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TIC - Colera

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TIC - Cólera 
Quando suspeitar clinicamente que o paciente possa apresentar cólera? Qual a diferença 
das outras enterocolites bacterianas? 
 
 Segundo Murray, 2020, a maioria dos indivíduos expostos a cepas toxigênicas de 
V. cholerae O1 apresenta infecções assintomáticas ou diarreia autolimitada. Entretanto, 
alguns indivíduos desenvolvem uma diarreia grave rapidamente fatal. Suspeita-se 
clinicamente que o paciente possa ter cólera quando as manifestações clínicas iniciam-se 
em média de 2 a 3 dias após a ingestão da bactéria, com início abrupto de diarreia 
aquosa e vômito. À medida que ocorre perda de fluido, os espécimes fecais se tornam 
incolores e inodoros, livre de proteínas e com muco, conhecida como fezes de “água de 
arroz”. Ademais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cólera deve sempre 
ser suspeitada quando um paciente com cinco anos ou mais desenvolve depleção de 
volume grave por diarreia aquosa aguda, mesmo em uma área onde a cólera não é 
conhecida como endêmica. Já em áreas endêmicas, deve-se suspeitar de cólera em 
pacientes com dois anos ou mais de idade com diarreia aquosa aguda grave e súbita, 
líquida e abundante, com presença de desidratação rápida, acidose e colapso circulatório 
reforça a suspeita de contaminação (LAROCQUE et al., 2022). 
 Em se tratando das diferenças das outras enterocolites, de acordo com Larocque 
et al., 2022, em comparação com outras causas de doença diarreica infantil, as fezes de 
pacientes com cólera contêm uma concentração mais alta de sódio, bem como 
quantidades significativas de potássio e bicarbonato. Pacientes com cólera com 
hipovolemia grave podem ter olhos encovados, boca seca, pele fria e úmida, turgor 
cutâneo diminuído ou mãos e pés enrugados (também conhecidos como "mãos de 
lavadeira"). Os pacientes são frequentemente apáticos e letárgicos. A acidose por perda 
de bicarbonato nas fezes, bem como a acidose lática por má perfusão podem resultar em 
respiração de Kussmaul (respirações profundas refletindo hiperventilação 
compensatória). O pulso periférico é rápido e filiforme inicialmente, e pode tornar-se difícil 
de palpar à medida que a pressão arterial cai. Cãibras musculares e fraqueza devido à 
perda de potássio e cálcio são comuns (LAROCQUE et al., 2022). 
 
Referências: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de 
Vigilância Epidemiológica. Manual Integrado de Vigilância Epidemiológica da Cólera, 
Brasília, 2008. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
manual_integrado_vigilancia_colera.pdf. Acesso em: 18 ago. 2022. 
LAROCQUE, R.; HARRIS, J. B. Cólera: características clínicas, diagnóstico, tratamento e 
prevenção. UpToDate, 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/cholera-
clinical-features-diagnosis-treatment-and-prevention?search=Cholera:
%20Clinical%20features,%20diagnosis,%20treatment,%20and%20prevention%20-
%20UpToDate&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_
rank=1. Acesso em: 18 ago. 2022.

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