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história do Amapá

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AMAPÁ 
 
 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Amapá 
Amapá é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da Região Norte, no 
Platô das Guianas. O seu território é de 142 828,521 km², o que o torna o 18º maior estado do Brasil. 
É limitado pelo estado do Pará, a oeste e sul; pela Guiana Francesa, a norte; pelo Oceano Atlântico a 
nordeste; pela foz do Rio Amazonas, a leste; e pelo Suriname, a noroeste. 
O Amapá foi desmembrado do estado do Pará em 1943, quando foi criado o Território Federal do 
Amapá (TFA). Permaneceu nesta condição até 1988, quando a atual Constituição Federal o elevou a 
estado da Federação. Na bandeira do Brasil, o Amapá é representado pela estrela β de Cão 
Maior. Macapá, que era a capital do extinto Território Federal do Amapá desde 1944, é a atual capital 
e maior cidade do estado, sendo sede da Região Metropolitana de Macapá, formada por Ma-
capá, Santana e Mazagão. Outras importantes cidades são Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca 
do Amapari e Porto Grande. 
De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população 
era de 877 613 habitantes em 2021. Quanto aos indicadores sociais, o Amapá possui a 14ª menor 
incidência de pobreza, a sétima menor taxa de analfabetismo e o 15º maior PIB per capita do país. 
No entanto, o estado apresentou em 2010, a terceira maior taxa de mortalidade infantil entre os esta-
dos brasileiros. 
História 
Primeiros habitantes 
 
Os megálitos do Parque Arqueológico do Solstício, em Calçoene, são atribuídos a antigos povos indí-
genas da região 
Os primeiros habitantes do atual Amapá eram indígenas das etnias waiãpi, palikur, maracá-cunani e 
tucuju, incluídos nos troncos linguísticos aruaque e caribe. Vestígios da ocupação humana pré-colom-
biana podem ser verificados nos sítios arqueológicos de cerâmicas maracá-cunani e no Parque Ar-
queológico do Solstício, apelidada "Stonehenge do Amapá", em Calçoene, que arqueologistas esti-
mam que a idade do mesmo esteja entre 500 e 2 000 anos. 
Colonização europeia 
O primeiro europeu a avistar a costa do atual Amapá foi o espanhol Vicente Yáñez Pinzón. Em 1499, 
com quatro caravelas, foi o primeiro navegador europeu a subir o Rio Amazonas. Maravilhado com a 
vastidão de seu leito, deu-lhe o nome de "Santa Maria de la Mar Dulce" (Santa Maria do Mar Doce). 
Posteriormente, chegou à boca de outro grande curso d'água que ficou conhecido como Rio Vicente 
Pinzón, hoje identificado como o Rio Oiapoque. Todo o litoral atlântico ao norte da desembocadura do 
Rio Amazonas fora posto sob domínio castelhano pelo Tratado de Tordesilhas, assinado por Portu-
gal e Espanha em 1494. No entanto, ambos os países somente viriam a explorar a região do Amapá, 
entre 1580 a 1640, época em que os reis da Espanha governaram Portugal. Também franceses, in-
gleses e neerlandeses tiveram interesse pelo território, chamado na época de Costa do Cabo do 
Norte. Dele foram extraídos madeira, resinas, frutos corantes (como o urucum), e óleos vegetais, bem 
AMAPÁ 
 
 
 
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como os produtos de pesca, como o peixe-boi, guarabá ou manati, que eram temperados com sal e 
vendidos para a Europa. O atual estado brasileiro do Amapá foi chamado de Guiana Portuguesa até 
meados do século XX. Entre 1580 e 1610, ingleses tentaram implantar canaviais na costa de Macapá 
para fabricação de açúcar e rum, com base em mão de obra de africanos escravizados. O empreen-
dimento falhou e os ingleses deixaram a região, levando consigo os referidos escravizados. 
Os portugueses, que a esse tempo iniciavam a penetração na Amazônia, inquietavam-se com a com-
petição estrangeira. Em 1637, Bento Maciel Parente obteve de Filipe II a concessão de todo o Cabo 
Norte como capitania hereditária, a exemplo das que Dom João III criara cem anos antes. Seu título 
foi reconhecido, depois da restauração, por Dom João IV, mas nem por isso cessaram as incursões 
estrangeiras, sobretudo de franceses, que baseavam suas pretensões em cartas-patentes de 1605 
com que o Rei Henrique IV fizera Daniel de la Touche, sire de La Ravardière, seu lugar-tenente nas 
regiões da América "desde o Rio das Amazonas até a ilha da Trindade". Em 1694, o Marquês de Fer-
rolles, governador de Caiena, pretendeu que a fronteira passasse por uma imaginária "Ilha Oiapo-
que", na própria foz do Amazonas. Em 1697, houve uma invasão armada. Tais lutas e desinteligên-
cias levaram a negociações (1698) e a um tratado provisório (1700), que neutralizava a área contes-
tada até a conclusão de um acordo final. Confirmado pela aliança de 1701 entre Portugal 
e França (1713-1715), em que Portugal tomou o partido de Inglaterra, Áustria e Países Baixos con-
tra Luís XIV. 
Em 1713, acordo fundamental resolveu parcialmente a já problemática questão fronteiriça: o Tratado 
de Utrecht, que dispôs que o limite entre as possessões francesas e portuguesas seria o Rio Oiapo-
que (também chamado Rio Vicente Pinzón). O tratado previu ainda a desistência francesa "a qual-
quer uso" do Rio Amazonas e garantiu a Portugal a posse exclusiva das duas margens do Rio Ama-
zonas. A partir dessa data o esforço diplomático francês foi dirigido no sentido de provar que o Rio 
Oiapoque não era o Rio Vicente Pinzón e a sugerir rios alternativos, mais ao sul: o Rio Caciporé, o 
Rio Calçoene, o Rio Cunani, o Rio Carapapóris ou o Rio Araguari. A indefinição das reais fronteiras 
entre as colônias e a fraca ocupação do Cabo Norte fez da região rota de fuga e localização perfeita 
para africanos escravizados no Pará, Maranhão e Guiana Francesa constituírem mocambos (quilom-
bos), de tal forma que as coroas francesa e portuguesa assinaram tratados de devolução mútua de 
escravizados em 1732, 1752 e 1762. 
 
Vista frontal atual da Igreja de São José de Macapá. Construída em estilo neoclássico, é o monu-
mento colonial mais antigo do Amapá, inaugurada em 1761. 
Adiante, o Tratado de Madri (1750), que admitia como espanholas as terras da bacia do Rio da 
Prata e como portuguesas as terras da bacia do Rio Amazonas, foi anulado em 1761. Alguns daque-
les falsos limites foram consagrados por instrumentos internacionais. Um tratado de 1797 pôs a fron-
teira da Guiana no Rio Calçoene, mas não foi ratificado por Portugal. O Tratado de Badajoz (1801) 
adotou o Rio Araguari. O Tratado de Madrid (1801), o Rio Carapanatuba. Foram anulados pelo mani-
festo do príncipe regente (1808) e pelo artigo adicional n.º 3 ao Tratado de Paris (1814). O Tratado de 
Amiens (1802), celebrado por França, Espanha, Reino Unido e Países Baixos, reconheceu, igual-
mente, a fronteira no Rio Araguari. Não teve, contudo, a adesão de Portugal. 
AMAPÁ 
 
 
 
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Vista atual da Fortaleza de São José de Macapá. 
A ocupação portuguesa da região onde hoje é o Estado do Amapá, de fato, começou apenas na se-
gunda metade do século XVIII. À época, a Coroa Portuguesa, na figura de Francisco Xavier de Men-
donça Furtado, iniciou uma série de medidas modernizadoras para assegurar a posse e as fronteiras 
portuguesas na região amazônica, que não estavam bem definidas na ocasião. Dentre essas medi-
das, destacam-se: a fundação de cidades e vilas e sua povoação com colonos portugueses; a cons-
trução de fortificações militares em regiões estratégicas; a tentativa de introdução de monoculturas de 
exportação; a expulsão da Companhia de Jesus e a conversão das antigas missões vilas; a abolição 
da escravidão dos indígenas e a submissão dos nativos ao trabalho compulsório assalariado, regula-
mentado pelo Diretório dos Índios; e a criação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Ma-
ranhão para, em especial, estimular a entrada de escravos negros trazidos da África. Foi nesse con-
texto geopolítico que houve a fundação dos primeiros núcleos de colonização europeia na região: Vila 
de São José de Macapá (1758), Vila Vistosa da Madre de Deus (1765) e Vila de Nova Maza-
gão (1770). 
A Vila de São José de Macapá, fundada em 04de fevereiro 1758 na margem esquerda do Rio Ama-
zonas, já abrigava uma comunidade de colonos portugueses de origem açoriana, instalada na região 
em 1752. A vila foi escolhida também para abrigar a Fortaleza de São José de Macapá, a maior fortifi-
cação portuguesa na região. A construção da fortaleza já constava nos planos do Governador Men-
donça Furtado desde a criação da povoação de Macapá, em 1751. Integrava, assim, os planos de 
ampliação e defesa da colônia, especialmente dos franceses instalados na Guiana. A construção do 
forte foi iniciada em 1764. Inicialmente, foi erguido o Baluarte de São Pedro. Seu traço e sua constru-
ção ficaram sob a responsabilidade de um engenheiro integrante da Comissão Demarcadora de Limi-
tes, Henrique Antônio Galúcio. Suas obras se estenderam por dezoito anos, marcados por períodos 
de forte atividade e por momentos de estagnação. A fortificação foi oficialmente inaugurada em 19 de 
março de 1782, no dia de São José, orago da fortaleza e padroeiro da cidade de Macapá. Naquela 
ocasião, a questão da demarcação das terras com a Espanha, praticamente, fora superada. O Tra-
tado de Santo Ildefonso (1777), que legitimou a posse do território pretendido pelos portugueses, de-
monstrou o acerto da política adotada. Nos dezoito anos de construção (1764-1782), o erguimento da 
fortaleza consumiu a mão de obra de cerca de 2.300 negros africanos escravizados (entre escravos 
permanentes, residentes na vila; e temporários, alugados em outras vilas e então trazidos à Macapá) 
e 2.500 índios submetidos ao trabalho compulsório assalariado previsto no Diretório dos Índios (oriun-
dos de várias antigas missões de catequese espalhadas pela região amazônica), além da mão de 
obra especializada portuguesa. Em 1788, Macapá contava com população fixa de 1.757 habitantes 
(sem contar indígenas e negros trazidos de forma temporária para a construção da fortaleza): 1153 
livres e 604 negros escravizados. 
 
Mapa da Vila de São José de Macapá desenhado por Gaspar João de Gronfelde, em 1761 
AMAPÁ 
 
 
 
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Por sua vez, a Vila Nova Mazagão foi fundada em 23 de janeiro de 1770, às margens do Rio Mutu-
acá (ao sul de Macapá), para abrigar 350 famílias portuguesas (cerca de 2 mil pessoas) evadidas às 
pressas da Praça Forte de Mazagão (atual El-Jadida), antiga possessão lusa no norte do Marro-
cos abandonada em 1769. A partir dessa data, todos os habitantes da povoação africana foram trans-
feridos de navio para Lisboa; e de Lisboa para Belém, aonde chegaram em 1770. Enquanto realiza-
vam a travessia atlântica, a vila de destino já estava sendo construída por cerca de cem indígenas 
submetidos ao trabalho compulsório assalariado. De Belém, os mazaganenses foram aos poucos en-
viados de canoa para Nova Mazagão, onde foram instalados entre 1770 e 1776. Junto com eles, fo-
ram levados escravos africanos fornecidos pela coroa. Os africanos deveriam ser direcionados ao cul-
tivo da terra, enquanto os indígenas permaneceriam com os trabalhos de construção e os serviços 
domésticos da vila. Em 1778, Vila de Nova Mazagão (atual distrito de Mazagão Velho) contava com 
1.775 habitantes, dos quais 1.365 eram livres (cerca de 1.200 brancos mazaganenses e 100 indíge-
nas) e 410 eram pessoas negras escravizadas 
Entre Macapá e Mazagão, existiu a desaparecida Vila Vistosa da Madre de Deus, fundada em 1765 
às margens do Rio Anauerapucu. Foi inicialmente povoada por funchalenses (portugueses oriundos 
da Ilha da Madeira) e por uma pequena comunidade de suíços. Em 1773, Vila Vistosa da Madre de 
Deus contava com 566 moradores: 445 livres (entre brancos e indígenas) e 121 negros escravizados; 
porém, já no início do século XIX, a vila encontrava-se completamente abandonada. 
A fundação das três vilas coloniais e a construção da Fortaleza de São José de Macapá impulsiona-
ram o tráfico negreiro para a região, já conhecida por abrigar mocambos por exemplo, em fevereiro 
de 1765, foram trazidos a Macapá 174 negros escravizados da Câmara de Belém alugados pela Câ-
mara de Macapá para construção da fortaleza. Em 1770, cerca de 2.000 mazaganenses aportam em 
Belém com 70 pessoas escravizadas; no mesmo ano chegam dois navios negreiros que trazem 419 
negros da Guiné-Bissau, os quais são distribuídos entre os mazaganenses e posteriormente assenta-
dos na Vila Nova Mazagão entre 1770 e 1776. Em 1776, um navio negreiro vindo de Benguela chega 
em Belém com 485 negros escravizados, 91 deles são trazidos para Macapá e uma quantidade não 
especificada é direcionada para Nova Mazagão e Vila Vistosa. Tal situação favorecia a ocorrência de 
diversas fugas e revoltas bem como a formações de mocambos: entre 1736 e 1816, o Amapá registra 
18 mocambos de negros, 04 mocambos mistos (negros e indígenas) e 1 mocambo de indígenas. 
Século XIX 
No início do século XIX, as vilas de Macapá e Mazagão foram assoladas por epidemias de cólera e 
de malária. Em 1808, as atividades econômicas da Vila de São José de Macapá concentravam-se na 
lavoura do arroz, do algodão, da maniva, do milho e do feijão e na exploração de mão de obra escra-
vizada negra. Havia também número significativo de militares (soldados, sargentos, cabos, capitães, 
tenentes, anspeçadas, alferes), sapateiros, costureiras, negociantes, tecedeiras, carpinteiros, ferrei-
ros, ajudantes de cirurgia, parteira, fiandeiras, ourives e feitores, além de 706 pessoas negras escra-
vizadas em diversas ocupações (394 homens e 312 mulheres, dentre africanos, crioulos e mestiços). 
Em praticamente todos os 297 domicílios havia escravizados dedicados à lavoura ou dedicados a fia-
ção de tecidos. 
Em 1808, como represália à ocupação de Portugal por Junot, os portugueses invadiram a Guiana 
Francesa, que foi governada durante oito anos pelo desembargador João Severiano Maciel da Costa, 
futuro Marquês de Queluz. O Tratado de Paris (1814) ordenou a restituição da Guiana à França com 
as fronteiras de 1792, isto é, no Rio Carapapóris. Portugal não ratificou essa decisão. O ato final 
do Congresso de Viena (1815) reconheceu a antiga fronteira estabelecida pelo Tratado de Utrecht. 
Por uma convenção celebrada em Paris (1817), Portugal comprometeu-se a efetuar a devolução em 
três meses, o que foi feito. Concordou também em que se formasse uma comissão mista para demar-
car a fronteira. Tal comissão, porém, jamais se reuniu e a disputa fronteiriça permaneceria durante 
todo o século XIX. 
Em decadência econômica, parte dos portugueses de origem mazaganense abandona a Vila Nova 
Mazagão e se instala em Macapá ou Belém. Em 1833, com a reforma administrativa do Governa-
dor Bernardo Lobo de Souza, Mazagão perde o status de vila e é anexado a Macapá, sob o novo 
nome de "Regeneração". Mazagão somente recobrou seu nome original e sua autonomia administra-
tiva em 1841. Durante a Cabanagem (1835-1840) na então província do Grão-Pará, as vilas de Ma-
capá e Mazagão se aliaram às forças legalistas contra o exército cabano, sofrendo depredações e 
AMAPÁ 
 
 
 
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seus rebanhos dizimados em 1853, o senador Cândido Mendes de Almeida propôs a criação da Pro-
víncia de Oiapóquia. As populações locais também pleitearam a medida em sucessivos memoriais 
(1859, 1870), sempre sem resultado. 
Em 1879, chegou em Macapá o primeiro grupo de judeus sefaraditas marroquinos: a Família Zagury. 
No final do século XIX, muitos judeus marroquinos migraram para a Amazônia, a maioria fugindo da 
crise e da perseguição religiosa ocorrida no Marrocos e atraídos pela exploração da borracha na re-
gião. Nas décadas seguintes, aportaram na cidade famílias como os Bemerguy, os Alcolumbre, os 
Peres, os Benoliel, os Barcessat e os amar, alguns antes mesmo da criação do Território Federal do 
Amapá. Na década de 1940, chegaram os Pecher (judeus asquenaze de origem ucraniana) e os 
Houat (sírio-libaneses). Essa população se destacou em diversas profissões no espaço urbano, espe-
cialmente nos chamados “regatões” (comércio ambulante de produtospor meio de pequenos barcos 
que transportavam bens e notícias das cidades às comunidades ribeirinhas da região). Os judeus não 
foram tão hostilizados quanto aconteceu ao longo de milhares de anos: mesmo historicamente discri-
minados, devido à cor da pele eram mais aceitos na sociedade amazônica, pois na visão preconceitu-
osa da sociedade da época estavam ligeiramente à frente da maioria da população macapaense, for-
mada por mestiços, negros e caboclos. Em 1888, ano da abolição da escravatura, ainda havia 211 
pessoas negras escravizadas em Macapá. Em Mazagão, os 2 únicos escravizados àquela data foram 
alforriados e foi feita uma celebração do acontecimento. 
Contestado Franco-Brasileiro (1841-1900) 
 
Monumento em homenagem a Francisco Xavier da Veiga Cabral, o Cabralzinho, situado no Centro 
Histórico de Macapá. Figura histórica controversa, desde 2017 é comemorado anualmente o Dia de 
Cabralzinho, em 15 de maio. 
A fronteira entre as colônias francesa e brasileira no Cabo Norte era incerta e alvo de disputas desde 
os primórdios da colonização europeia na região. No ano de 1835, com o pretexto de proteger sua 
colônia dos cabanos paraenses, o governo francês em Caiena resolveu estabelecer uma força militar 
francesa no Lago Amapá, território que, conforme o Tratado de Utrecht (1713), pertencia ao Brasil. A 
partir de 1836, os franceses acrescentaram um outro motivo para a construção de um posto militar no 
Amapá: pressionar o Brasil a renegociar a demarcação da fronteira entre a Guiana Francesa e o Im-
pério, uma pendência de séculos, que incluía acusações mútuas de tentativa de ocupação e desres-
peito aos tratados internacionais. Em 1840, foi criada a Colônia Militar Pedro II na margem direita 
do Rio Araguari, no território da então Vila de São José de Macapá, hoje município de Ferreira Go-
mes. Era de conhecimento das autoridades brasileiras que a região atraía desde os tempos coloniais 
um grande número de indígenas, negros escravizados fugitivos, soldados desertores e de outros 
“transgressores", além do antigo interesse francês nas terras localizadas entre o Rio Oiapoque e o 
Rio Araguari. Nesse sentido, a Colônia Militar Pedro II, além da função de proteger o território contes-
tado contra invasões francesas, buscava impedir a fuga de negros escravizados do Grão-Pará tanto 
para o território contestado (onde não poderiam ser recapturados) ou para a Guiana Francesa (onde, 
a partir de 1848, conquistariam automaticamente a sua liberdade em razão da segunda abolição da 
escravatura nas colônias francesas). No mesmo ano chegaram à colônia os primeiros 25 soldados-
AMAPÁ 
 
 
 
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colonos acompanhados de suas famílias, perfazendo um total de 74 pessoas. No ano seguinte 
(1841), boa parte do soldados já havia abandonado a região, que continuou parcamente habitada du-
rante praticamente todo o resto do século XIX. Somente no final da década de 1890 o Brasil resolveu 
reorganizar a Colônia Pedro II, enviando um engenheiro militar, um médico, um fotógrafo e um desta-
camento de 50 soldados. A intenção era apresentar a colônia como uma prova (histórica) da pre-
sença brasileira no contestado. 
 
Perfil de Trajano Benitez, quilombola brasileiro aliado dos franceses no litígio franco-brasileiro. Publi-
cado no jornal Província do Pará em 1895. 
Em 1841, França e Brasil concordaram em neutralizar o vasto território entre o Rio Oiapoque e o Rio 
Araguari e ficaram de nomear seus comissários para tratar da demarcação. Pelo acordo, ambos os 
países aceitavam a neutralidade do território, doravante designado de Contestado Franco-Brasileiro, 
no qual nenhum dos dois países poderia execer soberania até uma solução jurídica definitiva. No en-
tanto, todas as conversações posteriores (1842, 1844, 1855 e 1857) fracassaram. Só vingou uma de-
claração de 1862 sobre a competência comum para julgar os criminosos do território. 
Em 1886 uma república francesa independente foi criada na região do Cunani, entre o Rio Caciporé e 
o Rio Calçoene. Para seu presidente, elegeu-se o aventureiro Jules Gros, que instalou o governo em 
seu apartamento em Paris, nomeou o ministério e criou uma ordem honorífica, a Estrela do Cunani, 
que lhe deu grandes lucros. O próprio governo francês encarregou-se, em 1887, de liquidar essa re-
pública, que ressurgiria por breve período em 1901 com o nome de Estado Livre de Cunani, sob a 
chefia de outro aventureiro, Adolphe Brezet, que também se intitulava duque de Brezet e de Beaufort 
e Visconde de São João. 
Com a Proclamação da República a situação na região fronteiriça ficou caótica. Seus habitantes ele-
geram, então, um triunvirato governativo (1894): Francisco Xavier da Veiga Cabral, ("Cabralzinho"), 
Cônego Domingos Maltês e Desidério Antônio Coelho. Os franceses nomearam capitão-governador 
do Amapá o quilombola paraense Trajano Benitez, cuja prisão provocou a intervenção militar da Gui-
ana. A canhoneira bengali, sob o comando do capitão Lunier, desembarcou um contingente de 300 
homens e houve luta. Lunier foi morto com 33 dos seus. Em 1897, França e Brasil assinaram um tra-
tado de arbitragem: a questão seria decidida pela Suíça. Em 1898, o Barão do Rio Branco, vitorioso 
dois anos antes na questão de limites com a Argentina, foi encarregado de defender a posição brasi-
leira perante o conselho federal suíço, escolhido como tribunal arbitral. Em 5 de abril de 1899, Rio 
Branco entregou sua Memória Apresentada pelos Estados Unidos do Brasil à Confederação Suíça, e 
em 6 de dezembro do mesmo ano uma segunda memória, em resposta aos argumentos franceses. 
Como anexo, apresentou o trabalho de Joaquim Caetano da Silva, O Oiapoque e o Amazonas, de 
1861, em que se louvara e que constituía valioso subsídio ao estudo da matéria. Reunidos, os docu-
mentos formavam cinco volumes e incluíam um atlas com 86 mapas. A sentença, de 1º de dezem-
bro de 1900, redigida pelo conselheiro federal coronel Eduard Müller, deu a vitória ao Brasil, que in-
corporou a seu território cerca de 260 mil km². 
Século XX 
Resolvido o Contestado Franco-Brasileiro, em 1900, a região norte do então Estado do Pará sofreu 
com o isolamento político e com a pobreza econômica. A economia da região ainda se baseava 
no extrativismo (borracha, castanha, pau-rosa e madeiras); pela exploração clandestina de ouro e, 
AMAPÁ 
 
 
 
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principalmente, por atividades agropastoris de subsistência. Em 1940, Macapá, Maza-
gão e Amapá somavam apenas 30 mil pessoas. 
 
Centro de Macapá em 1913. À esquerda se vê a Intendência (prefeitura municipal da época), atual 
Museu Histórico Joaquim Caetano. Ao fundo, a Igreja de São José de Macapá. 
Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o governo federal autorizou que o exército ameri-
cano construísse de uma base militar nos arredores de Amapá, próximo ao litoral atlântico, para servir 
de apoio à força aérea aliada. A Base Aérea do Amapá era utilizada principalmente para o atraca-
mento de dirigíveis que eram utilizados no patrulhamento do litoral a caça de submarinos nazistas e 
para comboio dos navios mercantes. No litoral amapaense foram afundados dois submarinos inimi-
gos. Após o término da guerra, a base foi devolvida aos brasileiros e caiu em desuso. Diante do sub-
desenvolvimento econômico, da diminuta população, da posição estratégica em área fronteiriça e da 
ocorrência da Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas decidiu desmembrar do Pará uma área de 
cerca de 142 mil km² para constituir uma nova unidade federativa. 
O Território Federal do Amapá foi criado em 13 de setembro de 1943 pelo Decreto-Lei nº 5.812/43, 
juntamente com outros quatro territórios federais: Guaporé, Rio Branco, Iguaçu, Ponta Porã. Em 27 
de dezembro de 1943, Getúlio Vargas designou o capitão Janary Gentil Nunes para assumir o posto 
de primeiro governador do território. Imediatamente, Janary Nunes visitou os principais núcleos popu-
lacionais do Território do Amapá. Naquele momento, imaginou-se como capitaldo território o municí-
pio de Amapá, porém, o isolamento geográfico fez com que Janary Nunes decidisse pela instalação 
da capital em Macapá, mais acessível por via fluvial e com estruturas urbanas mais promissoras. 
Desse modo, Janary Nunes instalou o primeiro governo territorial na cidade de Macapá em 25 de ja-
neiro de 1944. Em maio de 1944, o Decreto-Lei nº 6.550/1944 definiu oficialmente Macapá como ca-
pital do território federal, além de definir a existência de apenas três municípios (Amapá, Ma-
capá e Mazagão) e retificar sensivelmente os limites geográficos. Em 1945, o desmembramento de 
parte do município de Amapá passou a constituir o município do Oiapoque. Em 1957, o município de 
Amapá foi novamente desmembrado para constituir o município de Calçoene. 
Os primeiros relatórios governamentais expressavam as condições críticas em que o recém-criado 
Território Federal do Amapá se encontrava: insuficiente e precário estado das habitações que sequer 
dispunham de condições de saneamento e higiene; ausência de serviços de água encanada, energia 
elétrica ou esgotos; a necessidade de olaria ou serraria no território para realização de toda e qual-
quer construção; a dificuldade de desembarque que ainda afetava o miserável comércio; a carência 
de mercadorias; ausência de prédios adequados à acomodação dos órgãos públicos e falta de pes-
soas para a realização de todos os serviços. Desse modo, os primeiros anos da administração territo-
rial, nas décadas de 1940 e 1950, foram marcados por grandes obras e incentivos públicos de ocupa-
ção do território e desenvolvimento econômico, dentre elas: a construção de escolas públicas nas se-
des municipais e em algumas vilas, a urbanização da capital, a construção dos edifícios da Adminis-
tração Pública Territorial e a criação de polos agrícolas. O processo de urbanização de Macapá impli-
cou na controversa remoção da população negra do centro histórico para uma região periférica onde 
hoje são os bairros Laguinho e Santa Rita (antigo Bairro da Favela), fato que ainda é relembrado e 
causa ressentimento entre aqueles que foram removidos e seus descendentes. Embora Julião Ra-
mos (1876-1958), um dos líderes negros da época, e seus familiares apoiassem a política de remo-
ção, Josefa Lino da Silva (Tia Zefa, centenária brincante de marabaixo) relembra que "a maioria dos 
negros não gostou, mas ninguém nada falava". Maria Felícia Cardoso Ramos, outra idosa brincante 
do marabaixo, diz "os negros saíam das casas, mas com aquela mágoa. Nós saímos com mágoa". 
AMAPÁ 
 
 
 
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Paisagem urbana da Vila de Serra do Navio em 1965. A company town foi criada em uma região iso-
lada nos anos 1950 para abrigar os trabalhadores das ricas minas de manganês da região, explora-
das pela Indústria e Comércio de Minérios S/A - ICOMI. A exploração de manganês foi a base da 
economia territorial durante décadas 
O desenvolvimento econômico planejado para o território seria sustentado pela exploração das ricas 
jazidas de manganês descobertas no alto Rio Amapari, em 1945, a cerca de 190 quilômetros de Ma-
capá. A empresa escolhida pelo governo territorial foi a Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio 
de Minérios de Ferro e Manganês (ICOMI), ligada à extinta Bethlehem Steel Company. O contrato de 
concessão foi assinado e registrado em cartório no Rio de Janeiro em dezembro de 1947 e ratificado 
pelo Congresso Nacional em 1950. As obras de construção da infraestrutura necessária para a explo-
ração comercial do manganês começaram em 1954 e incluíam: uma estrada de ferro de 193 quilôme-
tros de extensão (a Estrada de Ferro do Amapá, ligando as jazidas ao porto de onde o minério seria 
exportado), um porto de águas profundas (no Rio Amazonas, 22 quilômetros ao sul de Macapá) e 
duas company towns (Vila Serra do Navio, junto às minas e Vila Amazonas, junto ao porto). Esses 
investimentos permitiram que, em outubro de 1956, fosse realizado o primeiro carregamento de miné-
rio feito festejado em uma cerimônia que contou com a presença do então presidente da Repú-
blica, Juscelino Kubitschek. Em 1971, a exportação de minério chegou ao auge: 1,6 milhão de tonela-
das. Os royalties da exploração do manganês finaciaram diversos projetos econômicos no Amapá, 
como implatação de culturas de eucalipto, pinho e dendê no cerrado amapaense, a construção de si-
derúrgicas e a construção da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes. Em 1987, a antiga Vila Amazonas, 
então pertencente ao Município de Macapá, foi emancipada e se tornou o Município de Santana. Em 
1992, a Vila Serra do Navio foi emancipada do Município de Ferreira Gomes e se tornou o Município 
de Serra do Navio. Na década de 1990, o esgotamento das jazidas de manganês acarretou na inter-
rupção permanente das atividades. Atualmente, grande parte da infraestrutura deixada pela ICOMI 
pereceu e está inutilizada, principalmente em Serra do Navio. 
Em 06 de janeiro de 1981 ocorreu o naufrágio do Novo Amapá, embarcação de passageiros que fazia 
a rota fluvial entre a Vila Amazonas (atualmente Município de Santana, Amapá) e Monte Dourado 
(Município de Almeirim, Pará). A embarcação com capacidade para 400 passageiros e meia tonelada 
de carga partiu com 600 passageiros e mais de uma tonelada de carga. No início da noite, o navio 
não aguentou o excesso de peso e virou dentro do Rio Amazonas, em uma região isolada próxima à 
foz do Rio Cajari, resultando na morte por afogamento de mais de trezentos passageiros. Os sobrevi-
ventes ficaram mais de 24 horas à deriva no Rio Amazonas à espera de resgate. Já os mortos, em 
avançado estado de decomposição, foram enterrados como indigentes em covas coletivas no cemité-
rio público de Santana. O fato chocou a sociedade amapaense à época e é recorrentemente lem-
brado pela mídia. Desde 2012, o espetáculo teatral “Novo Amapá” relembra o episódio e reforça os 
cuidados para evitar perigos no transporte fluvial na Amazônia. A peça é baseada no texto "Triste Ja-
neiro", do ator e dramaturgo Joca Monteiro. Um filme e um livro também começaram a ser produzidos 
sobre o episódio. A Lei Estadual nº 2252/2017 estabeleceu o dia 06 de janeiro como Dia Estadual da 
Conscientização da Segurança da Navegação no Estado do Amapá. 
AMAPÁ 
 
 
 
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Estado do Amapá (1988) 
 
Vista de Vitória do Jari, o mais novo município amapaense, emancipado em 1995. 
A transformação do território federal em estado foi decidida pela Assembleia Nacional Constituinte em 
1988, e em 1º de janeiro de 1991 foi instalado o estado do Amapá, com a posse dos 24 membros da 
primeira Assembleia Legislativa. Em 1997, na esteira da crise da emissão de precatórios em vários 
estados, foi liquidado o Banco do Estado do Amapá. Outros municípios foram surgindo com o passar 
do tempo, a maioria resultante de desmembramentos de outras cidades, a exemplo, Vitória do Jari. O 
município foi criado em 8 de setembro de 1994 após ser emancipada de Laranjal do Jari. Já em ou-
tros casos, vilas de trabalhadores se transformaram em cidades, a exemplo de Serra do Navio, que 
obteve seu reconhecimento em 1º de maio de 1992, através da lei n.º 007/92. Na capital do estado, 
os investimentos do governo federal na construção civil atraíram milhares de pessoas ao estado, au-
mentando a população em até 3,4% ao ano. Tais investimentos deram ao estado uma das maiores 
médias nacionais de urbanização do país. 
Geografia 
 
Mapa topográfico do Amapá 
Localizado no Platô das Guianas (que se estende de leste a oeste desde o Amapá até a Venezuela), 
o estado do Amapá apresenta basicamente três modalidades de relevo: Planície Litorânea, caracteri-
zada por ambientes propícios a inundações, pois a superfície é muito plana e dificulta a drenagem 
das águas; Baixo Planalto Terciário, refere-se a planaltos levemente elevados e planície litorânea; 
Planalto Cristalino, originário do período Pré-Cambriano, concentra diversas serras, colinas e morros. 
O relevo do estado é predominantementeplano com baixas altitudes. Se faz presente nas proximida-
des da foz do Rio Amazonas, no litoral e na bacia do Rio Oiapoque. Na porção centro-oeste e noro-
este apresentam maiores elevações, podendo atingir 500 metros acima do nível do mar, destacando-
se a Serra do Tumucumaque, a Serra do Navio e a Serra Lombarda. Aproximadamente 15% do es-
tado é cobertos por solos B latossólicos. Outros 20% são B textual não hidromórficos (comumente 
ácidos e de baixa fertilidade natural, um dos motivos pelo excesso de alumínio). Embora a estrutura 
física desses dois tipos de solo seja favorável à agricultura, a pobreza de nutrientes exige rotações de 
ciclos curto, ou adições constantes de adubos. Solos hidromórficos pouco desenvolvidos cobrem 8% 
AMAPÁ 
 
 
 
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do território do Amapá (esses solos são afetados por erosões frequentes). Cerca de 3% dos solos do 
estado são concrecionários, adversas à agricultura. 
Como o clima do estado é equatorial (quente e úmido), a cobertura vegetal é bastante diversificada. 
Apresenta ampla cobertura florestal tropical (Floresta Amazônica), classificadas em floresta de várzea 
e floresta de terra firme. Possui ainda pântanos, campos e cerrados na sua porção central. Nas áreas 
próximas ao litoral, a vegetação encontrada é o mangue. Aproximadamente 73% da área estadual é 
coberta pela Floresta Amazônica e cerca de 72% do território do estado são destinados a unidades 
de conservação (unidades de conservação, terras indígenas e comunidades remanescentes de qui-
lombo). 
Clima e hidrografia 
 
Amapá segundo a classificação climática de Köppen-Geiger 
O estado do Amapá, em sua totalidade, é influenciado pelo clima equatorial (Af, em Köppen) e 
pelo clima de monção (Am), isso significa que ocorre uma grande quantidade de calor e umidade que 
favorece a propagação da biodiversidade. As temperaturas médias que ocorrem no estado variam de 
36 °C a 20 °C, a primeira ocorre principalmente no fim da tarde e o segundo acontece no alvorecer. O 
clima local apresenta duas estações bem definidas, denominadas de verão e inverno. Os índices plu-
viométricos ocorrem anualmente em média superior a 2 500 mm. 
Cerca de 39% da bacia hidrográfica do Estado faz parte da bacia do Amazonas. A rede hidrográfica 
do Amapá é formada por rios que desempenham um grande papel econômico na região desde a ati-
vidade pesqueira até o transporte hidroviário. A maioria dos rios do Amapá deságuam no Rio Amazo-
nas ou diretamente no oceano Atlântico. Dessa forma, os principais rios são: Rio Amapá Grande; Rio 
Amapari; Rio Amazonas; Rio Apurema; Rio Araguari; Rio Caciporé; Rio Calçoene; Rio Flexal; Rio Gu-
rijuba; Rio Jari; Rio Matapi; Rio Maracá; Rio Maracapi; Rio Mutuacá; Rio Oiapoque; Rio Pedreira; Rio 
Tartarugal Grande; Rio Tartarugalzinho e Rio Vila Nova. 
Unidades de conservação 
 
Parque Nacional do Cabo Orange 
AMAPÁ 
 
 
 
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Dos 14,3 milhões de hectares de superfície, 72% (10,5 milhões de hectares) são destinados a unida-
des de conservação, terras indígenas e comunidades remanescentes de quilombo, tornando-o o 
único estado da federação a destinar um percentual tão significativo de suas terras à preservação. O 
Amapá abriga o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, o maior do país e um dos maio-
res do mundo, com cerca de 3,9 milhões de hectares. Localizado ao noroeste do território estadual, é 
de extrema relevância por apresentar um elevado número de espécies endêmicas e abrigar em seu 
entorno diferentes grupos tradicionais, como indígenas, ribeirinhos e castanheiros. 
O estado possui dezenove áreas protegidas por lei que visam a conservação da mata nativa, duas 
municipais, cinco estaduais e doze federais. As primeiras unidades de conservação criadas foram 
o Parque Nacional do Cabo Orange e a Reserva Biológica do Lago Piratuba, em 1980. Após estas, 
vieram a Estação Ecológica Maracá-Jipióca, em 1981; e a Estação Ecológica do Jari, em 1982. 
Demografia 
De acordo com estimativas de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a popu-
lação do estado é 782.295 habitantes, sendo o vigésimo sexto estado mais populoso do Brasil, o pe-
núltimo da Região Norte. Macapá concentra sozinha quase 60% da população estadual. Em 2007, 
a taxa de urbanização do estado era de 89,7%. A densidade demográfica do estado no ano de 2010, 
era 4,68 habitantes por km². 
O estado do Amapá tem apresentado um grande crescimento populacional. Em meados de 1950 sua 
população somava 37 477 habitantes. Passados trinta anos (1980), essa população chegava a 175 
257. Na década de 1990, as pessoas que residiam no estado somavam 289 397. Em pesquisas reali-
zadas no ano de 2010, constatou-se que 74,5% dos habitantes do estado nasceram nele e 25,5% 
são naturais de outras regiões. 8,8% dos habitantes do Amapá nasceram no estado mas não moram 
na sua cidade natal. 
Há no estado alguns imigrantes vindo da Guiana Francesa (a maioria no município de Oiapoque) e 
vários outros oriundos de todas as regiões do país, dentre os quais destacam-se os mineiros, goia-
nos, paraenses, paranaenses, cearenses e maranhenses. O fluxo migratório tem aumentado nos últi-
mos anos em razão do desenvolvimento dos setores econômicos do estado. O índice de imigração 
do estado foi de 0,2870 no ano de 2009, de acordo com dados do IBGE. 
Composição étnica 
Segundo dados referentes a cor/raça obtidos pelo IBGE no Censo de 2010, 65% dos amapaenses 
são pardos, 24% são brancos, 8,7% são pretos e 1,1% são indígenas. Os 1,2% restantes são amare-
los e não declarados. 
 
Indígenas das etnias waiãpi e apalai do Parque Indígena do Tumucumaque recepcionaram a comitiva 
do Ministério da Cultura em visita ao Amapá em 2015. 
AMAPÁ 
 
 
 
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Comunidade Quilombola do Curiaú, localizada no interior da APA do Rio Curiaú, é a mais conhecida 
e a primeira comunidade remanescente de quilombo titulada no Amapá. 
Segundo dados obtidos pelo IBGE no Censo de 2010, o Estado do Amapá abriga 7.411 pessoas que 
se declararam como indígenas (1,1% da população estadual). O Amapá possui 49 aldeias distribuí-
das em 5 terras indígenas demarcadas: Uaçá (a mais populosa, com 4 881 habitantes), Waiãpi (874), 
Galibi (124), Juminá (122) e Parque Indígena do Tumucumaque (nenhum habitante do lado amapa-
ense). 80% dos indígenas amapaenses vivem em terras indígenas. Os municípios com as maiores 
populações indígenas são Oiapoque, com 5 569 pessoas (28% da população do município) e Pedra 
Branca do Amapari (883 pessoas, 8% da população municipal). 
Segundo o Instituto de Colonização e Reforma Agrária e a Fundação Cultural Palmares, o Amapá 
possui 40 comunidades remanescentes de quilombo espalhadas por nove municípios. Do total, 4 co-
munidades são tituladas, ou seja, já possuem o título de propriedade do território tradicionalmente 
ocupado: Curiaú, Conceição do Macacoari e Mel da Pedreira (Macapá); bem como São Raimundo do 
Pirativa (Santana). Outras 36 comunidades são apenas certificadas, isto é, são reconhecidas oficial-
mente como remanescente de quilombo, mas ainda não possuem o título de propriedade das terras. 
26 das 40 comunidades remanescentes de quilombo se situam em Macapá, 6 em Santana e 4 em Oi-
apoque. Calçoene, Mazagão, Itaubal, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho e Vitória do Jari possuem uma 
única comunidade certificada cada. 
Um estudo de 1999 realizado em duas comunidades amazônicas, das quais uma no Amapá (145 
pessoas do Curiaú), comunidade de descendentes africanos, apontou ancestralidade 73% africana, 
26% europeia e 0% indígena. Um estudo de 2007 realizado 5 comunidades amazônicas, das quais 
uma no Amapá (33 pessoas de Mazagão Velho), investigou a origem materna com base no DNA mi-
tocondrial (transmitido apenas de mãe para filha). O resultado apontou origem materna (mitocondrial) 
57% indígena, 36% africana e 3% europeia Outro estudo realizado no Curiaú identificou, dentre a an-
cestralidade africana, origem50% bantu, 33% Senegal e 17% Benin.. Um estudo genético realizado 
em 2010, com base em amostras de 307 indivíduos aleatórios de Macapá, estimou a origem dos ge-
nes em 46% europeia, 35% indígena e 19% africana. Em 2011, uma pesquisa feita com base em 
amostras de 130 pessoas diferentes de Macapá, estimou origem 50% europeia, 29% africana e 21% 
indígena. Um estudo do mesmo ano realizado em nove comunidades, das quais três no Amapá (36 
pessoas de Mazagão Novo, 24 pessoas de Mazagão Velho e 48 pessoas do Curiaú), investigou a ori-
gem paterna com base no cromossomo Y (presente apenas em homens). A ancestralidade masculina 
em Mazagão Novo foi estimada em 77% europeia, 14% africana e 8% indígena. Em Mazagão Velho, 
a estimativa de origem paterna é 52% europeia, 44% africana e 2% indígena. No Curiaú, comunidade 
afro-descendente, os resultados apontaram origem 73% africana, 17% europeia e 9% indígena. 
Já uma pesquisa feita em 2013 com 46 amapaenses portadores de anemia falciforme (20 pretos, 
18 pardos e 08 brancos) estimou a origem do origem do gene causador da doença em 61% bantu, 
26% Benin e 12% Senegal. A publicação também cita outro estudo similar realizado no Curiaú, o qual 
identificou, dentre a ancestralidade africana, origem 50% bantu, 33% Senegal e 17% Benin. A autora 
conclui que tais dados são compatíveis com os registros históricos do tráfico transatlântico de africa-
nos escravizados para a Região Norte, os quais indicam predomínio de africanos bantu de An-
gola, Congo e Moçambique, além da presença bem maior de indivíduos originários do Senegâm-
bia (Senegal, Guiné-Bissau e Cabo Verde) se comparada com outras regiões do Brasil 
AMAPÁ 
 
 
 
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Religiões 
Segundo dados obtidos pelo IBGE no Censo brasileiro de 2010, 64% dos amapaenses são católicos 
romanos, 28% são evangélicos (protestantes)e 6% não professam nenhuma religião. Os demais cre-
dos somados totalizam 2% da população 
 
Igreja católica no município de Amapá 
Em números absolutos, a Igreja Católica Apostólica Romana possui 425 459 fiéis. A Diocese de Ma-
capá é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no estado do Amapá, pertencente à Provín-
cia Eclesiástica de Belém do Pará e ao Conselho Episcopal Regional Norte II da Conferência Nacio-
nal dos Bispos do Brasil, sendo sufragânea da Arquidiocese de Belém do Pará. A sé episcopal está 
na Catedral de São José, na cidade de Macapá, sendo a única diocese católica do estado do Amapá. 
Dentre as igrejas evangélicas, a Assembleia de Deus destaca-se por ser a mais antiga (foi fundada 
no estado em 1917) e por ter o maior número de fiéis (100 821 membros). Em seguida, possuem o 
maior número de fiéis a Igreja Universal do Reino de Deus (10 101 adeptos), Igreja Adventista do Sé-
timo Dia (9 461), Igreja Batista (6 679), Igreja do Evangelho Quadrangular (6 468), Igreja Pentecostal 
Deus é Amor (3 146) e Igreja Presbiteriana (1 585). No Amapá, o Dia Estadual do Evangélico é come-
morado anualmente em 30 de novembro. 
As comunidades religiosas minoritárias incluem 4 222 católicos apostólicos brasileiros, 4 111 testemu-
nhas de Jeová, 2 781 espíritas, 1 110 afro-religiosos, 779 mórmons, 301 católicos ortodoxos, 217 ju-
deus, 145 budistas e 102 muçulmanos. Macapá e Santana concentram a maioria dos praticantes de 
religiões de matriz africana: umbanda, tambor de Mina e candomblé (das nações africa-
nas Queto, Efã e Angola), embora existam comunidades menores em Oiapoque e Mazagão. O Ter-
reiro de Santa Bárbara (onde se pratica o tambor de Mina nagô) é o templo de religião de matriz afri-
cana mais antigo do estado, fundado em 1962 e dedicado ao orixá Iansã. O Dia Estadual dos Cultos 
Afro é comemorado anualmente em 08 de maio. 
Urbanização 
O Amapá possui aproximadamente 16,2% da sua população habitando em invasões, baixadas, res-
sacas, favelas ou qualquer outro tipo de aglomerado subumano. Outros estudos realizados mostram 
que mais de dez mil moradias no estado não possuem serviços básicos, como: energia elétrica, rede 
de abastecimento de água, lixo coletado e rede coletora de esgoto. Numa visão geral, os dados da 
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (2005) mostraram que existiam 126,32 mil moradias nas 
áreas urbanas do estado e apenas 9,04 mil nas zonas rurais, contabilizando 135,32 mil domicílios em 
todo o estado; déficit habitacional do Amapá é de 30 mil moradias. 
Governo e política 
 
AMAPÁ 
 
 
 
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Palácio do Setentrião, sede do Governo do Estado do Amapá 
O Amapá é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado 
pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Amapá, e o Judiciário, 
representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amapá e outros tribunais e juízes. Também é 
permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos. 
Atualmente, o governador do Amapá é Waldez Góes, que assumiu em 1º de janeiro de 2015, assu-
mindo o cargo precedido por Camilo Capiberibe que foi derrotado do segundo turno das eleições de 
2014 que venceu com 60,58% dos votos. Macapá é o município com o maior número de eleitores, 
com 289 811 destes. Em seguida aparecem Santana, com 76 040 eleitores, Laranjal do Jari (28 621 
eleitores), Oiapoque (19 013 eleitores) e Mazagão, Porto Grande e Vitória do Jari, com 14,8 mil, 13,3 
mil e 9,7 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é Pracuuba, 
com 3,2 mil. 
Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação 
no estado. Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em da-
dos de abril de 2018, o partido político com maior número de filiados no Amapá é o Partido Socia-
lismo e Liberdade (PSOL), com 10 583 membros, seguido do Partido Democrático Trabalhista (PDT), 
com 10 204 membros e do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), com 7 589 filiados. 
Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão 
o Partido dos Trabalhadores (PT), com 7 045 membros; e o Democratas, com 6 547 membros. Ainda 
de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo (NOVO) e o Partido Pátria Livre (PPL) 
são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 17 e 219 filiados, 
respectivamente. 
Subdivisões 
Ver também: Lista de distritos do Amapá 
O Amapá é composto por 16 municípios dentre eles destacamos a capital Macapá, juntamente 
com Santana, Mazagão, Pracuuba, Cutias, Tartarugalzinho, Porto Grande, Serra do Navio, Calço-
ene, Amapá, Pedra Branca do Amapari, Vitória do Jari, Laranjal do Jari, Ferreira Gomes, Oiapo-
que e Itaubal do Piririm. 
Regiões intermediárias e imediatas 
 
Divisão das regiões intermediárias (vermelho) e imediatas (cinza) 
O Amapá é composto por 16 municípios, que estão distribuídos em quatro regiões geográficas imedi-
atas, que por sua vez estão agrupadas em duas regiões geográficas intermediárias, segundo a divi-
são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017. 
AMAPÁ 
 
 
 
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As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão re-
gional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor 
desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregi-
ões.[83] Na divisão vigente até 2017, os municípios do estado estavam distribuídos em quatro micror-
regiões e duas mesorregiões, segundo o IBGE. 
Região geográfica inter-
mediária 
Có-
digo 
Número 
de 
municí-
pios 
Regiões geográficas ime-
diatas 
Código Número 
de 
municí-
pios 
Macapá 1601 6 Macapá 160001 4 
Laranjal do Jari 160002 2 
Oiapoque-Porto Grande 1602 10 Oiapoque 160003 6 
Porto Grande 160004 4 
Economia 
 
Exportações do estado em 2012 
A Balança Comercialque representa a contabilidade de entrada e saída de bens tangíveis, no perí-
odo de 2003 a 2009 apresentou um desempenho com um superávit de 74,4%. As exportações apre-
sentaram um resultado de US$ 774 milhões e as importações US$ 198 milhões. Os produtos de ori-
gem mineral foram os que mais contribuíram com o crescimento das exportações e para as importa-
ções estiveram a entradas de bens de capital, tendo em vista a compra de bens de investimentos pe-
las empresas. A arrecadação do ICMS, principal componente da arrecadação própria estadual cujo 
comportamento se relaciona com o desempenho das atividades econômicas, obteve em 2009 um 
crescimento nominal de R$ 62,2 milhões, correspondendo um incremento de 17,7%, perfazendo uma 
média anual de 16,9%, nos últimos sete anos. O Amapá exportou, em 2012, cerca de US$ 447 000 
000,00 (quatrocentos e quarenta e sete milhões de dólares), divididos principalmente entre minério de 
ferro (90,60%), lenha (4,43%), outras frutas processadas (2,87%) e sucos de frutas (1,09%). 
 
Porto de Santana, o mais importante ponto de movimentação de mercadorias via fluvial do estado. 
AMAPÁ 
 
 
 
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Mercado Central de Macapá 
O setor primário é o menos relevante para a economia do estado do Amapá, representando apenas 
3,2% da economia amapaense. Dentre os principais produtos produzidos no estado estão: a casta-
nha-do-pará, mandioca e o arroz. Deste último, são produzidas 2 140 toneladas anualmente em uma 
área correspondente a 2 638 Hectares de terra. De feijão, são produzidas 1 102 toneladas em uma 
área de 1 450 Hectares. Já a produção de milho, corresponde a 1 792 toneladas anualmente planta-
das em uma área de 2 132 Hectares. Na criação de bovinos, o estado conta com (aproximadamente) 
114 773 cabeças de gado (95% destes são para consumo e 5% para a produção de leite e deriva-
dos), a maior parte dos bovinos do estado se concentra na capital e na cidade de Amapá (as duas 
cidades representam juntas 45% de todo o gado do Amapá). A criação de suínos soma 30 055 cabe-
ças, a de bubalinos soma 214 271 cabeças, a de galos, frangas e frangos soma 47 348 cabeças, a de 
equinos passa dos 5 294 cabeças. A cidade de Amapá tem a maior fonte de pescado artesanal do 
estado, destaque para: gurijuba, pirarucu, uritinga, pirapema, tucunaré, apaiari e branquinha. 
Não há uma verdadeira economia industrial no estado, este setor representa apenas 10% de toda a 
economia do Amapá. Na cidade de Santana, há um distrito industrial com um número regular de em-
presas. Na capital e em alguns outros municípios, há serrarias, fábricas de tijolos e a extração mineral 
e vegetal. Nesta última, destaca-se o município de Amapá como a exploração de cassiterita e a tanta-
lita, o município de Serra do Navio com o manganês e o município de Calçoene com a extração de 
ouro das minas subterrâneas. A extração de madeira também é forte no estado, porém muitas vezes 
mascara a extração ilegal. 
Este é considerado o setor de maior importância para o estado, por representar sozinho 86,8% de 
toda a riqueza do mesmo. O comércio é uma das maiores fontes de renda para o Amapá, represen-
tando quase metade deste setor, mas o serviço público, é a que mais cresce durante as últimas déca-
das e a que mais tem contribuído para o crescimento e desenvolvimento econômico do Amapá. 
As empresas privadas são responsáveis por, aproximadamente, 70% dos postos de trabalho, no ano 
de 2006 surgiram mais de mil empresas e o emprego no segmento industrial cresceu 33%, número 
superior à média nacional que é de 23%. O turismo também é de grande importância para a econo-
mia local, dentre os principais destinos turísticos do estado, podemos destacar: a capital, a cidade 
de Serra do Navio, Mazagão, Oiapoque, Amapá, Ferreira Gomes e Porto Grande. 
Infraestrutura 
Educação 
 
Campus Santana da Universidade Federal do Amapá 
AMAPÁ 
 
 
 
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A taxa de analfabetismo dos residentes do estado do Amapá com idade de 10 a 14 anos é de 4,9%, 
já de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos era de 8,4% (segundo o Censo demográfico de 
2010). Neste mesmo ano, 74,2% das crianças entre 4 e 6 anos estavam na escola (uma média 
abaixo da nacional que era de 85%), entre as crianças de 7 a 14 anos, essa porcentagem era de 
95,9% (acima da média regional) e as pessoas entre 15 e 17 anos que estavam na escola somavam 
83,3% (igual a média brasileira). 
Em relação à conclusão do ensino fundamental: 57,3% dos jovens de idade igual ou inferior a 16 
anos tinham terminado o 1º grau; uma queda no índice que em 2008 marcava 58,7%. A conclusão do 
ensino médio dos jovens com idade acima de 19 anos era de 55,6% no ano de 2008 e obteve uma 
queda drástica para 38,4%. No ano de 2009, foram registradas: 1 958 matrículas em creches, 20 488 
na pré-escola, 142 552 no ensino fundamental e 35 648 no ensino médio. Já o tempo médio de per-
manência no sistema é de 8,4 anos no ensino fundamental e de 3,4 anos no EM, resultando numa 
média de 10,2, média acima da nacional que é de 9,7 anos. 
O IDEB amapaense é 3,1 no ensino médio, de 4,1 nos anos iniciais do ensino fundamental e de 3,7 
nos anos finais do ensino fundamental; em nenhum desses índices a média ficou acima da nacional. 
A taxa de aprovação no estado durante o EM é de 73,6% e a de reprovação é de 11,1%. 
O estado conta com duas instituições de ensino superior públicas, a Universidade Federal do 
Amapá e a Universidade Estadual do Amapá, ambas com sede em Macapá. Há também o Instituto 
Federal do Amapá, que foi fundado em 29 de dezembro de 2008. A UNIFAP tem campus nos municí-
pios de Laranjal do Jari, Oiapoque, Santana e Tartarugalzinho, além da capital. Existem várias facul-
dades particulares, a maioria na capital, são as principais: Centro de Ensino Superior do Amapá 
(CEAP), Faculdade SEAMA, Universidade Paulista (UNIP), IMMES, Universidade Estácio de Sá, IE-
SAP e outras. 
Saúde 
 
Enfermaria de nefrologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima, em Macapá 
A situação em que a saúde no estado encontra-se é de insuficiência para atender toda a população. 
Alguns dos indicadores da saúde encontram-se abaixo ou na média nacional, é o caso da média da 
mortalidade infantil, que foi de 22,5 por 1 000 nascidos (igual a média brasileira). Tal índice pode ser 
comparado ao de países como Tunísia e Belize. Os dados de 2009, mostram que o estado conta com 
288 estabelecimentos públicos de saúde, foram contabilizados 852 leitos nos hospitais públicos. A 
maternidade da capital é a Maternidade Mãe Luzia, criada em 13 de setembro de 1953 e que atende 
aos pacientes de todo o estado e de municípios do Pará, tais como: Afuá, Almerim, Anajás, Cha-
ves, Breves e Gurupá. Na maternidade, estão disponíveis 180 leitos. Em relação a expectativa de 
vida do povo amapaense, ela é de 67,2 anos entre os homens e de 75,0 anos entre as mulheres. 
Segurança Pública 
 
AMAPÁ 
 
 
 
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Policiais e viaturas da Polícia Civil do Estado do Amapá 
No levantamento realizado pelo Ministério da Justiça no ano de 2008, foi mostrado que a região norte 
do Brasil representa 8,9% de todos os homicídios dolosos do país. O Amapá é o sexto estado mais 
violento do país, tendo 38,7 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, isso representa um assas-
sinato a cada 27 horas. Mas, segundo especialistas, a criminalidade está sob controle no estado. 
A Polícia Militar do Estado do Amapá (PMAP) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a 
preservação da ordem pública. Seus integrantes são denominados militares estaduais, assim como 
os membros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amapá (CBMAP), e ambos estão subordi-
nados ao governador do estado, sendo considerados força auxiliares e reserva do Exército Brasileiro. 
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amapá é uma Corporação cuja principal missão consiste 
na execução de atividades de Defesa Civil, Prevenção e Combate a Incêndios, Buscas,Salvamentos 
e Socorros Públicos em todo o estado. À Polícia Civil do Estado do Amapá cabe as funções de inves-
tigação criminal e de polícia judiciária, por meio da repressão ao crime, após a ocorrência de ilícitos, 
bem como o auxílio ao Poder Judiciário no cumprimento de mandados de prisão. 
Transportes 
 
Rodovia BR-156 
O estado possui duas rodovias federais: a BR-156 e a BR-210. A BR-156 possui 822,9 km de exten-
são, passando por Santa Clara, Camaipi, Porto Grande, Tartarugalzinho, Beiradão, Igarapé e Água 
Branca. Esta estrada faz parte do projeto da Transguianense, isto é, uma estrada de 2.346 quilôme-
tros que vai ligar as capitais dos Estados do Amapá e Roraima, passando pela Guiana Francesa e 
dois países vizinhos, Suriname e Guiana. A rodovia termina na Ponte da Amizade entre Brasil e Gui-
ana Francesa, a cinco quilômetros de Oiapoque. 
 
Rodovia AP-010 
A BR-210 é a segunda rodovia federal no estado, ela também recebe o nome de Perimetral Norte e é 
menor em relação a BR-156, tendo um pouco mais de 471 quilômetros de extensão. A estrada passa 
pelas cidades de Macapá, Porto Grande, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio, terminando na 
divisa do estado com o Pará. Foi projetada durante o regime militar para "cortar" a Amazônia (desde o 
Amazonas até o Amapá). A obra tem inúmeros trechos que passam por dentro de terras indígenas. 
Já as rodovias estaduais são quatro: AP-010, AP-020, AP-030 e a AP-070. As duas primeiras (AP-
010 e AP-020) ligam a capital do estado a Santana, a segunda cidade mais populosa. A terceira (AP-
AMAPÁ 
 
 
 
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030) interliga Macapá ao município de Mazagão, passando pela ponte sobre o Rio Vila Nova e a 
quarta (AP-070) abrange Curiaú, São Francisco da Casa Grande, Abacate da Pedreira, Santo Antô-
nio da Pedreira, Inajá, Corre Água, São Joaquim do Pacuí, Santa Luzia, Gurupora e Cutias do Ara-
guary. 
Foi construída uma ponte binacional sobre o Rio Oiapoque, que liga o estado do Amapá à Guiana 
Francesa. Localizada a 5 km da cidade de Oiapoque (600 km de Macapá), as obras tiveram início em 
13 de julho de 2009 e terminaram no final de 2011 - a um custo aproximado de 71 milhões de reais. A 
ponte foi finalmente inaugurada e liberada para o tráfego no dia 18 de Março 2017. Também foi cons-
truída a ponte sobre o Rio Vila Nova, com 420 metros de comprimento, ligando Macapá (a capital do 
estado), Santana (município vizinho) a Mazagão, a obra começou no mês de maio de 2009 e termi-
nou no segundo semestre de 2010. O investimento da ponte girou em torno de R$ 30 milhões; um 
acidente ocorrido em março de 2010, e que deixou cinco mortos, atrasou as obras. Uma segunda 
ponte, sobre o Rio Matapi, começou a ser construída em dezembro de 2013 ligando por definitivo Ma-
capá a Mazagão. Com um custo de R$ 90 milhões, a edificação foi projetada com 612 metros de 
comprimento. 
Cultura 
Culinária 
 
Maniçoba 
Os pratos típicos amapaenses compõem a culinária amazônica e possuem similaridade com a culiná-
ria de outras regiões do Brasil, em especial, do estado do Pará. O mais representativo prato típico do 
estado é o açaí acompanhado de farinha de mandioca e alguma proteína, como peixes, camarão re-
gional, frango ou carne vermelha. A farinha pode ser artesanal (vindas das comunidades ribeirinhas e 
quilombolas do interior) ou processada, fina ou grossa. Outras combinações populares são o açaí 
com açúcar, com farinha de tapioca ou mesmo o açaí puro. Um litro de açaí custa de oito a vinte re-
ais, a depender da época do ano e da qualidade. A bacaba, parente do açaí, é tão popular quanto e 
também é bastante consumida. Outro prato popular é o camarão no bafo. O camarão é cozido no va-
por e temperado apenas com sal, limão, tucupi e pimenta e servido com açaí e uma porção de farofa. 
Além do açaí e suas diversas combinações, os amapaenses compartilham com os paraenses pratos 
como a maniçoba, o pato no tucupi (tradicionais durante as festividades do Círio de Nazaré, em outu-
bro), o tacacá e a pupunha com café. Talvez pela secular migração nordestina para a região amazô-
nica, receitas como o vatapá e o caruru são comuns no estado e considerados pratos típicos. É espe-
cialmente representativa da cultura amapaense, a gengibirra, bebida alcoólica feita com gengibre, ca-
chaça, água e açúcar, consumida durante as rodas de marabaixo (dança folclórica afro-amapaense), 
juntamente com o caldo de carne servido durante a festa. 
AMAPÁ 
 
 
 
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Eventos 
 
Festa de São Tiago no município de Mazagão, 2015 
A Festa de São Tiago é um evento tradicional no município de Mazagão, na área conhecida como 
Mazagão Velho. Realizada anualmente na segunda quinzena do mês de julho desde 1777, o festejo 
relembra as batalhas travadas entre mouros e cristãos na então colônia portuguesa de Mazagão Afri-
cana, hoje El Jadida, no Marrocos. Segundo a tradição, um soldado anônimo que se acredita ser São 
Tiago apareceu e conduziu os cristãos à vitória. A tradição chegou na região em com as 163 famílias 
de colonos portugueses se mudaram para esta área em 1770, fundando a Mazagão Amazônica, a 
atual vila de Mazagão Velho. A festa de São Tiago inclui missas, novenas, ladainhas, procissões, ma-
rabaixo e batuque, mas o ponto alto da festa são as cavalhadas e as encenações teatrais, realizadas 
pelos próprios moradores, dos eventos ocorridos há trezentos anos na África. Desde 12 de Junho de 
2012, o dia 25 de julho é feriado estadual. 
A história do Círio de Nazaré na cidade de Macapá se inicia em no ano de 1934. A então primeira 
dama da capital, Ester Benoniel Levy, comandou um grupo de senhoras religiosas, que faziam parte 
da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria, na realização do evento. O número de 
fiéis que compareceu ao evento ultrapassou o número de fiéis que compareceu a festa do padroeiro 
da cidade, São José. Assim como no estado do Pará, o evento é realizado no segundo domingo do 
mês de Outubro e segundo os últimos levantamentos da Polícia Militar, mais de 300 mil pessoas par-
ticipam todo ano da passeata. Atualmente, a saída é da Igreja Nossa Senhora de Fátima com destino 
à Igreja de São José de Macapá, na rua São José. 
Marabaixo 
 
Em primeiro plano, a caixa de marabaixo, instrumento musical utilizado para sustentar o ritmo. Ao 
fundo, uma brincante com as roupas tradicionais da dança: camisa branca rendada, saia florida, aná-
gua, cordões e colares no pescoço, pulseiras, flor presa ao cabelo e lenço sobre os ombros. 
Marabaixo é manifestação cultural de origem africana típica de comunidades afrodescendentes do 
Amapá, que inclui dança de roda, canto e percussão ligados às festas do catolicismo popular em lou-
vor aos santos padroeiros da comunidade. Símbolo da identidade negra local, hoje o marabaixo se 
apresenta como identidade e patrimônio cultural de todos os amapaenses. Ao toque das caixas de 
marabaixo (instrumento característico do ritmo), brincantes de todas as idades dançam em roda (a 
qual gira sempre em sentido anti-horário), jogando e respondendo os ladrões (cantigas). O passo ca-
racterístico da dança é o arrastar dos pés, o que simularia os antigos africanos escravizados acorren-
tados pelos pés. Os homens fazem caqueados, giros e molejos para cortejar as mulheres, que aba-
nam suas saias floridas e dão giros curtos em torno de si. Durante as festas, são servidos caldo de 
carne e a gengibirra (bebida alcoólica feita de gengibre, cachaça e açúcar) aos brincantes.Em 2018, o 
AMAPÁ 
 
 
 
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marabaixo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como patri-
mônio imaterial do Brasil e inscrito no Livro Livro de Registro das Formas de Expressão - Bens Cultu-
rais Imateriais. No Dossiê de Registro, o órgão identificou que existem 5 grupos que mantêm a tradi-
ção do marabaixo na zona urbana de Macapá (2 grupos no Bairro do Laguinho e 3 na Favela) além 
de 36 comunidades negras rurais em 3 municípios(Macapá, Santana e Mazagão) que praticam a 
dança do marabaixo no interior do estado. 
Esportes 
 
Estádio Milton de Souza Corrêa 
O futebol é o principal esporte do Amapá. estado conta com aproximadamente 21 times de clubes da 
modalidade. Como as demais unidades federativas do país, possui uma federação local responsável 
por organizar o campeonato estadual, no caso, o Campeonato Amapaense de Futebol. Como enti-
dade filiada à Confederação Brasileira de Futebol, a federação amapaense indica os representantes 
do estado para competições nacionais como a Copa do Brasil de Futebol e a série D do Campeonato 
Brasileiro de Futebol. 
A capital Macapá possui os dois principais estádios de futebol do estado, que são o Estádio Municipal 
Glicério Marques e Estádio Milton de Souza Corrêa, este popularmente conhecido como Zerão. Em 
Santana, o Estádio Municipal de Santana é o local onde são realizadas as principais partidas de fute-
bol 
Também é possível a prática de kitesurfe no Rio Amazonas, no período de agosto a dezembro, pois o 
verão proporciona ventos propícios aos velejadores existem competições de kitesurfe, dentre elas a 
Travessia do Rio Amazonas, uma corrida de enduro em que os competidores atravessam o Rio Ama-
zonas num percurso de mais de 25 km. 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Est%C3%A1dio_Milton_Corr%C3%AAa_2014.jpg

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