Prévia do material em texto
Leitura Faltavam dez minutos para o fim da prorrogação da final da Copa do Mundo de futebol de 2006, disputada entre as seleções da França e da Itália. O jogo estava empatado em 1 a 1. O zagueiro italiano Marco Materazzi discutia com o meia francês Zinédine Zidane, após uma jogada na área. Materazzi falou algo para Zidane, que se voltou e deu uma cabeçada no peito do adversário. Por esse motivo, um dos maiores jogadores de todos os tempos foi expulso e não pôde participar da disputa de pênaltis, em que a França foi derrotada. Zidane não aparentava ter um temperamento violento, mas agiu, nesse momento, movido pela raiva. Anos depois, Materazzi revelou que a causa da agressão foram insultos que fez à irmã de Zidane. Realmente, diante de provocações ou eventos que interpretamos como negativos, podemos ser tomados pela raiva, agindo de acordo com ela. Para lidar melhor com essa emoção, em primeiro lugar, precisamos entendê-la de forma mais aprofundada, o que tem sido feito por neurocientistas. Como a tristeza e a alegria, a raiva é uma condição transitória, que altera aspectos dos indivíduos a partir de certos gatilhos, preparando os para a ação 1 e e