em relação ao piso do pavimento em questão e considerando o sentido de visualização do observador de cima para baixo, acrescido de informações técnicas. Na planta baixa são determinadas as dimensões e a distribuição interna dos ambientes. A planta baixa deve conter: Demarcação das paredes; Projeção dos beirais; Posição e dimensões das esquadrias; Representação das louças sanitárias; Representação dos quadriculados representativos de “pisos frios”; Representação dos textos e cotas. 
A quantidade de plantas baixas para representar um edifício está diretamente relacionada ao número de pavimentos que ele apresenta. Por exemplo, se um edifício possui somente o pavimento térreo, ele terá uma planta baixa, enquanto um edifício que possui subsolo, térreo e um andar, havendo estruturas arquitetônicas diferentes entre os pavimentos, terá três plantas baixas, e assim por diante. Caso o edifício possua mais de um pavimento com a mesma planta baixa, ou seja, com a mesma estrutura arquitetônica, ela receberá o nome de “planta baixa do pavimento tipo”, sendo que os demais receberão a denominação do respectivo pavimento.
Cortes 
CORTES são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo “corte”, obtidas quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção VERTICAL, normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um conjunto de informações escritas que o complementam. O corte resulta da passagem de um plano vertical através da edificação. 
Os cortes são elaborados para o esclarecimento de detalhes internos de elementos que se desenvolvem em altura, e que, por consequência, não são devidamente esclarecidos em planta baixa. 
Em um projeto arquitetônico deverão existir pelo menos dois cortes: 
• Corte transversal – corte no sentido do menor comprimento da edificação. 
• Corte longitudinal – corte no sentido do maior comprimento da edificação
A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a sua localização. 
Na maioria dos casos a indicação dos cortes é feita por linhas de corte traçadas em reta, no entanto, dependendo do projeto, pode haver a necessidade de mostrar outros elementos que não estão na mesma direção. Nesses casos consideram-se desvios que também precisam ser marcados na planta baixa. A representação deve ser feita levando em conta os mesmos aspectos do corte tradicional, mas segue-se o “caminho” feito pela linha para definir quais elementos serão representados. 
É um recurso muito utilizado para representar mais efetivamente detalhes internos de componentes ou montagens. Corte é a denominação dada a representação de um produto secionado por um ou mais planos virtuais (planos secante). Mimetizando a um seccionamento físico, pelo corte se representa o que está atrás do plano secante, e algumas das linhas que estavam invisíveis passam a ficar visíveis. 
Hachuras 
São linhas estreitas geralmente traçadas a 45 °, porém em alguns casos é permitido uma inclinação de 30 °. 
Fachadas 
Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um projeto arquitetônico, constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume sobre um plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente, auxiliares, da edificação, elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra, bem como antecipar a visualização externa da edificação projetada. Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada, telhados assim como todos os outros visíveis de fora da edificação.
Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal, exige-se no mínimo uma representação de elevação, normalmente a frontal. 
Denominação das Elevações 
Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas esta denominação específica: ELEVAÇÃO ou FACHADA. Existindo mais do que uma elevação, há que se distinguir os vários desenhos conforme a sua localização no projeto. Há critérios variáveis, aceitos desde que, num mesmo projeto, utilize-se sempre o mesmo critério: 
· pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda 
· pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste 
· pelo nome da rua: para construções de esquina 
· pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas) 
· letras e números
É possível e aconselhável o enriquecimento da elevação/fachada com a utilização de vegetação, calungas, veículos, etc, para dar a noção de escala e aproximar da realidade, desde que não impeçam a visualização de elementos de importância da construção.
Em fachadas/elevações não se deve tentar fazer representações muito detalhadas de esquadrias – o que é função de desenho de detalhamento, em escala adequada – representam-se apenas as linhas compatíveis com a escala, indicando o tipo de esquadria a ser utilizada. 
Cotagem 
É a representação gráfica no desenho da característica do elemento, por meio de linhas, símbolos, notas e valor numérico em uma unidade de medida. As cotas devem fornecer todas as dimensões do objeto, de forma que não haja nenhuma dúvida quando for ele for fabricado ou construído. Ao indicar as medidas ou cotas, no desenho técnico, o desenhista segue determinadas normas técnicas. A cotagem é normalizada pela norma NBR 10126/1987. 
No Brasil, os desenhos técnicos têm como padrão cotas expressas em milímetro, não necessitando, portanto, indicar essa unidade nas cotas dos desenhos. 
Elementos de cotagem: 
COTA: São numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus elementos. As medidas básicas de um objeto são: comprimento, largura e altura. Além disso, uma cota pode indicar: raio, diâmetro, ângulos, entre outros. 
LINHA DE COTA: São linhas contínuas e finas. Nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da peça. 
LINHA AUXILIAR: Também chamada de linha de extensão ou linha de chamada. É uma linha contínua e fina que limita as linhas de cota. Para cada linha de cota é necessário um par de linhas auxiliares. As linhas auxiliares devem ultrapassar ligeiramente a linha de cota. A linha auxiliar não deve tocar o objeto a ser cotado. (≈1mm)
Inscrição das cotas nos desenhos 
· 1° método: acima da linha de cota. Para a linha contínua, as cotas horizontais devem vir sempre acima da linha de cota, enquanto as cotas verticais devem vir à esquerda da linha de cota. Outra forma de análise para as cotas verticais e girar a folha em 90° para a direita, pois, dessa forma, todas as cotas ficam acima da linha de cota. 
· 2° método: interrompendo a linha de cota. Para a linha interrompida, as cotas tem direção horizontal.
Principais critérios de cotagem 
1- cotagem em série ou em cadeia: quando as linhas de cota ficam em sucessão, alinhadas e definidas de modo contínuo.
2- cotagem em paralelo: quando as linhas de cota ficam paralelas umas às outras, sempre na mesma direção e com origem comum. Pode ser: por face de referência ou por linha de referência. por face de referência: tem comoreferência uma superfície comum da peça, denominada superfície de referência.
3- cotagem mista ou combinada: quando se apresentam cotas em paralelo e em série simultaneamente.
Escalas 
Antes de representar projetos, objetos, modelos, peças, etc. devem-se estudar o seu tamanho real. Tamanho real é a real grandeza que as coisas têm na realidade. Existem coisas que podem ser representadas no papel em tamanho real. Mas existem projetos, objetos, peças, etc. que não podem ser representados em seu tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são tão pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar seus detalhes.
Para resolver tais problemas, é necessário reduzir ou ampliar as representações destes objetos. 
Manter, reduzir ou ampliar o tamanho da representação de alguma coisa é possível através da representação em escala. A NBR 8196 (Emprego de escalas em desenho técnico: procedimentos) define escala como sendo a relação da dimensão linear de um elemento e/ou um objeto apresentado no desenho original para a dimensão real do mesmo e/ou do próprio objeto.
A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas lineares do objeto representado. Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o tamanho real da peça. Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas, ou então são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente. As dimensões angulares do objeto permanecem inalteradas. Nas representações em escala, as formas dos objetos reais são mantidas.
As escalas podem ser de redução (1:n), ampliação (n:1) ou naturais (1:1). 
· O valor da escala é adimensional, ou seja, não tem dimensão (unidade). Escrever 1:200 significa que uma unidade no desenho equivale a 200 unidades no terreno. Assim, 1 cm no desenho corresponde a 200 cm no terreno ou 1 milímetro do desenho corresponde a 200 milímetros no terreno.
Escala natural: A escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao igual tamanho real da peça. Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça. A relação entre o tamanho do desenho e o tamanho do objeto é de 1:1 (lê-se um por um). A um por um escala natural é sempre indicada deste modo: ESC 1:1. 
Escala de ampliação: Escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o tamanho real da peça. A indicação da escala, neste caso, o numeral da esquerda, que representa as medidas do desenho técnico, é maior que 1. O numeral da direita é sempre 1 e representa as medidas reais da peça. Exemplo: ESC 2:1
Escala de redução: A escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o tamanho real da peça. Na indicação da escala de redução o numeral à esquerda dos dois pontos é sempre 1. O numeral à direita é sempre maior que 1. Exemplo: ESC 1:50, ESC 1:100; ESC 1:500.
Perspectivas 
Representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a ideia de profundidade e relevo, ou seja, e um modo tridimensional de representação. A palavra perspectiva significa ”ver através de”. 
Perspectiva cônica: São as perspectivas que mais se assemelham ao olho humano, pois estão relacionadas aos pontos de fuga. Ela ocorre quando o observador não está situado no infinito, e, portanto, todas as retas projetantes divergem dele. Não é muito utilizada na mecânica, mas muito utilizada em mapas cartográficos
O ponto de fuga é a referência no horizonte para fazer as linhas em um desenho e construir uma perspectiva. A informação básica sobre o ponto de fuga é que a sua altura representa o nível dos olhos do observador. Dessa forma, todo os objetos que estiverem em cima da linha do horizonte serão vistos de baixo, o que estiverem em cima da linha serão vistos de frente e o que estiverem abaixo serão vistos de cima.
1 ponto de fuga: Deixa bem clara a profundidade e a distância do objeto em relação ao observador. 
2 pontos de fuga: É o mais utilizado. É ele que representa com mais exatidão a nossa visão dos objetos no espaço. Em um desenho com dois pontos de fuga os dois ficam localizados sob a linha do horizonte. São nesses pontos que as linhas vão convergir, com exceção daquelas perpendiculares ou oblíquas. 
3 pontos de fuga: O desenho com 3 pontos de fuga traz muitas distorções. Ele é usado em desenhos que passam a sensação de monumentalidade ou exagero. Essa técnica também é conhecida como perspectiva aérea, porque o observador vai estar muito acima ou muito abaixo da linha do horizonte. 
Perspectiva cavaleira: É aquela em que a direção dos raios projetantes é obliqua ao plano de projeção. Nesta perspectiva, após desenhar a linha auxiliar horizontal só um ângulo aparece, pois uma das arestas da peça coincide com a linha auxiliar horizontal. As medidas no eixo da largura são reduzidas e todas as outras medidas são marcadas com valores reais. 
Perspectiva Isométrica: A perspectiva isométrica mante as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado e, por isso, e amplamente utilizada nos desenhos de peças. 
 
Perspectiva Dimétrica e Trimétrica: As perspectivas axonométricas ortogonais têm outros dois casos particulares que apresentam pequenas variações em relação aos ângulos e entre as medidas das arestas do objeto: a perspectiva dimétrica e a trimétrica. Considerando como exemplo um objeto com a forma de um cubo, o caso específico dimétrico ocorre quando dois ângulos são iguais e um é diferente, e quando duas arestas são iguais em sua medida. 
A face frontal do objeto, desenhada neste caso do lado esquerdo da perspectiva, deve conservar sua largura em verdadeira grandeza, enquanto a face lateral, considerada neste caso (do lado direito), deve ser reduzida para 2/3 da medida original. 
Na perspectiva trimétrica, os três ângulos de referência projetam-se em ângulos desiguais no quadro, desse modo, os três eixos devem ser submetidos a coeficientes de redução diferentes.

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