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Prévia do material em texto

Conteudista: Prof.ª M.ª Thaís Brienza
Revisão Textual: Prof.ª M.ª Sandra Regina Fonseca Moreira
Objetivo da Unidade:
Conhecer a estrutura e função dos ácidos nucleicos, assim como o processo de
replicação do DNA.
📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
Ácidos Nucleicos: Estrutura e Função
Nucleotídeos e Ácidos Nucleicos
Os ácidos nucleicos, encontrados no núcleo das células, são estruturas que carregam a
informação genética de uma geração para outra. Nesta Unidade, você terá informações e noções
básicas do que é um nucleotídeo, a unidade básica formadora dos ácidos nucleicos. Além disso,
você também saberá reconhecer a estrutura básica dos ácidos nucleicos: ácido
desoxirribonucleico e ácido ribonucleico, que são consideradas moléculas-chave para a
propagação da informação genética.
Os nucleotídeos são os monômeros com ações mais diversas no organismo humano;
primeiramente, são constituintes básicos de dois polímeros importantes, o Ácido
dasdadsDesoxirribonucleico (DNA) e o Ácido Ribonucleico (RNA), responsáveis pela
transmissão e expressão, respectivamente, da informação genética. A informação genética é
responsável pelas características físicas do indivíduo, assim como pela regulação do
metabolismo e de todas as funções celulares. Além disso, os nucleotídeos estão envolvidos em
reações de óxido-redução, transferência de energia e desempenham funções estruturais,
catalíticas e de sinalização intracelular (ALBERTS et al., 2006; VOET, 2014). Assim, nesta
Unidade estudaremos a estrutura química dos nucleotídeos, as suas funções e os seus polímeros
DNA e RNA.
Nucleotídeos
Os nucleotídeos são constituídos quimicamente por uma pentose, um açúcar, formado por cinco
carbonos, ligado a uma base nitrogenada – anéis carbônicos contendo nitrogênio – e a um ou
mais grupos fosfato, que se ligam como mostra a Figura 1. 
1 / 3
📄 Material Teórico
Em relação ao tipo de açúcar, existem dois tipos de nucleotídeos: os ribonucleotídeos, que
possuem uma ribose; e os desoxirribonucleotídeos, que possuem uma desoxirribose.
Figura 1 – Estrutura básica de um nucleotídeo
Fonte: Reprodução
#ParaTodosVerem: ilustração da estrutura básica de um nucleotídeo. Sobre
fundo branco. A esquerda, um círculo azul claro representando o grupo fosfato,
ligado, ao centro, com um pentágono lilás, representando o grupo pentose. A
direita, ligado à pentose, um retângulo verde, representando a base nitrogenada.
Em cima da pentose e da base nitrogenada, um colchete escrito “Nucleosídeo”.
Abaixo de toda a estrutura, escrito “Nucleotídeo”. Fim da descrição.
Importante!
Denomina-se nucleosídeo a molécula de nucleotídeo sem o
Funções
Os nucleotídeos exercem funções diferentes em diferentes contextos:
Composição e Estrutura dos Nucleotídeos
Conforme já mencionado, os nucleotídeos são moléculas formadas por um grupamento fosfato,
uma base nitrogenada e um açúcar.
As bases nitrogenadas apresentam um átomo de nitrogênio na sua composição molecular, o que
determina à molécula um caráter básico. As bases que formam os nucleotídeos são derivadas de
grupamento fosfato.
Unidades monoméricas dos ácidos nucleicos: os nucleotídeos formam estruturas
chamadas ácidos nucleicos, ou seja, DNA e RNA, os quais estão envolvidos no
armazenamento e na expressão dos genes;
Metabolismo energético: os nucleotídeos podem atuar como fonte de energia
química para as células humanas, no formato de ATP – adenosina trifosfato. Essa
molécula é a metabolização final da glicose, um monômero importante da classe
dos carboidratos. A formação e o consumo de ATP pelas células são importantes
pontos de regulação das vias metabólicas celulares;
Segundos mensageiros: alguns nucleotídeos, como o AMPc – adenosina
monofosfato cíclico, podem atuar como mensageiros durante uma sinalização
intracelular, a qual é responsável pela transmissão de sinais do meio extracelular
para o meio intracelular, ou seja, informação de fora para dentro da célula;
Componentes de cofatores: a adenosina faz parte da estrutura da coenzima A, que
atua em diversas reações enzimáticas no interior das células.
dois compostos importantes: as purinas e as pirimidinas.
As purinas são compostas por dois anéis nitrogenados e são representantes a Adenina (A) e a
Guanina (G); enquanto as pirimidinas são compostas por um anel nitrogenado e são
representantes a Citosina (C), a Uracila (U) e a Timina (T), como demonstrado na figura 2 e
Tabela 1 (ALBERTS et al., 2006; VOET, 2014).
Figura 2 – Estrutura Molecular das Bases Nitrogenadas
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: ilustração da estrutura molecular das bases nitrogenadas
purinas e pirimidinas. Sobre fundo amarelo. No canto superior esquerdo,
representação em azul da molécula das purinas. Seta para a direita.
Representação da molécula adenina (A), seguida da representação da molécula
da guanina (G). No canto inferior esquerdo, representação em vermelho da
molécula das pirimidinas. Seta para a direita. Representação da molécula da
citosina (C), seguida da molécula da timina (T), seguida da molécula da uracila
(U). Fim da descrição.
A maior parte dos nucleotídeos estão presente nas células na forma de polímeros, DNA ou RNA,
porém, outras moléculas desempenham papel importante, como já mencionado, o ATP –
adenosina trifosfato (Figura 3), que contém adenina, uma ribose e um grupo trifosfato. O ATP é
um transmissor de energia por meio da transferência de um ou dois grupos fosfato para outra
molécula.
Figura 3 – Estrutura química do ATP
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: ilustração da estrutura química do ATP. Sobre fundo branco.
A esquerda da molécula, grupo trifosfato, ligado à pentose no centro, ligado à
base nitrogenada adenina, com seus dois anéis nitrogenados. Fim da descrição.
Tabela 1 – Nomenclatura dos nucleotídeos e ácidos nucleicos
Base Nucleosídeo Nucleotídeo
Ácido
nucleico
Purinas
Adenina
Adenosina
Desoxiadenonina
Adenilato
Desoxiadenilato
RNA
DNA
Guanina
Guanosina
Desoxiguanosina
Guanilato
Desoxiguanilato
RNA
DNA
Base Nucleosídeo Nucleotídeo
Ácido
nucleico
Pirimidinas
Citosina
Citidina
Desoxicitidina
Citidilato
Desoxicitidilato
RNA
DNA
Timina
Timidina
Desoxitimidina
Timidilato
Desoxitimidilato
DNA
Uracila Uridina Uridinilato RNA
Fonte: Adaptada de BELLÉ, 2014
Ácidos Nucleicos
Os ácidos nucleicos são macromoléculas, ou seja, formadas pela união de nucleotídeos. Eles
foram descobertos em 1868, quando um médico suíço isolou um composto a partir dos núcleos
de células brancas do sangue. Esse composto não poderia ser classificado como uma proteína,
ou um lipídeo, nem mesmo um carboidrato. Era um novo tipo de molécula biológica. Hoje, a
descoberta é conhecida como ácido nucleico, pois foi isolada a partir dos núcleos de células.
As cadeias lineares de uma molécula de DNA e RNA diferem entre si pelo tipo de base
nitrogenada e o tipo de açúcar. Como visto na Tabela 1, o DNA é composto pelas bases
nitrogenadas adenina, guanina, citosina e timina. O DNA é um polímero formado pela união de
nucleotídeos que possuem o açúcar desoxirribose, enquanto que o RNA apresenta o açúcar
ribose e as bases nitrogenadas adenina, guanina, citosina e uracila.
Para a formação da molécula de DNA ou de RNA, os nucleotídeos são ligados por pontes de
fosfato ou ligações fosfodiéster entre os açúcares, nas posições 3´ e 5´. A unidade terminal cujo
carbono 5´ (C5´) está livre é denominada extremidade 5´ (linha), enquanto a unidade terminal
cujo carbono 3´ (C3´) está livre é chamada de extremidade 3´ (linha). (ALBERTS et al., 2006;
VOET; VOET; PRATT, 2014).
A estrutura de uma fita simples de ácido nucleico, por convenção, deve ser escrita com a
extremidade 5´ à esquerda e a extremidade 3´ à direita, ou seja, na direção 5´ → 3´.
Dependendo do número de nucleotídeos, os ácidos nucleicos podem ser denominados
oligonucleotídeos, com 50 ou menos nucleotídeos, ou polinucleotídeos, quando apresentam
mais de 50 nucleotídeos.Ácido Desoxirribonucleico (DNA)
O DNA é formado por duas cadeias polinucleotídicas, conhecidas como cadeias de DNA ou fitas
de DNA, encontrando-se no núcleo celular e apresentando as seguintes características
(ALBERTS et al., 2006; VOET; VOET; PRATT, 2014):
As duas cadeias estão em dupla-hélice, ou seja, uma molécula helicoidal (Figura 4);
As duas cadeias são antiparalelas, ou seja, estão em direções opostas – uma segue a
direção 5´– 3´e a outra 3´– 5´;
As bases nitrogenadas estão no centro da hélice e se ligam por pontes de hidrogênio
(Figura 4), segundo o pareamento de bases complementares, que se trata do fato de
que as bases não pareiam ao acaso – a Adenina (A) pareia com a Timina (T) por
duas pontes de hidrogênio, enquanto a Citosina (C) pareia com a Guanina (G) por
três pontes de hidrogênio; este pareamento é denominado pares de bases;
As duas fitas são sempre complementares, e uma das fitas serve como molde para a
formação da outra durante a replicação do DNA, importante mecanismo para
propagação da informação gênica, conforme veremos adiante.
Figura 4 – Estrutura Fita simples do RNA e dupla fita do
DNA
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: ilustração da estrutura fita simples do RNA e dupla fita do
DNA. Sobre fundo amarelo. A esquerda, encontram-se as quatro bases
nitrogenadas do RNA: citosina em azul, guanina em verde, adenina em amarelo
e uracila em laranja. Em seguida, a fita simples de RNA representado em cinza,
com as bases nitrogenadas nas cores citadas. Do lado, a fita dupla do DNA,
representado em preto e as bases nitrogenadas representadas nas cores azul –
citosina, verde – guanina, amarelo – adenina e em vermelho, timina. Bases
nitrogenadas do DNA. Fim da descrição.
A função do DNA é essencialmente armazenar as informações genéticas. Essa molécula contém
todas as instruções que uma célula precisa para se manter funcionalmente ativa. As instruções
são encontradas dentro de genes. O DNA humano é uma molécula considerada grande, com
aproximadamente três bilhões de pares de bases; encontra-se no núcleo celular e tem a função
de carregar e transmitir as informações genéticas, estas que são sequências de nucleotídeos
com informação para gerar proteínas denominadas genes.
Vídeo
Estrutura Celular – Organelas (Animação)     
Que tal assistir a um vídeo para relembrar as estruturas de uma célula?
Estrutura Celular - Organelas (Animação)Estrutura Celular - Organelas (Animação)
https://www.youtube.com/watch?v=tBn0MQa7A6Q
As informações genéticas são transmitidas de uma geração para outra por meio do processo de
replicação do DNA – que veremos mais adiante. Ao conjunto de genes de um indivíduo
denominamos genoma. Ademais, por meio dos processos de transcrição e tradução, os genes
indicam a sequência de aminoácidos de uma proteína (VOET; VOET; PRATT, 2014).
O DNA humano está compactado e condensado na forma de cromossomos, porém, em
diferentes graus de condensação, dependendo da fase do ciclo celular. Cada cromossomo é
formado por DNA e histonas, complexo que denominamos cromatina; observamos a
condensação máxima da cromatina na metáfase (Figura 5) (ALBERTS et al., 2006; VOET; VOET;
PRATT, 2014).
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Leitura
Mitose e Meiose
Considerando que metáfase é uma das fases da mitose, processo de
divisão celular no qual uma célula-mãe gera duas células-filhas, que
tal você ler um pouco sobre esse processo em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/mitose-meiose.htm
Figura 5 – Diferentes níveis de condensação do DNA,
sendo:
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
A) Cadeia de DNA em dupla hélice; B) Filamento de
cromatina (DNA com histonas); C) Cromatina condensada
na forma de cromossomos; e D) Condensação máxima da
cromatina (cromossomos de metáfase)
#ParaTodosVerem: ilustração dos diferentes níveis de condensação do DNA.
Sobre fundo branco. A esquerda, imagem A representa a cadeia de DNA em dupla
hélice. A imagem B, ao centro, representa o filamento de cromatina, DNA com
proteínas histonas. A imagem C, ao centro, representa a cromatina condensada
na forma de cromossomos. À direita, imagem D, representando a condensação
máxima da cromatina, cromossomo em metáfase. Fim da descrição.
Leitura
Histonas 
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Nos seres humanos, encontramos 46 cromossomos, ou 23 pares, numerados de 1 a 22 e
classificados como cromossomos autossomos, que carregam informações ao desenvolvimento
e funcionamento de órgãos somáticos e que não estão ligados ao sexo; e um par identificado
pelas letras X e Y, classificado como cromossomos sexuais, com a função de definir o sexo do
indivíduo, de modo que as mulheres apresentam o par de cromossomos XX e os homens, o par
XY (Figura 6) (ALBERTS et al., 2006).
Amplie seus conhecimentos: O DNA é considerado uma
macromolécula. Para que ele se ajuste no interior do núcleo da célula, é
necessário que se associe a uma família de proteínas, chamadas
histonas, para que essa macromolécula fique condensada. As histonas
são proteínas básicas, e suas cargas positivas lhes permitem se
associar ao DNA, que está carregado negativamente. O DNA enrola-se
nas histonas, condensando-o. Para mais informações sobre o tema,
acesse o site a seguir.
Glossário 
Órgãos somáticos: são órgãos comuns entre os sexos, por exemplo,
https://www.infoescola.com/genetica/histonas/
Figura 6 – Distribuição dos cromossomos autossomos e
sexuais, 1 a 22 cromossomos autossomos
Fonte: Adaptada de Getty Images
Sendo: A) cromossomos XY característicos do sexo
masculino; e B) cromossomos XX característicos do sexo
feminino 
#ParaTodosVerem: ilustração da distribuição dos cromossomos autossomos e
sexuais. Sobre fundo branco. Dois quadros: quadro A à esquerda, demonstra os
22 cromossomos autossomos, de 1 a 22 e os cromossomos XY característicos
do sexo masculino. Quadro B à direita, demonstra os 22 cromossomos
autossomos, de 1 a 22 e os cromossomos XX característicos do sexo feminino.
Fim da descrição.
baço, fígado, pulmão.
Ácido Ribonucleico (RNA)
O RNA é o segundo ácido nucleico mais importante encontrado no núcleo e no citoplasma das
células. Ele é um ribonucleotídeo formado pela união de sequências repetidas de nucleotídeos,
em uma fita simples. O que difere o RNA do DNA é que o RNA apresenta uma ribose em vez da
desoxirribose e há uma substituição da timina (T) pela uracila (U). Pode parear com fitas
complementares de RNA ou DNA, onde a uracila pareia com a Adenina (A) e a Guanina (G) pareia
com a Citosina (C). Ao contrário do DNA, o RNA por ser geralmente uma cadeia simples e, pela
presença da ribose, é considerado uma molécula mais instável e mais susceptível a processos de
degradação. (ALBERTS et al., 2006; VOET; VOET; PRATT, 2014).
A principal função do RNA é levar a informação contida no DNA para promoção da síntese de
proteínas específicas pelas estruturas chamadas de ribossomos. A tradução é o processo que
transforma o RNA em proteínas.
Ademais, podemos dividir o RNA em dois grupos (ALBERTS et al., 2006):
RNA mensageiro (RNAm): resultante da transcrição do DNA, atua como
transportador da informação genética do núcleo da célula para o ribossomo, local da
síntese proteica; RNA com a informação para a construção de uma proteína
específica; corresponde a 5% do total de RNA da célula. Em geral, o aumento do
RNAm está relacionado com o aumento de síntese de proteínas dentro da célula;
RNA funcional: com atribuições biológicas, a saber: RNA transportador (RNAt) é um
tipo de molécula de RNA que ajuda a decodificar o RNAm na sequência de uma
proteína; responsável pelo transporte de aminoácidos que serão incorporados na
proteína, do citoplasma ao ribossomo; RNA ribossomal (RNAr), é sintetizado no
nucléolo e, após sua síntese, se liga às proteínas específicas sintetizadas
previamente no citoplasma, dando origem às ribonucleoproteínas. Estas entram na
constituição dos ribossomos, organelas responsáveis pela síntese das proteínas;corresponde a cerca de 80% do total de RNAs da célula. Pequenos RNA nucleares
(snRNA), envolvidos no processamento – splincing – do RNAm e microRNA e RNA
de interferência (siRNA) com papel importante na regulação gênica.
Replicação do DNA
Até esse momento, aprendemos que o DNA é o responsável pelo armazenamento do código
genético, e o RNA é responsável pela codificação do DNA para a síntese de proteínas.
Figura 7 – Fluxo da propagação genética e síntese proteica
Fonte: Adaptada de BELLÉ, 2014
#ParaTodosVerem: ilustração do fluxo da propagação genética e síntese
proteica. Sobre fundo branco. A esquerda, escrito Replicação, seta para direita,
escrito DNA; seta para direita, escrito transcrição, RNA. Última seta, tradução,
proteína a direita. Fim da descrição.
A duplicação do DNA, processo conhecido como replicação do DNA, garante a transmissão das
informações genéticas de geração a geração e a cópia do genoma a cada divisão celular com uma
precisão extraordinária. Esse processo ocorre no núcleo celular e é realizado por um grupo de
proteínas que formam a máquina de replicação (ALBERTS et al., 2006).
A replicação do DNA é o processo que ocorre para produzir duas moléculas de DNA idênticas,
porque sempre que uma célula se divide, as duas novas células-filhas devem conter a mesma
informação genética da célula-mãe.
A principal característica deste processo que garante a hereditariedade – informações passadas
de geração a geração – é que se trata de um padrão semiconservativo, isto porque cada fita do
DNA atua como molde para a construção das novas fitas e, ao final do processo, a molécula de
DNA gerada é composta por uma fita antiga e uma fita nova (Figura 8) (ALBERTS et al., 2006).
Figura 8 – Processo de replicação do DNA, demonstrando o
modelo semiconservativo
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: ilustração do processo de replicação do DNA, modelo
semiconservativo. Sobre fundo branco. De cima para baixo, dupla fita
representando DNA com suas bases nitrogenadas no centro da dupla fita. No
centro da imagem, a dupla fita se abre, demonstrando a formação das fitas
novas a partir das fitas molde. Fim da descrição.
Como podemos ver na Figura 8, cada cadeia de DNA serve como um modelo para a duplicação.
Para o processo de replicação acontecer, é necessária a separação das fitas que formam o DNA;
ao local onde ocorre a abertura inicial chamamos de origem de replicação, são regiões
caracterizadas por uma sequência específica de nucleotídeos e que atraem as proteínas
envolvidas no processo de replicação. No genoma humano existem, aproximadamente, 10.000
origens de replicação, permitindo que esse processo seja bem rápido (ALBERTS et al., 2006).
Quando a proteína iniciadora se liga ao DNA na origem de replicação e provoca a abertura da fita,
um conjunto de proteínas, denominado máquina de replicação, é atraído para essa região, cada
qual desempenhando um papel específico. A região do DNA onde ocorre a replicação é chamada
de forquilha de replicação.
A replicação é um processo bidirecional, pois duas forquilhas de replicação são formadas a partir
das origens desse processo. No centro da máquina de replicação está o DNA polimerase, enzima
responsável pela criação das novas fitas de DNA, utilizando a fita antiga como molde. Essa
enzima possui uma característica importante: adiciona nucleotídeos sempre na extremidade 3´,
comprometendo a criação da fita 3´– 5´.
A partir da fita molde 3´– 5´ será construída uma nova fita na direção 5´-3´, ou seja, os
nucleotídeos sempre serão adicionados na extremidade 3´, o que não é nenhum problema ao
DNA polimerase, porém, com a fita molde 5´– 3´ a nova fita terá a direção 3´– 5´; assim, os novos
nucleotídeos deveriam ser adicionados à extremidade 5´, processo que o DNA polimerase não
consegue executar. Para resolver isto, a enzima faz um processo de “costurar para trás”.
A fita 3´– 5´ é construída em pequenos fragmentos, denominados fragmentos de Okazaki, pois o
DNA polimerase polimeriza – une – os nucleotídeos na direção 5´– 3´, ou seja, polimerizando-
os para trás, não seguindo a direção da fita. Por esse motivo, a fita 5´– 3´ é construída
continuamente, sendo chamada de fita líder, enquanto a fita 3´– 5´ é construída em fragmentos,
de forma descontinuada, sendo chamada de fita retardada ou descontínua (Figura 9) (ALBERTS
et al., 2006).  
O DNA polimerase não consegue iniciar uma fita totalmente nova, necessitando de um
nucleotídeo pareado para principiar a polimerização. Assim, para auxiliar nesse processo, a
enzima primase sintetiza uma pequena molécula de RNA, denominada iniciador ou primer, que
pareia com a fita molde na origem de replicação. Na fita líder, apenas um primer é necessário;
porém, na fita retardada, novos primers são requisitados sempre que um novo segmento for
produzido (Figura 9) (ALBERTS et al., 2006).
Figura 9 – Esquema da construção das fitas líder e
retardada (fragmentos de Okazaki) no processo de
replicação e presença dos primers
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: ilustração da construção das fitas líder e retardada
(descontinuada), com fragmentos de Okazaki, no processo de replicação do
DNA e presença dos primers. Sobre fundo branco. Imagem da dupla fita de DNA
molde para a replicação. Da esquerda para direita, dupla fita aberta, destacada.
Fita molde superior junto da fita líder. Fita molde inferior, no sentido contrário,
com o primer RNA e os fragmentos de Okazaki na fita retardada. Fim da
descrição.
Além do DNA polimerase e da primase, outras proteínas são essenciais para que a replicação
aconteça de forma eficiente, vejamos:
Helicase: promove a abertura da dupla hélice ao longo da fita de DNA ao romper as
pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas, expondo o DNA molde ao DNA
polimerase;
Proteína de ligação à fita simples: impede a reformação de pares de bases na fita
aberta pela helicase;
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Grampo deslizante: mantém o DNA polimerase ligado à fita de DNA molde;
Ligase: retira os primers, substituindo por nucleotídeos de DNA e faz a ligação entre
esses e os fragmentos de Okazaki;
Toposoimerase: alivia a força de tensão fora das forquilhas de replicação.
Leitura
Replicação do DNA 
Que tal você ler um pouco mais a respeito da replicação do DNA nesse
artigo?
https://www.biologianet.com/genetica/replicacao-do-dna.htm#:~:text=Essa%20fita%20%C3%A9%20denominada%20de%20fita%20retardada%20ou%20fita%20descont%C3%ADnua,uma%20fita%20%C3%BAnica%20de%20DNA
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
  Vídeos  
Animação Sobre a Replicação do DNA 
2 / 3
📄 Material Complementar
Animação sobre a Replicação do DNAAnimação sobre a Replicação do DNA
https://www.youtube.com/watch?v=T3RK7w0nfOc
From ADN to Protein – 3D     
Mitose (Divisão Celular) 
From DNA to protein - 3DFrom DNA to protein - 3D
https://www.youtube.com/watch?v=gG7uCskUOrA
Mitose Animação 
Mitose (Divisão Celular)Mitose (Divisão Celular)
Mitose animaçãoMitose animação
https://www.youtube.com/watch?v=EvEP0Qqse64
https://www.youtube.com/watch?v=jNo1gCqObXk
Replicação do DNA 
  Leitura  
Os Ácidos Nucleicos: DNA e RNA 
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Cromossomos 
Clique no botão para conferir o conteúdo.
Replicação do DNA - Brasil EscolaReplicação do DNA - Brasil Escola
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/AcNucleico2.php
https://www.youtube.com/watch?v=Q_Jp5Vu6joU
ACESSE
https://www.infoescola.com/biologia/cromossomos
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. 2. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2006.
BELLÉ, L. P.; SANDRI, S. Bioquímica Aplicada: reconhecimento e caracterização de biomoléculas.
São Paulo: Editora Saraiva, 2014. (e-book) 
TYMOCZKO, J. L.; BERG, J. M.; STRYER, L. Bioquímica fundamental. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
VOET, D.; VOET, J. G.; PRATT, W. Fundamentos de Bioquímica: a vida em nível molecular. Porto
Alegre:Artmed, 2014.
3 / 3
📄 Referências

Mais conteúdos dessa disciplina