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1 Prof. Me. Augusto César R. Araújo UNIDADE 03 –DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÕES 2 CONEXÕES DE TUBULAÇÕES JUNTAS DE EXPANSÃO UNIDADE 03 –DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÕES 3 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO 4 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Classificação em função do sistema de ligação empregado Conexões para solda de topo Conexões para solda de encaixe Conexões rosqueadas Conexões flangeadas 5 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões de solda de topo São peças tendo um chanfro apropriado nas extremidades, para soldagem direta nos tubos, ou dessas peças entre si. Devem ser sempre do mesmo material dos tubos ou de material de mesmo “P” visando evitar soldas dissimilares. 6 7 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões de solda de topo Materiais: Aço-liga e aço inoxidável; As dimensões básicas de todos os tipos de conexões fabricadas estão padronizadas na norma ASME B.16.9; Joelho raio longo – Rm de curvatura vale 1/2 x DN 8 9 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões de solda de encaixe Apresenta as extremidades com encaixe para a soldagem de tubos; Devem ser de mesmo material do tubos ou de mesmo número “P”; Empregados em tubulações de pequenos diâmetros; Materiais: Aço-carbono forjado, aço liga e aço inoxidável, metais não ferrosos e plásticos. 10 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões de solda de encaixe As dimensões encontram-se padronizadas na ASME B.16.11; Apresentam três espessuras: 3.000# (P80), 6.000# (P160) e 9.000# (XXS) A sua equivalência mecânica deve ser equivalente à do tubo de mesmo material, de espessura correspondente a respectiva classe; 11 12 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões rosqueadas Possuem na extremidades uma rosca interna (rosqueamento direto nos tubos) ou rosca externa (rosqueamento em outras peças); Material diferente dos tubos (economia); Tubulações prediais e industriais de baixa responsabilidade; 13 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões rosqueadas Apresentam para aço forjado três espessuras: 2.000# (P80), 3.000# (P160) e 6.000# (XXS); Conexões de ferro maleável podem ser pretas ou galvanizadas; Ferro maleável – restrição a utilização serviços tóxicos; Dimensões padronizadas na ASME B.2.1. 14 15 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões flangeadas Material: Ferro fundido; Emprego mais raro(custo elevado, peso e volume do material elevado, manutenção e risco de vazamento); Tubulações de grandes diâmetros (adutoras, linhas de água e de gás);e de baixa pressão quando for de fácil desmontagem; 16 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões flangeadas São fabricadas com flanges de face plana em duas classes de pressão (125# e 250#). Outros materiais: latões, alumínios, plástico reforçado com fibra de vidro; 17 18 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões de ligação - Niples São pedaços curtos de tubos preparados especialmente para permitir a ligação das duas conexões entre si, ou de um válvula com uma conexão, em tubulações onde se empregam ligações rosqueadas ou para solda de encaixe; Servem para fazer pequenos trechos de tubulação Os niples paralelos (mesmo diâmetro) são fabricados de pedaços de tubos cortados na medida certa e com as extremidades preparadas;. 19 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Conexões de ligação - Niples Os niples de redução (diâmetros diferentes) e em geral fabricados por estampagem de pedaços de tubos; Empregados normalmente no diâmetro de 4”; Comprimento varia de 50 a 150mm Niples rosqueados apresenta uma parte sextavada visando facilitar o aperto. 20 21 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Curvas em gomos Curvas em gomo são utilizadas para tubulações com diâmetro acima de 20”e tubulações e pressões moderadas (150# a 400#) em diâmetro acima de 8” (economia) Não é permitido seu uso para tubulações de fluidos altamente tóxicos. Não é usual a utilização de curvas em gomo em tubulações de aços-liga ou inoxidáveis; 22 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO Derivações soldadas Aplicam-se a tubulações de qualquer tipo de aço (aço- carbono, aços-liga e aços inoxidáveis); As bocas-de-lobo podem ser do tipo sobreposta ou permanente As bocas-de-lobo são desaconselhadas para serviços sujeitos a forte vibrações ou altamente cíclicos; 23 24 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO 25 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO 26 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO 27 CONEXÕES DE TUBULAÇÃO 28 JUNTAS DE EXPANSÃO 29 JUNTAS DE EXPANSÃO JUNTAS DE EXPANSÃO São peças deformáveis que se intercalam com a finalidade de: Absorver total parcialmente as dilatações provenientes das variações de temperatura Impedir a propagação de vibrações ou de esforços mecânicos; São peças pouco empregadas; 30 31 JUNTAS DE EXPANSÃO 32 JUNTAS DE EXPANSÃO JUNTAS DE EXPANSÃO 10 – Frequência dos ciclos de aquecimento e resfriamento da tubulação e tempo de vida útil para a junta de expansão; 11 – Normas, códigos ou especificações que devam ser obedecidos para a fabricação, inspeção e teste de junta; 12 – Esquema da tubulação onde ficará a junta mostrando o sistema de suportes. 33 34 JUNTAS DE EXPANSÃO JUNTAS DE EXPANSÃO Os movimentos das juntas de expansão podem ser de três tipos fundamentais: movimento axial, movimento angular e movimento lateral; O movimento axial é o tipo de movimento mais comum; Movimento axial provem da dilatação de trechos da tubulação ligado às juntas de expansão; Linhas retilíneas providas de juntas de expansão. 35 JUNTAS DE EXPANSÃO Juntas articuladas somente realizam movimentos angulares; Para as juntas articuladas exigi-se que o sistema seja geometricamente estável; Não ode haver mais de três juntas de expansão entre dois pontos fixos do sistema. 36 37 JUNTAS DE EXPANSÃO 38 JUNTAS DE EXPANSÃO JUNTAS DE EXPANSÃO Juntas Telescópio Consistem basicamente de dois pedaços de tubo concêntrico, que deslizam um sobre o outro, cada um ligado a um dos extremos da junta; Só podem absorver movimentos axiais das tubulações; Devem ser impedidos que esforços laterais ou momentos de rotação sobre as juntas evitando sua danificação. 39 JUNTAS DE EXPANSÃO Juntas Telescópio Todas devem possuir um dispositivo limitador de curso que impeça o desengate por abertura excessiva; Podem ser batentes internos ou externos ou também tirantes limitadores reguláveis; São fabricadas em aço fundido, ferro fundido, ferro fundido nodular e bronze. 40 41 JUNTAS DE EXPANSÃO JUNTAS DE EXPANSÃO Juntas Telescópio São empregadas para tubulações de vapor de baixa pressão , de condensado ou de água quente; Utilizados em serviços não severos e onde movimentos não sejam frequentes ( evitar vazamentos); Quando não é possível desenvolvimento adequado para flexibilização da tubulação; 42 43 JUNTAS DE EXPANSÃO JUNTAS DE EXPANSÃO Juntas de Fole Consistem essencialmente em um fole com uma série de gomos feitos de uma chapa de aço flexível; Como não possuem gaxetas não há risco de vazamentos e a manutenção é bem menor Podem ser usadas em serviços diversos mesmo com fluidos perigosos; Como a chapa é fina, apresenta pouca resistência mecânica e assim sendo um ponto fraco da tubulação 44 45 JUNTAS DE EXPANSÃO JUNTAS DE EXPANSÃO Juntas de Fole O fole deve ser material resistente à corrosão e construído a parti de um tubo sem costura; Deve ser realizados testes não destrutivos compatíveis com o material; Dependendo do modelo podem permitir qualquer tipo ou combinação de movimentos Em qualquer junta de fole o esforço axial necessário para comprimir ou para distender é menor que na junta telescópio. 46 47 JUNTAS DE EXPANSÃO 48 CÁLCULOS EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE Cálculo em função da velocidade 1) Toma-se o maior possível para vazão (Q – m³/s) 2) Arbitra-se um determinadodiâmetro (d – m²) 3) Calcula-se a velocidade (m/s) 49 Cálculo em função da velocidade 4) Compara-se a velocidade calculada com a velocidade econômica para o líquido e o serviço em questão 50 Cálculo em função da velocidade 4) Compara-se a velocidade calculada com a velocidade econômica para o líquido e o serviço em questão 4.1) Se a velocidade calculada estiver superior à velocidade econômica – Diâmetro pequeno 4.2) Se a velocidade calculada estiver inferior ou imediatamente abaixo à velocidade econômica – Diâmetro adequado 51 Cálculo em função da velocidade Exemplo: Uma indústria que utiliza equipamentos a base de ar comprimido. Necessita dimensionar um diâmetro de tubulação para uma uma vazão de 200 L/s. Dados: 1 L/s – 0,001 m³/s 1 pol – 0,0254 m 52 a) 2” b) 4” c) 5” d) 6” e) 10” Cálculo em função da velocidade Exemplo: Vazão 200 L/s x 0,001 = 0,2 m³/s Diâmetro = 4 x 0,0254 = 0,1016m V = 4 x 0,2 / π x (0,1016)² = 0,8 / 0,0324 = 24,69 m/s 53 Cálculo em função da velocidade Exemplo: Vazão 200 L/s x 0,01 = 0,2 m³/s Diâmetro = 6 x 0,0254 = 0,1524m V = 4 x 0,2 / π x (0,1524)² = 10,96 m/s 54 Cálculo em função da velocidade Exemplo: Vazão 200 L/s x 0,01 = 0,2 m³/s Diâmetro = 5 x 0,0254 = 0,127m V = 4 x 0,2 / π x (0,127)² = 15,78 m/s 55 56 CÁLCULOS EM FUNÇÃO DA PERDA DE CARGA Cálculo em função da perda de carga 1) Calcular a pressão na entrada do reservatório 2) Calcular a diferença de cotas 57 Cálculo em função da perda de carga 3) Calcular o comprimento equivalente em função do diâmetro (Baseado na tabela de velocidade econômica) 3.1) Retirar de uma tabela ou gráfico os comprimentos equivalentes para os acidentes existentes 3.2) Somar o comprimento equivalente dos acidentes ao comprimentos dos tubos 58 59 Cálculo em função da perda de carga 4) Definir o regime de escoamento da partir do número de Reynolds d – diâmetro interno (cm) V – Velocidade (cm/s) v – Viscosidade cinemática (St) 60 61 Cálculo em função da perda de carga 4) Definir o regime de escoamento da partir do número de Reynolds Rn < 2000 – Regime Laminar Rn > 4000 – Regime turbulento 62 Cálculo em função da perda de carga 4.1) Se regime Laminar 5) Equação de Poiseuille para calcular a perda de carga 63 Cálculo em função da perda de carga 6) Calcular a perda de carga total Se o valor de J for maior que a diferença de cotas – Diâmetro pequeno Se o valor de J for menor que a diferença de cotas – Diâmetro adequado 64 Cálculo em função da perda de carga 7) Se diâmetro pequeno 7.1) Aumentar o diâmetro 7.2) Calcular a perda de carga 7.3) Calcular a perda de carga total 65 Cálculo em função da perda de carga 4.2) Se regime Turbulento 5) Utilizar o gráfico e obter o valor de rugosidade (E/d) 6) Utilizar o valor de rugosidade e o número de Reynolds em outro gráfico e obter o valor do coeficiente de atrito (f) 66 67 68 69 Cálculo em função da perda de carga 7) Aplicar a fórmula de Darcy 8) Calcular a perda de carga total 70 Cálculo em função da perda de carga 9) Calcular a expressão Pa – Pressão atmosférica (103,3 kPa) Pv – Pressão de vapor NPSH – Valor mínimo de energia entrando na bomba (evitar cavitação) 71 Cálculo em função da perda de carga 10) Comparar o valor obtido da expressão com o da perda de carga total Se o valor de J for maior que a diferença de cotas – Diâmetro pequeno Se o valor de J for menor que a diferença de cotas – Diâmetro adequado 72 Cálculo em função da perda de carga Exemplo: 73 Cálculo em função da perda de carga Exemplo: Comprimentos: L1 = 4m L2 = 88m L3 = 75m L4 = 7m Vazão: 200 m³/h Cotas de elevação: H1 = 0,85m H2 = 13,70m Pressão na saída da bomba: P1= 45psig = 316 kPa Altura máxima do reservatório: Hr = 9m Pressão máxima no reservatório: Pr =10psig =70,3 kPa Peso específico do líquido: γ = 9,5 N/dm³ Viscosidade cinemática: v = 55 cSt 74 Cálculo em função da perda de carga Exemplo: Acidentes: 2 válvulas de gaveta ---- 2 x 1,75m = 3,50m 1 válvula de retenção---- 1 x 21m = 21,0m 4 curvas de 90º----------- 4 x1,75m = 7,0m 1 entrada --------------------1 x 10m – 10m Somatório = 41,50 75 Cálculo em função da perda de carga P2 = Pr + Hr x γ P2 = 70,3 + 9 x 9,5 P2 = 70,3 + 85,5 P2 = 155,8 kPa 76 Cálculo em função da perda de carga DC = (0,85 + 316 / 9,5) – (13,70 + 155,8 / 9,5) DC = 34,11 – 30-10 = 4,01m L = 4 + 88 + 75 + 7 = 174m L = 174 + 41,50 = 215,50m 77 Cálculo em função da perda de carga Supor que o diâmetro de 10” espessura 40 Diâmetro interno – 255mm = 25,5 cm Viscosidade = 550 cSt = 5,50 St Vazão = 200 m³/h = 55,5 L/s 50,90 – 1 m/s Velocidade = 1,0903 m/s = 109,03 cm/s 78 Cálculo em função da perda de carga Numero de Reynolds Rn = 25,5 x 109,03 / 5,50 Rn = 505,5 < 2000 – Regime laminar Perda de carga J = 32 x 5,50 x 109,03 / 981 x (25,5)² = 0,0300 cm/cm = 3,00m a cada 100m 79 Cálculo em função da perda de carga Perda de carga total J = 3 x 215,5 / 100 = 6,47m DC = 34,11 – 30-10 = 4,01m Diâmetro pequeno 80 Cálculo em função da perda de carga Supor que o diâmetro de 12” espessura 3/8” Diâmetro interno – 303mm = 30,3 cm Viscosidade = 550 cSt = 5,50 St Vazão = 200 m³/h = 55,5 L/s Velocidade = 0,791 m/s = 79,1 cm/s 81 Cálculo em função da perda de carga Numero de Reynolds Rn = 30,3 x 79,1 / 5,50 Rn = 435,77 < 2000 – Regime laminar Perda de carga J = 32 x 5,50 x 79,1 / 981 x (30,3)² = 0,0154 cm/cm = 1,54m a cada 100m 82 Cálculo em função da perda de carga Perda de carga total J = 1,54 x 215,5 / 100 = 3,31m DC = 34,11 – 30-10 = 4,01m Diâmetro adequado 83 Cálculo em função da perda de carga Exemplo: 84 Cálculo em função da perda de carga Exemplo: Comprimentos: L1 = 59,5m L2 = 2,30m Vazão: 9 L/s Cotas de elevação: Ha = 2,60m Pressão de vapor: Pv = 35,2 kPa NPSH: 1,9m Peso específico do líquido: γ = 7,8 N/dm³ Viscosidade cinemática: v = 6 cSt 85 Cálculo em função da perda de carga Exemplo: Acidentes: 1 peça de redução – 1 x 2,1 = 2,1m 3 curvas de 90º ---- 3 x 2,0m = 6,0m 1 válvula de pé -- 1 x 11,0m = 11,0m Somatorio = 19,10 86 Cálculo em função da perda de carga L = 59,5 + 2,30 = 61,80m L’ = 61,80 + 19,10 = 80,9m Supor diâmetro de 4” serie 40 – d = 10,22 cm Viscosidade = 6 cSt = 0,06 St Q = 9 L/s = 540 l/min --- v = 1,096m/s = 109,6cm/s 87 Cálculo em função da perda de carga Numero de Reynolds Rn = 10,22 x 109,6 / 0,06 = 18.668 > 4000 – Regime Turbulento Grau de rugosidade E/R – 0,0004 Coeficiente de atrito f = 0,028 88 Cálculo em função da perda de carga Perda de carga J = 0,028 x (109,6)² / 2 x 10,22 x 981 = 0,0167cm = 1,67m Perda de carga total J = 1,67 x 80,9 / 100 = 1,35m 89 Cálculo em função da perda de carga Pa / γ = 103,3 / 7,8 = 13,20m x 0,90 = 11,88m (H1 – H2) = Ha = 2,60m Pv / γ = 35,2 / 7,8 = 4,54m NPSH = 1,9m Somatório = 11,88 – (2,60 + 4,54 + 1,90) = 11,88 – 9,04 = 2,84m 90 Cálculo em função da perda de carga Comparação Somatório = 2,84m J = 1,67 x 80,9 / 100 = 1,35m 91
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