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© Francisco Ramalho Junior, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Antônio de Toledo Soares, 2015 Coordenação editorial: Fabio Martins de Leonardo Elaboração de originais: Denise Minematsu, Regis Guimarães, Renato Casemiro Edição de texto: Denise Minematsu, Alexandre da Silva Sanchez Preparação de texto: Denise de Almeida Gerência de design e produção grá� ca: Sandra Botelho de Carvalho Homma Coordenação de design e produção grá� ca: Everson de Paula Suporte administrativo editorial: Maria de Lourdes Rodrigues (coord.) Coordenação de design e projeto grá� co: Marta Cerqueira Leite Capa: Otávio Santos Coordenação de arte: Maria Lucia F. Couto, Wilson Gazzoni Agostinho Edição de arte: Alexandre Cabral Benites Editoração eletrônica: Estação das Teclas Ilustrações: Nelson Matsuda, Luiz Rubio, Paulo Nilson Coordenação de revisão: Elaine C. del Nero Revisão: Cibely de Souza Sala, Salete Brentan, Simone Garcia Coordenação de pesquisa iconográ� ca: Luciano Baneza Gabarron Pesquisa iconográ� ca: Carol Böck, Fernanda Siwiec, Mariana Alencar Coordenação de bureau: Américo Jesus Tratamento de imagens: Arleth Rodrigues, Bureau São Paulo, Marina M. Buzzinaro, Resolução Arte e Imagem Pré-impressão: Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira, Fabio N. Precendo, Hélio P. de Souza, Marcio H. Kamoto, Rubens M. Rodrigues, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Viviane Pavani Impressão e acabamento: 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2015 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ramalho Junior, Francisco Os fundamentos da física / Francisco Ramalho Junior, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Antônio de Toledo Soares. -- 11. ed. -- São Paulo : Moderna, 2015. Conteúdo: V. 1. Mecânica -- V. 2. Termologia, óptica e ondulatória -- V. 3. Eletricidade e introdução à física moderna. Bibliogra� a. 1. Física (Ensino médio) 2. Física (Ensino médio) - Problemas, exercícios etc. I. Ferraro, Nicolau Gilberto. II. Soares, Paulo Antônio de Toledo. III. Título. 15-01698 CDD-530.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Física : Estudo e ensino 530.7 ISBN 978-85-16-10025-4 (LA) ISBN 978-85-16-10026-1 (LP) 002-ENEM-MPF1-Credito-M.indd 2 4/29/15 11:28 AM 3 O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avalia as competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes até o final da Educação Básica. Além disso, é usado na seleção de candidatos ao Ensino Superior. Pensando na importância desse exame nacional, oferecemos a você o Aprova Enem com o objetivo de prepará-lo, desde o início do Ensino Médio, às exigências das provas, que, com certeza, representam um desafio para qualquer estudante. Cada volume da coleção Moderna Plus – Os fundamentos da Física é acompanhado de um caderno específico. A organização do Aprova Enem foi planejada para auxiliar o aprimoramento do aluno; assim, os volumes foram divididos em temas que abrangem os assuntos explorados no exame nacional. Cada tema traz questões do Enem resolvidas e comentadas, para que você compreenda os objetivos das provas, e apresenta questões novas elaboradas de acordo com a Matriz de referência do Enem, para que você adquira prática de argumentação e de cálculo para resolvê-las e consolide seus conhecimentos. Bons estudos! Apresentação R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 3 4/30/15 9:09 AM Organização do Aprova Enem Um pequeno texto resume o tema a ser tratado. Este caderno é dividido em 4 temas, que foram escolhidos pensando nos assuntos que aparecem com frequência nas provas do Enem. APROVA ENEM • FÍSICA As leis de Newton, a força de atrito, as forças em trajetórias curvilíneas e na gravitação, além do conceito de impulso, sempre foram temas de discussões científicas ao longo do tempo. O princípio da inércia (primeira lei de Newton) é fruto de diferentes interpretações, em que as primeiras foram elaboradas por meio do senso comum. Forças QUESTÕES COMENTADAS FORÇAS 3130 O princípio da inércia pode ser estu- dado no capítulo 11 – Os princípios da Dinâmica. C1 H3 De acordo com o senso comum, a inércia é associada à dificuldade em se promover mudanças, porém, na Física, esse conceito envolve os estados de movimento e de repouso em um corpo. Para ilustrar, imaginemos uma situação inusitada: um passageiro acorda no porão de um navio em águas calmas e sem visão do exterior. Nesse caso, seria impossível ao passageiro distinguir se a embarcação está em repouso ou se deslocando com velocidade constante, porque em ambas as situações a) a resultante das forças no passageiro é nula. b) a ação equilibra a reação. c) a resultante das forças no passageiro é igual ao seu peso. d) a força peso do passageiro equilibra a força normal. e) o passageiro está em movimento em relação ao navio. Resolução Como o passageiro está no porão do navio (em águas calmas e sem visão do exterior), ele não tem como saber se o navio está em movimen- to retilíneo uniforme ou em repouso, porque, em ambas as situações, a aceleração é nula, e, dessa forma, a força resultante no passageiro também é nula. Esse exemplo foi citado por Galileu em sua obra Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mundo, publicada em 1632, em que defendia o sistema heliocêntrico em contraposição ao sistema geocêntrico. A analogia foi feita para comparar que nenhum experimento realizado no porão de um navio possibilitaria concluir se ele está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, assim como nenhum experimento feito na Terra possibilitaria saber se ela está repouso ou em movimento. Assim, a informação que completa adequadamente o enunciado é a da alternativa a. C5 H17 (Enem) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trân- sito, os quais funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético. As representações esquemáticas da força de atrito f at. entre os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são: a) fat. p f at. p b) fat. p f at. p c) fat. p f at. p d) fat. p f at. p e) fat. p f at. p Resolução O enunciado informa que os freios ABS servem para impedir o tra- vamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, diferentemente do que ocorre nos freios comuns, ou seja, nos carros sem o sistema ABS pode ocorrer deslizamento das rodas, enquanto nos carros com ABS isso é continuamente evitado. No sistema de freios ABS, as rodas são liberadas no limiar do deslizamento – ação que se repete todas as vezes em que a força de atrito alcançar esse limite. Para responder à questão, é preciso relacionar as informações apresen- tadas no texto com as representações gráficas em cada uma das alter- nativas. Como não ocorre deslizamento das rodas no sistema de freios ABS, as alternativas c e e podem ser descartadas, pois as representações gráficas da direita, nessas alternativas, representam o atrito cinético. A representação gráfica que mostra as características de uma frenagem, sem o sistema ABS, é: fat. fat.(máx.) 0 p fat.(d) Os conceitos de atrito estático e atrito cinético podem ser estudados no capítulo 12 – Forças de atrito. Questões comentadas Para cada tema, há algumas questões, inclusive do Enem, resolvidas e comentadas. Um quadro destaca os principais assuntos tratados na questão e em quais capítulos esses assuntos são abordados no livro. O Aprova Enem traz questões comentadas do Enem e questões para praticar, elaboradas de acordo com as especificações desseexame. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 4 4/30/15 9:09 AM Forças 33 C1 H2 1 Observe o infográfico abaixo, que demonstra o funcionamento de uma turbina de avião. De acordo com o infográfico, o princípio físico que possibilita a locomoção do avião é o a) princípio da inércia. b) princípio da conservação do momento. c) princípio da ação e reação. d) princípio da conservação da energia. e) princípio da impenetrabilidade dos corpos. questões propostas T e c M u n d o APROVA ENEM • FÍSICA As leis de Newton, a força de atrito, as forças em trajetórias curvilíneas e na gravitação, além do conceito de impulso, sempre foram temas de discussões científicas ao longo do tempo. O princípio da inércia (primeira lei de Newton) é fruto de diferentes interpretações, em que as primeiras foram elaboradas por meio do senso comum. Forças QUESTÕES COMENTADAS FORÇAS 3130 O princípio da inércia pode ser estu- dado no capítulo 11 – Os princípios da Dinâmica. C1 H3 De acordo com o senso comum, a inércia é associada à dificuldade em se promover mudanças, porém, na Física, esse conceito envolve os estados de movimento e de repouso em um corpo. Para ilustrar, imaginemos uma situação inusitada: um passageiro acorda no porão de um navio em águas calmas e sem visão do exterior. Nesse caso, seria impossível ao passageiro distinguir se a embarcação está em repouso ou se deslocando com velocidade constante, porque em ambas as situações a) a resultante das forças no passageiro é nula. b) a ação equilibra a reação. c) a resultante das forças no passageiro é igual ao seu peso. d) a força peso do passageiro equilibra a força normal. e) o passageiro está em movimento em relação ao navio. Resolução Como o passageiro está no porão do navio (em águas calmas e sem visão do exterior), ele não tem como saber se o navio está em movimen- to retilíneo uniforme ou em repouso, porque, em ambas as situações, a aceleração é nula, e, dessa forma, a força resultante no passageiro também é nula. Esse exemplo foi citado por Galileu em sua obra Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mundo, publicada em 1632, em que defendia o sistema heliocêntrico em contraposição ao sistema geocêntrico. A analogia foi feita para comparar que nenhum experimento realizado no porão de um navio possibilitaria concluir se ele está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, assim como nenhum experimento feito na Terra possibilitaria saber se ela está repouso ou em movimento. Assim, a informação que completa adequadamente o enunciado é a da alternativa a. C5 H17 (Enem) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trân- sito, os quais funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético. As representações esquemáticas da força de atrito f at. entre os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são: a) fat. p f at. p b) fat. p f at. p c) fat. p f at. p d) fat. p f at. p e) fat. p f at. p Resolução O enunciado informa que os freios ABS servem para impedir o tra- vamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, diferentemente do que ocorre nos freios comuns, ou seja, nos carros sem o sistema ABS pode ocorrer deslizamento das rodas, enquanto nos carros com ABS isso é continuamente evitado. No sistema de freios ABS, as rodas são liberadas no limiar do deslizamento – ação que se repete todas as vezes em que a força de atrito alcançar esse limite. Para responder à questão, é preciso relacionar as informações apresen- tadas no texto com as representações gráficas em cada uma das alter- nativas. Como não ocorre deslizamento das rodas no sistema de freios ABS, as alternativas c e e podem ser descartadas, pois as representações gráficas da direita, nessas alternativas, representam o atrito cinético. A representação gráfica que mostra as características de uma frenagem, sem o sistema ABS, é: fat. fat.(máx.) 0 p fat.(d) Os conceitos de atrito estático e atrito cinético podem ser estudados no capítulo 12 – Forças de atrito. Questões propostas Questões inéditas para praticar. Em algumas questões, lembretes de conceitos ajudam a compreender a resolução. Há ainda dicas e curiosidades que chamam a atenção para algo relacionado ao assunto. Todas as questões, comentadas ou propostas, são precedidas de uma sigla que indica a competência e a habilidade principais envolvidas em sua resolução. Essas competências e habilidades estão relacionadas à Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, que você encontra antes do primeiro tema deste caderno. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 5 4/30/15 9:09 AM Sumário Sobre o Enem ............................................................................................................................ 7 Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias ......... 10 Cinemática .................................................................................................................................... 12 Forças .............................................................................................................................................. 30 Energia, suas formas e sua conservação ........................................................................ 46 Hidrostática .................................................................................................................................. 66 Respostas .................................................................................................................................... 88 R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 6 4/30/15 9:43 AM 7SOBRE O ENEM Sobre o ENEM O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar a formação dos estudantes ao final da Educação Básica, para, com base em seus resultados, possibilitar o estabelecimento de metas de melhoria do ensino no país. A partir de 2009, o Enem se tornou parte do processo de ingresso em cursos profissionalizantes e do Ensino Su- perior. Posteriormente, o desempenho do aluno nesse exame passou a ser considerado para a aprovação de candidatos às universidades federais, seleção aos programas de financiamento do ensino privado e distribuição de bolsas. Desde a primeira edição, as provas adotam um modelo diferente do usado pelas avaliações tradicionais: enquanto muitos exames se caracterizam por apenas verificar conteúdos aprendidos na Educação Básica, exigindo que fatos, datas e fórmulas sejam decorados e estruturas prontas sejam reproduzidas, o Enem apresenta um modelo desafiador que se baseia em situações-problema. Para resolvê-las, não basta conhecer conceitos; é necessário aplicá-los, ou seja, saber fazer. No exame, ao se deparar com essas situações-problema, o aluno é convidado a trabalhar com habilidades variadas associadas a competências desenvolvidas ao longo de sua formação. As ha- bilidades são ações específicas relacionadas ao saber-fazer. Compreender fenômenos, relacionar fatos, analisar situações, sintetizar informações, resolver situações-problema são exemplos dessas habilidades. Aprimorando suas habilidades, o aluno consegue desenvolver competências. A com- petência pode ser entendida como a capacidade de mobilização de diversos recursos cognitivos (conhecimentos, valores, habilidades, atitudes etc.) para resolver situações complexas. As questões do Enem são elaboradas a partir de cinco eixos cognitivos que seriam as competências do sujeito associadas ao desenvolvimento das competências específicas de cada área do conhecimento. Os eixos cognitivos cobrados pelo exame são: I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguasespanhola e inglesa. II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico- -geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema. IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas de diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumen- tação consistente. V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Com base nesses eixos, que representam o que se espera de um aluno ao final da Educação Básica, são formuladas as questões que buscam aferir o desenvolvimento das competências e habilidades. As competências avaliadas no Enem são agrupadas de acordo com quatro gran- des áreas de conhecimento. A área de Ciências Humanas e suas Tecnologias compreende as disciplinas História, Geografia, Filosofia e Sociologia. A área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias compreende as disciplinas Química, Física e Biologia e a de Matemática e suas Tecnologias compreende Matemática. Por fim, a de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação compreende Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 7 4/30/15 9:09 AM APROVA ENEM • FÍSICA 8 Sobre o ENEM Competências de Ciências da Natureza De acordo com o Relatório pedagógico Enem 2009-2010, elaborado pelo Instituto Nacio- nal de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), as competências indicadas na “Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias” referem-se a conteúdos e temáticas comumente abordados na Educação Básica. Entre esses temas, destacam-se: meio ambiente, tecnologia, métodos e procedimentos próprios das Ciências Naturais. Dessa forma, os estudantes são convidados a resolver problemas por meio da aplicação dos conhecimentos abordados pelos componentes curriculares vinculados às Ciências da Natureza. A Competência de área 1 é composta por quatro habilidades e se refere à construção do conhecimento científico. Entre as principais situações abordadas nos itens, apresentam-se fatos e contextos que apontam para as visões de mundo, a natureza da ciência e as relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Assim, baseando-se em textos variados, os estudantes são convidados a reconhecer as transformações da ciência e as relações dessas transforma- ções com a sociedade. A Competência de área 2 é formada por três habilidades e refere-se a contextos que pri- vilegiam o reconhecimento de avanços científicos, bem como sua identificação e aplicação em fatos cotidianos. O domínio das habilidades dessa competência permite que o participante resolva situações-problema, aplicando conhecimentos tradicionalmente desenvolvidos em Química, Física e/ou Biologia. A Competência de área 3, composta por cinco habilidades, privilegia a compreensão da natureza como um sistema complexo e dinâmico. O estudante é incentivado a identificar, reconhecer, compreender e analisar os desequilíbrios gerados pelas interferências humanas nos sistemas naturais. Na Competência de área 4, composta por quatro habilidades, o foco é a compreensão do funcionamento dos seres vivos e as relações com o meio ambiente. No caso específico dos seres humanos, os fatores ambientais, sociais, históricos ou científicos, além dos individuais, como a idade, os hábitos e a herança biológica, devem ser compreendidos como elementos relacionados à saúde, à doença e à qualidade de vida. A Competência de área 5 é formada por três habilidades. Seu foco está na compreensão da ciência como construção social e no reconhecimento da atividade científica como produtora de procedimentos, métodos e técnicas próprias. As situações exploradas podem utilizar fontes variadas, como gráficos, tabelas, textos e imagens. A Competência de área 6, composta por quatro habilidades, concentra-se na compreensão de fenômenos físicos observáveis no cotidiano. Espera-se que o participante possa, com base na utilização de conceitos da Física, resolver situações-problema que envolvem questões relativas à energia, à transmissão de informação, ao transporte, entre outras. A Competência de área 7, formada por quatro habilidades, privilegia a utilização de con- ceitos da Química. Assim, espera-se que o participante aplique conhecimentos químicos em situações cotidianas para caracterização e uso de materiais e substâncias, avaliando seus riscos e benefícios para o meio ambiente e a economia. A Competência de área 8, formada por três habilidades, focaliza os conhecimentos construídos pela Biologia. Os estudantes devem ser capazes de identificar adaptações que permitem a determinados organismos viver em certos ambientes, interpretar experimentos que utilizam seres vivos e avaliar propostas voltadas à saúde humana e à do meio ambiente. Objetos de conhecimento da Física • Conhecimentos básicos e fundamentais: Noções de ordem de grandeza. Notação Cien- tífica. Sistema Internacional de Unidades. Metodologia de investigação: a procura de regularidades e de sinais na interpretação física do mundo. Observações e mensurações: R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 8 4/29/15 3:20 PM 9SOBRE O ENEM representação de grandezas físicas como grandezas mensuráveis. Ferramentas básicas: gráficos e vetores. Conceituação de grandezas vetoriais e escalares. Operações básicas com vetores. • O movimento, o equilíbrio e a descoberta de leis físicas: Grandezas fundamentais da mecânica: tempo, espaço, velocidade e aceleração. Relação histórica entre força e movimento. Descrições do movimento e sua interpretação: quantificação do movimento e sua descrição matemática e gráfica. Casos especiais de movimentos e suas regulari- dades observáveis. Conceito de inércia. Noção de sistemas de referência inerciais e não inerciais. Noção dinâmica de massa e quantidade de movimento (momento linear). Força e variação da quantidade de movimento. Leis de Newton. Centro de massa e a ideia de ponto material. Conceito de forças externas e internas. Lei da conservação da quantidade de movimento (momento linear) e teorema do impulso. Momento de uma força (torque). Condições de equilíbrio estático de ponto material e de corpos rígidos. Força de atrito, força peso, força normal de contato e tração. Diagramas de forças. Identificação das forças que atuam nos movimentos circulares. Noção de força centrípeta e sua quantifi- cação. A hidrostática: aspectos históricos e variáveis relevantes. Empuxo. Princípios de Pascal, Arquimedes e Stevin: condições de flutuação, relação entre diferença de nível e pressão hidrostática. • Energia, trabalho e potência: Conceituação de trabalho, energia e potência. Conceito de energia potencial e de energia cinética. Conservação de energia mecânica e dissipação de energia. Trabalho da força gravitacional e energia potencial gravitacional. Forças conservativas e dissipativas. • A Mecânica e o funcionamento do Universo: Força peso. Aceleração gravitacional. Lei da Gravitação Universal. Leis de Kepler. Movimentos de corpos celestes. Influência na Terra: marés e variações climáticas. Concepções históricas sobre a origem do universo e sua evolução. • Fenômenos elétricos e magnéticos: Carga elétrica e corrente elétrica. Lei de Coulomb. Campo elétrico e potencial elétrico. Linhas de campo. Superfícies equipotenciais. Po- der das pontas. Blindagem. Capacitores. Efeito Joule. Lei de Ohm. Resistência elétrica e resistividade. Relações entre grandezas elétricas: tensão, corrente, potência e energia.Circuitos elétricos simples. Correntes contínua e alternada. Medidores elétricos. Repre- sentação gráfica de circuitos. Símbolos convencionais. Potência e consumo de energia em dispositivos elétricos. Campo magnético. Ímãs permanentes. Linhas de campo mag- nético. Campo magnético terrestre. • Oscilações, ondas, óptica e radiação: Feixes e frentes de ondas. Reflexão e refração. Óp- tica geométrica: lentes e espelhos. Formação de imagens. Instrumentos ópticos simples. Fenômenos ondulatórios. Pulsos e ondas. Período, frequência, ciclo. Propagação: relação entre velocidade, frequência e comprimento de onda. Ondas em diferentes meios de propagação. • O calor e os fenômenos térmicos: Conceitos de calor e de temperatura. Escalas ter- mométricas. Transferência de calor e equilíbrio térmico. Capacidade calorífica e calor específico. Condução do calor. Dilatação térmica. Mudanças de estado físico e calor latente de transformação. Comportamento de gases ideais. Máquinas térmicas. Ciclo de Carnot. Leis da Termodinâmica. Aplicações e fenômenos térmicos de uso cotidiano. Compreensão de fenômenos climáticos relacionados ao ciclo da água. BRASIL. Relatório pedagógico Enem 2009-2010. Brasília: MEC, 2014. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 9 4/29/15 3:20 PM APROVA ENEM • FÍSICA 10 Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade. H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscila- tórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos. H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso co- mum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas. H4 Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade. Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos. H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano. H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum. H7 Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de mate- riais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida. Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos. H8 Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou recicla- gem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos. H9 Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos. H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais. H11 Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, consideran- do estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos. H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou eco- nômicas, considerando interesses contraditórios. Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais. H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a mani- festação de características dos seres vivos. H14 Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manuten- ção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros. H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológi- cos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos. H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos. Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias C2 Competência de área 2 C3 Competência de área 3 C4 Competência de área 4 C1 Competência de área 1 R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 10 4/29/15 3:20 PM 11MATRIZ DE REFERÊNCIA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS C6 Competência de área 6 C7 Competência de área 7 C8 Competência de área 8 C5 Competência de área 5 Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos. H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e repre- sentação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou pro- cedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam. H19 Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental. Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo. H22 Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais. H23 Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas. Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas. H25 Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implica- ções biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção. H26 Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos. H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos quími- cos, observando riscos ou benefícios. Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas. H28 Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros. H29 Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos industriais. H30 Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente. BRASIL. Matriz de referência Enem. Brasília: MEC; Inep, 2011. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/ downloads/2012/matriz_referencia_enem.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2015. R3-MPF1-ENEM-TM00-M.indd 11 4/29/15 3:20 PM APROVA enem • FÍSICA Cinemática questões CoMeNtaDas 12 A Cinemática estuda as características dosmovimentos dos corpos, que podem ser uniformes ou variados; retilíneos ou circulares; horizontais, verticais ou parabólicos. Os resultados desses estudos possibilitam a criação de tecnologias voltadas à solução de problemas econômicos e sociais, como o transporte de pessoas e de mercadorias, por exemplo. O movimento uniforme, ou seja, com velocidade escalar instantânea constante, pode ser estudado no capítulo 3 – Estudo do movimento uniforme. C1 H2 A “onda verde” chega de vez nas principais vias de acesso e de saída de Maceió. Com a sincronização dos semáforos, os veículos que transitarem pelas avenidas Fernandes Lima, Durval de Góes Monteiro, Tomás Espíndola e Melo Moraes passam a ter mais velocidade no tra- jeto. A “onda verde” funciona da seguinte forma: quando um semáforo está aberto para o fluxo de veículos em determinado ponto, os outros que seguem adiante também ficam abertos, ou seja, na cor verde, para a passagem dos veículos. Dessa forma, há uma sucessão continuada do fluxo, fazendo o trânsito de veículos ser mais rápido. “Os condutores que utilizarem uma velocidade constante de 50 km/h podem passar por todos os semáforos abertos tranquilamente, a não ser que haja algum imprevisto, como acidentes na via”, explica o superintendente da SMTT. Disponível em: <http://www.maceio.al.gov.br/smtt/noticias/onda-verde- comeca-a-funcionar-em-defi nitivo-nesta-quarta-feira/>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Considerando que em um determinado trecho da avenida Tomás Espíndo- la, os semáforos estão distanciados 250 metros um do outro, para garantir a “onda verde” planejada pela SMTT, após a abertura de um semáforo, o próximo deve abrir em, no máximo a) 5 segundos. b) 10 segundos. c) 18 segundos. d) 25 segundos. e) 36 segundos. Resolução Essa questão nos mostra como a adoção de medidas tecnológicas simples, como a sincronização dos semáforos, permite maior e melhor fluidez no trânsito (o que pode diminuir a ocorrência de congestio- namentos), além do controle da velocidade permitida nas vias de transporte. Como o esperado pela SMTT é que os veículos trafeguem com velo- cidade constante de 50 km/h (para passar por todos os semáforos abertos), o intervalo de tempo para que um veículo, que passa por um semáforo a 250 metros do semáforo seguinte, continue a pegar o sinal verde é dado por: R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 12 4/29/15 11:47 AM CInemátICA 13 O movimento circular e suas pro- priedades podem ser estudados no capítulo 10 – Movimentos circulares. Para transformar hora em segundo, basta multiplicar o valor por 3.600, pois uma hora tem 3.600 segundos. O aro da roda corresponde ao seu diâmetro, em polegadas. Na rela- ção utilizada para comparar as ve- locidades, usamos o raio da roda, ou seja, a metade do diâmetro. v t s t v s 50 km/h 0,25 km 0,005 h 18 s& D D D D= = = = = Portanto, para que um veículo trafegue na avenida sem ter de parar, um semáforo 250 m distante do outro deve abrir em, no máximo, 18 se- gundos após o anterior, o que corresponde à alternativa c. C2 H6 Para entender como funciona um velocímetro típico, começamos com o caso mais simples, o de uma bicicleta. Trata-se de um ímã, localizado em um dos raios da roda, uma bobina colocada na mesma altura do ímã, e um leitor eletrônico que nos dá a leitura em km/h. O que determina a velocidade é a quantidade de vezes que o ímã passa perto da bobina por unidade de tempo. Através do raio da roda, pode- -se calcular a velocidade com que o veículo se move. Os velocímetros analógicos de automóvel funcionam de uma ma- neira muito parecida. Entretanto, em vez de calcular a velocidade de rotação dos pneus, utilizam uma engrenagem. Este mecanismo – espe- cífico para cada modelo, tipo de transmissão e tamanho de roda – faz girar um cabo flexível, que por sua vez faz girar um ímã. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI123597-EI1426,00- Como+funcionam+os+velocimetros.html>. Acesso em: 16 fev. 2015. Um proprietário de veículo com velocímetro analógico decidiu trocar as rodas de seu carro, que têm aro 14 (14 polegadas de diâmetro), por rodas de aro 16 (16 polegadas de diâmetro) e pneus compatíveis, sem fazer outras alterações no veículo. Em uma situação em que o velocímetro estiver marcando 70 km/h, a velocidade do veículo será de a) 50 km/h b) 61 km/h c) 70 km/h d) 80 km/h e) 92 km/h Resolução Como o proprietário do veículo alterou o aro das rodas e, consequen- temente, seu raio, o automóvel não está mais de acordo com as espe- cificações do manual do proprietário. Todavia, tanto os pneus de aro 14 como os de aro 16 giram com a mesma velocidade angular, pois são acoplados nos mesmos eixos, ou seja, giram com o mesmo centro de rotação. Dessa forma, para uma velocidade de 70 km/h, com a roda de aro 14, tem-se a correspondente velocidade do veículo, com a roda de aro 16, dada por: h h r v r v v v7 polegadas 70 km/h 8 polegadas 80 km/h aro 14 aro 16 aro 14 aro 14 aro 16 aro 16 aro 16 aro 16 & & & & = = = = R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 13 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA14 Portanto, a velocidade do veículo será de 80 km/h, referente à alter- nativa d. As tecnologias existentes nas ruas, avenidas e rodovias para a de- tecção de velocidade (lombadas e radares eletrônicos, por exemplo) são utilizadas para determinar a velocidade do veículo, que pode ser diferente da velocidade registrada no velocímetro. No exemplo dessa questão, o radar ou a lombada eletrônica detecta 80 km/h, apesar de o velocímetro registrar 70 km/h. C5 H18 (Enem) Para serrar os ossos e carnes congeladas, um açougueiro utiliza uma serra de fita que possui três polias e um motor. O equipamento pode ser montado de duas formas diferentes, P e Q. Por questão de segurança, é necessário que a serra possua menor velocidade linear. Serra de fita Motor Polia 1 Polia 2 Polia 3 Correia Montagem P Serra de fita Motor Polia 1 Polia 2 Polia 3 Correia Montagem Q Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual seria a justificativa desta opção? a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares iguais em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência. b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico. c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferentes e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico. d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver menor raio terá maior frequência. e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velocidades lineares em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência. Resolução Na montagem P, as polias 2 e 3 têm a mesma frequência; então, a velocidade linear da serra, ligada à polia 3, é dada por: r v r v v v r r vhh2 3 2 2 3 3 3 2 3 2serraP& &= = = = Como a velocidade linear das polias 1 e 2 é a mesma, tem-se: v r r v 2 3 1serraP = Já na montagem Q, em que as polias 2 e 3 também têm a mesma fre- quência, a velocidade linear da serra, ligada à polia 2, é dada por: r v r v v v r r vh h2 3 2 2 3 3 2 3 2 3serraQ& &= = = = Como a velocidade linear das polias 1 e 3 é a mesma, então: v r r v 3 2 1serraQ = O movimento circular uniforme de uma polia pode ser transmitido a ou- tra acoplando as duas em um mesmo eixo ou utilizando uma correia. As características da transmissão de movimento circular uniforme po- dem ser estudadas no capítulo 10 – Movimentos circulares. Na transmissão de movimento cir- cular uniforme, tanto a velocidade angular (h) como a frequência (f) são inversamente proporcionais ao raio (R) da polia. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 14 4/29/15 11:47 AM CInemátICA 15 Pelas figuras que representam as montagens P e Q, sabemos que r r2 31 e pode-se verificar que v vserra serraQ2P . Portanto, o açougueiro deve, para sua própria segurança,optar pela montagem Q, que apresenta menor velocidade linear da serra. Quanto à frequência, na montagem Q, como as polias 1 e 3 têm a mesma velocidade linear, suas frequências estão relacionadas por: v v r r r r f r f r 2 2h h f f1 3 1 1 3 3 1 1 3 3 3 3 1 1 & & &: :r r= = = = Ou seja, quanto maior o raio da polia, menor é a sua frequência, o que corresponde à alternativa a. A segurança do açougueiro reside no fato de a velocidade da serra de fita ser menor. Dessa forma, caso a mão do açougueiro venha a ter contato com a serra, o dano será menor pelo fato de a velocidade de corte também ser menor. C6 H20 (Enem) Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima permitida é 120 km/h. Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para a realização da entrega? a) 0,7 b) 1,4 c) 1,5 d) 2,0 e) 3,0 Resolução Para resolver a questão, deve-se considerar que o trajeto a ser per- corrido pelo veículo corresponde a dois trechos, um de 80 km e outro de 60 km. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e, no segundo trecho, 120 km/h. Com base nesses dados, é possível obter o intervalo de tempo em que o trajeto total será percorrido pelo veículo da empresa, supondo que ele consiga manter constante a velocidade máxima em cada trecho, mantendo-se, portanto, em movimentos uniformes. Dessa forma, o intervalo de tempo (Dt1), para o veículo completar o percurso do primeiro trecho é dado por: s s v ,0t t v s t 80 km/h 80 km 1 h0 1 1 1 1 1 1& &: D D D D= + = = = E o intervalo de tempo para o veículo completar o percurso do segundo trecho (Dt2) é dado por: s s v t t v s t 120 km/h 60 km 0,5 h0 2 2 2 2 2 2& &: D D D D= + = = = Portanto, o intervalo de tempo total (Dt), em horas, para a realização da entrega será de: , ,t t t t 1 0 0 5 h h 1,5 h1 2&D D D D= + = + = Esse resultado corresponde à alternativa c. O movimento uniforme e sua fun- ção horária são apresentados e estudados no capítulo 3 – Estudo do movimento uniforme. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 15 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA16 C1 H2 1 Vem de Seul, na Coreia do Sul, uma das expe- riências bem-sucedidas nesse sentido. A cidade, que tem quase a mesma população da capital paulista, implantou há cinco anos um sistema de monitoramento do trânsito que melhorou em 11% a velocidade das vias. Seul conta com 741 câmeras e 1.141 sensores de velocidade instalados nas suas principais avenidas. [...] Sua função é transmiti-las aos motoristas para que escolham o melhor caminho e tomar providên- cias à visão de qualquer situação que ameace emperrar o fluxo de carros. Disponível em: <http://www.sinduscon-rio.com.br/ sindusletter/sindusletter_090414/n27.htm>. Acesso em: 16 fev. 2015. No início da experiência, em Seul, um mo- torista levava 10 minutos para percorrer a distância de 10 km. Após a implantação do sistema de monitoramento, um percurso de 5 km é percorrido em aproximadamente a) 1,25 min b) 2,7 min c) 4,45 min d) 4,5 min e) 5 min C1 H2 2 As máquinas sempre estiveram presentes no desenvolvimento tecnológico, mesmo as mais simples são fruto da criatividade humana ins- pirada pelo desejo de aumentar a eficiência no cumprimento das tarefas ou de facilitá-las. A imagem mostra um caminhão adaptado para o transporte de cabos-guia para trans- missão de fibra óptica. O fio é preso a outro equipamento que o desenrola a uma veloci- dade constante. Na retirada do fio de um rolo completamente cheio até o final, a) a polia aumentará a sua frequência de giro. b) a velocidade linear da polia aumentará. c) a polia manterá a sua frequência de giro. d) a polia terá sempre a mesma velocidade tangencial. e) a polia diminuirá a sua frequência de giro. C1 H3 3 Atingir altas velocidades é o sonho de mui- tos que buscam por adrenalina e, ao contrário do que muitos pensam, o problema não é a ve- locidade em si, mas a aceleração necessária para atingi-la. Perda de visão, desmaios e até mesmo a morte podem estar esperando por aqueles que vão atrás desse tipo de sensação tão intensa. Afinal, nosso corpo simplesmente não está pre- parado para lidar com situações extremas. A chamada “força g” é uma unidade de medida correspondente à aceleração devida à gravidade na Terra; e a tolerância do corpo a essa aceleração depende de alguns fatores, como sua duração, sua intensidade e o local onde é aplicada. Esse cálculo é bastante simples de se fazer: 1g significa que estamos sob uma aceleração de, aproximadamente, 9,8 m/s2. Já em 2g, essa aceleração duplica; emm 3g, o valor original triplica e assim vai seguindo progressivamente. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/ciencia/ 16109-qual-e-a-sensacao-de-andar-em-velocidades- absurdas-.htm>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Considerando g 10 m/s2= , um carro de corri- da na fórmula 1 partindo do repouso atinge velocidade de 270 km/h em apenas 3 segun- dos, o que provoca no piloto uma aceleração média de a) 1,0g b) 2,5g c) 5,0g d) 9,0g e) 25,0g T im b e r la n d e q u ip m e n T l T d questões propostas R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 16 4/29/15 11:47 AM CinemátiCa 17 1) Antes do sistema, um motorista levava 10 minutos para percorrer 10 km; portanto, sua velocidade média era de: v t s 10 min 10 km 1 km/minm D D = = = Com o aumento de 11%, a velocidade média passou a ser de: 1 100 11 1 11 v v v v v v v, 11% 1,11 km/min m m m m m m m nova nova nova & & & & = + = + = = d n Assim, para percorrer 5 km, o motorista gastará: minv t s t v s t ,4 51,11 km/min 5 km novam mnova & & D D D D D= = = = Alternativa d. 2) Durante a retirada do fio, a velocidade linear da polia permanece constante; porém, o raio da polia diminui, o que provoca o aumento da frequência de giro, isto é, a polia dará mais voltas no final do processo do que antes, em um mesmo intervalo de tempo. Alternativa a. 3) Transformando o valor da velocidade atingida pelo piloto de km/h para m/s, temos: v 3,6 270 km/h 75 m/s= = A aceleração média correspondente é de: a t v 3 s 75 m/s 25 m/sm 2 D D = = = O que representa uma aceleração de 2,5g. Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 17 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA18 C1 H3 4 O historiador inglês J. J. Farie, expondo a obra do jovem Galileu Galilei na Universidade de Pisa, escreve: “Aqui temos de dizer algo a respeito de suas famosas experiências sobre a queda dos cor- pos, uma vez que elas estão estreitamente associa- das à torre inclinada de Pisa, um dos monumentos mais curiosos da Itália. Até então, ninguém teve a ideia de argumentar a mecânica aristotélica vi- gente há quase dois mil anos de tal maneira que, consequentemente, aquela asserção foi recebida entre os axiomas da ciência do movimento. Ga- lileu, entretanto, apelava agora da autoridade de Aristóteles em favor de seus próprios sentidos e pretendia que, salvo uma diferença insignificante, devido à desproporção da resistência do ar, provar suas teorias. Os aristotélicos ridicularizaram essa ideia e se recusaram a ouvi-lo. Mas Galileu não se deixou intimidar e decidiu forçar seus adversários a ver o fato como ele próprio via. Assim, numa ma- nhã, diante da Universidade reunida (professores e estudantes), subiu na torre inclinada, levando con- sigo uma bola de dez libras e outra de uma libra. Colocou-as na borda da torre e as soltou juntas.” Disponível em: <http://www.ghtc.usp.br/server/Sites-HF/Alberto/>.Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Galileu Galilei é considerado um dos funda- dores do método experimental, e nessa expe- riência, em 1604, foi possível comprovar que corpos de massas diferentes, abandonados de uma mesma altura chegam ao chão a) em tempos proporcionais às suas massas. b) com velocidades proporcionais às suas massas. c) com acelerações nulas. d) com velocidades nulas. e) em tempos iguais. C2 H6 5 O vocábulo “nó”, na náutica, designa uma unidade de velocidade constante equivalente a 1 milha marítima por hora, ou seja, 1.852 m/h. No livro Para além de Capricórnio, de Peter Trickett, que fala da chegada dos portugueses às costas da Austrália e da Nova Zelândia, 250 anos antes do Capitão Cook, é apresentada a seguinte explicação: “No seu ponto mais primitivo, a velocidade de um navio era avaliada deixando cair um pequeno pedaço de madeira da proa do navio e vendo quanto tempo demorava a chegar à popa. Este método foi refinado no século XVI, atando o pedaço de madeira a uma corda com nós, e contando quantos nós passavam pelos dedos do marinheiro num determinado espa- ço de tempo: esta ação dava a velocidade do navio em ‘nós’.” Disponível em: <http://dizedores.blogspot.com.br/ 2008/12/curiosidade-lingustica-origem-do-termo.html>. Acesso em: 16 fev. 2015. Apesar de os equipamentos de medição de velocidade dos navios terem evoluído muito nos últimos séculos, esse método rudimentar foi largamente utilizado na navegação em todo o mundo. Dos aparelhos abaixo, qual deles apresenta o funcionamento baseado no mesmo princípio físico? a) Termômetro. b) Barômetro. c) Radar. d) Anemômetro. e) Pluviômetro. C2 H7 6 Nas grandes cidades brasileiras, o simples ato de caminhar é cada vez menos comum. Essa tendência, resultado da maior motorização e da urbanização de áreas distantes das regiões onde estão os serviços e as ofertas de empre- go, tem como efeitos colaterais uma interação mais superficial das pessoas com sua própria cidade, além do aumento no número de con- gestionamentos, dificultando ainda mais a chegada ao destino desejado. Por exemplo, um turista em São Paulo que pre- tende ir da Praça da Sé ao Masp, distantes um do outro cerca de 3 km, precisará pegar um metrô até a estação Paraíso, com espera na fila de 8 minutos e viagem de 12 minutos, e outro metrô até a estação Trianon Masp, com espera na fila de 8 minutos e viagem de 9 minutos. No entanto, se for andando, a uma velocidade média de 1,25 m/s, chegará ao destino final a) três minutos antes. b) dois minutos antes. c) ao mesmo tempo. d) dois minutos depois. e) três minutos depois. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 18 4/30/15 8:58 AM CinemátiCa 19 4) Todos os corpos em queda livre, desprezando-se a resistência do ar, têm a mesma aceleração, movimentam-se pelo mesmo intervalo de tempo e chegam ao solo com a mesma velocidade. No caso da experiência em questão, a diferença de tempo provocada pela resistência do ar em cada corpo é considerada desprezível. Alternativa e. 5) O anemômetro funciona pelo arraste do ar nas hélices ou cuias, e a medição da velocidade do vento é feita com o mesmo método utilizado nos primórdios da navegação. Para conhecer os diferentes tipos de anemômetro e entender seu funcionamento, acesse <www.ehow.com.br/funciona-anemometro-como_69966/> (acesso em: 22 abr. 2015). Alternativa d. 6) No percurso feito de metrô, o turista levará: t 8 min 12 min 8 min 9 min 37 minmetrôD = + + + = E, se ele for caminhando, o intervalo de tempo será de: v t s t v s t 1,25 m/s 3.000 m 2.400 s ou 40 min m m & & & D D D D D = = = = Portanto, se o turista for andando da Praça da Sé até o Masp, chegará apenas 3 minutos depois em comparação com o trajeto feito de metrô. Alternativa e. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 19 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA20 C2 H7 7 Mesmo sendo crime no Brasil atirar para o alto, a prática ainda é costume em algumas comemorações ou para afugentar multidões. Embora poucas vezes se possa ouvir o projétil voltar e bater no chão, devido aos ventos ou inclinação da arma, é inegável que a bala retorne e possa causar até mesmo danos letais. Quando uma munição é disparada verticalmente, ela imediatamente começa a perder velocidade por causa dos efeitos da gravidade e da resistência do ar no projétil. A desaceleração do projétil continua até que em algum ponto a bala para momentaneamente e só então começa a cair em direção ao solo. A velocidade da bala vai aumentar até que atinja a velocidade terminal. O projétil atinge essa velocidade quando a resistência do ar se iguala à força da gravidade ou, dizendo de outra forma, até o peso da bala e a resistência do ar ficarem equilibrados. Quando essa velocidade é atingida, a velocidade de queda para de aumentar. Disponível em: <https://www.defesa.org/atirando-no-ceu-um-pouco-sobre-a- fi sica-do-tiro-para-o-alto/>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Hipoteticamente, em um local em que pudesse ser desprezada a resistência do ar, um projétil disparado para o alto por arma de fogo retornaria ao solo a) com a mesma velocidade que saiu do cano da arma. b) com velocidade maior do que a que saiu do cano da arma. c) com velocidade menor do que a que saiu do cano da arma. d) com velocidade nula. e) com aceleração nula. C2 H7 8 Uma cooperativa de reciclagem decidiu adquirir uma esteira rolante automatizada para melhorar a eficiência na separação de latas de alumínio de formato muito semelhante, mas com massas diferentes (12 g, 14,5 g e 17 g). A B C O método consiste em colocar as latas misturadas na esteira, que manterá sempre deter- minada velocidade, e ao final dela dispor os recipientes A, B e C posicionados de acordo com o esquema acima. Do ponto de vista científico, esse procedimento a) funcionará e trará rapidez ao processo de reciclagem porque as latas de menor massa cairão no recipiente A. b) funcionará e facilitará o processo de reciclagem porque as latas de menor massa cairão no recipiente C. c) funcionará apenas se a velocidade da esteira estiver devidamente calibrada para que cada lata atinja o seu recipiente. d) não funcionará porque todas as latas, independentemente de sua massa, cairão em um único recipiente. e) não funcionará porque as latas, independentemente de sua massa, cairão em reci- pientes aleatórios. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 20 4/29/15 11:47 AM CInemátICA 21 7) Ao desprezarmos os efeitos da resistência do ar, teremos uma situação de lançamento vertical e de queda livre, ou seja, a velocidade inicial do projétil vai decrescendo até a altura máxima e, chega a zero; e durante a queda, ao contrário, a velocidade parte de zero e vai aumentando até atingir exatamente a mesma velocidade com que saiu da arma. Isso ocorre porque, tanto na subida quanto na descida, a aceleração do projétil é a mesma, ou seja, igual à aceleração da gravidade. Alternativa a. 8) No lançamento horizontal, o tempo de queda e, consequentemente, o alcance dependem apenas da aceleração da gravidade, não importando a massa da lata; portanto, todas as latas cairão no mesmo recipiente. Nesse caso, podemos desprezar a resistência do ar visto que as latas têm formatos muito parecidos, o que faria com que o efeito fosse o mesmo nos três casos. Alternativa d. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 21 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA22 C5 H17 9 [...] Mas nada do que foi dito até agora faz jus à fama dos Maias de terem extrema precisão astronômica. Por exemplo, com seus 365 dias, o ano haab ficava fora de sintonia com o ano solar real a cada quatro anos. Nosso calendário gregoriano, utilizado desde 1582, com seus anos bissextos e outras correções, perde somente um dia a cada 3.300 anos. Isso equivale a dizer que nesse calendário um ano tem 365,24250 dias, comparado com 365,24219 dias de um ano solar real. A diferença entre o calendário gregoriano e o maia é brutal, mas antes de tirar qual- quer conclusão, é preciso considerar que os Maias nãousavam decimais, e o haab era apenas uma aproximação. Na verdade, inscrições encontradas nas ruínas de Palenque mostram que eles sabiam que 1.507 anos solares reais correspondiam a 1.508 anos haab. A explicação: eles podiam observar todo ano os dias em que o Sol passava exatamente na vertical e saber o quanto seu calendário estava fora de sincronia com esses dias. Fazendo as contas, eles deduziram que um ano tinha 365,242203 dias. Esse valor estava quase na mosca, e era bem melhor do que o calendário dos europeus que os conquistaram. MAÇÃES, Bruno. Astronomia maia. Em: Scientific American Brasil: Etnoastronomia, n. 27. p. 27. De acordo com o conhecimento científico vigente, a diferença na contagem de tempo entre o ano solar real e o ano solar calculado pelos Maias é de a) 0,01872 s b) 0,04680 s c) 0,22464 s d) 1,1232 s e) 13,4784 s C5 H17 10 Preocupada com sua saúde, uma pessoa compra uma esteira ergométrica e es- tabelece uma agenda de atividades físicas. Animada com as funções da esteira, resolve correr o programa P10, preestabelecido pelo fabricante. Consciente da sua condição física, a pessoa conhece seus limites e sabe que esse é o ritmo máximo com que consegue praticar a corrida. O programa P10 pode ser ilustrado pelo gráfico seguinte, no qual o eixo horizontal corresponde ao tempo de corrida (em minuto) e o eixo vertical corresponde à velocidade da esteira, tendo como limite máximo o nível 12. Velocidade (nível) Programa P10 Tempo (min)0 2 4 6 8 10 12 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 Durante o treino, a pessoa passou a maior parte do a) tempo em velocidades baixas. b) percurso em velocidades baixas. c) tempo na velocidade 6. d) percurso na velocidade 8. e) tempo nas maiores velocidades. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 22 4/29/15 11:47 AM CInemátICA 23 9) A diferença entre o ano solar real, de 365,24219 dias, e o ano solar calculado pelos Maias, de 365,242203 dias, é de: s s 365,242203 dias 365,242190 dias 0,000013 dias ou 1,1232 s & & D D = - = Alternativa d. 10) O gráfico mostra que a pessoa ficou 8 minutos na velocidade 6, 10 minutos na velocidade 8, 10 minutos na velocidade 10 e 2 minutos na velocidade 3. Foi, portanto, um treino pesado, no qual a pessoa passou a maior parte do tempo em velocidades altas. Alternativa e. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 23 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA24 C5 H17 11 O pesquisador Hugo Leonardo Correia Bar- reto publicou um estudo intitulado “Análise quantitativa da distância percorrida, número de sprints e velocidade máxima na Copa do Mundo de Futebol de 2010”, no qual apresen- tou, entre outros, o gráfico a seguir. Distância total (km) Posição do jogador Defesa Meia Atacante 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd160/ numero-de-sprints-na-copa-do-mundo-de- futebol-de-2010.htm>. Acesso em: 16 fev. 2015. Sabendo que a duração regular de uma parti- da de futebol é de 90 minutos, é correto afir- mar que as velocidades médias dos jogadores de defesa, meia e atacante, respectivamente, das seleções classificadas na 1a fase da Copa do Mundo de 2010 foram, aproximadamente, a) 0,10 km/h; 0,12 km/h; 0,10 km/h b) 6,3 km/h; 7 km/h; 6,3 km/h c) 0,36 m/s; 0,43 m/s; 0,36 m/s d) 22,6 m/s; 25,2 m/s; 6,3 m/s e) 9,47 km/min; 8,57 km/min; 9,47 km/min C5 H18 12 O paraquedas é utilizado para reduzir a velocidade do usuário durante sua queda, criando, assim, um dispositivo de arrasto no ar. O material utilizado no paraquedas é feito de um tecido leve e forte de náilon. v (m/s) 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50 60 70 Tempo (s) SoloSalto Velocidade terminal 2 Velocidade terminal 1 Abertura do paraquedas Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/ handle/mec/23221>. Acesso em: 16 fev. 2015. Observe o gráfico anterior: ele representa a velocidade de um paraquedista ao longo do tempo de salto. Considere g 10 m/s2= . Entre os instantes 42 s e 48 s, a aceleração média do paraquedista a) vale 3 2 da aceleração da gravidade e tem o mesmo sentido da velocidade. b) vale 3 2 da aceleração da gravidade e tem sentido oposto ao da velocidade. c) tem o mesmo valor da aceleração da gra- vidade e sentido oposto ao da velocidade. d) tem o dobro da aceleração da gravidade e mesmo sentido da velocidade. e) é nula. C5 H18 13 Em um arremesso na grande área do adver- sário, um jogador tem a opção de lançar a bola com a mesma velocidade; porém, sob dois ângulos diferentes, já que o alcance para ângulos complementares é o mesmo, como mostra a figura a seguir. 60° 30° Se necessário, use: º ºcos ,30 60 0 5sen = = e º ºcos ,60 30 0 8sen = = Caso a escolha seja a trajetória mais alta, com ângulo de 60° com a horizontal, a bola a) chegará ao solo com o mesmo tempo do lançamento sob ângulo de 30°. b) chegará ao solo com um tempo menor que no lançamento sob ângulo de 30°. c) chegará ao solo com um tempo maior que no lançamento sob ângulo de 30°. d) terá altura máxima com o dobro da altura máxima atingida com o ângulo de 30°. e) terá velocidade nula no ponto de altura máxima. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 24 4/29/15 11:47 AM CinemátiCa 25 11) Considerando, de acordo com o gráfico, que as distâncias totais percorridas pelos jogadores de defesa, meia e atacante, respectivamente, correspondem a 9,5 km, 10,5 km e 9,5 km, podemos calcular a velocidade média de cada um: v t s 90 min 9,5 km 1,5 h 9,5 km 6,3 km/hmdefesa D D = = = = v t s 90 min 10,5 km 1,5 h 10,5 km 7,0 km/hmmeia D D = = = = v t s 90 min 9,5 km 1,5 h 9,5 km 6,3 km/hmatacante D D = = = = Alternativa b. 13) Para lançamentos oblíquos, sob ângulos complementares, o objeto terá o mesmo alcance; porém, o tempo de voo não será o mesmo. Para o cálculo do tempo, usando as expressões da cinemática, teremos: v v gt v gt t g v 0 sen sen y y0 0 0 & & & : : i i = - = - = Para uma mesma velocidade inicial, quanto maior o ângulo de lançamento (sen i), maior a altura máxima atingida e, portanto, maior o tempo de voo. Alternativa c. 12) A aceleração média do paraquedista nesse intervalo de tempo é dada por: g t v 48 42 10 50 3 2 10 3 2 3 s 20 m/s m/s2 & & : a a D D = = - - =- =- =-m m Nota-se no gráfico que, entre os instantes solicitados, a velocidade diminui ao longo do tempo, provocando a aceleração negativa ou “desaceleração”, o que é traduzido na cinemática escalar pelo sinal negativo. Portanto, a aceleração tem sinal contrário ao da velocidade. Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 25 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA26 C5 H19 14 Não se pode simplesmente “desligar” a gra- vidade. [...] A Nasa e outras agências espaciais utilizam um artifício que permite simular a ausência de gravidade: a queda livre. [...] Nos experimentos das agências espaciais, um avião a jato sobe até determinada altitude e, em seguida, é posto em queda livre durante certo tempo – não mais que 30 segundos. Na acolchoada cabine de passageiros, os futuros astronautas sentem a ausência de peso, até que o piloto retome o curso da aeronave. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/ materia/como-se-consegue-anular-a-gravidade-nos- laboratorios-da-nasa>. Acesso em: 16 fev. 2015. Desprezando os efeitos da resistência do ar na fuselagem do avião, para que o tempo de queda livre seja dobrado, a altura que o avião a jato terá de subir antes de cair deverá ser a) dobrada. b) triplicada. c) quadruplicada. d) multiplicada por 2 . e) multiplicada por 3 . C5 H19 15 Entre os investimentos do Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) previstos no Plano Plurianual 2012-2015 (PPA), está a contratação do primeiro satélite do Sistema Geoestacionário Brasileiro (SGB). A medida é considerada fun- damental para as telecomunicações do Brasil em geral e, em particular, para a comunicação estratégica do sistema de defesa nacional. Desde a privatização da Embratel, os serviços de satélite utilizados pelas ForçasArmadas são fornecidos por empresas privadas e o país objetiva superar essa dependência. [...] Satélites geoestacionários navegam em órbita equatorial, a 36 mil km de altitude, com rotação completa a cada 24 horas. Visto do solo, parecem estar fixos sobre certo ponto. São usados em transmissões de comunicação e de dados. Ser- viços de satélites também servem para previsão do tempo, monitoramento da ocupação urbana, fiscalização ambiental, controle do espaço aéreo, vigilância de fronteira e sistemas de navegação civil e militar. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/ Jornal/emdiscussao/defesa-nacional/estrategia-nacional-para- reorganizaao-e-reaparelhamento-da-defesa/satelite-do- brasil-para-superar-dependencia.aspx>. Acesso em: 16 fev. 2015. Para que o satélite geoestacionário esteja sempre sobre um mesmo ponto na superfí- cie da Terra (considere o raio da Terra como 6.400 km), é necessário que sua velocidade linear orbital seja a) igual à velocidade linear de rotação da Terra. b) igual à velocidade linear de translação da Terra. c) 5,625 vezes maior que a velocidade linear de rotação da Terra. d) 1,175 vezes menor que a velocidade linear de rotação da Terra. e) 6,625 vezes maior que a velocidade linear de rotação da Terra. C6 H20 16 A Lombada Eletrônica, nome popular do Redutor Eletrônico de Velocidade – REV, é um equipamento de segurança viária, reconhecido pelos especialistas como uma ideia inovadora que salva vidas. A identificação da velocidade dos veículos monitorados pela Lombada Ele- trônica ocorre através de detecção por dois sensores de peso, instalados na pista no sentido do tráfego, com uma distância de 4 m entre eles. Quando os laços são acionados pela pre- sença do veículo, um microprocessador recebe os sinais elétricos e calcula a sua velocidade com alta precisão e a indica no display. Um conjunto de sinais sonoros e luminosos infor- ma aos motoristas e pedestres a condição de tráfego do veículo. Disponível em: <http://www.perkons.com/pt/produtos-e- sistemas-detalhes/14/lombada-eletronica#funcionamento>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) Segundo o procedimento de coleta de dados da Lombada Eletrônica, para um veículo que varia sua velocidade sobre os sensores, o display mostra a velocidade a) média entre o percurso. b) com que o carro passou no primeiro sensor. c) com que o carro passou no segundo sensor. d) máxima atingida pelo carro. e) mínima atingida pelo carro. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 26 4/29/15 11:47 AM CinemátiCa 27 15) Para um satélite geoestacionário ser mantido em órbita, a velocidade angular deve ser a mesma do planeta que ele orbita. O raio da órbita do satélite corresponde à soma do raio da Terra com a altitude do satélite. Raio da Terra Raio do satélite 36 000 6 400 6 400 6 400 42 400 6 625 R v R v v v h h . . . v . . v , v s s T s s T T T s T T & & & & & = = + = = = ` j Alternativa e. 14) Utilizando a função horária dos espaços para a situação em que a velocidade inicial é zero, teremos: 2 2 2 s s v t gt h gt t g h 0 0 2 2 & & & = + + = = Considerando t’ como o dobro do tempo, temos: 2 2 2 2 4t’ t g h g h: = = = Portanto, para que o tempo seja dobrado, a altura deverá ser quadruplicada. Alternativa c. 16) A coleta de dados é feita pelo acionamento do sensor devido ao peso do veículo. Com o tempo calculado entre os sensores e a distância fixa de 4 m entre eles é possível apenas calcular a velocidade média. Alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 27 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA28 C6 H20 17 Usando as equações de queda livre, pode-se verificar que uma gota de chuva chegaria ao solo com uma velocidade aproximada de 720 km/h. Por que, então, as gotas de chuva não causam estragos muito mais severos? A resposta está ligada a uma das característi- cas do ar: oferecer resistência a qualquer corpo que nele se movimente. Os físicos observaram que a resistência do ar é tanto maior quanto maior for a velocidade do móvel. Assim, quando um corpo cai, sua velocidade aumenta com o passar do tempo e, consequentemente, a resistência do ar também aumenta. Isso ocorre até o momento em que a resistência do ar é suficientemente grande para fazer o corpo parar de acelerar e, a partir daí, fazê-lo cair com velocidade constante, denominada velocidade terminal. É a resistência do ar que as torna inofensivas. Disponível em: <http://www.fisnet.com.br/index.php?option= com_content&view=article&id=82:por-que-as-gotas-de-chuva- nao-matam&catid=55:audio-leituras&Itemid=76>. Acesso em: 16 fev. 2015. (Adaptado.) De acordo com o enunciado, o gráfico que po- deria exemplificar o espaço percorrido por uma gota de chuva em relação ao tempo de queda é a) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo b) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo c) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo d) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo e) s tTempo para atingir a velocidade limite Tempo de queda Solo C6 H20 18 O dardo é um objeto em forma de lança, feito de metal, fibra de vidro ou fibra de car- bono. O tamanho e peso dos dardos variam do homem para a mulher. [...] O atleta corre para tomar impulso e lança o dardo numa pista de lançamento com 34,9 metros de comprimento e 4 metros de largura. [...] O dardo costuma sair das mãos do atleta com uma velocidade de 100 km/h. Após o voo, o dardo aterra numa zona relvada que costuma ocupar a zona cen- tral dos estádios de atletismo. A marca obtida pelo atleta é medida pelos oficiais, desde a zona de lançamento até o primeiro ponto onde o dardo tocou no chão. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Lan%C3% A7amento_de_dardo>. Acesso em: 16 fev. 2015. Se o recorde mundial de lançamento de dardo atual é de Jan Zelezny, da República Checa, com a marca de 98,48 m, podemos estimar que o tempo de voo do dardo foi de aproxi- madamente Adote: ângulo de lançamento: 45° (sen 45° = 0,71; cos 45° = 0,71; tg 45° = 1) a) 0,69 s b) 0,98 s c) 1,39 s d) 2,78 s e) 4,99 s R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 28 4/29/15 11:47 AM CinemátiCa 29 18) No lançamento oblíquo de um dardo, é necessário pensar na projeção da velocidade. A componente horizontal da velocidade é dada por: cos cosv v v , , 45 0 71 19 7 3,6 100 km/h 27,7 m/s m/s x x 0 & & : : : ci= = = = Portanto, o tempo de voo pode ser calculado pela função horária do MRU: s s vt t v s t 19,7 m/s 98,48 m 4,99 s 0 & & & D = + = = = Alternativa e. 17) O enunciado deixa claro que, do momento da saída da nuvem até atingir a velocidade limite, o valor da velocidade da gota de chuva aumenta, embora todos os gráficos apresentem basicamente a mesma curva nesse intervalo. A solução reside no intervalo desse ponto até o solo. Nesse intervalo de tempo a gota de chuva cai com velocidade constante igual à velocidade limite adquirida. Trata-se, portanto, de um MRU. Alternativa b. R3-MPF1-ENEM-TM01-M.indd 29 4/29/15 11:47 AM APROVA enem • FÍSICA As leis de Newton, a força de atrito, as forças em trajetórias curvilíneas e na gravitação, além do conceito de impulso, sempre foram temas de discussões científicas ao longo do tempo. O princípio da inércia (primeira lei de Newton) é fruto de diferentes interpretações, em que as primeiras foram elaboradas por meio do senso comum. Forças questões CoMeNtaDas 30 O princípio da inércia pode ser estu- dado no capítulo 11 – Os princípios da Dinâmica. C1 H3 De acordo com o senso comum, a inércia é associada à dificuldade em se promover mudanças, porém, na Física, esse conceito envolve os estados de movimento e de repouso em um corpo. Para ilustrar, imaginemos uma situação inusitada: um passageiro acorda no porão de um navio em águas calmas e sem visão do exterior. Nesse caso, seria impossível ao passageiro distinguir se a embarcação está em repousoou se deslocando com velocidade constante, porque em ambas as situações a) a resultante das forças no passageiro é nula. b) a ação equilibra a reação. c) a resultante das forças no passageiro é igual ao seu peso. d) a força peso do passageiro equilibra a força normal. e) o passageiro está em movimento em relação ao navio. Resolução Como o passageiro está no porão do navio (em águas calmas e sem visão do exterior), ele não tem como saber se o navio está em movimen- to retilíneo uniforme ou em repouso, porque, em ambas as situações, a aceleração é nula, e, dessa forma, a força resultante no passageiro também é nula. Esse exemplo foi citado por Galileu em sua obra Diálogo sobre os dois máximos sistemas de mundo, publicada em 1632, em que defendia o sistema heliocêntrico em contraposição ao sistema geocêntrico. A analogia foi feita para comparar que nenhum experimento realizado no porão de um navio possibilitaria concluir se ele está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, assim como nenhum experimento feito na Terra possibilitaria saber se ela está repouso ou em movimento. Assim, a informação que completa adequadamente o enunciado é a da alternativa a. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 30 4/29/15 12:18 PM FORÇAS 31 C5 H17 (Enem) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trân- sito, os quais funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético. As representações esquemáticas da força de atrito f at. entre os pneus e a pista, em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são: a) fat. p f at. p b) fat. p f at. p c) fat. p f at. p d) fat. p f at. p e) fat. p f at. p Resolução O enunciado informa que os freios ABS servem para impedir o tra- vamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, diferentemente do que ocorre nos freios comuns, ou seja, nos carros sem o sistema ABS pode ocorrer deslizamento das rodas, enquanto nos carros com ABS isso é continuamente evitado. No sistema de freios ABS, as rodas são liberadas no limiar do deslizamento – ação que se repete todas as vezes em que a força de atrito alcançar esse limite. Para responder à questão, é preciso relacionar as informações apresen- tadas no texto com as representações gráficas em cada uma das alter- nativas. Como não ocorre deslizamento das rodas no sistema de freios ABS, as alternativas c e e podem ser descartadas, pois as representações gráficas da direita, nessas alternativas, representam o atrito cinético. A representação gráfica que mostra as características de uma frenagem, sem o sistema ABS, é: fat. fat.(máx.) 0 p fat.(d) Os conceitos de atrito estático e atrito cinético podem ser estudados no capítulo 12 – Forças de atrito. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 31 4/30/15 9:00 AM APROVA enem • FÍSICA32 Sabendo que as rodas do carro com ABS são liberadas todas as vezes em que o limiar do deslizamento é atingido, mantendo assim o atrito estático, pode-se perceber que as representações gráficas da direita nas alternativas a e d mostram essa característica. Já no caso do carro sem ABS, o atrito se torna cinético quando o limiar de deslizamento é atingido; portanto, pode-se concluir, por meio das representações gráficas, que a alternativa correta é a a. C6 H20 (Enem) Para entender os movimentos dos corpos, Galileu discutiu o mo- vimento de uma esfera de metal em dois planos inclinados sem atritos e com a possibilidade de se alterarem os ângulos de inclinação, conforme mostra a figura. Na descrição do experimento, quando a esfera de metal é abandonada para descer um plano inclinado de um determinado nível, ela sempre atinge, no plano ascendente, no máximo, um nível igual àquele em que foi abandonada. Ângulo do plano de subida Ângulo do plano de descida Nível de abandono da esfera Galileu e o plano inclinado. Disponível em: <www.fisica.ufpp.br>. Acesso em: 21 ago. 2012. (Adaptado.) Se o ângulo de inclinação do plano de subida for reduzido a zero, a esfera a) manterá sua velocidade constante, pois o impulso resultante sobre ela será nulo. b) manterá sua velocidade constante, pois o impulso da descida continuará a empurrá-la. c) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois não haverá mais im- pulso para empurrá-la. d) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois o impulso resultante será contrário ao seu movimento. e) aumentará gradativamente a sua velocidade, pois não haverá nenhum impulso contrário ao seu movimento. Resolução Por inércia, o movimento da esfera, no caso em que o plano de subida tiver ângulo de inclinação nulo, será, ao alcançar esse nível, uniforme (velocidade constante e não nula). Assim, a aceleração será nula e, consequentemente, a força aplicada também o será, ou seja: a F F ma0 .Se 0 , pois: `= = =v v v v v v O impulso da força Fv é dado por I F t: D=v v . Como a força aplicada no intervalo de tempo em que a esfera mencionada se desloca é nula, o impulso também é nulo. A situação descrita corresponde à alternativa a. O impulso de uma força pode ser estudado no capítulo 16 – Impulso e quantidade de movimento. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 32 4/29/15 12:18 PM FORçAS 33 C1 H2 1 Observe o infográfico abaixo, que demonstra o funcionamento de uma turbina de avião. De acordo com o infográfico, o princípio físico que possibilita a locomoção do avião é o a) princípio da inércia. b) princípio da conservação do momento. c) princípio da ação e reação. d) princípio da conservação da energia. e) princípio da impenetrabilidade dos corpos. questões propostas T e c M u n d o 1) Na turbina, o ar é empurrado para trás, o que produz o movimento do avião no sentido oposto. Alternativa c. R3-MPF1-ENEM-TM02-M.indd 33 4/29/15 12:18 PM APROVA enem • FÍSICA34 C1 H2 2 Os cristais líquidos estão virtualmente em toda parte. Eles ficaram mais conhecidos da população através da sigla LCD (Liquid Crystal Display – Telas de Cristal Líquido), uma tecnologia já não tão nova de telas e monitores que forçou a aposentadoria das antigas TVs e monitores de tubos de raios ca- tódicos, ou CRT (Cathode Ray Tube). Agora, pes- quisadores do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, deram um uso inesperado para os cristais líquidos, fazendo-os funcionar como lubrificantes e prome- tendo um mundo com menos atritos – pelo menos quando o assunto são motores e engrenagens que devem funcionar ininterruptamente. Nos primeiros testes, o lubrificante de cristal líquido fez o atrito entre duas placas metálicas cair quase a zero, com um rendimento que supera, em larga margem, os melhores óleos lubrificantes existentes atualmente. Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/ noticias/noticia.php?artigo=lubrificantes-de-cristal-liquido- prometem-mundo-com-menos-atritos&id=010160081124#. VPDW6HzF8aY>. Acesso em: 17 fev. 2015. (Adaptado.) Ao ser utilizado entre duas placas metálicas que deslizam entre si, o lubrificante reduz a força de atrito, porque a) reduz a força trocada entre as placas. b) aumenta o coeficiente de atrito estático entre as placas. c) diminui o coeficiente de atrito dinâmico entre as placas. d) absorve o calor produzido pelo movimento. e) diminui a área de contato entre as placas. C1 H3 3 Um blog sobre Física no cotidiano traz uma explicação sobre a largura dos pneus de fórmula 1: Nos carros de corrida precisa-se de muita aceleração, tanto para diminuir quanto para au- mentar a velocidade. No entanto, quando se freia ou acelera o carro, há uma troca de força de atrito entre o pneu e o solo. Assim, o valor da aceleração fica limitado pela força de atrito máxima. A maior força de atrito ocorre na situação de máximo atrito estático, sem derrapamento, e é por isso que os projetistas fazem os pneus mais largos, o
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