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SEÇÃO 2 DIREITO CIVIL

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS. 
AM EXPRESSO TRANSPORTE DE BENS, inscrita no CNPJ..., com sede em Nova Londres/AL, por seu administrador, Sr. ANDRÉ DE MORAES, brasileiro, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob o nº ..., e-mail ..., residente à Rua das Couves, nº 72, Ferreira Gomes-AL, por meio de seu advogado regularmente constituído, e-mail ..., cuja qualificação e indicação do escritório constam na procuração anexa, a qual aponta o endereço para receber notificações e intimações, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.015, V do Código de Processo Civil, interpor 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
contra decisão interlocutória que negou os benefícios da Justiça Gratuita do ora agravante, proferida pelo juízo da 8ª Vara de Cível da Comarca de Cariri do Oeste, Estado do Alagoas, nos autos da Ação de Execução de Título Extrajudicial, distribuída sob o nº..., em face de TREM BÃO – PÃES DE QUEIJOS E CIA e CLEBER DE FREITAS. O agravante deixa de efetuar o preparo relativo ao presente agravo, requerendo nesse ato a concessão da gratuidade de justiça. 
Nesse ato de interposição o agravante junta a documentação obrigatória constante do art. 1.017, I do Código de Processo Civil, requerendo seja o presente recurso recebido e distribuído, sendo dado a ele efeito suspensivo e, ao final, seja a decisão do juízo a quo reformada, deferindo aos agravantes os benefícios da justiça gratuita previstos no art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil.
 
Nestes termos, pugna pelo deferimento. 
(local), (data). 
Nome, assinatura, advogado e OAB.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS. 
RAZÕES DE AGRAVO
PROCESSO Nº 000000-00.0000.0.00.0000 
ORIGEM: 8ª Vara de Cível da Comarca de Cariri do Oeste/AL 
AGRAVANTE: AM EXPRESSO TRANSPORTE DE BENS 
EGRÉGIO TRIBUNAL,
 COLENDA CÂMARA 
A respeitável decisão interlocutória agravada merece integral reforma, posto que proferida em franco confronto com que determina o art. 5°, Inciso LXXIV da Magna Carta e art. 98 do Código de Processo Civil (Lei 13.105/15). Nos termos em que foi proferida, a r. Decisão Interlocutória, consubstanciará para o agravante uma situação de flagrante e inaceitável injustiça, se não for de imediato objeto de reforma. 
I. DA SÍNTESE FÁTICA 
O ora agravante propôs Execução de Título Extrajudicial consistente em quatro cheques de R$ 10.000,00 (dez mil reais) cada, em face de TREM BÃO – PÃES DE QUEIJOS E CIA e CLEBER DE FREITAS. No requerimento inicial houve pedido de gratuidade pelo exequente sob o fundamento de que a empresa já não tem faturamento há meses, passando por sérias dificuldades. 
Ao receber a petição protocolada, o magistrado da 8ª Vara Cível de Cariri do Oeste/AL, em seu primeiro contato com os autos, negou o pedido de gratuidade de justiça, determinando o recolhimento das custas iniciais, sob a alegação de que a pessoa jurídica não faz jus à gratuidade, até porque o instituto é voltado à proteção da pessoa e não da empresa, não sendo crível que não haja condições de arcar com as despesas processuais. 
A empresa está passando por sérias dificuldade, pois contava com os R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), relativos aos cheques, para se reerguer, efetuando o pagamento das dívidas pendentes e fazendo o dinheiro circular novamente.
O administrador da empresa, André de Moraes, não possui qualquer outra fonte de renda e nenhum dinheiro guardado, não sendo possível, portanto, arcar com as mencionadas custas sem prejuízo de seu próprio sustento (que está sendo provido com doações de moradores do bairro onde vive). 
A fim de garantir seu acesso à justiça, o agravante que não possui condições financeiras de arcar com custas e demais despesas processuais, pugnou pela concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, o que, como noticiado, foi indeferido de plano pelo juízo de primeiro grau. Inconformado com a decisão interlocutória proferida, que negou o acesso do agravante à justiça, não restou alternativas aos proponentes senão a interposição do presente agravo de instrumento. 
II. DO REQUERIMENTO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Ao tratamos de gratuidade de justiça, é importante frisar que a Lei Federal nº 7.115 de 29 de agosto de 1983, em seu art. 1º, foi enfática ao dar presunção de veracidade às declarações de hipossuficiência, in verbis: 
“Art. 1º - A declaração destinada a fazer prova de vida, residência, pobreza, dependência econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando firmada pelo próprio interessado ou por procurador bastante, e sob as penas da Lei, presume-se verdadeira.” 
Está ainda o procedimento do agravante em perfeita consonância com as devidas disposições legais, quando confrontado o seu requerimento junto dos documentos que disponibiliza no processo, e as disposições do Código de Processo Civil, em especial do art. 98, que funciona tanto como regulamentação quanto dispositivo que pacifica o entendimento do Inciso LXXIV do art. 5° da Constituição Federal, em relação ao requisito da comprovação de insuficiência de recursos. 
Não há na legislação pátria nenhum parâmetro que possa medir o nível de pobreza do cidadão e que determine quem deve receber o benefício e a quem deve ser este negado. 
Quanto ao requerimento ser realizado por pessoa jurídica, o Superior Tribunal de Justiça se manifestou a respeito quando da edição da súmula nº 481, a saber: 
“Súmula nº 481 - Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.”
De igual forma, o próprio texto do art. 98 é didático ao definir que a “pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei”. 
Dessa forma, em que pese o costumeiro acerto, a decisão prolatada pelo juízo a quo merece reforma, na medida em que nega acesso à justiça à parte comprovadamente com insuficiência de recursos. 
Dessa forma, verifica-se que a decisão do juízo é arbitrária, uma vez que a própria legislação atinente à matéria e o pensamento uníssono da jurisprudência pátria converge para a orientação de que para o deferimento do benefício da gratuidade de justiça, mesmo que para pessoa jurídica, é necessário que se comprove a ausência de recursos.
Desse modo, o agravo deve ser provido para, reformando a r. decisão, deferir aos agravantes o benefício pleiteado.
III. DO PEDIDO 
Realizados todos os apontamentos pertinentes em relação a r. decisão atacada, crédulo no aguçado senso de justiça deste tribunal, requer o agravante: 
a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil, pelo fato do agravante não ter condições de efetuar o preparo do presente agravo sem prejuízo de seu próprio sustento. 
b) A reforma da decisão no que tange à negativa de concessão dos benefícios da justiça gratuita, posto que foram reunidas todas as condições necessárias. 
Nestes termos, pugna pelo deferimento. 
(local), (data). 
Nome, assinatura, advogado e OAB.

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