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5ºAula A Política Nacional de Atendimento à Infância Pós 1988 Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conhecer as principais leis e o que elas tem a nos dizer sobre a educação e os direitos das crianças; • analisar as possibilidades de cumprimento dessas leis em relação ao nosso ofício de educar; • reconhecer as leis, como indispensáveis na organização de todos os setores de nossa sociedade e principalmente no setor da educação. Na aula 04, refletimos a respeito das políticas nacionais anteriores à Constituição Federal de 1988 e seus reflexos na educação. Nesta aula nos deteremos aos acontecimentos pós-promulgação constitucional! Fiquem atentos! Veremos agora, como o cenário político e as transformações na sociedade influenciaram a melhoria da educação infantil, que partiu inicialmente da necessidade e cobrança dos trabalhadores, que, orientados por sindicatos, passaram a exigir e lutar por direitos, entre eles o direito de ter um lugar específico para deixar seus filhos. Baseado nas leis, estudaremos a seguir os direitos conquistados. Bons estudos! 36Fundamentos e Metodologia da Educação Infantil 1 - As Leis que Norteiam o Atendimento das Crianças no Brasil Atualmente. 2 - As Reformas Educacionais Brasileiras e a Educação Infantil. A industrialização e urbanização dos grandes centros urbanos, intensificados no início do século XX, produziu grandes modificações na forma de estruturação familiar e, consequentemente, no cuidado de seus filhos. Lutas, debates pela democratização da escola pública, aliados às pressões de diversos movimentos feministas e também sociais de lutas por creches, possibilitaram a conquista, na Constituição de 1988, do reconhecimento da educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do Estado a ser cumprido nos sistemas de ensino. Na última década, a atenção às crianças de zero a cinco anos no Brasil sofreu profundas modificações. Atualmente, temos um novo ordenamento legal iniciado pela Constituição Federal de 1988. 1 - As Leis que Norteiam o Atendimento das Crianças no Brasil Atualmente 1 - As leis que norteiam o atendimento das crianças no Brasil atualmente São as que seguem: • constituição brasileira de 1988 • estatuto da criança e do adolescente – eca (8.069/90) • lei sobre o sistema único de saúde – sus (8.080/90) • lei orgânica da assistência social – loas (8.742/93) • lei de diretrizes e bases da educação nacional – ldb (9.394/96) Tal legislação aponta para a criança entendida como sujeito de direitos. O Estado, em parceria com as famílias, deverá responder pela educação de meninos e meninas de zero a seis anos. O panorama atual exige uma interação entre as áreas envolvidas no atendimento à criança, tendo como foco a educação. O papel da assistência social tem relevância nesse processo legal, tendo por finalidade a elaboração e implantação, com parcerias intersetoriais, políticas públicas de proteção às famílias fragilizadas pela condição econômica desfavorecida, por meio de ações concretas direcionadas para o atendimento de crianças de zero a seis anos. Esse novo ordenamento constitucional e legal brasileiro está marcado por uma inovadora concepção de atenção à infância. Atribui à criança a condição de cidadã, cujo direito a proteção integral deve ser assegurada pela família, pela sociedade e pelo poder público, com absoluta prioridade. Seções de estudo O que garante à criança esse direito?Instrumentos Legais Conteúdo da Lei Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Constituição da República Federativa do Brasil – 1988 Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 4º – IV “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de: (...) atendimento gratuito em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos”. Art.29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30 A educação infantil será oferecida em: I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos de idade. Art. 30. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Estatuto da Criança e do Adolescente – 1990 Conteúdo da Lei Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990. Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: Parágrafo único. É dever dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: IV- atendimento em creches ou pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade; Conteúdo da lei Lei 8.742/93 Art. 2º A Assistência Social tem por objetivos: I proteção à família, à maternidade à velhice; II o amparo às crianças e adolescentes carentes. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 1996 Reproduz o inciso da Constituição Federal no Título III Art. 4º. Art. 21. A educação escolar compõe-se de: 1. Educação Básica, formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Seção II. Art.29... A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança... Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I- creches, ou entidades equivalentes, para crianças até três anos de idade; II – pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos. Art.31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. O artigo Art. 205 da CF 1988 garante que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida 37 e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Fica claro quem são as instituições responsáveis pela promoção e garantia da educação e a quem essa garantia se destina. Quanto ao dever do Estado fica estabelecido que, Art. 208 - O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Alterado pela EC-000.059-2009) IV - educação infantil, em creche e pré- escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Alterado pela EC-000.053-2006) VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Alterado pela EC-000.059-2009) Observem no artigo acima quais garantias são de competência do Estado para com a etapa da educação infantil. Sendo nosso país uma República Federativa a lei estabelece um regime de colaboração quanto à organização do ensino. Art. 211 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º - A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidadedo ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. § 2º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. § 3º - Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Alterado pela EC- 000.059-2009) Atuarão prioritariamente na organização da educação infantil o ente federativo Municipal. Quando necessário, a União e Estados contribuirão com a organização do ensino desta etapa da educação básica. Em 20 de dezembro de 1996, no governo de Fernando Henrique Cardoso, sendo Ministro da Educação nesse momento Paulo Renato de Souza, foram estabelecidas as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com a Lei de n. 9.394/1996. Esta Lei veio também estabelecer Diretrizes para a etapa educação infantil. Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Atente-se para os aspectos “físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” a que a Lei estabelece e que devem ser garantidos. Em nossos “Centros de Educação Infantil” todos esses aspectos estão sendo efetivamente garantidos? O artigo 30 estabelece onde a educação infantil será oferecida: Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade Sobre a avaliação, o artigo 31 relata: Art. 31. Na educação infantil a avaliação far- se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Importam ressaltar também os Princípios (2010), tratados nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil que as propostas pedagógicas deverão respeitar no atendimento à criança de zero à cinco anos de idade: Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades. Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. Caro estudante! Conheça as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010) Disponível online pelo site do Ministério da Educação: portal.mec.gov.br Para refletir Com a vigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.3.94/1996, O que mudou? • A educação infantil passou a fazer parte da educação básica, constituindo-se como primeira etapa da mesma. • A creche compreende o atendimento a crianças de zero a três anos 38Fundamentos e Metodologia da Educação Infantil de idade. • A pré-escola compreende o atendimento a crianças de quatro a seis anos de idade. • A educação infantil compreende a faixa etária de zero a seis anos de idade. • Desde dezembro de 1996 existe uma legislação específica que regulamenta o atendimento às crianças de zero a seis anos de idade em instituições que não sejam a família. É a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. • Atendimento às crianças dessa faixa etária redimensiona o caráter de amparo e assistência para o desenvolvimento integral da criança em complementação à ação da família e da comunidade. • A formação mínima dos educadores frente ao desafio de integrar as funções de cuidar e educar. • A instituição do regime de colaboração entre as três esferas governamentais, integrando políticas públicas de educação, saúde e assistência social. • A exigência de formação mínima – ensino médio – modalidade normal, propondo como ideal a formação em nível superior para educadores de instituições de educação infantil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define que todas as instituições que atendem crianças de zero a seis anos de idade deverão integrar-se aos respectivos Sistemas de Ensino, constituindo-se na Primeira etapa da Educação Básica, denominada Educação Infantil. O Art. 18 da LDB define Sistema Municipal de Ensino como: I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público Municipal; II - as instituições de educação infantis criadas e mantidas pela iniciativa privada; III - os órgãos municipais de educação. O Art. 17 define Sistema Estadual de Ensino como: I - as instituições de ensino mantidas respectivamente pelo Poder Público Estadual e do Distrito Federal; II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público Municipal; III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada; IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal. A seguir, artigo escrito por Ana Beatriz Cerisara, que trata das reformas educacionais no Brasil, voltadas para a educação infantil! 2 - As Reformas Educacionais Brasileiras e a Educação Infantil As reformas educacionais brasileiras e a educação infantil Ana Beatriz Cerisara Atualmente, falar em educação infantil no Brasil implica fazer uma retrospectiva desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996. Isso porque foi a partir das deliberações encaminhadas nessas duas leis e das suas consequências para a área que os desafios e as perspectivas têm sido colocados. Para fazer uma análise das definições estabelecidas na LDB nº 9.394/96 com relação à educação infantil recorro a Saviani, que indica que esta deve ser analisada tanto do ponto de vista dos objetivos proclamados quanto dos objetivos reais, uma vez que os primeiros indicam as finalidades gerais e amplas e, os segundos, os alvos concretos das ações: Enquanto os objetivos proclamados se situam num plano ideal onde o consenso e a convergência de interesses é sempre possível, os objetivos reais situam-se num plano onde se defrontam interesses divergentes e por vezes antagônicos, determinando o curso da ação as forças que controlam o processo. (Saviani, 1997 p. 190) Isso porque o percurso que foi da gestação do projeto inicial até a aprovação final da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 significou sete anos de embates políticos entre diferentes concepções, sendo que a versão final da LDB revela plena sintonia com os princípios do projeto neoliberal de reformas do papel do Estado e do Poder Público. Vale destacar que a LDB foi construída tendo por base a Constituição de 1988 que reconheceu como direito da criança pequena o acesso à educação infantil em creches e pré-escolas. Essa lei colocou a criança no lugar de sujeito de direitos em vez de tratá-la, como ocorria nas leis anteriores a esta, como objeto de tutela. Nesta mesma direção, a LDB também pela primeira vez na história das legislações brasileiras proclamou a educação infantil como direito das crianças de 0 a 6 anos e dever do Estado. Ou seja, todas as famílias que optarem por partilhar com o Estado a educação e o cuidado de seus filhos deverão ser contempladas com vagas em creches e pré-escolas públicas. Outro objetivo proclamado é o de que estas instituições de educação infantil (creches e pré-escolas) deverão fazer parte da educação básica, junto com o ensino fundamental e o ensino médio, em vez de permanecerem ligadas às secretarias de assistência social. Na passagem das creches para as secretarias de educação dos municípios está articulada a compreensãode que as instituições de educação infantil têm por função educar e cuidar de forma indissociável e complementar das crianças de 0 a 6 anos. A crítica em relação às propostas de trabalho com as crianças pequenas, que se dicotomizavam entre educar e assistir, levou à busca da sua superação em direção a uma proposta menos discriminadora, que viesse atender às especificidades que o trabalho com crianças de 0 a 6 anos exige na atual conjuntura social de educar e cuidar, sem que houvesse uma hierarquização do trabalho a ser realizado, seja pela faixa etária (0 a 3 anos ou 3 a 6 anos), ou ainda pelo tempo de atendimento na instituição (parcial ou integral), seja pelo nome dado à instituição (creches ou pré-escolas). Essa compreensão da especificidade do caráter educativo das instituições de educação infantil não é natural, mas historicamente construída uma vez que ocorreu a partir de vários movimentos em torno da mulher, da criança e do adolescente por parte de diferentes segmentos da sociedade 39 civil organizada e dos educadores e pesquisadores da área em razão das grandes transformações sofridas pela sociedade em geral e pela família em especial, nos centros urbanos, com a entrada das mulheres no mercado de trabalho. Neste sentido, pode-se dizer que a versão final da LDB incorporou na forma de objetivo proclamado as discussões da área em torno da compreensão de que trazer essas instituições para a área da educação seria uma forma de avançar na busca de um trabalho com um caráter educativo-pedagógico adequado às especificidades das crianças de 0 a 6 anos, além de possibilitar que as profissionais que com elas trabalham viessem a ser professoras com direito a formação tanto inicial quanto em serviço e a valorização em termos de seleção, contratação, estatuto, piso salarial, benefícios, entre outros. Com relação às profissionais da educação infantil, a lei proclama ainda que todas deverão até o final da década da educação ter formação em nível superior, podendo ser aceita formação em nível médio, na modalidade normal. Ou seja, até o ano de 2007 todas as profissionais que atuam diretamente com crianças em creches e pré-escolas, sejam elas denominadas auxiliares de sala, pajens, auxiliares do desenvolvimento infantil, ou tenham qualquer outra denominação, passarão a ser consideradas professoras e deverão ter formação específica na área. É importante ressaltar o desafio que esta deliberação coloca, uma vez que muitas dessas profissionais não possuem sequer o ensino fundamental. Quanto ao locus dessa formação, a LDB define que esta se dará em cursos de licenciatura, de graduação plena em universidades e em institutos superiores de educação. Vale destacar que foi essa lei que criou a figura dos institutos superiores de educação e dos cursos normais Superiores. Se, por um lado, esta deliberação sobre a necessidade de formação específica em nível superior das professoras de educação infantil pode ser vista como um avanço na direção da profissionalização da área, por outro, a criação dos institutos superiores de educação revela que este avanço é relativo tal como veremos na continuidade deste texto. Diante desses objetivos proclamados, tanto em relação às instituições de educação infantil quanto à formação das professoras, todos contemplando o que tem sido produzido e proposto por pesquisadores brasileiros, algumas perguntas surgem: Como fazer para implantar todas essas medidas? A quem caberia a tarefa? De onde sairá o financiamento? Como será feito? Para responder a estas questões e melhor compreender todo o processo em discussão é preciso fazer um movimento dos objetivos proclamados aos objetivos reais presentes na LDB e nas regulamentações legais dela decorrentes. De acordo com Saviani, O ministério da educação, em lugar de formular para a área uma política global, enunciando claramente as suas diretrizes assim como as formas de sua implementação (...) preferiu esvaziar aquele projeto (de LDB) optando por um texto inócuo e genérico, uma LDB “minimalista” na expressão de Luiz Antonio Cunha (...). Certamente essa via foi escolhida para afastar as pressões das forças organizadas que atuavam junto ou sobre o Parlamento de modo a deixar o caminho livre para a apresentação e aprovação de reformas pontuais, tópicas, localizadas (...). (1997, p. 200) Nesse sentido, vou me deter na análise de algumas reformas pontuais formuladas pelo Governo Fernando Henrique Cardoso por intermédio do Conselho Nacional de Educação, na forma de portarias, pareceres, decretos e documentos com ênfase em dois aspectos: o financiamento para a educação infantil e a formação de suas professoras. Prezado (a) estudante, a obra completa de Cerisara (2002) encontra-se no artigo: CERISARA, Ana Beatriz. O Referencial curricular nacional para a educação infantil no contexto das reformas. Educ. Soc. 2002, vol. 23, no. 80, pp. 326-345. Site: www.scielo.br Chegamos ao final de mais uma aula. Embasamentos importantes para nossa prática pedagógica foram criados até aqui. Parabéns pela dedicação! Retomando a aula 1 – As Leis que Norteiam o Atendimento das Crianças no Brasil Atualmente são: • constituição brasileira de 1988 • estatuto da criança e do adolescente – eca (8.069/90) • lei sobre o sistema único de saúde – sus (8.080/90) • lei orgânica da assistência social – loas (8.742/93) • lei de diretrizes e bases da educação nacional – ldb (9.394/96) 2 – As Reformas Educacionais Brasileiras e a Educação Infantil Nesta aula foram abordados exatamente todos os avanços voltados a educação infantil de nosso país. Vale a pena Duelo de Titãs - Boaz Yakin, 2000. Vale a pena assistir 40Fundamentos e Metodologia da Educação Infantil Patch Adams - O Amor é Contagioso - Tom Shadyac, 1998. Minhas anotações