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09/09/22, 17:04 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/17
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Letícia Mazepa
09/09/22, 17:04 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/17
CONVERSA INICIAL
CONCEITOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Antes de realizar um planejamento dietoterápico, é preciso conhecer as necessidades
nutricionais individuais ou populacionais, especialmente em se tratando das deficiências e excessos.
A avaliação nutricional é o ponto de partida do atendimento do nutricionista. É preciso avaliar a
presença de excesso de gordura corporal, por exemplo, para prescrever um plano alimentar de
emagrecimento.
A avaliação nutricional é a coleta de diversas informações relevantes para a análise do estado
nutricional, desde a investigação do padrão alimentar até exames clínicos, bioquímicos,
antropométricos, os quais aprenderá ao longo da disciplina. Os dados obtidos na avaliação
nutricional geralmente são comparados com padrões de referência.
Ao longo desta aula, você vai conhecer alguns conceitos básicos relacionados à avaliação
nutricional, quais são os métodos disponíveis, como realizar a anamnese nutricional, o primeiro
contato do profissional com o paciente, e a forma de registro das informações no prontuário do
paciente.
TEMA 1 – CONCEITOS
O objetivo da avaliação nutricional é identificar indivíduos e coletividades em risco nutricional,
permitindo a elaboração de estratégias nutricionais e políticas públicas que objetivem a recuperação
ou manutenção da saúde e a garantia da segurança alimentar e nutricional.
Risco nutricional é a presença de fatores que possam indicar alteração do estado nutricional de
um indivíduo (Figura 1). A manutenção do estado nutricional adequado é imprescindível na
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preservação do sistema imunológico, e, consequentemente, na melhora do prognóstico de pacientes
hospitalizados, por exemplo. 
Figura 1 – Alteração severa na composição corporal com redução de peso, massa muscular e tecido
adiposo
Crédito: VGstockstudio/Shutterstock.
A assistência nutricional em hospitais é um fator determinante no processo de recuperação em
diversas situações, como na presença de determinadas patologias, em alterações metabólicas agudas
(como no caso de queimaduras), no processo de cicatrização e recuperação de traumas e cirurgias.
Um indivíduo com piora no estado nutricional tem maiores chances de aumentar o tempo de
hospitalização, prolongar o período de recuperação e está mais susceptível a infecções. Todos esses
fatores intensificam conforme aumenta o grau de desnutrição e, consequentemente, aumentam o
risco de morbimortalidade.
Com objetivo de estabelecer prioridades no suporte nutricional e garantir primeiramente o
atendimento dos pacientes mais debilitados e com maior risco nutricional, foram criados os níveis de
assistência nutricional (Quadro 1).
Quadro 1 – Níveis de assistência nutricional
Nível de assistência Características dos pacientes
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Primário não necessitam de dietoterapia específica
não apresentam risco nutricional
Secundário
necessitam de dietoterapia específica
ou apresentam risco nutricional
Terciário
necessitam de dietoterapia específica
e apresentam risco nutricional
Quanto mais precoce for a detecção do risco nutricional, mais rápida poderá ser realizada a
intervenção necessária, reduzindo os índices de complicações clínicas e morbimortalidade.
TEMA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL
Os métodos de avaliação nutricional são importantes não apenas no âmbito hospitalar, mas em
diversas outras áreas de atuação do nutricionista como ambulatórios na saúde pública, consultórios,
escolas, atendimento do praticante de atividade física e atletas em academias e clubes. No Quadro 2,
está descrita a classificação dos métodos de avaliação nutricional.
A avaliação nutricional é realizada, além do estabelecimento do diagnóstico nutricional, para o
acompanhamento da conduta dietoterápica aplicada, ou seja, na avaliação da efetividade do plano
alimentar.
Quadro 2 – Classificação dos métodos de avaliação nutricional
Métodos indiretos ou subjetivos Métodos diretos ou objetivos
Avaliação subjetiva global Antropometria
Triagem nutricional Composição corporal
Exame clínico Exames bioquímicos
Consumo alimentar* Consumo alimentar*
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*O consumo alimentar pode ser avaliado com a utilização de inquéritos que investigam a
qualidade ou a quantidade de alimentos e nutrientes ingeridos.
2.1 MÉTODOS INDIRETOS OU SUBJETIVOS
Os métodos indiretos ou subjetivos são de cunho qualitativo, portanto, ao utilizar apenas essas
ferramentas, não é possível analisar o grau do desequilíbrio nutricional em questão. Comparados aos
métodos diretos, eles têm menor custo, não são invasivos e, na maioria das vezes, são de mais rápida
aplicação.
2.1.1 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL
É um questionário de rápida aplicação e têm como objetivo a detecção precoce de risco
nutricional. É comumente utilizado em pacientes hospitalizados e inclui informações sobre mudanças
de peso corporal, alterações na ingestão alimentar, presença de sintomas gastrintestinais, capacidade
funcional do paciente e exame clínico (perda de gordura subcutânea, perda de massa muscular,
presença de edema ou ascite).
A cada informação respondida na avaliação, é atribuído um score e a soma deste permitirá a
classificação do avaliado em: nutrido, moderadamente desnutrido/em risco de desnutrição ou
desnutrido grave.
2.1.2 TRIAGEM NUTRICIONAL
Assim como a avaliação subjetiva global, é um método simples, não invasivo, de baixo custo e de
rápida realização, com objetivo de avaliar risco nutricional. Utilizado com frequência em pacientes
hospitalizados, a triagem permite definir prioridade de atendimento àqueles indivíduos mais
susceptíveis.
Diversos protocolos de triagem estão disponíveis na literatura e apresentam questões como
mudanças recentes do peso corporal, alterações na ingestão alimentar, presença de sintomas
gastrintestinais e gravidade da patologia atual. A soma da pontuação obtida em cada questão
respondida irá resultar em um score que determina presença ou ausência de risco nutricional, sem
classificar o risco em baixo, médio ou alto.
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2.1.3 EXAME CLÍNICO
Permite avaliar sinais e sintomas relacionados à desnutrição ou distúrbios nutricionais (déficit ou
excesso de nutrientes), como alterações no brilho e hidratação dos cabelos, alterações nas unhas,
presença de edema (Figura 2), presença de sintomas gastrintestinais, perda de massa muscular
(Figura 3), entre outros.
Figura 2 – Detecção de edema por meio do exame físico pelo sinal de cacifo
Crédito: Zay Nyi Nyi/Shutterstock.
Figura 3 – Perda de massa muscular e gordura corporal subcutânea em indivíduo desnutrido
Crédito: Nutlegal Photographer/Shutterstock.
2.1.4 CONSUMO ALIMENTAR – INQUÉRITOS QUALITATIVOS
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Os métodos qualitativos de avaliação do consumo alimentar permitem que o nutricionista
conheça o hábito alimentar do indivíduo ou de determinada população, com ênfase nos grupos
alimentares consumidos. Esses instrumentos não têm a preocupação de quantificar a ingestão
alimentar e comumente estão relacionados a investigações epidemiológicas.  
2.2 MÉTODOS DIRETOS OU OBJETIVOS
2.2.1 ANTROPOMETRIA
É a mensuração do tamanho corporal e suas proporções. Método simples, prático, não invasivo,
de baixo custo e com a utilização de equipamentos portáteis, de fácil transporte. As medidas mais
utilizadas são o peso corporal, comprimento ou estatura, circunferências/perímetros corporais e
dobras/pregas cutâneas (Figura 4).Figura 4 – Aferição da dobra cutânea do tríceps
Crédito: Microgen/Shutterstock.
2.2.2 AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
É a avaliação dos componentes corporais, como massa muscular, massa adiposa e água corporal.
É possível estimar a quantidade de gordura corporal de um indivíduo, fator relacionado ao risco de
desenvolvimento de diversas doenças. São utilizadas desde equações preditivas por meio da coleta
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de dados antropométricos (circunferências e dobras cutâneas), até equipamentos de maior acurácia e
maior custo, como é o caso da bioimpedância (Figura 5), ultrassom e exames de imagem.
Figura 5 – Equipamento de bioimpedância elétrica para avaliação da composição corporal
Crédito: v74/Shutterstock.
2.2.3 EXAMES BIOQUÍMICOS
Podem auxiliar na detecção precoce de alterações no estado nutricional, geralmente são exames
realizados por meio da coleta de amostra de sangue e/ou urina. Por ser um método invasivo e de
maior custo se comparado com os demais, muitas vezes a sua utilização é limitada. São alguns
exames que auxiliam na avaliação do estado nutricional: proteínas plasmáticas (albumina,
transferrina, proteína transportadora de retinol), creatinina, balanço nitrogenado, contagem total de
linfócitos.
2.2.4 CONSUMO ALIMENTAR – INQUÉRITOS QUANTITATIVOS
São métodos utilizados para avaliar, além da qualidade do hábito alimentar, a quantidade de
calorias e nutrientes consumidos. Essa avaliação permite a realização de ajustes do plano alimentar
segundo as necessidades calóricas individuais, além de macro e micronutrientes.
TEMA 3 – ESCOLHA DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
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Embora existam diversos métodos de avaliação nutricional, nem todos são utilizados em um
único atendimento ou serviço de saúde. No entanto, é importante destacar que o uso de um método
isolado na avaliação nutricional, seja de indivíduos ou coletividades, não reflete um diagnóstico
nutricional adequado. Para garantir melhor acurácia do diagnóstico, diversos indicadores devem ser
associados. A definição de quais métodos farão parte do protocolo de avalição é dependente de
alguns fatores, como:
Tipo de avaliação: individual ou coletiva
A utilização de alguns instrumentos não é aconselhável para avaliar populações/coletividades,
bem como outros não são adequados na avaliação de indivíduos. Imagine que, em poucos dias, você
irá avaliar o estado nutricional de 300 pessoas por meio de dados antropométricos. Possivelmente
não seja possível a coleta de todas as variáveis antropométricas. Dessa forma, você definirá dados
que sejam coletados de forma prática, rápida e que possam refletir os resultados esperados.
Disponibilidade de equipamentos
Exames bioquímicos, antropometria e avaliação da composição corporal requerem a utilização
de determinados protocolos e equipamentos para serem realizados. Diversos serviços de saúde não
têm estrutura que comporte essas avaliações, bem como recursos financeiros para tal.
Disponibilidade de recursos humanos
Da mesma forma como ocorre com o item anterior, muitos serviços de saúde não dispõem de
um quadro de profissionais suficiente para suprir a demanda de atendimentos. Nesses casos, é
indispensável a escolha de métodos de avaliação que sejam eficazes, mas que não tenham grande
complexidade de aplicação e não demandem muito tempo.
Objetivo da avaliação
Cada indivíduo ou população tem uma necessidade específica. Suponha que uma equipe de
nutricionistas precisa avaliar a prevalência de anemia ferropriva nas crianças pré-escolares de
determinada comunidade e associar às possíveis causas alimentares. Nesse caso, a aplicação de um
questionário de frequência alimentar e o levantamento de dados bioquímicos seriam relevantes, ao
passo que a análise da composição corporal não responderia ao propósito da avaliação.
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TEMA 4 – ANAMNESE NUTRICIONAL
A palavra anamnese tem origem grega: aná significa recordar e, mnesis quer dizer memória.
Trata-se de uma entrevista que investiga informações atuais e precedentes do entrevistado, como
dados pessoais, socio-econômico-culturais, histórico clínico, história familiar de saúde, queixa
principal, entre outros.
É um momento importante da avaliação do paciente em vista da riqueza de informações que a
anamnese contempla. Costuma ser o primeiro contato do nutricionista com o paciente, um momento
importante na criação do vínculo entre eles.
A estruturação da anamnese deve ser realizada conforme as características do entrevistado. Os
questionamentos relevantes para uma gestante, por exemplo, são diferentes daqueles
imprescindíveis no atendimento de idosos. A seguir estão descritas algumas informações essenciais
na composição de uma anamnese direcionada ao público adulto.
Dados socio-econômico-culturais: nome completo, sexo, data de nascimento, endereço,
procedência, naturalidade, escolaridade, profissão, estado civil, renda familiar, queixa principal.
Esses fatores podem ser correlacionados ao estado clínico atual do paciente, bem como serem
relevantes no planejamento alimentar. A renda familiar pode ser um fator determinante na definição
dos alimentos e suplementos que irão compor o planejamento nutricional do indivíduo.
Hábitos de vida: tabagismo, consumo de bebida alcóolica, prática de atividade física, tempo e
qualidade do sono, uso de medicamentos.
A presença de tabagismo e consumo de bebida alcóolica pode ter uma relação importante com
o processo de absorção de nutrientes e o risco de depleção de alguns deles. Distúrbios do sono
podem ter relação com alteração do padrão alimentar, bem como aumento do risco de sobrepeso e
obesidade. Conhecer o nível de atividade física auxilia na análise das necessidades nutricionais e o
uso de medicamentos pode levar a interações medicamento-alimento relevantes no plano alimentar.
História mórbida familiar: condição de saúde dos familiares (avós, pais, irmãos).
A presença de determinadas patologias na família pode representar risco por fator genético. Um
jovem com história familiar de pais e avós com diabetes tipo 2, por exemplo, merece atenção a um
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planejamento nutricional que reduza o risco do desenvolvimento da doença. Da mesma forma,
ocorre com história de doença renal, cardiopatias, câncer.
Histórico clínico: patologias, lesões, internações e cirurgias pregressas, diagnóstico atual.
Algumas informações pregressas são relevantes para o nutricionista por influenciarem no
planejamento nutricional atual. Um paciente que realizou uma colecistectomia recente, por exemplo,
terá particularidades no fracionamento da dieta, especialmente quanto ao conteúdo lipídico. O
diagnóstico de doenças e alterações metabólicas atuais também é relevante no embasamento da
intervenção nutricional, levando em consideração necessidades aumentadas ou até mesmo as
privações alimentares.
História nutricional: mudanças no peso corporal, ajustes no padrão alimentar, alergias e
intolerâncias alimentares, preferências, uso de suplementos.
Compreender a história do paciente com o alimento, a prática incessante de dietas de
emagrecimento, as mudanças recentes no consumo alimentar, a presença de alergias (como ao
glúten) e intolerâncias (como à lactose) são imprescindíveis na individualização da intervenção
nutricional. Adequar a inclusão de alimentos preferidos e evitar aqueles que o indivíduo rejeita
também é uma forma de melhorar a sua adesão ao plano alimentar.
O Quadro 3 contempla um exemplo da estruturação de uma anamnese para adultos.
Quadro 3 – Modelo de anamnese nutricional para adultos
Anamnese nutricional
Nome: Gênero: (  ) M   (  ) F Nascimento:    /     /      .
Nacionalidade: Naturalidade: Procedência:
Endereço completo:  
Escolaridade: (  ) fundamental (  ) médio () superior Profissão:
Estado civil: Renda familiar:
Queixa principal:  
Tempo de sono: Qualidade do sono:
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Atividade física: (  ) S  (  ) N Qual? Frequência:
Uso de medicamentos? (  ) S  (  ) N Qual(is)?
Álcool? (  ) S  (  ) N Quantidade:
Tabagismo? (  ) S  (  ) N Quantidade:
História familiar: (  ) diabetes   (  ) dislipidemias   (  ) cardiopatias   (  ) doenças renais
(  ) câncer   (  ) doenças tireoide   (  ) hipertensão   (  ) obesidade   (  ) outras
Internações recentes? (  ) S  (  ) N Motivo:
Cirurgias? (  ) S  (  ) N Motivo:
Doenças anteriores? (  ) S  (  ) N Qual(is)?
Alterações gastrintestinais? (  ) vômito  (  ) pirose  (  ) náuseas   (  ) distensão  (  ) dispepsia     
Dentição adequada? (  ) S  (  ) N Motivo:
Mastigação adequada? (  ) S  (  ) N Motivo:
Deglutição adequada? (  ) S  (  ) N Motivo:
Função intestinal: (  ) constipação  (  ) diarreia  (  ) flatulência  (  ) outros:
Peso atual: Peso habitual
Perda de peso recente? (  ) S  (  ) N Quantos kg? Tempo?
Número de refeições por dia:
Quem prepara as refeições? Local das refeições?
Quem realiza as compras de alimentos?
Quantidade de água consumida por dia?
Intolerâncias ou alergias alimentares?
Mitos ou tabus alimentares (costumes culturais/religiosos)
Preferências alimentares?
Aversões alimentares?
Alterações no apetite? (  ) S  (  ) N Motivo:
Faz uso de suplementos? (  ) S  (  ) N Qual(is)?
Prática de dietas anteriores? (  ) S  (  ) N Qual(is)?
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Motivo das dietas:    
Fatores positivos das dietas realizadas
Fatores negativos das dietas realizadas
Outras informações relevantes:
 
 
TEMA 5 – REGISTROS EM PRONTUÁRIO
O prontuário é um documento importante para o registro das informações inerentes aos
cuidados com o paciente. Cada profissional envolvido no atendimento realiza as suas anotações,
disponibilizando os dados para conhecimento de toda a equipe.
Uma vez que o prontuário (Figura 5) é uma forma de comunicação escrita disponibilizada para
diversos profissionais e, também, é caracterizado como um documento legal, a escrita deve ser clara,
completa e padronizada. A descrição de informações deve ser realizada entre aspas quando da
transcrição exata do que o paciente relatou (exemplo: “tenho sentido fraqueza nos últimos dias”), e o
uso de pronomes pessoais não são aconselháveis (ex.: “eu penso que o consumo alimentar...”). Em
caso de prontuário impresso, o profissional deve carimbar e assinar o documento.
Figura 5 – Registro das informações do atendimento em prontuário
Crédito: XiXinXing/Shutterstock.
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Uma das formas de padronizar o registro do nutricionista no prontuário do paciente é pelo
método PEI, em que P se refere ao problema, E é etiologia e I são os indicadores. O registro também
deve conter os dados de intervenção nutricional, que poderão ser incluídos logo em seguida do PEI.
Informações sobre:
Tipo da dieta: hipo, normo ou hipercalórica, hipo, normo ou hiperglicídica, hipo, normo ou
hiperclipídica, hipo, normo ou hiperproteica, consistência líquida, pastosa, branda, normal,
hipossódica, isenta de glúten ou lactose.
Via de administração: oral, enteral ou parenteral.
Ajustes realizados: aumento ou redução de calorias ou de determinados nutrientes,
adequações de consistência.
Suplementação: inclusão de módulos de nutrientes (lipídios, proteínas), vitaminas, minerais,
compostos bioativos.
Outro método de padronização de prontuários é o chamado SOAP, em que: S são os dados
subjetivos, O são os dados objetivos, A é a avaliação realizada e P é a prescrição. O Quadro 4
descreve alguns exemplos de informações que compõe cada uma das categorias.
Quadro 4 – Informações para o preenchimento do prontuário do paciente no formato SOAP
  Informações Exemplos
S
(subjetivo)
Relatos do paciente
Paciente relata disfagia nos últimos 15 dias e percepção de perda de peso; relata peso
usual de 68 kg; relata distensão abdominal e diarreia após consumo de laticínios.
O
(objetivo)
Dados
numéricos/objetivos
da avaliação do
indivíduo
Peso atual, comprimento/estatura, circunferências corporais, Índice de Massa Corporal
(IMC), dobras cutâneas, resultado dos exames bioquímicos, percentual de gordura
corporal e de massa magra, Gasto Energético Basal (GEB), Valor Energético Total (VET),
cálculo do consumo alimentar atual
A
(avaliação)
Interpretação da
avaliação
antropométrica,
bioquímica, clínica e
dietética
Classificação do IMC (magreza, eutrofia, sobrepeso, obesidade), classificação da
Circunferência Muscular do Braço (magreza, eutrofia, sobrepeso, obesidade);
interpretação dos dados bioquímicos (hipoalbuminemia, glicemia em jejum alta,
hipercolesterolemia), perda de massa muscular em tórax e quadríceps, unhas fracas e
quebradiças, edema em membro inferior; consumo alimentar abaixo do VET, baixo
consumo de ferro e vitamina C
P É o detalhamento da Prescrita dieta hipercalórica (VET 2.500 kcal/dia), normoglicídica, normolipídica e
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(prescrição) prescrição
nutricional, incluindo
dados da dieta, da
suplementação e das
orientações
realizadas
hiperproteica (1,5 g/kg de peso corporal). Suplementação de ômega 3 (1.000 mg/dia)
e orientado a aumentar consumo de água para 2 litros/dia.
NA PRÁTICA
Avalie o breve estudo de caso a seguir e transcreva os dados no prontuário do paciente segundo
o método PEI.
V.R.E., 58 anos, masculino, deu entrada no hospital com queixa de dores epigástricas frequentes,
náusea e falta de apetite. Relatou redução do consumo alimentar em torno de 50% nos últimos 30
dias. Peso usual: 68 kg; estatura: 1,65 m; peso atual: 59 kg. Ao exame físico, sinais de perda de massa
muscular temporal bilateral, abdômen escavado, cabelos fracos e quebradiços. Prescrição nutricional:
dieta via oral, consistência normal, normocalórica, normoglicídica, normolipídica e hiperproteica.
Diagnóstico médico a definir.
Paciente: V.R.E Sexo: maculino
Data de nascimento: xx/xx/xxxx Idade: 58 anos 
Data de admissão: xx/xx/xxxx
P (problema): perda de peso involuntária.
E (etiologia): dor epigástrica, náusea e falta de apetite.
I (indicadores): redução em 50% do consumo alimentar e perda de 9 kg, nos últimos 30 dias,
segundo relato do paciente.
Conduta nutricional: dieta via oral, consistência normal, normocalórica, normoglicídica,
normolipídica e hiperproteica.
FINALIZANDO
O estado nutricional adequado ocorre quando há equilíbrio entre a ingestão e a necessidade de
calorias e nutrientes. Portanto, a realização da avaliação nutricional é o ponto de partida do trabalho
do nutricionista, uma vez que é nessa etapa que serão coletados dados necessários para a realização
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do diagnóstico do estado nutricional e, consequentemente, serão definidas as necessidades
individuais. Quanto melhor for a avaliação nutricional, mais adequada será a prescrição dietética.
A anamnese é, no geral, o primeiro contato do nutricionista com o paciente. Esse questionário,
se bem estruturado, é capaz de levantar diversas informações relevantes para o diagnóstico e
tratamento nutricional. Cada público requer direcionamentos diferentes, para obtenção de dados
específicos.
Ao realizar o atendimento, o nutricionista precisa registrar as informações coletadas e
desenvolvidas em um prontuário. Em serviços de saúde, esse documento fica disponível para acesso
de toda a equipe envolvida nos cuidados do paciente. Padronizar a forma de registro facilita a
organização e o rápido entendimento das informações que constam nesse documento.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Nutrição; Fidelix MSP, organizadores. Manual Orientativo:
sistematização do cuidado de nutrição. São Paulo: Asbran, 2014.
MAHAN,L. K.; RAYMOND, J. L. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14. ed. São Paulo: Elsevier,
2018.
MUSSOI, T. D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
ROSSI, L.; CARUSO, L.; GALANTE, A. P. Avaliação nutricional: novas perspectivas. 2. ed. Rio de
janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
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