Ação de Indenização

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DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO DE 
SAMAMBAIA- DF 
Griselda da Silva Pereira, brasileira, solteira, professora, portadora do RG nº 2388714 e 
CPF nº 27200017157, Telefone: (xxxxxxx-xx) detentora do endereço 
eletrônico griseldapereira@gmail.com, residente e domiciliada QR 402, CONJUNTO 07 
CASA 20, na cidade de SAMAMBAIA SUL – DF , CEP: 72310000, vêm, perante Vossa 
Excelência, com o devido respeito e vênia, embasando-se nos arts. 186, 187 e 927 do Código 
Civil, bem como no art. 5º, X, CRFB/88 apresentar; 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS 
em face de Tereza Cristina Buarque Ciqueira de Velmont, brasileira, com endereço: 
Quadra 12 conjunto 01 casa 45, na cidade de Recanto das Emas - DF, CEP: 71572000, 
Demais dados desconhecidos e Paulo Buarque Siqueira, brasileiro, com os demais dados 
desconhecidos pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
I. DA JUSTIÇA GRATUITA (art. 98, CPC/15) 
A Requerente faz jus à concessão da gratuidade de Justiça, haja vista não possuírem 
rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em 
detrimento de seu sustento e de sua família. 
Destaca o dever estatal de prestar assistência gratuita a Constituição Federal do Brasil, em 
seu artigo 5º LXXIV, in verbis: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
[…] 
XXIV – O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos; 
https://jusdecisum.com.br/%22https:/www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002/%22
https://jusdecisum.com.br/%22https:/www.jusbrasil.com.br/topicos/10677854/artigo-927-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002/%22
https://jusdecisum.com.br/%22https:/www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02/%22
https://jusdecisum.com.br/%22https:/www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02/%22
https://jusdecisum.com.br/%22https:/www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988/%22
https://jusdecisum.com.br/%22https:/www.jusbrasil.com.br/topicos/10730704/inciso-x-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988/%22
https://jusdecisum.com.br/%22https:/www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988/%22
 
 
 
De igual modo, enuncia o artigo 98 e seguintes, do Código de Processo Civil de 2015: 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com 
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os 
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da 
lei. […] 
Cumpre salientar, que a Requerente Griselda Da Silva Pereira se encontra atualmente 
professora e com renda familiar de R$ 2.300. 
Com base na necessidade demonstrada, aguarda as Requerentes o deferimento da justiça 
gratuita de modo integral. 
II. DOS FATOS 
Em 19/03/2021, Griselda da Silva Pereira estava dirigindo seu veículo de marca honda, em 
uma via de Taguatinga – DF, momento no qual Tereza Cristina Buarque vindo em alta 
velocidade abalroa a traseira de seu carro contrariando o art. 28 (O condutor deverá, a todo 
momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à 
segurança do trânsito) e art. 29 inciso II (O condutor deverá guardar distância de segurança 
lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, 
considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo 
e as condições climáticas) e a fez colidir com o poste colando em risco sua vida. 
O veículo de Griselda não possuía seguro, sendo assim ficando totalmente inutilizável após a 
batida, de imediato ambas as partes conversaram, momento no qual Tereza Cristina 
reconheceu sua culpa, pedindo que Griselda ficasse despreocupada, uma vez que se 
responsabilizaria pelo prejuízo causado. 
Não obstante, Griselda tentou por diversas vezes contato com Tereza Cristina, todavia está 
sempre apresentava pretextos para postergar o conserto do veículo. 
Por fim Griselda que é domiciliada em samambaia-DF buscou três orçamentos para o 
conserto do seu veículo (o mais baixo soma o valor de 70 mil reais), apresentando-os a 
Tereza Cristina, que mantém inerte. 
Não querendo mais esperar pela iniciativa de Tereza Cristina, Griselda pagou o conserto do 
veículo na oficina que apresentou o menor preço e já está sobre posse do seu veículo. 
III – DA INDENIZAÇÃO DEVIDA E RESPONSABILIZAÇÃO 
 
 
 
Conforme demonstrado pelos fatos narrados e provas do processo, o nexo causal entre o dano 
e a conduta da ré fica perfeitamente caracterizado pelo art. 927, 186 e 187 gerando o dever de 
indenizar, conforme preconiza o Código Civil: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( Arts. 186 e 187 ), causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a 
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
No presente caso, não apenas o valor deve ser ressarcido, bem como os prejuízos devem ser 
devidamente indenizados, especialmente por que a negligência do réu causou o acidente. 
De acordo com os precedentes o titular do direito real do veículo responde de forma solidária, 
de acordo com o precedente e julgados do Superior tribunal de justiça: 
Responsabilidade solidária do proprietário – acidente de trânsito 
“4. Consoante a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o 
proprietário do veículo responde objetiva e solidariamente pelos atos 
culposos de terceiro que o conduz, provocando acidente de trânsito, pouco 
importando que o motorista não seja seu empregado ou preposto, ou que o 
transporte seja gratuito ou oneroso.” AgInt no REsp 1815476/RS 
 
 
 
E de acordo com a teoria da responsabilidade civil sobre o fato da coisa, gerando obrigação 
solidária, de acordo com artigo do código civil 264. 
 
 “ Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um 
credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à 
dívida toda.’’ 
 
https://ww2.stj.jus.br/processo/julgamento/eletronico/documento/mediado/?documento_tipo=integra&documento_sequencial=94462530&registro_numero=201801993929&publicacao_data=20191202&formato=PDF
 
 
 
 Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de 
outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver 
mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. 
 
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-
autores e as pessoas designadas no art. 932. 
 
IV. DOS DANOS MATERIAIS 
Diante de todo o exposto, pugnam as Requerentes pelo pagamento de R$ 70.000 (setenta mil 
reais) a título de danos materiais, devidamente corrigidos, pelo concerto do 
veículo atentando-se à tríplice função do dano, ressarcindo, punindo e prevenindo. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( Arts. 186 e 187 ), causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a 
atividade normalmente desenvolvida pelo autordo dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
V. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
As Requerentes manifestam-se favoráveis à audiência de conciliação, o que faz com fulcro 
nos artigos 319, VII, combinado com artigo 334, do Código de Processo Civil, requerendo 
desde já a designação de data para o ato conciliatório. 
 
VI. DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
a) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, 
artigo 5º, LXXIV e artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015; 
b) O recebimento e processamento da presente demanda; 
 
 
 
c) A citação da Requerida no endereço informado, para querendo, responder no prazo legal, 
sob pena de revelia e confissão; 
d) Designação de audiência de conciliação, com fulcro ao artigo 334 do Código de Processo 
Civil; 
e) Sejam julgados procedentes os pedidos, para condenar os requeridos ao pagamento de 
R$ 70.000,00 (quarenta mil reais) a título de danos materiais. 
f) E por fim, pugna pela condenação da Requerida ao pagamento de honorários 
sucumbenciais em 20% (vinte por cento) conforme dispõe o art. 85, dada a natureza da 
causa e o trabalho desenvolvido, nos termos do caput do Código de Processo Civil. 
g) Que todos as publicações sejam feitas para o NPJ art. 786,493 (CPC) , sob pena de 
nulidade; 
Dá-se a causa o valor de R$ 70.000 (setenta mil reais). 
Termos em que, pede deferimento. 
 
Samambaia - DF, 30 de Agosto de 2023. 
 
TAIANNY NEVES ATAÍDE (Advogada) OAB/DF – 35.852 
LUCIANA FERNANDES (Estagiária) - 201403232989 
FELIPE EDES (Estagiário) – 201908185953