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© Francisco Ramalho Junior, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Antônio de Toledo Soares, 2015 Coordenação editorial: Fabio Martins de Leonardo Elaboração de originais: Denise Minematsu, Regis Guimarães, Renato Casemiro Edição de texto: Denise Minematsu, Alexandre da Silva Sanchez Preparação de texto: Denise de Almeida Gerência de design e produção grá� ca: Sandra Botelho de Carvalho Homma Coordenação de design e produção grá� ca: Everson de Paula Suporte administrativo editorial: Maria de Lourdes Rodrigues (coord.) Coordenação de design e projeto grá� co: Marta Cerqueira Leite Capa: Otávio Santos Coordenação de arte: Maria Lucia F. Couto, Wilson Gazzoni Agostinho Edição de arte: Alexandre Cabral Benites Editoração eletrônica: Estação das Teclas Ilustrações: Nelson Matsuda, Luiz Rubio, Paulo Nilson Coordenação de revisão: Elaine C. del Nero Revisão: Cibely de Souza Sala, Salete Brentan, Simone Garcia Coordenação de pesquisa iconográ� ca: Luciano Baneza Gabarron Pesquisa iconográ� ca: Carol Böck, Fernanda Siwiec, Mariana Alencar Coordenação de bureau: Américo Jesus Tratamento de imagens: Arleth Rodrigues, Bureau São Paulo, Marina M. Buzzinaro, Resolução Arte e Imagem Pré-impressão: Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira, Fabio N. Precendo, Hélio P. de Souza, Marcio H. Kamoto, Rubens M. Rodrigues, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Viviane Pavani Impressão e acabamento: 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2015 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ramalho Junior, Francisco Os fundamentos da física / Francisco Ramalho Junior, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Antônio de Toledo Soares. -- 11. ed. -- São Paulo : Moderna, 2015. Conteúdo: V. 1. Mecânica -- V. 2. Termologia, óptica e ondulatória -- V. 3. Eletricidade e introdução à física moderna. Bibliogra� a. 1. Física (Ensino médio) 2. Física (Ensino médio) - Problemas, exercícios etc. I. Ferraro, Nicolau Gilberto. II. Soares, Paulo Antônio de Toledo. III. Título. 15-01698 CDD-530.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Física : Estudo e ensino 530.7 ISBN 978-85-16-10025-4 (LA) ISBN 978-85-16-10026-1 (LP) 002-ENEM-MPF1-Credito-M.indd 2 4/29/15 11:28 AM 3 O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avalia as competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes até o final da Educação Básica. Além disso, é usado na seleção de candidatos ao Ensino Superior. Pensando na importância desse exame nacional, oferecemos a você o Aprova Enem com o objetivo de prepará-lo, desde o início do Ensino Médio, às exigências das provas, que, com certeza, representam um desafio para qualquer estudante. Cada volume da coleção Moderna Plus – Os fundamentos da Física é acompanhado de um caderno específico. A organização do Aprova Enem foi planejada para auxiliar o aprimoramento do aluno; assim, os volumes foram divididos em temas que abrangem os assuntos explorados no exame nacional. Cada tema traz questões do Enem resolvidas e comentadas, para que você compreenda os objetivos das provas, e apresenta questões novas elaboradas de acordo com a Matriz de referência do Enem, para que você adquira prática de argumentação e de cálculo para resolvê-las e consolide seus conhecimentos. Bons estudos! Apresentação R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 3 4/30/15 9:09 AM Organização do Aprova Enem Um pequeno texto resume o tema a ser tratado. Este caderno é dividido em 4 temas, que foram escolhidos pensando nos assuntos que aparecem com frequência nas provas do Enem. APROVA ENEM • FÍSICA As leis de Newton, a força de atrito, as forças em trajetórias curvilíneas e na gravitação, além do conceito de impulso, sempre foram temas de discussões científicas ao longo do tempo. O princípio da inércia (primeira lei de Newton) é fruto de diferentes interpretações, em que as primeiras foram elaboradas por meio do senso comum. Forças QUESTÕES COMENTADAS FORÇAS 3130 O princípio da inércia pode ser estu- dado no capítulo 11 – Os princípios da Dinâmica. C1 H3 De acordo com o senso comum, a inércia é associada à dificuldade em se promover mudanças, porém, na Física, esse conceito envolve os estados de movimento e de repouso em um corpo. Para ilustrar, imaginemos uma situação inusitada: um passageiro acorda no porão de um navio em águas calmas e sem visão do exterior. Nesse caso, seria impossível ao passageiro distinguir se a embarcação está em repouso ou se deslocando com velocidade constante, porque em ambas as situações a) a resultante das forças no passageiro é nula. b) a ação equilibra a reação. c) a resultante das forças no passageiro é igual ao seu peso. d) a força peso do passageiro equilibra a força normal. e) o passageiro está em movimento em relação ao navio. Resolução Como o passageiro está no porão do navio (em águas calmas e sem visão do exterior), ele não tem como saber se o navio está em movimen- to retilíneo uniforme ou em repouso, porque, em ambas as situações, a aceleração é nula, e, dessa forma, a força resultante no passageiro também é nula. Esse exemplo foi citado por Galileu em sua obra Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mundo, publicada em 1632, em que defendia o sistema heliocêntrico em contraposição ao sistema geocêntrico. A analogia foi feita para comparar que nenhum experimento realizado no porão de um navio possibilitaria concluir se ele está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, assim como nenhum experimento feito na Terra possibilitaria saber se ela está repouso ou em movimento. Assim, a informação que completa adequadamente o enunciado é a da alternativa a. C5 H17 (Enem) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trân- sito, os quais funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético. As representações esquemáticas da força de atrito f at. entre os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são: a) fat. p f at. p b) fat. p f at. p c) fat. p f at. p d) fat. p f at. p e) fat. p f at. p Resolução O enunciado informa que os freios ABS servem para impedir o tra- vamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, diferentemente do que ocorre nos freios comuns, ou seja, nos carros sem o sistema ABS pode ocorrer deslizamento das rodas, enquanto nos carros com ABS isso é continuamente evitado. No sistema de freios ABS, as rodas são liberadas no limiar do deslizamento – ação que se repete todas as vezes em que a força de atrito alcançar esse limite. Para responder à questão, é preciso relacionar as informações apresen- tadas no texto com as representações gráficas em cada uma das alter- nativas. Como não ocorre deslizamento das rodas no sistema de freios ABS, as alternativas c e e podem ser descartadas, pois as representações gráficas da direita, nessas alternativas, representam o atrito cinético. A representação gráfica que mostra as características de uma frenagem, sem o sistema ABS, é: fat. fat.(máx.) 0 p fat.(d) Os conceitos de atrito estático e atrito cinético podem ser estudados no capítulo 12 – Forças de atrito. Questões comentadas Para cada tema, há algumas questões, inclusive do Enem, resolvidas e comentadas. Um quadro destaca os principais assuntos tratados na questão e em quais capítulos esses assuntos são abordados no livro. O Aprova Enem traz questões comentadas do Enem e questões para praticar, elaboradas de acordo com as especificações desseexame. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 4 4/30/15 9:09 AM Forças 33 C1 H2 1 Observe o infográfico abaixo, que demonstra o funcionamento de uma turbina de avião. De acordo com o infográfico, o princípio físico que possibilita a locomoção do avião é o a) princípio da inércia. b) princípio da conservação do momento. c) princípio da ação e reação. d) princípio da conservação da energia. e) princípio da impenetrabilidade dos corpos. questões propostas T e c M u n d o APROVA ENEM • FÍSICA As leis de Newton, a força de atrito, as forças em trajetórias curvilíneas e na gravitação, além do conceito de impulso, sempre foram temas de discussões científicas ao longo do tempo. O princípio da inércia (primeira lei de Newton) é fruto de diferentes interpretações, em que as primeiras foram elaboradas por meio do senso comum. Forças QUESTÕES COMENTADAS FORÇAS 3130 O princípio da inércia pode ser estu- dado no capítulo 11 – Os princípios da Dinâmica. C1 H3 De acordo com o senso comum, a inércia é associada à dificuldade em se promover mudanças, porém, na Física, esse conceito envolve os estados de movimento e de repouso em um corpo. Para ilustrar, imaginemos uma situação inusitada: um passageiro acorda no porão de um navio em águas calmas e sem visão do exterior. Nesse caso, seria impossível ao passageiro distinguir se a embarcação está em repouso ou se deslocando com velocidade constante, porque em ambas as situações a) a resultante das forças no passageiro é nula. b) a ação equilibra a reação. c) a resultante das forças no passageiro é igual ao seu peso. d) a força peso do passageiro equilibra a força normal. e) o passageiro está em movimento em relação ao navio. Resolução Como o passageiro está no porão do navio (em águas calmas e sem visão do exterior), ele não tem como saber se o navio está em movimen- to retilíneo uniforme ou em repouso, porque, em ambas as situações, a aceleração é nula, e, dessa forma, a força resultante no passageiro também é nula. Esse exemplo foi citado por Galileu em sua obra Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mundo, publicada em 1632, em que defendia o sistema heliocêntrico em contraposição ao sistema geocêntrico. A analogia foi feita para comparar que nenhum experimento realizado no porão de um navio possibilitaria concluir se ele está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, assim como nenhum experimento feito na Terra possibilitaria saber se ela está repouso ou em movimento. Assim, a informação que completa adequadamente o enunciado é a da alternativa a. C5 H17 (Enem) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trân- sito, os quais funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético. As representações esquemáticas da força de atrito f at. entre os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são: a) fat. p f at. p b) fat. p f at. p c) fat. p f at. p d) fat. p f at. p e) fat. p f at. p Resolução O enunciado informa que os freios ABS servem para impedir o tra- vamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, diferentemente do que ocorre nos freios comuns, ou seja, nos carros sem o sistema ABS pode ocorrer deslizamento das rodas, enquanto nos carros com ABS isso é continuamente evitado. No sistema de freios ABS, as rodas são liberadas no limiar do deslizamento – ação que se repete todas as vezes em que a força de atrito alcançar esse limite. Para responder à questão, é preciso relacionar as informações apresen- tadas no texto com as representações gráficas em cada uma das alter- nativas. Como não ocorre deslizamento das rodas no sistema de freios ABS, as alternativas c e e podem ser descartadas, pois as representações gráficas da direita, nessas alternativas, representam o atrito cinético. A representação gráfica que mostra as características de uma frenagem, sem o sistema ABS, é: fat. fat.(máx.) 0 p fat.(d) Os conceitos de atrito estático e atrito cinético podem ser estudados no capítulo 12 – Forças de atrito. Questões propostas Questões inéditas para praticar. Em algumas questões, lembretes de conceitos ajudam a compreender a resolução. Há ainda dicas e curiosidades que chamam a atenção para algo relacionado ao assunto. Todas as questões, comentadas ou propostas, são precedidas de uma sigla que indica a competência e a habilidade principais envolvidas em sua resolução. Essas competências e habilidades estão relacionadas à Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, que você encontra antes do primeiro tema deste caderno. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 5 4/30/15 9:09 AM Sumário Sobre o Enem ............................................................................................................................ 7 Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias ......... 10 Cinemática .................................................................................................................................... 12 Forças .............................................................................................................................................. 30 Energia, suas formas e sua conservação ........................................................................ 46 Hidrostática .................................................................................................................................. 66 Respostas .................................................................................................................................... 88 R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 6 4/30/15 9:43 AM 7SOBRE O ENEM Sobre o ENEM O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar a formação dos estudantes ao final da Educação Básica, para, com base em seus resultados, possibilitar o estabelecimento de metas de melhoria do ensino no país. A partir de 2009, o Enem se tornou parte do processo de ingresso em cursos profissionalizantes e do Ensino Su- perior. Posteriormente, o desempenho do aluno nesse exame passou a ser considerado para a aprovação de candidatos às universidades federais, seleção aos programas de financiamento do ensino privado e distribuição de bolsas. Desde a primeira edição, as provas adotam um modelo diferente do usado pelas avaliações tradicionais: enquanto muitos exames se caracterizam por apenas verificar conteúdos aprendidos na Educação Básica, exigindo que fatos, datas e fórmulas sejam decorados e estruturas prontas sejam reproduzidas, o Enem apresenta um modelo desafiador que se baseia em situações-problema. Para resolvê-las, não basta conhecer conceitos; é necessário aplicá-los, ou seja, saber fazer. No exame, ao se deparar com essas situações-problema, o aluno é convidado a trabalhar com habilidades variadas associadas a competências desenvolvidas ao longo de sua formação. As ha- bilidades são ações específicas relacionadas ao saber-fazer. Compreender fenômenos, relacionar fatos, analisar situações, sintetizar informações, resolver situações-problema são exemplos dessas habilidades. Aprimorando suas habilidades, o aluno consegue desenvolver competências. A com- petência pode ser entendida como a capacidade de mobilização de diversos recursos cognitivos (conhecimentos, valores, habilidades, atitudes etc.) para resolver situações complexas. As questões do Enem são elaboradas a partir de cinco eixos cognitivos que seriam as competências do sujeito associadas ao desenvolvimento das competências específicas de cada área do conhecimento. Os eixos cognitivos cobrados pelo exame são: I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguasespanhola e inglesa. II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico- -geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema. IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas de diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumen- tação consistente. V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Com base nesses eixos, que representam o que se espera de um aluno ao final da Educação Básica, são formuladas as questões que buscam aferir o desenvolvimento das competências e habilidades. As competências avaliadas no Enem são agrupadas de acordo com quatro gran- des áreas de conhecimento. A área de Ciências Humanas e suas Tecnologias compreende as disciplinas História, Geografia, Filosofia e Sociologia. A área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias compreende as disciplinas Química, Física e Biologia e a de Matemática e suas Tecnologias compreende Matemática. Por fim, a de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação compreende Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 7 4/30/15 9:09 AM APROVA ENEM • FÍSICA 8 Sobre o ENEM Competências de Ciências da Natureza De acordo com o Relatório pedagógico Enem 2009-2010, elaborado pelo Instituto Nacio- nal de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), as competências indicadas na “Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias” referem-se a conteúdos e temáticas comumente abordados na Educação Básica. Entre esses temas, destacam-se: meio ambiente, tecnologia, métodos e procedimentos próprios das Ciências Naturais. Dessa forma, os estudantes são convidados a resolver problemas por meio da aplicação dos conhecimentos abordados pelos componentes curriculares vinculados às Ciências da Natureza. A Competência de área 1 é composta por quatro habilidades e se refere à construção do conhecimento científico. Entre as principais situações abordadas nos itens, apresentam-se fatos e contextos que apontam para as visões de mundo, a natureza da ciência e as relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Assim, baseando-se em textos variados, os estudantes são convidados a reconhecer as transformações da ciência e as relações dessas transforma- ções com a sociedade. A Competência de área 2 é formada por três habilidades e refere-se a contextos que pri- vilegiam o reconhecimento de avanços científicos, bem como sua identificação e aplicação em fatos cotidianos. O domínio das habilidades dessa competência permite que o participante resolva situações-problema, aplicando conhecimentos tradicionalmente desenvolvidos em Química, Física e/ou Biologia. A Competência de área 3, composta por cinco habilidades, privilegia a compreensão da natureza como um sistema complexo e dinâmico. O estudante é incentivado a identificar, reconhecer, compreender e analisar os desequilíbrios gerados pelas interferências humanas nos sistemas naturais. Na Competência de área 4, composta por quatro habilidades, o foco é a compreensão do funcionamento dos seres vivos e as relações com o meio ambiente. No caso específico dos seres humanos, os fatores ambientais, sociais, históricos ou científicos, além dos individuais, como a idade, os hábitos e a herança biológica, devem ser compreendidos como elementos relacionados à saúde, à doença e à qualidade de vida. A Competência de área 5 é formada por três habilidades. Seu foco está na compreensão da ciência como construção social e no reconhecimento da atividade científica como produtora de procedimentos, métodos e técnicas próprias. As situações exploradas podem utilizar fontes variadas, como gráficos, tabelas, textos e imagens. A Competência de área 6, composta por quatro habilidades, concentra-se na compreensão de fenômenos físicos observáveis no cotidiano. Espera-se que o participante possa, com base na utilização de conceitos da Física, resolver situações-problema que envolvem questões relativas à energia, à transmissão de informação, ao transporte, entre outras. A Competência de área 7, formada por quatro habilidades, privilegia a utilização de con- ceitos da Química. Assim, espera-se que o participante aplique conhecimentos químicos em situações cotidianas para caracterização e uso de materiais e substâncias, avaliando seus riscos e benefícios para o meio ambiente e a economia. A Competência de área 8, formada por três habilidades, focaliza os conhecimentos construídos pela Biologia. Os estudantes devem ser capazes de identificar adaptações que permitem a determinados organismos viver em certos ambientes, interpretar experimentos que utilizam seres vivos e avaliar propostas voltadas à saúde humana e à do meio ambiente. Objetos de conhecimento da Física • Conhecimentos básicos e fundamentais: Noções de ordem de grandeza. Notação Cien- tífica. Sistema Internacional de Unidades. Metodologia de investigação: a procura de regularidades e de sinais na interpretação física do mundo. Observações e mensurações: R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 8 4/29/15 3:20 PM 9SOBRE O ENEM representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis. Ferramentas básicas: gráficos e vetores. Conceituação de grandezas vetoriais e escalares. Operações básicas com vetores. • O movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas: Grandezas fundamentais da mecânica: tempo, espaço, velocidade e aceleração. Relação histórica entre força e movimento. Descrições do movimento e sua interpretação: quantificação do movimento e sua descrição matemática e gráfica. Casos especiais de movimentos e suas regulari- dades observáveis. Conceito de inércia. Noção de sistemas de referência inerciais e não inerciais. Noção dinâmica de massa e quantidade de movimento (momento linear). Força e variação da quantidade de movimento. Leis de Newton. Centro de massa e a ideia de ponto material. Conceito de forças externas e internas. Lei da conservação da quantidade de movimento (momento linear) e teorema do impulso. Momento de uma força (torque). Condições de equilíbrio estático de ponto material e de corpos rígidos. Força de atrito, força peso, força normal de contato e tração. Diagramas de forças. Identificação das forças que atuam nos movimentos circulares. Noção de força centrípeta e sua quantifi- cação. A hidrostática: aspectos históricos e variáveis relevantes. Empuxo. Princípios de Pascal, Arquimedes e Stevin: condições de flutuação, relação entre diferença de nível e pressão hidrostática. • Energia, trabalho e potência: Conceituação de trabalho, energia e potência. Conceito de energia potencial e de energia cinética. Conservação de energia mecânica e dissipação de energia. Trabalho da força gravitacional e energia potencial gravitacional. Forças conservativas e dissipativas. • A Mecânica e o funcionamento do Universo: Força peso. Aceleração gravitacional. Lei da Gravitação Universal. Leis de Kepler. Movimentos de corpos celestes. Influência na Terra: marés e variações climáticas. Concepções históricas sobre a origem do universo e sua evolução. • Fenômenos elétricos e magnéticos: Carga elétrica e corrente elétrica. Lei de Coulomb. Campo elétrico e potencial elétrico. Linhas de campo. Superfícies equipotenciais. Po- der das pontas. Blindagem. Capacitores. Efeito Joule. Lei de Ohm. Resistência elétrica e resistividade. Relações entre grandezas elétricas: tensão, corrente, potência e energia.Circuitos elétricos simples. Correntes contínua e alternada. Medidores elétricos. Repre- sentação gráfica de circuitos. Símbolos convencionais. Potência e consumo de energia em dispositivos elétricos. Campo magnético. Ímãs permanentes. Linhas de campo mag- nético. Campo magnético terrestre. • Oscilações, ondas, óptica e radiação: Feixes e frentes de ondas. Reflexão e refração. Óp- tica geométrica: lentes e espelhos. Formação de imagens. Instrumentos ópticos simples. Fenômenos ondulatórios. Pulsos e ondas. Período, frequência, ciclo. Propagação: relação entre velocidade, frequência e comprimento de onda. Ondas em diferentes meios de propagação. • O calor e os fenômenos térmicos: Conceitos de calor e de temperatura. Escalas ter- mométricas. Transferência de calor e equilíbrio térmico. Capacidade calorífica e calor específico. Condução do calor. Dilatação térmica. Mudanças de estado físico e calor latente de transformação. Comportamento de gases ideais. Máquinas térmicas. Ciclo de Carnot. Leis da Termodinâmica. Aplicações e fenômenos térmicos de uso cotidiano. Compreensão de fenômenos climáticos relacionados ao ciclo da água. BRASIL. Relatório pedagógico Enem 2009-2010. Brasília: MEC, 2014. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 9 4/29/15 3:20 PM APROVA ENEM • FÍSICA 10 Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade. H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscila- tórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos. H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso co- mum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas. H4 Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade. Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos. H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano. H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum. H7 Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de mate- riais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida. Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos. H8 Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou recicla- gem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos. H9 Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos. H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais. H11 Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, consideran- do estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos. H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou eco- nômicas, considerando interesses contraditórios. Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais. H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a mani- festação de características dos seres vivos. H14 Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manuten- ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros. H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológi- cos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos. H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos. Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias C2 Competência de área 2 C3 Competência de área 3 C4 Competência de área 4 C1 Competência de área 1 R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 10 4/29/15 3:20 PM 11MATRIZ DE REFERÊNCIA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS C6 Competência de área 6 C7 Competência de área 7 C8 Competência de área 8 C5 Competência de área 5 Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos. H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e repre- sentação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou pro- cedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam. H19 Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental. Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo. H22 Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais. H23 Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas. Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas. H25 Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implica- ções biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção. H26 Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos. H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos quími- cos, observando riscos ou benefícios. Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H28 Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros. H29 Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos industriais. H30 Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente. BRASIL. Matriz de referência Enem. Brasília: MEC; Inep, 2011. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/ downloads/2012/matriz_referencia_enem.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2015. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 11 4/29/15 3:20 PM APROVA enem • FÍSICA Cinemática questões CoMeNtaDas 12 A Cinemática estuda as características dosmovimentos dos corpos, que podem ser uniformes ou variados; retilíneos ou circulares; horizontais, verticais ou parabólicos. Os resultados desses estudos possibilitam a criação de tecnologias voltadas à solução de problemas econômicos e sociais, como o transporte de pessoas e de mercadorias, por exemplo. O movimento uniforme, ou seja, com velocidade escalar instantânea constante, pode ser estudado no capítulo 3 – Estudo do movimento uniforme. C1 H2 A “onda verde” chega de vez nas principais vias de acesso e de saída de Maceió. Com a sincronização dos semáforos, os veículos que transitarem pelas avenidas Fernandes Lima, Durval de Góes Monteiro, Tomás Espíndola e Melo Moraes passam a ter mais velocidade no tra- jeto. A “onda verde” funciona da seguinte forma: quando um semáforo está aberto para o fluxo de veículos em determinado ponto, os outros que seguem adiante também ficam abertos, ou seja, na cor verde, para a passagem dos veículos. Dessa forma, há uma sucessão continuada do fluxo, fazendo o trânsito de veículos ser mais rápido. “Os condutores que utilizarem uma velocidade constante de 50 km/h podem passar por todos os semáforos abertos tranquilamente, a não ser que haja algum imprevisto, como acidentes na via”, explica o superintendente da SMTT. Disponível em: <http://www.maceio.al.gov.br/smtt/noticias/onda-verde- comeca-a-funcionar-em-defi nitivo-nesta-quarta-feira/>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Considerando que em um determinado trecho da avenida Tomás Espíndo- la, os semáforos estão distanciados 250 metros um do outro, para garantir a “onda verde” planejada pela SMTT, após a abertura de um semáforo, o próximo deve abrir em, no máximo a) 5 segundos. b) 10 segundos. c) 18 segundos. d) 25 segundos. e) 36 segundos. Resolução Essa questão nos mostra como a adoção de medidas tecnológicas simples, como a sincronização dos semáforos, permite maior e melhor fluidez no trânsito (o que pode diminuir a ocorrência de congestio- namentos), além do controle da velocidade permitida nas vias de transporte. Como o esperado pela SMTT é que os veículos trafeguem com velo- cidade constante de 50 km/h (para passar por todos os semáforos abertos), o intervalo de tempo para que um veículo, que passa por um semáforo a 250 metros do semáforo seguinte, continue a pegar o sinal verde é dado por: R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 12 4/29/15 11:47 AM CInemátICA 13 O movimento circular e suas pro- priedades podem ser estudados no capítulo 10 – Movimentos circulares. Para transformar hora em segundo, basta multiplicar o valor por 3.600, pois uma hora tem 3.600 segundos. O aro da roda corresponde ao seu diâmetro, em polegadas. Na rela- ção utilizada para comparar as ve- locidades, usamos o raio da roda, ou seja, a metade do diâmetro. v t s t v s 50 km/h 0,25 km 0,005 h 18 s& D D D D= = = = = Portanto, para que um veículo trafegue na avenida sem ter de parar, um semáforo 250 m distante do outro deve abrir em, no máximo, 18 se- gundos após o anterior, o que corresponde à alternativa c. C2 H6 Para entender como funciona um velocímetro típico, começamos com o caso mais simples, o de uma bicicleta. Trata-se de um ímã, localizado em um dos raios da roda, uma bobina colocada na mesma altura do ímã, e um leitor eletrônico que nos dá a leitura em km/h. O que determina a velocidade é a quantidade de vezes que o ímã passa perto da bobina por unidade de tempo. Através do raio da roda, pode- -se calcular a velocidade com que o veículo se move. Os velocímetros analógicos de automóvel funcionam de uma ma- neira muito parecida. Entretanto, em vez de calcular a velocidade de rotação dos pneus, utilizam uma engrenagem. Este mecanismo – espe- cífico para cada modelo, tipo de transmissão e tamanho de roda – faz girar um cabo flexível, que por sua vez faz girar um ímã. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI123597-EI1426,00- Como+funcionam+os+velocimetros.html>. Acesso em: 16 fev. 2015. Um proprietário de veículo com velocímetro analógico decidiu trocar as rodas de seu carro, que têm aro 14 (14 polegadas de diâmetro), por rodas de aro 16 (16 polegadas de diâmetro) e pneus compatíveis, sem fazer outras alterações no veículo. Em uma situação em que o velocímetro estiver marcando 70 km/h, a velocidade do veículo será de a) 50 km/h b) 61 km/h c) 70 km/h d) 80 km/h e) 92 km/h Resolução Como o proprietário do veículo alterou o aro das rodas e, consequen- temente, seu raio, o automóvel não está mais de acordo com as espe- cificações do manual do proprietário. Todavia, tanto os pneus de aro 14 como os de aro 16 giram com a mesma velocidade angular, pois são acoplados nos mesmos eixos, ou seja, giram com o mesmo centro de rotação. Dessa forma, para uma velocidade de 70 km/h, com a roda de aro 14, tem-se a correspondente velocidade do veículo, com a roda de aro 16, dada por: h h r v r v v v7 polegadas 70 km/h 8 polegadas 80 km/h aro 14 aro 16 aro 14 aro 14 aro 16 aro 16 aro 16 aro 16 & & & & = = = = R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 13 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA14 Portanto, a velocidade do veículo será de 80 km/h, referente à alter- nativa d. As tecnologias existentes nas ruas, avenidas e rodovias para a de- tecção de velocidade (lombadas e radares eletrônicos, por exemplo) são utilizadas para determinar a velocidade do veículo, que pode ser diferente da velocidade registrada no velocímetro. No exemplo dessa questão, o radar ou a lombada eletrônica detecta 80 km/h, apesar de o velocímetro registrar 70 km/h. C5 H18 (Enem) Para serrar os ossos e carnes congeladas, um açougueiro utiliza uma serra de fita que possui três polias e um motor. O equipamento pode ser montado de duas formas diferentes, P e Q. Por questão de segurança, é necessário que a serra possua menor velocidade linear. Serra de fita Motor Polia 1 Polia 2 Polia 3 Correia Montagem P Serra de fita Motor Polia 1 Polia 2 Polia 3 Correia Montagem Q Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual seria a justificativa desta opção? a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares iguais em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência. b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico. c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferentes e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico. d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver menor raio terá maior frequência. e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência. Resolução Na montagem P, as polias 2 e 3 têm a mesma frequência; então, a velocidade linear da serra, ligada à polia 3, é dada por: r v r v v v r r vhh2 3 2 2 3 3 3 2 3 2serraP& &= = = = Como a velocidade linear das polias 1 e 2 é a mesma, tem-se: v r r v 2 3 1serraP = Já na montagem Q, em que as polias 2 e 3 também têm a mesma fre- quência, a velocidade linear da serra, ligada à polia 2, é dada por: r v r v v v r r vh h2 3 2 2 3 3 2 3 2 3serraQ& &= = = = Como a velocidade linear das polias 1 e 3 é a mesma, então: v r r v 3 2 1serraQ = O movimento circular uniforme de uma polia pode ser transmitido a ou- tra acoplando as duas em um mesmo eixo ou utilizando uma correia. As características da transmissão de movimento circular uniforme po- dem ser estudadas no capítulo 10 – Movimentos circulares. Na transmissão de movimento cir- cular uniforme, tanto a velocidade angular (h) como a frequência (f) são inversamente proporcionais ao raio (R) da polia. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 14 4/29/15 11:47 AM CInemátICA 15 Pelas figuras que representam as montagens P e Q, sabemos que r r2 31 e pode-se verificar que v vserra serraQ2P . Portanto, o açougueiro deve, para sua própria segurança,optar pela montagem Q, que apresenta menor velocidade linear da serra. Quanto à frequência, na montagem Q, como as polias 1 e 3 têm a mesma velocidade linear, suas frequências estão relacionadas por: v v r r r r f r f r 2 2h h f f1 3 1 1 3 3 1 1 3 3 3 3 1 1 & & &: :r r= = = = Ou seja, quanto maior o raio da polia, menor é a sua frequência, o que corresponde à alternativa a. A segurança do açougueiro reside no fato de a velocidade da serra de fita ser menor. Dessa forma, caso a mão do açougueiro venha a ter contato com a serra, o dano será menor pelo fato de a velocidade de corte também ser menor. C6 H20 (Enem) Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima permitida é 120 km/h. Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para a realização da entrega? a) 0,7 b) 1,4 c) 1,5 d) 2,0 e) 3,0 Resolução Para resolver a questão, deve-se considerar que o trajeto a ser per- corrido pelo veículo corresponde a dois trechos, um de 80 km e outro de 60 km. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e, no segundo trecho, 120 km/h. Com base nesses dados, é possível obter o intervalo de tempo em que o trajeto total será percorrido pelo veículo da empresa, supondo que ele consiga manter constante a velocidade máxima em cada trecho, mantendo-se, portanto, em movimentos uniformes. Dessa forma, o intervalo de tempo (Dt1), para o veículo completar o percurso do primeiro trecho é dado por: s s v ,0t t v s t 80 km/h 80 km 1 h0 1 1 1 1 1 1& &: D D D D= + = = = E o intervalo de tempo para o veículo completar o percurso do segundo trecho (Dt2) é dado por: s s v t t v s t 120 km/h 60 km 0,5 h0 2 2 2 2 2 2& &: D D D D= + = = = Portanto, o intervalo de tempo total (Dt), em horas, para a realização da entrega será de: , ,t t t t 1 0 0 5 h h 1,5 h1 2&D D D D= + = + = Esse resultado corresponde à alternativa c. O movimento uniforme e sua fun- ção horária são apresentados e estudados no capítulo 3 – Estudo do movimento uniforme. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 15 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA16 C1 H2 1 Vem de Seul, na Coreia do Sul, uma das expe- riências bem-sucedidas nesse sentido. A cidade, que tem quase a mesma população da capital paulista, implantou há cinco anos um sistema de monitoramento do trânsito que melhorou em 11% a velocidade das vias. Seul conta com 741 câmeras e 1.141 sensores de velocidade instalados nas suas principais avenidas. [...] Sua função é transmiti-las aos motoristas para que escolham o melhor caminho e tomar providên- cias à visão de qualquer situação que ameace emperrar o fluxo de carros. Disponível em: <http://www.sinduscon-rio.com.br/ sindusletter/sindusletter_090414/n27.htm>. Acesso em: 16 fev. 2015. No início da experiência, em Seul, um mo- torista levava 10 minutos para percorrer a distância de 10 km. Após a implantação do sistema de monitoramento, um percurso de 5 km é percorrido em aproximadamente a) 1,25 min b) 2,7 min c) 4,45 min d) 4,5 min e) 5 min C1 H2 2 As máquinas sempre estiveram presentes no desenvolvimento tecnológico, mesmo as mais simples são fruto da criatividade humana ins- pirada pelo desejo de aumentar a eficiência no cumprimento das tarefas ou de facilitá-las. A imagem mostra um caminhão adaptado para o transporte de cabos-guia para trans- missão de fibra óptica. O fio é preso a outro equipamento que o desenrola a uma veloci- dade constante. Na retirada do fio de um rolo completamente cheio até o final, a) a polia aumentará a sua frequência de giro. b) a velocidade linear da polia aumentará. c) a polia manterá a sua frequência de giro. d) a polia terá sempre a mesma velocidade tangencial. e) a polia diminuirá a sua frequência de giro. C1 H3 3 Atingir altas velocidades é o sonho de mui- tos que buscam por adrenalina e, ao contrário do que muitos pensam, o problema não é a ve- locidade em si, mas a aceleração necessária para atingi-la. Perda de visão, desmaios e até mesmo a morte podem estar esperando por aqueles que vão atrás desse tipo de sensação tão intensa. Afinal, nosso corpo simplesmente não está pre- parado para lidar com situações extremas. A chamada “força g” é uma unidade de medida correspondente à aceleração devida à gravidade na Terra; e a tolerância do corpo a essa aceleração depende de alguns fatores, como sua duração, sua intensidade e o local onde é aplicada. Esse cálculo é bastante simples de se fazer: 1g significa que estamos sob uma aceleração de, aproximadamente, 9,8 m/s2. Já em 2g, essa aceleração duplica; emm 3g, o valor original triplica e assim vai seguindo progressivamente. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/ciencia/ 16109-qual-e-a-sensacao-de-andar-em-velocidades- absurdas-.htm>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Considerando g 10 m/s2= , um carro de corri- da na fórmula 1 partindo do repouso atinge velocidade de 270 km/h em apenas 3 segun- dos, o que provoca no piloto uma aceleração média de a) 1,0g b) 2,5g c) 5,0g d) 9,0g e) 25,0g T im b e r la n d e q u ip m e n T l T d questões propostas R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 16 4/29/15 11:47 AM CinemátiCa 17 1) Antes do sistema, um motorista levava 10 minutos para percorrer 10 km; portanto, sua velocidade média era de: v t s 10 min 10 km 1 km/minm D D = = = Com o aumento de 11%, a velocidade média passou a ser de: 1 100 11 1 11 v v v v v v v, 11% 1,11 km/min m m m m m m m nova nova nova & & & & = + = + = = d n Assim, para percorrer 5 km, o motorista gastará: minv t s t v s t ,4 51,11 km/min 5 km novam mnova & & D D D D D= = = = Alternativa d. 2) Durante a retirada do fio, a velocidade linear da polia permanece constante; porém, o raio da polia diminui, o que provoca o aumento da frequência de giro, isto é, a polia dará mais voltas no final do processo do que antes, em um mesmo intervalo de tempo. Alternativa a. 3) Transformando o valor da velocidade atingida pelo piloto de km/h para m/s, temos: v 3,6 270 km/h 75 m/s= = A aceleração média correspondente é de: a t v 3 s 75 m/s 25 m/sm 2 D D = = = O que representa uma aceleração de 2,5g. Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 17 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA18 C1 H3 4 O historiador inglês J. J. Farie, expondo a obra do jovem Galileu Galilei na Universidade de Pisa, escreve: “Aqui temos de dizer algo a respeito de suas famosas experiências sobre a queda dos cor- pos, uma vez que elas estão estreitamente associa- das à torre inclinada de Pisa, um dos monumentos mais curiosos da Itália. Até então, ninguém teve a ideia de argumentar a mecânica aristotélica vi- gente há quase dois mil anos de tal maneira que, consequentemente, aquela asserção foi recebida entre os axiomas da ciência do movimento. Ga- lileu, entretanto, apelava agora da autoridade de Aristóteles em favor de seus próprios sentidos e pretendia que, salvo uma diferença insignificante, devido à desproporção da resistência do ar, provar suas teorias. Os aristotélicos ridicularizaram essa ideia e se recusaram a ouvi-lo. Mas Galileu não se deixou intimidar e decidiu forçar seus adversários a ver o fato como ele próprio via. Assim, numa ma- nhã, diante da Universidade reunida (professores e estudantes), subiu na torre inclinada, levando con- sigo uma bola de dez libras e outra de uma libra. Colocou-as na borda da torre e as soltou juntas.” Disponível em: <http://www.ghtc.usp.br/server/Sites-HF/Alberto/>.Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Galileu Galilei é considerado um dos funda- dores do método experimental, e nessa expe- riência, em 1604, foi possível comprovar que corpos de massas diferentes, abandonados de uma mesma altura chegam ao chão a) em tempos proporcionais às suas massas. b) com velocidades proporcionais às suas massas. c) com acelerações nulas. d) com velocidades nulas. e) em tempos iguais. C2 H6 5 O vocábulo “nó”, na náutica, designa uma unidade de velocidade constante equivalente a 1 milha marítima por hora, ou seja, 1.852 m/h. No livro Para além de Capricórnio, de Peter Trickett, que fala da chegada dos portugueses às costas da Austrália e da Nova Zelândia, 250 anos antes do Capitão Cook, é apresentada a seguinte explicação: “No seu ponto mais primitivo, a velocidade de um navio era avaliada deixando cair um pequeno pedaço de madeira da proa do navio e vendo quanto tempo demorava a chegar à popa. Este método foi refinado no século XVI, atando o pedaço de madeira a uma corda com nós, e contando quantos nós passavam pelos dedos do marinheiro num determinado espa- ço de tempo: esta ação dava a velocidade do navio em ‘nós’.” Disponível em: <http://dizedores.blogspot.com.br/ 2008/12/curiosidade-lingustica-origem-do-termo.html>. Acesso em: 16 fev. 2015. Apesar de os equipamentos de medição de velocidade dos navios terem evoluído muito nos últimos séculos, esse método rudimentar foi largamente utilizado na navegação em todo o mundo. Dos aparelhos abaixo, qual deles apresenta o funcionamento baseado no mesmo princípio físico? a) Termômetro. b) Barômetro. c) Radar. d) Anemômetro. e) Pluviômetro. C2 H7 6 Nas grandes cidades brasileiras, o simples ato de caminhar é cada vez menos comum. Essa tendência, resultado da maior motorização e da urbanização de áreas distantes das regiões onde estão os serviços e as ofertas de empre- go, tem como efeitos colaterais uma interação mais superficial das pessoas com sua própria cidade, além do aumento no número de con- gestionamentos, dificultando ainda mais a chegada ao destino desejado. Por exemplo, um turista em São Paulo que pre- tende ir da Praça da Sé ao Masp, distantes um do outro cerca de 3 km, precisará pegar um metrô até a estação Paraíso, com espera na fila de 8 minutos e viagem de 12 minutos, e outro metrô até a estação Trianon Masp, com espera na fila de 8 minutos e viagem de 9 minutos. No entanto, se for andando, a uma velocidade média de 1,25 m/s, chegará ao destino final a) três minutos antes. b) dois minutos antes. c) ao mesmo tempo. d) dois minutos depois. e) três minutos depois. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 18 4/30/15 8:58 AM CinemátiCa 19 4) Todos os corpos em queda livre, desprezando-se a resistência do ar, têm a mesma aceleração, movimentam-se pelo mesmo intervalo de tempo e chegam ao solo com a mesma velocidade. No caso da experiência em questão, a diferença de tempo provocada pela resistência do ar em cada corpo é considerada desprezível. Alternativa e. 5) O anemômetro funciona pelo arraste do ar nas hélices ou cuias, e a medição da velocidade do vento é feita com o mesmo método utilizado nos primórdios da navegação. Para conhecer os diferentes tipos de anemômetro e entender seu funcionamento, acesse <www.ehow.com.br/funciona-anemometro-como_69966/> (acesso em: 22 abr. 2015). Alternativa d. 6) No percurso feito de metrô, o turista levará: t 8 min 12 min 8 min 9 min 37 minmetrôD = + + + = E, se ele for caminhando, o intervalo de tempo será de: v t s t v s t 1,25 m/s 3.000 m 2.400 s ou 40 min m m & & & D D D D D = = = = Portanto, se o turista for andando da Praça da Sé até o Masp, chegará apenas 3 minutos depois em comparação com o trajeto feito de metrô. Alternativa e. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 19 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA20 C2 H7 7 Mesmo sendo crime no Brasil atirar para o alto, a prática ainda é costume em algumas comemorações ou para afugentar multidões. Embora poucas vezes se possa ouvir o projétil voltar e bater no chão, devido aos ventos ou inclinação da arma, é inegável que a bala retorne e possa causar até mesmo danos letais. Quando uma munição é disparada verticalmente, ela imediatamente começa a perder velocidade por causa dos efeitos da gravidade e da resistência do ar no projétil. A desaceleração do projétil continua até que em algum ponto a bala para momentaneamente e só então começa a cair em direção ao solo. A velocidade da bala vai aumentar até que atinja a velocidade terminal. O projétil atinge essa velocidade quando a resistência do ar se iguala à força da gravidade ou, dizendo de outra forma, até o peso da bala e a resistência do ar ficarem equilibrados. Quando essa velocidade é atingida, a velocidade de queda para de aumentar. Disponível em: <https://www.defesa.org/atirando-no-ceu-um-pouco-sobre-a- fi sica-do-tiro-para-o-alto/>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Hipoteticamente, em um local em que pudesse ser desprezada a resistência do ar, um projétil disparado para o alto por arma de fogo retornaria ao solo a) com a mesma velocidade que saiu do cano da arma. b) com velocidade maior do que a que saiu do cano da arma. c) com velocidade menor do que a que saiu do cano da arma. d) com velocidade nula. e) com aceleração nula. C2 H7 8 Uma cooperativa de reciclagem decidiu adquirir uma esteira rolante automatizada para melhorar a eficiência na separação de latas de alumínio de formato muito semelhante, mas com massas diferentes (12 g, 14,5 g e 17 g). A B C O método consiste em colocar as latas misturadas na esteira, que manterá sempre deter- minada velocidade, e ao final dela dispor os recipientes A, B e C posicionados de acordo com o esquema acima. Do ponto de vista científico, esse procedimento a) funcionará e trará rapidez ao processo de reciclagem porque as latas de menor massa cairão no recipiente A. b) funcionará e facilitará o processo de reciclagem porque as latas de menor massa cairão no recipiente C. c) funcionará apenas se a velocidade da esteira estiver devidamente calibrada para que cada lata atinja o seu recipiente. d) não funcionará porque todas as latas, independentemente de sua massa, cairão em um único recipiente. e) não funcionará porque as latas, independentemente de sua massa, cairão em reci- pientes aleatórios. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 20 4/29/15 11:47 AM CInemátICA 21 7) Ao desprezarmos os efeitos da resistência do ar, teremos uma situação de lançamento vertical e de queda livre, ou seja, a velocidade inicial do projétil vai decrescendo até a altura máxima e, chega a zero; e durante a queda, ao contrário, a velocidade parte de zero e vai aumentando até atingir exatamente a mesma velocidade com que saiu da arma. Isso ocorre porque, tanto na subida quanto na descida, a aceleração do projétil é a mesma, ou seja, igual à aceleração da gravidade. Alternativa a. 8) No lançamento horizontal, o tempo de queda e, consequentemente, o alcance dependem apenas da aceleração da gravidade, não importando a massa da lata; portanto, todas as latas cairão no mesmo recipiente. Nesse caso, podemos desprezar a resistência do ar visto que as latas têm formatos muito parecidos, o que faria com que o efeito fosse o mesmo nos três casos. Alternativa d. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 21 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA22 C5 H17 9 [...] Mas nada do que foi dito até agora faz jus à fama dos Maias de terem extrema precisão astronômica. Por exemplo, com seus 365 dias, o ano haab ficava fora de sintonia com o ano solar real a cada quatro anos. Nosso calendário gregoriano, utilizado desde 1582, com seus anos bissextos e outras correções, perde somente um dia a cada 3.300 anos. Isso equivale a dizer que nesse calendário um ano tem 365,24250 dias, comparado com 365,24219 dias de um ano solar real. A diferença entre o calendário gregoriano e o maia é brutal, mas antes de tirar qual- quer conclusão, é preciso considerar que os Maias nãousavam decimais, e o haab era apenas uma aproximação. Na verdade, inscrições encontradas nas ruínas de Palenque mostram que eles sabiam que 1.507 anos solares reais correspondiam a 1.508 anos haab. A explicação: eles podiam observar todo ano os dias em que o Sol passava exatamente na vertical e saber o quanto seu calendário estava fora de sincronia com esses dias. Fazendo as contas, eles deduziram que um ano tinha 365,242203 dias. Esse valor estava quase na mosca, e era bem melhor do que o calendário dos europeus que os conquistaram. MAÇÃES, Bruno. Astronomia maia. Em: Scientific American Brasil: Etnoastronomia, n. 27. p. 27. De acordo com o conhecimento científico vigente, a diferença na contagem de tempo entre o ano solar real e o ano solar calculado pelos Maias é de a) 0,01872 s b) 0,04680 s c) 0,22464 s d) 1,1232 s e) 13,4784 s C5 H17 10 Preocupada com sua saúde, uma pessoa compra uma esteira ergométrica e es- tabelece uma agenda de atividades físicas. Animada com as funções da esteira, resolve correr o programa P10, preestabelecido pelo fabricante. Consciente da sua condição física, a pessoa conhece seus limites e sabe que esse é o ritmo máximo com que consegue praticar a corrida. O programa P10 pode ser ilustrado pelo gráfico seguinte, no qual o eixo horizontal corresponde ao tempo de corrida (em minuto) e o eixo vertical corresponde à velocidade da esteira, tendo como limite máximo o nível 12. Velocidade (nível) Programa P10 Tempo (min)0 2 4 6 8 10 12 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 Durante o treino, a pessoa passou a maior parte do a) tempo em velocidades baixas. b) percurso em velocidades baixas. c) tempo na velocidade 6. d) percurso na velocidade 8. e) tempo nas maiores velocidades. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 22 4/29/15 11:47 AM CInemátICA 23 9) A diferença entre o ano solar real, de 365,24219 dias, e o ano solar calculado pelos Maias, de 365,242203 dias, é de: s s 365,242203 dias 365,242190 dias 0,000013 dias ou 1,1232 s & & D D = - = Alternativa d. 10) O gráfico mostra que a pessoa ficou 8 minutos na velocidade 6, 10 minutos na velocidade 8, 10 minutos na velocidade 10 e 2 minutos na velocidade 3. Foi, portanto, um treino pesado, no qual a pessoa passou a maior parte do tempo em velocidades altas. Alternativa e. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 23 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA24 C5 H17 11 O pesquisador Hugo Leonardo Correia Bar- reto publicou um estudo intitulado “Análise quantitativa da distância percorrida, número de sprints e velocidade máxima na Copa do Mundo de Futebol de 2010”, no qual apresen- tou, entre outros, o gráfico a seguir. Distância total (km) Posição do jogador Defesa Meia Atacante 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd160/ numero-de-sprints-na-copa-do-mundo-de- futebol-de-2010.htm>. Acesso em: 16 fev. 2015. Sabendo que a duração regular de uma parti- da de futebol é de 90 minutos, é correto afir- mar que as velocidades médias dos jogadores de defesa, meia e atacante, respectivamente, das seleções classificadas na 1a fase da Copa do Mundo de 2010 foram, aproximadamente, a) 0,10 km/h; 0,12 km/h; 0,10 km/h b) 6,3 km/h; 7 km/h; 6,3 km/h c) 0,36 m/s; 0,43 m/s; 0,36 m/s d) 22,6 m/s; 25,2 m/s; 6,3 m/s e) 9,47 km/min; 8,57 km/min; 9,47 km/min C5 H18 12 O paraquedas é utilizado para reduzir a velocidade do usuário durante sua queda, criando, assim, um dispositivo de arrasto no ar. O material utilizado no paraquedas é feito de um tecido leve e forte de náilon. v (m/s) 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50 60 70 Tempo (s) SoloSalto Velocidade terminal 2 Velocidade terminal 1 Abertura do paraquedas Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/ handle/mec/23221>. Acesso em: 16 fev. 2015. Observe o gráfico anterior: ele representa a velocidade de um paraquedista ao longo do tempo de salto. Considere g 10 m/s2= . Entre os instantes 42 s e 48 s, a aceleração média do paraquedista a) vale 3 2 da aceleração da gravidade e tem o mesmo sentido da velocidade. b) vale 3 2 da aceleração da gravidade e tem sentido oposto ao da velocidade. c) tem o mesmo valor da aceleração da gra- vidade e sentido oposto ao da velocidade. d) tem o dobro da aceleração da gravidade e mesmo sentido da velocidade. e) é nula. C5 H18 13 Em um arremesso na grande área do adver- sário, um jogador tem a opção de lançar a bola com a mesma velocidade; porém, sob dois ângulos diferentes, já que o alcance para ângulos complementares é o mesmo, como mostra a figura a seguir. 60° 30° Se necessário, use: º ºcos ,30 60 0 5sen = = e º ºcos ,60 30 0 8sen = = Caso a escolha seja a trajetória mais alta, com ângulo de 60° com a horizontal, a bola a) chegará ao solo com o mesmo tempo do lançamento sob ângulo de 30°. b) chegará ao solo com um tempo menor que no lançamento sob ângulo de 30°. c) chegará ao solo com um tempo maior que no lançamento sob ângulo de 30°. d) terá altura máxima com o dobro da altura máxima atingida com o ângulo de 30°. e) terá velocidade nula no ponto de altura máxima. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 24 4/29/15 11:47 AM CinemátiCa 25 11) Considerando, de acordo com o gráfico, que as distâncias totais percorridas pelos jogadores de defesa, meia e atacante, respectivamente, correspondem a 9,5 km, 10,5 km e 9,5 km, podemos calcular a velocidade média de cada um: v t s 90 min 9,5 km 1,5 h 9,5 km 6,3 km/hmdefesa D D = = = = v t s 90 min 10,5 km 1,5 h 10,5 km 7,0 km/hmmeia D D = = = = v t s 90 min 9,5 km 1,5 h 9,5 km 6,3 km/hmatacante D D = = = = Alternativa b. 13) Para lançamentos oblíquos, sob ângulos complementares, o objeto terá o mesmo alcance; porém, o tempo de voo não será o mesmo. Para o cálculo do tempo, usando as expressões da cinemática, teremos: v v gt v gt t g v 0 sen sen y y0 0 0 & & & : : i i = - = - = Para uma mesma velocidade inicial, quanto maior o ângulo de lançamento (sen i), maior a altura máxima atingida e, portanto, maior o tempo de voo. Alternativa c. 12) A aceleração média do paraquedista nesse intervalo de tempo é dada por: g t v 48 42 10 50 3 2 10 3 2 3 s 20 m/s m/s2 & & : a a D D = = - - =- =- =-m m Nota-se no gráfico que, entre os instantes solicitados, a velocidade diminui ao longo do tempo, provocando a aceleração negativa ou “desaceleração”, o que é traduzido na cinemática escalar pelo sinal negativo. Portanto, a aceleração tem sinal contrário ao da velocidade. Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 25 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA26 C5 H19 14 Não se pode simplesmente “desligar” a gra- vidade. [...] A Nasa e outras agências espaciais utilizam um artifício que permite simular a ausência de gravidade: a queda livre. [...] Nos experimentos das agências espaciais, um avião a jato sobe até determinada altitude e, em seguida, é posto em queda livre durante certo tempo – não mais que 30 segundos. Na acolchoada cabine de passageiros, os futuros astronautas sentem a ausência de peso, até que o piloto retome o curso da aeronave. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/ materia/como-se-consegue-anular-a-gravidade-nos- laboratorios-da-nasa>. Acesso em: 16 fev. 2015. Desprezando os efeitos da resistência do ar na fuselagem do avião, para que o tempo de queda livre seja dobrado, a altura que o avião a jato terá de subir antes de cair deverá ser a) dobrada. b) triplicada. c) quadruplicada. d) multiplicada por 2 . e) multiplicada por 3 . C5 H19 15 Entre os investimentos do Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) previstos no Plano Plurianual 2012-2015 (PPA), está a contratação do primeiro satélite do Sistema Geoestacionário Brasileiro (SGB). A medida é considerada fun- damental para as telecomunicações do Brasil em geral e, em particular, para a comunicação estratégica do sistema de defesa nacional. Desde a privatização da Embratel, os serviços de satélite utilizados pelas ForçasArmadas são fornecidos por empresas privadas e o país objetiva superar essa dependência. [...] Satélites geoestacionários navegam em órbita equatorial, a 36 mil km de altitude, com rotação completa a cada 24 horas. Visto do solo, parecem estar fixos sobre certo ponto. São usados em transmissões de comunicação e de dados. Ser- viços de satélites também servem para previsão do tempo, monitoramento da ocupação urbana, fiscalização ambiental, controle do espaço aéreo, vigilância de fronteira e sistemas de navegação civil e militar. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/ Jornal/emdiscussao/defesa-nacional/estrategia-nacional-para- reorganizaao-e-reaparelhamento-da-defesa/satelite-do- brasil-para-superar-dependencia.aspx>. Acesso em: 16 fev. 2015. Para que o satélite geoestacionário esteja sempre sobre um mesmo ponto na superfí- cie da Terra (considere o raio da Terra como 6.400 km), é necessário que sua velocidade linear orbital seja a) igual à velocidade linear de rotação da Terra. b) igual à velocidade linear de translação da Terra. c) 5,625 vezes maior que a velocidade linear de rotação da Terra. d) 1,175 vezes menor que a velocidade linear de rotação da Terra. e) 6,625 vezes maior que a velocidade linear de rotação da Terra. C6 H20 16 A Lombada Eletrônica, nome popular do Redutor Eletrônico de Velocidade – REV, é um equipamento de segurança viária, reconhecido pelos especialistas como uma ideia inovadora que salva vidas. A identificação da velocidade dos veículos monitorados pela Lombada Ele- trônica ocorre através de detecção por dois sensores de peso, instalados na pista no sentido do tráfego, com uma distância de 4 m entre eles. Quando os laços são acionados pela pre- sença do veículo, um microprocessador recebe os sinais elétricos e calcula a sua velocidade com alta precisão e a indica no display. Um conjunto de sinais sonoros e luminosos infor- ma aos motoristas e pedestres a condição de tráfego do veículo. Disponível em: <http://www.perkons.com/pt/produtos-e- sistemas-detalhes/14/lombada-eletronica#funcionamento>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Segundo o procedimento de coleta de dados da Lombada Eletrônica, para um veículo que varia sua velocidade sobre os sensores, o display mostra a velocidade a) média entre o percurso. b) com que o carro passou no primeiro sensor. c) com que o carro passou no segundo sensor. d) máxima atingida pelo carro. e) mínima atingida pelo carro. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 26 4/29/15 11:47 AM CinemátiCa 27 15) Para um satélite geoestacionário ser mantido em órbita, a velocidade angular deve ser a mesma do planeta que ele orbita. O raio da órbita do satélite corresponde à soma do raio da Terra com a altitude do satélite. Raio da Terra Raio do satélite 36 000 6 400 6 400 6 400 42 400 6 625 R v R v v v h h . . . v . . v , v s s T s s T T T s T T & & & & & = = + = = = ` j Alternativa e. 14) Utilizando a função horária dos espaços para a situação em que a velocidade inicial é zero, teremos: 2 2 2 s s v t gt h gt t g h 0 0 2 2 & & & = + + = = Considerando t’ como o dobro do tempo, temos: 2 2 2 2 4t’ t g h g h: = = = Portanto, para que o tempo seja dobrado, a altura deverá ser quadruplicada. Alternativa c. 16) A coleta de dados é feita pelo acionamento do sensor devido ao peso do veículo. Com o tempo calculado entre os sensores e a distância fixa de 4 m entre eles é possível apenas calcular a velocidade média. Alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 27 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA28 C6 H20 17 Usando as equações de queda livre, pode-se verificar que uma gota de chuva chegaria ao solo com uma velocidade aproximada de 720 km/h. Por que, então, as gotas de chuva não causam estragos muito mais severos? A resposta está ligada a uma das característi- cas do ar: oferecer resistência a qualquer corpo que nele se movimente. Os físicos observaram que a resistência do ar é tanto maior quanto maior for a velocidade do móvel. Assim, quando um corpo cai, sua velocidade aumenta com o passar do tempo e, consequentemente, a resistência do ar também aumenta. Isso ocorre até o momento em que a resistência do ar é suficientemente grande para fazer o corpo parar de acelerar e, a partir daí, fazê-lo cair com velocidade constante, denominada velocidade terminal. É a resistência do ar que as torna inofensivas. Disponível em: <http://www.fisnet.com.br/index.php?option= com_content&view=article&id=82:por-que-as-gotas-de-chuva- nao-matam&catid=55:audio-leituras&Itemid=76>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) De acordo com o enunciado, o gráfico que po- deria exemplificar o espaço percorrido por uma gota de chuva em relação ao tempo de queda é a) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo b) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo c) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo d) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo e) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo C6 H20 18 O dardo é um objeto em forma de lança, feito de metal, fibra de vidro ou fibra de car- bono. O tamanho e peso dos dardos variam do homem para a mulher. [...] O atleta corre para tomar impulso e lança o dardo numa pista de lançamento com 34,9 metros de comprimento e 4 metros de largura. [...] O dardo costuma sair das mãos do atleta com uma velocidade de 100 km/h. Após o voo, o dardo aterra numa zona relvada que costuma ocupar a zona cen- tral dos estádios de atletismo. A marca obtida pelo atleta é medida pelos oficiais, desde a zona de lançamento até o primeiro ponto onde o dardo tocou no chão. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Lan%C3% A7amento_de_dardo>. Acesso em: 16 fev. 2015. Se o recorde mundial de lançamento de dardo atual é de Jan Zelezny, da República Checa, com a marca de 98,48 m, podemos estimar que o tempo de voo do dardo foi de aproxi- madamente Adote: ângulo de lançamento: 45° (sen 45° = 0,71; cos 45° = 0,71; tg 45° = 1) a) 0,69 s b) 0,98 s c) 1,39 s d) 2,78 s e) 4,99 s R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 28 4/29/15 11:47 AM CinemátiCa 29 18) No lançamento oblíquo de um dardo, é necessário pensar na projeção da velocidade. A componente horizontal da velocidade é dada por: cos cosv v v , , 45 0 71 19 7 3,6 100 km/h 27,7 m/s m/s x x 0 & & : : : ci= = = = Portanto, o tempo de voo pode ser calculado pela função horária do MRU: s s vt t v s t 19,7 m/s 98,48 m 4,99 s 0 & & & D = + = = = Alternativa e. 17) O enunciado deixa claro que, do momento da saída da nuvem até atingir a velocidade limite, o valor da velocidade da gota de chuva aumenta, embora todos os gráficos apresentem basicamente a mesma curva nesse intervalo. A solução reside no intervalo desse ponto até o solo. Nesse intervalo de tempo a gota de chuva cai com velocidade constante igual à velocidade limite adquirida. Trata-se, portanto, de um MRU. Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 29 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA As leis de Newton, a força de atrito, as forças em trajetórias curvilíneas e na gravitação, além do conceito de impulso, sempre foram temas de discussões científicas ao longo do tempo. O princípio da inércia (primeira lei de Newton) é fruto de diferentes interpretações, em que as primeiras foram elaboradas por meio do senso comum. Forças questões CoMeNtaDas 30 O princípio da inércia pode ser estu- dado no capítulo 11 – Os princípios da Dinâmica. C1 H3 De acordo com o senso comum, a inércia é associada à dificuldade em se promover mudanças, porém, na Física, esse conceito envolve os estados de movimento e de repouso em um corpo. Para ilustrar, imaginemos uma situação inusitada: um passageiro acorda no porão de um navio em águas calmas e sem visão do exterior. Nesse caso, seria impossível ao passageiro distinguir se a embarcação está em repousoou se deslocando com velocidade constante, porque em ambas as situações a) a resultante das forças no passageiro é nula. b) a ação equilibra a reação. c) a resultante das forças no passageiro é igual ao seu peso. d) a força peso do passageiro equilibra a força normal. e) o passageiro está em movimento em relação ao navio. Resolução Como o passageiro está no porão do navio (em águas calmas e sem visão do exterior), ele não tem como saber se o navio está em movimen- to retilíneo uniforme ou em repouso, porque, em ambas as situações, a aceleração é nula, e, dessa forma, a força resultante no passageiro também é nula. Esse exemplo foi citado por Galileu em sua obra Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mundo, publicada em 1632, em que defendia o sistema heliocêntrico em contraposição ao sistema geocêntrico. A analogia foi feita para comparar que nenhum experimento realizado no porão de um navio possibilitaria concluir se ele está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, assim como nenhum experimento feito na Terra possibilitaria saber se ela está repouso ou em movimento. Assim, a informação que completa adequadamente o enunciado é a da alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 30 4/29/15 12:18 PM FORÇAS 31 C5 H17 (Enem) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trân- sito, os quais funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético. As representações esquemáticas da força de atrito f at. entre os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são: a) fat. p f at. p b) fat. p f at. p c) fat. p f at. p d) fat. p f at. p e) fat. p f at. p Resolução O enunciado informa que os freios ABS servem para impedir o tra- vamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, diferentemente do que ocorre nos freios comuns, ou seja, nos carros sem o sistema ABS pode ocorrer deslizamento das rodas, enquanto nos carros com ABS isso é continuamente evitado. No sistema de freios ABS, as rodas são liberadas no limiar do deslizamento – ação que se repete todas as vezes em que a força de atrito alcançar esse limite. Para responder à questão, é preciso relacionar as informações apresen- tadas no texto com as representações gráficas em cada uma das alter- nativas. Como não ocorre deslizamento das rodas no sistema de freios ABS, as alternativas c e e podem ser descartadas, pois as representações gráficas da direita, nessas alternativas, representam o atrito cinético. A representação gráfica que mostra as características de uma frenagem, sem o sistema ABS, é: fat. fat.(máx.) 0 p fat.(d) Os conceitos de atrito estático e atrito cinético podem ser estudados no capítulo 12 – Forças de atrito. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 31 4/30/15 9:00 AM APROVA enem • FÍSICA32 Sabendo que as rodas do carro com ABS são liberadas todas as vezes em que o limiar do deslizamento é atingido, mantendo assim o atrito estático, pode-se perceber que as representações gráficas da direita nas alternativas a e d mostram essa característica. Já no caso do carro sem ABS, o atrito se torna cinético quando o limiar de deslizamento é atingido; portanto, pode-se concluir, por meio das representações gráficas, que a alternativa correta é a a. C6 H20 (Enem) Para entender os movimentos dos corpos, Galileu discutiu o mo- vimento de uma esfera de metal em dois planos inclinados sem atritos e com a possibilidade de se alterarem os ângulos de inclinação, conforme mostra a figura. Na descrição do experimento, quando a esfera de metal é abandonada para descer um plano inclinado de um determinado nível, ela sempre atinge, no plano ascendente, no máximo, um nível igual àquele em que foi abandonada. Ângulo do plano de subida Ângulo do plano de descida Nível de abandono da esfera Galileu e o plano inclinado. Disponível em: <www.fisica.ufpp.br>. Acesso em: 21 ago. 2012. (Adaptado.) Se o ângulo de inclinação do plano de subida for reduzido a zero, a esfera a) manterá sua velocidade constante, pois o impulso resultante sobre ela será nulo. b) manterá sua velocidade constante, pois o impulso da descida continuará a empurrá-la. c) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois não haverá mais im- pulso para empurrá-la. d) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois o impulso resultante será contrário ao seu movimento. e) aumentará gradativamente a sua velocidade, pois não haverá nenhum impulso contrário ao seu movimento. Resolução Por inércia, o movimento da esfera, no caso em que o plano de subida tiver ângulo de inclinação nulo, será, ao alcançar esse nível, uniforme (velocidade constante e não nula). Assim, a aceleração será nula e, consequentemente, a força aplicada também o será, ou seja: a F F ma0 .Se 0 , pois: `= = =v v v v v v O impulso da força Fv é dado por I F t: D=v v . Como a força aplicada no intervalo de tempo em que a esfera mencionada se desloca é nula, o impulso também é nulo. A situação descrita corresponde à alternativa a. O impulso de uma força pode ser estudado no capítulo 16 – Impulso e quantidade de movimento. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 32 4/29/15 12:18 PM FORçAS 33 C1 H2 1 Observe o infográfico abaixo, que demonstra o funcionamento de uma turbina de avião. De acordo com o infográfico, o princípio físico que possibilita a locomoção do avião é o a) princípio da inércia. b) princípio da conservação do momento. c) princípio da ação e reação. d) princípio da conservação da energia. e) princípio da impenetrabilidade dos corpos. questões propostas T e c M u n d o 1) Na turbina, o ar é empurrado para trás, o que produz o movimento do avião no sentido oposto. Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 33 4/29/15 12:18 PM APROVA enem • FÍSICA34 C1 H2 2 Os cristais líquidos estão virtualmente em toda parte. Eles ficaram mais conhecidos da população através da sigla LCD (Liquid Crystal Display – Telas de Cristal Líquido), uma tecnologia já não tão nova de telas e monitores que forçou a aposentadoria das antigas TVs e monitores de tubos de raios ca- tódicos, ou CRT (Cathode Ray Tube). Agora, pes- quisadores do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, deram um uso inesperado para os cristais líquidos, fazendo-os funcionar como lubrificantes e prome- tendo um mundo com menos atritos – pelo menos quando o assunto são motores e engrenagens que devem funcionar ininterruptamente. Nos primeiros testes, o lubrificante de cristal líquido fez o atrito entre duas placas metálicas cair quase a zero, com um rendimento que supera, em larga margem, os melhores óleos lubrificantes existentes atualmente. Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/ noticias/noticia.php?artigo=lubrificantes-de-cristal-liquido- prometem-mundo-com-menos-atritos&id=010160081124#. VPDW6HzF8aY>. Acesso em: 17 fev. 2015. (Adaptado.) Ao ser utilizado entre duas placas metálicas que deslizam entre si, o lubrificante reduz a força de atrito, porque a) reduz a força trocada entre as placas. b) aumenta o coeficiente de atrito estático entre as placas. c) diminui o coeficiente de atrito dinâmico entre as placas. d) absorve o calor produzido pelo movimento. e) diminui a área de contato entre as placas. C1 H3 3 Um blog sobre Física no cotidiano traz uma explicação sobre a largura dos pneus de fórmula 1: Nos carros de corrida precisa-se de muita aceleração, tanto para diminuir quanto para au- mentar a velocidade. No entanto, quando se freia ou acelera o carro, há uma troca de força de atrito entre o pneu e o solo. Assim, o valor da aceleração fica limitado pela força de atrito máxima. A maior força de atrito ocorre na situação de máximo atrito estático, sem derrapamento, e é por isso que os projetistas fazem os pneus mais largos, oque aumenta a força de atrito com o asfalto. Disponível em: <http://www.sosestudante.com/fisica/atrito.html>. Acesso em: 17 fev. 2015. (Adaptado.) No entanto, ocorre um erro conceitual que comumente é reiterado em revistas especia- lizadas em automobilismo. O erro do enun- ciado está em a) “Nos carros de corrida precisa-se de muita aceleração...”. A aceleração de um carro de corrida pode ser baixa, pois a força do motor produz velocidade. b) “... aceleração, tanto para diminuir quanto para aumentar a velocidade”. Fisicamente, a aceleração é apenas o aumento da velo- cidade. c) “... troca de força de atrito entre o pneu e o solo.” Neste caso não há troca de forças, a força é exclusivamente aplicada no solo. d) “... atrito estático, sem derrapamento.” O atrito estático ocorre justamente quando há derrapamento entre as superfícies. e) “... pneus mais largos, o que aumenta a força de atrito...”. A área de contato não interfere no cálculo da força de atrito. C1 H3 4 No seu livro Diálogo sobre os dois máximos siste- mas do mundo ptolomaico e copernicano, Galileu Galilei afirma: Se nada mais nos tivesses dito, só isto, a meu juízo, excede tanto nas futilidades apresentadas por tantos outros que meramente olhar para elas dá-me náuseas, e muito me admiro que dentre homens de elevada inteligência [...] nenhum tenha jamais considerado a incompatibilidade que há entre o movimento da água contida e a imobilidade do vaso que a contém. GALILEI, Galileu. Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo ptolomaico e copernicano. São Paulo, Editora 34, 2011. Nessa passagem, por meio do fenômeno das marés, Galileu pretende exemplificar a) erroneamente o movimento de rotação da Terra. b) corretamente o movimento de rotação da Terra. c) erroneamente o movimento de precessão da Terra. d) corretamente o movimento de translação da Terra. e) erroneamente o movimento de translação da Terra. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 34 4/29/15 12:18 PM Forças 35 2) Como a força de atrito é dada pela expressão: F Fj Nat. = basta entendermos que, no deslizamento, o lubrificante preenche as microvilosidades das peças metálicas, diminuindo o coeficiente de atrito dinâmico entre elas. Alternativa c. 3) A força de atrito estático entre os pneus e o solo é dada pela expressão F Fat. e Nn= , ou seja, não há influência da área do pneu no valor da força. Trata-se de um erro conceitual bastante divulgado e repetido devido ao senso comum. Alternativa e. 4) Galileu era contrário à teoria que fixava a Terra no centro do Universo (teoria geostática) e acreditava ser possível evidenciar o movimento de rotação da Terra compreendendo o fenômeno das marés, ou, em suas palavras, movimento da água contida (marés) e a imobilidade do vaso que a contém (Terra). No entanto, o fenômeno das marés é ocasionado, principalmente, pela força gravitacional entre a Lua e a Terra, como Isaac Newton explicaria tempos depois. A única evidência do movimento rotacional da Terra foi dada por Jean Bernard León Foucault, cerca de 200 anos depois. Alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 35 4/29/15 12:18 PM APROVA enem • FÍSICA36 C5 H17 5 Vamos supor que o Super-Homem pese 100 kg. Um atleta em perfeita condição física pode levantar um peso equivalente ao próprio corpo. Considerando o Super-Homem mil vezes mais forte do que um atleta comum, isso significa que ele conseguiria levantar 100 mil quilos (o peso suportado por guindastes usados para suspender pontes). Tamanha força inviabiliza- ria sua velocidade extraordinária. Além disso, a força necessária para levantar um objeto em um planeta é igual à massa do objeto multi- plicada pela gravidade do planeta. Por isso, um homem que consegue levantar 100 quilos na Terra, poderia levantar 600 quilos na Lua, que tem um sexto da gravidade da Terra. Isso significa que para o Super-Homem ser mil ve- zes mais forte na Terra do que em seu planeta, Krypton teria que ter uma massa mil vezes maior do que a da Terra. Se arredondarmos, a gravidade da Terra é de 10 m/Seg2, multi- plicando por mil, teríamos uma gravidade de 10 mil m/Seg2 em Krypton. Uma superfície com tal gravidade teria 3 mil vezes a massa do Sol. Portanto, segundo as leis da física, Krypton é impossível. A Ciência dos Super-Heróis. Revista Galileu, jul. 2004. É muito comum cometer erros de grafia em Ciências. Nem os textos de divulgação científica ficam isentos. No texto, é possível localizar a) apenas um erro: a grafia da unidade segun- do como Seg. b) dois erros: a grafia da unidade segundo como Seg e a indicação da massa como peso. c) três erros: a grafia da unidade segundo como Seg, a indicação da massa como peso e a grafia da unidade de massa como quilos. d) quatro erros: a grafia da unidade segundo como Seg, a indicação da massa como peso, a grafia da unidade de massa como quilos e a explicação de que um homem pode levantar 600 quilos na Lua, porque a Lua tem um sexto da gravidade da Terra. e) quatro erros: a grafia da unidade segundo como Seg, a indicação da massa como peso, a grafia da unidade de massa como quilos e a explicação de que, para um planeta ter uma gravidade mil vezes maior do que a Terra, teria também que ter mil vezes mais massa. 5) No Sistema Internacional de Unidades, o símbolo para “segundo” é “s”. Massa é uma grandeza característica de um corpo, sendo uma medida de sua inércia, e peso é a força pela qual atua o campo gravitacional. Esses dois conceitos são comumente confundidos. A unidade de massa no Sistema Internacional de Unidades é o quilograma (kg). Dessa forma, as alternativas a e b não apresentam todos os erros, e a última descrição nas alternativas d e e constitui erro conceitual. Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 36 4/30/15 9:00 AM Forças 37 C5 H17 6 Em uma última tentativa de sobrevivência após um acidente em uma estação espacial, um astronauta de massa 80 kg que estava do lado de fora da estação, em repouso em relação a ela, atira um martelo de massa 5 kg em sentido oposto à estação para que possa se deslocar em direção a ela. O gráfico ao lado apresenta a variação de velocidade do mar- telo imediatamente após o arremesso. Para um mesmo referencial, o gráfico que representa a va- riação de velocidade do astronauta imediatamente após o arremesso será a) Velocidade (m/s) 2,4 4,8 0 Tempo (1022 s)2,0 4,0 b) Velocidade (m/s) 0,15 0,30 0 Tempo (1022 s)2,0 4,0 c) Velocidade (m/s) 20,15 20,30 0 Tempo (1022 s) 2,0 4,0 d) Velocidade (m/s) 0,4 0 Tempo (1022 s)2,0 4,0 e) Velocidade (m/s) 22 24 0 Tempo (1022 s) 2,0 4,0 Velocidade (m/s) 2,4 4,8 0 Tempo (1022 s)2,0 4,0 6) Pelo princípio da ação e reação, podemos concluir que a intensidade do impulso sobre o astronauta IA é igual à intensidade do impulso sobre o martelo IM e, assim, obter a relação entre as massas do astrounauta mA e do martelo mM e os módulos das velocidades (vA e vM, respectivamente) adquiridas em certo instante t: v I I m v m v v m m v v v v80 5 16 1 A M A A M A A M M A M A M M& & & & & : : : : : = = = = = No instante t = 0, observando o gráfico, temos vM = 0; então, de acordo com a equação anterior, vA = 0. Novamente de acordo com o gráfico, no instante t = 4 : 10-2 s, a velocidade do martelo é de 4,8 m/s; logo, temos: , m/sv v v v16 1 16 1 4 8 0 3, m/sA M A A& &: := = = Considerando a velocidade escalar positiva no sentido do movimento do martelo, resulta que a velocidade escalar do astronauta é negativa. Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 37 4/30/15 9:01 AM APROVA enem • FÍSICA38 C5 H17 7 Com o dobro do raio e com uma massa oito vezes a da Terra, o 55 Cancri-e faz parte de um sistema de cinco planetas que giram em torno de uma estrela única, que pode ser vista da Terra a olho nu. “A superfície parece estar coberta de grafite e diamante em vez de água e granito”, informou Nikku Madhusudhan, pesquisador da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. De acordo como estudo liderado por Madhusudhan, o 55 Cancri-e tem uma fina superfície de grafite cobrindo uma grossa camada de diamante puro. Os as- trônomos estimam que um terço do planeta é composto pelo mineral. “A ficção científica sonhou por muitos anos com planetas de diamante. Então, é incrível que finalmente tenhamos as evidências da existência deles no universo”, declarou Nikku Madhusudhan para a revista National Geographic. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/ astronomos-descobrem-planeta-composto-por-diamante>. Acesso em: 17 fev. 2015. (Adaptado.) Considerando a aceleração da gravidade na superfície da Terra constante, com os dados apresentados na manchete, a aceleração da gravidade na superfície de 55 Cancri-e a) tem o mesmo valor da superfície da Terra, por se tratar de uma constante uni- versal. b) vale duas vezes o valor da aceleração da gravidade na superfície da Terra. c) equivale a um quarto do valor da aceleração da gravidade na superfície da Terra. d) apresenta oito vezes o valor da aceleração da gravidade na superfície da Terra. e) é impossível de ser calculada. 7) A aceleração da gravidade g na superfície de um planeta é dada pela relação: g R G M 2 : = Em que M e R são, respectivamente, a massa e o raio do planeta, e G é a constante de gravitação universal. Para a Terra, temos a relação: g R G M G M g R T 2 2 T T T T T & : : = = Para o planeta Cancri-e, temos: g R G M 2 C C C:= Substituindo G, da relação da Terra, na última equação, obtemos: g R G M M g R R M 2 T 2 2 C C C C T T C: : := = Sabendo, do enunciado, que o raio de Cancri-e é o dobro do da Terra, e sua massa é 8 vezes a da Terra: (2 ) 8 2 g M g R R M g M g R R M g T 2 2 T 2 2 C C T T C C T T T T T & & : : : : = = = Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 38 4/29/15 12:18 PM Forças 39 R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 39 4/29/15 12:18 PM APROVA ENEM • FÍSICA40 C5 H18 8 As molas são bons materiais para a composição dos dina- mômetros e das balanças, pois as forças que exercem apresen- tam caráter linear. Usualmente, diz-se que o dinamômetro é um instrumento que permite medir o módulo de uma força, e a balança é um instrumento que permite, indiretamente e através da força percebida, ava- liar a massa de um corpo. De qualquer modo, o dispositivo que constitui o instrumento é essencialmente o mesmo; tem como premissa a constância de deformação de uma mola quando solicitada por uma força. Um pescador amador adquiriu o dinamômetro como o mostra- do na figura e apenas ao chegar ao acampamento percebeu que o aparelho estava sem escala. Para calibrar o dinamômetro, o pescador pendurou a bateria do carro, de 10,5 kg, e verificou que o ponteiro se deslocou até o ponto médio entre o sétimo e oitavo marcadores principais, de cima para baixo. Esperou ansiosamente até pegar o primeiro peixe, que deslocou o marcador até o quarto marcador principal, de cima para baixo. Con- cluiu que esse peixe possuía a) 2,8 kg b) 5,6 kg c) 6,4 kg d) 8,5 kg e) 19,7 kg C5 H18 9 A realização do III Seminário Denatran de Educação e Segurança no Trânsito foi uma oportunidade especial para o diálogo e reflexão sobre um tema que tem salvado milhares de vi- das no Brasil e no mundo: “Cinto de Segurança e Cadeirinha”. Profissionais de todas as regiões brasileiras contribuíram com as discussões geradas nesse seminário. Foram dias proveitosos que marcaram definitivamente os participantes, seja pelo nível técnico dos assuntos abordados, seja pela adesão e comprometimento demonstrados. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/eventos/ seminarios/cinto_cadeirinha/agradecimento.htm>. Acesso em: 17 fev. 2015. (Adaptado.) Do ponto de vista das leis de Newton, o cinto de segurança é importante aliado na seguran- ça no Trânsito, porque a) impede a inércia de repouso quando o carro arranca. b) diminui a troca de forças entre o passageiro e o carro em caso de colisão. c) recebe parte da força que seria destinada ao passageiro em caso de colisão. d) impede a inércia de movimento em caso de parada brusca. e) prende o motorista ao carro em casos de capotamento. C5 H18 10 Um técnico avaliou que em determinada curva sem inclinação, adotando 0 25,en = como valor médio do coeficiente de atrito entre os pneus e o asfalto e g 10 m/s2= como aceleração da gravidade, a velocidade máxi- ma com que um veículo pode trafegar é de 54 km/h sem que o carro derrape. Porém, essa solução leva em conta pneus em boas condições de uso, o que não é a realidade para todos os carros. Para que a realização da curva não dependa do atrito entre os pneus e o asfalto, a enge- nharia civil aponta como uma das soluções a sobrelevação da pista com um ângulo de 13 graus, mantendo o mesmo raio. Esse pro- cedimento, além de tornar trechos de curvas mais seguros, permitiria o aumento da velo- cidade máxima para Adote: tg 13º = 0,23 a) 43,6 km/h b) 66,9 km/h c) 72,5 km/h d) 81,0 km/h e) 82,8 km/h R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 40 4/30/15 9:02 AM FORçAS 41 10) A partir da relação F Fcp. at.= , podemos calcular o raio da curva no plano horizontal, sabendo que a velocidade máxima de 54 km/h corresponde a 15 m/s: , F F m R v F m R v mg R g v R 0 15 10 m/s 15 m/s 150 m e 2 2 2 2 2 cp. at. máx. e N máx. e máx. & & & & & & : n n n = = = = = = ` j Com a sobrelevação, mantendo-se o raio, a nova velocidade máxima com que um veículo pode trafegar sem que o carro derrape é dada por: 13 8 6 9 F F m R v P m R v mg v gR v tg tg tg tg º 10 m/s 150 m 1 ,6 m/s 6 , km/h 2 2 2 2 cp. at. máx. máx. máx. máx. & & & & & & : : : : : i i i = = = = = = = Alternativa b. 9) A função do cinto de segurança é impedir a inércia de movimento, ou seja, em caso de colisões ou paradas bruscas, por inércia, o passageiro ou o condutor tendem a permanecer com a mesma velocidade, em módulo, direção e sentido. Se não houvesse o cinto, a pessoa poderia se chocar contra o para-brisas ou ser “lançada” para fora do carro. Alternativa d. 8) Pela lei de Hooke, é possível determinar a constante elástica da mola do dinamômetro em função da aceleração da gravidade, conhecidas a massa da bateria e a deformação causada na mola: , , F kx P kx mg kx g k k g7 5 1 410,5 & & & & &: : = = = = = Aplicando a lei de Hooke para o peixe, considerando o valor da constante elástica da mola do dinamômetro determinada, obtemos o valor de sua massa: , F kx P kx mg kx mg g m1 4 4 5,6 kg & & & & &: = = = = = Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 41 4/29/15 12:18 PM APROVA enem • FÍSICA42 C5 H18 11 O hóquei no gelo é uma modalidade de esporte de equipe, que é pouco conhe- cido no Brasil. Internacionalmente, é reconhecido desde 1920, quando passou a compor o quadro de disputas dos Jogos Olímpicos de Inverno. O esporte tem como finalidade fazer com que uma das duas equipes, de seis joga- dores cada, marque o maior número de gols em determinado tempo. Os gols são marcados quando o disco de borracha, ou puck, atravessa totalmente a linha do gol adversário depois de ser tocado pelo taco. Esse disco pode atingir velocidades de até 144 km/h. Material Coeficiente de atrito cinético Gelo sobre gelo 0,060 Borracha sobre gelo 0,125 Usando a tabela fornecida e adotando g 10 m/s2= , a distância percorrida pelo puck, deslizando sobre o gelo plano com velocidade inicial de 144 km/h, até parar, será de a) 160 metros b) 250 metros c) 640 metros d) 720 metros e) 1.333 metros 11) A desaceleração produzida pelo atrito entre o puck e o gelo é dada por: , temos : j j j a a j a , a F ma F ma F ma mg ma a g g 0 125 10 sendo o movimento retilíneo e retardado m/s 1,25 m/s R at. N 2 2 & & & & & & & & : = = = = = =- =- =- = - O deslocamento do puck pode ser calculado, lembrando que a força de atrito permanece constante até o final do movimento, por meio da equação de Torricelli: 2 2 2 0 v v s s v v s 1,25m/s 40 m/s 640 m 2 0 2 2 0 2 2 2 & & & : a aD D D = + = - = - - =` ` j j Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 42 4/30/15 9:04 AM FORçAS 43 R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 43 4/29/15 12:18 PM APROVA enem • FÍSICA44 C5 H19 12 [...] Feita a decolagem, o piloto fará com que o jato comercial atinja a altura máxima (também conhecida pela expressão “voo de cruzeiro”), geralmente, de 10 mil metros, e a velocidade máxima, em torno de 1.000 km/h. Isso não é por acaso! Quando o avião ultrapassa essa altu- ra, [...] a injeção de combustível na turbina ou no motor do avião é menor [...]. Por isso, essas altura e velocidade são as que a grande maioria das grandes aeronaves permanece [...]. Disponível em: <http://www.ifsc.usp.br/index.php? option=com_content&view=article&id=2163:a-fisica-nas- aeronaves&catid=7:noticias&Itemid=224>. Acesso em: 18 fev. 2015. Em voo de cruzeiro, há economia de combus- tível e aumento na velocidade, porque a) a altura provoca queda no valor da acele- ração da gravidade e com um peso menor, o avião se desloca mais rapidamente. b) a pressão atmosférica é menor na altitude de cruzeiro, o que diminui a força de sus- tentação do avião. c) a temperatura na altitude de cruzeiro é me- nor, o que reduz o gasto com a refrigeração da nave. d) o ar na altitude de cruzeiro é rarefeito, ou seja, menos denso, provocando menos resistência ao movimento e diminuindo, assim, a intensidade da força de arrasto. e) nessa altura, o avião aproveita as correntes de convecção, utilizando menos a força produzida pelo motor. C5 H19 13 Trem pendular é um trem com um meca- nismo reclinável que permite que ele atinja velocidades avançadas em trilhos de linhas férreas tradicionais. Esse tipo de trem é utili- zado na Eslovênia, Finlândia, Itália, Portugal, República Checa, Reino Unido e Suíça. Esse mecanismo, chamado sistema pendular, consiste em eixos com capacidade de se in- clinar em relação aos trilhos, permitindo que as curvas possam ser feitas em velocidades de até 234 km/h, sem risco de acidente ou desconforto para os passageiros. Para um trem comum, fazer uma curva hori- zontal de raio 260 m traria a um passageiro de massa 80 kg certo desconforto por imprimir uma força centrípeta de a) 720 N b) 812 N c) 986 N d) 1.053 N e) 1.300 N 12) Em um voo de cruzeiro, a resistência do ar diminui, e várias turbulências são evitadas pelo fato de o ar ser menos denso. Alternativa d. 13) A força centrípeta aplicada no passageiro, com velocidade de 234 km/h ou 65 m/s, pode ser calculada por: F R mv 260 m 80 kg 65 m/s 1.300 Ncp. 2 2$ = = = ` j Alternativa e. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 44 4/29/15 12:18 PM FORçAS 45 C6 H20 14 Normalmente os gramados são molhados antes dos jogos de futebol para dar mais velo- cidade à bola. Na Arena Corinthians, porém, o campo deve passar por esse procedimento [...]. Segundo os responsáveis pelo gramado da Arena, os jogadores da seleção brasileira, que na véspera treinaram no estádio, elogiaram muito as condições do campo. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/ noticia/2014/06/grama-da-arena-corinthians-nao-deve-ser-molhada- antes-do-jogo-de-estreia.html>. Acesso em: 18 fev. 2015. Do ponto de vista científico, a grama molhada propicia maior velocidade de desli- zamento à bola devido a) à força que a água exerce na grama, fazendo-a ficar mais baixa. b) à diminuição do coeficiente de atrito estático entre a bola e a grama. c) ao aumento do coeficiente de restituição entre a bola e a grama. d) à diminuição do coeficiente de atrito cinético entre a bola e a grama. e) ao peso adicional que a bola apresenta quando molhada. 14) Molhar a grama reduz o coeficiente de atrito cinético entre a bola e a grama, o que provoca velocidades maiores. Nesse caso, trata-se do coeficiente de atrito cinético pelo fato de a bola deslizar e não rolar sobre a grama. Alternativa d. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 45 4/29/15 12:18 PM APROVA enem • FÍSICA Energia, suas formas e sua conservação 46 A energia não pode ser criada nem perdida, apenas ser transformada de uma forma em outra. A energia total existente antes da transformação é igual à energia total obtida depois da transformação. É a conservação da energia. Por exemplo, nos processos mecânicos, a energia pode transformar-se de cinética em potencial, ou vice-versa. A geração de energia para uso social pode acarretar grandes impactos ambientais, éticos, sociais ou econômicos e, por isso, deve ser bem avaliada antes de ser implantada. questões CoMeNtaDas A energia cinética e os princípios que regulam as transformações energéticas podem ser estudados no capítulo 15 – Energia, suas for- mas e sua conservação. C1 H2 O boro contra o câncer (BNCT) Uma outra área abordada pelo grupo com as medidas de traços de fissão relaciona-se ao boro. Este elemento pode ser usado para tratar o câncer com uma técnica conhecida por BNCT (Boron Neutron Capture Therapy, ou “Terapia por captura de nêutrons por boro”). O mecanismo do tratamento é o seguinte. Primeiro, administra-se no paciente um fármaco contendo boro-10 e capaz de se ligar naturalmente a células do tumor. Em seguida, bombardeia-se o tumor com nêutrons. Os nêutrons são capturados por parte dos átomos de boro-10, que se transformam então no boro-11, que é instável [...] e decai em lítio mais uma partícula alfa. Essas partículas [alfa], ao atravessarem a célula dentro da qual foram produzidas, depositam aí uma grande quantidade de energia, principalmente via processos de ionização atômica, o que danifica fortemente a célula, podendo levá-la à morte. Acontece que o caminho médio feito por uma partícula alfa até ela ser absorvida pelo material circundante é da mesma ordem que o tamanho da própria célula. Ou seja, como o boro está concentrado no tumor, praticamente só o tumor será destruído com esse tratamento. [...] Disponível em: <http://portal.ifi.unicamp.br/drcc/gc>. Acesso em: 13 abr. 2015. Esse novo tratamento contra o câncer está abrindo novas possibilidades de cura ao usar partículas alfa, com massa igual a 6 6 10, kg27: - (mais de 7.000 vezes maior que a massa das partículas beta, comumente utilizadas nos tratamentos convencionais de tumores). Suponha que as partículas alfa, que decaem do boro-11, formem um feixe com cerca de cinco bilhões de partículas, cada uma com velocidade de 20.000 km/s, aplicados diretamente nas células do tumor, danificando-as seriamente e levando o tumor à morte. Admitindo que toda a energia cinética desse feixe seja absorvida pelas células do tumor, a energia transferida ao tumor por esse feixe de par- tículas alfa é de a) 6,6 : 10-3 J b) 1,71 : 10-11 J c) 1,32 : 10-11 J d) 6,6 : 10-20 J e) 6,6 : 10-23 J R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 46 4/29/15 12:51 PM eneRgIA, SuAS FORmAS e SuA COnSeRVAçãO 47 Os tipos de energia e as possíveis conversões entre eles podem ser estudados no capítulo 15 – Energia, suas formas e sua conservação. Resolução A energia transferida ao tumor do paciente por meio desse novo tratamento contra o câncer é igual à energia cinética do feixe de partículas alfa emitido. Nesse caso, a energia cinética do feixe de partículas alfa é integralmente transformada em energia química (que danifica as células do tumor). A energia cinética de uma partícula alfa, com base nas informações do enunciado, é dada por: E mv2 2 6 6 10 20 13 2 10 , , kg 10 m/s J 2 2 c 27 6 13 : : : := = = - - ` j Dessa forma, a energia cinética do feixe de partículas alfa (com 5 bi- lhões de partículas) é igual a: , ,E E5 10 5 10 13 2 10 6 6 10 J J39 9cfeixe c 13: : : : : := = =- - Ou seja, a energia transferida ao tumor do paciente por meio do bom- bardeamento de partículas alfa é de 6 6 10, J3: - , o que correspondente à alternativa a. C5 H18 (Enem) Os carrinhos de brinquedo podem ser de vários tipos. Dentre eles, há os movidos a corda, em que uma mola em seu interior é comprimidaquando a criança puxa o carrinho para trás. Ao ser solto, o carrinho entra em movimento enquanto a mola volta à sua forma inicial. O processo de conversão de energia que ocorre no carrinho descrito também é verificado em a) um dínamo. b) um freio de automóvel. c) um motor a combustão. d) uma usina hidroelétrica. e) uma atiradeira (estilingue). Resolução Para responder a essa questão, é preciso analisar qual das alternativas pode ser associada à conversão de energia elástica (que ocorre na compressão da mola do carrinho) em energia cinética (carrinho em movimento), pois essa transformação energética justifica o movimento do carrinho. A conversão de energia que ocorre no carrinho também pode ser observada em uma atiradeira (estilingue), cujas tiras elásticas, ao serem deformadas (estica- das) acumulam energia elástica e, quando soltas, voltam para sua posição de equilíbrio, colocando em movimento o objeto a ser atirado (energia cinética). Portanto, o instrumento em que ocorre a mesma transformação de energia do carrinho movido a corda corresponde à alternativa e. A resolução também poderia ser feita pela análise da conversão de energia em cada uma das alternativas. No dínamo, ocorre a conversão de ener- gia cinética (movimento do ímã em relação à bobina) em energia elétrica (indução de corrente elétrica que percorre o fio condutor da bobina); no freio de automóvel ocorre a conversão de energia cinética (movimento do automóvel) em energia térmica (dissipação de calor no disco de freio) e no motor a combustão (interna ou externa) ocorre a conversão de ener- gia térmica (queima do combustível) em energia cinética (movimento do O dínamo é um gerador elétrico constituído essencialmente de um ímã e uma bobina (conjunto de espiras de fio condutor), em que o movimento do ímã, relativo à bobi- na, induz a passagem de corrente elétrica através do fio condutor que compõe a bobina. Transformando-se o valor da velocidade das partículas alfa de km/s para m/s, obtém-se o valor da energia em kg : m2/s2, o que corresponde à unidade joule. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 47 4/29/15 12:51 PM APROVA enem • FÍSICA48 automóvel); na usina hidroelétrica ocorre a conversão de energia potencial (da queda-d’água em uma barragem) em energia elétrica (no gerador); e na atiradeira ocorre a conversão de energia elástica (ao esticar as tiras) em energia cinética (movimento do objeto a ser atirado). C6 H23 (Enem) Suponha que você seja um consultor e foi contratado para as- sessorar a implantação de uma matriz energética em um pequeno país com as seguintes características: região plana, chuvosa e com ventos constantes, dispondo de poucos recursos hídricos e sem reservatórios de combustíveis fósseis. De acordo com as características desse país, a matriz energética de menor impacto e risco ambientais é a baseada na energia a) dos biocombustíveis, pois tem menor impacto ambiental e maior dis- ponibilidade. b) solar, pelo seu baixo custo e pelas características do país favoráveis à sua implantação. c) nuclear, por ter menor risco ambiental e ser adequada a locais com menor extensão territorial. d) hidráulica, devido ao relevo, à extensão territorial do país e aos recursos naturais disponíveis. e) eólica, pelas características do país e por não gerar gases do efeito estufa nem resíduos de operação. Resolução Avaliando as características geográficas desse pequeno país hipotético, pode-se analisar a viabilidade e/ou a possibilidade de adoção das di- versas fontes de energia citadas nas alternativas, levando-se em conta as implicações éticas, ambientais, sociais e econômicas. Como o país é pequeno, a obtenção de biocombustíveis não é viável, pois seriam necessárias grandes áreas de cultivo (mesmo com as tec- nologias agrícolas atualmente disponíveis) para produzir quantidade de energia suficiente para suas necessidades. Como a região é plana e tem poucos recursos hídricos (por causa da extensão territorial), a implantação de uma usina hidrelétrica seria impossível, pois não existem desníveis consideráveis para a produção de energia elétrica em escala hidrelétrica. Mesmo assim, demandaria a construção de uma barragem para alagamento. Essa opção, além de consumir muitos recursos econômicos e temporais, causaria grande impacto ambiental na biodiversidade desse país. A região é chuvosa, o que tornaria a alternativa de implantação da energia solar inviável, uma vez que a incidência dos raios solares seria baixa, em razão da grande quantidade de nuvens presentes no céu. A ocorrência de ventos constantes favorece a implantação de uma usina eólica, em que a única fonte é o próprio vento. E a região plana favorece essa condição. Como não há reservatórios de combustíveis fósseis, a exploração de derivados do petróleo é impossível. Das alternativas, percebe-se que a a, b e d podem ser descartadas. A alternativa c apresenta um equívoco, pois a energia nuclear não apresenta menor risco ambiental. Portanto, a alternativa com a matriz energética mais adequada para esse pequeno país é a e. As diferentes formas de energia po- dem ser estudadas no capítulo 15 – Energia, suas formas e sua con- servação. A energia nuclear apresenta risco constante de contaminação am- biental caso ocorra algum acidente, como os que aconteceram nas usinas nucleares de Chernobyl (em abril de 1986) e de Fukushima (em março de 2011) após o tsunami que atingiu a costa japonesa. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 48 4/30/15 9:05 AM EnErgia, suas formas E sua consErvação 49 C1 H2 1 Um estudante de massa 67 kg, após se deliciar com uma barra de chocolate de 25 gramas, olhou a tabela nutricional do produto para conferir a quantidade de calorias ingeridas. Informação nutricional Porção de 25 g (1 unidade) Quantidade por porção %VD(*) Valor energético 131 kcal = 551 kJ 7% Carboidratos 14 g 5% Proteínas 1,7 g 2% Gorduras totais 8,1 g 15% Gorduras saturadas 4,9 g 22% Gordura trans 0 g ** Fibra alimentar 0,6 g 3% Sódio 19 mg 1% (*) % Valores diários de referência com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores, dependendo de suas neces- sidades energéticas. (**) VD não estabelecido. Disponível em: <http://www.cacaushow.com.br/produto/tablete-ao-leite>. Acesso em: 9 mar. 2015. Se a energia fornecida pelo chocolate pudesse ser integralmente transformada em energia potencial gravitacional, para utilizar a energia do alimento, o estudante deveria escalar (Adote g 10 m/s2= ) a) quatro lances de escada com 20 centímetros cada um. b) a torre de Pisa, na Itália, com 55 metros de altura. c) a barragem da Usina de Itaipu, com 196 metros de altura. d) a torre Burj Khalifa, em Dubai, o maior arranha-céu do mundo, com 822 metros de altura. e) o monte Everest, na Ásia, com mais de 8.200 metros de altura. questões propostas 1) Se houvesse conservação de energia e toda a energia calorífica fosse transformada em energia potencial gravitacional, a altura que o estudante deveria escalar corresponderia a: 551 822 E E mgh h mg E , 67 kg 10 m/s 10 J 4 m cal. p p 2 3 grav. grav. & & : : = = = = = Alternativa d. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 49 4/30/15 9:06 AM APROVA enem • FÍSICA50 C1 H2 2 O Grande Colisor de Hádrons (ou LHC, como é mundialmente conhecido pelas suas ini- ciais em inglês) foi inaugurado com grande expectativa em setembro de 2008. Ainda estava em fase de ajustes quando problemas de superaquecimento o danificaram nove dias após ter sido inaugurado. Voltou a funcionar em novembro de 2009, atingindo sua meta de colisão de prótons acelerados em sentidos opostos com velocidades próximas a 99% da velocidade da luz. O LHC é uma imensa e sofisticada máquina onde as partículas são aceleradas em um túnel (localizado na fronteira da França com a Suíça) que fica “enterrado” a 100 metros de profundidade e tem a forma de um anel com 27 km de circunferência. As partículas são aceleradas por campos elétricos e“guiadas” por campos magnéticos através do anel. Disponível em: <http://www.observatorio.ufmg.br/Pas96.htm>. Acesso em: 23 fev. 2015. (Adaptado.) De acordo com o texto, durante a aceleração das partículas ocorre transformação de energia a) cinética em energia potencial gravitacional. b) potencial gravitacional em energia cinética. c) potencial elétrica em energia cinética. d) química em energia cinética. e) potencial elétrica em energia química. C1 H3 3 Um estudante fez uma experiência prática para testar a con- servação da energia na queda de dois tipos diferentes de bola. Primeiro, ele abandonou uma bola de basquete de uma altu- ra h em relação ao solo diversas vezes e notou que a bola sempre atingia uma altura um pouco menor após bater no solo. Logo em seguida, repetiu o mesmo procedimento com uma bola de tênis, obtendo os mesmos resultados. Por último, abandonou as duas bolas, como indicado na fotografia ao lado, aproximadamente da mesma altura h e observou que, nesse caso, a bola de tênis subiu a uma altura cerca de nove vezes maior em relação à altura que atingia quando era abandonada sozinha – fato que, para o senso comum, viola o princípio de conservação da energia. O resultado da experiência, de acordo com o modelo científico, a) realmente viola o princípio da conservação da energia, pois a bola de tênis atingiu uma altura muito maior. b) não viola o princípio da conservação da energia, pois se trata de uma experiência feita fora de um laboratório específico para o estudo da queda livre. c) realmente viola o princípio da conservação da energia, pois a altura da bola de tênis na última queda deveria ser, no máximo, a soma das alturas da bola de basquete e de tênis nas quedas anteriores. d) não viola o princípio da conservação da energia, pois no momento em que o conjunto toca o solo, a bola de basquete, com massa maior, transfere parte da energia cinética para a bola de tênis, de massa menor. e) realmente viola o princípio da conservação da energia, pois há dissipação de energia durante a queda pela resistência do ar e no solo pela colisão, produzindo calor e som. R ic a R d o S iw ie c R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 50 4/29/15 12:51 PM EnErgia, suas formas E sua consErvação 51 2) O processo de aceleração, segundo o texto, é através de campos elétricos; portanto, trata-se de conversão de energia potencial elétrica em energia cinética, produzindo velocidades altas para a colisão. Alternativa c. 3) O princípio de conservação de energia não é violado nessa experiência. A bola de tênis adquire maior altura porque há uma colisão no momento em que o conjunto toca o solo. A bola de basquete transfere parte da energia para a bola de tênis. Assim, a bola de basquete subirá um pouco menos do que quando foi abandonada sozinha; e a bola de tênis, por ser menor, subirá até a altura indicada no enunciado. Alternativa d. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 51 4/29/15 12:51 PM APROVA enem • FÍSICA52 C1 H3 4 Se há uma coisa que não falta nas grandes cidades é lixo. Esta é uma conta simples: quanto mais pessoas, mais lixo gerado. Mas você já pen- sou que todo esse lixo pode se transformar em energia elétrica através de um processo limpo, renovável, sustentável e ainda por cima rentável? Pois pesquisadores têm estudado justamente a viabilidade desse processo. O lixo orgânico produzido nas cidades atualmente representa mais da metade de todos os resíduos dos centros urbanos. Ao ser destinado aos aterros sanitários, esse lixo sofre naturalmente um processo chama- do de digestão anaeróbia – microrganismos que sobrevivem na ausência de oxigênio realizam a decomposição da matéria orgânica. O resultado desse processo natural é o biogás, um composto cujos principais gases são o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4). Devido à toxidez do metano e por ser um dos principais gases causadores do efeito estufa, boa parte dos aterros já fazem a queima simples dele. Porém, sendo um gás com alto poder de combustão, ele pode ser destinado para o sistema de geração de energia de duas formas através do biogás. Ou por motores de combustão interna ou por turbinas a vapor (nos quais a água é aquecida pela queima do gás e impulsiona a turbina para a geração de energia). Disponível em: <http://www.clickciencia.ufscar.br/portal/edicao21/ materia6_detalhe.php>. Acesso em: 10 mar. 2015. (Adaptado.) As fontes energéticas são moldadas de acordo com a necessidade energética da sociedade. No caso do lixo, o uso como fonte de energia daria uma destinação adequada a toneladas de material que prejudicam o meio ambien- te, por terem descarte incorreto. No entanto, ao adaptar o texto para um trabalho escolar, como apresentado acima, um estudante uti- lizou uma palavra produzindo uma afirmação que contradiz o conhecimento científico acer- ca da utilização do lixo como fonte energética. Essa afirmação seria a de que a) o lixo proveniente das grandes cidades constitui uma fonte energética renovável. b) o gás metano pode ser utilizado em moto- res de combustão interna. c) o aquecimento da água impulsiona a tur- bina para a geração de energia elétrica. d) o processo de decomposição do lixo pode gerar energia elétrica. e) o calor produzido pela combustão do metano pode ser convertido em energia mecânica através do movimento. C5 H17 5 Em um parque aquático, pode-se observar uma placa informativa, em frente a um re- quisitado brinquedo, com o seguinte texto: Regras de segurança para utilização do Toboágua 1. Para escorregar, o usuário deverá manter-se deitado na peça de saída, mantendo as pernas fechadas e os braços cruzados sobre o peito aguardando a autorização do monitor. 2. Não tomar impulso ou se jogar na pista a fim de obter maior velocidade de descida; isso pode levá-lo a um desequilíbrio. 3. Sair da área de chegada na piscina o mais rápido possível a fim de evitar acidentes com o próximo usuário. Disponível em: <http://vivaparque.com.br/toboaguas-regras>. Acesso em: 23 fev. 2015. (Adaptado.) Comprimento da pista 32 m 1,10 m Altura da torre 28,8 m Medidas do toboágua Kamikaze. Depois de seguidas as instruções 1 e 2, é importante seguir a terceira instrução por- que, desprezando o atrito e considerando g 10 m/s2= , o próximo usuário chegará à piscina com uma velocidade aproximada de a) 61 km/h b) 86 km/h c) 88 km/h d) 91 km/h e) 125 km/h R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 52 4/29/15 12:51 PM eneRgIA, SuAS FORmAS e SuA COnSeRVAçãO 53 4) O lixo produzido dentro dos territórios dos municípios não é renovável. Ele é constituído de materiais descartados, tais como papel, plástico e vidro, todos derivados da utilização de recursos naturais finitos, como é o caso das florestas, que estão sendo exauridas em velocidade crescente. Alternativa a. 5) A velocidade do usuário ao chegar à piscina pode ser obtida pela conservação da energia mecânica: E E mgh mv v gh2 2 2 p cgrav. & &= = = Substituindo pelos valores fornecidos pelo enunciado, temos: v gh2 2 10 m/s 28,8 m 24 m/s 86,4 km/h2: := = = = Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 53 4/29/15 12:51 PM APROVA enem • FÍSICA54 C5 H17 6 O princípio do bungee jumping é simples: numa visão de mero utilizador, o desportista salta de um sítio alto, e cai devido ao seu peso, sendo a queda amortecida por um cabo elástico, designado de bungee. De um ponto de vista físico, claro que com algumas aproximações normalíssimas – por exemplo, o fato de desprezarmos a resistência do ar –, a descrição do movimento também é algo intuitivo e relativamente fácil de efetuar. [...] Podemos dizer que o mo- vimento do desportista é constituído por duas fases distintas: a primeira, a que podemos chamar de queda livre, onde o peso (mg) é a única força a atuar, dado que o bungee não se encontra esticado; e uma segunda fase, em que o bungee está esticado e inicia o seu alongamento, atuando como um elástico, realizando uma força no sentido oposto. Disponível em: <http://www.gazetadefisica.spf.pt/magazine/article/394/pdf>. Acesso em: 24 fev. 2015. Força elástica (N) Distância vertical (m) 32282420100 400 800 1.200 O gráfico ao lado refere-se ao módulo da força elástica no cabo em relação ao deslocamento de um atleta de massa 80 kg durante a queda de uma ponte de 40 metros de altura, toman- do a posição zero na ponte. Adotando g 10 m/s2= como a aceleração da gravidade e essa queda como um sistema conservativo, o atleta tem velocidade vertical máxima quando passa pela posição a) 10 m b) 20 m c) 24 m d) 28 m e) 32 m C5 H17 7 Empresário cearense desenvolve o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo. A peça-chave do poste híbri- do tem o formato de avião e não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício, transformando-os em energia elétrica, que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo tempo. Ou seja, um poste com um “avião” – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs. A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento. Disponível em: <http://www.funverde.org.br/blog/tag/energia-renovavel-renewable- energy-energia-limpa/page/5/>. Acesso em: 24 fev. 2015. (Adaptado.) O processo de captação da energia solar pela placa de silício se dá através a) do efeito fotoelétrico, que retira elétrons da placa. b) do aquecimento da placa, que produz deslocamento de elétrons. c) da energia potencial gravitacional da placa, que conduz os elétrons até a bateria. d) do calor produzido na placa, que movimenta as pás da hélice. e) da indução eletromagnética na placa, promovendo corrente elétrica. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 54 4/29/15 12:51 PM eneRgIA, SuAS FORmAS e SuA COnSeRVAçãO 55 6) A velocidade máxima ocorre quando a força elástica se iguala à força peso do atleta, que é dada por: P mg 80 kg 10 m/s 800 N2:= = = Nesse momento, a velocidade para de aumentar e começa a diminuir até chegar ao ponto mínimo; a partir desse instante, a energia potencial elástica da mola aumenta em detrimento da diminuição de velocidade. O enunciado estipulou que não deve ser considerada a interferência do ar. A distância percorrida, segundo o gráfico, no momento em que a força elástica se iguala à força peso, é de 28 metros. Alternativa d. 7) O efeito fotoelétrico é o responsável pela transformação direta de energia solar em energia elétrica. A célula fotovoltaica é utilizada para que elétrons sejam retirados sem a necessidade de aquecimento ou indução eletromagnética. Alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 55 4/29/15 12:51 PM APROVA enem • FÍSICA56 C5 H17 8 Observe o infográfico referente ao salto com vara, presente nas Olimpíadas desde a primeira edição em 1896. 1 2 3A atleta corre por uma pista de 45 m, para dar impulsão para o salto, e, no ponto do salto, inclina a vara para travá-la na caixa de metal. No momento do salto, a atleta dá um empurrão final para conseguir ultrapassar o sarrafo. A energia acumulada da atleta e a flexibilidade da vara possibilitam a realização do voo. Segundo o infográfico, quando a atleta está em sua máxima altura sobre a barra, imediatamente antes, ocorreu conversão de a) energia cinética em energia potencial gravitacional. b) energia potencial elástica em energia cinética. c) energia cinética em energia potencial elástica. d) energia potencial elástica em energia potencial gravitacional. e) energia potencial gravitacional em energia cinética. e d it o R ia d e a R t e /F o lh a p R e S S 8) A vara transforma a energia cinética da atleta em energia potencial elástica; porém, no momento do voo, na altura máxima, a energia potencial elástica acumulada na elasticidade da vara provê a altura da atleta, ou seja, sua energia potencial gravitacional. Alternativa d. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 56 4/29/15 12:51 PM eneRgIA, SuAS FORmAS e SuA COnSeRVAçãO 57 C5 H18 9 [...] Quando o assunto é amplificar alguma característica ou capacidade humana, sempre re- corremos a máquinas que modificam quase que por completo a experiência original [...]. Primeiro surgiram as bicicletas, depois as motocicletas e os automóveis, depois vieram o skate, os patins, e muitos outros artefatos frutos da criatividade e inventividade humana, que praticamente inau- guraram novas formas de interação entre corpo e meio ambiente. [...] Agora, um esporte surge com a promessa de proporcionar uma experiência muito próxima da que temos ao correr, saltar ou caminhar e que, segundo seus adeptos, além de muito radical e divertido, faz a pessoa sentir como se tivesse super poderes. Esse esporte é o Skyrunner. Disponível em: <http://blogs.diariodonordeste.com.br/ manobraradical/skyrunner/skyrunner-literalmente- correndo-pelos-ares/>. Acesso em: 24 fev. 2015. O Skyrunner é praticado com um equipamento esportivo inovador, fruto da tecnologia aero- espacial. Sua fabricação consiste em um jogo de alumínio especial leve e resistente com duas molas de fibra de vidro. Cada mola tem constante elástica de 7.500 N/m, garantindo saltos muito maiores que o comum. Em um salto, a partir do repouso, consideran- do g 10 m/s2= e desprezando a resistência do ar, uma atleta de massa 60 kg consegue no máximo atingir a altura h, pois a velocidade com que deixa o solo, após o impulso inicial, é de, no máximo, 3 m/s. Com o equipamento do Skyrunner, após uma compressão das molas de 40 cm, a altura máxima atingida passa a ser H. Os valores de h e H são, respectivamente, a) 45 cm e 2 m b) 45 cm e 1 m c) 90 cm e 2 m d) 90 cm e 1 m e) 45 cm e 4 m 9) A altura máxima atingida em um salto, sem o equipamento, pode ser calculada por meio da conservação de energia mecânica: E E mv mgh h g v 2 2 2 10 m/s 3 m/s 0,45 m 45 cm 2 2 2 c p 2 grav. & & & : = = = = = = ` j Toda energia potencial elástica armazenada pelas molas é transformada, ao atingir a altura máxima, em energia potencial gravitacional: E E kx mgH H mg kx . , 2 2 6 1 7 50 0 0 kg 0 m/s 0 N/m 4 m 2 m p p 2 2 2 2 elást. grav. & & & : : = = = = = ` j Alternativa a. K a R e l t u p y /S h u t t e R S to c K R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 57 4/29/15 12:51 PM APROVA enem • FÍSICA58 C5 H18 10 Dentre as maiores vantagens do automóvel híbrido elétrico, pode-se citar o custo por distância percorrida e a redução das emissões de poluentes na atmosfera. Um veículo a gasolina, na região metropolitana do Rio de Janeiro, gastaria em média 0,25 R$/km, en- quanto para um veículo híbrido funcionando somente com energia elétrica o custo seria em média 0,13 R$/km. As emissões lançadas pelos automóveis híbridos estão diretamente relacionadas com as fontes de energia utilizadas para carregar sua bateria. No caso do Brasil, em que cerca de 90% da energia elétrica consumida é gerada a partir da hidroeletricidade, as emissões se restringem aos momentos em que o motor de combustão interna for acionado. [...] Pelo lado estratégico, a eletrificação do transporte individual traria maior diversi- ficação de fontes energéticas para o setor de transportes, incluindo a utilização de fontes alternativas. Disponível em: <http://www.ppe.ufrj.br/ppe/ production/tesis/baran.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2015. Do ponto de vista científico, a implantação massiva de automóveis híbridos elétricos no Brasil pressupõe que a matriz energética brasileira apresente decréscimo na por- centagem de produção de energia a) eólica. b) termoelétrica. c)hidroelétrica. d) nuclear. e) fotovoltaica. C5 H19 11 O Teste Ergométrico é método hoje universalmente aceito para o diagnóstico das doenças cardiovasculares, sendo também útil na determinação prognóstica, avaliação da resposta terapêutica, da tolerância ao esforço e de sintomas compatíveis com arritmias ao exercício. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/ dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-8TXJYA/disserta__o_ mestrado.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 fev. 2015. O protocolo mais conhecido desse teste é feito pelos pacientes em dois estágios: o primeiro, com velocidade constante de 2,7 km/h e sem inclinação, por 3 minutos, e o segundo, com a mesma velocidade constante, porém com inclinação de 3 graus e duração de 2 minutos. Adotando º ,3 0 05sen = e considerando g 10 m/s2= , a razão entre a energia mecâ- nica desenvolvida pelo paciente para manter a velocidade constante no primeiro estágio e para concluir o segundo estágio, também com velocidade constante, é de a) 160 1 b) 3 169 1 . c) 45 1 d) 3 201 1 . e) 161 1 t u n a R t /G e t t y im a G e S R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 58 4/29/15 12:51 PM eneRgIA, SuAS FORmAS e SuA COnSeRVAçãO 59 10) A implantação massiva de automóveis híbridos elétricos no Brasil pressupõe uma alta participação de fontes renováveis de energia elétrica e, consequentemente, a porcentagem de participação das termoelétricas na matriz energética reduziria ao longo do tempo. Alternativa b. 11) A energia mecânica no primeiro estágio, sem inclinação, é dada por: 2 2 3 6 2 4 3 32 9 E E E E E mv E m m m,2,7 2 2 2 .mec c p mec. c mec. grav. 1 1 & & & : : ' = + = = = = = ` d j n A altura da esteira no segundo estágio pode ser obtida pela relação do seno do ângulo de inclinação: , v t h h v t3 3 0 05 2sen º sen º 0,75 m/s 60 s 4,5 m& : : : : : : D D= = = = No segundo estágio, a energia mecânica pode ser obtida por: , . E E E E mv mgh E m m E m m m 2 2 3 6 32 9 45 32 1 449 2,7 10 4,5 . 2 2 mec c p mec. mec. mec. grav. 2 2 2 & & & & & ' : : : = + = + = + = + = ` j Portanto, a razão entre a energia mecânica no primeiro e no segundo estágio é: .E E m m 1 449 32 9 32 161 1 mec. mec. 2 1 ' ' = = Alternativa e. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 59 4/29/15 12:51 PM APROVA enem • FÍSICA60 C5 H19 12 O mais famoso sistema de recuperação de energia nos automóveis foi desenvolvido para ser usado pela mais popular categoria do automobilismo, a Fórmula 1. Há dois modos mais conhecidos para recuperar essa energia: por meio do sistema de freios (que transformam as rodas em geradores, nas frenagens ou desacelerações) e com a adoção de um volante de inércia, como ocorre nos carrinhos de fricção. Essa energia recuperada é devidamente armazenada em uma bateria para ser usada em sistemas auxiliares, de climatização, som, GPS e outros dispositivos. Disponível em: <http://quatrorodas.abril.com.br/ reportagens/geral/sistemas-recuperacao-energia- 772414.shtml>. Acesso em: 25 fev. 2015. (Adaptado.) Segundo o texto especializado, em ambos os casos, a recuperação de energia se dá pela conversão a) da energia térmica da frenagem ou da fricção em energia cinética. b) da energia cinética da frenagem ou da fricção em energia elétrica. c) da energia potencial elástica da frenagem ou da fricção em energia elétrica. d) da energia elétrica produzida pelo atrito dos freios e fricção do volante em energia cinética. e) da energia térmica da frenagem ou fricção em energia elétrica. C6 H20 13 As ondas transportam energia, sem, no entanto, transportar matéria; apesar disso, um surfista consegue se movimentar junto com as ondas. A explicação não é simples, mas podemos inferir que, quando a onda “rebenta”, a situação é diferente de uma onda não “rebentada”, pois a amplitude da onda aumenta em função do terreno de praia ser mais raso e, nesse caso, ocorre realmente transporte de matéria. O surfista, na área de surf, pode ser transportado pela onda rebentada. Parte da energia da onda é transferida para o surfista, e o espetáculo começa; e então pode- mos assegurar que ele está sempre no plano inclinado formado pela onda após a rebentação. Considerando essas informações, pode-se afirmar que, na área de surf, parte da energia da onda é transferida ao surfista, possi- bilitando o movimento. Esse processo se dá pela a) energia potencial elástica da onda que, ao restaurá-la, transfere energia cinética para o surfista. b) conversão da energia cinética da onda após a rebentação em energia cinética para o surfista. c) oscilação vertical da onda, antes da área de surf, transferindo velocidade ao surfista. d) diminuição da energia da onda na parte mais rasa, o que con- sequentemente leva ao aumento da velocidade do surfista. e) conversão da energia potencial gravitacional do surfista sobre a onda em energia cinética. Área de surf A B C K iR S t in S c h u lt Z /c o V e R e d im a G e S /a S p /G e t t y im a G e S R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 60 4/29/15 12:51 PM EnErgia, suas formas E sua consErvação 61 12) Os sistemas descritos recuperam parte da energia cinética que seria perdida na desaceleração do carro. Essa energia recuperada é devidamente armazenada em uma bateria, transformando- -se, portanto, em energia elétrica. Alternativa b. 13) Após a rebentação, a onda forma um plano inclinado, e o surfista aproveita a queda constante, convertendo energia potencial gravitacional em energia cinética. Alternativa e. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 61 4/29/15 12:51 PM APROVA enem • FÍSICA62 C6 H20 14 A Terra e, especialmente, seus oceanos são afetados pela atração gravitacional do Sol e da Lua, principalmente do sistema Terra-Lua e pelas forças resultantes de sua rotação em torno de um centro comum (baricentro ou centro de massa do sistema Terra-Lua), constituído por um ponto localizado no interior da Terra, cerca de 1.500 km abaixo de sua superfície. A energia potencial gravitacional do sistema é tão grande que em algumas locali- dades a massa oceânica na maré alta chega a subir 3 metros de altura em relação à maré baixa, possibilitando até mesmo a instalação de usinas que aproveitam essa energia. Como funciona a Lua – Efeitos das marés Lado da maré alta Causada pela atração da Lua sobre os oceanos na Terra Lado da maré baixa Causada pela atração gravitacional da Lua sobre as massas continentais da Terra, ela é puxada para o lado oposto ao da Lua Atração gravitacional Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/lua4.htm>. Acesso em: 25 fev. 2015. A implantação de usinas maremotrizes em alguns países tem se mostrado eficaz em alguns aspectos, principalmente porque o ciclo maré alta-maré baixa se repete a) uma vez ao dia. b) duas vezes ao dia. c) uma vez por mês. d) duas vezes por mês. e) duas vezes ao ano. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 62 4/29/15 12:51 PM eneRgIA, SuAS FORmAS e SuA COnSeRVAçãO 63 14) De acordo com o texto e o infográfico, o movimento responsável pelas marés é a rotação da Terra; portanto, um mesmo ponto no oceano terá duas marés altas e duas marés baixas por dia. Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 63 4/29/15 12:51 PM APROVA enem • FÍSICA64 C6 H23 15 A usina hidrelétrica de Balbina no Estado do Amazonas retirou apenas 8% da ma- deira que estava na área da barragem e inundou 2.360 km2 de mata nativa, o equiva- lente às cidades de São Paulo e Campinas juntas, para gerar uma potência instalada de apenas 250 megawatts (MW), energia suficiente para atender apenas 370 mil pessoas. A comparação de Balbina com outras usinas instaladas, ou em fase de construção, na Amazônia dá uma dimensão do escândalo protagonizado pelo governo militar e pela Eletronorte, que planejaram a hidrelétrica na década de 70 e levaram quase uma década para concluí-la, entre 1981 e 1989. O imenso cemitério de árvores criado pela usina, a região conhecida como “paliteiro”, em decorrência da paisagem formada pelos troncossecos das árvores, permanece até hoje para nos lembrar que a geração de energia não pode ignorar os impactos. Disponível em: <http://www.cerpch.unifei.edu.br/noticias/ balbina-um-megaerro-a-procura-de-paliativos.html>. Acesso em: 2 mar. 2015. (Adaptado.) Em relação à emissão de gases do efeito estufa, a usina hidrelétrica de Balbina pode ser considerada a) uma fonte limpa de energia, pois não tem emissões de gases. b) uma fonte com grande impacto social, pois alaga terras agricultáveis e aldeias indígenas. c) uma fonte eficiente de energia, por utilizar recursos naturais renováveis. d) uma fonte poluidora, por produzir gás metano na decomposição da madeira alagada. e) uma fonte com forte impacto ambiental, por modificar a biodiversidade do local. 15) As usinas hidrelétricas apresentam alguns impactos a serem considerados. Um deles está no fato de que a madeira deve ser retirada, podendo até mesmo ser aproveitada por comunidades próximas a ela. Essa madeira e qualquer outro material orgânico em decomposição no fundo do lago produz grandes quantidades de metano (CH4), um dos gases do efeito estufa que possui cerca de 22 vezes o poder reflexivo do dióxido de carbono (CO2), podendo ainda envenenar os peixes. Alternativa d. R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 64 4/29/15 2:55 PM EnErgia, suas formas E sua consErvação 65 R3-MPF1-ENEM-TM03-M.indd 65 4/29/15 2:55 PM © Editora Moderna, 2015 Coordenação editorial: Fabio Martins de Leonardo Elaboração de originais: Alexandre da Silva Sanchez, Denise Minematsu, Regis Guimarães, Renato Casemiro, Rosana Maria Dell’ Agnolo Edição de texto: Denise Minematsu, Alexandre da Silva Sanchez Preparação de texto: Denise de Almeida Gerência de design e produção grá� ca: Sandra Botelho de Carvalho Homma Coordenação de design e produção grá� ca: Everson de Paula Suporte administrativo editorial: Maria de Lourdes Rodrigues (coord.) Coordenação de design e projeto grá� co: Marta Cerqueira Leite Capa: Otávio Santos Coordenação de arte: Maria Lucia F. Couto, Wilson Gazzoni Agostinho Edição de arte: Alexandre Cabral Benites Editoração eletrônica: Alexandre Cabral Benites Ilustrações: Adilson Secco, Ligia Duque, Luiz Rubio Coordenação de revisão: Elaine C. del Nero Revisão: Cibely de Souza Sala, Salete Brentan, Simone Garcia Coordenação de pesquisa iconográ� ca: Luciano Baneza Gabarron Pesquisa iconográ� ca: Carol Böck, Fernanda Siwiec, Mariana Alencar Coordenação de bureau: Américo Jesus Tratamento de imagens: Arleth Rodrigues, Bureau São Paulo, Marina M. Buzzinaro, Resolução Arte e Imagem Pré-impressão: Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira, Fabio N. Precendo, Hélio P. de Souza, Marcio H. Kamoto, Rubens M. Rodrigues, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Viviane Pavani Impressão e acabamento: 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2015 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ramalho Junior, Francisco Os fundamentos da física / Francisco Ramalho Junior, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Antônio de Toledo Soares. -- 11. ed. -- São Paulo : Moderna, 2015. Conteúdo: v. 1. Mecânica -- v. 2. Termologia, óptica e ondulatória -- v. 3. Eletricidade e introdução à física moderna. Bibliogra� a. 1. Física (Ensino médio) 2. Física (Ensino médio) – Problemas, exercícios etc. I. Ferraro, Nicolau Gilberto. II. Soares, Paulo Antônio de Toledo. III. Título. 15-01698 CDD-530.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Física : Estudo e ensino 530.7 ISBN 978-85-16-10027-8 (LA) ISBN 978-85-16-10028-5 (LP) 002-ENEM-MPF2-Credito-M.indd 2 5/30/15 2:36 PM 3 O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avalia as competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes até o final da Educação Básica. Além disso, é usado na seleção de candidatos ao Ensino Superior. Pensando na importância desse exame nacional, oferecemos a você o Aprova Enem com o objetivo de prepará-lo, desde o início do Ensino Médio, às exigências das provas, que, com certeza, representam um desafio para qualquer estudante. Cada volume da coleção Moderna Plus – Os fundamentos da Física é acompanhado de um caderno específico. A organização do Aprova Enem foi planejada para auxiliar seu aprimoramento pessoal; assim, os volumes foram divididos em temas que abrangem os assuntos explorados no exame nacional. Cada tema traz questões do Enem resolvidas e comentadas, para que você compreenda os objetivos das provas, e apresenta questões novas elaboradas de acordo com a Matriz de referência do Enem, para que você adquira prática de argumentação e de cálculo para resolvê-las e consolide seus conhecimentos. Bons estudos! Apresentação 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 3 6/1/15 11:50 AM Organização do Aprova Enem Um pequeno texto resume o tema a ser tratado. Este caderno é dividido em 4 temas, que foram escolhidos pensando nos assuntos que aparecem com frequência nas provas do Enem. APROVA ENEM • FÍSICA ONDULATÓRIA Os fenômenos ondulatórios relacionados ao som e à luz constituem métodos, processos ou procedimentos que contribuem para a solução de problemas de ordem social, econômica ou ambiental presentes no dia a dia, como a ação de filtros solares para a proteção da pele. Ondulatória QUESTÕES COMENTADAS 7170 Entre os principais fenômenos on- dulatórios, a difração, a refração e a polarização de ondas podem ser es- tudadas no capítulo 17 – Ondas –; a interferência entre ondas, no capí- tulo 18 – Interferência de ondas –; e a ressonância aplicada às ondas so- noras, assim como o efeito Doppler, no capítulo 19 – Acústica. O fenômeno da interferência entre ondas pode ser estudado no capí- tulo 18 – Interferência de ondas. C1 H2 (Enem) Ao sintonizarmos uma estação de rádio ou um canal de TV em um aparelho, estamos alterando algumas características elétricas de seu circuito receptor. Das inúmeras ondas eletromagnéticas que chegam simultaneamente ao receptor, somente aquelas que oscilam com deter- minada frequência resultam em máxima absorção de energia. O fenômeno descrito é a a) difração. b) refração. c) polarização. d) interferência. e) ressonância. Resolução A difração de ondas é explicada por meio do princípio de Huygens: quando a frente de onda principal atinge os pontos de abertura, as fontes das frentes de ondas secundárias, que se formam a partir desses pontos, mudam de direção de propagação em relação à onda principal, contornando o obstáculo. A refração de ondas ocorre sempre que a onda atravessa uma super- fície que separa dois meios, havendo mudança na sua velocidade de propagação. A interferência é o fenômeno resultante da superposição de duas ou mais ondas. A polarização de ondas consiste em fazê-las passar por um aparelho chamado polarizador. Dessa forma, a onda passa a apresentar oscilações em um mesmo plano. É importante destacar que somente as ondas transversais podem ser polarizadas. A ressonância, no contexto do enunciado, ocorre quando as ondas eletromagnéticas que chegam ao receptor têm a mesma frequência do circuito receptor, havendo, então, a máxima absorção de energia. Dessa forma, a alternativa e apresenta o fenômeno descrito. C2 H6 Todo passageiro de voos comerciais em território brasileiro é advertido formalmente, por meio de informes em luminosos e manuais de segu- rança, de que o celular seja desligado durante a viagem. Entretanto, a discussão sobre o tema já dura 20 anos e ainda não há previsão para um consenso: O celular realmente interfere na comunicação do avião com a torre de comando? Temos ainda poucos dados científicos e a regra estadunidense que proíbe o uso de celulares nem sequer é uma lei nacional. O FederalCommuni- cations Commission (FCC), agência estadunidense que regula o setor de comunicações (semelhante à Anatel – Agência Nacional de Telecomuni- cações), chegou a realizar uma investigação em 2004, mas a pesquisa foi abandonada três anos depois, alegando ainda não ter informações suficientes para uma análise conclusiva sobre o assunto. O fato científico é que os celulares emitem ondas eletromagnéticas em uma banda de frequência da ordem de gigahertz (GHz) e o avião se co- munica com a torre de comando na frequência da ordem de megahertz (MHz); no entanto, não existem testes de controle para verificar e uni- ficar as frequências emitidas pelos celulares, o que proporcionaria uma possibilidade, ainda que remota, de interferência. Nos pousos e decola- gens, períodos considerados críticos e que exigem atenção redobrada da tripulação e dos controladores de voo, a recomendação de todas as companhias aéreas é que se desligue o celular. Nesses momentos, ocorre comunicação entre piloto e torre de comando, com orientações impres- cindíveis para que a aeronave possa decolar ou pousar com segurança. Interferências na comunicação durante os períodos de pouso e decolagem podem ocasionar erros em procedimentos e manobras que, por sua vez, podem levar a acidentes. Para que ocorra a interferência entre as ondas eletromagnéticas emitidas pelos celulares e pelas torres de comando, é necessário que o aparelho celular tenha grande potência e que ambas as fontes emitam ondas a) de alta frequência. b) de baixa frequência. c) coerentes entre si. d) incoerentes entre si. e) de mesma velocidade. Resolução Para que ocorra a interferência de ondas eletromagnéticas é necessário que as ondas sejam coerentes. Ondas coerentes são aquelas com mesma frequência e diferença de fase definida, ou seja, a frequência emitida por uma onda não se altera ao longo da propagação, causando inter- ferência construtiva ou destrutiva dependendo da trajetória percorrida pelas ondas. Dessa forma, a alternativa correta é a c. A ressonância, assim como os demais fenômenos ondulatórios, ocorre para qualquer tipo de onda (mecânica, sonora, eletro- magnética, entre outras). A interferência ocorre para qual- quer tipo de onda (mecânica, sonora, eletromagnética, entre outras). Questões comentadas Para cada tema, há algumas questões, inclusive do Enem, resolvidas e comentadas. Um quadro destaca os principais assuntos tratados na questão e em quais capítulos esses assuntos são abordados no livro. O Aprova Enem traz questões comentadas do Enem e questões para praticar, elaboradas de acordo com as especificações desse exame. 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 4 6/1/15 4:11 PM Óptica geométrica 55 questões propostas C1 H2 1 O cabo de fibra óptica utiliza um filamento de vidro transparente e com alto grau de pureza como meio físico. Seu diâmetro é tão fino quanto um fio de cabelo humano, sendo usado para transmitir raios de luz ao longo de grandes distâncias, permitindo carregar mi- lhares de informações digitais sem perdas significativas. Ao redor do filamento é aplicada uma cobertura de interface com menor índice de refra- ção, fazendo com que os raios sejam refletidos internamente, minimizando, assim, as perdas de transmissão. Os sistemas de comunicações baseados em fibra óptica utilizam lasers ou dispositivos emissores de luz (LEDS). Além disso, as fibras ópticas são imunes a interferências eletromagnéticas e a ruídos por não irradiarem luz para fora do cabo. Disponível em: <http://www.cianet.ind.br/pt/produtos/tecnologias/tecnologia-fibra-optica>. Acesso em: 23 abr. 2015. (Adaptado.) θ Interface Vidro Considerando o índice de refração do vidro como n 1 = 1,5 e o índice de refração da interface n 32 = , para que o objetivo da fibra óptica seja cumprido, é necessário que a) a interface seja reflexiva. b) o ângulo J seja menor que 60°. c) o ângulo J seja igual a 60°. d) o ângulo J seja maior que 60°. e) o ângulo J tenha seno maior que 3 2 3 . APROVA ENEM • FÍSICA ONDULATÓRIA Os fenômenos ondulatórios relacionados ao som e à luz constituem métodos, processos ou procedimentos que contribuem para a solução de problemas de ordem social, econômica ou ambiental presentes no dia a dia, como a ação de filtros solares para a proteção da pele. Ondulatória QUESTÕES COMENTADAS 7170 Entre os principais fenômenos on- dulatórios, a difração, a refração e a polarização de ondas podem ser es- tudadas no capítulo 17 – Ondas –; a interferência entre ondas, no capí- tulo 18 – Interferência de ondas –; e a ressonância aplicada às ondas so- noras, assim como o efeito Doppler, no capítulo 19 – Acústica. O fenômeno da interferência entre ondas pode ser estudado no capí- tulo 18 – Interferência de ondas. C1 H2 (Enem) Ao sintonizarmos uma estação de rádio ou um canal de TV em um aparelho, estamos alterando algumas características elétricas de seu circuito receptor. Das inúmeras ondas eletromagnéticas que chegam simultaneamente ao receptor, somente aquelas que oscilam com deter- minada frequência resultam em máxima absorção de energia. O fenômeno descrito é a a) difração. b) refração. c) polarização. d) interferência. e) ressonância. Resolução A difração de ondas é explicada por meio do princípio de Huygens: quando a frente de onda principal atinge os pontos de abertura, as fontes das frentes de ondas secundárias, que se formam a partir desses pontos, mudam de direção de propagação em relação à onda principal, contornando o obstáculo. A refração de ondas ocorre sempre que a onda atravessa uma super- fície que separa dois meios, havendo mudança na sua velocidade de propagação. A interferência é o fenômeno resultante da superposição de duas ou mais ondas. A polarização de ondas consiste em fazê-las passar por um aparelho chamado polarizador. Dessa forma, a onda passa a apresentar oscilações em um mesmo plano. É importante destacar que somente as ondas transversais podem ser polarizadas. A ressonância, no contexto do enunciado, ocorre quando as ondas eletromagnéticas que chegam ao receptor têm a mesma frequência do circuito receptor, havendo, então, a máxima absorção de energia. Dessa forma, a alternativa e apresenta o fenômeno descrito. C2 H6 Todo passageiro de voos comerciais em território brasileiro é advertido formalmente, por meio de informes em luminosos e manuais de segu- rança, de que o celular seja desligado durante a viagem. Entretanto, a discussão sobre o tema já dura 20 anos e ainda não há previsão para um consenso: O celular realmente interfere na comunicação do avião com a torre de comando? Temos ainda poucos dados científicos e a regra estadunidense que proíbe o uso de celulares nem sequer é uma lei nacional. O Federal Communi- cations Commission (FCC), agência estadunidense que regula o setor de comunicações (semelhante à Anatel – Agência Nacional de Telecomuni- cações), chegou a realizar uma investigação em 2004, mas a pesquisa foi abandonada três anos depois, alegando ainda não ter informações suficientes para uma análise conclusiva sobre o assunto. O fato científico é que os celulares emitem ondas eletromagnéticas em uma banda de frequência da ordem de gigahertz (GHz) e o avião se co- munica com a torre de comando na frequência da ordem de megahertz (MHz); no entanto, não existem testes de controle para verificar e uni- ficar as frequências emitidas pelos celulares, o que proporcionaria uma possibilidade, ainda que remota, de interferência. Nos pousos e decola- gens, períodos considerados críticos e que exigem atenção redobrada da tripulação e dos controladores de voo, a recomendação de todas as companhias aéreas é que se desligue o celular. Nesses momentos, ocorre comunicação entre piloto e torre de comando, com orientações impres- cindíveis para que a aeronave possa decolar ou pousar com segurança. Interferências na comunicação durante os períodos de pouso e decolagem podem ocasionar erros em procedimentos e manobrasque, por sua vez, podem levar a acidentes. Para que ocorra a interferência entre as ondas eletromagnéticas emitidas pelos celulares e pelas torres de comando, é necessário que o aparelho celular tenha grande potência e que ambas as fontes emitam ondas a) de alta frequência. b) de baixa frequência. c) coerentes entre si. d) incoerentes entre si. e) de mesma velocidade. Resolução Para que ocorra a interferência de ondas eletromagnéticas é necessário que as ondas sejam coerentes. Ondas coerentes são aquelas com mesma frequência e diferença de fase definida, ou seja, a frequência emitida por uma onda não se altera ao longo da propagação, causando inter- ferência construtiva ou destrutiva dependendo da trajetória percorrida pelas ondas. Dessa forma, a alternativa correta é a c. A ressonância, assim como os demais fenômenos ondulatórios, ocorre para qualquer tipo de onda (mecânica, sonora, eletro- magnética, entre outras). A interferência ocorre para qual- quer tipo de onda (mecânica, sonora, eletromagnética, entre outras). Questões propostas Questões inéditas para praticar. Em algumas questões, lembretes de conceitos ajudam a compreender a resolução. Há ainda dicas e curiosidades que chamam a atenção para algo relacionado ao assunto. Todas as questões, comentadas ou propostas, são precedidas de uma sigla que indica a competência e a habilidade principais envolvidas em sua resolução. Essas competências e habilidades estão relacionadas à Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, que você encontra antes do primeiro tema deste caderno. 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 5 6/1/15 4:11 PM Sumário Sobre o Enem ............................................................................................................................ 7 Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias ......... 10 Termologia ..................................................................................................................................... 12 Termodinâmica ............................................................................................................................ 32 Óptica geométrica .................................................................................................................... 52 Ondulatória ................................................................................................................................... 70 Respostas .................................................................................................................................... 96 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 6 6/1/15 11:50 AM 7SOBRE O ENEM Sobre o ENEM O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar a formação dos estudantes ao final da Educação Básica, para, com base em seus resultados, possibilitar o estabelecimento de metas de melhoria do ensino no país. A partir de 2009, o Enem se tornou parte do processo de ingresso em cursos profissionalizantes e do Ensino Su- perior. Posteriormente, o desempenho do aluno nesse exame passou a ser considerado para a aprovação de candidatos às universidades federais, seleção aos programas de financiamento do ensino privado e distribuição de bolsas. Desde a primeira edição, as provas adotam um modelo diferente do usado pelas avaliações tradicionais: enquanto muitos exames se caracterizam por apenas verificar conteúdos aprendidos na Educação Básica, exigindo que fatos, datas e fórmulas sejam decorados e estruturas prontas sejam reproduzidas, o Enem apresenta um modelo desafiador que se baseia em situações-problema. Para resolvê-las, não basta conhecer conceitos; é necessário aplicá-los, ou seja, saber fazer. No exame, ao se deparar com essas situações-problema, o aluno é convidado a trabalhar com habilidades variadas associadas a competências desenvolvidas ao longo de sua formação. As ha- bilidades são ações específicas relacionadas ao saber-fazer. Compreender fenômenos, relacionar fatos, analisar situações, sintetizar informações, resolver situações-problema são exemplos dessas habilidades. Aprimorando suas habilidades, o aluno consegue desenvolver competências. A com- petência pode ser entendida como a capacidade de mobilização de diversos recursos cognitivos (conhecimentos, valores, habilidades, atitudes etc.) para resolver situações complexas. As questões do Enem são elaboradas a partir de cinco eixos cognitivos que seriam as competências do sujeito associadas ao desenvolvimento das competências específicas de cada área do conhecimento. Os eixos cognitivos cobrados pelo exame são: I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa. II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico- -geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema. IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas de diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumen- tação consistente. V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Com base nesses eixos, que representam o que se espera de um aluno ao final da Educação Básica, são formuladas as questões que buscam aferir o desenvolvimento das competências e habilidades. As competências avaliadas no Enem são agrupadas de acordo com quatro gran- des áreas de conhecimento. A área de Ciências Humanas e suas Tecnologias compreende as disciplinas História, Geografia, Filosofia e Sociologia. A área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias compreende as disciplinas Química, Física e Biologia e a de Matemática e suas Tecnologias compreende Matemática. Por fim, a de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação compreende Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação. 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 7 6/1/15 11:50 AM APROVA ENEM • FÍSICA 8 Sobre o ENEM Competências de Ciências da Natureza De acordo com o Relatório pedagógico Enem 2009-2010, elaborado pelo Instituto Nacio- nal de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), as competências indicadas na “Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias” referem-se a conteúdos e temáticas comumente abordados na Educação Básica. Entre esses temas, destacam-se: meio ambiente, tecnologia, métodos e procedimentos próprios das Ciências Naturais. Dessa forma, os estudantes são convidados a resolver problemas por meio da aplicação dos conhecimentos abordados pelos componentes curriculares vinculados às Ciências da Natureza. A Competência de área 1 é composta por quatro habilidades e se refere à construção do conhecimento científico. Entre as principais situações abordadas nos itens, apresentam-se fatos e contextos que apontam para as visões de mundo, a natureza da ciência e as relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Assim, baseando-se em textos variados, os estudantes são convidados a reconhecer as transformações da ciência e as relações dessas transforma- ções com a sociedade. A Competência de área 2 é formada por três habilidades e refere-se a contextos que pri- vilegiam o reconhecimento de avanços científicos, bem como sua identificação e aplicação em fatos cotidianos. O domínio das habilidades dessa competência permite que o participante resolva situações-problema, aplicandoconhecimentos tradicionalmente desenvolvidos em Química, Física e/ou Biologia. A Competência de área 3, composta por cinco habilidades, privilegia a compreensão da natureza como um sistema complexo e dinâmico. O estudante é incentivado a identificar, reconhecer, compreender e analisar os desequilíbrios gerados pelas interferências humanas nos sistemas naturais. Na Competência de área 4, composta por quatro habilidades, o foco é a compreensão do funcionamento dos seres vivos e as relações com o meio ambiente. No caso específico dos seres humanos, os fatores ambientais, sociais, históricos ou científicos, além dos individuais, como a idade, os hábitos e a herança biológica, devem ser compreendidos como elementos relacionados à saúde, à doença e à qualidade de vida. A Competência de área 5 é formada por três habilidades. Seu foco está na compreensão da ciência como construção social e no reconhecimento da atividade científica como produtora de procedimentos, métodos e técnicas próprias. As situações exploradas podem utilizar fontes variadas, como gráficos, tabelas, textos e imagens. A Competência de área 6, composta por quatro habilidades, concentra-se na compreensão de fenômenos físicos observáveis no cotidiano. Espera-se que o participante possa, com base na utilização de conceitos da Física, resolver situações-problema que envolvem questões relativas à energia, à transmissão de informação, ao transporte, entre outras. A Competência de área 7, formada por quatro habilidades, privilegia a utilização de con- ceitos da Química. Assim, espera-se que o participante aplique conhecimentos químicos em situações cotidianas para caracterização e uso de materiais e substâncias, avaliando seus riscos e benefícios para o meio ambiente e a economia. A Competência de área 8, formada por três habilidades, focaliza os conhecimentos construídos pela Biologia. Os estudantes devem ser capazes de identificar adaptações que permitem a determinados organismos viver em certos ambientes, interpretar experimentos que utilizam seres vivos e avaliar propostas voltadas à saúde humana e à do meio ambiente. Objetos de conhecimento da Física • Conhecimentos básicos e fundamentais: Noções de ordem de grandeza. Notação Cien- tífica. Sistema Internacional de Unidades. Metodologia de investigação: a procura de regularidades e de sinais na interpretação física do mundo. Observações e mensurações: 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 8 6/1/15 11:50 AM 9SOBRE O ENEM representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis. Ferramentas básicas: gráficos e vetores. Conceituação de grandezas vetoriais e escalares. Operações básicas com vetores. • O movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas: Grandezas fundamentais da mecânica: tempo, espaço, velocidade e aceleração. Relação histórica entre força e movimento. Descrições do movimento e sua interpretação: quantificação do movimento e sua descrição matemática e gráfica. Casos especiais de movimentos e suas regulari- dades observáveis. Conceito de inércia. Noção de sistemas de referência inerciais e não inerciais. Noção dinâmica de massa e quantidade de movimento (momento linear). Força e variação da quantidade de movimento. Leis de Newton. Centro de massa e a ideia de ponto material. Conceito de forças externas e internas. Lei da conservação da quantidade de movimento (momento linear) e teorema do impulso. Momento de uma força (torque). Condições de equilíbrio estático de ponto material e de corpos rígidos. Força de atrito, força peso, força normal de contato e tração. Diagramas de forças. Identificação das forças que atuam nos movimentos circulares. Noção de força centrípeta e sua quantifi- cação. A hidrostática: aspectos históricos e variáveis relevantes. Empuxo. Princípios de Pascal, Arquimedes e Stevin: condições de flutuação, relação entre diferença de nível e pressão hidrostática. • Energia, trabalho e potência: Conceituação de trabalho, energia e potência. Conceito de energia potencial e de energia cinética. Conservação de energia mecânica e dissipação de energia. Trabalho da força gravitacional e energia potencial gravitacional. Forças conservativas e dissipativas. • A Mecânica e o funcionamento do Universo: Força peso. Aceleração gravitacional. Lei da Gravitação Universal. Leis de Kepler. Movimentos de corpos celestes. Influência na Terra: marés e variações climáticas. Concepções históricas sobre a origem do universo e sua evolução. • Fenômenos elétricos e magnéticos: Carga elétrica e corrente elétrica. Lei de Coulomb. Campo elétrico e potencial elétrico. Linhas de campo. Superfícies equipotenciais. Po- der das pontas. Blindagem. Capacitores. Efeito Joule. Lei de Ohm. Resistência elétrica e resistividade. Relações entre grandezas elétricas: tensão, corrente, potência e energia. Circuitos elétricos simples. Correntes contínua e alternada. Medidores elétricos. Repre- sentação gráfica de circuitos. Símbolos convencionais. Potência e consumo de energia em dispositivos elétricos. Campo magnético. Ímãs permanentes. Linhas de campo mag- nético. Campo magnético terrestre. • Oscilações, ondas, óptica e radiação: Feixes e frentes de ondas. Reflexão e refração. Óp- tica geométrica: lentes e espelhos. Formação de imagens. Instrumentos ópticos simples. Fenômenos ondulatórios. Pulsos e ondas. Período, frequência, ciclo. Propagação: relação entre velocidade, frequência e comprimento de onda. Ondas em diferentes meios de propagação. • O calor e os fenômenos térmicos: Conceitos de calor e de temperatura. Escalas ter- mométricas. Transferência de calor e equilíbrio térmico. Capacidade calorífica e calor específico. Condução do calor. Dilatação térmica. Mudanças de estado físico e calor latente de transformação. Comportamento de gases ideais. Máquinas térmicas. Ciclo de Carnot. Leis da Termodinâmica. Aplicações e fenômenos térmicos de uso cotidiano. Compreensão de fenômenos climáticos relacionados ao ciclo da água. BRASIL. Relatório pedagógico Enem 2009-2010. Brasília: MEC, 2014. 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 9 6/1/15 11:50 AM APROVA ENEM • FÍSICA 10 Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade. H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscila- tórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos. H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso co- mum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas. H4 Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade. Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos. H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano. H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum. H7 Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de mate- riais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida. Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos. H8 Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou recicla- gem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos. H9 Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos. H10 Analisar perturbaçõesambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais. H11 Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, consideran- do estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos. H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou eco- nômicas, considerando interesses contraditórios. Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais. H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a mani- festação de características dos seres vivos. H14 Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manuten- ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros. H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológi- cos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos. H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos. Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias C2 Competência de área 2 C3 Competência de área 3 C4 Competência de área 4 C1 Competência de área 1 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 10 6/1/15 11:50 AM 11MATRIZ DE REFERÊNCIA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS C6 Competência de área 6 C7 Competência de área 7 C8 Competência de área 8 C5 Competência de área 5 Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos. H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e repre- sentação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou pro- cedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam. H19 Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental. Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo. H22 Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais. H23 Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas. Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas. H25 Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implica- ções biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção. H26 Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos. H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos quími- cos, observando riscos ou benefícios. Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H28 Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros. H29 Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos industriais. H30 Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente. BRASIL. Matriz de referência Enem. Brasília: MEC; Inep, 2011. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/ downloads/2012/matriz_referencia_enem.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2015. 003-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M.indd 11 6/1/15 11:50 AM APROVA ENEM • FÍSICA Termologia QUESTÕES COMENTADAS 12 Muitas vezes os veículos de informação apresentam dados sem o rigor utilizado nos textos científicos; isso acontece com os conceitos abordados em Termologia, como termometria, dilatação térmica, calorimetria, mudança de fases e propagação de calor; por esse motivo, é importante confrontar as informações fornecidas pelos veículos de informação com os textos científicos, sempre que possível. C1 H3 Congele um alvo na hora com esta arma de nitrogênio líquido Desenvolvida para ser usada responsavelmente por profissionais como médicos, pesquisadores e até chefs de cozinha, a Brymill Cry-Ac é capaz de disparar uma rajada de nitrogênio líquido que instantane- amente congela o alvo a 320 graus abaixo de zero. É a maneira perfeita de garantir que uma casquinha de sorvete não derreta ou que a bateria de um laptop não sobreaqueça. Mas vamos ser sinceros, qualquer um fora das profissões anteriormente mencio- nadas usaria apenas para congelar e despedaçar qualquer coisa que apareça pela frente. LISZEWSKI, Andrew. Portal UOL. Maio de 2013. Disponível em: <http://gizmodo.uol.com.br/congele-um-alvo-na-hora-com- esta-arma-de-nitrogenio-liquido/>. Acesso em: 31 mar. 2015. (Adaptado.) Em relação ao comentário de Andrew Liszewski sobre a temperatura do nitrogênio líquido, fica evidente que a) houve erro ao mencionar a temperatura, pois esse valor não pode ser atingido em nenhuma das escalas termométricas convencionais (Celsius, Fahrenheit e Kelvin). b) a notícia veio de um site norte-americano e a temperatura está ex- pressa em grau Fahrenheit. c) a temperatura está corretamente expressa em Kelvin por se tratar de um texto de cunho científico. d) trata-se de um texto de cunho científico e, portanto, apresenta a temperatura em grau Fahrenheit. e) o autor converteu a temperatura para a escala Celsius para facilitar a compreensão dos leitores brasileiros. Resolução O valor numérico da temperatura citado no texto não contém a unidade de medida, mas sabemos que a escala Kelvin é absoluta, ou seja, em sua definição não são admitidos valores numéricos negativos. As escalas termométricas (Celsius, Fahrenheit e Kelvin) e suas con- versões podem ser estudadas no capítulo 2 – Termometria. B R Y M IL L C R Y O G E N IC S Y S T E M S 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 12 5/30/15 11:16 AM TERMOLOGIA 13 Se o valor numérico estiver expresso em grau Celsius, a correspondente temperatura na escala Kelvin será de: KJT 273 320 273 47C= + =- + =- Mas, novamente, como a escala Kelvin é absoluta, o valor numérico citado no texto não poderia corresponder a -320 wC. E se o valor numérico citado no texto estiver expresso na escala Fahrenheit, a correspondente temperatura na escala Kelvin será de: , K J J JT T T 5 9 32 5 273 9 32 5 273 9 320 32 77 4 C F F & & & & = - - = - - = - - = O que é possível, pois T > 0. Portanto, a temperatura na escala Fahrenheit (-320 wF) é aceitável. Essa escala é comumente utilizada na América do Norte. Como o texto não tem cunho científico, a alternativa correta é a b. C2 H6 Um pesquisador, ao analisar a influência da temperatura no bioma Cerrado partiu para o trabalho de campo e levouconsigo um termômetro como o mostrado na ilustração abaixo. Bulbo Mercúrio Vidro Ao chegar ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (de altitude aproximada de 1.600 m), distante o bastante de qualquer cidade, per- cebeu que seu termômetro não possuía marcações numéricas. Resolveu, então, calibrar o seu termômetro utilizando a mesma técnica de Anders Celsius (1701-1744), ou seja, colocá-lo em equilíbrio térmico com o gelo fundente e, em seguida, com a água fervendo. O inconveniente é que nessa altitude, devido à menor pressão atmosférica, os pontos de fusão do gelo e de ebulição da água são respectivamente 2 wC e 97 wC. Isso significa que ao medir a temperatura de um riacho du- rante a noite, que está efetivamente a 10 wC, obterá em seu termômetro uma indicação a) 1,5 wC acima da temperatura efetiva. b) 11,5 wC abaixo da temperatura efetiva. c) idêntica à temperatura efetiva. d) 1,6 wC abaixo da temperatura efetiva. e) 2,0 wC acima da temperatura efetiva. As conversões entre escalas ter- mométricas (Celsius, Fahrenheit e Kelvin) podem ser estudadas no capítulo 2 – Termometria. O valor de temperatura mais baixo expresso na escala Celsius é de -273 wC. Portanto, o valor obtido para a correspondente temperatura em Kelvin (-47 K), de -320 wC, não seria possível. A temperatura em grau Celsius correspondente a -320 wF é de: ( ) , J J J 5 9 32 9 5 320 32 195 5 Cw C F C & & = - = - - =- O que permite concluir que se trata de um valor de tempera- tura possível, por ser superior a -273 °C. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 13 5/30/15 11:16 AM APROVA enem • FÍSICA14 Resolução Fazendo a comparação entre a escala Celsius TC e a escala obtida TO pelo pesquisador, temos: 100 °C TC 0 °C 97 °C TO 2 °C Escala Celsius Escala obtida Dessa forma, podemos representar a relação entre elas por: $ T T T T T T100 0 0 2 100 2 100 95 97 2 95 2 C O O C C O & &- - = - = - =- +d n Assim, o pesquisador pode obter a temperatura TO (escala em que calibrou seu termômetro) para a temperatura efetiva do riacho TC = 10 wC como: , C$ $ wT T T100 95 2 100 95 2 11 510O C O&= + = + =d dn n Ou seja, a temperatura obtida com o seu termômetro (TO = 11,5 wC) está 1,5 wC acima da temperatura efetiva (TC = 10 wC). Esse resultado corresponde à alternativa a. C5 H18 (Enem) Aquecedores solares usados em residências têm o objetivo de elevar a temperatura da água até 70 wC. No entanto, a temperatura ideal da água para um banho é de 30 wC. Por isso, deve-se misturar a água aquecida com a água à temperatura ambiente de um outro reservatório, que se encontra a 25 wC. Qual a razão entre a massa de água quente e a massa de água fria na mistura para um banho à temperatura ideal? a) 0,111 b) 0,125 c) 0,357 d) 0,428 e) 0,833 Resolução A temperatura ideal de 30 wC pode ser atingida pela mistura entre certa massa de água quente mQ, a temperatura de 70 wC, e certa massa de água fria mF, a temperatura de 25 wC. Esse procedimento funcionará em um sistema em que não haja troca de calor com o ambiente externo (sistema termicamente isolado). Nesse caso, para que o equilíbrio tér- mico seja atingido, a soma algébrica das quantidades de calor trocadas nesse sistema deve ser igual a zero: Q Q Q Q0Q F Q F&+ = = - Pela equação fundamental da calorimetria, temos: $ $ $ $SJ SJ SJ SJ Q Q m c m c m m F Q Q F F F Q Q F Q água água& &=- = = -- Portanto, a razão entre as massas de água quente (mQ) e fria (mF) na mistura para um banho à temperatura ideal é de: C 30 C C 30 C ,SJ SJ w w w w m m 70 25 40 5 0 125 F Q Q F= - = - = = - - ` ` j j O que corresponde à alternativa b. O conceito de sistema termicamen- te isolado pode ser estudado no capítulo 4 – Calor: energia térmica em trânsito. A diferença de 1,5 wC ocorre ape- nas para a temperatura efetiva de 10 wC; para outros valores de temperaturas, deve-se utili- zar a relação para encontrar a diferença. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 14 5/30/15 11:17 AM TeRmOlOgIA 15 C1 H2 1 Sob o vagão carregado de carvão de pedra, Harold observa o movimento dos barbadianos e não consegue ver nenhum guarda nas proximi- dades. Ele sabe que dali só poderá sair alguma besteira. A locomotiva, estacionada logo depois da ponte sobre o Abunã, lança grossos rolos de fumaça escura. Sobre a estrada que se estende para além da ponte, a atividade é febril e os hin- dus finalizam a fixação dos trilhos nos dormentes com marteladas secas e ritmadas. Mais adiante os barbadianos vão assentando os trilhos espaçados um a um. Finnegan vem caminhando com a sua equipe de enfermeiros, a camisa está suada e ele a mantém aberta mostrando o peito queimado de sol. Ele caminha lentamente, como se estivesse passeando, observando sem interesse o que se passa à sua volta. Consulta o relógio para ver se já podia ministrar a dose de quinino. SOUZA, Márcio. Mad Maria. Manaus: Círculo do Livro (Edição integral), 1980. O romance Mad Maria, do manauara Márcio Souza, relata o embate entre o desenvol- vimento tecnológico da época e a floresta amazônica na construção de um projeto audacioso no início do século XX, a ferrovia Madeira-Mamoré em plena selva, ligando o Brasil à Bolívia. O romance relata que os trilhos são dispostos e fixados um a um; além disso, deixa-se um pequeno espaço entre eles durante a fixação. Essa medida tem como fundamento a) a economia do material do trilho, já que com espaços vazios se gastará menos aço, material caro na época. b) a diminuição do atrito entre duas super- fícies metálicas, a roda do trem e o trilho; com o espaço, dissipa-se menor calor. c) a facilidade de construir curvas, já que com um trilho inteiriço seriam necessárias peças especialmente produzidas para esse fim. d) a limitação do barulho provocado pelo trem, visto que com trilhos separados, a propagação do som é reduzida. e) a dilatação térmica sofrida pelos trilhos em dias mais quentes, possibilitando um peque- no movimento longitudinal de cada trilho. questões propostas 1) Os espaços entre os trilhos atendem a uma demanda prática. Se os trilhos são inteiriços, aumentando-se demasiadamente a temperatura, pode haver contorções devido à dilatação térmica. Alternativa e. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 15 5/23/15 11:53 AM APROVA enem • FÍSICA16 C1 H3 2 Semana ainda começa quente e seca em Brasília 28 de setembro de 2014 às 15:06 por Marcelo Pinheiro Os últimos dias estão sendo marcados por sol, muito calor e umidade baixa em Brasília. Duran- te a tarde de domingo, a temperatura chegou a 33 graus na região do aeroporto JK e a umidade relativa do ar caiu para 19%. Fora o calor da tarde, a capital federal também vem passando por ma- drugadas abafadas. O Inmet registrou temperatura mínima de 21,2 °C na madrugada de sábado (27), a mais abafada do ano, até agora. A maior mínima anterior era de 20,9 °C no dia 18 de setembro. O ar ainda fica seco e quente nesta segunda-feira e a previsão é de mais um dia ensolarado na capital. Faz calor e a umidade volta a cair bastante à tarde, aumentando o risco de queimadas na região. [...] Disponível em: <http://www.climatempo.com.br/noticias/ 260366/semana-ainda-comeca-quente-e-seca-em-brasilia>. Acesso em: 20 mar. 2015. Apesar de o grande público apontar o clima quente e seco de Brasília nos meses de agosto e setembro como inóspito e agressivo, quer pelas constantes reclamações de insolação, quer pelos distúrbios causados no aparelho respiratório pela baixa umidade do ar, existe um parâmetro físico e biológico que, se ana- lisado corretamente, dará vantagem ao clima quente e seco em relação ao clima quente e úmido, como o que ocorre, por exemplo, em Belém do Pará em algumas épocas do ano. Esse parâmetro pode ser explorado em a) A alta temperatura e baixa umidade relati- va do ar diminui a infecção por parasitas, que se aproveitam do clima úmido para se proliferarem. b) O clima quente e seco favorece a evapora- ção do suor,mecanismo através do qual o calor é retirado do corpo através da pele, diminuindo a sensação térmica. c) Com altas temperaturas, o corpo gasta mais energia para se manter na temperatura basal e perde líquidos, favorecendo a perda de peso. d) A estiagem prolongada e a baixa umidade do ar fazem eclodir diversas sementes das plantas típicas do cerrado que só se repro- duzem nessas condições. e) A baixa umidade relativa do ar faz com que os resíduos em forma de partículas e poeira sobre a cidade se aqueçam e subam, melhorando a qualidade do ar. 2) Quando o clima é quente e úmido, a sensação térmica geralmente é mais alta, porque o suor não evapora, já que a quantidade relativa de vapor na atmosfera já está saturada. No clima seco, o suor passa para o estado gasoso e, para isso, retira calor do corpo em uma mudança de fase endotérmica. Alternativa b. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 16 5/23/15 11:53 AM Termologia 17 C1 H3 3 – Eu fui à sua escola ontem e a professora me disse que você está matando aula. Quando o seu pai chegar ele vai conversar contigo. – Ah mãe! Aquelas professoras não ensinam nada direito... – Não ensinam, ou é você que não quer aprender?... Se arruma e vai pro colégio. – Eu não vou hoje não. – Não vai por quê? – Porque não. – Também não vai dormir, eu vou trancar o seu quarto. – Então eu vou pra rua. – Vai fazer chantagem emocional agora é? – Ôxi, se eu não posso dormir aqui, eu vou dormir na rua! – E por que você não dormiu de noite, que é a hora certa de dormir? Sua cama tava aí, quen- tinha, te esperando... – Eu já falei mãe, eu tava na festa com as meninas... – Tá bom, eu vou deixar você dormir – disse a mãe ressentida porque o pai havia protegido o filho no dia anterior, – mas quando o seu pai chegar eu vou contar tudo pra ele. PAZ, Flávio Mendes. O assalto – O envolvimento de adolescentes com arma de fogo. Contos e Crônicas. São Paulo: Fundação Biblioteca Nacional, 2012. O trecho ao lado pertence a um livro infanto- -juvenil do autor Flávio Mendes Paz. Trata-se de uma ficção com alguns dados da realidade sobre o envolvimento de adolescentes com a criminalidade. A mãe do personagem, demonstrando pre- ocupação com o filho, acaba por cometer um deslize bastante presente e comum no imaginário popular: a cama arrumada com os cobertores não estará “esperando quentinha” quando o filho adolescente voltar. A explica- ção para isso está no fato de que a) o cobertor é excelente condutor de calor; portanto, enquanto a cama está vazia, o calor flui através dele. b) a cama está perdendo calor rapidamente para o ambiente; o cobertor entrará em equilíbrio térmico com a cama e ficará frio. c) o cobertor é um isolante térmico; portanto, ele evitará que o corpo perca calor para o ambiente apenas depois de um pequeno intervalo de tempo. d) o cobertor é isolante térmico e inicialmente vai utilizar o calor do corpo para se aquecer. Depois de um pequeno intervalo de tempo, ele entra em equilíbrio com o corpo. e) o cobertor, devido ao tecido do qual é feito, estará sempre com a temperatura acima da do corpo; porém, é necessário um pequeno intervalo de tempo para que o corpo seja aquecido. 3) O cobertor, por ser confeccionado com material isolante térmico, possuir grande espessura e geralmente acumular ar no seu interior, tem como finalidade isolar o corpo do ambiente. Ao nos deitarmos, temos a sensação de frio e, depois de alguns segundos, paramos de perder calor para o ambiente. Alternativa c. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 17 5/30/15 11:17 AM APROVA enem • FÍSICA18 C2 H6 4 No manual de um forno micro-ondas está escrito: “Não cozinhe ovos com casca ou em recipientes fechados, pois podem explodir. No caso de ovos, além de retirar a casca, fure a gema”. No interior de um forno micro-ondas, uma onda eletromagnética de alta frequência (mi- cro-onda) age sobre as moléculas de água pre- sentes nos alimentos, provocando o aumento da agitação delas e, consequentemente, a elevação de sua temperatura. Os materiais que não possuem moléculas de água não serão aquecidos, a não ser por condução da energia térmica oriunda do alimento. Como o processo é muito rápido, pode-se pegar uma vasilha que contenha um alimento fumegan- do enquanto ela ainda está fria. Dessa forma, a recomendação do manual a) se deve ao fato de que a dilatação térmica que ocorre nos alimentos líquidos promo- ve uma pressão sobre as matérias sólidas, que não se dilatarão imediatamente; além disso, a dilatação dos sólidos apre- senta coeficiente de dilatação menor. Por isso, a casca deve ser retirada, e a gema, furada. b) se deve à energia acumulada nos alimen- tos, que muito rapidamente se conduzirá às matérias sólidas, provocando uma ex- pansão tão rápida quanto turbulenta. Por isso, a casca deve ser retirada, e a gema, furada. c) se deve à característica de dilatação de- sigual entre os sólidos, os líquidos e os gases, que nas condições internas do forno receberão quantidades de energia de agi- tação iguais. Gases se dilatam mais que os líquidos, e estes, mais que os sólidos. Por isso, a casca deve ser retirada, e a gema, furada. d) se deve a questões de dilatação interna dos gases no interior do forno cuja origem é dos alimentos, e em sua expansão não podem ser represados, sob pena de estourarem o forno. Por isso, a casca deve ser retirada, e a gema, furada. e) se deve à dilatação das próprias matérias sólidas, que será mais rápida do que as matérias líquidas e gasosas, não podendo então estar fechadas. Por isso, a casca deve ser retirada, e a gema, furada. 4) O enunciado diz que os alimentos que possuem moléculas de água são aquecidos diretamente pelas ondas eletromagnéticas do forno, enquanto os materiais sólidos são aquecidos apenas por condução, o que faz com que os líquidos sejam aquecidos mais rapidamente. Essa informação, aliada ao fato de que os líquidos sofrem uma maior dilatação do que os sólidos, justifica a recomendação do manual, evitando que o líquido interno do ovo pressione demais sua casca, estourando-a. Alternativa a. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 18 5/23/15 11:53 AM Termologia 19 C2 H6 5 O que é disjuntor? É um dispositivo que tem como objetivo proteger a instalação elétrica de sobrecorrentes, e também ligar e desligar os circuitos. As sobre- correntes podem ser divididas em: sobrecarga e curto-circuito. Como funciona um disjuntor? Dupla proteção: O disjuntor possui dois disparadores que atuam nas sobrecorrentes e, através de conexões mecânicas, promovem a abertura dos contatos. Disparador térmico: Esta proteção baseia-se no uso de duas lâminas de metais [...] solida- mente unidos; chamados de lâmina bimetálica. Uma pequena sobrecarga, de longa duração, faz aquecer a lâmina bimetálica desligando o circuito elétrico. Disponível em: <http://www.eletronicacentral.com/dicas_uteis>. Acesso em: 20 mar. 2015. Sabendo-se que a função básica do disjun- tor é a de detectar picos de corrente que ultrapassem o adequado para o circuito, interrompendo-a imediatamente antes que seus efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica protegida, para seu pleno funcionamento, os materiais A e B devem apresentar obrigatoriamente a) diferentes espessuras. b) diferentes coeficientes de dilatação. c) a mesma densidade. d) diferentes calores específicos sensíveis. e) o mesmo coeficiente de condutividade térmica. 5) A lâmina bimetálica que aciona o disjuntor deve ser constituída por metais com diferentes coeficientes de dilatação, o que fará a envergadura da lâmina, desligando a corrente. Essa envergadura acontece para o lado da tira de material com menor coeficiente de dilatação; no caso esquematizado, o coeficiente de dilatação do material B é maior do que o do material A, pois, ao serem aquecidos, partindo do mesmo comprimento inicial, B dilata-se mais que A para constituir o arco mais externo. Esse tipo de dispositivo é ótimosubstituto do fusível, uma vez que, ao reduzir a temperatura, o aparato pode ser religado sem necessidade de substituição. Alternativa b. Câmara de extinção (corta arco) Contatos fixo/móvel (interno) Terminal de conexão Bobina de disparo magnético Alavanca de acionamento Dispositivo de rearme Terminal de conexão Dispositivo de disparo térmico Circuito de um disjuntor. Material A Material A Contatos elétricos Contatos elétricos Material B Material B Detalhe da lâmina bimetálica. Ta r c z a s /s h u T T e r s To c k 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 19 5/30/15 11:17 AM APROVA enem • FÍSICA20 C2 H6 6 O informativo abaixo faz parte do manual das geladeiras sem o sistema Frost Free: Degelo do freezer: O excesso de gelo é prejudicial ao desempe- nho do compartimento do freezer e aumenta o consumo de energia. O degelo total é necessário quando a camada de gelo for superior a 2 cm. Aconselha-se que sejam feitos, pelo menos, 4 degelos por ano. Disponível em: < http://consulwp.s3.amazonaws.com/ wp-content/uploads/2013/04/CRD36F_Manual-3583.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015. O acúmulo de gelo no congelador, acima de 2 cm, segundo o manual de instalação e conser- vação do produto, deve ser evitado. Fisicamen- te, essa camada espessa aumenta o consumo do aparelho devido ao fato de o gelo ser a) condutor de calor, fazendo com o que o calor do ambiente chegue rapidamente ao conge- lador todas as vezes que a porta for aberta. b) isolante térmico, o que dificulta a retirada do calor do interior do congelador, neces- sitando de mais energia para manter a temperatura baixa. c) condutor de calor, aumentando o fluxo de calor entre os alimentos e as paredes do congelador e, consequentemente, gastando mais energia. d) isolante térmico, o que provoca a perda de calor da geladeira para o ambiente durante a abertura da porta. e) isolante térmico, aumentando a diferença de temperatura entre o congelador e o meio externo, o que provoca maior gasto de energia. C2 H7 7 Um consumidor, interessado em um forno de micro-ondas, fez um teste simples para verificar a potência efetiva do aparelho, ou seja, aquela que realmente é convertida em energia térmica para aquecimento dos alimentos. No primeiro modelo de forno F1, de potência nominal 800 W, ele colocou 200 mL de água a 25 °C em um béquer e ligou o forno por quatro minutos, verificando que, ao abrir a porta, restavam no béquer 150 mL de água. Repetiu o experimento para o segundo forno F2, de potência nominal 1.400 W, e constatou que, nesse caso, restavam apenas 100 mL de água no béquer. Após o teste, o consumidor concluiu que (Dados: cágua = 1 cal/g $ wC; Lvaporização da água = 540 cal/g; Tvaporização da água = 100 wC; 1 cal = 4,2 J) a) o forno F1, além de gastar menos energia elétrica, tem eficiência de aproximada- mente 22%; enquanto o forno F2 apresenta eficiência de apenas 20,5%. b) o forno F1 gasta menos energia elétrica, porém tem apenas 50% da eficiência do forno F2. c) o forno F1, além de gastar menos energia elétrica, tem eficiência próxima de 92%; enquanto o forno F2 apresenta eficiência de aproximadamente 86%. d) o forno F2 gasta mais energia elétrica, porém tem eficiência 57% maior que o forno F1. e) o forno F2 gasta mais energia elétrica, po- rém tem eficiência de 67,5%; enquanto o forno F1 apresenta eficiência de aproxima- damente 59%. 6) O gelo é isolante térmico, logo, uma camada espessa de gelo fará com que a parede do congelador fique isolada termicamente do interior desse congelador, necessitando de mais energia para proceder a retirada do calor do interior pelo compressor do aparelho, visando manter a temperatura interna constante. Alternativa b. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 20 5/23/15 11:53 AM Termologia 21 7) No teste do forno F1, a quantidade de calor recebida pelo líquido foi de: ( ) Q m c T Q Q 200 1 100 25 15 63 g g c cal c c kcal kJ 3 3S ] ] 3 3 w 3 w w ] ] F F F 1 1água1 1 1 = = - = = E a quantidade de calor latente da água é dada por: ( ) , Q m L Q Q 200 150 540 27 113 4 g g g cal kcal kJ 3 ] ] 3 ] ] 1 vaporização da água= = - = = Assim, a quantidade de calor total cedida pelo micro-ondas é de: , ,Q Q Q 63 113 4 176 4kJ kJ kJ1total = + = + = O consumidor pôde perceber que a potência que realmente é convertida em energia térmica é de: , Pot t Q 4 60 176 4 735s kJ WS 3 total= = = Dessa forma, o rendimento do forno F1 equivale a: , %Pot Pot 800 735 0 92 92W Wg1 total u= = = = No teste do forno F2, a quantidade de calor recebida pelo líquido e de calor latente foram de: ( ) ( ) , Q m c T Q Q Q m L Q Q 200 1 100 25 15 63 200 100 540 54 226 8 g g c cal c c kcal kJ g g g cal kcal kJ 3 3S ] ] 3 3 w 3 w w ] ] 3 ] ] 3 ] ] F F F 2 2 2 água vaporização da água 2 2 2 = = - = = = = - = = Assim, a quantidade de calor total cedida pelo micro-ondas nesse caso é de: , ,Q Q Q 63 226 2898 8kJ kJ kJ2total = + = + = E o consumidor pôde perceber que o rendimento do forno F2 é de: , . . . , % Pot t Q Pot Pot 4 60 289 8 1 207 1 400 1 207 0 86 86 s kJ W W W S 3 g2 total total u = = = = = = = Alternativa c. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 21 5/23/15 11:53 AM APROVA enem • FÍSICA22 C2 H7 8 Thomas Sidney Cooper (1803-1902), um in- glês pintor paisagista, ficou conhecido por suas imagens de gado e animais de fazenda, principalmente durante o inverno. O realis- mo com que dotava suas obras lhe rendeu o apelido de “Cow Cooper”. Na tela ao lado, dando veracidade ao quadro, ele retratou um rebanho de ovelhas, quase todas enrodilha- das, se protegendo das baixas temperaturas do inverno inglês. Esse comportamento se observa em pratica- mente todos os mamíferos terrestres, inclu- sive no homem, em decorrência da perda de calor para o ambiente. Tal comportamento é uma forma de diminuir a perda de calor para o ambiente, porque a) reduzindo a espessura da pelagem, o animal consegue reduzir a perda de calor para o ambiente. b) quanto mais o animal se enrodilha, mais calor é produzido pela pelagem. c) diminuindo a área externa do animal, o fluxo de calor aumenta, e o animal se aquece. d) quando o animal se enrola, diminui o coeficiente de condutibilidade do pelo. e) quanto menor a área de contato com o ambiente, menor será o fluxo de calor através do pelo. Ovelhas no inverno, de Thomas Sidney Cooper, 1885. T h o m a s s id n e y c o o p e r – c o le ç ã o p a r T ic u la r 8) O fluxo de calor é dado pela expressão e K A SJ3 3 z = , em que K é o coeficiente de condutibilidade térmica do material, A é a área de contato, SJ é a diferença de temperatura e e é a espessura a ser atravessada. Portanto, quanto menor a área, menor o fluxo de calor. Os animais tentam ficar o mais próximo possível da posição esférica, observada na imagem, porque a área externa de uma esfera é a menor dos sólidos geométricos e, assim, perdem menos calor para o ambiente. Alternativa e. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 22 5/23/15 11:53 AM Termologia 23 C5 H17 9 A temperatura basal do corpo humano é um excelente indicador do funcionamento do nosso organismo. Além de útil ao se planejar uma gravidez, esses dados metabólicos são importantes em qualquer situação de anomalia na saúde. Temperatura basal é aquela quando a pessoa está em descanso assim que acorda de manhã. A temperatura basal da mulher se eleva ligeiramente com a ovulação. Então, registrar essa temperatura diariamente por vários meses pode capacitar a pessoa a prever o período fértil. CABRAL, Fernando; LAGO, Alexandre. Física. São Paulo: Harbra, 2004. v. 2. p. 27. 37,0 36,9 36,8 36,7 36,6 36,5 36,4 36,3 36,2 36,1 36,0 35,9 37,0 36,9 36,8 36,7 36,6 36,5 36,4 36,3 36,2 36,1 36,0 35,9 Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Temperatura (°C) Exemplo de gráfico de temperatura basalde uma paciente. De acordo com o enunciado e com o gráfico, se a paciente verificar sua variação de temperatura com um termômetro na escala Fahrenheit, a maior variação de tem- peratura observada em seu ciclo menstrual será de a) 0,50 °F b) 0,90 °F c) 1,62 °F d) 1,98 °F e) 8,10 °F Disponível em: <http://gravidez.mamaeonline.com/como-medir-temperatura-basal-grfico/>. Acesso em: 25 mar. 2015. 9) De acordo com o gráfico da temperatura basal da paciente, a menor temperatura em que ela esteve no período aferido foi de 36,0 °C, no 4o dia, e a maior temperatura foi de 36,9 °C, no 37o dia. Portanto, a variação de temperatura nesse período foi de 0,9 °C. Convertendo-se essa variação para a escala Fahrenheit, temos: , , 5 9 5 9 5 9 0 9 1 62 F SJ SJ ] SJ 3SJ ] SJ 3 w c F F c F = = = = Alternativa c. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 23 5/23/15 11:53 AM APROVA enem • FÍSICA24 C5 H17 10 PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÃO ESCRITÓRIO MUNICIPAL DE PROJETOS E OBRAS ANEXO XIII — ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS OBRA: Reforma do Acesso Principal e Substituição da Cobertura do Prédio Sede da SMOV 3.3. ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO As esquadrias de ferro existentes deverão ser removidas e substituídas por outras execu- tadas em alumínio. As esquadrias deverão ser executadas rigorosamente de acordo com os respectivos detalhes e especificações de projeto, de modo a ficarem idênticas às já implan- tadas nas demais fachadas do prédio, sem qualquer alteração na continuidade do conjunto. Os caixilhos destinados ao envidraçamento obedecerão ao disposto no Caderno de Encargos, e deverão ser dimensionados de forma a permitir a dilatação e contração das chapas de vidro. Disponível em: <http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/smov/usu_doc/ 81011121especificacao_tecnicas.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2015. (Adaptado.) Admitindo que Porto Alegre pode atingir temperaturas extremas de -5 oC no inver- no e 40 oC no verão, seguindo a orientação do edital, a folga mínima vertical que o caixilho deve dispor para a dilatação e contração de uma chapa de vidro com 2 metros de altura deve ser de (Dado: avidro = 10 3 10 -6 wC-1) a) 0,09 mm b) 0,45 mm c) 0,80 mm d) 0,90 mm e) 1,80 mm C5 H17 11 Um dos métodos de identificação de substâncias puras é a medição de seus pontos de ebulição e fusão. Uma análise prática do aquecimento de uma subs- tância pura mantém uma constância da temperatura quando essa substância apresenta os dois estados fí- sicos durante seu aquecimento. Essas constâncias são identificadas nos patamares do gráfico da tempera- tura em função do tempo, que é construído com base no aquecimento de uma amostra dessa substância. Um jovem estudante de Química recebeu uma amostra para ser analisada em laboratório e obteve o gráfico ao lado. Interpretando esse gráfico, o estudante poderia dizer que essa amostra é uma a) substância pura cujo ponto de fusão é 70 °C. b) mistura, e seu processo de ebulição dura 20 minutos. c) substância pura em que coexistem os estados sólido e líquido, no intervalo de 10 a 30 minutos. d) mistura cujo ponto de fusão é 40 °C. e) substância pura em que coexistem os estados líquido e gasoso no intervalo de 10 a 30 minutos. 0 10 20 30 40 50 60 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Tempo (min) Te m pe ra tu ra (° C ) 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 24 5/23/15 11:53 AM Termologia 25 10) A dilatação linear do vidro pode ser calculada por SL = a 3 L0 3 SJ, em que a corresponde ao coeficiente de dilatação linear, L0 à altura inicial da chapa e SJ à variação de temperatura. Portanto, ela pode ser calculada por: SL = a 3 L0 3 SJ ] ] SL = 10 3 10-6 wC-1 3 2 3 103 mm 3 (40 wC - (-5 wC)) ] ] SL = 0,90 mm Alternativa d. 11) No intervalo compreendido entre 10 e 30 minutos, a temperatura permanece constante, indicando que se trata de uma mudança de fase. Como o gráfico apresenta dois patamares em que a temperatura permanece constante, podemos concluir que a substância está, inicialmente, no estado sólido. Portanto, no primeiro patamar, ocorre mudança do estado físico sólido para o líquido. Alternativa c. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 25 5/23/15 11:53 AM APROVA enem • FÍSICA26 C5 H17 12 A energia produzida internamente em nosso corpo ou virará energia mecânica externa – em- purrar a água de uma piscina, aumentar a energia potencial gravitacional de tijolos etc. – ou servirá para nos aquecer. Mas nós não podemos deixar que o corpo se aqueça muito além dos 37 °C. Para isso, temos que resfriá-lo, pois uma tempe- ratura excessiva prejudica o controle motor, o desempenho de um atleta e pode levar, em casos extremos, à morte. Se desenvolvermos potência de 120 W, pre- cisamos eliminar exatamente 120 W para que a temperatura do corpo não se altere. O corpo humano, e dos demais animais, tem algumas formas de refrigeração: irradiação, aquecimento do ar próximo à pele e evaporação de água. Se considerarmos apenas a perda de energia por evaporação, perde-se 540 cal para cada grama de água evaporada. Quando estamos em ati- vidade física, a potência dissipada é maior e, portanto, a necessidade de refrigeração também é maior. Disponível em: <http://axpfep1.if.usp.br/~otaviano/ energianocorpohumano.html>. Acesso em: 26 mar. 2015. A tabela a seguir mostra a potência média desenvolvida por uma pessoa com 70 kg de massa. Atividade física Potência desenvolvida (W) Tempo da atividade (min) Descer escada 450 2 Andar a 3 km/h 240 20 Correr a 9 km/h 750 10 Subir escada 1.200 2 Adotando 1 cal = 4,2 J e considerando que, durante a realização de todas estas ativida- des, 80% da energia é dissipada através da evaporação do suor, que ocorre mesmo na temperatura corporal, uma pessoa, ao realizá- -las, produzirá a evaporação de uma massa de suor de aproximadamente a) 1.338 g b) 475 g c) 413 g d) 330 g e) 23 g C5 H17 13 A tabela abaixo relaciona o coeficiente de condutividade térmica de alguns materiais disponíveis para a cobertura de uma escola na zona rural de uma cidade paulista. Valores de condutividade térmica (K) para diferentes materiais de cobertura Material K (W/m 3 ºC) Alumínio 230 Aço 47 Concreto 1,74 Tijolo maciço 0,81 Fibrocimento 0,76 Fonte: Kreith & Kreider, 1978; Rivero, 1986; Baeta & Souza, 1997 (Adaptados.) A área a ser coberta é de 250 m2, e essa co- bertura deve garantir o conforto de alunos e professores durante as atividades na escola. Em dias com temperaturas mais altas, deve impedir a condução de calor do ambiente externo e, em dias frios, deve impedir a perda de calor para o ambiente. Para tal, é conve- niente que essa cobertura mantenha a taxa de 2,9 kW de potência do fluxo de calor para cada 1 °C na diferença de temperatura entre a área interna e o ambiente externo. Para atingir essa especificação, a cobertura deve ser constituída com uma espessura de a) 8 mm de alumínio. b) 5 mm de aço. c) 15 cm de concreto. d) 30 cm de tijolo maciço. e) 1,6 cm de fibrocimento. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 26 5/23/15 11:53 AM Termologia 27 12) A energia transferida para a evaporação do suor durante a realização de todas as atividades citadas é a soma das energias de cada uma. Descer a escada: Pot t Q Q Pot t Q 450 2 60 54W s kJ S ] 3S ] ] 3 3 1 1 1 = = = = Andar a 3 km/h: Pot t Q Q Pot t Q 240 20 60 288W s kJ S ] 3S ] ] 3 3 2 2 2 = = = = Correr a 9 km/h: Pot t Q Q Pot t Q 750 10 60 450W s kJ S ] 3S ] ] 3 3 3 3 3 = = = = Subir a escada: . Pot t Q Q Pot t Q Q Q Q Q Q Q Q 1 200 2 60 144 54 288 450 144 936 W s kJ kJ kJ kJ kJ kJ S ] 3S ] ] 3 3 ] ] ] ] 4 4 4 1 2 3 4total total total = = = = = + + + = + + + = A energia dissipada através da evaporação do suor corresponde a 80% do valor total, ou seja: Q = 0,8 3 936 kJ = 748,8 kJ Portanto, como 540 calorias correspondem a 540 3 4,2 J = 2.268 J, a massa de suor pode ser obtida a partir de: . , ,Q mL m L Q 2 268 748 8 10 330 16J/g J g] 3 3= = = = Alternativa d. 13) O fluxo de calor é dado pela expressão e K A3 3SJ z = , em que K é o coeficiente de condutibilidade térmica do material, A é a área de contato, SJ é a diferença de temperatura e e é a espessura a ser atravessada. Sabendo que, independentemente do material a ser utilizado, a área a ser coberta é de 250 m2 e a variação de temperatura é de 1 °C, obtemos a seguinte relação: , , e K A e K A K 250 1 2 9 10 11 6 m C W m C W 3 3SJ ] 3SJ ] ] 3 w 3 3 w2 3 2 z z = = = = e Analisando as alternativas, percebe-se que o concreto, de coeficiente de condutibilidade térmica igual a 1,74 W/m 3 °C, teria que ter a espessura de: , , , , , e K C e e K11 6 11 6 11 6 1 74 0 15 m W W/m C W/m C W/m C m 3 w ] 3 w ] ] 3 w 3 w 2 2 2 = = = = Alternativa c. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 27 5/30/15 11:17 AM APROVA enem • FÍSICA28 C5 H18 14 Alguns sistemas de rolamentos automotivos são montados utilizando a dilatação dos ma- teriais para o perfeito encaixe. A montagem a quente permite, pelo aumento de temperatura do rolamento de aço, dilatar o anel interior e montá-lo facilmente no eixo de ferro; o que não seria possível a frio, pois os dois têm praticamen- te o mesmo diâmetro. O rolamento é elevado da temperatura ambiente de 25 °C até 145 °C por aparelhos de aquecimento por indução eletromagnética, por serem mais seguros, mais limpos e mais rápidos do que o aquecimento por banho de óleo, por placa aquecedora ou estufa. Além de que o método do aquecimento com maçarico é proibido por gerar em alguns pontos temperaturas que alteram a dureza do rolamento e, portanto, a sua vida útil. Seguindo um princípio inverso, pode-se também resfriar apenas o eixo a partir da tempe- ratura ambiente, mediante um gás liquefeito para facilitar a inserção no anel interior do rolamento. Disponível em: <http://www.ntn-snr.com/services/fr/en-en/ fi le.cfm/DOC-TOOL_BRb_BDef.pdf?contentID=7028>. Acesso em: 30 mar. 2015. (Adaptado.) ARR I SC ADO PRO IB I D O REC OME NDA DO Observando a figura e adotando aaço = 1,1 3 10 -6 wC-1 e aferro = 1,2 3 10 -6 wC-1, para seguir o princípio inverso citado na propaganda, o gás liquefeito deve estar com temperatura máxima de a) -110 wC b) -106 wC c) -95 wC d) -85 wC e) -75 wC C5 H18 15 Uma mãe zelosa estava limpando um peixe congelado para o almoço quando sua filhinha de 5 anos reclamou estar com frio e sentin- do dores na garganta. A mãe apenas lavou rapidamente as mãos e verificou, para sua surpresa, com a mão na testa da criança que aparentemente sua filha estava “ardendo em febre”. Preocupada, chamou o marido e pediu que ele também parasse o que estava fazen- do no fogão e verificasse a temperatura da criança novamente. O pai, ao tomar a tempe- ratura da criança pelo mesmo método, disse que o problema não era febre e que a criança estava gelada. Para verificar realmente o que estava acontecendo, pegaram o termômetro e constataram, para surpresa de ambos, que a criança estava com a temperatura corpórea normal, queria mesmo era um grande abraço dos dois. Do ponto de vista científico, as tomadas de temperatura do modo descrito no enunciado a) não são válidas, porque a s sensações de frio e quente não correspondem ao grau de agitação vibracional das moléculas do corpo verificado em escala microscópica. b) são válidas, desde que se espere a tem- peratura da mão de quem vai verificar a febre entrar em equilíbrio térmico com o ambiente. c) não são válidas, porque o corpo da criança está na mesma temperatura que o corpo dos pais, não havendo calor a ser transferido. d) não são válidas, porque, nesse caso, há troca de calor entre a criança e o meio ambiente, atrapalhando a identificação da febre. e) são válidas, porque o tato é o sentido hu- mano que permite identificar o frio e o calor através de estímulos que são identi- ficados pelo cérebro. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 28 5/23/15 11:53 AM TeRmOlOgIA 29 14) Como os diâmetros são os mesmos, podemos igualar o módulo das dilatações sofridas pelo rolamento de aço e o eixo de ferro, sendo que a dilatação do rolamento é a contração do eixo: SLrolamento = -SLeixo ] ] aaço 3 Lrolamento 3 SJrolamento = -aferro 3 Leixo 3 SJeixo E, a partir daí, pode-se determinar a variação de temperatura do eixo: , , ( ) L L L L 1 2 10 1 1 10 145 25 110 c c c c c ] SJ a 3 a 3 3SJ ] ] SJ 3 w 3 3 w 3 3 w w ] ] SJ w 6 1 0 6 1 0 eixo ferro eixo aço rolamento rolamento eixo eixo =- =- - = - - - - - Como a temperatura inicial era de 25 °C, a temperatura máxima do gás liquefeito é de -85 °C. Alternativa d. 15) As sensações de frio e quente dependem do calor transmitido e não da temperatura (grau de agitação das moléculas), por isso o uso do termômetro após atingido o equilíbrio térmico é o melhor procedimento para se obter a temperatura. Alternativa a. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 29 5/23/15 11:53 AM APROVA enem • FÍSICA30 C5 H19 16 A disposição final de resíduos sólidos urba- nos produz emissões de gases causadores do efeito estufa. Com o aumento da população mundial, hoje estimada em 6,0 bilhões, e o grau de urbanização, que representa 75% do total da população vivendo em cidades, torna-se clara a necessidade de um correto gerenciamento da disposição final de resíduos sólidos urbanos. Um aterro de resíduos sólidos pode ser considerado como um reator biológico onde as principais entradas são os resíduos e a água e as principais saídas são os gases e o chorume. O gás de aterro é composto principalmente pelo dióxido de car- bono e metano, que deve ser queimado antes de lançado na atmosfera. Apenas no Aterro Sanitário Caieiras, em São Paulo, são produzidos 12 kg de metano por dia. Objetivo do projeto de aproveitamento ener- gético do biogás produzido pela degradação dos resíduos é aproveitar o poder calorífico do metano, cerca de 13.250 cal/g e convertê-lo em uma forma de energia útil tais como com- bustível para caldeiras ou vapor para produção de eletricidade. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/ residuos-solidos/politica-nacional-de-residuos-solidos/ aproveitamento-energetico-do-biogas-de-aterro-sanitario>. Acesso em: 31 mar. 2015. (Adaptado.) Para a utilização do metano na geração de eletricidade através de vapor, a água precisa ser aquecida da temperatura ambiente (25 °C) até se transformar em vapor a 150 °C, fazen- do girar as turbinas. Se considerarmos 50% de aproveitamento do metano produzido no aterro de Caieras para esse fim, o calor seria suficiente para operar diariamente uma mas- sa de água de, aproximadamente, (Dados: cágua = 1 cal/g 3 wC; Tvaporização da água = 100 wC; Lvaporização da água = 540 cal/g; cvapor = 0,5 cal/g 3 wC) a) 124,2 kg b) 129,3 kg c) 140,7 kg d) 248,4 kg e) 795,0 kg C5 H19 17 Uso de telhado verde pode ser reduzir impactos de ilhas de calor Por Camila Maciel Criado em 25/12/13 São Paulo – O uso do telhado verde pode ser um instrumento importante para reduzir os impactos das ilhas de calor formadas espe- cialmente em grandes centros urbanos, indica Estudo da Universidade de São Paulo (USP). Ao comparar dois prédios da capital paulista, um com área verde e outro com laje de concreto, o geógrafo Humberto Catuzzo verificou que a temperatura no topo do edifício com jardim ficou até 5,3 graus Celsius (°C) mais baixa. Também houve ganho de 15,7% em relação à umidade relativa do ar. “Se imaginarmos que está fazendo 25 °C no prédio com telhado verde e, no de concreto, 30 °C, isso faz uma grande diferença dentro daquele microclima”, disse o pesquisador e autor da tese de doutorado com esse tema. Catuzzo destacou que não é possível definir exatamente o impacto que a iniciativa teria, se fosse expandida, mas observou que as diferenças de temperatura e umidade constatadas na experiência foram muito significativas. “Poderia melhorar a questão climática ou ambiental daquela região central”,ressaltou. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/noticias/ brasil/2013/12/uso-de-telhado-verde-pode-ser-reduzir- impactos-de-ilhas-de-calor>. Acesso em: 31 mar. 2015. As áreas verdes no telhado podem diminuir um fenômeno bastante comum nos centros verticalizados das grandes cidades, as ilhas de calor, causadas pelo grande número de edifícios, concreto, asfalto e falta de arboriza- ção. A solução discutida pelos pesquisadores pode ser promissora, principalmente porque, em relação ao concreto, um telhado com área verde apresenta a) maior poder reflexivo da radiação solar. b) menor poder reflexivo da radiação solar. c) maior efeito de impermeabilização. d) maior poder de emissão de ondas infraver- melhas. e) menor capacidade térmica. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 30 5/23/15 11:53 AM TeRmOlOgIA 31 16) A energia necessária para aquecer a água de 25 °C a 100 °C, vaporizá-la e aquecer o vapor até 150 °C pode ser calculada pelas relações a seguir: Q1 = mágua 3 cágua 3 SJágua ] ] Q = mágua 3 1 cal/g 3 wC 3 (100 wC - 25 wC) ] ] Q = 75 3 mágua cal/g Q2 = mágua 3 L = mágua 3 540 cal/g ] ] Q2 = 540 3 mágua cal/g Q3 = mágua 3 cvapor 3 SJvapor ] ] Q = mágua 3 0,5 cal/g 3 wC 3 (150 wC - 100 wC) ] ] Q = 25 3 mágua cal/g Q = Q1 + Q2 + Q3 ] ] Q = 75 3 mágua cal/g + 540 3 mágua cal/g + 25 3 mágua cal/g ] ] Q = 640 3 mágua cal/g O calor gerado pelo metano corresponde a: Qmetano = 12 3 10 3 g 3 13.250 cal/g ] ] Qmetano = 159 3 10 6 cal Considerando o aproveitamento de 50% do metano, podemos igualar as energias para encontrar a massa de água necessária: % . , , Q Q m m 50 640 2 1 159 10 124 218 75 124 2 cal/g cal g kg ] ] 3 3 3 ] ] 6 metano água água , = = = Alternativa a. 17) O concreto e o asfalto, entre outros fatores, provocam as ilhas de calor por absorverem e refletirem com elevada taxa a radiação solar. Um telhado verde reflete menos radiação de volta para o ambiente, além de promover a permeabilização do solo, agregando água nas folhas e raízes e aumentando, também, a umidade relativa do ar. Alternativa b. 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M.indd 31 5/23/15 11:53 AM APROVA ENEM • FÍSICA A compreensão da primeira e da segunda leis da Termodinâmica, assim como dos conceitos de máquina térmica, de máquina frigorífica e de entropia, são fundamentais para o entendimento de uma série de fenômenos do cotidiano e do Universo. Termodinâmica QUESTÕES COMENTADAS 32 Os princípios da conservação da energia aplicados à Termodinâmica e da conversão de calor em traba- lho podem ser estudados no capí- tulo 9 – As leis da Termodinâmica. C2 H6 Sistema de arrefecimento do motor No motor de um automóvel, existem vários canais internos por onde passa o fluido com a missão de o arrefecer. No entanto, para que este fluido possa arrefecer o motor, é necessário que neste circuito fechado exista um permutador de calor, de forma a baixar a temperatura da água quando [ocorrer] sua passagem. O sistema de arrefecimento de um motor é constituído por vários componentes, cujos principais são: o radiador, a bomba de água, o ven- tilador, o termostato e o tampão do reservatório do líquido refrigerante. O radiador é o órgão que faz o arrefecimento do fluido proveniente do bloco do motor e está, normalmente, colocado na parte da frente do automóvel, facilitando, assim, o arrefecimento. Disponível em: <http://buzina.com.pt/artigos/?id=33>. Acesso em: 20 abr. 2015. Ar frio Radiador Ventoinha Termostato Água resfriada Água aquecida Bomba de água Cilindro Água Tampão Correia da ventoinha Esquema que mostra os principais componentes do sistema de arrefecimento de um motor automotivo. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 32 6/1/15 9:34 AM TeRmOdInâmICA 33 O ciclo de Carnot pode ser estu- dado no capítulo 9 – As leis da Termodinâmica. Segundo os princípios da Termodinâmica, o funcionamento do radiador está relacionado a) à diminuição de emissão de gases no escapamento. b) à expansão da água, fazendo movimentar o êmbolo do cilindro. c) ao controle da temperatura do motor. d) à lubrificação das partes internas do motor. e) à incapacidade de converter integralmente calor em trabalho. Resolução O radiador funciona como a fonte fria, utilizada para retirar calor que provém da fonte quente (bloco do motor associado às suas partes in- ternas, como o pistão, a biela, o virabrequim, as válvulas, entre outras), produzindo trabalho útil para o automóvel se movimentar. Sem o siste- ma de arrefecimento não ocorre a realização de trabalho, pois um dos enunciados da segunda lei da Termodinâmica menciona que é impossível construir uma máquina, operando em ciclos, sem retirar calor da fonte quente e enviá-lo para uma fonte fria. Menciona também que, nessa circunstância, é impossível converter o calor integralmente retirado da fonte quente em trabalho (utilizado para a movimentação do automóvel). Com base nessas informações, a alternativa e é a correta. C5 H17 Em 1824, o cientista Sadi Carnot idealizou uma máquina térmica que proporcionaria um rendimento máximo. O ciclo de Carnot consiste em duas transformações adiabáticas alternadas com duas transformações isotérmicas, sendo que todas elas seriam reversíveis. Devemos conceber uma máquina térmica onde o gás sofra expansões e compressões segundo o ciclo de Carnot e em que T1 seja a temperatura da fonte quente e T2 da fonte fria. 0 A D B C T1 T2 V P Fonte quente Fonte friaT2 Q2 T T1 Q1 A B (A) Ciclo de Carnot: AB e CD são isotérmicas; BC e DA são adiabáticas. (B) Balanço energético em uma máquina térmica operando entre as fontes quente e fria. Partindo de A, o gás realiza uma expansão isotérmica AB, recebendo calor de Q1 (fonte quente). A seguir, ocorre a expansão adiabática BC, durante a qual não há troca de calor. A compressão isotérmica CD se verifica à temperatura T2 da fonte fria, e nessa etapa o gás “rejeita” a quantidade Q2 que não foi transformada em trabalho. A compressão adiabática DA se completa sem a troca de calor. Disponível em: <http://www.infoescola.com/fi sica/c iclo-de-carnot>. Acesso em: 20 abr. 2015. O termostato, também deno- minado válvula termostática, é utilizado no sistema de arrefe- cimento para controlar a tem- peratura do motor, mantendo-a aproximadamente constante. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 33 5/26/15 10:24 AM APROVA enem • FÍSICA34 Em relação à variação de entropia nas transformações, pode-se afirmar que, no trecho a) AB, a entropia do gás permanece constante, pois a temperatura não varia. b) BC, a entropia do gás diminui, pois o gás esfria de T1 para T2. c) CD, a entropia do gás aumenta, pois o gás está rejeitando calor para a fonte fria. d) CD, a variação de entropia do gás é nula, pois a temperatura do gás não varia. e) DA, a entropia do gás permanece constante, pois o gás não troca calor com o meio. Resolução Na expansão isotérmica AB, o gás recebe calor da fonte quente (Q > 0). Como a temperatura T é constante, temos que a variação de entropia do gás é positiva (SS > 0), ou seja, a entropia do gás aumenta: SS > 0 ] ] Sfinal - Sinicial > 0 ] Sfinal > Sinicial Assim, na expansão isotérmica AB, a entropia do gás aumenta. Portanto, a alternativa a é incorreta. Na compressão isotérmica CD, o gás rejeita calor (que não se converte em trabalho) para a fonte fria (Q < 0). Como a temperatura T é cons- tante, temos que a variação de entropia do gás é negativa (SS < 0), ou seja, a entropia do gás diminui: SS < 0 ] ] Sfinal - Sinicial < 0 ] Sfinal < Sinicial Assim, na compressão isotérmica CD, a entropia do gás diminui. Dessa forma, as alternativas c e d são incorretas. No trecho DA, em que o gás sofre uma compressão adiabática, não há troca de calor entre o gás e o meio exterior (Q = 0), ou seja, nesse tipo de transformação, a variação da entropia é nula (SS = 0). Da mesma forma, a variação de entropia na expansão adiabática BC também é nula. Se a variação de entropia é nula, a entropia é constante: SS = 0 ] ] Sfinal- Sinicial = 0 ] Sfinal = Sinicial Com base nessas informações, a alternativa b é incorreta e a alternativa e é a correta. A variação de entropia é a relação entre a quantidade de calor Q que o gás troca com o meio exterior e a temperatura absoluta T do gás, ou seja: S T Q S = 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 34 5/26/15 10:24 AM TeRmOdInâmICA 35 C6 H21 (Enem) Aumentar a eficiência na queima de combustível dos motores a combustão e reduzir suas emissões de poluentes é a meta de qualquer fabricante de motores. É também o foco de uma pesquisa brasileira que envolve experimentos com plasma, o quarto estado da matéria e que está presente no processo de ignição. A interação da faísca emitida pela vela de ignição com as moléculas de combustível gera o plasma, que provoca a explosão liberadora de energia, que, por sua vez, faz o motor funcionar. Disponível em: <www.inovacaotecnologica.com.br>. Acesso em: 22 jul. 2010. (Adaptado.) No entanto, a busca pela eficiência referenciada no texto apresenta como fator limitante a) o tipo de combustível, fóssil, que utilizam. Sendo um insumo não re- novável, em algum momento estará esgotado. b) um dos princípios da Termodinâmica, segundo o qual o rendimento de uma máquina térmica nunca atinge o ideal. c) o funcionamento cíclico de todos os motores. A repetição contínua dos movimentos exige que parte da energia seja transferida ao próximo ciclo. d) as forças de atrito inevitável entre as peças. Tais forças provocam des- gastes contínuos que, com o tempo, levam qualquer material à fadiga e ruptura. e) a temperatura em que eles trabalham. Para atingir o plasma, é neces- sária uma temperatura maior que a de fusão do aço com que se fazem os motores. Resolução O motor a combustão, como o de um automóvel, é a fonte térmica, onde ocorre a queima de combustível. A cada ciclo, parte do calor liberado nessa fonte é convertido em energia útil – nesse caso, em trabalho mecânico. A outra parte do calor é perdida para a atmosfera, que representa a fonte fria. A busca por maior eficiência de um motor, como comentado no texto, é limitada pela segunda lei da Termodinâ- mica, de acordo com a qual o rendimento de uma máquina térmica é, no máximo, igual ao rendimento ideal obtido por uma máquina térmica operando entre duas temperaturas T1 (fonte quente) e T2 (fonte fria). Esse rendimento ideal, por sua vez, é sempre menor que 100%. Com base nessas informações, a alternativa correta é a b. Máximo rendimento de uma má- quina térmica: T T 1g 1 2= - O rendimento de uma máquina tér- mica pode ser estudado no capítu- lo 9 – As leis da Termodinâmica. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 35 5/26/15 10:24 AM APROVA enem • FÍSICA36 questões propostas C2 H6 1 O funcionamento das populares geladeiras baseia-se em um processo de transferência de calor de uma fonte fria para uma fonte quente. No entanto, esse processo não é espontâneo: faz-se necessária uma quantidade de energia externa, que ocorre na forma de trabalho, para que essa transferência seja possível. O gráfico ao lado representa os ciclos termodinâmicos que ocorrem du- rante o funcionamento de um refrigerador. Obviamente, trata-se da idealização dos ciclos, uma vez que não são previstas, por exemplo, possíveis perdas de energia. Esse gráfico representa o ciclo envolvido por meio de um diagrama PV, dividido em cinco processos. 1-2: compressão adiabática Ao aumentar a pressão do fluido, o compressor faz o volume reduzir. Uma vez que esse processo ocorre muito rapidamente, de forma que as perdas de energia sejam ínfimas, podemos considerá-lo como um processo adiabático. 2-3: resfriamento isobárico O fluido começa a perder energia sob a forma de calor e, como o compressor mantém alta e constante a pressão deste, o volume e a temperatura diminuem. 3-4: condensação Ainda no condensador e sob alta pressão, o fluido perde mais um pouco de energia sob a forma de calor. Por conta disso, o volume e a temperatura do fluido diminuem ainda mais e ele passa do estado gasoso para o líquido. 4-5: expansão adiabática Sob alta pressão, o fluido atravessa o tubo capilar e, na saída do tubo, ele se expande. Visto que essa expansão ocorre muito depressa, de forma que o fluido troca uma pequena quantidade de energia (sob forma de calor) com a vizinhança, podemos considerar o pro- cesso como adiabático. 5-1: vaporização isobárica No evaporador, sob pressão baixa e constante, as gotículas restantes são vaporizadas, absorvendo energia (na forma de calor) do congelador. Ao sair do evaporador, o fluido está totalmente no estado gasoso e à pressão baixa, encaminhando-se para o compressor e repetindo o ciclo. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/curiosidades/refrigeradores3.php>. Acesso em: 9 abr. 2015. (Adaptado.) O trabalho realizado pelo compressor é totalmente não espontâneo porque, ao con- trário de outras máquinas térmicas, no refrigerador retira-se calor de uma fonte fria e o cede a uma fonte quente. Quantitativamente, esse trabalho pode ser expresso a) pela soma da energia perdida nos processo 2-3 e 3-4 com a energia absorvida no processo 5-1. b) pela diferença entre a energia interna atingida pelo gás nos pontos 2 e 5. c) pela área interna do ciclo representado no diagrama PV. d) pela diferença de temperatura entre o congelador e o ambiente externo. e) pela soma do calor trocado com o gás durante a condensação e a vaporização. V 1 234 5 V4 V5 V3 V2 P2 P1 P V1 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 36 5/26/15 10:24 AM Termodinâmica 37 1) O trabalho, nesse caso representado no sentido anti-horário, é calculado quantitativamente pela área interna do ciclo no diagrama PV. Alternativa c. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 37 5/26/15 10:24 AM APROVA enem • FÍSICA38 C2 H6 2 O motor elétrico a gasolina é uma máquina térmica indicada para localidades que não têm acesso ao sistema de eletrificação convencional, como camping, pescaria, residência rural etc. Apresenta facilidade de uso, sistema de partida manual retrátil de fácil manuseio e operação. Possui motor 4 tempos, com baixo nível de ruído, proporcionando economia, com baixo consumo de combustível e autonomia aproximada de 12 horas. CARACTERÍSTICAS Tensão nominal: 127 V ou 220 V Potência máxima de saída: 2.500 watts Tanque de combustível: 12 litros Disponível em: <http://www.ferrarinet.com.br/index.php/ controlSiteProduto/categoria/182>. Acesso em: 7 abr. 2015. (Adaptado.) As informações do folder digital acima acom- panham o manual de instalação de um motor elétrico movido a gasolina comumente ven- dido no Brasil. Segundo essas informações, o rendimento termodinâmico, ou seja, a taxa de conversão de energia térmica em energia elétrica é de, aproximadamente, (Dados: densidade da gasolina = 0,75 g/mL; poder calorífico da gasolina = 43 MJ/kg) a) 27,9% b) 72,1% c) 20,9% d) 57,7% e) 15,5% C2 H7 3 A exemplo de outras cidades brasileiras como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Hori- zonte, Brasília, Campinas, Sorocaba e Salvador, começam em Goiânia, no mês de fevereiro, os testes com os ônibus 100% elétricos. O ônibus elétrico deve fazer 14 viagens por dia por um período de 30 dias e o teste tem o objetivo de viabilizar sua comercialização no país. De acordo com o diretor de marketing e relações governamentais da BYD no Brasil, Adalberto Maluf Filho, a expectativa é instalar uma fábrica em Campinas-SP e começar a produzir os ônibus elétricos até 2016. O modelo K9 da BYD é o primeiro ônibus 100% elétrico à bateria produzido em escala comercial e o mais vendido em todo o mundo. É também o único movido pelas baterias de fosfato de ferro, a mais limpa e segura tecnologia de ba- terias existente no mundo. Trata-se, na verdade, de um equipamento elétrico de potência 500 kW com autonomia de carga para o transporte de passageiros, isso se traduz em alta eficiência energética e características praticamente idênti- cas às dosveículos convencionais: cada ônibus tem 15 toneladas, acelera de zero a 90 km/h em 10 segundos, embora, devido ao trânsito, trafeguem com velocidade média de apenas 43,2 km/h. A vantagem dessa nova tecnologia reside no fato de que os motores embutidos nas rodas proporcionam economia de energia, aces- sibilidade (piso baixo), manutenção simplificada e emissão zero de poluentes. Disponível em: <http://www.opopular.com.br/editorias/cidades/ empresa-chinesa-realiza-teste-com-%C3%B4nibus-el%C3%A9trico- em-goi%C3%A2nia-1.777035>. Acesso em: 9 abr. 2015. (Adaptado.) Considerando que, para um ônibus com mo- tor de combustão interna, cerca de 70% do calor produzido no motor é transferido para o ambiente, o rendimento do motor do ônibus elétrico em relação ao motor de combustão interna é a) 9 vezes maior. b) 3 10 vezes maior. c) 7 9 vezes maior. d) 3 vezes maior. e) 7 vezes maior. C a n o n ir o f f /S h u t t e r S to C k 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 38 5/26/15 10:24 AM Termodinâmica 39 2) A taxa de conversão de energia térmica (quantidade de calor fornecida pela gasolina, Q) em energia elétrica (trabalho, T) é dada pelo rendimento do motor Qg = T . Sabendo que o trabalho útil do motor pode ser obtido por: T = Pot 3 St = 2.500 W 3 12 3 3.600 s ] ] T = 1,08 3 108 J E que a quantidade de calor da fonte é dada por: Q = m 3 P = d 3 V 3 P ] ] Q = 0,75 3 103 g/L 3 12 L 3 43 3 103 J/g ] ] Q = 3,87 3 108 J O rendimento pode ser calculado como: , , , , % 3 3 Q 3 87 10 1 08 10 0 279 27 9 J J g 8 8 = = = = T Alternativa a. 3) O rendimento do ônibus com motor de combustão interna é dado por: , , , % Q Q Q Q 1 1 0 7 1 0 7 0 3 30 g ] ] g útil perdido = - = - = - = = A potência útil do ônibus com motor elétrico pode ser calculada pela relação: Potu = F 3 vm = m 3 a 3 vm Pelo enunciado, sabemos que o ônibus elétrico pode acelerar de 0 a 90 km/h em 10 segundos, ou seja, sua aceleração é de: ,a t v 10 25 2 5s m/s m/sS S 2= = = E que sua velocidade média é de 43,2 km/h ou 12 m/s. Então, sua potência útil é dada por: Potu = m 3 a 3 vm ] ] Potu = 15 3 10 3 kg 3 2,5 m/s2 3 12 m/s ] ] Potu = 450 kW O rendimento desse ônibus, então, é calculado por: , %Pot Pot 500 450 0 9 90kW kWg total útil= = = = Portanto, o rendimento do ônibus com motor elétrico (90%) é 3 vezes maior que o do ônibus convencional (30%). Alternativa d. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 39 5/26/15 10:24 AM APROVA enem • FÍSICA40 C2 H7 4 Os atuais modelos de refrigeradores residen- ciais foram inicialmente desenvolvidos por John Gorrie, um médico norte-americano que estudava doenças tropicais (especialmente a febre amarela) e pregava o esfriamento dos quartos hospitalares para reduzir a febre e deixar os pacientes mais confortáveis. Para isso, usava gelo em uma bacia suspensa no teto. Como o gelo precisava ser trazido de barco dos lagos congelados do norte e arma- zenado com serragem, Gorrie construiu, em 1844, um refrigerador baseado na retirada de calor de um gás durante a sua compressão. Do final dos anos 1800 até 1929, as geladeiras usavam gases tóxicos como refrigerantes, e vários acidentes fatais ocorreram na década de 1920 com o cloreto de metila que vazava das geladeiras; por isso, em 1928, os CFCs começaram a ser utilizados como substitutos dos gases tóxicos. O uso dos CFCs só foi re- visto em 1989, quando se verificou seu efeito danoso à camada de ozônio do planeta. Apesar dos percalços, a pesquisa sobre refri- geração ao longo dos anos trouxe praticidade aos aparelhos e economia para o consumidor, que reduziu seu consumo mensal ao longo dos anos. Isso nos indica que, do ponto de vista termodinâmico, os aparelhos gastam menos energia atualmente porque a) os gases refrigerantes utilizados atualmen- te têm melhor condutividade térmica, au- mentando o fluxo de calor do compressor para o interior do refrigerador. b) os materiais que compõem as paredes da geladeira atualmente são melhores condu- tores térmicos e o sistema de vedação foi aprimorado para garantir maior entrada de calor no interior do aparelho. c) os materiais que compõem as paredes da geladeira atualmente são melhores iso- lantes térmicos e o sistema de vedação foi aprimorado para garantir menor saída de calor do interior do aparelho. d) as temperaturas da fonte fria (interior do aparelho) e da fonte quente (ambiente ex- terno) diminuíram sua amplitude ao longo dos anos. e) o valor do kWh ficou mais barato e acessí- vel ao longo dos anos, diminuindo consi- deravelmente o custo mensal. C5 H17 5 O extintor de incêndio com CO2 é utilizado em situações que envolvem acidentes com materiais elétricos. Ao apertar o gatilho, o gás carbônico é expelido em razão da forte pres- são no interior do extintor, cerca de 12 MPa. Ao sair, o gás carbônico, além de se resfriar pela transformação gasosa, tem o seu volume expandido cerca de 60 vezes e, por ser mais denso que o ar, tende a descer, reduzindo assim o contato do material que está quei- mando com o oxigênio do ar. No entanto, seu uso requer cuidados extras, já que o CO2 pode causar asfixia no usuário por falta de oxigênio no ambiente. Jo ã o f á v e r o /f o to a r e n a Tomando a temperatura do extintor como a temperatura ambiente de 27 °C, um mol de gás ideal, ao ser expelido do extintor, terá sua temperatura reduzida para (Observação: Para facilitar os cálculos, con- sidere o gás carbônico como gás ideal e mo- noatômico e adote como pressão atmosférica o valor de 1 ∙ 105 Pa.) a) 20 °C b) -48 °C c) -88 °C d) -225 °C e) -269 °C 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 40 5/26/15 10:24 AM Termodinâmica 41 4) Em um sistema de refrigeração, como uma geladeira ou um ar-condicionado, o trabalho é recebido para que o calor oriundo da fonte fria seja transferido para a fonte quente. A potência consumida incide no trabalho realizado pelo compressor. Quanto menor a saída de calor do interior do aparelho, menor a quantidade de calor a ser retirada da fonte fria e menor será o trabalho gasto pelo compressor. Alternativa c. 5) Comparando 1 mol dentro do extintor com 1 mol fora dele, podemos usar a lei geral dos gases perfeitos para determinar a temperatura final do gás: T p V T p V T T p V p V T V V300 8 10 1 10 60 225 48K Pa Pa K C 3 3 ] 3 3 3 ] ] 3 3 3 3 3 w 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 6 5 = = = = =- Alternativa b. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 41 5/30/15 11:27 AM APROVA enem • FÍSICA42 C5 H17 6 Olharam-se mutuamente, em silêncio, sem que qualquer sombra de compreensão perpas- sasse entre os dois, esclarecendo os mistérios insondáveis da mecânica dos semoventes. Eis que impenetrável é o desígnio dos motores de explosão e traiçoeira a força dos acumuladores. — Elemento seco? Elemento seco! Secam-se os elementos e esotérico se torna o segredo que faz o poderio dos seres vivos no comando das máquinas inertes. Num repente de inspiração divinatória, com a voz embargada de emoção, ele sugeriu: — Deve ser o giguelê. Giguelê — palavra mágica que ele um dia ouviu alguém pronunciar, denunciando a existência de uma peça pequenina que não sabe para que serve nem onde fica, mas da qual certamente emana a energia que movimenta os automóveis, num fluxo de divina inspiração como o que movimenta a dança religiosa em torno à diminuta imagem de Exu e outros deuses pagãos. SABINO, Fernando. Quadrante 2. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1963. p. 108-110. No conto de Fernando Sabino, o mecânico identificou que o carro estava supera- quecendo por falta de água no radiador. Do ponto de vista termodinâmico, esse aquecimento impossibilita o movimento do carro porque a) o calor fornecido pelo motor é integralmente utilizado apenas para aquecer os gases resultantes da combustão. b) a água do radiador conduz o calor do motor para as engrenagens que movimen- tam o carro. c) a água do radiador funciona como acumulador de calor, utilizado para movimentar o carro. d)o radiador necessita de água para retirar calor do ambiente e ceder ao motor, propiciando a combustão interna. e) o radiador utiliza água para arrefecer o motor, fazendo-o operar com temperatura igual à do ambiente externo. 6) De acordo com a primeira lei da Termodinâmica, SU = Q - T, o calor fornecido pelo motor é convertido apenas em variação da energia interna, ou seja, ocorre aquecimento. Logo, se não há trabalho, toda energia térmica é absorvida pelos gases resultantes da combustão. Alternativa a. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 42 5/26/15 10:24 AM Termodinâmica 43 C5 H17 7 A palavra máquina origina-se do grego mechane, que significa qualquer dispositivo engenhoso ou invenção. Uma máquina é definida como um aparelho composto por várias partes com funções definidas. Heron de Alexandria, que viveu por volta de 130 a.C., era um grande inventor. Catalo- gou os primeiros instrumentos chamados de máquinas simples: a alavanca, a roda e eixo, a roldana, a cunha e a rosca. A máquina térmica é um dispositivo que transforma a energia interna de um combustível em energia mecânica. Também pode ser definida como o dispositivo capaz de converter calor em trabalho. Tanto as máquinas térmicas a vapor, que operam com o vapor de água produzido em uma caldeira, quanto as máquinas térmicas de combustão interna, que operam devido aos gases gerados pela queima de combustíveis, têm seu funcionamento baseado no aumento da energia interna das substâncias envolvidas e no trabalho realizado; e, tanto a energia interna quanto o trabalho dependem da quantidade de energia na forma de calor que foi transferida à substância. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/~leila/maquina.htm>. Acesso em: 13 abr. 2015. A aplicação dos conceitos termodinâmicos não se resume ao transporte ou à in- dústria, até mesmo algumas unidades geradoras de energia elétrica fazem uso desse princípio para sua produção. Segundo o conceito apresentado pelo texto, são exemplos de máquinas térmicas as usinas a) fotovoltaicas e as nucleares. b) termossolares e as nucleares. c) termoelétricas a diesel e as fotovoltaicas. d) termoelétricas a diesel e as eólicas. e) termossolares e as fotovoltaicas. 7) No funcionamento das máquinas térmicas, a energia térmica é convertida em energia mecânica. Analisando as alternativas, percebe-se que somente as usinas termossolares, as termoelétricas e as nucleares trabalham com o mesmo princípio, pois a usina fotovoltaica funciona por meio da conversão da energia solar, e a eólica, por meio da conversão da energia mecânica. Alternativa b. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 43 5/26/15 10:24 AM APROVA enem • FÍSICA44 C5 H17 8 Solo-Trec ao lado do engenheiro que ajudou a projetá-lo, Kyle Grindley. Uma parceria entre a Nasa, a Marinha dos Estados Unidos e investigadores de várias universi- dades norte-americanas demonstrou com sucesso o funcionamento do primeiro veículo robotizado subaquático a ser propulsionado na sua totalidade a partir da energia térmica dos oceanos. O Sounding Oceanographic Lagrangrian Observer Thermal RECharging (Solo-Trec) é um dispositivo subaquático autônomo que utiliza um inovador motor de recarga térmica alimentado pela diferença natural das temperaturas presentes em diferentes profundidades dos oceanos. Os tubos exteriores a bordo do Solo-Trec contêm gases que se expandem quando são aquecidos e efetuam o processo contrário quando a tempe- ratura abaixa. Essa expansão/contração produz um gás em alta pressão que pode ser usado para acionar um motor térmico. Disponível em: <http://wikienergia.com/~edp/ index.php?title=Ve%C3%ADculo_subaqu%C3%A1tico_ totalmente_abastecido_por_diferen%C3%A7as_de_ temperatura_do_mar>. Acesso em: 13 abr. 2015. (Adaptado.) Considerando ser de 27 °C a temperatura da água do mar na superfície e de 2 °C em águas pro- fundas, o rendimento termodinâmico teórico máximo do Solo-Trec, trabalhando entre essas duas temperaturas seria próximo de a) 8,4% b) 9,1% c) 91,6% d) 92,5% e) 100% C5 H18 9 Os balões meteorológicos são utilizados para leituras aéreas sem tripulantes e com baixo custo, o que garante a segurança e a aplicabili- dade do conhecimento sobre o comportamento dos gases no processo de Tecnologia da Infor- mação e no sensoriamento remoto, prevendo catástrofes e facilitando o mapeamento da superfície da Terra. Considere um balão preenchido com o vo- lume de 1,0 m3 de gás hélio no solo, a uma temperatura de 27 °C e pressão normal de 1 atm. Ao subir cerca de 10.000 metros, a pres- são atmosférica equivale a cerca de 0,4 atm e a temperatura já se encontra na casa dos -33 °C. Nesse caso, o gás hélio, por ser menos denso que o ar, continuará a subir e o volume ocupado pelo gás será de a) 0,8 m3 b) 2,5 m3 c) 3,0 m3 d) 2,0 m3 e) 1,0 m3 C5 H18 10 Ricardinho estava exultante, pois havia lido em uma revista que o motor perfeito havia sido criado, ou seja, esse motor aproveitava toda a energia disponível para o movimento – não havia desperdício com atritos nem superaque- cimento e todo o calor do combustível, extraído do próprio ar, era integralmente convertido em trabalho mecânico. O garoto ficou um pouco desapontado quando seu professor de Ciências lhe disse que uma revista em quadrinhos não pode ser conside- rada uma fonte confiável para a divulgação das conquistas científicas e que, certamente, esse motor contrariava os princípios da Física. Do ponto de vista termodinâmico, pode-se dizer que um motor que consegue converter todo o calor em trabalho útil contraria a) apenas o primeiro princípio da Termodi- nâmica. b) apenas o segundo princípio da Termodinâ- mica. c) o primeiro e o segundo princípios da Ter- modinâmica. d) nenhum dos princípios da Termodinâmica. e) o princípio das trocas de calor. S C r ip p S in S t it u t io n o f o C e a n o g r a p h y – u n iv e r S it y o f C a li f o r n ia , S a n D ie g o 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 44 5/26/15 10:24 AM Termodinâmica 45 8) O rendimento teórico máximo de uma máquina térmica é dado pelo rendimento dessa máquina funcionando no ciclo de Carnot: , , , %T T 1 1 300 275 1 0 916 0 084 8 4k kg 2 1= - = - = - = = Alternativa a. 9) O volume do gás à altitude de 10.000 m corresponde a: , , T p V T p V V p T p V T V 0 4 300 1 1 240 2 0atm k atm m k m 3 3 ] 3 3 3 ] ] 3 3 3 1 1 1 2 2 2 2 2 1 1 1 2 2 3 3 = = = = Alternativa d. 10) O primeiro princípio da Termodinâmica estabelece que o calor fornecido é a soma do trabalho útil realizado e da variação da energia interna do gás; logo, se a transformação gasosa for isotérmica, toda a energia proveniente do calor será convertida em trabalho. No entanto, de acordo com o segundo princípio da Termodinâmica, é impossível converter todo calor em trabalho, necessitando de fluxo de calor entre uma fonte quente e uma fonte fria. Alternativa b. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 45 5/26/15 10:24 AM APROVA enem • FÍSICA46 C5 H19 11 Os clorofluorcarbonetos, ou comumente chamados de CFCs, são haletos orgânicos for- mados, como o próprio nome diz, por cloro, flúor e carbono. Esses compostos também são conhecidos como fréons. Os mais comuns desse grupo são o triclorofluormetano (CCc3F) e o diclorofluormetano (CCc2F). Na década de 1970, descobriu-se que o grande responsável pela destruição da camada de ozônio é o uso desses fréons em refrigeradores – esses compostos estão presentes também em produtos tipo spray e em ares-condicionados. Até então eles eram considerados inertes. No entanto, os químicos Mário J. Molina e F. Sherwood Rowland relataram pela primeira vez, em 1974, que o ozônio (O3) poderia ser destruído pelos CFCs, causando um efeito devastador na atmosfera terrestre. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/quimica/destruicao-camada-ozonio-pelos-cfcs.htm>. Acesso em: 13 abr. 2015. (Adaptado.) Para estudar os efeitos dos CFCs, pesquisadores em um laboratório misturaram gáscloro, contido em um recipiente de 400 mL, à temperatura de 127 °C e pressão de 6 atm, com ozônio, contido em um recipiente de 500 mL, à pressão de 2 atm e tem- peratura de -23 °C. Desse modo, a mistura, colocada em um recipiente de 400 mL e submetida a uma pressão de 3 atm, apresentou temperatura de a) -224 °C b) 120 °C c) -128 °C d) -153 °C e) 52 °C 11) Para essa mistura, M, podemos utilizar a relação entre o número de mols e obter a temperatura final: , , , , , , , , , n n n R T P V R T P V R T P V R T R R T T 3 0 4 400 6 0 4 250 2 0 5 1 2 0 006 0 004 0 01 0 01 1 2 120 153 atm l k atm l k atm l atm l k atm l k atm l k atm l k C ] 3 3 3 3 3 3 ] ] 3 3 3 3 3 3 ] ] 3 3 3 3 ] ] w M M M M M M M 1 2 1 1 1 2 2 2 k = + = + = + = + = = = =- Alternativa d. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 46 5/26/15 10:24 AM TERMODINÂMICA 47 C5 H19 12 Nas usinas nucleares, a energia é obtida por meio da fissão nuclear, que corresponde à divisão de um núcleo atômico pesado e instável provocada por um bombardeamento de nêutrons moderados, originando 2 núcleos atômicos médios, liberação de 2 ou 3 nêutrons e uma quantidade colossal de energia. É exatamente a obtenção dessa energia que se pretende nas usinas e, portanto, nos reatores nucleares. O esquema abaixo nos ajuda a entender o funcionamento dos reatores nucleares. Torre de resfriamento Barras de combustível Reator Barras de controle Vaso de contenção Vapor de água Turbina de vapor Gerador de eletricidade Rede elétrica Condensador Água quente Água fria Fonte de água fresca Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/quimica/reator-nuclear.htm>. Acesso em: 13 abr. 2015. Do ponto de vista termodinâmico e segundo o esquema apresentado, a usina ter- monuclear é uma máquina térmica em que a fonte de água fresca funciona como a) uma acumuladora de energia sob a forma de calor. b) a fonte quente da máquina térmica. c) a fonte fria da máquina térmica. d) uma condutora do calor para a turbina. e) a fonte de isolamento térmico para o reator. 12) De acordo com o segundo princípio da Termodinâmica, as máquinas térmicas realizam trabalho ao retirar calor da fonte quente e conduzi-lo para uma fonte fria, que, nesse caso, é a fonte de água atuando no condensador. Alternativa c. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 47 5/30/15 11:28 AM APROVA enem • FÍSICA48 C6 H20 13 O fenômeno representado no gráfico a seguir é conhecido como “ilhas de calor” e ocorre no centro das grandes cidades em praticamente todo o mundo. A concentração de con- creto e asfalto e a pouca arborização acabam por elevar a temperatura, gerando gastos com refrigeração para propiciar o mesmo conforto térmico das pessoas que moram mais afastadas dos grandes centros. Rural Comercial Centro Residencial urbano Residencial suburbano 91 85 Te m pe ra tu ra (° F) Gráfico de ilhas de calor por região de uma cidade. Pesquisas têm sido realizadas com o intuito de minimizar essas consequên cias da concentração populacional e garantir qualidade de vida nas cidades, principalmente em relação aos efeitos que a elevação de temperatura tem sobre os integrantes de um novo “bioma” moldado pela modernidade. Em relação ao aquecimento do ar causado pelo fenômeno das ilhas de calor, tomando- -o como gás ideal e monoatômico, pode-se afirmar que a variação de energia interna de um único mol desse gás entre a área rural e a área central tem valor próximo de (Dado R = 8,3 J/mol 3 K) a) 18,4 J b) 27,7 J c) 41,5 J d) 49,8 J e) 74,7 J C6 H21 14 A segunda lei da Termodinâmica demonstra que, em um veículo com motor térmico, grande parte da energia proveniente da combustão de álcool, gasolina ou diesel é rejeitada em forma de calor para a fonte fria (radiador). Desse modo, cerca de 70% da energia é desperdiçada. Além disso, as fricções mecânicas (caixa, eixos, rolamentos) consomem 20% dessa energia e os acessórios elétricos consomem outros 20%. Um veículo com motor elétrico teria as mesmas perdas nas fricções mecânicas e nos acessórios elétricos; entretanto, esse tipo de motor apresenta cerca de 90% de ren- dimento, o que possibilita percorrer uma distância maior com a mesma quantidade de energia fornecida ao motor. Fornecendo aos dois motores, no mesmo intervalo de tempo, a mesma quantidade de energia de 1 kWh (ou 3,6 3 106 J), a diferença entre a potência útil a cada segundo que chega às rodas de um veículo com motor elétrico e às de outro com motor térmico é de a) 432 kW b) 1.296 kW c) 1.382 kW d) 1.440 kW e) 2.160 kW 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 48 5/26/15 10:25 AM Termodinâmica 49 13) Como a temperatura indicada no gráfico é dada na escala Fahrenheit, a variação de temperatura entre as áreas rural e central, em Kelvin, é dada por: ( ) T T T T T 5 9 9 5 9 5 91 85 9 30 3 10 k S S ] S 3S ] ] S 3 k f k f k = = = - = = Assim, a variação da energia interna para 1 mol do gás pode ser calculada por: , ,U nR T2 3 2 3 1 8 3 3 10 41 5mol mol k J k JS 3 S 3 3 3 3= = = Alternativa c. 14) No motor térmico, como a perda de energia é de 70%, significa que seu rendimento gT é de 30%. Assim, podemos calcular o trabalho TT desse motor: , , , Q Q 0 3 3 6 10 10 8 10J J g ] g 3 ] ] 3 3 36 5 t t t t t = = = = T T T O trabalho útil TU desse motor é dado pela diferença de TT e a dissipação pelas perdas no veículo: TU = 10,8 3 10 5 J - 2 3 0,2 3 10,8 3 105 J ] ] TU = (1 - 0,4) 3 10,8 3 10 5 J = 6,48 3 105 J Portanto, a potência útil por segundo, no motor térmico, é dada por: , ,Pot t 1 6 48 10 6 48 10s J WS 3 3 5 5 t u= = = T No entanto, no motor elétrico, de rendimento de 90% e mesmas perdas no veículo, temos a potência útil por segundo calculada por: , , , , , , ( , ) , , , , Q Q Pot t 0 9 3 6 10 32 4 10 32 4 10 2 0 2 32 4 10 1 0 4 32 4 10 19 44 10 1 19 44 10 19 44 10 J J J J J J s J W g ] g 3 ] ] 3 3 3 3 3 3 3 ] ] 3 3 3 S 3 3 6 5 5 5 5 5 5 5 e e e e u u e u e = = = = = - = - = = = = T T T T T T Assim, a diferença entre as potências úteis dos dois motores é de 12,96 3 105 W ou 1.296 kW. Alternativa b. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 49 5/26/15 10:25 AM APROVA enem • FÍSICA50 C6 H21 15 O departamento de nanotecnologia da Uni- versidade de Stuttgart, na Alemanha, fez os primeiros testes com o menor motor a vapor do mundo e descobriu que a máquina real- mente produz trabalho. O motor térmico convencional, inventado há quase 200 anos, consiste em um cilindro cheio de gás que é periodicamente aquecido e resfriado, fazendo com que o gás se expan- da e se contraia. O motor miniaturizado não é exatamente um motor térmico conven- cional encolhido: os cientistas tiveram que reinventar o motor em microescala, o gás é simplesmente uma minúscula esfera plástica circundada por água, uma partícula coloidal que mede cerca de 10.000 vezes mais do que um átomo. O pistão, por sua vez, foi substituído por um feixe de raio laser cuja intensidade varia pe- riodicamente, fornecendo uma quantidade de calor Q para a partícula. As forças ópticas do laser variam a amplitude máxima do mo- vimento da partícula coloidal, que exerce um trabalho sobre o meio externo. Em um ciclo, a temperatura aumenta e diminui para que o movimento seja realizado. Laser com frequência modulada Partícula coloidal Variação de temperatura °C Segundo a primeira lei da Termodinâmica, em um ciclo completo da partícula coloidal utilizada como nanomotor, a variação da energia interna da partícula e o trabalho va- lem, respectivamente, a) zero e zero. b) Q e zero. c) zero e Q. d) Q e Q. e) zero e 2Q. C6 H21 16 A lei de Wien é o princípio físico que relaciona o comprimento de onda de uma partícula e sua temperatura. Segundo esse princípio, o produto entre o comprimento de onda H e a temperatura absoluta T do material perma- nece constante, determinando uma emissão de onda para cada temperatura, o que possi- bilita a medição de temperatura de fornos desiderurgia, por exemplo. Utilizando por analogia esse princípio para as transformações gasosas, para que um gás com coloração vermelha (HV = 70 jm) contido em um cilindro de volume fixo passe a apre- sentar coloração azul (HA = 50 jm), sua pressão deverá ser a) aumentada em 35%. b) reduzida em 30%. c) aumentada em 40%. d) reduzida em 40%. e) aumentada em 140%. C6 H21 17 O processo tecnológico de busca por soluções mais eficientes para os motores térmicos se baseia na combinação das grandezas pres- são, volume, temperatura e calor e tem como objetivo se aproximar da eficiência teórica sugerida pelo físico francês Sadi Carnot. O ciclo de Carnot prevê a eficiência máxima que um sistema térmico pode atingir, pois tem o seu funcionamento baseado na menor perda possível de calor para a fonte fria. As transformações gasosas envolvidas no ciclo de Carnot são a) isotérmicas e isobáricas. b) isocóricas e adiabáticas. c) isotérmicas e adiabáticas. d) isocóricas e isobáricas. e) isobáricas e adiabáticas. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 50 5/26/15 10:25 AM TeRmOdInâmICA 51 15) Em um ciclo termodinâmico, os estados final e inicial do gás são idênticos; logo, a variação de energia interna do gás é nula (SU = 0). Portanto, pela primeira lei da Termodinâmica, Q = T + SU, o trabalho T vale Q. Lembre-se de que essa afirmação só é possível com base na primeira lei da Termodinâmica. Alternativa c. 16) Pela lei de Wien, podemos obter a relação da temperatura do gás com as colorações vermelha, TV, e azul, TA: T T T T T T T 70 10 50 10 7 5 m m H 3 H 3 ] H H 3 ] ] 3 3 36 6 v v a a v v a a v a a = = = =- - E, pela transformação isométrica, temos a relação da pressão em cada caso: , % T p T p p T T p p T T p p p 7 5 1 4 140 ] 3 ] ] 3 v v a a a v a v a a a v v v = = = = = Ou seja, a pressão tem aumento de 40%. Alternativa c. 17) O ciclo de Carnot trabalha com duas transformações adiabáticas, em que aumenta e diminui sua temperatura, e duas transformações isotérmicas, em que recebe calor da fonte quente e cede calor para a fonte fria. Alternativa c. 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M.indd 51 5/26/15 10:25 AM APROVA enem • FÍSICA Os princípios da Óptica geométrica, os conceitos de reflexão e refração da luz, o estudo do comportamento da luz em espelhos planos e esféricos ou em lentes esféricas delgadas são assuntos essenciais para a compreensão do funcionamento de diversos equipamentos utilizados no dia a dia, como os óculos e o projetor. Óptica geométrica questões CoMeNtaDas 52 As principais anomalias da visão e as lentes necessárias para a corre- ção de cada uma delas podem ser estudadas no capítulo 15 – Instru- mentos ópticos. C1 H2 A história dos óculos remonta à era pré-cristã. Os primeiros regis- tros de seu uso estão em textos do filósofo chinês Confúcio datados de 500 a.C. Então, os óculos não tinham grau e eram usados como enfeite ou como forma de distinção social. Embora as propriedades ampliadoras de um pedaço de vidro curvo fossem conhecidas desde pelo menos 2.000 a.C., a fabricação de lentes só se torna possível na Idade Média, com o aperfeiçoamento feito pelo matemático árabe Al-Hazen das leis fundamentais da óptica – parte da física que estuda os fenômenos relativos à luz e à visão. Nessa época, dentro dos mosteiros, berilo, quartzo e outras pedras preciosas são lapidadas e polidas a fim de produzir a chamada pedra-de- -leitura, um tipo de lupa muito simples. Em 1267, o monge franciscano Roger Bacon leva uma dessas pedras-de-leitura ao papa Clemente IV e consegue demonstrar sua utilidade para aqueles que têm alguma dificuldade de visão. O primeiro par de lentes com graus unido por aros de ferro e rebites surge na Alemanha em 1270. Esses óculos primitivos não têm hastes e são ajustados apenas sobre o nariz. Pouco depois, modelos semelhantes ao alemão aparecem em várias cidades italianas. Disponível em: <http://www.invivo.fi ocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=779&sid=7>. Acesso em: 21 maio 2015. Sem óculos Lentes para correção da anomaliada visão 1 Lentes para correção da anomalia da visão 2 Atualmente, os óculos são utilizados para a correção das mais diversas anomalias da visão. Na figura acima, as anomalias da visão 1 e 2 são, respectivamente, a) hipermetropia e miopia. b) miopia e hipermetropia. c) miopia e astigmatismo. d) presbiopia e hipermetropia. e) astigmatismo e presbiopia. Primeiro par de lentes com graus unido por aros de ferro e rebites. Museu Dell’Occhiale, Itália. D e a g O s t in i/g e t t Y iM a g e s D e a g O s t in i/g e t t Y iM a g e s 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 52 5/29/15 4:43 PM ÓPtICA geOmétRICA 53 As características ópticas dos pro- jetores podem ser estudadas no ca- pítulo 15 – Instrumentos ópticos – e as propriedades das lentes delgadas podem ser estudadas no capítulo 14 – Lentes esféricas delgadas. Resolução Para a correção da hipermetropia e da presbiopia são utilizadas lentes convergentes, que formam, para o objeto colocado próximo, uma imagem virtual, direta e maior que o objeto, por isso os olhos parecem maiores. Para a correção da miopia são utilizadas lentes divergentes, que for- mam sempre, para o objeto, uma imagem virtual, direta e menor que o objeto, por isso os olhos parecem menores. A correção do astigmatismo é feita por meio de lentes cilíndricas, que podem ser convergentes ou divergentes. Portanto, a anomalia da visão 1 pode ser a hipermetropia, a presbiopia ou o astigmatismo, enquanto a anomalia da visão 2 pode ser a miopia ou o astigmatismo. Dessa forma, a única alternativa que corresponde às anomalias de visão possíveis, de acordo com as figuras, é a alternativa a. C2 H6 Os projetores são dispositivos indispensáveis para muitos profissionais que utilizam a comunicação como principal ferramenta de trabalho; desde os primeiros projetores de slides, passando pelos retroprojetores, as lentes fazem parte desse processo de inclusão das tecnologias de informação e comunica- ção no cotidiano de várias instituições, incluindo aí escolas e universidades. Tela de projeção Projetor 3 metros A figura mostra, de forma simplificada, a distância entre um projetor e a tela de projeção em uma sala de aula. Para que a imagem tenha nitidez com uma ampliação de 60 vezes, é necessário que a lente utilizada no projetor seja a) convergente, com distância focal de aproximadamente 1,0 m. b) convergente, com distância focal de aproximadamente 5,0 cm. c) divergente, com distância focal de aproximadamente 5,0 cm. d) convergente, com distância focal de aproximadamente 2,8 cm. e) convergente, com distância focal de aproximadamente 3,2 cm. Resolução Os projetores são construídos com uma lente convergente, como a objeti- va, para que a imagem projetada seja real, invertida e maior que o objeto. Com base na figura e no enunciado (que diz que o aumento linear trans- versal é de 60 vezes, ou seja, A = -60; e a posição pe da imagem projetada, em relação à lente do projetor, é igual a 3 metros ou 300 cm), pode-se Lentes convergentes, divergen- tes e cilíndricas são utilizadas na correção das anomalias da visão. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 53 5/29/15 4:43 PM APROVA enem • FÍSICA54 calcular a posição p do objeto, em relação à lente do projetor, por meio do aumento linear transversal: e A o i p p p A p 60 300 5cm cm] e = =- =- =- - = Por fim, pode-se por meio da equação dos pontos conjugados (equação de Gauss) obter a distância focal f da lente: ,ef p f 1 1 1 5 1 300 1 300 61 61 300 4 9cm cm cm cm cm] ,= + = + = =p Como a lente do projetor é convergente e tem distância focal aproxi- mada de 5,0 cm, a alternativa correta é a b. C5 H17 (Enem) Uma proposta de dispositivo capaz de indicar a qualidade da gasolina vendida em postos e, consequentemente, evitar fraudes, poderia utilizar o conceito de refração luminosa. Nesse sentido, a gasolina não adulterada, na temperatura ambiente, apresenta umarazão entre os senos dos raios incidente e refratado igual a 1,4. Desse modo, fazendo incidir o feixe de luz proveniente do ar com um ângulo fixo e maior que zero, qualquer modifi- cação no ângulo do feixe refratado indicará adulteração no combustível. Em uma fiscalização rotineira, o teste apresentou o valor de 1,9. Qual foi o comportamento do raio refratado? a) Mudou de sentido. b) Sofreu reflexão total. c) Atingiu o valor do ângulo limite. d) Direcionou-se para a superfície de separação. e) Aproximou-se da normal à superfície de separação. Resolução Aplicando-se a lei de Snell-Descartes para o combustível não adulte- rado, temos: , ,n i n r r i 1 1 4 1 4sen sen sen sen3 3 ]ar comb.= = = y Aplicando-se a mesma lei para o combustível adulterado, temos: , ,n i n r r i 1 1 9 1 9sen sen sen sen3 3 e] ear comb. adult.= = = Dividindo-se os resultados y e , pode-se comparar os senos dos ân- gulos dos raios refratados, nos dois casos, obtendo a seguinte relação: , , , , r i r i i i r r r r1 9 1 4 0 74 0 74 sen sen sen sen sen sen sen sen sen sen e ] 3 e e ] e 3= = = =r rsen send c n m Ou seja, sen re < sen r, portanto: re < r. Então, o raio refratado se apro- xima mais da normal à superfície de separação no caso do combustível adulterado, o que corresponde à alternativa e. As alternativas b e c são desconsideradas, pois uma das condições para que ocorra a reflexão total, consiste no fato que a luz se propague do meio mais refringente para o meio menos refringente. Nas duas amos- tras de gasolina (adulterada e não adulterada), a luz se propaga do meio menos refringente (ar) para o meio mais refringente (gasolina). Portanto, não ocorre reflexão total. A lei de Snell-Descartes e os con- ceitos de ângulo limite e de refle- xão total podem ser estudados no capítulo 13 – Refração luminosa. Se sen a < sen b, então: a < b A posição pe da imagem, em re- lação à lente do projetor, é dada em metro; enquanto a distância focal f é dada em centímetro na maioria das alternativas. Caso necessite, a transformação entre essas unidades é dada por: 1 m = 100 cm 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 54 6/1/15 9:35 AM ÓPtICA geOmétRICA 55 questões propostas C1 H2 1 O cabo de fibra óptica utiliza um filamento de vidro transparente e com alto grau de pureza como meio físico. Seu diâmetro é tão fino quanto um fio de cabelo humano, sendo usado para transmitir raios de luz ao longo de grandes distâncias, permitindo carregar mi- lhares de informações digitais sem perdas significativas. Ao redor do filamento é aplicada uma cobertura de interface com menor índice de refra- ção, fazendo com que os raios sejam refletidos internamente, minimizando, assim, as perdas de transmissão. Os sistemas de comunicações baseados em fibra óptica utilizam lasers ou dispositivos emissores de luz (LEDS). Além disso, as fibras ópticas são imunes a interferências eletromagnéticas e a ruídos por não irradiarem luz para fora do cabo. Disponível em: <http://www.cianet.ind.br/pt/produtos/tecnologias/tecnologia-fibra-optica>. Acesso em: 23 abr. 2015. (Adaptado.) θ Interface Vidro Considerando o índice de refração do vidro como n1 = 1,5 e o índice de refração da interface n 32 = , para que o objetivo da fibra óptica seja cumprido, é necessário que a) a interface seja reflexiva. b) o ângulo J seja menor que 60°. c) o ângulo J seja igual a 60°. d) o ângulo J seja maior que 60°. e) o ângulo J tenha seno maior que 3 2 3 . 1) O ângulo limite é dado por: L n n sen maior menor= Como n1 < n2, temos: , L n n 3 1 5 2 3 3 1 2 3 3 3 3 2 3 sen 3 3 2 1= = = = = Logo, L = 60°. Alternativa d. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 55 5/29/15 4:43 PM APROVA enem • FÍSICA56 C1 H2 2 Portaria No 2.048, de 5 de novembro de 2002. 2 – DEFINIÇÃO DOS VEÍCULOS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL 2.1 – AMBULÂNCIAS Defina-se ambulância como um veículo (terrestre, aéreo ou aquaviário) que se destine exclusivamente ao transporte de enfermos. As dimensões e outras especificações do veí- culo terrestre deverão obedecer às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Téc- nicas) – NBR 14561/2000, de julho de 2000. [...] Disponível em: <www.anjosemergencia.com.br/portaria2048.doc>. Acesso em: 23 abr. 2015. (Adaptado.) Norma NBR 14561/2000 – Veículos para atendimento a emergências médicas e resgate 5 – REQUISITOS OPERACIONAIS 5.15 – Preparação para pintura, cores e marcações 5.15.4 – Emblemas e marcações O material para emblemas e marcações deve ser do tipo película autoadesiva, flexível e refle- tiva. [...] Os emblemas e marcações devem ser do tipo, tamanho, cor e localização como segue: Marcações frontais – A palavra “RESGATE”, em imagem espelhada, em letras de forma, em cor contrastante com a do veículo, [...] no mínimo com 10 cm de altura, centralizada acima da grade, sobre fundo branco ou laranja. [...] Disponível em: <http://www.primervida.com.br/site/ wp-content/uploads/legislacao/abnt14561_2000.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2015. Ju c a M a r t in s /O lh a r iM a g e M Texto 1 Texto 2 Essa medida é extremamente útil para que motoristas consigam ler o adesivo através do retrovisor de um veículo e permitir a passagem da ambulância com mais rapidez. Na foto, a propriedade física na imagem formada na re- flexão da luz que condiz com a norma técnica sobre a colocação das letras é a(o) a) difusão. b) enantiomorfismo. c) inversão. d) ampliação. e) redução. C1 H3 3 Observe uma notícia publicada em uma revista de circulação nacional no final dos anos 90. Na próxima quarta-feira [...] uma sombra se estenderá do nordeste dos EUA à Baía de Bengala, na Índia. É o último eclipse solar do milênio. O dia vai virar noite na Inglaterra, Fran- ça, Alemanha, Áustria, Luxemburgo, em toda a Europa Central, Turquia, Iraque, Irã e Paquistão. O fenômeno – que não será visível no Brasil – acontece dois dias antes de uma sexta-feira 13 e a 142 dias do ano 2000. [...] fanáticos acreditam que o eclipse é o indício do “fim dos tempos” pregado na Bíblia. Seguidores de Nostradamus vislumbram o sinal que deverá marcar a vinda do Grande Rei do Terror, anunciada nas famo- sas Centúrias. Dizem que os extraterrestres já estariam preparando os terráqueos para uma “alteração vibracional do planeta”. Astrólogos e esotéricos falam em sérias transformações na Terra e no surgimento de uma nova consciên- cia no homem. Tudo isso viria com o eclipse, também citado nas escrituras dos povos celtas e no Vishnu Purana, um dos textos sagrados do hinduísmo. [...] Disponível em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/ 32891_O+FIM+DO+MUNDO>. Acesso em: 27 abr. 2015. Os eclipses sempre despertaram a curiosidade e o medo no ser humano, porém, do ponto de vis- ta científico, um eclipse solar é retratado como a) uma ilusão de óptica causada pela atmos- fera terrestre. b) o alinhamento do sistema Sol-Terra-Lua, com a Terra no meio. c) o alinhamento do sistema Sol-Terra-Lua, com o Sol no meio. d) o alinhamento do sistema Sol-Terra-Lua, com a Lua no meio. e) a passagem da Terra pelo afélio, ponto mais distante do Sol. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 56 6/1/15 3:23 PM Óptica geométrica 57 2) Objeto e imagem no espelho plano constituem figuras enantiomorfas (formas contrárias). O espelho plano não inverte a imagem mas apenas troca a direita pela esquerda e vice-versa. Assim, o motorista lerá a palavra adequadamente pelo retrovisor. Alternativa b. 3) Os eclipses ocorrem por causa da propagação retilínea da luz e do alinhamento da Terra, da Lua e do Sol. A sombra da Lua projetada na Terra devido ao alinhamento dos três astros, conforme a figura a seguir, impede que o Sol seja visto da Terra nessa região de sombra, o que é definido como eclipse solar. TerraSol Lua Eclipse total Eclipse parcial Alternativa d. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 57 6/1/15 9:39 AM APROVA enem • FÍSICA58 C1 H3 4 Para o diagnóstico das anomalias da visãopodemos recorrer aos oftalmologistas, médicos com especialização em oftalmologia e ainda aos optometristas, os profissionais especializa- dos em optometria. A optometria é a ciência da área da saúde ligada à Física que trata da visão, principalmente dos problemas de saúde primários, ou seja, é o estudo dos problemas de visão não patológicos sob o ponto de vista físico. O optometrista não utiliza nenhum procedimento ou medicamento invasivo, ele só observa e aplica técnicas de avaliação qualitativa e quantitativa do sistema de visão do paciente e é considerado preventivo. Caso o profissional encontre qualquer problema ou alteração ocular de origem patológica, ele está apto a reconhecê-lo e encaminhar a um especialista. O papel do optometrista é avaliar e medir a estrutura de visão em aspectos funcionais e comportamentais, além de propor meios ópticos de correção dos defeitos encontrados no globo ocular. Disponível em: <http://www.brasilprofissoes.com.br/profissao/optometrista/>. Acesso em: 27 abr. 2015. O conhecimento popular, no entanto, tem um modo peculiar de identificar se a anomalia é a miopia ou a hipermetropia. Geralmente, quando se trata da hiper- metropia, o paciente costuma posicionar o objeto mais longe para que consiga ler. Para uma pessoa que consegue ler satisfatoriamente apenas a uma distância de 80 cm, em comparação a uma pessoa com visão normal, que consegue ler a 25 cm, o paciente precisará de uma lente a) divergente de 2,50 graus. b) divergente de 1,25 graus. c) convergente de 1,25 graus. d) divergente de 2,75 graus. e) convergente de 2,75 graus. C2 H6 5 O manual do proprietário de um veículo vendido no Brasil traz a informação a seguir sobre a utilização do espelho retrovisor. Espelhos externos Espelhos convexos O espelho convexo externo reduz os pontos cegos. O formato do espelho faz com que os objetos pareçam menores, o que afetará a capacidade de estimar as distâncias. Disponível em: <http://www.chevrolet.com.br/content/dam/Chevrolet/lat-am/Brazil/nscwebsite/pt/ Home/Owners/Vehicle%20Manuals/2013/02_pdf/Manual_Sonic_2013.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2015. Em relação aos princípios físicos da propagação da luz e da formação de imagens nos espelhos esféricos, o espelho convexo é utilizado nos veículos como retrovisor por promover a) a ampliação do campo visual, oferecendo uma imagem real, invertida e menor que o objeto. b) a redução do campo visual, oferecendo uma imagem virtual, direta e menor que o objeto. c) a ampliação do campo visual, oferecendo uma imagem virtual, direta e menor que o objeto. d) a redução do campo visual, oferecendo uma imagem real, direta e menor que o objeto. e) a ampliação do campo visual, oferecendo uma imagem virtual, direta e maior que o objeto. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 58 5/29/15 4:43 PM Óptica geométrica 59 5) A imagem fornecida pelo espelho convexo, de um objeto real, é sempre virtual, direta e menor que o objeto, o que promove a ampliação do campo visual, reduzindo, assim, os pontos cegos. Alternativa c. 4) A vergência da lente que corrige a hipermetropia, a lente convergente, é dada pela equação dos pontos conjugados: , , , , D f D 1 0 25 1 0 1 4 1 25 2 75 80m m di di di ] ] = = - = - = Alternativa e. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 59 5/29/15 4:43 PM APROVA enem • FÍSICA60 C2 H6 6 Os microscópios estereoscópios da série Karis [...] são utilizados no controle de qualidade de indústrias, pesquisas agrícolas, medicina, biolo- gia, botânica, veterinária, geologia, arqueologia, restauração de obras de arte, ensino e outras aplicações, tais como na assistência técnica eletrônica para a substituição de componentes em placas de circuito impresso, ou no reparo de pequenas peças como no caso de aparelhos auditivos e telefones celulares. COMPOSIÇÃO • Tubo binocular inclinado a 45° e 360° de giro; • Um par de oculares de campo amplo de 10X com 20 mm de diâmetro; • Objetivas de 2X e 4X; • Base porta-amostras circulares em vidro fosco [...], com 94,5 mm de diâmetro [...]; • Iluminação [...] com lâmpada de baixa volta- gem e alta intensidade de 12 volts e 10 watts; • Cabo de força com dupla isolação e plugue com três pinos: dois fases e um terra. Disponível em: <http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/REL/ REL%5B16722-1-2%5D.PDF>. Acesso em: 27 abr. 2015. O trecho acima foi lido por um aluno do En- sino Médio em um manual do usuário do mi- croscópio utilizado em um laboratório de bio- logia em sua escola. Com essas informações, é possível ao aluno concluir que o aumento máximo produzido pelo microscópio é de a) 200 vezes. b) 80 vezes. c) 40 vezes. d) 20 vezes. e) 10 vezes. C2 H7 7 Daltonismo é um distúrbio da visão que inter- fere na percepção das cores. Também chamado de discromatopsia ou discromopsia, sua principal característica é a dificuldade da pessoa para distinguir o vermelho e o verde e, com menos frequência, o azul e o amarelo. [...] A deficiência na visão das cores, própria do daltonismo, pode ser de três tipos: 1) protanopia – diminuição ou ausência do pig- mento vermelho, sensível às ondas de com- primento longo. Nesse caso, a pessoa enxerga em tons de bege, marrom, verde ou cinza; 2) deuteranopia – ausência ou diminuição dos cones verdes sensíveis às ondas de compri- mento médio. Na falta deles, a pessoa enxerga em tons de marrom; 3) tritanopia – dificuldade para enxergar ondas curtas como os diferentes tons de azul e o amarelo, que adquire tons rosados. [...] Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/d/ daltonismo/>. Acesso em: 29 abr. 2015. Um portador de daltonismo com deuterano- pia verá a bandeira do Brasil com o aspecto mostrado na alternativa a) b) c) d) e) 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 60 5/29/15 4:43 PM Óptica geométrica 61 6) O aumento produzido pelo microscópio é o produto entre o aumento produzido na ocular e o aumento produzido na objetiva. Dessa forma, o aumento máximo é dado pelas lentes de maior aumento: Amáx. = Aocular 3 Aobjetiva ] Amáx. = 10 vezes 3 4 vezes = 40 vezes Alternativa c. 7) Segundo o texto, essa anomalia faz com que alguns tons se aproximem do marrom para o observador. No caso da pessoa com deuteranopia, a bandeira terá a parte verde vista na cor marrom. Alternativa e. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 61 5/29/15 4:43 PM APROVA enem • FÍSICA62 C2 H7 8 Os óculos de grau trazem comodidade e conforto aos usuários que apresentam problemas de visão; no entanto, se os óculos estão errados, incomodam e aca- bam sendo abandonados. Nesse aspecto, é obrigatório o teste feito pelo oftalmologista para identificar se os óculos correspondem à necessidade do paciente. Quando são fabricados com as medidas erradas, não adianta forçar o uso, pois isso só vai piorar a situação visual do paciente. O uso de óculos errados pode trazer consequências sérias para a visão do usuário e muitos riscos em situações em que a visão plena é exigida, por exemplo, no trânsito. Disponível em: <http://blogsegurancatotal.blogspot.com.br/2012/04/ oculos-de-seguranca-com-grau.html>. Acesso em: 29 abr. 2015. (Adaptado.) Um paciente, reclamando de náuseas, cefaleias e visão embaralhada, além de apre- sentar visão dupla e dificuldade na avaliação de profundidade, leva os seus óculos ao oftalmologista para a verificação da receita (figura acima). O médico, após os testes, constata que as lentes são ambas divergentes e que a lente para o olho direito apresenta distância focal de 50 cm e para o olho esquerdo, distância focal de 80 cm, concluindo que a) as duas lentes estão erradas. b) as duas lentes estão corretas. c) apenas a lente para o olho direito está errada. d) apenas a lente para o olho esquerdo está errada. e) as lentes deveriam ser convergentes. C5 H17 9 Telescópio de espelho líquido Algumas imperfeições na produção do espelho podem afetar o desempenho do telescó- pio. Esse foi o problema com o Hubble: a curva de seu espelho principal estava deslocada por apenasuma fração da largura de um fio de cabelo, o que fez que a luz refletisse longe do centro do espelho, provocando imagens embaçadas. Uma opção encontrada para esse problema nos telecópios é a adoção de um líquido como seu espelho principal. O líquido, geralmente o mercúrio, é despejado em um prato giratório. A gravidade empurra a superfície do líquido para baixo, ao passo que a inércia mantém o líquido na borda do prato. Como resultado, o líquido forma uma parábola perfeita e unifor- me, a superfície refletora ideal para um telescópio. Os espelhos parabólicos possuem certas vantagens em relação aos espelhos esféricos, como a concentração dos raios paralelos em um único ponto sem aberrações na imagem. E o melhor de tudo, a superfície do espelho líquido permanece lisa e sem imperfeições com pouca ou nenhuma manutenção. Se o líquido se de- sestabilizar, a gravidade e a inércia agirão sobre ele para fazê-lo retornar a seu estado original. Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/telescopio-espelho-liquido1.htm>. Acesso em: 29 abr. 2015. (Adaptado.) Entendendo que em um espelho parabólico pode-se observar mais apropriadamente as condições de Gauss, a imagem de uma estrela extremamente distante captada pelo telescópio Hubble será formada no a) foco do espelho líquido. b) centro óptico do espelho líquido. c) infinito em relação ao espelho. d) ponto antifocal do espelho líquido. e) vértice do espelho líquido. PARA LONGE OD OE PARA PERTO OD OE Esférico – 2,00 – 2,50 Cilíndrico Eixo TABO DP 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 62 5/29/15 4:43 PM Óptica geométrica 63 8) A anomalia que impede o paciente de enxergar de longe é a miopia, que deve ser corrigida com lentes divergentes. A vergência da lente divergente é dada por: D f 1 =- Portanto, a distância focal das duas lentes para esse paciente deveria ser: , , , , f D f D 1 2 00 1 0 5 50 1 2 50 1 0 4 40 di cm di cm direita direita esquerda esquerda m m =- =- =- =- =- =- =- =- Assim, apenas a lente do olho esquerdo apresenta erro na fabricação. Alternativa d. 9) Quando um objeto é colocado no foco do espelho esférico, a imagem formada é imprópria, conhecida como “imagem no infinito”; logo, quando o objeto está posicionado no “infinito” em relação ao espelho, a imagem se forma no foco do espelho líquido. Alternativa a. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 63 5/29/15 4:43 PM APROVA enem • FÍSICA64 C5 H17 10 Os acidentes por afogamento ou lesão na água ainda constituem grande causa de mortes no Brasil. Ao mergulhar, por exemplo, é impor- tante seguir algumas instruções básicas de como proteger a coluna e a cabeça. Se você nunca pulou, não sabe uma técnica de como saltar, ou não conhece a profundidade da piscina ou do mar, é melhor não se arriscar. Por causa de uma atitude inconsequente, o que era para ser um momento de diversão e lazer, pode se tornar uma tragédia. ’O ideal é que a pessoa saiba realizar a técnica de salto e conheça a profundidade. Ou, então, não deve fazer nenhum salto que expo- nha ao perigo a cabeça e o pescoço. A gente não pode confiar na avaliação que fazemos ao olhar rapidamente para a água, pois a lâmina da água pode mascarar a real profundidade’, explica o chefe do Grupamento Marítimo, major Ferraz. Disponível em: <http://www.defi cienteciente.com.br/ 2011/05/mergulhar-sem-os-devidos-cuidados-pode- ocasionar-danos-irreversiveis-a-coluna.html>. Acesso em: 29 abr. 2015. (Adaptado.) A orientação do Grupamento Marítimo, ao alertar que a camada de água pode mascarar a real profundidade, está ligada ao fato de a água apresentar, fisicamente, a) maior índice de refração que o ar. b) menor índice de refração que o ar. c) maior velocidade de propagação da luz. d) mesmo índice de refração que o ar. e) alteração na frequência luminosa. C5 H18 11 Em uma licitação oficial, o Ministério da Saúde solicita espelhos odontológicos com as seguintes especificações: Item 31 — Espelho bucal; número 05 com cabo, imagem frontal de precisão; confeccio- nado em aço inoxidável polido, superfície esférica espelhada com raio de curvatura de 20 cm e sem dupla imagem, acabamento e polimento perfeitos; passível de esterilização em meios físico-químicos; embalado indivi- dualmente; constando externamente marca comercial e procedência – com registro na Anvisa. / 10 unidades. Disponível em:<http://www.jusbrasil.com.br/diarios/58121983/ dosp-executivo-caderno-1-22-08-2013-pg-183>. Acesso em: 29 abr. 2015. (Adaptado.) Os espelhos oftalmológicos são importantes instrumentos para os profissionais da saúde bucal por permitirem a visualização ampliada dos dentes superiores e o consequente trata- mento dentário. Atendendo às especificações da licitação, o espelho solicitado, posicionado a 2 cm do dente, fornecerá uma imagem a) real e ampliada 1,25 vezes. b) virtual e ampliada 1,25 vezes. c) real e ampliada 5 vezes. d) virtual e ampliada 5 vezes. e) virtual e ampliada 4 vezes. C5 H18 12 Vários autores, para explicar os instrumen- tos ópticos e para facilitar a assimilação, comparam o olho humano com a máquina fotográfica, como se pode notar na ilustração a seguir. Em uma licitação oficial, o Ministério da Saúde solicita espelhos odontológicos com a real profundidade, está ligada ao fato de a Objeto Trajetória da luz Lentes Filme (retina) Seguindo essa analogia, as máquinas fotográ- ficas utilizam o diafragma para determinar a quantidade de luz que entrará na máquina fotográfica; então, o comparativo ao diafrag- ma no olho humano seria a) a pupila. b) o cristalino. c) a córnea. d) o humor vítreo. e) o nervo óptico. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 64 5/29/15 4:43 PM ÓPtICA geOmétRICA 65 12) A pupila é a parte do olho, como um orifício de diâmetro regulável, que está situada entre a córnea e o cristalino e no centro da íris, responsável pela passagem da luz do meio exterior até os órgãos sensoriais da retina. Localiza-se na parte média do olho, ou úvea, e tem por função regular a quantidade de luz que passa para a retina, assim como faz o diafragma na máquina fotográfica. Alternativa a. 10) O dioptro plano é formado pela diferença no índice de refração na interface; no caso das piscinas e lagos, a profundidade aparente será menor que a profundidade real, pois a água apresenta maior índice de refração que o ar. Alternativa a. 11) Como a imagem fornecida é ampliada, trata-se de um espelho esférico côncavo. A distância focal corresponde à metade do raio de curvatura; portanto, é de 10 cm. A posição da imagem do dente, a 2 cm desse espelho, é dada por: , p p f p p p 1 1 1 1 1 1 1 10 1 2 1 10 1 5 4 10 2 5 cm cm cm cm cm e ] e ] ] e ] ] e = + = - = - = - = =- =- f p Ou seja, a imagem é virtual. E o aumento linear pode ser obtido por meio de: ( , ) ,A p p 2 2 5 1 25cm cme =- =- - = Alternativa b. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 65 5/29/15 4:43 PM APROVA enem • FÍSICA66 C5 H18 13 O texto a seguir relata histórias da tribo Coxipó, que antes habitava extensas regiões do estado do Mato Grosso e tinha o costume ancestral de pescar com arpão. – Mas como o ikuiaê* sabe onde o peixe está? – perguntou o pequeno curumim curioso sobre a pescaria da tribo. – Ele não sabe. O rio é o guardião dos peixes e os esconde dos animais grandes, da coruja e dos coxipós, então o ikuiaê tem que fazer de entendido e acertar para baixo de onde está vendo o peixe para enganar a água. O rio então reconhece a astúcia do pescador e leva o arpão até o peixe. – E todo mundo sabe esse segredo? – Não, só quem tem paciência de observar o rio correr devagar e brilhante consegue entender a magia da pesca. * Ikuiaê – Pescador com arpão PRADO, R. Costa. Diálogos com a cultura esquecida. Cuiabá: Melhoramentos, 1998. Aos olhos de uma criança, pode parecer algo inexplicável a pescaria com arpão; porém, cientificamente, a imagem do peixe é formada pelo dioptro plano água-ar, meios que apresentam diferentes índices de refração paraa luz. O que produz uma imagem do peixe acima de onde ele realmente se encontra. Para completar o cenário de mistério e curiosidade, se uma criança na margem de um rio de águas calmas e límpidas estiver observando o pescador, o arpão e o peixe, no momento de um disparo certeiro verá o arpão entrar na água e a) continuar em linha reta até acertar o peixe. b) entortar para cima e transpassar o peixe. c) entortar para baixo e atingir a presa. d) continuar em linha reta até o peixe subir até ele. e) continuar em linha reta até o peixe descer até ele. C5 H19 14 Quando era estudante de Medicina, tive uma experiência com uma amiga que encon- trei na porta do prédio onde haveria uma festa no 15o andar. Fui para o elevador e ela se dirigiu para as escadas. “Prefiro ir pelas escadas. Tenho medo de elevador” foi o que me disse. Eu insisti e insisti para que subíssemos juntos, e ela acabou concordando. Lá pelo 7o andar, entrou numa crise de pânico tão desesperada, que apertei o botão de emergência. O elevador parou e nós subimos pela escada até o local da festa. Minha amiga era portadora de um transtorno chamado claustrofobia (medo de lugares fechados) no qual a ansiedade é desencadeada por situações que para os outros não repre- sentam perigo nem ameaça. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/a/agorafobia/>. Acesso em: 29 abr. 2015. Uma das técnicas encontradas pelos designers de interiores e arquitetos para diminuir a sensação de pânico em pessoas claustrofóbicas em lugares pequenos e apertados é a colocação de espelhos planos nas paredes. Técnica também muito utilizada para decora- ção em ambientes fechados. O uso desse recurso se deve ao fato de que o espelho plano a) amplia a imagem fornecendo conforto visual em um ambiente pequeno. b) amplia aparentemente o espaço fornecendo uma imagem virtual e simétrica de um objeto no ambiente. c) aumenta o campo visual, fornecendo uma imagem real e ampliada do espaço do ambiente. d) diminui o campo visual, fazendo com que o ambiente pareça maior. e) amplia o campo visual por oferecer uma imagem com o dobro da distância que um objeto no ambiente tem do espelho. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 66 5/29/15 4:43 PM ÓPTICA GEOMÉTRICA 67 13) No enunciado, o indígena explicou que o arpão deve ser atirado abaixo de onde se vê o peixe. Ao acertar o peixe, o arpão parecerá entortar para cima ao entrar na água, visto que a profundidade aparente h na água é menor que a profundidade real H (figura a seguir). θ2 θ1 H h Observador Arpão Ar – meio 1 Água – meio 2 Alternativa b. 14) O espelho plano fornece uma imagem virtual, direta, simétrica em relação a si e do mesmo tamanho do objeto, por isso são utilizados por dobrar aparentemente as dimensões de um ambiente. Alternativa b. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 67 6/1/15 10:09 AM APROVA enem • FÍSICA68 C5 H19 15 c h in a P h O tO s /g e t t Y iM a g e s f Lente biconvexa convergente. Na maioria das áreas de preservação ambien- tal permanente é proibida a entrada portando objetos de vidro, plástico ou metal, por ofe- recer risco aos animais, poluir o ambiente e também por um fator menos conhecido pelo público: uma garrafa de vidro ou uma garrafa de plástico contendo água simulam uma lente biconvexa convergente que, dependendo do horário e da posição da garrafa, pode concen- trar os raios solares em um único ponto (foco), provocando queimadas e afetando grande parte da biodiversidade do local. Como exemplo, uma garrafa de plástico fino de diâmetro 10 cm, contendo água (nágua = 1,2), exposta a raios solares paralelos através do ar (nar = 1,0), apresentará esse ponto de concen- tração dos raios solares (foco) a uma distância do centro óptico da garrafa (lente) de a) 500,0 cm b) 50,0 cm c) 25,0 cm d) 15,0 cm e) 12,5 cm C5 H19 16 O microscópio é, seguramente, o instrumento mais importante da história da medicina, tanto na pesquisa e ensino, quanto no diagnóstico clíni- co. Sem ele não seria possível a bacteriologia, a histologia (estudo dos tecidos orgânicos) e a pa- tologia (estudo das bases orgânicas das doenças). O cientista holandês Antonie van Leeuwenhoek foi quem, pela primeira vez, utilizou microscó- pios para observar material biológico. Nesses aparelhos dotados de uma única lente, pequena e quase esférica que lhe conferia ampliação de cerca de 200 vezes, ele observou detalhadamen- te diversos tipos de material biológico, como embriões de plantas, os glóbulos vermelhos do sangue e os espermatozoides presentes no sêmen dos animais. No século XVII, tornou-se a ferramenta básica da pesquisa médica, sendo usado por grandes nomes como Pasteur, Koch, Virchow e muitos outros. Disponível em: <http://www.sabbatini.com/renato/correio/ciencia/ cp000225.htm>. Acesso em: 30 abr. 2015. (Adaptado.) Vista frontal Vista lateral Parafuso de regulagem Placa de metal Placa de metal Suporte do material Material biológico Lente Representação esquemática do microscópio criado por Leeuwenhoek. Para que o cientista Leeuwenhoek, por volta do ano de 1700, conseguisse uma imagem nítida da ampliação do material biológico colocado a 1 cm da lente, a vergência da lente utilizada deveria ser de a) 200,0 dioptrias. b) 100,5 dioptrias. c) 100,0 dioptrias. d) 99,5 dioptrias. e) 1,0 dioptria. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 68 5/29/15 4:43 PM ÓPtICA geOmétRICA 69 15) A distância focal dessa lente, simulada pela garrafa com água, pode ser obtida pela fórmula dos fabricantes de lentes: , , , , , , , , f n n f f f R R 1 1 1 1 0 1 2 1 0 05 1 0 05 1 1 0 2 0 05 2 0 125 12 5 1 1 m m m m cm ] ] 3 ] 3 ] 3 ] meio lente meio lente = - = - + = = = +d e e e n o o o Alternativa e. 16) A posição da imagem, para o material biológico colocado a 1 cm da lente de ampliação de 200 vezes, é: A p p p A p 200 1 200cm cm e ] e 3 3=- =- =- =- o que indica que a imagem é virtual. Finalmente, para calcular a vergência da lente, temos: , ( ) ,D p 1 1 0 01 1 2 1 100 2 1 99 5m m die= + = + - = - =p Alternativa d. 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M.indd 69 5/29/15 4:43 PM APROVA ENEM • FÍSICA Os fenômenos ondulatórios relacionados ao som e à luz constituem métodos, processos ou procedimentos que contribuem para a solução de problemas de ordem social, econômica ou ambiental presentes no dia a dia, como a ação de filtros solares para a proteção da pele. Ondulatória QUESTÕES COMENTADAS 70 Entre os principais fenômenos on- dulatórios, a difração, a refração e a polarização de ondas podem ser es- tudadas no capítulo 17 – Ondas –; a interferência entre ondas, no capí- tulo 18 – Interferência de ondas –; e a ressonância aplicada às ondas so- noras, assim como o efeito Doppler, no capítulo 19 – Acústica. C1 H2 (Enem) Ao sintonizarmos uma estação de rádio ou um canal de TV em um aparelho, estamos alterando algumas características elétricas de seu circuito receptor. Das inúmeras ondas eletromagnéticas que chegam simultaneamente ao receptor, somente aquelas que oscilam com deter- minada frequência resultam em máxima absorção de energia. O fenômeno descrito é a a) difração. b) refração. c) polarização. d) interferência. e) ressonância. Resolução A difração de ondas é explicada por meio do princípio de Huygens: quando a frente de onda principal atinge os pontos de abertura, as fontes das frentes de ondas secundárias, que se formam a partir desses pontos, mudam de direção de propagação em relação à onda principal, contornando o obstáculo. A refração de ondas ocorre sempre que a onda atravessa uma super- fície que separa dois meios, havendo mudança na sua velocidade de propagação. A interferência é o fenômeno resultante da superposição de duas ou mais ondas. A polarização de ondas consiste em fazê-las passar por um aparelho chamado polarizador. Dessa forma, a onda passa a apresentar oscilações em um mesmo plano. É importante destacar que somente as ondas transversais podem ser polarizadas. A ressonância,no contexto do enunciado, ocorre quando as ondas eletromagnéticas que chegam ao receptor têm a mesma frequência do circuito receptor, havendo, então, a máxima absorção de energia. Dessa forma, a alternativa e apresenta o fenômeno descrito. A ressonância, assim como os demais fenômenos ondulatórios, ocorre para qualquer tipo de onda (mecânica, sonora, eletro- magnética, entre outras). 070-095-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 70 6/1/15 3:31 PM OndulAtóRIA 71 O fenômeno da interferência entre ondas pode ser estudado no capí- tulo 18 – Interferência de ondas. C2 H6 Todo passageiro de voos comerciais em território brasileiro é advertido formalmente, por meio de informes em luminosos e manuais de segu- rança, de que o celular seja desligado durante a viagem. Entretanto, a discussão sobre o tema já dura 20 anos e ainda não há previsão para um consenso: O celular realmente interfere na comunicação do avião com a torre de comando? Temos ainda poucos dados científicos e a regra estadunidense que proíbe o uso de celulares nem sequer é uma lei nacional. O Federal Communi- cations Commission (FCC), agência estadunidense que regula o setor de comunicações (semelhante à Anatel – Agência Nacional de Telecomuni- cações), chegou a realizar uma investigação em 2004, mas a pesquisa foi abandonada três anos depois, alegando ainda não ter informações suficientes para uma análise conclusiva sobre o assunto. O fato científico é que os celulares emitem ondas eletromagnéticas em uma banda de frequência da ordem de gigahertz (GHz) e o avião se co- munica com a torre de comando na frequência da ordem de megahertz (MHz); no entanto, não existem testes de controle para verificar e uni- ficar as frequências emitidas pelos celulares, o que proporcionaria uma possibilidade, ainda que remota, de interferência. Nos pousos e decola- gens, períodos considerados críticos e que exigem atenção redobrada da tripulação e dos controladores de voo, a recomendação de todas as companhias aéreas é que se desligue o celular. Nesses momentos, ocorre comunicação entre piloto e torre de comando, com orientações impres- cindíveis para que a aeronave possa decolar ou pousar com segurança. Interferências na comunicação durante os períodos de pouso e decolagem podem ocasionar erros em procedimentos e manobras que, por sua vez, podem levar a acidentes. Para que ocorra a interferência entre as ondas eletromagnéticas emitidas pelos celulares e pelas torres de comando, é necessário que o aparelho celular tenha grande potência e que ambas as fontes emitam ondas a) de alta frequência. b) de baixa frequência. c) coerentes entre si. d) incoerentes entre si. e) de mesma velocidade. Resolução Para que ocorra a interferência de ondas eletromagnéticas é necessário que as ondas sejam coerentes. Ondas coerentes são aquelas com mesma frequência e diferença de fase definida, ou seja, a frequência emitida por uma onda não se altera ao longo da propagação, causando inter- ferência construtiva ou destrutiva dependendo da trajetória percorrida pelas ondas. Dessa forma, a alternativa correta é a c. A interferência ocorre para qual- quer tipo de onda (mecânica, sonora, eletromagnética, entre outras). 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 71 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA72 C2 H7 O decibelímetro é um aparelho utilizado para a medição do nível sonoro em diversos ambientes e situações do cotidiano. Para o controle desses níveis, com o objetivo de preservar a saúde das pessoas e, consequentemente, a sua qualidade de vida, são elaboradas leis com o objetivo de estabelecer limites seguros para os níveis sonoros. Poluição sonora [...] Para utilizar som mecânico ou ao vivo em estabelecimento comer- cial, o proprietário deve requerer licença mediante a Administração Regional. Para isso, ele deve apresentar um laudo que comprove isola- mento acústico no local. Nesse caso, durante o dia o [nível sonoro] [...] permitido é de 60 decibéis (dB) e à noite é de 55 (dB). Já em indústrias, o número varia de 70 dB diurnamente e 60 dB noturnamente. O [nível sonoro] [...] máximo permitido para áreas residenciais, hospitalares e escolares é de 50 dB durante o dia e 45 dB à noite. Essa determinação se enquadra tanto para emissão de som em veículos co- merciais e particulares, quanto para som mecânico e/ou ao vivo dentro de residências. Já em áreas rurais, sítios e fazendas, os volumes máximos permitidos são 40 dB durante o dia e 35 dB à noite. Lei que rege essa atuação: Lei no 4.092, regulamentada pelo decreto no 33.868/2012. Disponível em: <http://www.seops.df.gov.br/frentes-de-fiscalizacao/poluicao-sonora.html>. Acesso em: 24 maio 2015. (Adaptado.) Com base nas informações do texto, quantas vezes o nível sonoro máxi- mo diurno permitido para as indústrias é mais intenso que o nível sonoro máximo permitido para as áreas rurais, também durante o dia? a) 1.000 vezes b) 100 vezes c) 10 vezes d) 3 vezes e) 1,75 vez Resolução Com base nas informações do texto, sabemos que o nível sonoro má- ximo permitido para as indústrias durante o dia é de 70 dB. Assim, a intensidade (I70) desse som é dada por: d log log log I I I I I I 10 70 10 10 7 10 10 10 10 W/m 3 ] 3 ] ] ] 0 70 12 70 12 70 7 12 70 70 5 2` = = = = = - - - - f f f p p p E como o nível sonoro máximo permitido para as áreas rurais durante o dia é de 40 dB, a intensidade (I40) desse som é dada por: d log log log I I I I I I 10 40 10 10 4 10 10 10 10 W/m 3 ] 3 ] ] ] 0 40 12 40 12 40 4 12 40 40 8 2` = = = = = - - - - f f f p p p A relação entre as intensidades dos níveis sonoros de 70 dB (I70) e 40 dB (I40) é dada por: . .I I I I I I 10 10 10 1 000 1 000 W/m W/m ] 40 70 8 2 5 2 40 70 3 70 40`= = = =- - Portanto, a alternativa a é a correta. Os conceitos de intensidade físi- ca do som (I) e nível sonoro (d) podem ser estudados no capítulo 19 – Acústica. A relação entre o nível sonoro (d) e a intensidade física do som (I) é dada por: log I I10d 3 0 = e o em que I0 = 10 -12 W/m2. A relação entre os níveis sonoros dos sons citados é: ,40 70 1 75dB dB d d 40 70 = = 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 72 5/30/15 2:30 PM OndulAtóRIA 73 Os fenômenos ondulatórios podem ser estudados no capítulo 17 – Ondas. C5 H19 Indispensáveis para a proteção contra os raios ultravioleta provenientes do Sol, os filtros solares ganharam, nos últimos anos, status de unanimi- dade entre os cientistas pela prevenção de uma série de doenças da pele. Existem dois tipos de filtros solares, chamados, respectivamente, de físico e químico. Este último faz a radiação do Sol perder sua porção nociva à pele por meio de uma reação química. “O processo é parecido com o da fotossíntese. A folha capta a radiação e a transforma em outro tipo de energia, que será empregada no seu desenvolvimento. O filtro solar químico faz a radiação solar pular um degrau em seu nível de energia, o suficiente para dissipá-la e transformá-la em energia inofensiva”, afirma a dermatologista Ana Paula Gomes Meski, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Já o filtro do tipo físico forma uma barreira de proteção que funciona como um espelho para a porção agressiva da radiação. Por não terem um processo químico envolvido em sua ação, são muito usados em crianças e pessoas alérgicas. “O ideal, porém, é usar um produto que misture os dois agentes de combate à radiação. Deve-se aplicar o produto com abundância – pois camadas muito finas não protegem a pele direito – cerca de 15 a 30 minutos antes de tomar Sol. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/ como-funcionam-os-filtros-solares>. Acesso em: 8 maio 2015. (Adaptado.) Os fenômenos ondulatórios relacionados à forma de proteção do usuá- rio contra a radiação ultravioleta do Sol nos filtros físico e químico são, respectivamente, a) reflexão e refração. b) dispersão e absorção. c) polarização e difração. d) reflexão e absorção. e) dispersão e refração. Resolução Osfenômenos ondulatórios nos filtros solares estão relacionados à reflexão da radiação ultravioleta no filtro físico (figura I) e à absorção dessa radiação no filtro químico (figura II), convertendo a energia radiante proveniente das altas frequências da radiação ultravioleta em calor dissipado para o corpo. Portanto, a alternativa correta é a d. Figura I: No filtro físico, ocorre a reflexão da radiação ultravioleta. Figura II: No filtro químico, ocorre a absorção da energia radiante de alta frequência em calor. A reflexão da radiação ultravio- leta no filtro físico é análoga à reflexão da luz em um espelho. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 73 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA74 C1 H1 1 Um astronauta, em uma missão espacial, foi incumbido de medir a aceleração da gravi- dade na superfície da Lua. Para esse intento, adotou os seguintes procedimentos: • amarrou uma pequena pedra na ponta de um barbante com 42 cm de comprimento; • colocou o “pêndulo” para oscilar com um ângulo pequeno até permanecer com fre- quência constante; • mediu com um cronômetro o tempo ne- cessário para que o pêndulo completasse uma oscilação, obtendo 3,14 segundos. Apenas com esses procedimentos, e sem nenhuma informação adicional, é a) impossível determinar a aceleração da gravidade na Lua. b) possível calcular a aceleração da gravidade na Lua, obtendo o valor de 1,05 m/s2. c) possível calcular a aceleração da gravidade na Lua, obtendo o valor de 1,58 m/s2. d) possível calcular a aceleração da gravidade na Lua, obtendo o valor de 1,60 m/s2. e) possível calcular a aceleração da gravidade na Lua, obtendo o valor de 1,68 m/s2. C1 H1 2 Segundo o princípio de Huygens, cada ponto na frente de onda age como uma fonte produzindo ondas secundárias que se espalham em todas as direções e com a mesma frequência que a onda original. A função envelope das frentes de onda das ondas secundárias forma a nova frente de onda total. Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/otica/universitario/ difracao/huygens/>. Acesso em: 6 maio 2015. (Adaptado.) Considere uma cuba com água e um oscilador que produz ondas com frequência constante, esquematizado na ilustração abaixo. Segundo o princípio de Huygens, ao colocar- mos um obstáculo com abertura de tama- nho próximo ao comprimento das ondas se propagando na cuba, a figura que apresenta a forma de propagação das ondas após o obstáculo será a) b) c) d) e) questões propostas 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 74 5/30/15 2:30 PM OndulAtóRIA 75 1) O período T do pêndulo em MHS é dado por: T g L2s= Em que L é o comprimento do fio, e g, a aceleração da gravidade no local. Assim, é possível obter a aceleração da gravidade na Lua gLua: ( , ) , , T g L T g L g T L 2 4 4 4 3 1 0 42 1 68 4 s m m/s s ] s 3 ] ] s 3 s 3 2 2 2 2 2 2 2 Lua Lua Lua = = = = = Alternativa e. 2) Segundo o princípio de Huygens, cada frente de onda representa uma nova fonte de onda, permitindo a difração. Como a frequência é a mesma, o comprimento de onda deve ser o mesmo, como ocorre nas alternativas d e e. Ao passar pelo orifício no obstáculo, a frente de onda o contorna, ocorrendo difração. Alternativa d. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 75 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA76 C1 H1 3 Um estudante distraído, em seu momento de lazer, estava sintonizando com um fone de ouvido acoplado em seu celular a estação de rádio Relax FM, que opera na frequência de 94,3 MHz. Ao mergulhar em uma piscina, esqueceu-se de tirar o fone e o celular do bolso da bermuda. Adotando c = 3 3 108 m/s para a velocidade das ondas de rádio no ar, nágua = 1,3 como o índice de refração absoluto da luz na água, e considerando que o celular do estudante é de um modelo que pode ser submerso sem nenhum tipo de dano, é possível afirmar que o estudante, dentro da água a) perde a sintonia das ondas de rádio, pois passarão a ter frequência próxima de 122,6 MHz; porém, continuarão a se pro- pagar com a mesma velocidade na água. b) perde a sintonia das ondas de rádio, pois passarão a ter frequência próxima de 72,5 MHz; porém, continuarão a se propa- gar com a mesma velocidade na água. c) continua ouvindo a estação, pois as ondas manterão a mesma frequência que pos- suíam no ar; porém, a velocidade das on- das será reduzida para aproximadamente 2,3 3 108 m/s. d) continua ouvindo a estação, pois as ondas manterão a mesma frequência que pos- suíam no ar; porém, a velocidade das ondas será aumentada para 3,9 · 108 m/s. e) continua ouvindo a estação, pois as ondas manterão a mesma frequência e a mesma velocidade que possuíam no ar. C1 H1 4 [...] “É preciso que as pessoas estejam atentas à in- tensidade do som. Escutar música por muitas horas seguidas e em um volume alto pode ser nocivo para a audição, especialmente para quem tem o hábito de usar fones de ouvido”, diz a fonoau- dióloga Fernanda Abalen Dias, coordenadora da especialização em Audiologia da Pontifícia Uni- versidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Recentemente, durante o 20o Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, na capital federal, ela apresentou os resultados de um estudo que desenvolveu com o objetivo de mostrar a inten- sidade sonora dos fones de ouvido usados por jovens universitários. “O volume médio variou Texto 1 entre 93 e 101 decibéis, o que é muito acima do limite de 85 decibéis.” [...] Disponível em: <www.ufpe.br/agencia/clipping/index.php? option=com_content&view=article&id=9131:perigos-do-mundo- sonoro&catid=129&Itemid=122>. Acesso em: 6 maio 2015. A orelha humana pode detectar intensidades sonoras que vão desde 10-12 W/m2 até 1 W/m2. Como se trata de um intervalo muito grande, é empregada a escala logarítmica de base dez para definir o nível de intensidade sonora d, dado em decibel (dB): d(dB) = 10 3 log I I 0 e o, onde I é a in- tensidade sonora e I0, a intensidade de referência de 10-12 W/m2. OKUNO, E.; CALDAS, L.; CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas, São Paulo: Harbra, 1986. p. 225. Considere: 100 = 1; 100,5 = 3,16; 100,9 = 7,94. De acordo com as informações trazidas pela fonoaudióloga, os estudantes universitários estão ouvindo música em seus fones de ou- vido em uma intensidade, no mínimo, a) 1,1 vez maior do que a recomendada. b) 6,3 vezes maior do que a recomendada. c) 8 vezes maior do que a recomendada. d) 16 vezes maior do que a recomendada. e) 108 vezes maior do que a recomendada. C1 H1 5 O Damson Headbones é um par de fones que funciona de maneira diferente em relação a outros aparelhos do gênero. Em vez de levar o som até o canal auditivo, o dispositivo usa uma tecnologia de vibração óssea, chamada de Incisor Diffusion Technology (IDT), para conduzi-lo. A técnica já é utilizada em outros produtos da marca. A principal vantagem do Headbones está na diminuição dos danos ao ouvido, um dos proble- mas recorrentes do som para a audição humana. O equipamento funciona por tecnologia Bluetooth e vem com fones extras que abafam os sons externos, caso o usuário esteja dentro de um local fechado. Disponível em: <http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/ 2014/06/balancar-o-esqueleto-ganha-novo-sentido-com-os- fones-headbones.html>. Acesso em: 6 maio 2015. (Adaptado.) A razão entre o comprimento de onda da nota musical lá (440 Hz) reproduzida pelo fone de vibração óssea e por um fone de ouvido convencional é (Dados: velocidade do som no ar = 330 m/s; velocidade do som no osso = 2.800 m/s) a) 0,12 b) 0,75 c) 1,3 d) 6,36 e) 8,48 Texto 2 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 76 5/30/15 2:30 PM Ondulatória 77 3) A frequência das ondas não se altera na refração; porém, necessariamente, quando há mudança do meio de propagação, a velocidade da onda é alterada, de acordo com o índice de refração do meio. A velocidade das ondas na água será de: , ,n v c v n c 1 3 3 10 2 3 10m/s m/s] 3 3 8 8 água água = = = = Alternativa c. 4) A intensidademínima captada pela orelha humana, segundo o texto, é de I0 = 10 -12 W/m2. A intensidade sonora para o limite de volume de 85 decibéis então é de: ( ) , , log log log log log log log logI I I I I I I I I I 10 10 10 85 10 8 5 12 3 5 10 10 W/m d 3 ] d ] ] ] ] ] ] d ] , 0 0 0 12 3 5 2 limite = = - = - = + =- = = - - e eo o E a intensidade sonora para o valor mínimo de volume nos fones dos jovens, de 93 decibéis, é de: ( ) , , log log log log log log I I I I I I 10 10 93 10 9 3 12 2 7 10 W/m d ] ] ] ] ] , 0 12 2 7 2 mínimo = - = - = + =- = - - A relação entre esses dois valores de intensidade é de: ,I I I I I I 10 10 10 10 6 3 W/m W/m ] 3 ] 3, , , , 3 5 2 2 7 2 0 8 0 8 limite mínimo mínimo limite mínimo limiteb= = =- - Alternativa b. 5) Pela relação entre a velocidade do som v, o comprimento de onda H e a frequência f dessa onda, podemos obter a relação entre o comprimento de onda da nota musical lá reproduzida pelo fone de vibração óssea Hosso e por um fone de ouvido convencional Har: . . , f f f f f f f f v v v v 2 800 330 330 2 800 8 48 m/s m/s m/s m/s H ] H H H H H osso lá osso lá ar lá ar lá ar osso lá lá = = = = = = = = Alternativa e. 070-095-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 77 6/1/15 9:46 AM APROVA enem • FÍSICA78 C1 H1 6 Um fisioterapeuta recomendou a um paciente com o ombro lesionado a aquisição de um kit de elásticos extensores para a realização de exercícios para o fortalecimento da mus- culatura. Os elásticos possuem a mesma constante elástica k e podem ser acoplados nos suportes em paralelo ou em série. Como o paciente precisa de um exercício que exija grande força e pouca amplitude de movimento, o fisioterapeuta pode indicar ao paciente que instale no suporte dois elásticos associados em a) paralelo, o que resulta em uma constante elástica equivalente de 2k. b) paralelo, o que resulta em uma constante elástica equivalente de k2 . c) série, o que resulta em uma constante elástica equivalente de 2k. d) série, o que resulta em uma constante elástica equivalente de k2 . e) paralelo, o que resulta em uma constante elástica equivalente de k. C1 H2 7 Ambientes vazios muito grandes costumam apresentar o fenômeno acústico conhecido como “eco”, o que dificulta a comunicação e a compreensão da mensagem, principalmente em auditórios ou salas de aula. Se for em um salão de festas, então, nem se fala: o ruído de pessoas conversando, somado à música alta, provoca um desconforto enorme e pode preju- dicar sua festa. A palavra chave para reduzir o eco em ambientes é absorção sonora. Você precisa encontrar uma maneira de diminuir a reflexão, colocando elementos que absorvam o ruído. Existem alguns materiais que possuem essas ca- racterísticas: tecidos grossos, como cortinas de veludo e tapetes; móveis e objetos de madeira; e material isolante no forro. Porém, a melhor forma de evitar o eco ainda é a boa prática do planejamento dos profissionais envolvidos antes da construção do ambiente. Disponível em: <http://amplitudeacustica.com.br/blog/reduzir- o-eco-em-ambientes>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) Ao projetar uma sala de aula, um arquiteto adotou o tempo de 10 1 segundo como o inter- valo para que a orelha humana perceba sons distintos e calculou a distância máxima D entre a fonte sonora e a parede. Ele fez isso com o intuito de evitar o eco e promover ou- tro fenômeno acústico através do qual o ou- vinte tem a sensação de que o som ainda não foi extinguido por receber dois estímulos do mesmo tipo em menos de 10 1 segundo, o que pode facilitar a compreensão da mensagem. Considerando a velocidade do som no ar como 346 m/s, a distância D e o fenômeno pretendido pelo arquiteto são a) 34,6 metros e batimento. b) 17,3 metros e ressonância. c) 69,2 metros e ressonância. d) 17,3 metros e reverberação. e) 34,6 metros e reverberação. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 78 5/30/15 2:30 PM Ondulatória 79 7) A distância mínima que o som percorre para uma pessoa perceber o eco é dada por: ,t s s tv v 346 10 1 34 6m/s s mS S ] S 3S 3= = = = Como as ondas sonoras são refletidas na parede e retornam à orelha, a distância deve ser dividida por dois, logo: , ,D s2 2 34 6 17 3 m mS= = = Esse fenômeno acústico é conhecido como reverberação. Alternativa d. 6) A associação em paralelo aumenta o valor da força elástica e mantém a elongação x do elástico. A constante elástica equivalente para a associação em paralelo kp é dada por: kp = k1 + k2 = k + k = 2k Alternativa a. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 79 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA80 C1 H2 8 O exame médico conhecido como doppler é uma das modalidades da ultrassonografia, método de produzir, em tempo real, imagens em movimento das estruturas e órgãos do corpo, graças ao efeito Doppler, descoberto em 1852 pelo físico austríaco Johann Christian Andreas Doppler. Segundo ele, há uma alteração da frequência nas ondas (sonoras ou outras) percebidas pelo observador em virtude da aproximação ou do afastamento entre ele e a fonte sonora. A ciência conseguiu transformar essa descoberta em imagens e utilizá-la na Medicina. Hoje podem-se obter imagens que permitem determinar o sentido e a velocidade de circulação do sangue nos vasos sanguíneos e nas cavidades cardíacas. Esse procedimento passou, então, a ser um inestimável auxílio no estudo da circulação, sendo empregado não só no diagnóstico e acompanhamento de doenças, mas também na área da obstetrícia para o acompanhamento e a avaliação da gestante e do bebê. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/exames-e- procedimentos/doppler>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) A Transdutor Onda transmitida Onda refletida Objeto imóvel Vaso sanguíneo: hemácias movendo-se em direção ao transdutor B Onda transmitida Onda refletida Vaso sanguíneo: hemácias movendo-se em direção contrária ao transdutor C Onda transmitida Onda refletida O ultrassom se propaga no tecido humano com velocidade de 1.200 m/s e, na figura acima, ele é percebido pelo transdutor, na situação A, com frequência de 22 kHz. Na situação B, o paciente apresentava velocidade de 60 cm/s para as hemácias no vaso sanguíneo, então, a frequência percebida pelo transdutor a) aumentou 11 Hz. b) diminuiu 11 Hz. c) aumentou 1,157 kHz. d) diminuiu 1,047 kHz. e) aumentou 418 kHz. 8) A frequência recebida pelo transdutor no caso B, em que a fonte (hemácias) se move em direção ao observador (transdutor), é dada por: . , . . . , . . f f v v v v f f 22 10 1 200 0 6 1 200 0 22 000 1 199 4 1 200 22 011 Hz m/s m/s m/s Hz Hz e 3 ] ] e 3 3 ] ] e 3 3 F O! ! = - = - = = d e e n o o Alternativa a. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 80 5/30/15 2:30 PM Ondulatória 81 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 81 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA82 C1 H3 9 Quando dois átomos estão separados por uma distância da ordem de alguns diâmetros atômicos, eles exercem entre si uma força de atração. Porém, ao contrário do que o senso co- mum acredita, quando eles estão suficientemente próximos, de modo que haja superposição entre suas respectivas nuvens eletrônicas, as forças entre os átomos passam a ser repulsivas. Entre essas duas situações extremas, pode existir uma posição de equilíbrio, na qual os dois átomos constituem uma molécula. Quando esses átomos são ligeiramente deslocados das suas posições de equilíbrio, eles começam a oscilar. Essas oscilações podem constituir um movimento harmônico simples. YOUNG, HUGH D. et al. Física: Termodinâmica e ondas. São Paulo: Pearson Education, 2008. A ilustração a seguir mostra a representação do modelo molecular clássico para uma liga- ção covalente entre os átomos de hidrogênio e de oxigênio representada por molas, em que k é a constante elástica da mola. O esti- ramento máximo, ou amplitude, da ligação química O–H é A, e mH representa a massa dohidrogênio. Nesse modelo, assume-se que o oxigênio esteja fixo na origem do sistema de coordenadas. No instante inicial (t = 0), o átomo de hidrogênio se localiza na posição de estiramento máximo e, em seguida, é liberado. HH O A velocidade máxima do átomo de hidrogênio será obtida pela expressão a) A k m 3 H b) A m k3 H c) A m k32 H d) A m k23 H e) A k m2 3 H C1 H3 10 Isaac Newton (1642-1727) defendia a hipó- tese de que a luz era constituída de corpúsculos. Os principais fenômenos óticos (reflexão e refra- ção) podiam ser explicados com o uso da teoria corpuscular. Esse modelo era combatido por Christiaan Huygens (1629-1695), que defendia a teoria ondulatória. No entanto, a autoridade científica de Newton fez prevalecer sua teoria por mais de um século. O confronto decisivo entre as duas interpretações científicas só ocorreu por volta de 1801, quando uma bela experiência rea- lizada por Thomas Young (1773-1829) resolveu a questão favoravelmente a Huygens. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/historia/young.html>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) S0 S1 C S2 O diagrama do aparato usado por Young é mostrado na figura. Um feixe de luz coerente (com mesma fase de onda), proveniente de uma fenda S0, incide sobre duas fendas S1 e S2, atra- vessando-as, difratando e atingindo uma tela de observação C. As luzes provenientes de S1 e S2 se combinam formando um padrão de interferência na tela, com regiões claras e escuras (interferên- cias construtivas e destrutivas, respectivamente). Disponível em: <http://fma.if.usp.br/~mlima/teaching/ 4320293_2012/Cap3.pdf>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) Na famosa experiência da dupla fenda de Thomas Young, o fenômeno responsável pela superação da teoria corpuscular da luz foi a a) propagação retilínea. b) alta velocidade entre os obstáculos. c) visualização de regiões claras. d) interferência construtiva. e) interferência destrutiva. Texto 1 Texto 2 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 82 5/30/15 2:30 PM Ondulatória 83 9) A energia mecânica nesse sistema é constante, ou seja, a soma das energias cinética e potencial se mantém. A velocidade máxima do átomo de hidrogênio se dará quando a energia cinética for máxima. Como quando a energia cinética for máxima, a energia potencial será nula, e vice-versa, podemos obter a velocidade máxima por: E E E E E E E E E m k A m k A A m k v v v 0 0 2 2 ] ] ] ] 3 3 ] ] 3 ] 2 2 2 2 mec. c p p c p c p H máx. máx. H máx. H c .m x máx. mín. mín. máx. máx. á = + + = + + = + = = = Alternativa b. 10) A teoria corpuscular explicava todos os fenômenos descritos nas alternativas anteriores, e mesmo a interferência construtiva (regiões claras) podia ser explicada pela superposição de corpúsculos de luz. Entretanto, o aparecimento de regiões escuras significa que, por terem trajetos diferentes, as ondas chegam ao anteparo em oposição de fase, ou seja, uma onda anula a outra, o que não é possível explicar pela teoria corpuscular. Alternativa e. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 83 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA84 C2 H6 11 Muitos exemplos de movimentos harmônicos amortecidos encontram-se no nosso dia a dia. Às vezes, eles não são desejados (não queremos que as vibrações das cordas do violão ou diapasão sejam amortecidas). Às vezes, elas são indispensáveis, como no amortecedor de um carro que um consumidor percebeu ao observar as especificações técnicas sobre a utilização das molas no sistema de suspensão de seu carro. Suspensão dianteira Independente, com barra estabilizadora ligada à haste tensora. Molas helicoidais com carga lateral linear e amortecedor telescópico pressurizado. Suspensão traseira Semi-independente, com eixo torção, sem barra estabilizadora. Mola helicoidal com constante elástica linear de 2,5 kN/cm e amortecedor telescópico pressurizado. Carga útil, com 5 passageiros e bagagem 400 kg Massa do veículo 1.200 kg Disponível em: <http://www.viamar.com.br/chevrolet/veiculos/chevrolet-prisma.php>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) Considerando que um dos amortecedores da suspensão traseira atue em 4 1 da massa do veículo com carga útil máxima, através dos detalhes técnicos da tabela, é possível inferir o período inicial de oscilação da mola que, desconsiderando o amortecimento, será de aproximadamente a) 2,51 s b) 0,50 s c) 0,25 s d) 0,21 s e) 0,13 s C2 H6 12 Controles remotos utilizados principalmente em aparelhos de televisão modernos tra- balham normalmente com radiação infravermelha. Assim como as micro-ondas e como as ondas de rádio, a radiação infravermelha é considerada uma radiação não ionizante, podendo ser percebida por alguns seres vivos como calor. No controle remoto, um dispositivo chamado LED (Light Emitting Diode – diodos emissores de luz) emite um pulso eletromagnético ao ser percorrido por corrente elétrica, iniciada quando o usuário aperta o botão. Essa onda específica para cada aparelho e função é percebida pelo receptor do aparelho e lá o pulso produz uma vibração de mesma frequência, sendo inter- pretada pelos circuitos elétricos como um comando: ligar, desligar, aumentar o volume etc. Disponível em: <http://www.oficinadanet.com.br/artigo/ciencia/como_funciona_controle_remoto>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) Adote c = 3 3 108 m/s para a velo- cidade de propagação das ondas eletromagnéticas e considere o es- pectro ao lado com os respectivos comprimentos de onda. Segundo o texto informativo sobre a utilização do controle remoto, o fenômeno ondulatório responsá- vel pelo seu funcionamento é a) a ressonância, e o receptor deve operar na faixa de frequências que vai de 300 GHz a 389.600 GHz. b) o batimento, e as frequências emitidas pelo LED devem estar acima dos 3 · 1011 Hz. c) a interferência com ondas de frequências maiores que 3,9 · 1014 Hz. d) a ressonância, e as ondas emitidas devem ter frequência menores que 300.000 MHz. e) a interferência, e as ondas recebidas pelo receptor devem ter comprimento de onda menor que 0,77 jm. 10–3 10–2 Ultravioleta Infravermelho Radar TV Rádio Raios γ Raios X Vermelho 0,77 μm V is ív el Comprimento de onda (μm) Violeta 0,39 μm 10–1 1 10 102 103 070-095-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 84 6/1/15 3:25 PM Ondulatória 85 11) O período de oscilação da mola é dado por: . ( . ) . , T k m T 2 2 250 000 4 1 400 1 200 2 250 000 400 2 50 2 0 2512 n/m kg kg n/m kg s s s s ] ] s s 3 = = + = = = Alternativa c. 12) O fenômeno ondulatório responsável pelo emparelhamento das vibrações, como ocorre no receptor de rádio, fazendo com que os elétrons no receptor passem a vibrar com a mesma frequência da fonte, recebe o nome de ressonância. As frequências limite do infravermelho (intervalo de comprimento de onda entre 0,77 jm e 103 jm) utilizadas são dadas por: , . v f f v f v 10 10 3 10 300 0 77 10 3 10 389 600 m m/s gHz m m/s gHz H ] H 3 3 H 3 3 3 6 8 6 8 mín. máx. máx. mín. = = = = = = = - - Alternativa a. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 85 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA86 C2 H7 13 A poluição sonora é hoje, depois da poluição do ar e da água, o problema ambiental que afeta o maior número de pessoas. É perceptível o aumento do incômodo devido ao ruído e o prejuízo que isso tem causado ao homem no seu ambiente laboral ou ambiental. A velocidade de manifestação do dano depende, além do nível das emissões sonoras, de fatores como o tempo de exposição, as condições gerais de saúde e a idade. Todos esses fatores, com- binados, determinarão a influência efetiva do ruído sobre o indivíduo, e manifestar-se-ão, por exemplo, através do aumento da pressão arterial, da aceleração da respiração, do aumento da pressão no cérebro e do aumento das secreções de adrenalina. Mesmo ruídos com nível sonoro da ordem de 60 dB, nível sonoro gerado por uma conver- sação normal, provocam reações inconscientes governadas pelo sistema nervoso vegetativo. Para efeitode comparação, um teste em uma movimentada rua da cidade de São Paulo, no início de 2013, revelou ruídos com nível sonoro da ordem de 90 dB. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/asoc/v8n2/28606.pdf>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) O nível sonoro NS é medido em decibel (dB) conforme a expressão log I I10N dB3 0 S = e o, onde I é a intensidade da onda sonora e I0 é a intensidade de referência padrão correspon- dente ao limiar da audição da orelha humana. Considerando I0 = 10 -12 W/m2, em comparação à intensidade sonora de uma conversação normal, a rua movimentada em São Paulo apresenta um valor de intensidade sonora a) 30 vezes maior. b) 1,5 vezes maior. c) 1.000 vezes maior. d) 10 10 3 vezes maior. e) 3 vezes maior. C2 H7 14 O desastre nuclear de Fukushima após o terre- moto e tsunami que atingiram o Japão motivou a criação do Conselho Sensor de Radiação. A ideia é ajudar as autoridades e forças de segurança a medir os níveis de radiação das zonas afetadas sem comprometer a vida dos trabalhadores. Por esse motivo, foi desenvolvido o Projeto Libelium, equipamento com uma bateria autônoma que alimenta o Contador Geiger, que pode ler os níveis de radiação automaticamente e enviar a informação em tempo real, utilizando tecnolo- gias sem fio. O equipamento consiste de um contador Geiger acoplado a um radar que identifica frequências da radiação gama através do efeito Doppler, objetivando identificar o fluxo das partículas radioativas. O conjunto é alimen- tado por baterias de alta carga que garantem uma vida útil de anos e os dados são enviados automaticamente para uma central de monito- ramento. Cada conjunto funciona como um nó dentro da malha. Dessa forma, as medições são feitas em tempo real e contribuem para a saúde das pessoas que porventura necessitassem estar dentro do perímetro de segurança para ativar os contadores. Disponível em: <http://www.if.ufrj.br/~pef/producao_academica/ dissertacoes/2014_Alexandre_Pereira/dissertacao_Alexandre_ Pereira.pdf>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) Para que o radar acoplado ao equipamento obtenha informações sobre o fluxo das par- tículas radioativas, emissoras de radiação gama, é necessário que a) as partículas radioativas estejam em re- pouso em relação ao equipamento. b) as partículas radioativas estejam em mo- vimento em relação ao equipamento. c) a frequência de emissão da radiação gama aumente com o tempo. d) a frequência de emissão da radiação gama diminua com o tempo. e) pelo menos duas fontes radioativas emi- tam a radiação gama. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 86 5/30/15 2:30 PM Ondulatória 87 13) Considerando o nível sonoro da conversação normal, de 60 dB, temos, de acordo com a expressão, que a intensidade sonora Iconv. vale: ( ) log log log log log log I I I I I I I 10 60 10 10 6 10 12 6 10 n dB dB dB W/m W/m W/m 3 ] 3 ] ] ] ] ] 0 12 2 12 2 6 2 s conv. conv. conv. conv. conv. conv. = = = - = + =- = - - - f fp p E a intensidade sonora relativa ao nível sonoro da rua movimentada Imov., de 90 dB, é dada por: ( ) log log log log log log I I I I I I I 10 90 10 10 9 10 12 3 10 n dB dB dB W/m W/m W/m 3 ] 3 ] ] ] ] ] 0 12 2 12 2 3 2 s conv. . mov. mov. mov. mov. mov= = = - = + =- = - - - f fp p A relação entre essas duas intensidades é igual a: .I I 10 10 10 1 000 W/m W/m 6 2 3 2 3 conv. mov. = = =- - Alternativa c. 14) Para o efeito Doppler, é necessário que exista movimento relativo entre a fonte e o observador ou receptor. Como o equipamento ficará em repouso em relação ao ambiente, o movimento das partículas será identificado pela variação na frequência da radiação gama percebida pelo equipamento. Alternativa b. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 87 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA88 C5 H17 15 A presença de dutos em plantas industriais para viabilizar a ventilação ou exaustão tem como consequência um sinal sonoro indesejado que pode causar malefícios à saúde de trabalhadores e às pessoas que moram nas imediações das fábricas. Esse ruído é gerado pela passagem das pás do exaustor por elementos fixos da estrutura, sendo um ruído de banda estreita [...] com presença de harmônicos. A maior parte da energia desse sinal está presente na faixa de frequência de 0 a 500 Hz, onde os sistemas de Controle Ativo de Ruído (CAR) são eficientes [...]. Fonte de ruído Microfone de referência Microfone de erro Alto-falante Duto Controlador adaptativo Figura I. Disponível em: <http://www.posgrad.mecanica.ufu.br/posmec/20/pdf/duarte- posmec20eiderluciodeoliveira.pdf>. Acesso em: 7 maio 2015. A figura I mostra os elementos presentes em um sistema CAR mono-canal. O CAR é um sistema ele- troacústico usado para atenuar um campo sonoro do sinal indesejado, mostrado na figura II. O novo sinal, gerado por unidade eletrônica, é reproduzido por fonte de controle (alto-falante) de forma que, ao ser combinado com o ruído gerado pela fonte pri- mária, resulta no cancelamento de ambos os ruídos. Entre as ondas sonoras representadas a seguir, o sinal que deve ser reproduzido pelo alto-falante para anular o ruído indesejado será a onda sonora de número Onda sonora 1 Onda sonora 2 Onda sonora 3 Onda sonora 4 Onda sonora 5 a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Figura II. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 88 5/30/15 2:30 PM Ondulatória 89 15) Para a ocorrência do fenômeno da interferência destrutiva, as ondas devem ter a mesma frequência e amplitude e apresentar oposição de fase. Alternativa a. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 89 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA90 C5 H17 16 A Física é uma ciência experimental que de- pende da observação de um fenômeno natural para, então, estudá-lo. Um exemplo é o movi- mento harmônico simples (MHS) de um bloco suspenso verticalmente por uma mola. A descrição do movimento observado pode ser expressa por meio de gráficos. 0 0,1 0,30,1 0,2 –0,1 y (m) t (s) Outro instrumento, à disposição da Física para a descrição dos movimentos, são as equações horárias, que demonstram ma- tematicamente o fenômeno observado. No Sistema Internacional de Unidades, a equação horária das posições y do corpo suspenso, condizente com o gráfico mos- trado acima, é a) , cosy t0 1 3 203 s= d n b) , cosy t0 1 1023 s s = +c m c) ,y t0 1 102sen3 s s = +c m d) , cosy t0 1 103 s= ` j e) ,y t0 2 10sen3 s= ` j C5 H17 17 Um sistema de bloqueadores de sinal de celu- lar foi instalado no início do ano na Penitenciária de Presidente Venceslau, interior de São Paulo, onde estão alguns dos presos mais perigosos do país. Essa é a primeira unidade a receber os equipamentos em todo o Estado. A instalação dos aparelhos foi anunciada pelo governo em outubro de 2013, após escutas telefônicas obtidas pelo Ministério Público flagrarem membros de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas dando ordens, contabilizando o tráfico, comprando armas e mandando matar policiais e autoridades. De acordo com o engenheiro da empresa responsável pela instalação, foram instaladas 40 antenas na muralha do presídio; por isso, os equipamentos só interferem no sinal na parte interna da penitenciária. O restante do complexo penitenciário e regiões externas deverão manter os serviços das operadoras já existentes antes do início do bloqueio. O engenheiro também infor- mou que o sistema de antenas possui baterias que dão autonomia de 6 h, caso haja queda de energia. O investimento total foi de R$ 31 mi- lhões no novo sistema de bloqueio do sinal de telefonia celular e inclui duas tecnologias. Na primeira, o aparelho “engana” o celular e capta o sinal emitido pelo aparelho, como se fosse uma antena; já na segunda, o bloqueador emite um sinal que anula a comunicação entre o celular e a antena mais próxima. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/presidente- prudente-regiao/noticia/2014/01/alckmin-inaugura- sistema-de-bloqueadores-de-celular-em-presidio.html>.Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) O texto jornalístico apresenta uma linguagem acessível a grande parte da população; portan- to, termos técnicos são substituídos por uma explicação que se adeque ao conhecimento do leitor. Do ponto de vista científico, a primeira e a segunda tecnologia utilizadas pelos blo- queadores de sinal, respectivamente, aplicam os fenômenos ondulatórios conhecidos como a) polarização e difração. b) interferência destrutiva e ressonância. c) interferência construtiva e interferência destrutiva. d) difração e interferência construtiva. e) ressonância e interferência destrutiva. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 90 5/30/15 2:30 PM Ondulatória 91 16) O período T desse movimento, de acordo com o gráfico, é 0,2 segundo. Então, a velocidade angular é dada por: ,T 2 0 2 2 10s rad/sh s s s= = = A amplitude A, de acordo com o gráfico, é de 0,1 metro. Dessa forma, a equação horária da posição é dada por: y = A 3 cos(A0 + ht) ] y = 0,1 3 cos (10st) (SI) Sendo que A0 é nulo, pois quando t = 0, A = 0,1 m. Alternativa d. 17) Ao captar o sinal emitido pelo celular, as antenas funcionam por ressonância, fazendo o receptor vibrar com a mesma frequência da onda emitida. Para “anular” a frequência emitida é necessário que uma onda de fonte coerente, de fase inversa, seja propagada conjuntamente, produzindo uma interferência destrutiva. Alternativa e. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 91 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA92 C5 H18 18 Orelha externa Pavilhão auditivo Tímpano Osso temporel Trompa de Eustáquio Canal auditivo Orelha interna Orelha média O órgão responsável pela audição é a orelha, também chamada órgão vestíbulo-coclear ou estato-acústico. A maior parte da orelha fica no osso temporal, que se localiza na caixa craniana. Além da função de ouvir, o ouvido também é responsável pelo equilíbrio. A orelha está dividida em três partes: orelha externa, média e interna. Na orelha externa te- mos o canal auditivo, ou meato acústico, com a forma aproximada de um tubo cilíndrico, aberto em uma extremidade, no pavilhão auditivo, e fechado na outra por uma delicada membrana – tímpano ou membrana timpânica – firmemente fixada ao conduto auditivo externo por um anel de tecido fibroso, chamado anel timpânico. A principal função do canal auditivo é levar os sons até as partes médias e internas da orelha, além de proteger o tímpano. No entanto, alguns estudos atestam que o canal auditivo pode funcionar como um tubo sonoro com ondas estacionárias para altas frequências. Disponível em: <http://www.afh.bio.br/sentidos/sentidos3.asp>. Acesso em: 8 maio 2015. (Adaptado.) Em uma pesquisa médica, adotando a veloci- dade de propagação do som no ar como 336 m/s, um paciente ouvindo um violinista executar uma nota longa de frequência f1 = 3 kHz apresentará o primeiro harmônico no canal auditivo como mostra a ilustração a seguir. L Tí m pa no Pa vi lh ão au di tiv o O comprimento do canal auditivo e a repre- sentação das ondas estacionárias quando o paciente ouvir o violinista executar uma nota musical longa de 15 kHz estão repre- sentados em a) 2,8 cm b) 5,6 cm c) 2,8 cm d) 5,6 cm e) 2,8 cm 070-095-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 92 6/1/15 10:12 AM Ondulatória 93 18) O comprimento do canal auditivo para o primeiro harmônico é dado por: , , f n L v f L v L f v 4 1 4 4 4 3 10 336 0 028 2 8 Hz m/s m cm 3 ] 3 ] ] 3 3 n 1 1 3 = = = = = = O harmônico para a frequência de 15 kHz pode ser calculado por: , f n L v n v L f n 4 4 336 4 0 028 15 10 5m/s m Hz 3 ] 3 ] ] 3 3 3 n n 3 = = = = O que corresponde, em um tubo fechado, ao quinto harmônico, lembrando que nesses tubos não há harmônicos pares e cada harmônico representa 4 H . Alternativa c. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 93 5/30/15 2:30 PM APROVA enem • FÍSICA94 C5 H18 19 Apesar de parecer um tema futurista, a trans- missão de energia sem fio já é pesquisada há muito tempo. No final do século XIX, o cientista Nikola Tesla já conseguia acender lâmpadas de baixa potência com a utilização de indução eletromagnética. Aproximadamente cem anos depois, com a intensificação dos estudos na área da transferência de energia sem fio, pes- quisadores do M.I.T. (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) conseguiram transmitir energia com grande taxa de eficiência, utilizando concei- tos de ressonância eletromagnética. Isso se deve ao fato de a indução ser potencializada se os campos eletromagnéticos em volta das bobinas apresentarem ressonância, atuando como um sistema único e acoplado; portanto, aumentando a eficiência da transferência de energia e mini- mizando as perdas. Disponível em: <http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/ vii/paper/viewFile/5420/2594>. Acesso em: 7 maio 2015. (Adaptado.) Essa nova tecnologia, apenas para curtas distâncias, já é utilizada comercialmente em carregadores de telefones celulares. D a v iD C a u D e r y /T a p M a g a z in e /g e T T y iM a g e s T h 3f is a /s h u T T e r s To C k Para que ocorra a ressonância eletromagnéti- ca, é necessário que as bobinas apresentem, em relação às ondas eletromagnéticas de transmissão de energia, vibração natural a) de mesma intensidade. b) de mesma potência. c) de mesma frequência. d) em oposição de fase. e) em concordância de fase. C5 H19 20 As crianças chegam cedo ao galpão que fun- ciona como conservatório improvisado para a Orquestra Sinfônica Mirim do Contestado. Todas arrumadas e penteadas como se estivessem indo visitar o doutor. O maestro Dito, idealizador do projeto, faz questão de ensinar muito mais do que música para os pequenos instrumentistas. — Tem que prestar atenção na nota que vai tocar, observar a divisão da nota no tempo do compasso, tem nota que divide o compasso em dois, em quatro, em oito, e assim vai. O instrumento tem que estar afinado quando vai tocar; senão, as notas ficam falhadas na hora da música; tem que estudar o som, pra saber qual instrumento combina com a música. Dia desses vamos fazer nossa primeira apresentação em São Paulo e a recompensa vem, vai ter gente do mundo inteiro de olho no talento de vocês. De tanto ensinar a quem nunca teve chance de aprender, com uma linguagem fácil e com- preensível para o seu público, o reconhecimento veio primeiro para ele. No início do ano recebeu um prêmio da Unesco pela ação social e huma- nitária em tirar da rua crianças sem nenhuma perspectiva de emprego, transformando o futuro de pessoas que nunca sequer tinham visto de perto um instrumento musical. TOLEDO, Daniella. A cidadania através da música – Um olhar fenomenológico sobre a atuação dos educadores sociais. Recife: Ed. Progresso, 2009. Além de promover chance de renda para mui- tas famílias, o maestro Dito consegue ensinar às crianças noções de Matemática e Física, principalmente a Acústica, conhecimento relacionado à propagação do som. Como exemplo dessa ação pedagógica, o fenômeno acústico chamado de batimento, descrito na fala do maestro como “notas falha- das”, dificilmente será demonstrado em uma sala de aula convencional. Para fazê-lo, se o professor executar a nota musical lá, de fre- quência 440 Hz, precisará de outro instrumento executando uma nota musical de frequência a) 220 Hz b) 420 Hz c) 440 Hz d) 445 Hz e) 880 Hz 070-095-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 94 6/1/15 10:00 AM Ondulatória 95 19) Para que ocorra o fenômeno da ressonância, o receptor deve ter vibração natural de mesma frequência da onda transmitida. Alternativa c. 20) Para ocorrer o fenômeno acústico batimento é necessário que as frequências sejam próximas; por isso a afinação evita que instrumentos iguais emitam notas diferentes e muito próximas. Normalmente os músicos prestam atenção nos batimentos enquanto afinam seus instrumentos. Enquanto escutam algum batimento, é porque o instrumento está desafinado; logo, alteram a afinação até quea frequência de batimento diminua e o batimento desapareça, deixando, assim, o instrumento afinado. O número de batimentos por segundo é dado pela diferença entre as frequências das duas ondas componentes. Alternativa d. 070-093-MPF2-ENEM-TM04-M.indd 95 5/30/15 2:30 PM APROVA ENEM • FÍSICA Respostas 96 1. e 2. b 3. c 4. a 5. b 6. b 7. c 8. e 9. c 10. d 11. c 12. d 13. c 14. d 15. a 16. a 17. b 1. c 2. a 3. d 4. c 5. b 6. a 7. b 8. a 9. d 10. b 11. d 12. c 13. c 14. b 15. c 16. c 17. c Termologia Termodinâmica Respostas 1. e 2. d 3. c 4. b 5. e 6. a 7. d 8. a 9. b 10. e 11. c 12. a 13. c 14. b 15. a 16. d 17. e 18. c 19. c 20. d 1. d 2. b 3. d 4. e 5. c 6. c 7. e 8. d 9. a 10. a 11. b 12. a 13. b 14. b 15. e 16. d OndulatóriaÓptica geométrica 096-MPF2-ENEM-FINAIS-M.indd 96 5/30/15 4:03 PM aProVa enem • FÍsica Hidrostática questões CoMeNtaDas 66 O teorema de Arquimedes pode ser estudado no capítulo 20 – Hidrostática. C1 H2 Submarino da Marinha afunda no cais O submarino Tonelero S-21, carregado com quatro torpedos desa- tivados, afundou [...] no cais do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, na ilha das Cobras, próximo à Praça Mauá (centro do Rio). Segundo o diretor do Serviço de Relações Públicas da Marinha, Luiz Fernando Palmer, em 86 anos de operação de submarinos, esse foi o primeiro acidente na Marinha do Brasil com esse tipo de embarcação. A Marinha informou que houve um alagamento do submarino após avaria no sistema hidráulico de controle de válvulas. De acordo com a Marinha, as avarias que levaram ao afundamento do Tonelero foram detectadas pela tripulação de plantão [...] composta por um oficial e oito marinheiros. [...] Devido à falha no sistema hidráulico de controle de válvulas, respon- sável pelo controle de comportas, lemes e sustentação do submarino, uma inundação no compartimento de torpedos [...] se alastrou pelo Tonelero. “O sistema hidráulico do controle de válvulas é fundamental para o submarino. Ele aciona os lemes, o suspiro (sistema de sustentação do submarino) e as comportas, por isso a equipe não conseguiu conter a inundação e abandonou o Tonelero”, disse Palmer. DANTAS, Pedro. Submarino da Marinha afunda no cais. Notícia publicada no jornal Folha de S.Paulo em 26 dez. 2000. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ fsp/brasil/fc2612200007.htm>. Acesso em: 16 abr. 2015. O submarino Tonelero S-21, que afundou no dia 24 de dezembro de 2000 no cais do Arsenal da Marinha, Rio de Janeiro (RJ), começou a ser içado no dia 3 de janeiro de 2001. Os conceitos de pressão, de densidade e de massa específica de uma substância, bem como o teorema de Stevin, o princípio de Pascal e o teorema de Arquimedes, são tratados na Hidrostática; esses conceitos nos ajudam, por exemplo, a compreender as informações contidas em um manual de instruções de um equipamento hidráulico de uso comum, como a pressão mínima e máxima da água para o funcionamento de um chuveiro, para assim utilizá-lo da forma correta. A N A C A R O LI N A F E R N A N D E S /F O LH A P R E S S R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 66 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 67 A aplicação dos princípios físicos da Hidrostática propiciou o avanço tecnológico na construção de submarinos, entre eles os utilizados para a patrulha da costa brasileira. Em relação ao afundamento do submarino brasileiro, pode-se inferir que a entrada de água no compartimento de torpedos que se alastrou pelo submarino a) aumenta o volume do submarino, fazendo-o deslocar mais água. b) aumenta o empuxo que atua sobre o submarino, fazendo-o se deslocar para o fundo do mar. c) aumenta a pressão da coluna de água sobre o submarino. d) aumenta o peso do submarino, que ultrapassa a intensidade do empuxo que atua sobre ele. e) aumenta a densidade média do submarino, diminuindo o empuxo que atua sobre ele. Resolução Com a entrada de água, a densidade média do submarino fica maior que a densidade da água, fazendo com que o peso total do submari- no supere a intensidade do empuxo que atua sobre ele; situação que corresponde ao descrito na alternativa d. É importante lembrar que o empuxo depende da densidade da água, do volume de água deslocada pelo submarino e da aceleração da gravidade, ou seja, não depende da densidade do próprio submarino. Em situações em que o submarino funciona corretamente, os procedimentos de imersão e submersão são realizados por meio do acionamento de válvulas que controlam, com ar comprimido, a entrada e a saída de água em compartimentos apropriados do submarino. C2 H6 As características técnicas mostradas na tabela a seguir fazem parte do manual de instruções para instalação de um chuveiro elétrico vendido em larga escala no Brasil. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Modelo: Ducha Maxi Ducha Grau de proteção: IP 24 Tensão (V~) 127 220 Potência (Watts) Seletor de temperaturas Desligado 0 0 0 0 0 0 Verão 2.000 2.700 3.000 2.000 2.700 3.000 Inverno 3.200 4.600 5.500 3.200 4.600 5.500 Disjuntor (Ampères) 30 40 45 20 25 30 Seção dos condutores (mm2) 4 6 10 2,5 4 4 Pressão de funcionamento MÍN. 10 kPA MÁX. 40 kPA Conexão hidráulica Entrada de água – Rosca macho 1/2” Conexão elétrica Fios brancos – Alimentação (127 V~ ou 220 V~) Fio verde ou verde/amarelo – aterramento Disponível em: <http://www.lorenzetti.com.br/storage/upload/pdf/DC0015_arq1.pdf>. Acesso em: 29 fev. 2015. O submarino afunda quando o seu peso total supera a intensidade do empuxo que atua sobre ele. O conceito de pressão hidrostática pode ser estudado no capítulo 20 – Hidrostática. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 67 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica68 De acordo com as características técnicas do produto e com a informação de que a indicação da pressão de funcionamento do chuveiro não leva em conta a pressão atmosférica do local, o esquema que mostra a medida mínima da altura da caixa-d’água em relação ao chuveiro é Dados: g 10 m/s2= e j 1 g/cm3água = Os esquemas estão fora de escala. 1 m 1 m 3 m 4 m 4 m a) c) e) b) d) Resolução De acordo com a tabela fornecida pelo manual de instruções para ins- talação do chuveiro elétrico, a pressão mínima para seu funcionamento é de 10 kPa. Dessa forma, a altura mínima (h) que a superfície da água na caixa-d’água deve ter, em relação ao chuveiro, é dada por: j jp gh h g p 1 10 10 1 10 kg/m 0 m/s N/m 1 m 23 3 3 2 & : : : = = = = Ou seja, com base nas informações, é necessário instalar a caixa-d’água de forma que a superfície da água contida nela esteja 1 metro acima do chuveiro, o que corresponde à alternativa b. É interessante notar que a pressão máxima de funcionamento do chu- veiro (40 kPa) implica que a superfície da água na caixa deve estar 4 metros acima do chuveiro. j jp gh h g p h1 40 10 1 10 kg/m 0 m/s N/m 4 m23 3 3 2 & & : : : = = = = Se a superfície da água estiver a uma altura maior que 4 metros em relação ao chuveiro, esse aparelho pode apresentar avarias em seus componentes mecânicos e elétricos. A correspondência entre as uni- dades de pressão (p) é dada por: 1 Pa = 1 N/m2 Lembrando que: 1 N 1 kg m/s2:= E a correspondência entre as uni- dades de massa específica (n) é: j 10 1 10 1 10 1 g/cm m kg kg/m 3 32 3 3 3 : : = = = = = - - ` j R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 68 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 69 C5 H17 (Enem) Para realizar um experimento com uma garrafa PET cheia d´água, perfurou-se a lateral da garrafa em três posições a diferentes alturas. Com a garrafa tampada, a água não vazou por ne- nhum dos orifícios, e, com a garrafa destampada, observou-se o escoamento da água conforme ilustrado na figura. Como a pressão atmosférica interfere no escoa- mento da água, nas situações com a garrafa tam- pada e destampada, respectivamente? a) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; não muda a velocidade de escoamento, que só depende da pressão da colunade água. b) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; altera a velocidade de escoamento, que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo. c) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna; altera a velocidade de escoamento, que é proporcional à pressão atmosférica na altura do furo. d) Impede a saída de água, por ser maior que a pressão interna; regula a velocidade de escoamento, que só depende da pressão atmosférica. e) Impede a entrada de ar, por ser menor que a pressão interna; não muda a velocidade de escoamento, que só depende da pressão da coluna de água. Resolução Com a garrafa tampada, a pressão atmosférica, que atua nos orifícios, é maior que a pressão interna, que corresponde à pressão da coluna de água imediatamente acima de cada um dos orifícios. Portanto, a pressão atmosférica impede a saída de água pelos orifícios na situação em que a garrafa está tampada. Já, com a garrafa destampada, a pressão atmosférica atua tanto nos orifícios como no bocal da garrafa. Como as forças decorrentes da pressão atmosférica são opostas, uma de dentro para fora da garrafa e outra de fora para dentro, elas se equilibram. Assim, a força resultante nos orifícios é dada pela pressão da coluna de água acima de cada um deles. Como os orifícios estão posicionados em diferentes alturas, a velocidade de saída de água em cada um deles é diferente e depende da pressão hidrostática exercida neles, ou seja, quanto maior for a altura da coluna de água acima deles, maior será a velocidade de escoamento da água ao sair do orifício, como é apresentado na equação de Torricelli: v gh2= . Por isso, o orifício inferior apresenta escoamento com maior velocidade, e o superior apresenta escoamento com menor velocidade. Portanto, a pressão atmosférica impede a saída da água enquanto a garrafa estiver tampada e não interfere na velocidade de escoamen- to da água (que só depende da pressão da coluna de água acima do orifício) enquanto a garrafa estiver destampada, o que corresponde à alternativa a. O conceito de pressão pode ser estudado no capítulo 20 – Hidros- tática – e a equação de Torricelli pode ser estudada no capítulo 21 – Hidrodinâmica. Com a garrafa tampada, a água não escoa pelos orifícios por causa da pressão atmosférica. Já, com a garrafa destampada, a água escoa pelos orifícios com velocidades diferentes e propor- cionais à raiz quadrada da altura da coluna de água acima deles. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 69 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica70 C1 H2 1 Uma cidade decidiu construir um reservatório de água para abastecer um novo bairro afastado, cercado por três montanhas, conforme a ilustração. Considerando que a distância horizontal entre o centro consumidor e o topo é pratica- mente igual para as três montanhas, para garantir água com a maior pressão possível no encanamento, sem contar com bombas elétricas, seria melhor construir o reservatório a) na planície em frente à cidade. b) no topo do morro da Saudade. c) no topo do morro do Além. d) no topo do morro da Despedida. e) subterrâneo, abaixo da cidade. C1 H2 2 A aplicação da hidráulica vem sendo pesquisada e aperfeiçoada desde que Blaise Pascal (1623), físico francês, estudou pressões hidráulicas. O funcionamento do freio automotivo tem como fun- damento o princípio de Pascal, ao utilizar a força aplicada no pedal, transmitida por um fluido para acionar o sistema de freios. O freio atua transformando a energia cinética do veículo, convertendo o movimento em calor através do atrito. Quando acionamos o pedal de freio, empurramos um pistão no interior do cilindro mestre, que força o óleo hidráulico (fluido de freio), através de tubos e mangueiras para atuar em cada roda. Como o fluido hidráulico não pode ser comprimido, empurrar o líquido através de uma tubulação seria o mesmo que empurrar uma barra de aço através de uma tubulação. Contudo, a vantagem está na flexibilidade do líquido fluir através de flexões e curvas, chegando até o seu destino exatamente com a mesma pressão que iniciou o movimento. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1101>. Acesso em: 10 mar. 2015. (Adaptado.) No esquema simplificado ao lado, estão represen- tados o pedal e o disco de freio. Sabendo que o raio do pistão 1 é 5 mm e que o raio do pistão 2 é 4 cm, a força aplicada no pedal deve ser a) 64 vezes menor que a força efetiva para parar o veículo. b) 8 vezes menor que a força necessária para parar o veículo. c) a mesma força necessária para parar o veículo. d) 1,56 vez maior que a força efetiva para frear o veículo. e) 64 vezes maior que a força necessária para reduzir a velocidade do veículo a zero. Morro do Além Morro da Saudade Morro da Despedida Disco de freio Pistão 2Fluido de freio Pastilha de freio Pedal Pistão 1 F1 F1 F2 questões propostas R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 70 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 71 1) Levando-se em conta que o custo de construção dos reservatórios é o mesmo e com base na relação entre a pressão hidrostática pH e a altura da coluna líquida h, p dghH = , em que d corresponde à densidade do líquido e g à aceleração local da gravidade, percebe-se que, quanto maior a altura do reservatório de água, maior será a pressão nos canos. Alternativa c. 2) A partir do princípio de Pascal, em que a pressão é transmitida integralmente através do líquido, temos a relação entre as forças aplicadas nos pistões e suas áreas: p p A F A F 1 2 1 1 2 2 &= = Conhecendo-se os raios dos pistões, a força aplicada no pedal deve ser: ( ) ( ) 64 r F r F F r F r F F F F 40 mm 5 mm 1 2 1 2 2 2 1 2 2 2 1 2 1 2 2 2 1 2 & & & & : : : : r r = = = = Alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 71 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica72 C1 H3 3 O esquema a seguir foi elaborado com base em algumas medidas de duas gigantes na produção de energia hidrelétrica. Itaipu Binacional – Brasil e Paraguai Eixo da barragem Altura da água 187 metros Volume do lago 29 bilhões de m3 Largura da barragem 54 metros P Três Gargantas – China Eixo da barragem Altura da água 170 metros Volume do lago 39 bilhões de m3 P Largura da barragem 62 metros Itaipu Binacional – Brasil e Paraguai Eixo da barragem Altura da água 187 metros Volume do lago 29 bilhões de m3 Largura da barragem 54 metros P Três Gargantas – China Eixo da barragem Altura da água 170 metros Volume do lago 39 bilhões de m3 P Largura da barragem 62 metros O volume de água no lago e o desnível do rio devem determinar o nível de segurança na barragem através de suas medidas. De acordo com o senso comum, desprezan- do a pressão atmosférica, a pressão da água na base da barragem (ponto de referência P) deveria ser maior na usina de Três Gargantas, devido ao peso da água do lago. A análise científica dos dados da ilustração, por sua vez a) confirma essa hipótese, chegando à con- clusão de que a pressão no ponto P em Três Gargantas é 17% maior que em Itaipu. b) refuta essa hipótese, chegando à conclusão de que a pressão no ponto P em Itaipu é 10% maior que em Três Gargantas. c) confirma essa hipótese, chegando à con- clusão de que a pressão no ponto P em Três Gargantas é 48% maior que em Itaipu. d) confirma essa hipótese, chegando à con- clusão de que a pressão no ponto P em Três Gargantas é 29% maior que em Itaipu. e) refuta essa hipótese, chegando à conclusão de que a pressão no ponto P em Itaipu é 26% maior que em Três Gargantas. C1 H3 4 No noroeste de Portugal, sensivelmente a meio do mês de agosto, a cidade de Viana do Castelo recebe a colorida, barulhenta e inesque- cível Romaria da Senhora da Agonia. No Bairro dos Pescadores, populares pin- tam tapetes de flores para a Santa pisar no dia seguinte. E é nessa alvorada que a festa arranca. A Procissão ao Mar dá a partida, com barcos enfileirados que carregam, em sua capacidade máxima, a relíquia da Senhora da Agoniaentre a foz e o estuário do rio Lima, numa lembrança da ligação desta cidade aber- ta ao Atlântico. A Senhora é depois passeada, em terra, pelas ruas da Ribeira e volta à casa de onde partiu. Disponível em: <http://www.portugalnummapa.com/ romaria-da-senhora-da-agonia/>. Acesso em: 10 mar. 2015. (Adaptado.) A densidade da água pode variar. Por exemplo, a densidade média da água do mar à superfície do oceano é de 1.025 kg/m³, mas, no entanto, a densidade média da água doce é de apenas 1.000 kg/m³. Considerando-se um navio a passar da água salgada do mar para a água doce de um rio, ele continuaria a deslocar exatamente o mesmo volume de água, mas esse deslocamen- to corresponderia a um maior volume de água doce do que de água salgada. Disponível em: <https://transportemaritimoglobal. files.wordpress.com/2014/03/dimensoes-de-navios_porte- arqueacao-deslocamento1.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2015. (Adaptado.) Após comparar as informações dos dois textos, pode-se concluir que um barco na romaria da Senhora da Agonia, na sua capacidade máxima de passageiros, ou seja, no limite máximo de imersão, trará riscos à segurança dos passa- geiros quando a) navegar em águas rasas próximo ao cais. b) diminuir a sua velocidade no estuário do rio Lima. c) diminuir a sua velocidade em mar aberto. d) passar do estuário do rio Lima para o mar aberto. e) passar do mar aberto para o estuário do rio Lima. Texto 1 Texto 2 R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 72 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 73 3) A pressão no ponto P, nos dois casos, pode ser calculada, em unidades do SI, por: 187 170 p gh g p gh g It. TG n n n n = = = = Portanto, a relação entre as pressões nesse ponto, para as duas usinas, é dada por: 170 187 1 1p p g g p p, TG It. It. TG&n n = = Ou seja, a pressão no ponto P da usina de Itaipu é 10% maior que no ponto P da usina Três Gargantas. Alternativa b. 4) O empuxo E é dado pela expressão E d V gf f= , em que df corresponde à densidade do fluido deslocado, Vf ao volume do fluido deslocado e g à aceleração da gravidade; então, percebe-se que ele depende da densidade do fluido deslocado ou da massa específica do fluido para equilibrar o peso do barco e flutuar. Como a massa específica da água doce é menor que a da água salgada, quando o barco entrar no rio, o volume de água deslocado será maior e, portanto, o volume da parte imersa do barco também aumentará, o que pode trazer riscos à segurança dos passageiros, uma vez que o barco já estava na sua capacidade máxima. Alternativa e. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 73 4/29/15 2:32 PM APROVA enem • FÍSICA74 C2 H6 5 Em 1652 um jovem cientista francês Blaise Pascal (1623-1662), um grande colaborador nas ciências físicas e matemáticas, através do estudo no comportamento dos fluidos, enunciou um princípio muito importante na Física, o princípio de Pascal: “A variação de pressão sofrida por um ponto de um líquido em equilíbrio é transmitida integralmente a todos os pontos do líquido e às paredes do recipiente onde está contido”. O elevador hidráulico é um dos aparelhos que funcionam através deste princípio, transmitindo a pressão exercida sobre uma de suas colunas a todos os pontos do elevador e o resultado final é que aplica-se uma força menor do que a realmente necessária para se elevar um objeto. Disponível em: <http://www2.fc.unesp.br/ experimentosdefisica/mec34.htm>. Acesso em: 11 mar. 2015. No aparelho da ilustração acima, além do princípio de Pascal, foi utilizada uma alavanca inter-resistente. A área do cilindro ligada à alavanca é de 2 cm2 e a área do cilindro que ergue o objeto tem área de 12 cm2. Decorre daí que a força aplicada pelo usuário, em re- lação ao peso do objeto erguido a velocidade constante, será a) 18 vezes menor. b) 4 vezes menor. c) 6 vezes menor. d) 24 vezes menor. e) 144 vezes maior. C2 H6 6 Receita de nhoque fácil INGREDIENTES 2 tabletes de caldo de galinha 3 xícaras de leite 6 colheres de sopa de maionese sal a gosto 3 xícaras de farinha de trigo MODO DE PREPARO Dissolva os 2 tabletes no leite e leve ao fogo com a maionese e o sal. Quando levantar fervura e a maionese derreter, retire do fogo e coloque a farinha de trigo, misturando bem rápido para não empelotar. Volte a massa para a panela, mas agora em fogo baixo, mexendo por 1 ou 2 min. Sobre a mesa enfarinhada, coloque a massa e faça rolinhos, cortando no formato de nhoque. Numa outra panela com água e sal, cozinhe os nhoques. A dica é que o nhoque seja retirado da água assim que ele subir, pois estará no pon- to; bastando escorrer e servir com seu molho preferido. Disponível em: <http://www.tudogostoso.com.br/receita/ 431-nhoque-facil.html>. Acesso em: 11 mar. 2015. (Adaptado.) Os princípios da Física se aplicam às mais diversas situações, inclusive a uma receita da culinária italiana bastante apreciada no Brasil. Em relação ao tempo de cozimento, a receita informa que, quando o nhoque subir à superfície, estará cozido. Isso ocorre porque a) o aquecimento da água diminui sua mas- sa específica, o que aumenta o empuxo, fazendo o nhoque boiar. b) o sal penetra na massa de nhoque, aumen- tando sua densidade média e, consequen- temente, o empuxo aplicado sobre ele. c) quando o nhoque é cozido, há uma ex- pansão de seu volume, fazendo com que o empuxo sobre ele fique maior. d) o cozimento produz aumento na densidade média da massa de nhoque, aumentando o empuxo sobre ele. e) quando água se aquece, sua massa espe- cífica aumenta, produzindo um empuxo maior sobre o nhoque, fazendo-o vir à tona. 15 cm 5cm R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 74 4/30/15 9:08 AM Hidrostática 75 5) No equilíbrio da alavanca, o momento da força FU aplicada pelo usuário é igual ao momento da força F1 que o primeiro pistão exerce na alavanca, lodo podemos obter a relação das forças aplicadas pelo usuário FU e pelo primeiro pistão F1: 4 M M F d F d F d F d F F5 cm 20 cm 1 1 1 1 1 U U U U U U U & & & : : : : = = = = = Pelo princípio de Pascal, comparamos a força aplicada no primeiro e no segundo pistão (F2) e obtemos a relação entre as forças aplicadas pelo usuário e pelo segundo pistão: 4 24 p p A F A F F F F F 2 cm 12 cm 1 2 1 1 2 2 2 2 2 U 2 U & & & & = = = = Ou seja, a força aplicada pelo usuário é 24 vezes menor que a força aplicada pelo segundo pistão, que corresponde à força peso do objeto a ser levantado. Alternativa d. 6) O empuxo E do nhoque é dado pela expressão E d V gf f= , em que a densidade do fluido corresponde à densidade da água. Quando a água é aquecida, sua densidade diminui. No entanto, o volume do nhoque aumenta com o cozimento e sua densidade fica menor que a da água, deslocando um volume maior e, assim, subindo à superfície do líquido. Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 75 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica76 C2 H7 7 Atualmente as janelas dos aviões são fabricadas em policarbonato, um material trans- parente semelhante ao vidro, porém altamente resistente ao impacto, sua densidade é de apenas 1,2 g/cm3, metade da densidade do vidro, uma diferença significativa de peso para o uso em aeronaves. Quanto à resistência, a placa de policarbonato com 5 mm de espessura suporta pressões de até 6,1 N/mm2, ultrapassando a do vidro. Sua rigidez e a capacidade de reciclagem, por ser um termoplástico, são as melhores razões para o seu emprego. Em um hipotético teste de resistência à pressão, em um local onde a pressão atmos- férica vale 1 10 N/m25: , poderíamos empilhar quantas placas de vidro com 5 mm de espessura sobre a placa de policarbonato, também com 5 mm de espessura e de mesma área? a) 83 b) 250 c) 50.000 d) 50.840 e) 100.000 C2 H7 8 Como funciona o densímetro? O instrumento mede a densidade dos líquidos, ou seja, a massa dividida pelo vo- lume. Trata-se de um tubo de vidro com uma certa quantidade de chumbo na base, responsável pelo seu peso. Na parte de cima do tubo há uma escala desenhada. De acordocom o químico Paulo Sumodjo, da Universidade de São Paulo, “existem, na verdade, jogos de densímetros com pesos de medida diferentes. Cada um é usado para medir determinada faixa de densidade de líquidos. Ao mergulhar o densímetro no líquido, ele afunda até deslocar um volume de fluido cujo peso se iguale ao dele. A superfície do líquido indica determinado ponto de escala, isto é, sua densidade”. Esses instrumentos são muito usados em postos de gasolina para verificar por meio da densidade o grau de pureza do álcool usado como combustível. Disponível em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-funciona-densimetro-440019.shtml>. Acesso em: 11 mar. 2015. Por determinação da Agência Nacional do Petróleo, ANP, o álcool hidratado vendido no Brasil pode ter variação de densidade de até 5%, de acordo com as normas técnicas das distribuidoras em relação à porcentagem de água adicionada, por isso as posições 1 e 2 do densímetro são aceitas. Se houver adulteração do álcool com uma porcentagem maior de água, com densidade maior que o álcool puro, a posição do densímetro será a terceira. Entretanto, se a adulteração for realizada com metade do volume em solvente, como o pentano líquido, de densidade 20% menor que a do álcool, o mostrador estaria em uma posição esquematizada em a) b) c) d) e) D O T TA 2 R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 76 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 77 7) A pressão suportada pela placa de policarbonato, no SI, é dada por: 6 10 6 10 6 61 10 61 10 p p , , mm ,1 N m 1 N m 1 N N/m Pa 22 3 6 2 5 2 5 & & : : = = = = = - -` j A densidade do vidro, que é o dobro da densidade do policarbonato, no SI, corresponde a: 2 1 (10 ) 2 4 10 2 4 10d , , ,2 g/cm m kg kg/m3 3vidro 2 3 3 3: : := = =- - Pela expressão da pressão exercida na placa de policarbonato, é possível obter a altura máxima que as placas de vidro podem atingir: 2 4 10 1 61 10 1 10 60 10 25 p p dgh h dg p p h h , kg/m 0 m/s N/m N/m 2,4 10 kg/m s N/m 0 m atm atm 3 3 2 5 2 5 2 4 2 2 5 2 & & & & & : : : : : : : = + = - = - = = Como cada placa de vidro tem espessura de 5 mm, em 250 metros cabem 5 10 m 250m 50 00. 0 placas.3: =- Alternativa c. 8) No mostrador, a massa mM será igual à do álcool mA misturado ao solvente mS; portanto, pode-se obter a relação entre suas densidades: m m m d V d V d VM A S M M A A S S& : : := + = + Como metade do volume é composto por solvente e sua densidade é 20% menor que a do álcool, temos: 2 0 8 2 1 8 2 0 9 d V d V d V d V d V d d , , , M A A M A M A & & & : : : : : : : : = + = = Ou seja, a densidade da mistura será 90% da densidade do álcool puro. Observando visualmente a comparação da posição do densímetro de 5% de diferença de densidade entre as posições 1 e 2, na mistura de metade do volume de solvente, a única figura que pode indicar a posição do densímetro é a da alternativa c. Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 77 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica78 C5 H17 9 Ironicamente, se antes ele tinha a função de zelar pela qualidade dos alimentos e, con- sequentemente, pela saúde dos homens, hoje ele recebe o título de vilão e integra a lista dos condimentos prejudiciais à saúde. O motivo do rótulo não é à toa: o consumo excessivo de sal aumenta a pressão arterial. O cardiologista Heno Lopes, do Incor (Ins- tituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), explica que esse aumento da pressão ocorre por conta da propriedade osmótica do cloreto de sódio, principal componente do tempero, que acaba atraindo moléculas de água para si e levando à retenção de líquidos. Quando o sal entra no corpo, ele é absorvido pelo intestino e vai di- reto para o sangue. Se é consumido em grande quantidade, cai na mesma proporção nos vasos, que acabam se contraindo para tentar diminuir o fluxo e restabelecer o estado habitual. Como explica a nutricionista Camila Leonel, da escola de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a constrição dos vasos aumenta a circulação do sangue no organismo, mas a força de bombeamento do coração continua a mesma. “Consequentemente, o órgão não é irrigado ade- quadamente justamente quando está com seu trabalho intensificado, o que faz com que seu tecido fique mais espesso”, completa Leonel. A sequência de alterações pode levar a uma série de problemas graves: hipertensão arterial, pro- blemas renais, arritmia e infarto. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/hipertensao/ por-que-o-excesso-de-sal-faz-mal-a-saude>. Acesso em: 12 mar. 2015. (Adaptado.) Segundo o artigo médico, a ingestão demasiada de sal pode provocar hipertensão arterial por a) aumentar a densidade do sangue. b) diminuir a densidade do sangue. c) diminuir a área das veias e artérias. d) aumentar a área das veias e artérias. e) diminuir o volume de sangue no corpo. C5 H17 10 Como funciona o aparelho de medir a pressão? Para começar, o aparelho nada mais é do que uma bolsa inflável conectada a um medi- dor de pressão (com uma coluna de mercúrio). A pressão exercida sobre a bolsa é indicada no mostrador do aparelho. No nosso braço existe uma artéria bastante calibrosa, chamada de artéria braquial. Ao co- locar a bolsa do aparelho no braço e inflando-a a uma pressão maior do que a pressão sistólica (quando o coração está contraindo), não passa sangue por esse vaso. Por isso não ouvimos nada no estetoscópio. Na medida em que se solta o ar da bolsa, a sua pressão vai caindo, até que a pressão sanguínea fique maior e possamos ouvir o sangue passar. Nesse momento o mostrador do aparelho indica a pressão sistólica. Se conti- nuarmos a soltar o ar, vai chegar um momento que a pressão do aparelho é menor que a pressão diastólica (coração relaxado), nesse momento não ouvimos nada novamente. Então, quando dizemos que a pressão está 120 por 80 (ou 12 por 8), que é o normal, estamos dizendo que, quando o coração está contraído, a pressão do sangue é de 120 mmHg e, quando está relaxado, é de 80 mmHg. Disponível em: <http://saude.ocorpohumano.com.br/ ms-06-aparelho-de-pressao.html>. Acesso em: 12 mar. 2015. (Adaptado.) Considerando a massa específica do mercúrio como 13,6 g/cm3 e a pressão atmosférica de 1 10 Pa5: , pode-se afirmar que a pressão sis- tólica normal do coração equivale a a) 0,0163 da pressão atmosférica. b) 0,0544 da pressão atmosférica. c) 0,1088 da pressão atmosférica. d) 0,1632 da pressão atmosférica. e) 1,6320 da pressão atmosférica. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 78 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 79 10) A massa específica do mercúrio, no SI, é dada por: 13 13 6 10, ,6 cm g 13,6 10 m 10 kg m kg Hg 3 2 3 3 3 3:n = = =- - ` j A pressão sistólica normal do coração equivale a 120 mmHg, portanto, temos: 13 6 10 1 120 10 16 32 p gh p P , . m kg 0 s m m 0 Pa 0,1632 3 3 2 3 atm & & : : : :n= = = = - Alternativa d. 9) Quando ocorre a ingestão de sal, as veias e artérias sofrem um processo de contração e, com a diminuição da área interna, a pressão aumenta, porque a força de bombeamento do sangue permanece constante. Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 79 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica80 C5 H17 11 A figura abaixo apresenta a temperatura de ebulição da água em algumas cidades da América do Sul, e o gráfico descreve a relação entre a pressão atmosférica e a temperatura de ebulição da água. Considerando que a massa de ar, com densidade média de 0,9375 kg/m3, se con- centra basicamente na troposfera, com 10 km de extensão, a altitude aproximada da cidade de La Paz é de Adote 1 101 atm N/m5 2:= . a) 1.470 m b) 3.600 m c) 4.000 m d) 6.000 m e) 6.400 m C5 H17 12 Situado às margens da Jordânia, Israel e Cisjordânia, o Mar Morto é o único ponto do planeta onde é possível deitar-se confortavelmente sobre as águas para ler uma revista ou bater papo com os amigos sem a preocupação de afundar. Apesar do nome, ninguém morre afogadoali. A densidade decorrente da alta salinidade da água – seis vezes maior que a de qualquer outro local, com cerca de 300 gramas de sal por litro – faz com que os corpos sejam empurrados para a superfície e inevitavelmente flutuem. Em compensação, se você estiver com algum corte ou ferida na pele, pode ter certeza de que ele vai arder à beça. Disponível em: <http://www.dgabc.com.br/Noticia/252034/ fl utuando-no-mar-morto>. Acesso em: 12 mar. 2015. Considerando que uma pessoa também flutue em uma piscina comum, embora com uma proporção maior do corpo submerso, o empuxo provocado nas águas do Mar Morto, nessa mesma pessoa, será a) igual ao empuxo na piscina. b) maior que o empuxo na piscina. c) menor que o empuxo na piscina. d) em uma direção diferente do empuxo na piscina. e) em um sentido diferente do empuxo na piscina. 0,4 81 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,9 84 87 90 93 T (°C) p (a tm ) 96 99102105108111114117120 Santos: 100 °C Nível do mar São Paulo: 98 °C Brasília: 96 °C Quito: 90 °C La Paz: 87 °C R O B E R T P A U L V A N B E E T S /S H U T T E R S TO C K R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 80 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 81 11) Sabendo que a temperatura de ebulição em La Paz é de 87 °C, a pressão atmosférica, de acordo com o gráfico, corresponde a, aproximadamente, 0,6 atm. Assim, a altura da coluna de ar que forma a pressão atmosférica em La Paz pode ser obtida a partir da seguinte expressão: 0 937 1 0 6 10 6 40p gh h g p , , . 5 kg/m 0 m/s Pa 0 m3 2 5 & : : n n= = = = Como a pressão atmosférica é causada pela coluna de ar sobre o local, o tamanho da troposfera deve ser descontado para se obter a altitude: H 10.000 m 6.400 m 3.600 m= - = Alternativa b. 12) O empuxo é o mesmo porque em ambas as situações ele equilibra o peso da pessoa. Alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 81 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica82 C5 H18 13 Uma região atrás do tímpano, chamada de orelha média, está cheia de ar para funcionar como uma caixa acústica, com espaço para a vibração da membrana do tímpano. Justamente por ser recheada de ar, esta região é vulnerável à variação da pressão. À medida que o mergulha- dor afunda, a pressão da água aumenta e empurra o tímpano para dentro, provocando dor; se o mer- gulhador não tomar nenhuma atitude, o tímpano poderá até se romper, causando o barotrauma da orelha média. Para evitar este tipo de acidente, o mergulhador realiza a manobra de Valsalva, assim chamada por ter sido descrita por um fisio- logista italiano com esse nome: tapa-se o nariz com dois dedos, mantém-se a boca fechada e expira-se com um pouco de força. Sem opção de saída, o ar caminha pela trompa de Eustáquio, o canal membranoso que liga o ouvido à garganta, e chega à orelha média, preenchendo a cavidade e igualando a pressão de dentro com a de fora. Disponível em: <http://super.abril.com.br/mundo-animal/ permanencia-homem-fundo-mar-vida-pressao-440134.shtml>. Acesso em: 12 mar. 2015. (Adaptado.) Orelha externa Tímpano Trompa de Eustáquio Orelha média Orelha interna Para um mergulhador que esteja a uma pro- fundidade de 30 metros, executando a mano- bra de Valsalva, a força produzida na parede do tímpano, com cerca de 60 mm2, para igualar a pressão do ouvido médio à pressão externa, será aproximadamente equivalente a erguer com velocidade constante Dados: 1g 0 m/s2= , 1 10p N/matm 5 2:= , j 1 g/cm3água = a) uma bola de tênis. b) um tablet. c) um notebook. d) uma criança de 8 anos. e) um automóvel popular. C5 H18 14 Num projeto inovador, alguns alunos do curso de Geografia lançaram nos céus do Alentejo um balão de grande altitude, que subiu 30 quilôme- tros até o limite da estratosfera, captando medidas científicas e imagens, numa viagem transmitida na internet. Através do projeto Spacebits, após sete meses de trabalho, o balão foi lançado perto de Castro Verde, em Beja, por três alunos e um professor universitário. O balão meteorológico de látex, que foi enchido com cinco mil litros de hélio, subiu quase até a mesosfera, “onde já se vê a curvatura da Terra, o azul do planeta e o preto do espaço”, podendo captar informa- ções importantes sobre o clima de uma grande região do globo. Disponível em: <http://www.cienciahoje.pt/index.php?balao- metereologico-nos-ceus-de-portgal=all>. Acesso em: 12 mar. 2015. (Adaptado.) Segundo os princípios físicos, a subida de um balão até quase alcançar a mesosfera ocorre em virtude a) do empuxo exercido pela atmosfera no gás contido no balão. b) da exaustão do gás hélio, cuja reação é a subida do balão. c) da diminuição do volume do gás em gran- des altitudes. d) do calor produzido pelo gás hélio, que libera energia para a subida. e) da aceleração da gravidade, que atua de forma inversa no balão. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 82 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 83 13) A massa específica da água, no SI, é dada por: 1 1 10 cm g 1 10 m 10 kg m kg água 3 2 3 3 3 3:n = = =- - ` j A pressão na orelha do mergulhador pM à profundidade de 30 metros equivale a: 1 10 1 10 1 3 1 10 3 10 4 10 4 10 p p p p gh p p Pa kg/m 0 m/s 0 m Pa Pa Pa N/m 3 2 M atm água atm M 5 3 M 5 5 5 5 2 & & & & : : : : : : : : n= + = + = + = + = = Portanto, a força exercida na parede do tímpano será: p A F F p 4 10 60 10 2 N/m m 4 NA 25 2 6& : : := = = =- O que corresponde à força peso de uma massa de 2,4 kg, que se aproxima da massa de um notebook. Alternativa c. 14) O empuxo E é dado pela expressão E d V gf f= , em que df corresponde à densidade do fluido deslocado, Vf ao volume do fluido deslocado e g à aceleração da gravidade. Como o gás hélio tem densidade menor que a do ar, o empuxo sobre ele é maior que seu peso, fazendo com que ele se desloque verticalmente. Chegará até um ponto em que o peso do balão será igual ao seu empuxo, certamente pelo resfriamento demasiado do gás hélio. Alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 83 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica84 C5 H19 15 Um robô que está sendo desenvolvido pela Escola Politécnica da USP deve facilitar o processo de exploração de petróleo em águas profundas. Concebido em conjunto com o Cenpe (Centro de Pesquisas da Petrobras) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janei- ro), o equipamento terá como missão, em um primeiro momento, recuperar sinalizadores marítimos chamados transponders em profundidades superiores a mil metros. A extensão do projeto pretende capacitar o robô a ligar poços de petróleo a plataformas marítimas por meio de tubulações flexíveis. O robô pode operar em profundidades com pressão máxima de 200 atmosferas e evitará levar mergulhadores em profundidades tão grandes. Disponível em: <http://www.usp.br/aun/exibir.php?id=854>. Acesso em: 12 mar. 2015. (Adaptado.) Enchova Piraúna Marimbá Marlim Marlim Sul Marlim Sul II RoncadorRoncador II Tupi 1.000 m 2.000 m 3.000 m Considerando a densidade da água do mar como 1,04 g/cm3, pressão atmosférica como 1 10 N/m5 2: e 1g 0 m/s2= , a plataforma com fundo oceânico mais profundo que poderá ser reparada pelo robô será a) Enchova. b) Marlin Sul II. c) Roncador. d) Roncador II. e) Tupi. 15) Com pressão máxima pR de 200 atmosferas, o robô atingirá a profundidade máxima dada por: 1 04 10 1 200 10 1 10 1 91 p p p p gh h g p p h , . kg/m 0 m/s N/m N/m 3 m 3 2 2 2 R atm água atm água atm 3 5 5 & & & & : : : : n n = + = + = - = - = Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 84 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 85 R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 85 4/29/15 2:32 PM aProVa enem • FÍsica86 C5 H19 16 O Sudeste brasileiro aponta para uma grave crise hídrica, agravada pelo consumo excessivo e pela estiagem prolongada. O governo de São Paulo apresentou à ANA a complementação do Sistema Cantareira, utilizando a água do rio Paraíba do Sul. O projeto é bastante polêmico porque o rio Paraíba do Sul é a fonte de abastecimen- to de grande parte da populaçãodo Rio de Janeiro. Com a transposição, o Sistema Cantareira passaria a funcionar da seguinte forma: Represas Jaguari e Jacareí Represa Cachoeira Túnel 7 Túnel 6 Túnel 5 Túnel 3 Túnel 1 Túnel 2 h3 h2 h1ESI Represa Atibainha Represa Paiva Castro Represa Águas Claras O sistema será composto por: • Reservatórios de regularização de vazões: Jaguari e Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro. • Túneis e canais de interligação para transferência de água de uma represa para outra mais a jusante. • Uma estação elevatória de água (Santa Inês - ESI), responsável por recalcar a água dos cincos reservatórios captada no último deles. • Um reservatório (Águas Claras), que, pela capacidade e a vazão por ele veiculada, tem a finalidade de manter o fluxo contínuo de água para a estação de tratamento. Disponível em: <http://aguasdobrasil.org/edicao-06/sistema-cantareira.html>. Acesso em: 12 mar. 2015. (Adaptado.) Para que a água seja levada das represas de Jaguari e Jacareí até o reservatório na represa de Águas Claras, a estação elevatória deverá ter potência suficiente para imprimir uma pressão na água equivalente a a) jg h h h1 2 3+ +` j b) jgh3 c) jg h h h1 2 3: :` j d) jg h h1 2+` j e) jg h h1 3+` j 16) Para elevar a água, considerando que ela está exposta à pressão atmosférica na represa Paiva Castro, será necessária uma pressão equivalente à coluna líquida, dada pela soma das alturas h h h1 2 3+ + . Alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 86 4/29/15 2:32 PM Hidrostática 87 R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 87 4/29/15 2:32 PM APROVA ENEM • FÍSICA Respostas 88 1. d 2. a 3. b 4. e 5. d 6. e 7. a 8. d 9. d 10. e 11. b 12. b 13. c 14. c 15. e 16. a 17. b 18. e 1. c 2. c 3. e 4. a 5. c 6. c 7. b 8. b 9. d 10. b 11. c 12. d 13. e 14. d Cinemática Forças Respostas 1. c 2. a 3. b 4. e 5. d 6. c 7. c 8. c 9. c 10. d 11. b 12. a 13. c 14. a 15. c 16. a 1. d 2. c 3. d 4. a 5. b 6. d 7. a 8. d 9. a 10. b 11. e 12. b 13. e 14. b 15. d Energia, suas formas e sua conservação Hidrostática R3-MPF1-ENEM-TM04-M.indd 88 4/29/15 2:56 PM 002-MPF1-ENEM-Credito-M 003-011-MPF1-ENEM-iniciais-M 012-029-MPF1-ENEM-TM01-M 030-045-MPF1-ENEM-TM02-M 046-065-MPF1-ENEM-TM03-M 002-011-MPF2-ENEM-Iniciais-M 012-031-MPF2-ENEM-TM01-M 032-051-MPF2-ENEM-TM02-M 052-069-MPF2-ENEM-TM03-M 070-095-MPF2-ENEM-TM04-M 096-MPF2-ENEM-FINAIS-M 066-088-MPF1-ENEM-TM04-M