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CURSO MEGE 
 
Site: www.mege.com.br 
Celular/Whatsapp: (99) 982622200 (Tim) 
Fanpage: /cursomege 
Instagram: @cursomege 
Material: Prova comentada TJDFT | Analista Judiciário – Área judiciária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA COMENTADA TJDFT 
Analista Judiciário – Área judiciária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Olá! Tudo bem, futuros Analistas do TJDFT? 
 Estudamos muitas semanas para este concurso em nossa turma de 
reta final, com tudo extremamente direcionado para a prova (raio-x das 
disciplinas, resumos, simulados, Vade Mege, dentre outras atividades). 
 Agora, para fechar com chave de outro, comentamos a prova objetiva 
do certame. É um material de leitura imprescindível, que serve como fonte 
de estudo e, ainda, para entender seus eventuais erros nesta prova. 
 Não bastasse isso, apontamos as questões passíveis de recurso, 
sendo que, aqui, no TJDFT, não vislumbramos questões passíveis de 
anulação. 
 É a primeira prova de Analista que comentamos, mas, agora, não 
podemos mais parar. Sempre que houver turma do Mege para futuros 
concursos de Analista, vamos confeccionar essa prova comentada. Em 
magistratura estadual, já é tradição por aqui, e, agora, em provas de 
Analista, queremos seguir essa mesma linha. 
 Então, é isso. Estamos na torcida por todos vocês. 
 Contem sempre com nossa equipe! 
 Grande abraço! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
01. “Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo menos do que com a 
vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas 
também adoro a estrada, um dicionário muito mais maravilhoso.” Depreende-se 
desse pensamento que seu autor: 
(A) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário; 
(B) deve tudo que conhece ao dicionário; 
(C) adquire conhecimentos com as viagens que realiza; 
(D) conhece o mundo por meio da experiência de vida; 
(E) constatou que os dicionários registram o melhor da vida. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. O texto não permite inferir que o autor nada aprendeu com os livros. 
(B) INCORRETA. A alternativa extrapola o que se pode depreender do texto. 
(C) INCORRETA. A alternativa reduz o que se pode depreender do texto, pois o texto vai 
além do que se lê na alternativa. É preciso entender também que “estrada”, aqui, é uma 
metáfora de “vida”. Assim, o texto não permite inferir que o autor realiza viagens. 
(D) CORRETA. Observe que o autor deixa entrever que o conhecimento de mundo dele 
advém, sobretudo, de experiências da vida, o que ele chama de “estrada”. 
(E) INCORRETA. Em nenhum momento, o texto permite inferir que o melhor da vida foi 
constatado pelos dicionários. 
 
02. “E da minha fidelidade não se deveria duvidar; pois, tendo-a sempre observado, 
não devo aprender a rompê-la agora; e quem foi fiel e bom por quarenta e três anos, 
como eu, não deve poder mudar de natureza: da minha fidelidade e da minha bondade 
é testemunha a minha pobreza.” 
Nesse pensamento, o autor utiliza os adjetivos “fiel e bom” e, em seguida, os 
substantivos correspondentes “fidelidade” e “bondade”. 
A opção abaixo em que os dois adjetivos citados mostram substantivos adequados é: 
(A) sensato e esperto / sensatez e espertez; 
(B) claro e escuro / clareza e escureza; 
(C) alto e gordo / altura e magrura; 
(D) fundo e profundo / fundeza e profundeza; 
(E) liso e áspero / lisibilidade e asperidade. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. As formas corretas são “sensatez” e “esperteza”. 
 
(B) CORRETA. Formas corretas: “clareza” e “escureza” (escureza é o mesmo que 
escuridão). 
(C) INCORRETA. As formas corretas são “altura” e “magreza”. 
(D) INCORRETA. As formas corretas são “fundura” e “profundeza”. 
(E) INCORRETA. As formas corretas são “lisura” e “aspereza” (mas vale ressaltar que 
“asperidade” também pode ser usado com sentido de “aspereza”). 
 
03. “Não há nada que demonstre tão bem a grandeza e a potência da inteligência 
humana, nem a superioridade e a nobreza do homem, como o fato de ele poder 
conhecer, compreender por completo e sentir fortemente a sua pequenez.” 
Os termos desse pensamento mostram paralelismo perfeito nos seguintes segmentos: 
(A) “Não há nada” / “como o fato”; 
(B) “que demonstre” / “de ele poder conhecer”; 
(C) “a grandeza e a potência da inteligência humana” / “a superioridade e a nobreza 
do homem”; 
(D) “poder conhecer” / “compreender por completo”; 
(E) “como o fato de ele poder conhecer” / “compreender por completo e sentir 
fortemente”. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Aqui, tem-se apenas uma relação de exemplificação. 
(B) INCORRETA. Esses termos não constituem paralelismo. 
(C) CORRETA. O paralelismo diz respeito à manutenção da mesma estrutura. Está 
relacionado a estruturas simétricas, em que há correspondências gramaticais e/ou 
semânticas similares. O paralelismo pode ser sintático (quando diz respeito a estruturas 
gramáticas idênticas) ou semântico (quando se aplica a ideias em simetria). No item C, 
ocorrem estruturas paralelísticas perfeitas por meio de uma relação de adição. 
(D) INCORRETA. Os termos não constituem paralelismo perfeito. O primeiro traz uma 
locução verbal precedida de preposição (de) e de pronome pessoal (ele); o segundo 
apresenta um verbo no infinitivo seguido de termo preposicionado (por completo). 
(E) INCORRETA. Os trechos apresentados na alternativa não constituem paralelismo 
perfeito. Observe que os trechos (1) “Como o fato de ele poder conhecer”, 
“compreender por completo” / (3) e “sentir fortemente” não são estruturas simétricas. 
 
04. “Todos aqueles que devem deliberar sobre quaisquer questões devem manter-se 
imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo.” 
Tratando-se de um pensamento dirigido àqueles que julgam, o seu autor recomenda 
que eles: 
(A) pratiquem a caridade em relação ao próximo; 
(B) deixem de lado, no julgamento, questões pessoais; 
 
(C) não abandonem o sentimento ao julgarem; 
(D) considerem sempre a realidade do próximo; 
(E) privilegiem sempre a verdade. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. A alternativa extrapola o que se pode depreender do texto. 
(B) CORRETA. O autor explicita que, na deliberação de qualquer questão, o ódio e a 
simpatia, a ira e o sentimentalismo não devem existir. Ele deixa claro que aqueles que 
julgam devem fazê-lo com imparcialidade. 
(C) INCORRETA. O autor afirma que o sentimentalismo deve ficar de fora de qualquer 
julgamento. 
(D) INCORRETA. A consideração sobre a realidade do próximo não é abordada no texto. 
(E) INCORRETA. O que se deve privilegiar é a imparcialidade, e não a verdade. 
 
05.“Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos, às vezes 
chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” 
O raciocínio abaixo que deve ser considerado como indutivo é: 
(A) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa; 
(B) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também 
procura; 
(C) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso 
amanhã; 
(D) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva; 
(E) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
(A, B, C, D) INCORRETAS. Nessas alternativas, ocorre o raciocínio dedutivo, no qual se 
parte da compreensão da regra geral para se chegar à conclusão dos casos específicos. 
(E) CORRETA. Um argumento/raciocínio indutivo é aquele no qual se parte de 
experiências sobre fatos particulares/específicos e se inferem daí conclusões gerais. Isso 
ocorre na alternativa E: Ontem nevou bastante (fato particular), por isso as estradas 
devem estar intransitáveis (fato/conclusão geral). 
 
06.“A liberdade, como a vida, só a merece quem deve conquistá-la a cada dia!” 
Essa frase exemplifica um caso de linguagem figurada que é um(a): 
(A) pleonasmo, com a repetição da palavra“liberdade” por meio do pronome pessoal 
em “a merece”; 
 
(B) hipérbole, com a expressão “deve conquistá-la a cada dia”, já que indica um 
exagero; 
(C) elipse do termo “liberdade” no segmento “só a merece quem deve conquistá-la”; 
(D) ironia na comparação “como a vida”, igualando duas realidades muito diferentes: 
a liberdade e a vida; 
(E) anacoluto com o termo inicial “liberdade”, já que ele não mostra continuidade 
sintática na frase. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. Na alternativa A, há um complemento verbal (objeto direto) repetido ou 
pleonástico, representado pelo pronome oblíquo “a”, em “só a merece”. O verbo 
“merecer”, nessa frase, tem dois complementos de mesma natureza (objeto direto), que 
são os termos “A liberdade” (inicia a frase e está separado por vírgula) e o pronome 
oblíquo “a” (pleonástico). 
(B) INCORRETA. Não há hipérbole (exagero) na frase. 
(C) INCORRETA. O termo “liberdade” é retomado pelo pronome oblíquo “a”. Sendo 
assim, não ocorre elipse (omissão). 
(D) INCORRETA. Não há ironia (afirmar algo com intenção contrária) na alternativa D. 
(E) INCORRETA. Anacoluto consiste na “quebra” da estrutura sintática, resultando em 
termos da oração isolados na frase. É conhecido também como “frase quebrada”. 
Mesmo que haja anacoluto na frase, pela anteposição do objeto direto, não se pode 
afirmar que a frase não tem continuidade, pois o pronome oblíquo “a” retoma o termo 
isolado por vírgula no início do período. 
 
Mensagem do professor Volney Ribeiro: 
Prezado aluno, apesar de o edital não explicitar o tópico figuras de linguagem, o assunto 
pode ser contemplado no primeiro tópico do edital. A questão solicita ao candidato que 
identifique uma frase que exemplifica um caso de linguagem figurada, o que é comum 
ocorrer no texto literário. Vale destacar que, entre as características de um texto 
literário, encontram-se as seguintes: conotação, subjetividade, recriação da realidade, 
função estética, linguagem plurissignificativa e presença de figuras de linguagem 
Desse modo, a questão pode estar ancorada no tópico de abertura do programa de 
língua portuguesa do edital: “Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero 
do texto literário e não literário...); interpretação e organização interna.”. No entanto, 
entendemos que a sinalização do tópico “figuras de linguagem” poderia realmente ser 
explicitada no edital, com o fito de que os candidatos priorizassem o tema e pudessem 
ter mais chance de acertar a questão. 
 
07. Chegaram todos atrasados; além disso, não trouxeram as encomendas. 
 
Nessa frase, aparece o conector “além disso” com valor de adição; a frase abaixo em 
que NÃO há um conector do mesmo valor aditivo é: 
(A) Além de usar máscara, os passageiros dos ônibus deviam estar mais separados uns 
dos outros; 
(B) Ainda por cima, as pessoas parecem considerar que a pandemia já acabou; 
(C) Corria o risco de contrair a doença e mesmo assim não se importava; 
(D) Nem a máscara nem o álcool protegem integralmente contra a Covid; 
(E) Não só a pandemia não terminou, como também novas cepas são esperadas. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. “Além de” é uma locução prepositiva com valor aditivo. 
(B) INCORRETA. “Ainda por cima” é um conectivo de adição. 
(C) CORRETA. O conectivo “e” tem valor adversativo e pode ser corretamente 
substituído por “mas”. 
(D) INCORRETA. A conjunção “nem”, nas duas ocorrências, tem valor aditivo. 
(E) INCORRETA. A locução conjuntiva “não só...como também” indica adição. 
 
08.“Justiça é consciência, não uma consciência pessoal, mas a consciência de toda a 
humanidade. Aqueles que reconhecem claramente a voz de suas próprias consciências 
normalmente reconhecem também a voz da justiça.” (Alexander Solzhenitsyn) 
A afirmação que está de acordo com a estruturação e a significação desse pensamento 
é: 
(A) a conjunção “mas” mostra uma oposição entre “consciência” e “consciência de 
toda a humanidade”; 
(B) ao dizer que justiça é a consciência de toda a humanidade, o autor mostra uma 
marca da justiça: a imparcialidade; 
(C) o segmento “não uma consciência pessoal” corrige o erro do emprego do termo 
“consciência” no trecho anterior; 
(D) o segundo período amplia a informação do texto, uma espécie de consequência da 
afirmação anterior; 
(E) o termo “normalmente” indica que o processo de reconhecimento ocorre de forma 
particular em cada cidadão. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. A conjunção “mas” mostra oposição entre “não uma consciência 
pessoal” e “consciência de toda a humanidade”. 
 
(B) INCORRETA. No texto, o autor relaciona consciência e justiça. Ao dizer que “justiça 
é a consciência de toda a humanidade”, o autor está fazendo alusão ao fato de que 
justiça e consciência são conceitos convergentes, por isso a justiça não deve derivar de 
uma consciência pessoal, mas de uma consciência coletiva. Nesse caso, há a ideia de 
totalidade, envolvendo todos os que compõem uma sociedade. 
(C) INCORRETA. Não há correção de erro, mas uma ampliação da informação inicial. 
(D) CORRETA. Entre os dois períodos, subentende-se o conectivo de conclusão 
“portanto”. Como a alternativa usa o termo “espécie de consequência”, suavizado, 
pode-se confirmar isso por meio da ideia de conclusão (espécie de consequência). Além 
disso, há também ideia de ampliação de informação entre os períodos. 
(E) INCORRETA. O advérbio “normalmente” assume sentido temporal, equivalendo a 
“frequentemente”. Não tem valor, portanto, de algo que ocorre de forma particular em 
cada cidadão. 
 
09.“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do 
que discípulos; é preciso já ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que 
não se sabe.” 
A frase abaixo que mostra uma interrogação, ainda que indireta, é: 
(A) Sei o porquê de ele ter chegado atrasado; 
(B) Vi quando o táxi capotou; 
(C) Desconheço onde ele mora; 
(D) Vi como ela fez isso; 
(E) Queria conhecer todas as respostas. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. A frase é apenas uma declaração afirmativa. 
(B) INCORRETA. Trata-se apenas de um registro pessoal de um fato. 
(C) CORRETA. Trata-se de uma frase interrogativa indireta. Observe que, ao dizer 
“Desconheço onde ele mora”, a frase pode levar um interlocutor a dizer onde alguém 
mora, como se uma pergunta houvesse sido feita. 
(D) INCORRETA. Trata-se apenas de uma constatação. 
(E) INCORRETA. Trata-se apenas da expressão de um desejo, não de uma interrogação. 
 
10.“Os regimes que reprimem a liberdade da palavra, por se incomodarem com a 
liberdade que ela difunde, fazem como as crianças que fecham os olhos para não 
serem vistas.” 
Sobre esse pensamento, é correto afirmar que: 
(A) o segmento “que reprimem a liberdade da palavra” explica o termo anterior; 
 
(B) o termo “da palavra” marca o paciente de “liberdade”; 
(C) “por se incomodarem com a liberdade que ela difunde” indica a consequência da 
repressão da liberdade da palavra; 
(D) a comparação com as crianças marca uma atitude infantil dos regimes citados; 
(E) “que fecham os olhos para não serem vistas” mostra uma ação claramente 
irracional. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. O segmento “que reprimem a liberdade da palavra” restringe o termo 
anterior, pois é oração subordinada adjetiva restritiva. 
(B) INCORRETA. O termo “da palavra” não marca o paciente de “liberdade”, pois não 
exerce função sintática de complemento nominal, mas de adjunto adnominal. Nesse 
caso, é possuidor, agente. 
(C) INCORRETA. O trecho “por se incomodarem com a liberdade que ela infunde” tem 
valor causal. 
(D) INCORRETA. A comparação apresenta uma relação paradoxal, contraditória. Assim, 
fazer o que a criança faz é ilógico. Não se trata, pois, de uma atitude infantil dos regimes 
citados, mas de uma atitude incoerente e inútil. 
(E) CORRETA. Sem dúvida alguma, conforme mencionamos acima, tal comportamento 
contraditório demonstra claramenteirracionalidade, pois não é lógico. 
 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO, REGIMENTO INTERNO E LEI DE 
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 
 
11. A Lei nº 11.697/2008, que dispõe sobre a Organização Judiciária do Distrito Federal 
e dos Territórios, estabelece que aos juízes de direito cabe, além de processar e julgar 
os feitos de sua competência: 
(A) inspecionar os serviços cartorários, informando, mensalmente, ao corregedor o 
resultado das inspeções; 
(B) nomear servidores para cargo em comissão e função de confiança na respectiva 
Secretaria; 
(C) conceder a delegação para o exercício da atividade notarial e de registro, bem 
como extingui-la, na respectiva comarca; 
(D) aplicar aos servidores que lhes sejam subordinados penalidades disciplinares que 
não excedam a trinta dias de suspensão; 
(E) regular a atividade do depositário público, dispondo sobre as formas de controle 
dos bens em depósito, bem como as atividades dos contadores-partidores e 
distribuidores. 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: INCORRETA 
A informação é SEMESTRAL, nos termos do art. 45, I, da Lei de Organização Judiciária do 
Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 45. Aos Juízes de Direito cabe, além de processar e julgar os feitos de sua 
competência: 
I – inspecionar os serviços cartorários, informando, semestralmente, ao Corregedor o 
resultado das inspeções; 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
Ele apenas indica à nomeação, nos termos do art. 45, IV, da Lei da Organização Judiciária 
do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 45. Aos Juízes de Direito cabe, além de processar e julgar os feitos de sua 
competência: 
IV – indicar à nomeação o cargo e as funções comissionadas da respectiva Secretaria. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA 
É uma atribuição do Presidente do TJDFT, nos termos do art. 10º, III, da Lei de 
Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 10. São atribuições do Presidente: 
III – conceder a delegação para o exercício da atividade notarial e de registro, bem como 
extingui-la, nos casos previstos em lei, declarando vago o respectivo serviço; 
ALTERNATIVA D: CORRETA 
Nos termos do art. 45, II, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos 
Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 45. Aos Juízes de Direito cabe, além de processar e julgar os feitos de sua 
competência: 
II – aplicar aos servidores que lhes sejam subordinados penalidades disciplinares que 
não excedam a 30 (trinta) dias de suspensão; 
ALTERNATIVA E: INCORRETA 
É uma atribuição do Corregedor, nos termos do art. 12, VII, da Lei de Organização 
Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 12. São atribuições do Corregedor: 
VII – regular a atividade do Depositário Público, dispondo especialmente sobre as formas 
de controle dos bens em depósito, bem como as atividades dos Contadores-Partidores 
e Distribuidores. 
 
 
12. No âmbito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, tramita ação 
que tem por objeto a declaração de ilegalidade de greve de servidores distritais não 
regidos pela legislação trabalhista. 
Consoante dispõe o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos 
Territórios, o processo e julgamento de ações como a mencionada compete: 
(A) ao Conselho Especial; 
(B) à Câmara de Uniformização; 
(C) ao presidente do Tribunal; 
(D) às Turmas Cíveis; 
(E) às Câmaras Cíveis. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: INCORRETA 
Compete às Câmaras Cíveis nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
Compete às Câmaras Cíveis nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA 
Compete às Câmaras Cíveis nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT. 
ALTERNATIVA D: INCORRETA 
Compete às Câmaras Cíveis nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT. 
ALTERNATIVA E: CORRETA 
Nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT: 
Art. 21. Compete às Câmaras Cíveis processar e julgar: 
VI - as ações que tenham por objeto a declaração de legalidade ou ilegalidade de greve 
de servidores distritais não regidos pela legislação trabalhista; 
 
13. João, servidor público ocupante de cargo efetivo, no exercício das funções, opôs 
resistência injustificada ao andamento de documento e processo. 
De acordo com o regime jurídico disciplinar da Lei nº 8.112/1990, que lhe é aplicável, 
observadas as cautelas procedimentais legais, em tese, João, que até então nunca 
havia praticado qualquer infração funcional, está sujeito à sanção de: 
(A) advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de 
efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração 
disciplinar; 
(B) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo 
exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; 
 
(C) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo 
exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; 
(D) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo 
exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; 
(E) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo 
exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: CORRETA 
Nos termos dos arts. 117, IV, 130 e 131 da Lei nº 8.112/1990: 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução 
de serviço; 
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com 
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a 
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, 
após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o 
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
O ato de João está sujeito à sanção de advertência, e não suspensão, conforme indicado 
acima. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA 
O ato de João está sujeito à sanção de advertência, e não suspensão, conforme indicado 
acima. 
ALTERNATIVA D: INCORRETA 
O ato de João está sujeito à sanção de advertência, e não demissão, conforme indicado 
acima. 
ALTERNATIVA E: INCORRETA 
O ato de João está sujeito à sanção de advertência, e não demissão, conforme indicado 
acima. 
 
14. De acordo com o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e 
dos Territórios, dar posse aos servidores do quadro do Tribunal de Justiça e àqueles 
investidos em cargo em comissão é atribuição administrativa do: 
(A) presidente do Tribunal; 
(B) governador do Estado; 
(C) primeiro vice-presidente do Tribunal; 
 
(D) corregedor do Tribunal; 
(E) secretário de Estado de Administração. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: INCORRETA 
É uma atribuição administrativa do Primeiro Vice-Presidente, nos termos do art. 368, II, 
do Regimento Interno. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
É uma atribuição administrativa do Primeiro Vice-Presidente, nos termos do art. 368, II, 
do Regimento Interno. 
ALTERNATIVA C: CORRETA 
Nos termos do art. 368, II, do Regimento Interno: 
Art. 368. São atribuições administrativas do Primeiro Vice-Presidente: 
II - dar posse aos servidores do quadro do Tribunal de Justiça e àqueles investidos em 
cargo em comissão; 
ALTERNATIVA D: INCORRETA 
É uma atribuição administrativa do Primeiro Vice-Presidente, nos termos do art. 368, II, 
do Regimento Interno. 
ALTERNATIVA E: INCORRETA 
É uma atribuição administrativa do Primeiro Vice-Presidente, nos termos do art. 368,II, 
do Regimento Interno. 
 
15. Em matéria de composição do primeiro grau de jurisdição no Distrito Federal, de 
acordo com a Lei nº 11.697/2008, que dispõe sobre a Organização Judiciária do Distrito 
Federal e dos Territórios: 
(A) a Magistratura de primeiro grau do Distrito Federal compõe-se apenas de juízes de 
direito; 
(B) o Tribunal de Justiça não poderá remanejar Varas dentre as Circunscrições 
Judiciárias; 
(C) a especialização de Varas ocorre após votação dos juízes de primeiro grau e 
mediante estudo técnico; 
(D) a especialização de Varas é ato privativo do presidente do Tribunal, sendo 
desnecessário estudo técnico; 
(E) o Tribunal de Justiça poderá utilizar, como critério para criação de novas 
Circunscrições Judiciárias, as Regiões Administrativas do Distrito Federal, mediante 
Resolução. 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: INCORRETA 
Também é composta por Juízes de Direito Substitutos, nos termos do art. 16 da Lei de 
Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 16. A Magistratura de Primeiro Grau do Distrito Federal compõe-se de Juízes de 
Direito e Juízes de Direito Substitutos. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
Poderá remanejar, nos termos do art. 17, § 3º, da Lei de Organização Judiciária do 
Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 17. A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições 
Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei. 
§ 3º O Tribunal de Justiça poderá remanejar Varas dentre as Circunscrições Judiciárias, 
quando for conveniente e oportuno. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA 
A especialização é definida pelo Regimento Interno, nos termos do art. 17, § 1º, da Lei 
de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 17. A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições 
Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei. 
§ 1º As especializações das Varas referidas no caput deste artigo serão definidas pelo 
Regimento Interno, obedecendo-se às competências dos Juízos definidas nos arts. 18 a 
44 desta Lei e mediante estudo técnico. 
ALTERNATIVA D: INCORRETA 
A especialização é definida pelo Regimento Interno, nos termos do art. 17, § 1º, da Lei 
de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 17. A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições 
Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei. 
§ 1º As especializações das Varas referidas no caput deste artigo serão definidas pelo 
Regimento Interno, obedecendo-se às competências dos Juízos definidas nos arts. 18 a 
44 desta Lei e mediante estudo técnico. 
ALTERNATIVA E: CORRETA 
Nos termos do art. 17, § 2º, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos 
Territórios (Lei nº 11.697/2008): 
Art. 17. A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições 
Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei. 
§ 2º O Tribunal de Justiça poderá utilizar, como critério para criação de novas 
Circunscrições Judiciárias, as Regiões Administrativas do Distrito Federal, mediante 
Resolução. 
 
 
PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA 
 
16. O Diário de Justiça eletrônico (DJe) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos 
Territórios é o instrumento oficial de publicação dos atos judiciais, administrativos e 
de comunicação em geral. 
Nesse contexto, de acordo com o Provimento Geral da Corregedoria do Poder 
Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios aplicado aos Juízes e Ofícios Judiciais, 
disponibilizado no DJe de 10/10/2014, é correto afirmar que: 
(A) a publicação de atos no DJe não será isenta de custas, exceto para os beneficiários 
da gratuidade de justiça; 
(B) a publicação eletrônica substituirá a intimação ou vista pessoal nos casos em que 
a lei as exigir; 
(C) a publicação do edital de citação deverá ser feita no DJe, vedada a publicação na 
rede mundial de computadores; 
(D) a remessa de expediente para publicação no DJe deverá abranger todos os atos 
judiciais, exceto os casos em que tenha sido decretado sigilo, seja por determinação 
judicial, seja por força de lei; 
(E) a remessa de expediente para publicação no DJe deverá restringir-se aos atos 
judiciais que forem estritamente obrigatórios e essenciais, tais como os atos 
ordinatórios que devam ser cumpridos ou atendidos pelas partes ou por terceiros 
interessados. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: INCORRETA 
Nos termos do art. 65, § 2º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e 
ofícios judiciais: 
Art. 65. (...) 
§ 2º É isenta de custas a publicação de atos no DJe. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
Nos termos do art. 65, § 1º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e 
ofícios judiciais: 
Art. 65. (...) 
§ 1º A publicação eletrônica não substituirá a intimação ou vista pessoal nos casos em 
que a lei as exigir. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA 
Nos termos do art. 66, parágrafo único, do provimento geral da corregedoria aplicado 
aos juízes e ofícios judiciais: 
Art. 66. (...) 
 
Parágrafo único. A publicação do edital de citação deverá ser feita na rede mundial de 
computadores, no sítio eletrônico do Tribunal e na plataforma de editais do Conselho 
Nacional de Justiça, sendo obrigatória a certificação do ato nos autos. (Redação dada 
pelo Provimento 1, de 2016) 
ALTERNATIVA D: INCORRETA 
A remessa de expediente para publicação no DJE é restrita aos atos judiciais 
estritamente obrigatórios e essenciais, nos termos do art. 66 do provimento geral da 
corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: 
Art. 66. A remessa de expediente para publicação no Diário da Justiça eletrônico será 
feita por meio eletrônico e deverá restringir-se aos atos judiciais que forem estritamente 
obrigatórios e essenciais, assim entendidos: 
ALTERNATIVA E: CORRETA 
Nos termos do art. 66 do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios 
judiciais: 
Art. 66. A remessa de expediente para publicação no Diário da Justiça eletrônico será 
feita por meio eletrônico e deverá restringir-se aos atos judiciais que forem estritamente 
obrigatórios e essenciais, assim entendidos: 
I – a parte dispositiva da sentença; 
II – as decisões interlocutórias, os despachos e os atos ordinatórios que devam ser 
cumpridos ou atendidos pelas partes ou por terceiros interessados; 
II – as decisões interlocutórias, os despachos e os atos ordinatórios que devam ser 
cumpridos ou atendidos pelas partes ou por terceiros interessados; 
III – as datas designadas para a realização de atos processuais, tais como audiências, 
hastas públicas ou perícias judiciais; 
III – as datas designadas para a realização de atos processuais, tais como audiências, 
leilões e perícias judiciais; (Redação dada pelo Provimento 1, de 2016) 
IV – os editais. 
 
17. Tramita em determinada Vara Cível do Poder Judiciário do Distrito Federal ação de 
cobrança em que figura como autor João, que possui síndrome de imunodeficiência 
adquirida (Sida). 
De acordo com o Provimento da Corregedoria da Justiça do Distrito Federal e dos 
Territórios nº 07, de 08/09/2010, João: 
(A) terá prioridade na tramitação do citado processo, mesmo que a doença tenha sido 
contraída após o início do processo; 
(B) terá prioridade na tramitação do citado processo, apenas se a doença tiver sido 
contraída antes do início do processo; 
(C) não terá prioridade na tramitação do citado processo, porque não se trata de ação 
relacionada diretamente à doença, como obtenção de medicamentos ou tratamento 
de saúde; 
 
(D) deverá requerer a obtenção do benefício da prioridade na tramitação processual 
diretamente ao juízo competente, que analisará o pedido no prazo máximo de trinta 
dias; 
(E) não terá prioridade na tramitação do citadoprocesso, pela falta de previsão legal 
específica, devendo ser aplicado o princípio da isonomia. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: CORRETA 
Nos termos do art. 1º do Provimento da Corregedoria da Justiça do Distrito Federal e 
dos Territórios nº 07 de 08/09/2010: 
Art. 1º Os processos judiciais, inclusive cartas precatórias e rogatórias, terão prioridade 
na tramitação nos juízos de Primeira Instância, desde que figurem, como parte ou 
interessado, pessoas que se encontrem em qualquer das seguintes situações: 
I – ter idade igual ou superior a sessenta anos; 
II – ser portadora de doença grave; 
III – ser portadora de deficiência física, visual, auditiva ou mental, desde que o objeto da 
causa tenha vínculo direto com a própria deficiência, conforme o preceituado no art. 9º 
da Lei 7.853/1989. 
Parágrafo Único. Em complementação ao que dispõe o inciso II, considera-se como parte 
ou interessado apto a receber o benefício da tramitação prioritária aquele que seja 
portador de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, 
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, 
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados 
da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de 
imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da 
medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do 
processo. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
Conforme exposto acima. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA 
Conforme exposto acima. 
ALTERNATIVA D: INCORRETA 
Conforme exposto acima. 
ALTERNATIVA E: INCORRETA 
Conforme exposto acima. 
 
18. Em matéria de emissão de certidões, o Provimento Geral da Corregedoria do Poder 
Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios aplicado aos Juízes e Ofícios Judiciais, 
disponibilizado no DJe de 10/10/2014, dispõe que: 
 
(A) o fornecimento de certidão à pessoa estranha à relação processual é vedado; 
(B) o nome do requerente não poderá constar das certidões, exceto quando se tratar 
de órgão público; 
(C) o nome da vítima deverá constar das certidões e dos documentos referentes a 
informações sobre o andamento de processos criminais; 
(D) as certidões serão expedidas sem rasuras e com inutilização dos espaços não 
aproveitados, no prazo máximo de cinco dias, salvo motivo justificado; 
(E) as certidões expedidas pelos ofícios judiciais e órgãos administrativos da 
Corregedoria não são gratuitas, sendo a única exceção quando o requerente for 
assistido pela Defensoria Pública. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: INCORRETA 
Nos termos do art. 84, § 1º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e 
ofícios judiciais: 
Art. 84. (...) 
§ 1º O fornecimento de certidão a pessoa estranha à relação processual dependerá de 
requerimento escrito, do qual conste a devida qualificação do requerente. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
Nos termos do art. 84, § 2º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e 
ofícios judiciais: 
Art. 84. (...) 
§ 2º O nome do requerente constará das certidões. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA 
Nos termos do art. 84, § 3º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e 
ofícios judiciais: 
Art. 84. (...) 
§ 3º O nome da vítima não poderá constar das certidões e dos documentos referentes 
a informações sobre o andamento de processos criminais. 
ALTERNATIVA D: CORRETA 
Nos termos do art. 84 do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios 
judiciais: 
Art. 84. As certidões serão expedidas sem rasuras e com inutilização dos espaços não 
aproveitados, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, salvo motivo justificado. (Redação 
dada pelo Provimento 1, de 2016) 
ALTERNATIVA E: INCORRETA 
Nos termos do art. 84, § 4º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e 
ofícios judiciais: 
 
Art. 84. (...) 
§ 4º São gratuitas as certidões expedidas pelos ofícios judiciais e órgãos administrativos 
da Corregedoria. 
 
19. O plantão judiciário do primeiro grau de jurisdição no Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e dos Territórios é constituído pelo plantão judiciário semanal e pelo 
plantão judiciário prestado no feriado forense compreendido entre 20 de dezembro e 
6 de janeiro. 
Nesse contexto, consoante dispõe o Provimento Geral da Corregedoria do Poder 
Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios aplicado aos Juízes e Ofícios Judiciais, 
ao juiz plantonista compete decidir: 
(A) pedido de levantamento de importância em dinheiro ou valores; 
(B) reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão 
anterior; 
(C) recebimento de comunicação de prisões temporárias, preventivas ou outras 
diversas das efetuadas em flagrante; 
(D) pedidos de liberdade provisória, com ou sem fiança, desde que a competência já 
não esteja afeta, por prevenção, a outro juízo; 
(E) apreciação de quaisquer matérias afetas à Vara de Execução Penal do Distrito 
Federal e à Vara de Execução das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: INCORRETA 
Hipótese não prevista no art. 117, transcrito abaixo. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
Hipótese não prevista no art. 117, transcrito abaixo. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA 
Hipótese não prevista no art. 117, transcrito abaixo. 
ALTERNATIVA D: CORRETA 
Nos termos do art. 17, IV, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e 
ofícios judiciais: 
Art. 117. Ao Juiz plantonista compete: 
I – apreciar pedidos de habeas corpus e mandados de segurança em que figurar como 
coatora autoridade submetida à competência jurisdicional do magistrado de Primeiro 
Grau; 
II – em caso de justificada urgência, decidir sobre pedidos de prisão preventiva ou 
temporária, busca e apreensão de pessoas, bens ou valores; 
 
III – receber comunicação de prisão em flagrante e apreciar sua legalidade, nos termos 
do artigo 310 do Código de Processo Penal; 
IV – decidir os pedidos de liberdade provisória, com ou sem fiança, desde que a 
competência já não esteja afeta, por prevenção, a outro juízo; 
V – decidir as medidas urgentes de que trata a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, 
salvo se, a prudente arbítrio do magistrado, for possível aguardar o prazo previsto no 
artigo 18 do referido diploma legal, hipótese em que o Juiz deverá encaminhar o pedido 
ao Juiz natural da causa; 
VI – decidir sobre pedidos de liberdade, em caso de prisão civil; 
VII – decidir medidas urgentes de competência da Vara da Infância e da Juventude – VIJ 
que não tenham sido apreciadas por qualquer órgão que trata dessa matéria; 
VIII – decidir medidas urgentes de natureza cível ou criminal que não possam ser 
apreciadas no horário normal de expediente, estritamente nos casos de risco concreto 
de perecimento do direito, de lesão grave ou de difícil reparação. 
ALTERNATIVA E: INCORRETA 
Hipótese não prevista no art. 117, transcrito acima. 
 
PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO 
 
20. Em matéria de indisponibilidade do sistema PJe, de acordo com o Provimento 
Judicial da Corregedoria da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios aplicado ao 
Processo Judicial Eletrônico (disponibilizado no DJe de 21/08/2017), os prazos que 
vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia útil 
seguinte, quando a indisponibilidade: 
(A) ocorrer entre a 0h00 e as 06h00 dos dias de expediente forense; 
(B) ocorrer em feriados e finais de semana, a qualquer hora, por período superior a 
noventa minutos; 
(C) for superior a sessenta minutos, ininterruptos ou não, se ocorrida entre as 6h00 e 
as 23h00; 
(D) for superior a trinta minutos, ininterruptos ou não, nas últimas 24 horas do prazo, 
ocasião em que a prorrogação de prazo será feita mediante ato do presidente do 
Tribunal, vedada a prorrogação automática pelo sistema PJe; 
(E) ocorrer, em qualquer dia, por período superior a noventaminutos, ocasião em que 
a prorrogação de prazo será feita mediante ato do presidente do Tribunal, vedada a 
prorrogação automática pelo sistema PJe. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
ALTERNATIVA A: INCORRETA 
 
Nos termos do art. 12, § 1º, do provimento judicial aplicado ao processo judicial 
eletrônico: 
Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão 
prorrogados para o dia útil seguinte, quando: 
(...) 
§ 1º As indisponibilidades ocorridas entre a 0h00m e as 06h00m dos dias de expediente 
forense e as ocorridas em feriados e finais de semana, a qualquer hora, não produzirão 
o efeito previsto no caput deste artigo. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA 
Nos termos do art. 12, § 1º, do provimento judicial aplicado ao processo judicial 
eletrônico: 
Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão 
prorrogados para o dia útil seguinte, quando: 
(...) 
§ 1º As indisponibilidades ocorridas entre a 0h00m e as 06h00m dos dias de expediente 
forense e as ocorridas em feriados e finais de semana, a qualquer hora, não produzirão 
o efeito previsto no caput deste artigo. 
ALTERNATIVA C: CORRETA 
Nos termos do art. 12, I, do provimento judicial aplicado ao processo judicial eletrônico: 
Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão 
prorrogados para o dia útil seguinte, quando: 
I - a indisponibilidade, se ocorrida entre as 6h00m e as 23h00m, for superior a 60 
minutos, ininterruptos ou não; 
ALTERNATIVA D: INCORRETA 
Hipótese não prevista no art. 12 do provimento judicial aplicado ao processo judicial 
eletrônico: 
Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão 
prorrogados para o dia útil seguinte, quando: 
I - a indisponibilidade, se ocorrida entre as 6h00m e as 23h00m, for superior a 60 
minutos, ininterruptos ou não; 
II - a indisponibilidade ocorrer entre as 23h00m e as 24h00m. 
ALTERNATIVA E: INCORRETA 
Hipótese não prevista no art. 12 do provimento judicial aplicado ao processo judicial 
eletrônico: 
Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão 
prorrogados para o dia útil seguinte, quando: 
I - a indisponibilidade, se ocorrida entre as 6h00m e as 23h00m, for superior a 60 
minutos, ininterruptos ou não; 
II - a indisponibilidade ocorrer entre as 23h00m e as 24h00m. 
 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
 
21. A organização religiosa Alfa alugou o imóvel de João para ali instalar o seu templo. 
Ato contínuo, foi comunicada, pela imobiliária que administrava a relação locatícia, 
sobre a necessidade de pagar o IPTU incidente sobre o imóvel, o que estaria previsto 
no contrato de locação. 
Por ter dúvida a respeito da compatibilidade da cobrança com a ordem constitucional, 
consultou seu advogado, que respondeu, corretamente, que ela era: 
(A) inconstitucional, pois os templos de qualquer culto estão imunes à cobrança de 
qualquer tributo; 
(B) inconstitucional, pois os templos de qualquer culto não podem figurar como 
contribuintes de direito em relação a qualquer imposto; 
(C) inconstitucional, pois, apesar de a organização religiosa Alfa figurar como 
contribuinte de fato, não de direito, ela é imune à cobrança do IPTU; 
(D) constitucional, pois os templos de qualquer culto não estão imunes ao pagamento 
de impostos quando figurarem como contribuintes de fato; 
(E) constitucional, pois os templos de qualquer culto, quando figurarem como 
contribuintes de fato, somente estão imunes ao pagamento de impostos sobre a 
renda, não sobre o patrimônio. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIO 
Súmula vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune 
ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da 
CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais 
entidades foram constituídas. 
 
22. Após um acordo entre as lideranças partidárias, a Comissão Permanente de 
Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Estado Alfa, com o objetivo de 
avaliar os critérios utilizados na execução orçamentária de determinado programa de 
trabalho, deliberou, pela maioria absoluta de seus membros: (1) convocar o 
governador do Estado, responsável pela prática dos atos analisados; (2) convocar os 
dirigentes máximos dos entes da Administração Pública indireta, cuja área de atuação 
tangenciava o referido programa de trabalho; (3) solicitar o depoimento de três 
renomados economistas; e (4) quebrar o sigilo bancário dos integrantes do órgão 
estadual de auditoria, considerando a existência de provas de que se omitiram na 
fiscalização e de que tinham um elevado padrão de vida. 
À luz da sistemática constitucional, são corretas as medidas descritas: 
(A) apenas no item 3; 
(B) apenas nos itens 1 e 2; 
 
(C) apenas nos itens 3 e 4; 
(D) apenas nos itens 1, 2 e 3; 
(E) nos itens 1, 2, 3 e 4. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIO 
A questão se refere a Comissão Permanente de Orçamento e Finanças que é espécie de 
comissão parlamentar comum. As comissões parlamentares atuam como organismos 
auxiliares constituídos em cada Casa, composta de um número geralmente restrito de 
seus membros, encarregados de instruir e examinar as proposições legislativas, 
formulando emendas, quando necessárias, e apresentando seus pareceres (opiniões 
técnicas sobre determinada matéria), dos quais se servem o Plenário para deliberar, ou 
seja, aprovar ou rejeitar a proposta legislativa. Dessa feita, apenas o item 3 (solicitar o 
depoimento de três renomados economistas) está dentro das atribuições da comissão 
parlamentar comum, todas os outros itens estão dentro das atribuições de uma 
Comissão Parlamentar de Inquérito. 
A legislação diz que a CPI tem poder de investigação próprio de autoridades judiciais. 
Significa dizer que uma comissão de inquérito pode: 
• inquirir testemunhas (que têm o compromisso de dizer a verdade); 
• ouvir suspeitos (que têm o direito ao silêncio para não se incriminarem); 
• prender (somente em caso de flagrante delito); 
• requisitar da administração pública direta, indireta ou fundacional informações 
e documentos; 
• tomar o depoimento de autoridades; 
• requerer a convocação de ministros de Estado; 
• deslocar-se a qualquer ponto do país para realizar investigações e audiências 
públicas; 
• requisitar servidores de outros poderes para auxiliar nas investigações; 
• quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados, desde que por ato devidamente 
fundamentado, com o dever de não dar publicidade aos dados. 
 
 
23. José, advogado recém-formado, tão logo foi incorporado a um escritório de 
advocacia, recebeu a incumbência de identificar as causas que poderiam ser 
submetidas, em grau de recurso, ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e 
dos Tribunais Superiores, vale dizer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal 
Superior do Trabalho (TST), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal 
Militar (STM). Para tanto, precisou identificar se as competências desses tribunais 
estavam previstas em numerus clausus na ordem constitucional ou se poderiam ser 
delineadas pela legislação infraconstitucional. 
 
Ao final de sua análise, José concluiu, corretamente, que: 
(A) todos os tribunais têm suas competências previstas em numerus clausus na ordem 
constitucional; 
(B) apenas as competências do STF e do STJ estão previstas em numerus clausus na 
ordem constitucional; 
(C) apenas as competências do STF, do STJ e do TST estão previstas em numerus 
clausus na ordem constitucional; 
(D) apenas as competências do STF, do STJ, do TST e do TSE estão previstas em 
numerus clausus na ordem constitucional; 
(E) todos os tribunais podem ter suas competências delineadas pela legislação 
infraconstitucional, observados, em qualquer caso, os balizamentos constitucionais. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIO 
Apenas o STF e o STJ possuem competência taxativamente delimitada pelos arts. 102 e 
105 da CF/88,respectivamente. Para os outros tribunais superiores a CF prevê 
regulamentação infraconstitucional, vejamos: 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: IX outras controvérsias 
decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, 
dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em 
lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência 
da Justiça Militar. 
 
24. Após ampla mobilização dos proprietários de farmácias, que argumentavam com 
a reduzida margem de lucro oferecida pela maioria dos medicamentos, o Estado Alfa 
promulgou a Lei nº XX, que autorizou a comercialização de produtos de uso comum 
(rectius: artigos de conveniência) nas farmácias. 
Esse diploma normativo desagradou sobremaneira os proprietários de mercados e 
mercearias. Ao consultarem um emérito constitucionalista, foi-lhes informado, 
corretamente, que a Lei nº XX é: 
(A) constitucional, pois compete privativamente aos Estados legislar sobre saúde; 
(B) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre saúde; 
(C) constitucional, desde que sejam observadas as normas gerais editadas pela União; 
(D) inconstitucional, pois compete privativamente aos Municípios legislar sobre 
assuntos de interesse local; 
(E) inconstitucional, pois matérias afetas à vigilância sanitária atraem a competência 
administrativa da União e, por via reflexa, sua competência legislativa. 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIO 
Constitucional é a lei de estado-membro que verse o comércio varejista de artigos de 
conveniência em farmácias e drogarias (STF - ADI 4954). Ao tratar sobre a venda de 
produtos de conveniência em farmácias e drogarias, o legislador não tratou sobre defesa 
da saúde, mas, sim, sobre comércio local. Desse modo, os Estados-membros podem 
autorizar, mediante lei e em observância ao disposto em diploma federal (Lei 5.991/73), 
a comercialização dos chamados artigos de conveniência sem que isso represente 
invasão na esfera de competência da União. 
 
25. John, de nacionalidade estrangeira e que veio a se naturalizar brasileiro, tinha sido 
condenado, anteriormente, em seu país de origem, em sentença judicial transitada em 
julgado, pela prática de crime comum. Após anos de negociação, o seu país de origem 
celebrou tratado de extradição com o Estado brasileiro e requereu a extradição de 
John. 
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que John: 
(A) não pode ser extraditado, pois o Brasil não extradita os seus nacionais; 
(B) não pode ser extraditado, salvo se, previamente, for declarada a perda da 
nacionalidade brasileira; 
(C) pode ser extraditado em razão da natureza do crime e do momento em que o 
praticou, sendo-lhe aplicável o tratado de extradição celebrado posteriormente; 
(D) poderia ser extraditado em razão da natureza do crime e do momento em que o 
praticou, mas não lhe é aplicável o tratado de extradição celebrado posteriormente; 
(E) poderia ser extraditado, como qualquer nacional, nato ou naturalizado, em razão 
da natureza do crime, mas não lhe é aplicável o tratado de extradição celebrado 
posteriormente. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIO 
A extradição é considerada pelo Direito Brasileiro, ato solene de cooperação penal entre 
países, que consiste na entrega de uma pessoa, acusada ou condenada por um ou mais 
crimes, ao país que a reclama. A extradição é efetivada por meio do respectivo tratado 
de extradição firmado entre Estados Soberanos. 
Segundo o Art. 5º LI da CF/88, nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, 
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. 
 
26. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) dispõe 
que é assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os 
níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso universal e 
igualitário. 
 
De acordo com tal Estatuto da Pessoa com Deficiência, as ações e os serviços de saúde 
pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar diversas providências, 
EXCETO: 
(A) atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação; 
(B) atendimento psicológico, exceto para seus familiares e atendentes pessoais; 
(C) respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa 
com deficiência; 
(D) atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida; 
(E) diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe multidisciplinar. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
Cobrou-se a literalidade do § 4º do art. 18 do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 
Federal nº 13.146/2015): 
 
Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com 
deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio 
do SUS, garantido acesso universal e igualitário. 
[...] 
§ 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à pessoa 
com deficiência devem assegurar: 
I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe 
multidisciplinar; 
II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que 
necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a 
manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida; 
III - atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento 
ambulatorial e internação; 
IV - campanhas de vacinação; 
V - atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e 
atendentes pessoais; 
VI - respeito à especificidade, à identidade de gênero e à 
orientação sexual da pessoa com deficiência; 
VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à 
fertilização assistida; 
VIII - informação adequada e acessível à pessoa com deficiência 
e a seus familiares sobre sua condição de saúde; 
IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o 
desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais; 
 
X - promoção de estratégias de capacitação permanente das 
equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no 
atendimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a 
seus atendentes pessoais; 
XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, 
medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais, conforme as 
normas vigentes do Ministério da Saúde. (...) 
 
 
27. Em abril de 2022, o Tribunal de Justiça Alfa deseja contratar aquisição de 
determinados equipamentos que só podem ser fornecidos por empresa exclusiva. 
De acordo com o regime jurídico da Lei nº 14.133/2021, tal contratação pelo Tribunal 
de Justiça Alfa deve ser feita mediante: 
(A) inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de 
competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, 
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o 
objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência por marca específica; 
(B) inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de 
competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, 
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o 
objeto é fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência por marca 
específica; 
(C) dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de 
competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, 
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o 
objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência por marca específica; 
(D) dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de 
competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, 
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o 
objetoé fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência por marca 
específica; 
(E) prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, para contratação de compra 
em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente 
selecionados mediante critérios subjetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais 
alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes 
apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
A inexigibilidade e a dispensa de licitação são espécies de contratação direta, em que a 
Administração celebra contratos sem a realização de licitação prévia. Diferem uma da 
outra porque: na inexigibilidade, há inviabilidade de competição, impedindo a realização 
do certame; na dispensa, embora viável a competição, sendo possível a licitação em 
 
tese, esta é contrária ao interesse público, gerando maiores prejuízos caso fosse 
realizada. Outra importante diferença é que, na inexigibilidade, por ocorrer sempre 
quando houver inviabilidade de competição, as hipóteses legais são exemplificativas 
(numerus apertus), ao passo que, na dispensa, dependente que é de uma avaliação 
discricionária do agente público acerca dos prejuízos ao interesse público, os casos legais 
são taxativos (numerus clausus), não sendo possível em outras situações. 
A inexigibilidade de licitação vem disciplinada no art. 74 da Lei Federal nº 14.133/2021, 
in verbis: 
 
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em 
especial nos casos de: 
I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou 
contratação de serviços que só possam ser fornecidos por 
produtor, empresa ou representante comercial exclusivos; 
II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou 
por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela 
crítica especializada ou pela opinião pública; 
III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados 
de natureza predominantemente intelectual com profissionais 
ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade 
para serviços de publicidade e divulgação: 
a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos 
executivos; 
b) pareceres, perícias e avaliações em geral; 
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou 
tributárias; 
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou 
serviços; 
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; 
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; 
g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico; 
h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e 
ensaios de campo e laboratoriais, instrumentação e 
monitoramento de parâmetros específicos de obras e do meio 
ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no 
disposto neste inciso; 
IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de 
credenciamento; 
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de 
instalações e de localização tornem necessária sua escolha. 
 
§ 1º Para fins do disposto no inciso I do caput deste artigo, a 
Administração deverá demonstrar a inviabilidade de 
competição mediante atestado de exclusividade, contrato de 
exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento 
idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido ou 
prestado por produtor, empresa ou representante comercial 
exclusivos, vedada a preferência por marca específica. 
§ 2º Para fins do disposto no inciso II do caput deste artigo, 
considera-se empresário exclusivo a pessoa física ou jurídica que 
possua contrato, declaração, carta ou outro documento que 
ateste a exclusividade permanente e contínua de representação, 
no País ou em Estado específico, do profissional do setor 
artístico, afastada a possibilidade de contratação direta por 
inexigibilidade por meio de empresário com representação 
restrita a evento ou local específico. 
§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, 
considera-se de notória especialização o profissional ou a 
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, 
decorrente de desempenho anterior, estudos, experiência, 
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou 
outros requisitos relacionados com suas atividades, permita 
inferir que o seu trabalho é essencial e reconhecidamente 
adequado à plena satisfação do objeto do contrato. 
§ 4º Nas contratações com fundamento no inciso III 
do caput deste artigo, é vedada a subcontratação de empresas 
ou a atuação de profissionais distintos daqueles que tenham 
justificado a inexigibilidade. 
§ 5º Nas contratações com fundamento no inciso V 
do caput deste artigo, devem ser observados os seguintes 
requisitos: 
I - avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos 
custos de adaptações, quando imprescindíveis às necessidades 
de utilização, e do prazo de amortização dos investimentos; 
II - certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e 
disponíveis que atendam ao objeto; 
III - justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel a 
ser comprado ou locado pela Administração e que evidenciem 
vantagem para ela. 
 
 
28. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), com as alterações 
introduzidas pela Lei nº 13.655/2018, trouxe o chamado consequencialismo, visando 
 
à maior previsibilidade, segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do 
Direito Público. 
Nesse contexto, de acordo com a atual redação da LINDB: 
(A) a interpretação de normas sobre gestão pública deve privilegiar a efetividade das 
políticas públicas e os direitos dos administrados, desconsiderando os obstáculos e as 
dificuldades reais do gestor; 
(B) nas esferas administrativa e controladora, não se decidirá, em qualquer hipótese, 
com base em valores jurídicos abstratos, e a motivação demonstrará a necessidade e 
a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo 
ou norma administrativa, sem mencionar possíveis alternativas que foram 
descartadas; 
(C) a decisão que, nas esferas controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, 
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso 
suas consequências jurídicas, sem referências às consequências administrativas, em 
razão do princípio da separação dos poderes; 
(D) a revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade 
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver 
completado, levará em conta as orientações gerais vigentes no momento da decisão 
de revisão, de maneira que é permitido que, com base em mudança posterior de 
orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas; 
(E) a decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou 
orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou 
novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando 
indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de 
modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
A) INCORRETA. Art. 22, LINDB. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão 
considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas 
públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados. 
B) INCORRETA. Art. 20, LINDB. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não 
se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as 
consequências práticas da decisão. 
C) INCORRETA. Art. 21, LINDB. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora 
ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma 
administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e 
administrativas. 
D) INCORRETA. Art. 24, LINDB. A revisão, nas esferas administrativa, controladoraou 
judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa 
cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, 
 
sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem 
inválidas situações plenamente constituídas 
E) CORRETA. Art. 23, LINDB. A decisão administrativa, controladora ou judicial que 
estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, 
impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de 
transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito 
seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos 
interesses gerais. 
 
29. Em março de 2022, José, analista judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal e dos Territórios, de forma dolosa, no exercício da função, revelou fato de que 
tinha ciência em razão das atribuições e que devia permanecer em segredo, 
propiciando beneficiamento por informação privilegiada e, ainda, colocando em risco 
a segurança da sociedade e do Estado. 
De acordo com a atual redação da Lei nº 8.429/1992, José praticou ato de improbidade 
administrativa e, após o devido processo legal, está sujeito às seguintes cominações, 
que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do 
fato: 
(A) pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração percebida pelo 
agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de 
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a quatro anos; 
(B) perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, 
pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo 
agente e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de 
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; 
(C) perda da função pública, pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou 
de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, 
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo 
não superior a quatro anos; 
(D) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até doze anos, 
pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com 
o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio 
majoritário, pelo prazo não superior a doze anos; 
(E) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até catorze 
anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e 
proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos 
 
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a catorze anos. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
Trata-se de ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da 
Administração Pública, expressamente previsto no inciso III do art. 11 da Lei Federal nº 
8.429/1992, in litteris: 
 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta 
contra os princípios da administração pública a ação ou omissão 
dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e 
de legalidade, caracterizada por uma das seguintes 
condutas: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
[...] 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão 
das atribuições e que deva permanecer em segredo, propiciando 
beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em 
risco a segurança da sociedade e do Estado; (Redação dada 
pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 
Note-se que, em momento algum, o enunciado refere haver enriquecimento ilícito ou 
prejuízo ao erário. 
As penas cabíveis por ato de improbidade dependem da espécie praticada, estando 
enunciadas no art. 12 da Lei, in verbis: 
 
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano 
patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de 
responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação 
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às 
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do 
fato: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, 
suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, 
pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo 
patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 
(catorze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 
II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos 
políticos até 12 (doze) anos, pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o 
poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio 
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não 
superior a 12 (doze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, 
de 2021) 
III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil 
de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração 
percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder 
público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio 
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não 
superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 
14.230, de 2021) 
IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 
 
 
30. Maria é servidora pública federal estável ocupante de cargo efetivo e, após 
processo administrativo disciplinar, foi demitida. Inconformada, Maria aforou medida 
judicial e obteve sentença, já transitada em julgado, que determinou sua reintegração. 
Após o retorno a seu cargo, Maria recebeu apenas o pagamento retroativo dos 
vencimentos, férias indenizadas e auxílio-alimentação, referentes ao período em que 
esteve afastada por força da demissão, ora já declarada nula. 
Insatisfeita com os valores recebidos, mesmo ciente de que não ocorreu, no período 
reivindicado, qualquer situação de ambiente insalubre nem necessitou se deslocar no 
trajeto residência-trabalho-residência, Maria ajuizou nova medida judicial, agora 
pleiteando o pagamento retroativo das verbas a título de auxílio-transporte e 
adicional de insalubridade, em relação ao período em que ficou ilegalmente afastada. 
Levando em consideração a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre 
o tema, a pretensão de Maria: 
(A) merece prosperar, pois todas as verbas, sejam de natureza salarial, sejam de 
natureza indenizatória, devem ser pagas retroativamente em relação ao período em 
que Maria ficou ilegalmente afastada de suas funções; 
(B) merece prosperar, pois, além de receber retroativamente todas as verbas, sejam 
de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória,Maria tem direito à reparação 
pelos danos morais sofridos pela demissão declarada nula; 
(C) não merece prosperar, pois a servidora somente tem direito ao pagamento 
retroativo de seus vencimentos, razão pela qual deve devolver os valores recebidos 
de boa-fé a título de férias indenizadas e auxílio-alimentação; 
 
(D) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de 
insalubridade têm natureza indenizatória, assim como também não lhe seria devido o 
auxílio-alimentação que lhe fora indevidamente pago; 
(E) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de 
insalubridade não se mostram devidos à servidora pelo tão só exercício ficto no cargo 
público, haja vista que ditas rubricas reclamam a existência de requisitos legais 
específicos, não preenchidos. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
Trata-se do RECURSO ESPECIAL Nº 1.941.987 - PR (2021/0169608-4), assim ementado: 
 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. RECURSO ESPECIAL. 
DEMISSÃO. POSTERIOR ANULAÇÃO ADMINISTRATIVA DO ATO. 
REINTEGRAÇÃO AO CARGO. ART. 28 DA LEI 8.112/1990. 
PRETENSÃO AUTORAL DE RECEBIMENTO DE DIVERSAS 
PARCELAS PECUNIÁRIAS QUE DEIXOU PERCEBER NESSE 
INTERREGNO. EXERCÍCIO FICTO. POSSIBILIDADE APENAS EM 
RELAÇÃO A ALGUMAS DAS VANTAGENS PLEITEADAS. 
IMPOSSIBILIDADE DE RECEBIMENTO DAS RUBRICAS 
CONCERNENTES AO AUXÍLIO-TRANSPORTE E AO ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE. AUSÊNCIA DE ATENDIMENTO A REQUISITOS 
ESPECÍFICOS. REAJUSTE DE 28,86%. TERMO INICIAL. ANO DE 
1993. RECURSO ESPECIAL DO INSS PARCIALMENTE PROVIDO. 
1. Cuida-se, na origem, de ação ordinária ajuizada pela servidora 
recorrida em desfavor do INSS, objetivando a cobrança de todas 
as verbas salariais correspondentes ao período de 1º/7/1991 a 
12/6/2002, em que esteve alijada de seu cargo público por força 
de demissão posteriormente anulada pela própria 
Administração, ocasião em que se viu reintegrada ao cargo. 
2. Nos termos do art. 28 da Lei 8.112/1990, "A reintegração é a 
investidura do servidor estável no cargo anteriormente 
ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando 
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, 
com ressarcimento de todas as vantagens". 
3. Na forma da jurisprudência desta Corte, anulada a demissão 
do servidor, sua reintegração deverá lhe assegurar, em 
princípio, todos os efeitos funcionais e financeiros, como se em 
efetivo exercício estivesse. Nesse sentido, mutatis mutandis: 
AgRg no REsp 1.104.582/RS, Rel. Ministro CELSO LIMONGI 
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, DJe 
8/3/2010; REsp 886.293/PR, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES 
LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 27/11/2007, DJ 7/2/2008. 
 
4. A partir da conjugada interpretação dos arts. 15, caput, e 102, 
I, da Lei 8.112/1990 c/c o art. 22 da Lei 8.460/1992, conclui-se 
que o direito às férias indenizadas, acrescidas de um terço, e ao 
auxílio-alimentação tem como fato gerador o tão só exercício 
efetivo do cargo público pelo servidor, motivo pelo qual devem 
ser incluídos dentre os valores a serem pagos à autora, ora 
recorrida. 
5. Já os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de 
insalubridade não se mostram devidos à servidora pelo tão só 
exercício ficto no cargo público, haja vista que ditas rubricas 
reclamam a existência de requisitos específicos, a saber, o 
efetivo trabalho habitual "em locais insalubres ou em contato 
permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco 
de vida" (art. 68 da Lei 8.112/1990) e a realização de despesas 
"com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou 
interestadual pelos militares, servidores e empregados 
públicos da Administração Federal direta, autárquica e 
fundacional da União, nos deslocamentos de suas residências 
para os locais de trabalho e vice-versa" (art. 1º da Medida 
Provisória 2.165-36/2001). No caso concreto, não se 
comprovou, mediante a juntada de competente laudo pericial, 
a existência de ambiente insalubre no período reivindicado 
pela autora, nem tampouco necessitou esta, no mesmo 
interregno temporal, se deslocar no trajeto residência-
trabalho-residência. 
6. Quanto ao reajuste de 28,86% incidente sobre os 
vencimentos, entendeu a Corte de origem que "sua inclusão 
deve ser considerada desde a data que se tornaram devidos, isto 
é, desde janeiro de 1991" (fl. 621). Sucede que, na forma da 
jurisprudência desta Corte, "o direito à extensão do reajuste de 
28,86% foi reconhecido aos servidores públicos federais pela 
Medida Provisória 1.704, de 30/6/1998. Garantiu-se, inclusive, o 
pagamento de parcelas vencidas, devidas desde 1993" (REsp 
738.588/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA 
TURMA, DJ 1º/8/2006). Nesse mesmo sentido: AgInt no REsp 
1.483.566/PB, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, 
DJe 26/9/2019. 
7. Recurso especial do INSS conhecido e provido em parte, a fim 
de excluir dos cálculos as rubricas relativas ao auxílio-transporte 
e ao adicional de insalubridade, assim como para fixar como 
termo inicial das diferenças de 28,86% a data de 1º/7/1993. 
 
 
31. Recentemente, Ricardo, empresário aposentado e já viúvo, recebeu de seu único 
filho, Roberto, recém-casado, a notícia de que se tornaria avô. Para que Roberto 
 
tivesse um espaço melhor para a família que começava a crescer, Ricardo decidiu 
vender para ele um dos vários imóveis dos quais é proprietário. Para ajudar o filho, 
Ricardo cobrou um preço módico, a ser dividido em doze parcelas, e autorizou que a 
primeira delas fosse paga apenas dois anos após a celebração do contrato de compra 
e venda. Em gratidão ao pai e buscando oferecer maior segurança a ele, Roberto fez 
constar do contrato uma cláusula por meio da qual renunciava, desde logo, a qualquer 
prazo prescricional relativo à obrigação de pagar o preço do imóvel que pudesse 
beneficiá-lo. 
À luz do direito civil brasileiro, essa cláusula é: 
(A) ineficaz, porque, sendo Roberto descendente de Ricardo, a lei já determina que 
não corre a prescrição entre eles; 
(B) anulável, mas não prejudica a validade do restante do contrato, por força do 
princípio da conversão dos negócios; 
(C) válida, mas terá sua eficácia suspensa, já que as partes estipularam termo no 
contrato; 
(D) nula, uma vez que foi pactuada antes de a prescrição efetivamente se consumar; 
(E) inválida, pois a prescrição não pode ser suspensa nem interrompida, ao contrário 
da decadência. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
CC: “Art. 197. Não corre a prescrição: (...) II - entre ascendentes e descendentes, durante 
o poder familiar; (...)”. (grifo nosso). + Vide comentários da alternativa “d” 
(B) INCORRETA. 
Vide comentários da alternativa “d”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários da alternativa “d”. 
(D) CORRETA. 
CC: “Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo 
feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia 
quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição”. (grifo 
nosso). 
De acordo com o art. 191 do atual Código Civil, é admitida a renúncia à prescrição por 
parte daquele que dela se beneficia, ou seja, o devedor. Está superada a admissão da 
renúncia prévia, pois a renúncia somente é possível após se consumar a prescrição. 
Inicialmente, essa renúncia à prescrição poderá ser expressa, mediante declaração 
comprovada e idônea do devedor, sem vícios. Pode ocorrer ainda a renúncia tácita da 
prescrição, por condutas do devedor que induzem a tal fato, como o pagamento total 
ou mesmo parcial da dívida prescrita, que não pode ser repetida, exemplo que é de 
obrigação natural (art. 882 do CC). 
 
Essa conclusão também tem fundamento no art. 114 do Código Civil, segundo o qual a 
renúncia não admite interpretação extensiva, apenas restritiva. A par dessa realidade 
jurídica, em casos de dúvidas, não há que reconhecer que houve renúncia à prescrição. 
(E) INCORRETA. 
Arts. 197- 204 do CC. + Vide comentários da alternativa “d”.

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