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TICS JEAN CARLOS CANAAN PEREIRA SOI IV CÓLERA QUANDO SUSPEITAR CLINICAMENTE QUE O PACIENTE POSSA APRESENTAR COLERA? A infecção com V. cholerae O1 pode variar de colonização assintomática, ou uma diarréia branda, a uma diarréia grave rapidamente fatal. As manifestações clínicas da cólera começam em média dois a três dias após a ingestão da bactéria, com o surgimento abrupto de diarréia aquosa e vômito. Á medida que mais fluido é perdido, os espécimes de fezes tornam-se incolores e inodoros, livres de proteínas e salpicados com muco (fezes de água de arroz). A perda grave de fluidos e eletrólitos pode levar a desidratação, acidose metabólica (perda de bicarbonato) e hipocalemia e choque hipovolêmico (perda de potássio) com arritmia cardíaca e falha renal. A taxa de mortalidade pode ser alta em pacientes não tratados. A doença é disseminada pela ingestão de água, mariscos e outros alimentos contaminados pelos excrementos de pessoas com infecção sintomática ou assintomática. Dessa forma, contatos domiciliares dos pacientes com cólera têm alto risco de infecção que provavelmente ocorre por meio de fontes compartilhadas de água e alimentos contaminados. A transmissão de uma pessoa para outra é menos provável de ocorrer porque é necessário um grande inoculo do microrganismo para transmitir infecção. A cólera é endêmica em regiões da Ásia, Oriente Médio, Àfrica, América do Sul e Central e Costa do Golfo dos Estados Unidos. Em áreas endêmicas, as epidemias ocorrem geralmente durante os meses quentes. A incidência é mais alta em crianças. QUAL A DIFERENÇA DA CÓLERA E OUTRAS ENTEROCOLITES BACTERIANAS? Os casos leves geralmente são clinicamente indistinguíveis, a perda rápida e profunda de fluídos e eletrólitos marca o cólera grave como uma entidade clinicamente distinta, já que as fezes de cólera podem conter material fecal e bile nas fases iniciais da doença. A diarréia é geralmente indolor, sem tenesmo e em adultos e crianças, nos casos mais graves, a produção de fezes pode atingir até 1 litro por hora, sendo distinguível de outras etiologias devido a essa taxa de perda de fluidos não ser comumente observada em outras causas de doenças diarréicas. Além disso, em comparação com outras causas de doença diarréia infantil, as fezes de pacientes com cólera contém uma concentração mais elevada de sódio, bem como quantidades significativas de potássio e bicarbonato e hipovolemia e as anormalidades eletrolíticas são as seqüelas mais importantes com manifestações como câimbras musculares e fraqueza devida a perda de potássio e cálcio, bem como alterações laboratoriais podem reelar hipocalemia, hiponatremia ou hipernatremia, hipocalcemia e acidose. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. TORTORA, Gerard J. FUNKE Berdell R., CASE, Christine L. Microbiologia. 10ª edição, 2012. Artmed Editora S.A., São Paulo. Pag 716 MURRAY, Patrick R., ROSENTHAL, Ken S., PFALLER, Michael A. Microbiologia Médica 5ª edição,2006. Elsevier Editora Ltda, Rio de Janeiro. Pgs 334-337
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