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CURSO MEGE Site: www.mege.com.br Celular/Whatsapp: (99) 982622200 (Tim) Fanpage: /cursomege Instagram: @cursomege Material: Prova comentada TJDFT | Analista Judiciário – Área judiciária PROVA COMENTADA TJDFT Analista Judiciário – Área judiciária APRESENTAÇÃO Olá! Tudo bem, futuros Analistas do TJDFT? Estudamos muitas semanas para este concurso em nossa turma de reta final, com tudo extremamente direcionado para a prova (raio-x das disciplinas, resumos, simulados, Vade Mege, dentre outras atividades). Agora, para fechar com chave de outro, comentamos a prova objetiva do certame. É um material de leitura imprescindível, que serve como fonte de estudo e, ainda, para entender seus eventuais erros nesta prova. Não bastasse isso, apontamos as questões passíveis de recurso, sendo que, aqui, no TJDFT, não vislumbramos questões passíveis de anulação. É a primeira prova de Analista que comentamos, mas, agora, não podemos mais parar. Sempre que houver turma do Mege para futuros concursos de Analista, vamos confeccionar essa prova comentada. Em magistratura estadual, já é tradição por aqui, e, agora, em provas de Analista, queremos seguir essa mesma linha. Então, é isso. Estamos na torcida por todos vocês. Contem sempre com nossa equipe! Grande abraço! LÍNGUA PORTUGUESA 01. “Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo menos do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um dicionário muito mais maravilhoso.” Depreende-se desse pensamento que seu autor: (A) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário; (B) deve tudo que conhece ao dicionário; (C) adquire conhecimentos com as viagens que realiza; (D) conhece o mundo por meio da experiência de vida; (E) constatou que os dicionários registram o melhor da vida. RESPOSTA: D COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. O texto não permite inferir que o autor nada aprendeu com os livros. (B) INCORRETA. A alternativa extrapola o que se pode depreender do texto. (C) INCORRETA. A alternativa reduz o que se pode depreender do texto, pois o texto vai além do que se lê na alternativa. É preciso entender também que “estrada”, aqui, é uma metáfora de “vida”. Assim, o texto não permite inferir que o autor realiza viagens. (D) CORRETA. Observe que o autor deixa entrever que o conhecimento de mundo dele advém, sobretudo, de experiências da vida, o que ele chama de “estrada”. (E) INCORRETA. Em nenhum momento, o texto permite inferir que o melhor da vida foi constatado pelos dicionários. 02. “E da minha fidelidade não se deveria duvidar; pois, tendo-a sempre observado, não devo aprender a rompê-la agora; e quem foi fiel e bom por quarenta e três anos, como eu, não deve poder mudar de natureza: da minha fidelidade e da minha bondade é testemunha a minha pobreza.” Nesse pensamento, o autor utiliza os adjetivos “fiel e bom” e, em seguida, os substantivos correspondentes “fidelidade” e “bondade”. A opção abaixo em que os dois adjetivos citados mostram substantivos adequados é: (A) sensato e esperto / sensatez e espertez; (B) claro e escuro / clareza e escureza; (C) alto e gordo / altura e magrura; (D) fundo e profundo / fundeza e profundeza; (E) liso e áspero / lisibilidade e asperidade. RESPOSTA: B COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. As formas corretas são “sensatez” e “esperteza”. (B) CORRETA. Formas corretas: “clareza” e “escureza” (escureza é o mesmo que escuridão). (C) INCORRETA. As formas corretas são “altura” e “magreza”. (D) INCORRETA. As formas corretas são “fundura” e “profundeza”. (E) INCORRETA. As formas corretas são “lisura” e “aspereza” (mas vale ressaltar que “asperidade” também pode ser usado com sentido de “aspereza”). 03. “Não há nada que demonstre tão bem a grandeza e a potência da inteligência humana, nem a superioridade e a nobreza do homem, como o fato de ele poder conhecer, compreender por completo e sentir fortemente a sua pequenez.” Os termos desse pensamento mostram paralelismo perfeito nos seguintes segmentos: (A) “Não há nada” / “como o fato”; (B) “que demonstre” / “de ele poder conhecer”; (C) “a grandeza e a potência da inteligência humana” / “a superioridade e a nobreza do homem”; (D) “poder conhecer” / “compreender por completo”; (E) “como o fato de ele poder conhecer” / “compreender por completo e sentir fortemente”. RESPOSTA: C COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Aqui, tem-se apenas uma relação de exemplificação. (B) INCORRETA. Esses termos não constituem paralelismo. (C) CORRETA. O paralelismo diz respeito à manutenção da mesma estrutura. Está relacionado a estruturas simétricas, em que há correspondências gramaticais e/ou semânticas similares. O paralelismo pode ser sintático (quando diz respeito a estruturas gramáticas idênticas) ou semântico (quando se aplica a ideias em simetria). No item C, ocorrem estruturas paralelísticas perfeitas por meio de uma relação de adição. (D) INCORRETA. Os termos não constituem paralelismo perfeito. O primeiro traz uma locução verbal precedida de preposição (de) e de pronome pessoal (ele); o segundo apresenta um verbo no infinitivo seguido de termo preposicionado (por completo). (E) INCORRETA. Os trechos apresentados na alternativa não constituem paralelismo perfeito. Observe que os trechos (1) “Como o fato de ele poder conhecer”, “compreender por completo” / (3) e “sentir fortemente” não são estruturas simétricas. 04. “Todos aqueles que devem deliberar sobre quaisquer questões devem manter-se imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo.” Tratando-se de um pensamento dirigido àqueles que julgam, o seu autor recomenda que eles: (A) pratiquem a caridade em relação ao próximo; (B) deixem de lado, no julgamento, questões pessoais; (C) não abandonem o sentimento ao julgarem; (D) considerem sempre a realidade do próximo; (E) privilegiem sempre a verdade. RESPOSTA: B COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. A alternativa extrapola o que se pode depreender do texto. (B) CORRETA. O autor explicita que, na deliberação de qualquer questão, o ódio e a simpatia, a ira e o sentimentalismo não devem existir. Ele deixa claro que aqueles que julgam devem fazê-lo com imparcialidade. (C) INCORRETA. O autor afirma que o sentimentalismo deve ficar de fora de qualquer julgamento. (D) INCORRETA. A consideração sobre a realidade do próximo não é abordada no texto. (E) INCORRETA. O que se deve privilegiar é a imparcialidade, e não a verdade. 05.“Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos, às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado como indutivo é: (A) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa; (B) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura; (C) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã; (D) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva; (E) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis. RESPOSTA: E COMENTÁRIOS (A, B, C, D) INCORRETAS. Nessas alternativas, ocorre o raciocínio dedutivo, no qual se parte da compreensão da regra geral para se chegar à conclusão dos casos específicos. (E) CORRETA. Um argumento/raciocínio indutivo é aquele no qual se parte de experiências sobre fatos particulares/específicos e se inferem daí conclusões gerais. Isso ocorre na alternativa E: Ontem nevou bastante (fato particular), por isso as estradas devem estar intransitáveis (fato/conclusão geral). 06.“A liberdade, como a vida, só a merece quem deve conquistá-la a cada dia!” Essa frase exemplifica um caso de linguagem figurada que é um(a): (A) pleonasmo, com a repetição da palavra“liberdade” por meio do pronome pessoal em “a merece”; (B) hipérbole, com a expressão “deve conquistá-la a cada dia”, já que indica um exagero; (C) elipse do termo “liberdade” no segmento “só a merece quem deve conquistá-la”; (D) ironia na comparação “como a vida”, igualando duas realidades muito diferentes: a liberdade e a vida; (E) anacoluto com o termo inicial “liberdade”, já que ele não mostra continuidade sintática na frase. RESPOSTA: A COMENTÁRIOS (A) CORRETA. Na alternativa A, há um complemento verbal (objeto direto) repetido ou pleonástico, representado pelo pronome oblíquo “a”, em “só a merece”. O verbo “merecer”, nessa frase, tem dois complementos de mesma natureza (objeto direto), que são os termos “A liberdade” (inicia a frase e está separado por vírgula) e o pronome oblíquo “a” (pleonástico). (B) INCORRETA. Não há hipérbole (exagero) na frase. (C) INCORRETA. O termo “liberdade” é retomado pelo pronome oblíquo “a”. Sendo assim, não ocorre elipse (omissão). (D) INCORRETA. Não há ironia (afirmar algo com intenção contrária) na alternativa D. (E) INCORRETA. Anacoluto consiste na “quebra” da estrutura sintática, resultando em termos da oração isolados na frase. É conhecido também como “frase quebrada”. Mesmo que haja anacoluto na frase, pela anteposição do objeto direto, não se pode afirmar que a frase não tem continuidade, pois o pronome oblíquo “a” retoma o termo isolado por vírgula no início do período. Mensagem do professor Volney Ribeiro: Prezado aluno, apesar de o edital não explicitar o tópico figuras de linguagem, o assunto pode ser contemplado no primeiro tópico do edital. A questão solicita ao candidato que identifique uma frase que exemplifica um caso de linguagem figurada, o que é comum ocorrer no texto literário. Vale destacar que, entre as características de um texto literário, encontram-se as seguintes: conotação, subjetividade, recriação da realidade, função estética, linguagem plurissignificativa e presença de figuras de linguagem Desse modo, a questão pode estar ancorada no tópico de abertura do programa de língua portuguesa do edital: “Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto literário e não literário...); interpretação e organização interna.”. No entanto, entendemos que a sinalização do tópico “figuras de linguagem” poderia realmente ser explicitada no edital, com o fito de que os candidatos priorizassem o tema e pudessem ter mais chance de acertar a questão. 07. Chegaram todos atrasados; além disso, não trouxeram as encomendas. Nessa frase, aparece o conector “além disso” com valor de adição; a frase abaixo em que NÃO há um conector do mesmo valor aditivo é: (A) Além de usar máscara, os passageiros dos ônibus deviam estar mais separados uns dos outros; (B) Ainda por cima, as pessoas parecem considerar que a pandemia já acabou; (C) Corria o risco de contrair a doença e mesmo assim não se importava; (D) Nem a máscara nem o álcool protegem integralmente contra a Covid; (E) Não só a pandemia não terminou, como também novas cepas são esperadas. RESPOSTA: C COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. “Além de” é uma locução prepositiva com valor aditivo. (B) INCORRETA. “Ainda por cima” é um conectivo de adição. (C) CORRETA. O conectivo “e” tem valor adversativo e pode ser corretamente substituído por “mas”. (D) INCORRETA. A conjunção “nem”, nas duas ocorrências, tem valor aditivo. (E) INCORRETA. A locução conjuntiva “não só...como também” indica adição. 08.“Justiça é consciência, não uma consciência pessoal, mas a consciência de toda a humanidade. Aqueles que reconhecem claramente a voz de suas próprias consciências normalmente reconhecem também a voz da justiça.” (Alexander Solzhenitsyn) A afirmação que está de acordo com a estruturação e a significação desse pensamento é: (A) a conjunção “mas” mostra uma oposição entre “consciência” e “consciência de toda a humanidade”; (B) ao dizer que justiça é a consciência de toda a humanidade, o autor mostra uma marca da justiça: a imparcialidade; (C) o segmento “não uma consciência pessoal” corrige o erro do emprego do termo “consciência” no trecho anterior; (D) o segundo período amplia a informação do texto, uma espécie de consequência da afirmação anterior; (E) o termo “normalmente” indica que o processo de reconhecimento ocorre de forma particular em cada cidadão. RESPOSTA: D COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. A conjunção “mas” mostra oposição entre “não uma consciência pessoal” e “consciência de toda a humanidade”. (B) INCORRETA. No texto, o autor relaciona consciência e justiça. Ao dizer que “justiça é a consciência de toda a humanidade”, o autor está fazendo alusão ao fato de que justiça e consciência são conceitos convergentes, por isso a justiça não deve derivar de uma consciência pessoal, mas de uma consciência coletiva. Nesse caso, há a ideia de totalidade, envolvendo todos os que compõem uma sociedade. (C) INCORRETA. Não há correção de erro, mas uma ampliação da informação inicial. (D) CORRETA. Entre os dois períodos, subentende-se o conectivo de conclusão “portanto”. Como a alternativa usa o termo “espécie de consequência”, suavizado, pode-se confirmar isso por meio da ideia de conclusão (espécie de consequência). Além disso, há também ideia de ampliação de informação entre os períodos. (E) INCORRETA. O advérbio “normalmente” assume sentido temporal, equivalendo a “frequentemente”. Não tem valor, portanto, de algo que ocorre de forma particular em cada cidadão. 09.“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que discípulos; é preciso já ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.” A frase abaixo que mostra uma interrogação, ainda que indireta, é: (A) Sei o porquê de ele ter chegado atrasado; (B) Vi quando o táxi capotou; (C) Desconheço onde ele mora; (D) Vi como ela fez isso; (E) Queria conhecer todas as respostas. RESPOSTA: C COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. A frase é apenas uma declaração afirmativa. (B) INCORRETA. Trata-se apenas de um registro pessoal de um fato. (C) CORRETA. Trata-se de uma frase interrogativa indireta. Observe que, ao dizer “Desconheço onde ele mora”, a frase pode levar um interlocutor a dizer onde alguém mora, como se uma pergunta houvesse sido feita. (D) INCORRETA. Trata-se apenas de uma constatação. (E) INCORRETA. Trata-se apenas da expressão de um desejo, não de uma interrogação. 10.“Os regimes que reprimem a liberdade da palavra, por se incomodarem com a liberdade que ela difunde, fazem como as crianças que fecham os olhos para não serem vistas.” Sobre esse pensamento, é correto afirmar que: (A) o segmento “que reprimem a liberdade da palavra” explica o termo anterior; (B) o termo “da palavra” marca o paciente de “liberdade”; (C) “por se incomodarem com a liberdade que ela difunde” indica a consequência da repressão da liberdade da palavra; (D) a comparação com as crianças marca uma atitude infantil dos regimes citados; (E) “que fecham os olhos para não serem vistas” mostra uma ação claramente irracional. RESPOSTA: E COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. O segmento “que reprimem a liberdade da palavra” restringe o termo anterior, pois é oração subordinada adjetiva restritiva. (B) INCORRETA. O termo “da palavra” não marca o paciente de “liberdade”, pois não exerce função sintática de complemento nominal, mas de adjunto adnominal. Nesse caso, é possuidor, agente. (C) INCORRETA. O trecho “por se incomodarem com a liberdade que ela infunde” tem valor causal. (D) INCORRETA. A comparação apresenta uma relação paradoxal, contraditória. Assim, fazer o que a criança faz é ilógico. Não se trata, pois, de uma atitude infantil dos regimes citados, mas de uma atitude incoerente e inútil. (E) CORRETA. Sem dúvida alguma, conforme mencionamos acima, tal comportamento contraditório demonstra claramenteirracionalidade, pois não é lógico. ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO, REGIMENTO INTERNO E LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 11. A Lei nº 11.697/2008, que dispõe sobre a Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios, estabelece que aos juízes de direito cabe, além de processar e julgar os feitos de sua competência: (A) inspecionar os serviços cartorários, informando, mensalmente, ao corregedor o resultado das inspeções; (B) nomear servidores para cargo em comissão e função de confiança na respectiva Secretaria; (C) conceder a delegação para o exercício da atividade notarial e de registro, bem como extingui-la, na respectiva comarca; (D) aplicar aos servidores que lhes sejam subordinados penalidades disciplinares que não excedam a trinta dias de suspensão; (E) regular a atividade do depositário público, dispondo sobre as formas de controle dos bens em depósito, bem como as atividades dos contadores-partidores e distribuidores. RESPOSTA: D COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: INCORRETA A informação é SEMESTRAL, nos termos do art. 45, I, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 45. Aos Juízes de Direito cabe, além de processar e julgar os feitos de sua competência: I – inspecionar os serviços cartorários, informando, semestralmente, ao Corregedor o resultado das inspeções; ALTERNATIVA B: INCORRETA Ele apenas indica à nomeação, nos termos do art. 45, IV, da Lei da Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 45. Aos Juízes de Direito cabe, além de processar e julgar os feitos de sua competência: IV – indicar à nomeação o cargo e as funções comissionadas da respectiva Secretaria. ALTERNATIVA C: INCORRETA É uma atribuição do Presidente do TJDFT, nos termos do art. 10º, III, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 10. São atribuições do Presidente: III – conceder a delegação para o exercício da atividade notarial e de registro, bem como extingui-la, nos casos previstos em lei, declarando vago o respectivo serviço; ALTERNATIVA D: CORRETA Nos termos do art. 45, II, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 45. Aos Juízes de Direito cabe, além de processar e julgar os feitos de sua competência: II – aplicar aos servidores que lhes sejam subordinados penalidades disciplinares que não excedam a 30 (trinta) dias de suspensão; ALTERNATIVA E: INCORRETA É uma atribuição do Corregedor, nos termos do art. 12, VII, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 12. São atribuições do Corregedor: VII – regular a atividade do Depositário Público, dispondo especialmente sobre as formas de controle dos bens em depósito, bem como as atividades dos Contadores-Partidores e Distribuidores. 12. No âmbito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, tramita ação que tem por objeto a declaração de ilegalidade de greve de servidores distritais não regidos pela legislação trabalhista. Consoante dispõe o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o processo e julgamento de ações como a mencionada compete: (A) ao Conselho Especial; (B) à Câmara de Uniformização; (C) ao presidente do Tribunal; (D) às Turmas Cíveis; (E) às Câmaras Cíveis. RESPOSTA: E COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: INCORRETA Compete às Câmaras Cíveis nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT. ALTERNATIVA B: INCORRETA Compete às Câmaras Cíveis nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT. ALTERNATIVA C: INCORRETA Compete às Câmaras Cíveis nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT. ALTERNATIVA D: INCORRETA Compete às Câmaras Cíveis nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT. ALTERNATIVA E: CORRETA Nos termos do art. 21, VI, do Regimento Interno do TJDFT: Art. 21. Compete às Câmaras Cíveis processar e julgar: VI - as ações que tenham por objeto a declaração de legalidade ou ilegalidade de greve de servidores distritais não regidos pela legislação trabalhista; 13. João, servidor público ocupante de cargo efetivo, no exercício das funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e processo. De acordo com o regime jurídico disciplinar da Lei nº 8.112/1990, que lhe é aplicável, observadas as cautelas procedimentais legais, em tese, João, que até então nunca havia praticado qualquer infração funcional, está sujeito à sanção de: (A) advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; (B) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; (C) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; (D) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; (E) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. RESPOSTA: A COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: CORRETA Nos termos dos arts. 117, IV, 130 e 131 da Lei nº 8.112/1990: Art. 117. Ao servidor é proibido: IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. ALTERNATIVA B: INCORRETA O ato de João está sujeito à sanção de advertência, e não suspensão, conforme indicado acima. ALTERNATIVA C: INCORRETA O ato de João está sujeito à sanção de advertência, e não suspensão, conforme indicado acima. ALTERNATIVA D: INCORRETA O ato de João está sujeito à sanção de advertência, e não demissão, conforme indicado acima. ALTERNATIVA E: INCORRETA O ato de João está sujeito à sanção de advertência, e não demissão, conforme indicado acima. 14. De acordo com o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, dar posse aos servidores do quadro do Tribunal de Justiça e àqueles investidos em cargo em comissão é atribuição administrativa do: (A) presidente do Tribunal; (B) governador do Estado; (C) primeiro vice-presidente do Tribunal; (D) corregedor do Tribunal; (E) secretário de Estado de Administração. RESPOSTA: C COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: INCORRETA É uma atribuição administrativa do Primeiro Vice-Presidente, nos termos do art. 368, II, do Regimento Interno. ALTERNATIVA B: INCORRETA É uma atribuição administrativa do Primeiro Vice-Presidente, nos termos do art. 368, II, do Regimento Interno. ALTERNATIVA C: CORRETA Nos termos do art. 368, II, do Regimento Interno: Art. 368. São atribuições administrativas do Primeiro Vice-Presidente: II - dar posse aos servidores do quadro do Tribunal de Justiça e àqueles investidos em cargo em comissão; ALTERNATIVA D: INCORRETA É uma atribuição administrativa do Primeiro Vice-Presidente, nos termos do art. 368, II, do Regimento Interno. ALTERNATIVA E: INCORRETA É uma atribuição administrativa do Primeiro Vice-Presidente, nos termos do art. 368,II, do Regimento Interno. 15. Em matéria de composição do primeiro grau de jurisdição no Distrito Federal, de acordo com a Lei nº 11.697/2008, que dispõe sobre a Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios: (A) a Magistratura de primeiro grau do Distrito Federal compõe-se apenas de juízes de direito; (B) o Tribunal de Justiça não poderá remanejar Varas dentre as Circunscrições Judiciárias; (C) a especialização de Varas ocorre após votação dos juízes de primeiro grau e mediante estudo técnico; (D) a especialização de Varas é ato privativo do presidente do Tribunal, sendo desnecessário estudo técnico; (E) o Tribunal de Justiça poderá utilizar, como critério para criação de novas Circunscrições Judiciárias, as Regiões Administrativas do Distrito Federal, mediante Resolução. RESPOSTA: E COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: INCORRETA Também é composta por Juízes de Direito Substitutos, nos termos do art. 16 da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 16. A Magistratura de Primeiro Grau do Distrito Federal compõe-se de Juízes de Direito e Juízes de Direito Substitutos. ALTERNATIVA B: INCORRETA Poderá remanejar, nos termos do art. 17, § 3º, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 17. A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei. § 3º O Tribunal de Justiça poderá remanejar Varas dentre as Circunscrições Judiciárias, quando for conveniente e oportuno. ALTERNATIVA C: INCORRETA A especialização é definida pelo Regimento Interno, nos termos do art. 17, § 1º, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 17. A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei. § 1º As especializações das Varas referidas no caput deste artigo serão definidas pelo Regimento Interno, obedecendo-se às competências dos Juízos definidas nos arts. 18 a 44 desta Lei e mediante estudo técnico. ALTERNATIVA D: INCORRETA A especialização é definida pelo Regimento Interno, nos termos do art. 17, § 1º, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 17. A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei. § 1º As especializações das Varas referidas no caput deste artigo serão definidas pelo Regimento Interno, obedecendo-se às competências dos Juízos definidas nos arts. 18 a 44 desta Lei e mediante estudo técnico. ALTERNATIVA E: CORRETA Nos termos do art. 17, § 2º, da Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (Lei nº 11.697/2008): Art. 17. A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei. § 2º O Tribunal de Justiça poderá utilizar, como critério para criação de novas Circunscrições Judiciárias, as Regiões Administrativas do Distrito Federal, mediante Resolução. PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA 16. O Diário de Justiça eletrônico (DJe) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios é o instrumento oficial de publicação dos atos judiciais, administrativos e de comunicação em geral. Nesse contexto, de acordo com o Provimento Geral da Corregedoria do Poder Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios aplicado aos Juízes e Ofícios Judiciais, disponibilizado no DJe de 10/10/2014, é correto afirmar que: (A) a publicação de atos no DJe não será isenta de custas, exceto para os beneficiários da gratuidade de justiça; (B) a publicação eletrônica substituirá a intimação ou vista pessoal nos casos em que a lei as exigir; (C) a publicação do edital de citação deverá ser feita no DJe, vedada a publicação na rede mundial de computadores; (D) a remessa de expediente para publicação no DJe deverá abranger todos os atos judiciais, exceto os casos em que tenha sido decretado sigilo, seja por determinação judicial, seja por força de lei; (E) a remessa de expediente para publicação no DJe deverá restringir-se aos atos judiciais que forem estritamente obrigatórios e essenciais, tais como os atos ordinatórios que devam ser cumpridos ou atendidos pelas partes ou por terceiros interessados. RESPOSTA: E COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: INCORRETA Nos termos do art. 65, § 2º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 65. (...) § 2º É isenta de custas a publicação de atos no DJe. ALTERNATIVA B: INCORRETA Nos termos do art. 65, § 1º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 65. (...) § 1º A publicação eletrônica não substituirá a intimação ou vista pessoal nos casos em que a lei as exigir. ALTERNATIVA C: INCORRETA Nos termos do art. 66, parágrafo único, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 66. (...) Parágrafo único. A publicação do edital de citação deverá ser feita na rede mundial de computadores, no sítio eletrônico do Tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, sendo obrigatória a certificação do ato nos autos. (Redação dada pelo Provimento 1, de 2016) ALTERNATIVA D: INCORRETA A remessa de expediente para publicação no DJE é restrita aos atos judiciais estritamente obrigatórios e essenciais, nos termos do art. 66 do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 66. A remessa de expediente para publicação no Diário da Justiça eletrônico será feita por meio eletrônico e deverá restringir-se aos atos judiciais que forem estritamente obrigatórios e essenciais, assim entendidos: ALTERNATIVA E: CORRETA Nos termos do art. 66 do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 66. A remessa de expediente para publicação no Diário da Justiça eletrônico será feita por meio eletrônico e deverá restringir-se aos atos judiciais que forem estritamente obrigatórios e essenciais, assim entendidos: I – a parte dispositiva da sentença; II – as decisões interlocutórias, os despachos e os atos ordinatórios que devam ser cumpridos ou atendidos pelas partes ou por terceiros interessados; II – as decisões interlocutórias, os despachos e os atos ordinatórios que devam ser cumpridos ou atendidos pelas partes ou por terceiros interessados; III – as datas designadas para a realização de atos processuais, tais como audiências, hastas públicas ou perícias judiciais; III – as datas designadas para a realização de atos processuais, tais como audiências, leilões e perícias judiciais; (Redação dada pelo Provimento 1, de 2016) IV – os editais. 17. Tramita em determinada Vara Cível do Poder Judiciário do Distrito Federal ação de cobrança em que figura como autor João, que possui síndrome de imunodeficiência adquirida (Sida). De acordo com o Provimento da Corregedoria da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios nº 07, de 08/09/2010, João: (A) terá prioridade na tramitação do citado processo, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo; (B) terá prioridade na tramitação do citado processo, apenas se a doença tiver sido contraída antes do início do processo; (C) não terá prioridade na tramitação do citado processo, porque não se trata de ação relacionada diretamente à doença, como obtenção de medicamentos ou tratamento de saúde; (D) deverá requerer a obtenção do benefício da prioridade na tramitação processual diretamente ao juízo competente, que analisará o pedido no prazo máximo de trinta dias; (E) não terá prioridade na tramitação do citadoprocesso, pela falta de previsão legal específica, devendo ser aplicado o princípio da isonomia. RESPOSTA: A COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: CORRETA Nos termos do art. 1º do Provimento da Corregedoria da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios nº 07 de 08/09/2010: Art. 1º Os processos judiciais, inclusive cartas precatórias e rogatórias, terão prioridade na tramitação nos juízos de Primeira Instância, desde que figurem, como parte ou interessado, pessoas que se encontrem em qualquer das seguintes situações: I – ter idade igual ou superior a sessenta anos; II – ser portadora de doença grave; III – ser portadora de deficiência física, visual, auditiva ou mental, desde que o objeto da causa tenha vínculo direto com a própria deficiência, conforme o preceituado no art. 9º da Lei 7.853/1989. Parágrafo Único. Em complementação ao que dispõe o inciso II, considera-se como parte ou interessado apto a receber o benefício da tramitação prioritária aquele que seja portador de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo. ALTERNATIVA B: INCORRETA Conforme exposto acima. ALTERNATIVA C: INCORRETA Conforme exposto acima. ALTERNATIVA D: INCORRETA Conforme exposto acima. ALTERNATIVA E: INCORRETA Conforme exposto acima. 18. Em matéria de emissão de certidões, o Provimento Geral da Corregedoria do Poder Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios aplicado aos Juízes e Ofícios Judiciais, disponibilizado no DJe de 10/10/2014, dispõe que: (A) o fornecimento de certidão à pessoa estranha à relação processual é vedado; (B) o nome do requerente não poderá constar das certidões, exceto quando se tratar de órgão público; (C) o nome da vítima deverá constar das certidões e dos documentos referentes a informações sobre o andamento de processos criminais; (D) as certidões serão expedidas sem rasuras e com inutilização dos espaços não aproveitados, no prazo máximo de cinco dias, salvo motivo justificado; (E) as certidões expedidas pelos ofícios judiciais e órgãos administrativos da Corregedoria não são gratuitas, sendo a única exceção quando o requerente for assistido pela Defensoria Pública. RESPOSTA: D COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: INCORRETA Nos termos do art. 84, § 1º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 84. (...) § 1º O fornecimento de certidão a pessoa estranha à relação processual dependerá de requerimento escrito, do qual conste a devida qualificação do requerente. ALTERNATIVA B: INCORRETA Nos termos do art. 84, § 2º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 84. (...) § 2º O nome do requerente constará das certidões. ALTERNATIVA C: INCORRETA Nos termos do art. 84, § 3º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 84. (...) § 3º O nome da vítima não poderá constar das certidões e dos documentos referentes a informações sobre o andamento de processos criminais. ALTERNATIVA D: CORRETA Nos termos do art. 84 do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 84. As certidões serão expedidas sem rasuras e com inutilização dos espaços não aproveitados, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, salvo motivo justificado. (Redação dada pelo Provimento 1, de 2016) ALTERNATIVA E: INCORRETA Nos termos do art. 84, § 4º, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 84. (...) § 4º São gratuitas as certidões expedidas pelos ofícios judiciais e órgãos administrativos da Corregedoria. 19. O plantão judiciário do primeiro grau de jurisdição no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios é constituído pelo plantão judiciário semanal e pelo plantão judiciário prestado no feriado forense compreendido entre 20 de dezembro e 6 de janeiro. Nesse contexto, consoante dispõe o Provimento Geral da Corregedoria do Poder Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios aplicado aos Juízes e Ofícios Judiciais, ao juiz plantonista compete decidir: (A) pedido de levantamento de importância em dinheiro ou valores; (B) reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão anterior; (C) recebimento de comunicação de prisões temporárias, preventivas ou outras diversas das efetuadas em flagrante; (D) pedidos de liberdade provisória, com ou sem fiança, desde que a competência já não esteja afeta, por prevenção, a outro juízo; (E) apreciação de quaisquer matérias afetas à Vara de Execução Penal do Distrito Federal e à Vara de Execução das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal. RESPOSTA: D COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: INCORRETA Hipótese não prevista no art. 117, transcrito abaixo. ALTERNATIVA B: INCORRETA Hipótese não prevista no art. 117, transcrito abaixo. ALTERNATIVA C: INCORRETA Hipótese não prevista no art. 117, transcrito abaixo. ALTERNATIVA D: CORRETA Nos termos do art. 17, IV, do provimento geral da corregedoria aplicado aos juízes e ofícios judiciais: Art. 117. Ao Juiz plantonista compete: I – apreciar pedidos de habeas corpus e mandados de segurança em que figurar como coatora autoridade submetida à competência jurisdicional do magistrado de Primeiro Grau; II – em caso de justificada urgência, decidir sobre pedidos de prisão preventiva ou temporária, busca e apreensão de pessoas, bens ou valores; III – receber comunicação de prisão em flagrante e apreciar sua legalidade, nos termos do artigo 310 do Código de Processo Penal; IV – decidir os pedidos de liberdade provisória, com ou sem fiança, desde que a competência já não esteja afeta, por prevenção, a outro juízo; V – decidir as medidas urgentes de que trata a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, salvo se, a prudente arbítrio do magistrado, for possível aguardar o prazo previsto no artigo 18 do referido diploma legal, hipótese em que o Juiz deverá encaminhar o pedido ao Juiz natural da causa; VI – decidir sobre pedidos de liberdade, em caso de prisão civil; VII – decidir medidas urgentes de competência da Vara da Infância e da Juventude – VIJ que não tenham sido apreciadas por qualquer órgão que trata dessa matéria; VIII – decidir medidas urgentes de natureza cível ou criminal que não possam ser apreciadas no horário normal de expediente, estritamente nos casos de risco concreto de perecimento do direito, de lesão grave ou de difícil reparação. ALTERNATIVA E: INCORRETA Hipótese não prevista no art. 117, transcrito acima. PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO 20. Em matéria de indisponibilidade do sistema PJe, de acordo com o Provimento Judicial da Corregedoria da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios aplicado ao Processo Judicial Eletrônico (disponibilizado no DJe de 21/08/2017), os prazos que vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia útil seguinte, quando a indisponibilidade: (A) ocorrer entre a 0h00 e as 06h00 dos dias de expediente forense; (B) ocorrer em feriados e finais de semana, a qualquer hora, por período superior a noventa minutos; (C) for superior a sessenta minutos, ininterruptos ou não, se ocorrida entre as 6h00 e as 23h00; (D) for superior a trinta minutos, ininterruptos ou não, nas últimas 24 horas do prazo, ocasião em que a prorrogação de prazo será feita mediante ato do presidente do Tribunal, vedada a prorrogação automática pelo sistema PJe; (E) ocorrer, em qualquer dia, por período superior a noventaminutos, ocasião em que a prorrogação de prazo será feita mediante ato do presidente do Tribunal, vedada a prorrogação automática pelo sistema PJe. RESPOSTA: C COMENTÁRIOS ALTERNATIVA A: INCORRETA Nos termos do art. 12, § 1º, do provimento judicial aplicado ao processo judicial eletrônico: Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia útil seguinte, quando: (...) § 1º As indisponibilidades ocorridas entre a 0h00m e as 06h00m dos dias de expediente forense e as ocorridas em feriados e finais de semana, a qualquer hora, não produzirão o efeito previsto no caput deste artigo. ALTERNATIVA B: INCORRETA Nos termos do art. 12, § 1º, do provimento judicial aplicado ao processo judicial eletrônico: Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia útil seguinte, quando: (...) § 1º As indisponibilidades ocorridas entre a 0h00m e as 06h00m dos dias de expediente forense e as ocorridas em feriados e finais de semana, a qualquer hora, não produzirão o efeito previsto no caput deste artigo. ALTERNATIVA C: CORRETA Nos termos do art. 12, I, do provimento judicial aplicado ao processo judicial eletrônico: Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia útil seguinte, quando: I - a indisponibilidade, se ocorrida entre as 6h00m e as 23h00m, for superior a 60 minutos, ininterruptos ou não; ALTERNATIVA D: INCORRETA Hipótese não prevista no art. 12 do provimento judicial aplicado ao processo judicial eletrônico: Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia útil seguinte, quando: I - a indisponibilidade, se ocorrida entre as 6h00m e as 23h00m, for superior a 60 minutos, ininterruptos ou não; II - a indisponibilidade ocorrer entre as 23h00m e as 24h00m. ALTERNATIVA E: INCORRETA Hipótese não prevista no art. 12 do provimento judicial aplicado ao processo judicial eletrônico: Art. 12. Os prazos que se vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia útil seguinte, quando: I - a indisponibilidade, se ocorrida entre as 6h00m e as 23h00m, for superior a 60 minutos, ininterruptos ou não; II - a indisponibilidade ocorrer entre as 23h00m e as 24h00m. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 21. A organização religiosa Alfa alugou o imóvel de João para ali instalar o seu templo. Ato contínuo, foi comunicada, pela imobiliária que administrava a relação locatícia, sobre a necessidade de pagar o IPTU incidente sobre o imóvel, o que estaria previsto no contrato de locação. Por ter dúvida a respeito da compatibilidade da cobrança com a ordem constitucional, consultou seu advogado, que respondeu, corretamente, que ela era: (A) inconstitucional, pois os templos de qualquer culto estão imunes à cobrança de qualquer tributo; (B) inconstitucional, pois os templos de qualquer culto não podem figurar como contribuintes de direito em relação a qualquer imposto; (C) inconstitucional, pois, apesar de a organização religiosa Alfa figurar como contribuinte de fato, não de direito, ela é imune à cobrança do IPTU; (D) constitucional, pois os templos de qualquer culto não estão imunes ao pagamento de impostos quando figurarem como contribuintes de fato; (E) constitucional, pois os templos de qualquer culto, quando figurarem como contribuintes de fato, somente estão imunes ao pagamento de impostos sobre a renda, não sobre o patrimônio. RESPOSTA: C COMENTÁRIO Súmula vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. 22. Após um acordo entre as lideranças partidárias, a Comissão Permanente de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Estado Alfa, com o objetivo de avaliar os critérios utilizados na execução orçamentária de determinado programa de trabalho, deliberou, pela maioria absoluta de seus membros: (1) convocar o governador do Estado, responsável pela prática dos atos analisados; (2) convocar os dirigentes máximos dos entes da Administração Pública indireta, cuja área de atuação tangenciava o referido programa de trabalho; (3) solicitar o depoimento de três renomados economistas; e (4) quebrar o sigilo bancário dos integrantes do órgão estadual de auditoria, considerando a existência de provas de que se omitiram na fiscalização e de que tinham um elevado padrão de vida. À luz da sistemática constitucional, são corretas as medidas descritas: (A) apenas no item 3; (B) apenas nos itens 1 e 2; (C) apenas nos itens 3 e 4; (D) apenas nos itens 1, 2 e 3; (E) nos itens 1, 2, 3 e 4. RESPOSTA: A COMENTÁRIO A questão se refere a Comissão Permanente de Orçamento e Finanças que é espécie de comissão parlamentar comum. As comissões parlamentares atuam como organismos auxiliares constituídos em cada Casa, composta de um número geralmente restrito de seus membros, encarregados de instruir e examinar as proposições legislativas, formulando emendas, quando necessárias, e apresentando seus pareceres (opiniões técnicas sobre determinada matéria), dos quais se servem o Plenário para deliberar, ou seja, aprovar ou rejeitar a proposta legislativa. Dessa feita, apenas o item 3 (solicitar o depoimento de três renomados economistas) está dentro das atribuições da comissão parlamentar comum, todas os outros itens estão dentro das atribuições de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A legislação diz que a CPI tem poder de investigação próprio de autoridades judiciais. Significa dizer que uma comissão de inquérito pode: • inquirir testemunhas (que têm o compromisso de dizer a verdade); • ouvir suspeitos (que têm o direito ao silêncio para não se incriminarem); • prender (somente em caso de flagrante delito); • requisitar da administração pública direta, indireta ou fundacional informações e documentos; • tomar o depoimento de autoridades; • requerer a convocação de ministros de Estado; • deslocar-se a qualquer ponto do país para realizar investigações e audiências públicas; • requisitar servidores de outros poderes para auxiliar nas investigações; • quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados, desde que por ato devidamente fundamentado, com o dever de não dar publicidade aos dados. 23. José, advogado recém-formado, tão logo foi incorporado a um escritório de advocacia, recebeu a incumbência de identificar as causas que poderiam ser submetidas, em grau de recurso, ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos Tribunais Superiores, vale dizer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal Militar (STM). Para tanto, precisou identificar se as competências desses tribunais estavam previstas em numerus clausus na ordem constitucional ou se poderiam ser delineadas pela legislação infraconstitucional. Ao final de sua análise, José concluiu, corretamente, que: (A) todos os tribunais têm suas competências previstas em numerus clausus na ordem constitucional; (B) apenas as competências do STF e do STJ estão previstas em numerus clausus na ordem constitucional; (C) apenas as competências do STF, do STJ e do TST estão previstas em numerus clausus na ordem constitucional; (D) apenas as competências do STF, do STJ, do TST e do TSE estão previstas em numerus clausus na ordem constitucional; (E) todos os tribunais podem ter suas competências delineadas pela legislação infraconstitucional, observados, em qualquer caso, os balizamentos constitucionais. RESPOSTA: B COMENTÁRIO Apenas o STF e o STJ possuem competência taxativamente delimitada pelos arts. 102 e 105 da CF/88,respectivamente. Para os outros tribunais superiores a CF prevê regulamentação infraconstitucional, vejamos: Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar. 24. Após ampla mobilização dos proprietários de farmácias, que argumentavam com a reduzida margem de lucro oferecida pela maioria dos medicamentos, o Estado Alfa promulgou a Lei nº XX, que autorizou a comercialização de produtos de uso comum (rectius: artigos de conveniência) nas farmácias. Esse diploma normativo desagradou sobremaneira os proprietários de mercados e mercearias. Ao consultarem um emérito constitucionalista, foi-lhes informado, corretamente, que a Lei nº XX é: (A) constitucional, pois compete privativamente aos Estados legislar sobre saúde; (B) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre saúde; (C) constitucional, desde que sejam observadas as normas gerais editadas pela União; (D) inconstitucional, pois compete privativamente aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local; (E) inconstitucional, pois matérias afetas à vigilância sanitária atraem a competência administrativa da União e, por via reflexa, sua competência legislativa. RESPOSTA: C COMENTÁRIO Constitucional é a lei de estado-membro que verse o comércio varejista de artigos de conveniência em farmácias e drogarias (STF - ADI 4954). Ao tratar sobre a venda de produtos de conveniência em farmácias e drogarias, o legislador não tratou sobre defesa da saúde, mas, sim, sobre comércio local. Desse modo, os Estados-membros podem autorizar, mediante lei e em observância ao disposto em diploma federal (Lei 5.991/73), a comercialização dos chamados artigos de conveniência sem que isso represente invasão na esfera de competência da União. 25. John, de nacionalidade estrangeira e que veio a se naturalizar brasileiro, tinha sido condenado, anteriormente, em seu país de origem, em sentença judicial transitada em julgado, pela prática de crime comum. Após anos de negociação, o seu país de origem celebrou tratado de extradição com o Estado brasileiro e requereu a extradição de John. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que John: (A) não pode ser extraditado, pois o Brasil não extradita os seus nacionais; (B) não pode ser extraditado, salvo se, previamente, for declarada a perda da nacionalidade brasileira; (C) pode ser extraditado em razão da natureza do crime e do momento em que o praticou, sendo-lhe aplicável o tratado de extradição celebrado posteriormente; (D) poderia ser extraditado em razão da natureza do crime e do momento em que o praticou, mas não lhe é aplicável o tratado de extradição celebrado posteriormente; (E) poderia ser extraditado, como qualquer nacional, nato ou naturalizado, em razão da natureza do crime, mas não lhe é aplicável o tratado de extradição celebrado posteriormente. RESPOSTA: C COMENTÁRIO A extradição é considerada pelo Direito Brasileiro, ato solene de cooperação penal entre países, que consiste na entrega de uma pessoa, acusada ou condenada por um ou mais crimes, ao país que a reclama. A extradição é efetivada por meio do respectivo tratado de extradição firmado entre Estados Soberanos. Segundo o Art. 5º LI da CF/88, nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. 26. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) dispõe que é assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. De acordo com tal Estatuto da Pessoa com Deficiência, as ações e os serviços de saúde pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar diversas providências, EXCETO: (A) atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação; (B) atendimento psicológico, exceto para seus familiares e atendentes pessoais; (C) respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência; (D) atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida; (E) diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe multidisciplinar. RESPOSTA: B COMENTÁRIOS Cobrou-se a literalidade do § 4º do art. 18 do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei Federal nº 13.146/2015): Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. [...] § 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar: I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe multidisciplinar; II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida; III - atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação; IV - campanhas de vacinação; V - atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoais; VI - respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência; VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida; VIII - informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares sobre sua condição de saúde; IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais; X - promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus atendentes pessoais; XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais, conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde. (...) 27. Em abril de 2022, o Tribunal de Justiça Alfa deseja contratar aquisição de determinados equipamentos que só podem ser fornecidos por empresa exclusiva. De acordo com o regime jurídico da Lei nº 14.133/2021, tal contratação pelo Tribunal de Justiça Alfa deve ser feita mediante: (A) inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência por marca específica; (B) inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência por marca específica; (C) dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência por marca específica; (D) dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objetoé fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência por marca específica; (E) prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, para contratação de compra em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios subjetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos. RESPOSTA: A COMENTÁRIOS A inexigibilidade e a dispensa de licitação são espécies de contratação direta, em que a Administração celebra contratos sem a realização de licitação prévia. Diferem uma da outra porque: na inexigibilidade, há inviabilidade de competição, impedindo a realização do certame; na dispensa, embora viável a competição, sendo possível a licitação em tese, esta é contrária ao interesse público, gerando maiores prejuízos caso fosse realizada. Outra importante diferença é que, na inexigibilidade, por ocorrer sempre quando houver inviabilidade de competição, as hipóteses legais são exemplificativas (numerus apertus), ao passo que, na dispensa, dependente que é de uma avaliação discricionária do agente público acerca dos prejuízos ao interesse público, os casos legais são taxativos (numerus clausus), não sendo possível em outras situações. A inexigibilidade de licitação vem disciplinada no art. 74 da Lei Federal nº 14.133/2021, in verbis: Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de: I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivos; II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública; III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação: a) estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos; b) pareceres, perícias e avaliações em geral; c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; g) restauração de obras de arte e de bens de valor histórico; h) controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras e do meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no disposto neste inciso; IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento; V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização tornem necessária sua escolha. § 1º Para fins do disposto no inciso I do caput deste artigo, a Administração deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido ou prestado por produtor, empresa ou representante comercial exclusivos, vedada a preferência por marca específica. § 2º Para fins do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se empresário exclusivo a pessoa física ou jurídica que possua contrato, declaração, carta ou outro documento que ateste a exclusividade permanente e contínua de representação, no País ou em Estado específico, do profissional do setor artístico, afastada a possibilidade de contratação direta por inexigibilidade por meio de empresário com representação restrita a evento ou local específico. § 3º Para fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se de notória especialização o profissional ou a empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiência, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e reconhecidamente adequado à plena satisfação do objeto do contrato. § 4º Nas contratações com fundamento no inciso III do caput deste artigo, é vedada a subcontratação de empresas ou a atuação de profissionais distintos daqueles que tenham justificado a inexigibilidade. § 5º Nas contratações com fundamento no inciso V do caput deste artigo, devem ser observados os seguintes requisitos: I - avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos custos de adaptações, quando imprescindíveis às necessidades de utilização, e do prazo de amortização dos investimentos; II - certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam ao objeto; III - justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel a ser comprado ou locado pela Administração e que evidenciem vantagem para ela. 28. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), com as alterações introduzidas pela Lei nº 13.655/2018, trouxe o chamado consequencialismo, visando à maior previsibilidade, segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do Direito Público. Nesse contexto, de acordo com a atual redação da LINDB: (A) a interpretação de normas sobre gestão pública deve privilegiar a efetividade das políticas públicas e os direitos dos administrados, desconsiderando os obstáculos e as dificuldades reais do gestor; (B) nas esferas administrativa e controladora, não se decidirá, em qualquer hipótese, com base em valores jurídicos abstratos, e a motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, sem mencionar possíveis alternativas que foram descartadas; (C) a decisão que, nas esferas controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas, sem referências às consequências administrativas, em razão do princípio da separação dos poderes; (D) a revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado, levará em conta as orientações gerais vigentes no momento da decisão de revisão, de maneira que é permitido que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas; (E) a decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. RESPOSTA: E COMENTÁRIOS A) INCORRETA. Art. 22, LINDB. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados. B) INCORRETA. Art. 20, LINDB. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. C) INCORRETA. Art. 21, LINDB. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. D) INCORRETA. Art. 24, LINDB. A revisão, nas esferas administrativa, controladoraou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas E) CORRETA. Art. 23, LINDB. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. 29. Em março de 2022, José, analista judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, de forma dolosa, no exercício da função, revelou fato de que tinha ciência em razão das atribuições e que devia permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada e, ainda, colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado. De acordo com a atual redação da Lei nº 8.429/1992, José praticou ato de improbidade administrativa e, após o devido processo legal, está sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (A) pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a quatro anos; (B) perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; (C) perda da função pública, pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a quatro anos; (D) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até doze anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a doze anos; (E) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até catorze anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a catorze anos. RESPOSTA: A COMENTÁRIOS Trata-se de ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública, expressamente previsto no inciso III do art. 11 da Lei Federal nº 8.429/1992, in litteris: Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) [...] III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) Note-se que, em momento algum, o enunciado refere haver enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário. As penas cabíveis por ato de improbidade dependem da espécie praticada, estando enunciadas no art. 12 da Lei, in verbis: Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) 30. Maria é servidora pública federal estável ocupante de cargo efetivo e, após processo administrativo disciplinar, foi demitida. Inconformada, Maria aforou medida judicial e obteve sentença, já transitada em julgado, que determinou sua reintegração. Após o retorno a seu cargo, Maria recebeu apenas o pagamento retroativo dos vencimentos, férias indenizadas e auxílio-alimentação, referentes ao período em que esteve afastada por força da demissão, ora já declarada nula. Insatisfeita com os valores recebidos, mesmo ciente de que não ocorreu, no período reivindicado, qualquer situação de ambiente insalubre nem necessitou se deslocar no trajeto residência-trabalho-residência, Maria ajuizou nova medida judicial, agora pleiteando o pagamento retroativo das verbas a título de auxílio-transporte e adicional de insalubridade, em relação ao período em que ficou ilegalmente afastada. Levando em consideração a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, a pretensão de Maria: (A) merece prosperar, pois todas as verbas, sejam de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória, devem ser pagas retroativamente em relação ao período em que Maria ficou ilegalmente afastada de suas funções; (B) merece prosperar, pois, além de receber retroativamente todas as verbas, sejam de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória,Maria tem direito à reparação pelos danos morais sofridos pela demissão declarada nula; (C) não merece prosperar, pois a servidora somente tem direito ao pagamento retroativo de seus vencimentos, razão pela qual deve devolver os valores recebidos de boa-fé a título de férias indenizadas e auxílio-alimentação; (D) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de insalubridade têm natureza indenizatória, assim como também não lhe seria devido o auxílio-alimentação que lhe fora indevidamente pago; (E) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de insalubridade não se mostram devidos à servidora pelo tão só exercício ficto no cargo público, haja vista que ditas rubricas reclamam a existência de requisitos legais específicos, não preenchidos. RESPOSTA: E COMENTÁRIOS Trata-se do RECURSO ESPECIAL Nº 1.941.987 - PR (2021/0169608-4), assim ementado: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. RECURSO ESPECIAL. DEMISSÃO. POSTERIOR ANULAÇÃO ADMINISTRATIVA DO ATO. REINTEGRAÇÃO AO CARGO. ART. 28 DA LEI 8.112/1990. PRETENSÃO AUTORAL DE RECEBIMENTO DE DIVERSAS PARCELAS PECUNIÁRIAS QUE DEIXOU PERCEBER NESSE INTERREGNO. EXERCÍCIO FICTO. POSSIBILIDADE APENAS EM RELAÇÃO A ALGUMAS DAS VANTAGENS PLEITEADAS. IMPOSSIBILIDADE DE RECEBIMENTO DAS RUBRICAS CONCERNENTES AO AUXÍLIO-TRANSPORTE E AO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. AUSÊNCIA DE ATENDIMENTO A REQUISITOS ESPECÍFICOS. REAJUSTE DE 28,86%. TERMO INICIAL. ANO DE 1993. RECURSO ESPECIAL DO INSS PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Cuida-se, na origem, de ação ordinária ajuizada pela servidora recorrida em desfavor do INSS, objetivando a cobrança de todas as verbas salariais correspondentes ao período de 1º/7/1991 a 12/6/2002, em que esteve alijada de seu cargo público por força de demissão posteriormente anulada pela própria Administração, ocasião em que se viu reintegrada ao cargo. 2. Nos termos do art. 28 da Lei 8.112/1990, "A reintegração é a investidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens". 3. Na forma da jurisprudência desta Corte, anulada a demissão do servidor, sua reintegração deverá lhe assegurar, em princípio, todos os efeitos funcionais e financeiros, como se em efetivo exercício estivesse. Nesse sentido, mutatis mutandis: AgRg no REsp 1.104.582/RS, Rel. Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, DJe 8/3/2010; REsp 886.293/PR, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 27/11/2007, DJ 7/2/2008. 4. A partir da conjugada interpretação dos arts. 15, caput, e 102, I, da Lei 8.112/1990 c/c o art. 22 da Lei 8.460/1992, conclui-se que o direito às férias indenizadas, acrescidas de um terço, e ao auxílio-alimentação tem como fato gerador o tão só exercício efetivo do cargo público pelo servidor, motivo pelo qual devem ser incluídos dentre os valores a serem pagos à autora, ora recorrida. 5. Já os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de insalubridade não se mostram devidos à servidora pelo tão só exercício ficto no cargo público, haja vista que ditas rubricas reclamam a existência de requisitos específicos, a saber, o efetivo trabalho habitual "em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida" (art. 68 da Lei 8.112/1990) e a realização de despesas "com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos militares, servidores e empregados públicos da Administração Federal direta, autárquica e fundacional da União, nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa" (art. 1º da Medida Provisória 2.165-36/2001). No caso concreto, não se comprovou, mediante a juntada de competente laudo pericial, a existência de ambiente insalubre no período reivindicado pela autora, nem tampouco necessitou esta, no mesmo interregno temporal, se deslocar no trajeto residência- trabalho-residência. 6. Quanto ao reajuste de 28,86% incidente sobre os vencimentos, entendeu a Corte de origem que "sua inclusão deve ser considerada desde a data que se tornaram devidos, isto é, desde janeiro de 1991" (fl. 621). Sucede que, na forma da jurisprudência desta Corte, "o direito à extensão do reajuste de 28,86% foi reconhecido aos servidores públicos federais pela Medida Provisória 1.704, de 30/6/1998. Garantiu-se, inclusive, o pagamento de parcelas vencidas, devidas desde 1993" (REsp 738.588/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, DJ 1º/8/2006). Nesse mesmo sentido: AgInt no REsp 1.483.566/PB, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe 26/9/2019. 7. Recurso especial do INSS conhecido e provido em parte, a fim de excluir dos cálculos as rubricas relativas ao auxílio-transporte e ao adicional de insalubridade, assim como para fixar como termo inicial das diferenças de 28,86% a data de 1º/7/1993. 31. Recentemente, Ricardo, empresário aposentado e já viúvo, recebeu de seu único filho, Roberto, recém-casado, a notícia de que se tornaria avô. Para que Roberto tivesse um espaço melhor para a família que começava a crescer, Ricardo decidiu vender para ele um dos vários imóveis dos quais é proprietário. Para ajudar o filho, Ricardo cobrou um preço módico, a ser dividido em doze parcelas, e autorizou que a primeira delas fosse paga apenas dois anos após a celebração do contrato de compra e venda. Em gratidão ao pai e buscando oferecer maior segurança a ele, Roberto fez constar do contrato uma cláusula por meio da qual renunciava, desde logo, a qualquer prazo prescricional relativo à obrigação de pagar o preço do imóvel que pudesse beneficiá-lo. À luz do direito civil brasileiro, essa cláusula é: (A) ineficaz, porque, sendo Roberto descendente de Ricardo, a lei já determina que não corre a prescrição entre eles; (B) anulável, mas não prejudica a validade do restante do contrato, por força do princípio da conversão dos negócios; (C) válida, mas terá sua eficácia suspensa, já que as partes estipularam termo no contrato; (D) nula, uma vez que foi pactuada antes de a prescrição efetivamente se consumar; (E) inválida, pois a prescrição não pode ser suspensa nem interrompida, ao contrário da decadência. RESPOSTA: D COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. CC: “Art. 197. Não corre a prescrição: (...) II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; (...)”. (grifo nosso). + Vide comentários da alternativa “d” (B) INCORRETA. Vide comentários da alternativa “d”. (C) INCORRETA. Vide comentários da alternativa “d”. (D) CORRETA. CC: “Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição”. (grifo nosso). De acordo com o art. 191 do atual Código Civil, é admitida a renúncia à prescrição por parte daquele que dela se beneficia, ou seja, o devedor. Está superada a admissão da renúncia prévia, pois a renúncia somente é possível após se consumar a prescrição. Inicialmente, essa renúncia à prescrição poderá ser expressa, mediante declaração comprovada e idônea do devedor, sem vícios. Pode ocorrer ainda a renúncia tácita da prescrição, por condutas do devedor que induzem a tal fato, como o pagamento total ou mesmo parcial da dívida prescrita, que não pode ser repetida, exemplo que é de obrigação natural (art. 882 do CC). Essa conclusão também tem fundamento no art. 114 do Código Civil, segundo o qual a renúncia não admite interpretação extensiva, apenas restritiva. A par dessa realidade jurídica, em casos de dúvidas, não há que reconhecer que houve renúncia à prescrição. (E) INCORRETA. Arts. 197- 204 do CC. + Vide comentários da alternativa “d”.
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