Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Alunos: Jucilane Braga, Ricardo Torres, Tiago costa. Data: 05 de maio de 2023. Professor: Elson Almeida. TÍTULO Determinação do equivalente em água do calorímetro. RESUMO A calorimetria é responsável por medir mudanças nas variações de um sistema com objetivo de derivar a energia absorvida ou perdida de um sistema através do calor devido às reações químicas. A calorimetria é realizada com um calorímetro, este é responsável também por estudos em diversas áreas como Termodinâmica, Química, Biologia entre outros. O calorímetro usado no procedimento é um calorímetro adiabático, no qual realiza trocas de energia entre sistemas de um ambiente totalmente isolado, ou seja, a energia térmica dissipada no sistema deverá ser absorvida pela água do calorímetro até que se mantenha em temperatura constante, havendo assim um equilíbrio térmico. O calorímetro utilizado nas práticas foi de construção dos alunos, com materiais acessíveis. O experimento foi realizado com intuito de determinar o equivalente em água do calorímetro, e como resultado, foi possível concluir que o calorímetro é eficaz para as amostras de 50 ml com +20°C acima da temperatura ambiente, e 100 ml com +10/20°C acima da temperatura ambiente, com valores de W = 33,9 g, e W = 50 G, respectivamente. INTRODUÇÃO No decorrer do dia é possível observar acontecimentos físicos que provocam a produção de calor como, a queima do combustível no forno e para a gerar trabalho; a queima de combustível em um motor [1]. Este fenômeno chamamos de termodinâmica que tem como propósito explorar essas trocas de energia com intenção de buscar medidas para que o método tenha melhor resultado [2]. Os princípios do funcionamento tanto das máquinas térmicas quanto dos refrigeradores estão diretamente relacionados com as leis fundamentais da termodinâmica, que são leis que regem o modo como o calor se trans- forma em trabalho e vice-versa. Essas leis fundamentais também regem o comportamento térmico dos corpos como a dilatação térmica, o decréscimo do volume por compressão, o aumento da temperatura pela absorção de calor [3]. A quantidade de calor que os corpos podem receber é uma propriedade termodinâmica fundamental. Alguns corpos podem receber muito calor e ter um acréscimo pequeno na temperatura. A variação de temperatura também pode ser nula, como acontece com um sistema composto por duas ou mais fases termodinâmicas em coexistência. Um exemplo trivial é o sistema constituído pela água em coexistência com o gelo. Se esse sistema receber calor, uma certa quantidade de gelo irá derreter passando para o estado líquido, mas a temperatura permanecerá inalterada. Quando um corpo quente é colocado em contato com um corpo frio, estabelece-se um fluxo de calor do primeiro para o segundo até o instante em que eles atingem uma situação em que o fluxo cessa. A partir desse instante os dois corpos estão em equilíbrio térmico. O equilíbrio térmico pode ser verificado por meio da medida da temperatura dos corpos. Se os dois corpos tiverem a mesma temperatura então eles se encontram em equilíbrio térmico. Se diversos corpos estiverem em contato térmico entre si, eles estarão em equilíbrio térmico se todos tiverem a mesma temperatura [3]. A calorimetria é uma técnica físico-química capaz de medir o efeito térmico e, consequentemente, a variação de entalpia associada a processos químicos, físicos ou bioquímicos que ocorrem num sistema de interesse [4]. Os calorímetros são classificados de acordo com as trocas térmicas. São considerados adiabáticos quando não há troca de calor entre a célula e o ambiente (fronteira adiabática); isotérmicos quando as trocas de calor entre a célula e o ambiente são intensas (fronteira diatérmica) e isoperibólico quando o ambiente está a uma temperatura constante e as trocas de calor entre as duas partes são pequenas [5]. Uma parte da calorimetria são os valores implicados nas reações químicas na qual não é muito valorizada, visto que muitas destas reações ocorrem perante as condições que estão fora do alcance das medidas calorimétricas diretas. O calor específico ou capacidade térmica mássica é uma grandeza física que está relacionada com a quantidade de calor recebida por um corpo e a sua variação térmica, ou seja, determinará a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura do elemento. A capacidade calorífica é a quantidade de calor que é necessário fornecer para elevar a temperatura de uma unidade, ou seja, a quantidade de energia fornecida ao corpo dividida pela grandeza da variação de temperatura. Portanto, torna-se primordial a identificar a capacidade no interior do calorímetro, viabilizando assim o cálculo da quantidade de calor que é liberado ou absorvido durante a reação [6]. Para que seja determinada a capacidade calorífica de um calorímetro é utilizado água, desta maneira o procedimento tem como objetivo averiguar os erros e reprodutibilidade do procedimento para a determinação do equivalente em água de um calorímetro. O equivalente em água de um corpo definimos como a massa da água que, ao receber a mesma quantidade de calor, sofre a mesma variação de temperatura. A determinação, dispõe-se do princípio de troca, principiando de duas massas de água destiladas iguais, com uma temperatura ambiente e a outra massa com temperatura de 10 °C acima da temperatura ambiente. O calor cedido pela água quente deve ser igual ao calor recebido pela água fria e pelo calorímetro. Para a mistura usa a equação: (1) Em que mH2Oq refere-se às massas de água (q) e fria (f), CH2O é o calor específico da água na temperatura adequada e W é o equivalente em água do calorímetro, |ΔTq| e |ΔTf| é a variação de temperatura da água quente e fria. PARTE EXPERIMENTAL - Materiais e reagentes: vide o roteiro da aula prática 2, pag. 6. - Procedimento: vide o roteiro da aula prática 2, pag. 6-7. RESULTADOS E DISCUSSÕES Foram tabelados os equivalentes de água para os volumes de 50 e 100 ml, ambas com variações de temperatura para +10°C e +20°C acima da temperatura ambiente. Foram observados a troca de calor entre a água quente e a água fria, onde atingiram o equilíbrio após alguns segundos sob leve agitamento. Utilizando a Equação 1, encontrou- se o valor correspondente para determinados volumes e temperaturas. Os valores adquiridos da variação da temperatura em função do tempo para o volume de 50°C com variação de temperatura de +10°C, pode ser observado através da Tabela 1. O teste fora feito em duplicata para verificar se apresentaria alguma mudança na temperatura, porém, não houve Tabela 1 – Variação da temperatura em função do tempo durante a determinação do equivalente em água para 50 ml de água com +10°C acima da temperatura, onde t(s) é o tempo em segundos, Tf°C é a temperatura fria e Tq°C é a temperatura quente. Fonte: Os autores. A partir dos dados coletados no primeiro teste, obteve-se a curva da temperatura em função do tempo, onde foi possível montar o gráfico para assim facilitar a observação e sua análise, conforme mostra a Figura 1. Figura 1 - Variação da temperatura em função do tempo para o volume de água de 50mL com 10ºC acima da temperatura ambiente. Fonte: Os autores. De acordo com o gráfico, temos que a variação total da temperatura fria (28°C) e temperatura quente (38°C), pode ser representada como sendo ∆𝑇 = 10°𝐶. Além disso, é possível observar que a Tf°C da água fria se manteve constante dentro do calorímetro, permanecendo sempre em 28°C, onde apresentou uma grande elevação após a adição de 50 ml de água quente, onde a Tf°C alcançou 38°C. ΔTq° C ΔTf°C Após alguns segundos após a adição da água quente na água fria dentro do calorímetro, observa-se que a temperatura diminuiu, atingindo o seu equilíbrio em 31°C. Conforme a Equação 1, calculou-se do equivalente (W) da água na mistura: (1)50𝑥7 = 𝑊𝑥3 + 50𝑥3 350 = 3𝑊 + 150 350 − 150 = 3𝑊 200 3 = 𝑾 = 𝟔𝟔, 𝟔𝟔 𝒈. O mesmo procedimento fora feito para 50 ml de água com +20°C acima da temperatura ambiente, também em duplicata, onde os dados coletados podem ser observados de forma resumida através da Tabela 2. Tabela 2 – Resultados resumidos da amostra de 50 ml com a temperatura de +20°C acima da temperatura ambiente. Fonte: Os autores. Houve uma pequena diferença de uma temperatura para outra. Tal diferença pode ser observada através da Figura 2 a seguir. Figura 2 - Variação da temperatura em função do tempo para o volume de água de 50mL com 20ºC acima da temperatura ambiente em duplicata. Em vermelho, representa o primeiro teste, e em verde, o segundo teste. Fonte: Os autores. Inicialmente, ambos os testes apresentaram um comportamento parecido um do outro, porém, após a adição da água quente, eles se divergiram. O valor de W fora calculado para os dois, conforme a Equação 1, adquirindo como resultado W = 25 g para o Teste 1, e W = 42,8 g para o Teste 2, com a média para os dois sendo de W = 33,9 g. Tal diferença no valor de W para um teste idêntico, está relacionado a diferença entre o ΔTf°C e ΔTq°C, quanto mais próximos essas diferenças ficarem, mais baixo o W irá apresentar, de forma contrária, quanto mais for a diferença entre os dois, mais alto o valor de W apresentará. O mesmo procedimento foi feito utilizando 100 ml, com a variação de temperatura para +10°C e +20°C, também com duplicata, porém, não houve alterações e os resultados foram os mesmos em cada um dos testes. Os resultados resumidos de podem ser observados através da Tabela 3. Tabela 3 – Tabela resumida com os valores encontrados para a amostra de 100 ml, com a variação de temperatura de +10°C e +20°C. Fonte: Os autores. ΔTf°C ΔTq°C Para facilitar a visualização, os gráficos dos resultados podem ser observados através da figura 3 e 4. Figura 3 - Variação da temperatura em função do tempo para o volume de água de 100 mL com 10ºC acima da temperatura ambiente. Fonte: Os autores. Figura 4 – Variação da temperatura em função do tempo para o volume de água de 100 mL com 20ºC acima da temperatura ambiente. Fonte: Os autores. Os dois testes, utilizando temperaturas diferentes, apresentaram o mesmo comportamento, tanto na parte inicial, quanto na parte final, após a adição da água quente. Logo, utilizando a Equação 1, foi possível concluir que os dois apresentam o mesmo valor para W = 50 g, então, pode-se dizer que não houve uma diferença significativa em aumentar a temperatura para +10/20°C. Para indicar que o calorímetro é eficaz, os valores de W têm que ser menores que os volume de água proposto para os testes. Contudo, seguindo esse critério, é possível ΔTq°C ΔTf°C ΔTq°C ΔTf°C concluir que o calorímetro se torna eficaz nas amostras de 50 ml com +20°C acima da temperatura ambiente, com a média de W = 33,9 g, e nas amostras de 100 ml com ambas as temperaturas acima da temperatura ambiente, com o W = 50 g. CONCLUSÃO Por tanto, o experimento realizado buscou a determinação do equivalente em água (w) de um calorímetro utilizando alguns volumes em mL. O calorímetro se mostrou eficaz, e os resultados obtidos não foram próximos do esperado, contudo, estão na faixa aceitável estabelecida pelos limites dos volumes, em razão de que esses resultados apresentaram reprodutibilidade, ou seja, apresentaram precisão, com a exceção da duplicata de 50 mL (10 °C acima) que pode ser justificada através dos erros sistemáticos. REFERÊNCIAS 1- ROCHA, J. A. L. 1 - Elementos de termodinâmica. SciELO Books. Salvador: EDUFBA, p. 37-46, 2010. 2- TIPLER, P. A. Física 1. Rio de Janeiro:LTC,1976. 3- DE OLIVEIRA, MÁRIO JOSÉ. Termodinâmica. Editora Livraria da Física, 2005. 4- MILES, R. J.; BEEZER, A. E.; PERRY, B. F.; Thermal and Energetic Studies of Cellular Biological Systems, IOP Publishing LTD: Bristol, 1987, p. 106. 5- J.A. SIMONI, R.A. JORGE, Química Nova, 13 (1990) 108-111. 6- ATKINS, Peter. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5 ed. – Porto Alegre: Bookman, 2012.
Compartilhar