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1 Construção de instrumentos musicais com tubos de PVC André Luiz Onghero Chapecó-SC Novembro, 2020 2 Sumário Apresentação........................................................................................................................................4 Por que utilizar tubos de PVC para construir instrumentos musicais?................................................6 Ferramentas necessárias......................................................................................................................6 Recomendações sobre o uso das ferramentas......................................................................................7 Construção de flauta modelo Tin Whistle...........................................................................................8 Materiais necessários...........................................................................................................................9 As partes do instrumento.....................................................................................................................9 A construção passo a passo................................................................................................................10 Ajustes personalizados.......................................................................................................................15 Digitação............................................................................................................................................16 Construção de flauta transversa.........................................................................................................17 Materiais necessários.........................................................................................................................17 A construção passo a passo................................................................................................................18 Digitação............................................................................................................................................21 Clarineta com membrana plástica......................................................................................................22 Materiais necessários.........................................................................................................................22 A construção passo a passo................................................................................................................23 Digitação............................................................................................................................................26 Chinelofone.......................................................................................................................................27 Materiais necessários.........................................................................................................................28 Fundamentos do planejamento e construção.....................................................................................28 Mensagem final.................................................................................................................................32 Referências........................................................................................................................................33 3 Apresentação Este material tem o objetivo de fornecer subsí�dios para a construça�o de instrumentos a partir de tubos de PVC, possibilitando pra� ticas e aprendizado musical. E� resultado de anos de pesquisa e experimentaça�o, um hobby que, aos poucos, me inseriu em atividades culturais. As informaço� es aqui apresentadas na�o sa�o ine�ditas ou inovadoras, mas uma organizaça�o de conhecimentos que fazem parte das diferentes culturas que circundam o mundo e que se renovam continuamente com o emprego de novos materiais, ferramentas e te�cnicas. Ale�m de uma contribuiça�o para a difusa�o desses conhecimentos, este material, com finalidades dida� ticas, tambe�m se torna um complemento a' s oficinas de construça�o de instrumentos que venho realizando desde o iní�cio de 2020. O desejo de construir instrumentos musicais me acompanha desde a infa+ncia, mas se tornou uma atividade mais presente em 2007, devido ao interesse de construir instrumentos para utilizar em uma festividade anual, com tema� tica medieval, que eu e meus amigos organiza�vamos no oeste de Santa Catarina, regia�o Sul do Brasil. Primeiramente tentei fazer um alau� de bem simples, usando cabaça como caixa de ressona+ncia, mas na�o consegui bons resultados, tornando-se mais um elemento figurativo na festa medieval do que um instrumento funcional. O passo seguinte foram as experie+ncias com bambu. Na e�poca, eu ja� utilizava uma flauta feita com esse material e tinha noça�o de suas partes. Um dia, enquanto acampava, resolvi produzir um apito com pedaços secos de bambu, utilizando apenas uma faca como ferramenta. Ao perceber que conseguia produzir o apito, comecei a tentar algumas flautas, passando a pesquisar sobre medidas e te�cnicas, quando descobri materiais sobre o uso do PVC. Com o passar do tempo e com muita persiste+ncia, pude desenvolver alguns dos projetos, tanto com flautas, que foram o foco no ano de 2009, quanto com gaitas de fole, que foram um desafio muito maior e com as quais obtive um resultado mais considera�vel a partir de 2013. Nesse caminho de pesquisa sobre construça�o de gaita de fole, deparei-me com os instrumentos que soavam a partir das membranas, como a clarineta que e� apresentada neste material. Na e�poca, eu pretendia usar esse sistema para gaitas de fole e, por isso, fiz algumas experie+ncias usando tubos menores, para obter sons mais agudos. Pore�m, devido a' instabilidade na afinaça�o, optei 4 por na�o utilizar mais esse sistema de membrana junto com o fole, mantendo seu uso apenas com sopro direto. Utilizando tubos de PVC, os instrumentos mais u� teis que construí� foram as flautas, que tiveram serventia para aprender e praticar reperto� rio, para soar nas festas medievais, para compor, para apresentaço� es da banda que formei com a tema� tica medieval/folclo� rica e autoral, chamada Asa de Grilo, assim como para a realizaça�o de oficinas presenciais e online voltadas a' sua construça�o. Com isso quero dizer que funcionam e que vale a pena aprender a construir. O chinelofone na�o e� , ate� o momento, algo que eu esteja utilizando em minhas pra� ticas musicais, mas trata-se de um instrumento muito interessante, com uma sonoridade particular e impressionante que e� explorada por muitos artistas. Incluo neste material as informaço� es que pesquisei sobre esse instrumento pensando na facilidade de seu uso em contextos educacionais, recreativos e possibilidades de utilizaça�o artí�stica. Ale�m disso, sua construça�o pode ser uma forma muito interessante de estudar alguns conceitos sobre a fí�sica do som. Espero que este material tenha serventia e seja de fa� cil compreensa�o. Com certeza existem outras fontes de informaça�o que podem e devem contribuir para um aprendizado mais completo sobre a construça�o desses instrumentos, e ainda mais sobre sua execuça�o. Mas espero, principalmente, que ele ajude a despertar a criatividade e a procura por novas soluço� es e te�cnicas, de modo que a mu� sica esteja cada vez mais acessí�vel a todos. 5 Por que utilizar tubos de PVC para construir instrumentos musicais? Tradicionalmente, os instrumentos foram construí�dos com materiais que estavam a' disposiça�o dos povos que os utilizavam, seja bambu, caniços, chifres, ossos, conchas, peles ou madeira. Na atualidade, para quem vive no ambiente urbano, muitas vezes e� mais fa� cil ter acesso a um tubo de PVC do que aum pedaço de bambu de tamanho e esta� gio de secagem adequados para construir uma flauta, por exemplo. Outra vantagem que os tubos de PVC possuem em relaça�o a outros materiais e� que eles te+m tamanhos padronizados pela indu� stria, o que permite definir padro� es de construça�o mais funcionais do que ocorreria com bambu, por exemplo. Ale�m disso, o PVC e� um material que na�o quebra ou racha com facilidade, podendo ser cortado e furado sem maiores dificuldades. Quanto ao som, e� possí�vel obter sonoridade muito agrada�vel de instrumentos construí�dos com PVC. Ale�m do baixo custo para construça�o, o material apresenta uma excelente durabilidade. Do ponto de vista da sustentabilidade, pode-se argumentar sobre as vantagens da utilizaça�o de um material recicla�vel, pois restos de construça�o ou reforma podem ser transformados em instrumentos musicais, utilizando pouca energia e gerando pouco resí�duo. Ferramentas necessárias - Serra utilizada para cortar canos e metal. Esse tipo de serra pode ser encaixada no suporte (arco), mas tambe�m pode ser usada separadamente, somente a serra, o que permite uma atença�o maior ao procedimento e menor força nos movimentos da serra. Caso essa ferramenta na�o esteja disponí�vel, pode ser utilizada uma faca serrilhada, tambe�m com bons resultados. - Lixa. Para acabamento, recomenda-se uma lixa relativamente fina, como a 220. - Re�gua. Qualquer re�gua que tenha medidas em milí�metros. - La�pis. Indicado para marcar as medidas, traçar linhas de corte e locais de furos. - Afinador eletro+ nico. Atualmente existem va� rios aplicativos para Smartphone que podem ser instalados gratuitamente. E� importante que seja um aplicativo ou afinador croma� tico, ou seja, 6 que mostre qual a nota corresponde ao som que esta� sendo emitido, ao contra� rio de afinadores para viola�o, que indicam somente se a nota esta� abaixo ou acima da afinaça�o padra�o das cordas. - Fita adesiva. E� u� til para marcar os cortes no tubo e, se usada para circundar o tubo de forma precisa, facilita a obtença�o um corte mais reto. Recomendações sobre o uso das ferramentas O projeto aqui apresentado na�o e� indicado para crianças, pois envolve o manuseio de ferramentas cortantes. Cabe a um adulto responsa�vel estudar inicialmente o projeto e indicar os momentos em que uma criança pode auxiliar na construça�o dos instrumentos, como nos procedimentos de mediça�o ou acabamento com lixa. Recomenda-se muito cuidado com o manuseio das ferramentas de forma a evitar acidentes. Os equipamentos de proteça�o individual indicados para as tarefas sa�o luvas e o� culos de proteça�o. 7 Construção de flauta modelo Tin Whistle O Tin Whistle e� uma flauta originalmente construí�da em metal (daí� o nome Tin = lata), utilizada no reperto� rio folclo� rico irlande+s, escoce+s e brita+nico, entre outros. Com seis furos, todos do mesmo lado, trata-se de um instrumento bastante versa� til e fa� cil de tocar, possibilitando grande agilidade na digitaça�o e amplo alcance de notas. O projeto aqui apresentado e� na tonalidade do� maior (C) e tem como refere+ncia as medidas publicadas pelo italiano Guido Gonzato no artigo Low Tech Whistle. Traduzido para va� rios idiomas, o artigo fornece informaço� es detalhadas sobre a construça�o em va� rias tonalidades e explica tambe�m sobre a afinaça�o e a regulagem do instrumento (GONZATO, 2015). O referido autor desenvolveu seus estudos em tubos de PVC devido a sua insatisfaça�o com os modelos de Tin Whistle de baixo custo aos quais teve acesso e afirma ter obtido resultados mais satisfato� rios utilizando o PVC. Outras publicaço� es tambe�m indicam procedimentos muito semelhantes, como o tutorial fornecido pelo colombiano Jose Mauricio Diaz Suarez, que apresenta, passo a passo, a construça�o de uma flauta em PVC na tonalidade de sol maior. 8 Materiais necessários 1 – tubo de PVC com 20 mm de dia+metro e 345 mm de comprimento mí�nimo. 1 – pedaço cilí�ndrico de madeira com comprimento mí�nimo de 25 mm, devendo encaixar na parte interna do tubo de PVC com exatida�o. Essa parte sera� usada para formar o bloco. As partes do instrumento Nas imagens a seguir, podemos verificar os nomes das partes da flauta a ser construí�da, o que facilitara� a compreensa�o das explicaço� es. 9 A construção passo a passo Nesse esta� gio da construça�o, a preparaça�o da peça em madeira que forma o bloco apresenta- se como o maior desafio, podendo exigir tempo de preparaça�o, caso na�o se tenha acesso a um material com tamanho aproximado da medida necessa� ria. Para sua produça�o, pode ser usado um pedaço de madeira em tamanho maior, sendo desgastado com faca ou outra ferramenta e lixado ate� conseguir um encaixe bem justo, capaz de impedir a passagem de ar ao soprar o tubo. Podem ser utilizados galhos secos, rolhas ou outros materiais, desde que cumpram a funça�o de direcionar a passagem de ar. O pro� ximo passo e� cortar um segmento do tubo com o comprimento de 25 mm. Para os cortes no tubo de PVC e� indicado circular o tubo com uma fita de modo a formar uma marca para guiar o corte. Para um resultado mais eficiente, tambe�m recomenda-se cortar aos poucos, girando o tubo. Dessa forma, evita-se o desvio da serra durante o processo, o que poderia gerar um corte torto. Concluí�da essa tarefa, indica-se retirar qualquer sobra de material que costuma restar nas arestas do corte, utilizando uma faca, tesoura ou lixa. 10 O pequeno segmento de tubo que foi retirado vai formar a capa, e nela deve ser feito um corte no sentido do seu comprimento, que permitira� o seu encaixe sobre tubo mais longo. Tendo em vista proporcionar maior conforto durante a execuça�o musical, pode ser feito um corte em a+ngulo no lado do tubo escolhido para formar a embocadura. Esse corte tambe�m vai facilitar a realizaça�o do passo seguinte. A pro� xima etapa consiste em criar um espaço para passagem de ar na embocadura. Essa passagem sera� posicionada na parte de cima da embocadura e produzida por meio de um corte de 30 mm de comprimento e cerca de 8 mm de largura. Para isso, recomenda-se traçar, no tubo, as linhas que va�o servir de guia para o corte. E� necessa� rio ter muito cuidado para na�o ultrapassar as medidas indicadas, pois essa e� uma parte importante para a qualidade sonora do instrumento. 11 Com uma lima ou lixa deve ser feito o la�bio, uma espe�cie de fio de la+mina para cortar o ar, como indicam as imagens a seguir. O som da flauta e� gerado no la�bio, ele precisa ser bem lixada, de forma a retirar qualquer resí�duo de material. A pro� xima etapa e� adequar o bloco, a peça de madeira que ficara� encaixada por dentro do tubo (corpo da flauta). Deve ficar uma janela com cerca de 5 mm de abertura. Tendo essa refere+ncia, pode-se traçar marcas que auxiliem o corte da peça de madeira para que se encaixe de forma harmoniosa no formato da flauta. 12 O bloco deve ter a parte superior, que e� a parte com maior a� rea, lixada de forma reta, gerando uma passagem de ar. O encaixe entre o bloco, o corpo da flauta e a capa pode ser visualizada na imagem. Ao te�rmino desses procedimentos, ja� se tem um apito com uma afinaça�o aproximada da nota to+ nica da flauta, que no caso deste projeto e� a nota do� . Com o auxí�lio de um afinador eletro+ nico, e� possí�vel verificar se, com um sopro suave, se obte�m a nota do� como afinaça�o aproximada. Caso a afinaça�o estiver abaixo do tom desejado, recomenda-se encurtar o tamanho total da flauta a partir de sua extremidade final. A retirada de material deve ser proporcional a' necessidade de subida de tom, podendo ser suficiente lixar ou enta�o cortar uma parte do tubo. Uma vez alcançada a tonalidade aproximada, podem ser abertos os outros furos que permitira�o soar as demaisnotas da escala. A posiça�o dos furos deve ser definida sempre a partir do la�bio, seguindo as medidas de dista+ncia indicadas na imagem. Recomenda-se muito cuidado para evitar acidentes no momento de furar o tubo de PVC. Existem va� rias te�cnicas que podem ser empregadas, como utilizar um metal aquecido em fogo ou um estanhador para iniciar os furos, aumentando-os com movimentos circulares da la+mina de uma tesoura. Tambe�m pode ser utilizada a ponta de uma broca chata para abrir os furos ou mesmo na ponta de uma tesoura. Quem dispor de uma furadeira de bancada pode obter um 13 resultado mais seguro, mas, nesse caso, ainda se recomenda fazer os furos em dia+metro menor do que o indicado no projeto, aumentando-os posteriormente e aos poucos. Em geral, a afinaça�o pode ser realizada retirando material para aumentar o dia+metro dos furos, o que faz para subir a afinaça�o, principalmente quando a retirada de material ocorre no lado do furo que esta� na direça�o de onde vem o sopro, ou seja, da janela. Para alcançar a afinaça�o correta em cada furo, deve-se iniciar das notas mais graves, neste caso, a nota re� , que e� obtida com o u� ltimo furo aberto, ou seja, o furo mais distante da janela da flauta, onde o som e� produzido. Recomenda-se aumentar o dia+metro dos furos ate� chegar pro� ximo a' nota desejada, mas sempre um pouco abaixo, ja� que a retirada de material dos furos superiores pode interferir na afinaça�o. Quando alcançar uma afinaça�o um pouco abaixo de re� , pode-se avançar para a nota seguinte, mi, com os dois u� ltimos furos abertos, adotando o mesmo procedimento. O furo seguinte, para a nota fa� , tera� o dia+metro menor do que os anteriores, pois o intervalo musical a ser alcançado e� de apenas meio tom, o que ocorre entre a nota mi e a nota fa� . 14 Em seguida, afina-se as notas sol, la� e si, que nesse modelo tem dia+metros parecidos. A obtença�o da nota do� aguda ocorre mantendo somente o primeiro furo aberto e fechando todos os demais. Indica-se conferir se esta� afinado com o do� grave alternando entre essas notas e conferindo com o afinador. Ajustes personalizados O projeto aqui apresentado pode ser modificado para melhor atender a' s necessidades do executante. Por exemplo, os furos podem ser deslocados lateralmente para facilitar o posicionamento dos dedos. Esse deslocamento na�o afeta a afinaça�o do instrumento. Caso haja necessidade de deslocar os furos no sentido longitudinal, ou seja, para mais perto ou mais distante uns dos outros, essa modificaça�o afetara� a afinaça�o, mas pode ser realizada, desde que compensada com a alteraça�o do dia+metro dos furos. Nesse caso, as alteraço� es em relaça�o a' s medidas originais devem considerar a seguinte regra: aumentar o dia+metro dos furos no caso de um distanciamento maior em relaça�o a' janela ou diminuir o dia+metro dos furos no caso de um distanciamento menor em relaça�o a' janela. Outras caracterí�sticas sonoras podem ser reguladas com ajustes na janela ou nos furos. Em geral, furos maiores possibilitam maior amplitude sonora, ou seja, maior volume. Uma janela maior tambe�m possibilitara� maior ressona+ncia, especialmente nas notas graves, mas pode ocasionar um excesso de ar nas notas mais agudas. Por outro lado, uma janela menor tende a gerar um som mais limpo nas notas agudas, mas enfraquece o volume das notas graves. Enta�o e� preciso fazer testes para perceber qual a regulagem que melhor atendera� a' s necessidades de quem a utilizar. 15 Digitação Essa e� uma tabela ba� sica que fornece as notas para a tonalidade de do� maior, la� menor, re� menor e fa� maior. E� possí�vel obter outras notas usando digitaço� es um pouco mais elaboradas, cuja abordagem extrapola o objetivo deste material. Outros modelos de Tin Whistle, em outras tonalidades, proporcionara�o outras notas com essa digitaça�o, mantendo os mesmos intervalos. Para soar as notas da segunda oitava, existem duas formas: uma delas e� soprar mais forte em qualquer uma das notas, sendo mais fa� cil nas mais graves; outra forma e� abrir parcialmente o primeiro furo, aquele mais pro� ximo da embocadura. 16 Construção de flauta transversa O projeto aqui apresentado e� de uma flauta transversa, tambe�m conhecida como pí�fano, na tonalidade la� maior (A). Esse modelo possui seis furos, todos do mesmo lado, sendo uma flauta mais grave e com maior amplitude sonora em comparaça�o com o modelo Tin Whistle. Em diversos sites brasileiros sa�o encontrados projetos para construça�o deste tipo de flauta, que e� caracterí�stica da cultura popular de va� rias regio� es, destacando-se a regia�o Nordeste. Apesar da construça�o dos pí�fanos ser mais simples do que a do Tin Whistle, a execuça�o apresenta maior complexidade para o iniciante, devido ao tipo de embocadura, ou seja, a forma de soprar para obter o som. As medidas aqui apresentadas sa�o resultantes de experimentaço� es e estudos das medidas publicadas pelo norte americano Mark Shepard, com algumas adaptaço� es baseadas nas orientaço� es do italiano Guido Gonzato. Materiais necessários 1 – tubo de PVC com 25 mm de dia+metro e 370 mm de comprimento. 1 – pedaço cilí�ndrico de madeira com comprimento mí�nimo de 20 mm, devendo encaixar na parte interna do tubo de PVC com exatida�o. Essa parte sera� usada para fechar completamente 17 um lado da abertura do tubo de PVC. Existem cabos de vassoura que ja� te+m a medida adequada. Pode ser utilizado outro material que feche a extremidade do tubo, ate� mesmo fita. Deve-se observar que o projeto apresentado considera uma peça com comprimento de 20 mm, enta�o, caso seja utilizado material com outro tamanho, sera� necessa� rio retirar ou adicionar parte equivalente do tubo. A construção passo a passo Primeiramente e� preciso definir e medir a peça que vai fechar uma das extremidades. Ela deve ser encaixada e fechar totalmente a passagem de ar. A medida dessa peça vai nortear a abertura do primeiro furo da flauta, que sera� o furo da embocadura. Esse furo deve ser aberto a uma dista+ncia de 20 mm do ponto onde ocorre o fechamento do tubo pelo seu lado interno. Por exemplo, se for utilizada uma peça de 20 mm, deve-se somar essa medida aos 20 mm previstos para a abertura do furo, que ficara� , portanto, a 40 mm da extremidade do tubo onde ocorre o fechamento. Assim como ja� citado no projeto anterior, recomenda-se muito cuidado para evitar acidentes no momento de furar o tubo de PVC. Podem ser empregadas va� rias te�cnicas, como utilizar um metal aquecido em fogo ou um estanhador para iniciar os furos, aumentando-os com movimentos circulares da la+mina de uma tesoura. Tambe�m pode ser utilizada a ponta de uma broca chata para abrir os furos ou mesmo a ponta de uma tesoura. O uso de uma furadeira de 18 bancada pode ser mais seguro, mas, ainda nesse caso, e� recomendado fazer os furos menores e aumentar posteriormente, aos poucos. O dia+metro do furo da embocadura deve ser de aproximadamente 10 mm e precisa ficar com bom acabamento, sem resí�duos de material. Pode ser usada a la+mina de uma faca para fazer esse acabamento e desgastar um pouco a borda inferior do furo, de forma a deixar mais estreita a sua extremidade, como se estivesse afiada. Esse detalhe ajuda a produzir um som mais encorpado. Para o iniciante nesse tipo de flauta, esse e� um momento desafiador, pois e� quando precisa produzir o som. Esse procedimento e� importante, porque dele depende a correta afinaça�o do instrumento. Espera-se que, com um comprimento de 330 mm medidos a partir do centro do furo de embocadura no sentido longitudinal, soe a nota la� . Se estiver abaixo do tom, pode-se retirar material, cortando ou lixando a parte final da flauta, ate� alcançar a nota desejada. Caso estiver um pouco acimada afinaça�o de la� , pode-se aumentar a dista+ncia entre o furo da embocadura e a extremidade fechada, posicionando alguns milí�metros mais para fora o material que esta� tampando esse lado. Uma vez afinado ou pro�ximo da afinaça�o, podem ser feitos os demais furos, seguindo as medidas apresentadas na figura. Assim como no modelo Tin Whistle, recomenda-se fazer os furos menores e, controlando pelo afinador, aumentar os furos aos poucos com uma tesoura ou la+mina. Para ter segurança, recomenda-se deixar a afinaça�o um pouco mais baixa ate� se obter mais pra� tica na execuça�o, pois o modo de soprar interfere bastante na afinaça�o deste 19 modelo de flauta. E� possí�vel corrigir essa afinaça�o mais baixa aumentando os furos aos poucos, retirando material do lado voltado a' embocadura. Tambe�m nesse modelo, para alcançar a afinaça�o em cada furo, deve-se iniciar das notas mais graves, começando pela nota si, com o u� ltimo furo aberto, sempre retirando material e aumentando o dia+metro do furo ate� chegar pro� ximo a' nota desejada, mas sempre deixando uma margem de segurança, com a afinaça�o um pouco abaixo. A nota seguinte sera� o do� #, obtido com os dois u� ltimos furos abertos. O pro� ximo furo tera� o dia+metro menor do que os anteriores para subir apenas meio tom, com a nota re� . As u� ltimas tre+s notas sa�o mi, fa�# e sol#, que te+m dia+metros parecidos. A nota la� aguda e� encontrada com o primeiro furo aberto e os demais furos fechados. A intensidade do sopro varia de acordo com as notas, devendo ser mais suave nas notas graves e mais forte nas notas agudas, uma percepça�o que vai resultar da pra� tica. O dia+metro da embocadura vai interferir no resultado sonoro, pore�m, esse ajuste vai depender das caracterí�sticas da pessoa que utilizara� o instrumento, sendo um ajuste personalizado que exigira� experimentaça�o. 20 Digitação A tabela fornece as notas para a tonalidade de la� maior, fa�# menor, si menor e re� maior. E� possí�vel obter outras notas usando digitaço� es um pouco mais elaboradas, cuja abordagem extrapola o objetivo deste material. Outros modelos, em outras tonalidades, proporcionara�o outras notas com essa digitaça�o, mantendo os mesmos intervalos. Há duas maneiras de fazer soar as notas da segunda oitava: uma delas é soprar mais forte, em qualquer uma das notas, sendo mais fácil nas mais graves; outra forma é abrir parcialmente o primeiro furo, aquele mais próximo da embocadura. 21 Clarineta com membrana plástica O instrumento aqui apresentado tem como caracterí�stica a produça�o do som a partir da vibraça�o de uma membrana. Em raza�o da semelhança do seu som com o da clarineta, sera� utilizado esse nome para definir o instrumento, mesmo que tenha muitas diferenças em sua estrutura e utilizaça�o. Alguns tutoriais utilizam o nome “claricano”, numa junça�o de clarineta com cano, levando em consideraça�o o material utilizado na sua construça�o. O projeto aqui apresentado e� de um instrumento na tonalidade de sol maior (G) e tem como base as instruço� es do ví�deo “claricano”, publicado em 28 de fevereiro de 2009, no canal do YouTube Ju� lio Feliz. Materiais necessários 1 - cano PVC dia+metro externo 25mm, comprimento 115 mm 1 - cano PVC dia+metro externo 20mm, comprimento 410 mm 1 - T para cano PVC dia+metro 25mm 1 - Fita adesiva 1 - pedaço de pla� stico (sacola de mercado ou semelhante) 22 A construção passo a passo Para a construça�o desse instrumento e� preciso, inicialmente, cortar os tubos de acordo com as medidas apresentadas na imagem, que tambe�m indica o sentido dos encaixes das peças. Apo� s cortar os tubos, sera� necessa� rio encaixar as peças de 25 mm de dia+metro no “T”, conforme o esquema construtivo apresentado na imagem. No tubo de dia+metro de 20 mm sera�o abertos os furos para digitaça�o das notas, levando em consideraça�o os cuidados e procedimentos ja� relatados nos projetos anteriores. As medidas para abertura dos furos encontram-se na imagem. Deve-se ter atença�o para o fato de que o furo localizado a 293 mm deve ser aberto no lado posterior do tubo, ficando no lado oposto aos demais furos. 23 O dia+metro dos furos e� de 6 mm com exceça�o do localizado em 109 mm, que deve ser de 7 mm. Esse tubo de 20 mm deve ser encaixado conforme indica a imagem, sendo o lado onde se localiza o furo posterior aquele onde se encaixa no “T”. Como ha� necessidade de que fique bem ajustado para vedar a passagem de ar, sera� preciso preencher o espaço entre os tubos de 25mm e de 20mm com fita adesiva. O tubo com os furos deve ser inserido ate� alcançar a extremidade final do “T”. O resultado desse encaixe e� um espaço de poucos milí�metros, por onde o ar soprado e� direcionado. Nessa extremidade do “T” e� fixado um pedaço de pla� stico fino, como de sacola pla� stica, que deve ficar bem esticado. Recomenda-se que seja amarrado firmemente, sendo que a amarraça�o pode ser recoberta por algumas voltas de fita adesiva, evitando que se solte. 24 A afinaça�o do instrumento depende da tensa�o dessa membrana que e� formada pelo pla� stico esticado. O ar soprado e� direcionado pelos tubos e conexo� es ate� chocar-se com essa membrana esticada, forçando seu deslocamento e encontrando saí�da peloo tubo de 20 mm que esta� aberto. Quanto mais tensa�o ocorrer nessa membrana, maior sua velocidade de vibraça�o e, portanto, mais aguda a nota que ela vai emitir. Para a afinaça�o em sol maior, que e� indicada nesse projeto, deve ser obtida a nota sol aguda com todos os furos abertos e a nota sol uma oitava abaixo com todos os furos fechados. Recomenda-se o uso do afinador para verificar a afinaça�o de cada nota. Caso estiver soando a nota sol grave, mas o sol agudo estiver baixo, conve�m verificar se as outras notas agudas tambe�m esta�o baixas. Caso estiverem, o ajuste deve ser feito aumentando a tensa�o da membrana com um pequeno deslocamento do tudo de 20 mm na direça�o da membrana. O limite para a tensa�o e� o total bloqueio da membrana, impedindo a passagem do ar e a emissa�o do som. E� preciso ter cuidado para que a membrana na�o se rasgue, caso isso acontecer, o u� nico procedimento e� sua substituiça�o. 25 Digitação Essa tabela ba� sica fornece as notas para a tonalidade de sol maior e mi menor. O alcance desse instrumento se limita a uma oitava. 26 Chinelofone O nome chinelofone faz refere+ncia ao xilofone e ao chinelo. O xilofone e� um conjunto de blocos de madeira que, por terem tamanhos diversos, soam diferentes notas quando percutidos. O chinelofone e� construí�do com tubos de PVC e na�o com blocos de madeira, e os percutores utilizados sa�o chinelos de borracha. Ale�m de ser um tipo de material bastante acessí�vel e que na�o implica na inutilizaça�o do chinelo como calçado, esse percutor produz um som de o� tima qualidade para a proposta do instrumento em questa�o. Assim, o chinelo se tornou parte da identidade desse instrumento, sendo incluí�do no seu nome. A construça�o desse instrumento e� muito fa� cil, mas sua execuça�o requer certa coordenaça�o e ritmo, que lembra a execuça�o de instrumentos como o xilofone e a marimba. O timbre obtido remete a alguns sons eletro+ nicos que eram empregados no techno pop das de�cadas de 1980 e 1990. O u� nico inconveniente do chinelofone e� que os tubos que mais ressoam sa�o os maiores, implicando em um instrumento relativamente grande, o que dificulta o seu transporte e tambe�m sua execuça�o. Alguns mu� sicos que optam por utilizar esse instrumento em suas apresentaço� es resolvem esse problema por meio de elaborados sistemas de conexo� es da tubulaça�o, que possibilita ter a ressona+ncia dos grandes tubos, mas em um espaço menor. As informaço� es sobre as medidasdeste projeto foram obtidas em publicaça�o do Instituto de Fí�sica da Universidade de Brasí�lia. Ja� a tabela de freque+ncias aqui apresentada tem como base as informaço� es publicadas no texto Tutoriais de Áudio e Acústica, do professor de fí�sica da USP Fernando Iazzeta, sendo, pore�m, adaptada a um possí�vel uso de afinador eletro+ nico. Existem va� rios sites que apresentam instruço� es para a construça�o desse instrumento, com diferentes modelos. Alguns educadores sugerem usar os tubos individualmente, possibilitando a diferentes pessoas realizarem a performance musical conjuntamente, em pra� ticas musicais coletivas. Nesse sentido, as informaço� es apresentadas aqui podem ser um ponto de partida, mas e� recomenda�vel fazer alguns testes com os tubos, perceber sua sonoridade e enta�o planejar qual o formato mais adequado para o seu instrumento ou instrumentos. Espera-se que o material apresentado motive a pesquisa em outras fontes e a elaboraça�o de novas soluço� es. 27 Materiais necessários Tubos de PVC com 50 mm de dia+metro e comprimento de acordo com o projeto escolhido. Ripas de madeira para construça�o do suporte. Os materiais va�o depender muito do projeto que se deseja realizar, portanto e� importante estudar toda a seça�o sobre o chinelofone antes de adquirir os utensí�lios. Fundamentos do planejamento e construção A construça�o do chinelofone implica em cortar os tubos de PVC nas medidas indicadas, conferindo com o afinador se ha� necessidade de subir o tom, o que se consegue retirando material, ou seja, cortando ou lixando, de acordo com a necessidade. Para saber qual deve ser o tamanho do tubo necessa� rio para alcançar a freque+ncia esperada, deve-se dividir 343 (que e� a velocidade aproximada do som no ar em temperatura de 20º C) por 2 vezes o valor da freque+ncia esperada. Subtraia do resultado 60% do tamanho do dia+metro interno do tubo. Ca� lculo [343/(2xF)]-(0,6xD) = medida em metros. F - freque+ncia desejada D - dia+metro do tubo em fraço� es de metro Por exemplo, voce+ quer saber qual e� o comprimento de um tubo, de 50 mm de dia+metro (0,05 metros), que emitira� uma nota la� de 110 Hz. [343/(2x110)]-(0,6x0,05)=1,5636 - 0,03 = 1,5336 metros. 28 Para construir esse instrumento, voce+ precisa saber quais sa�o as freque+ncias das notas da escala musical. Na tabela a seguir, encontram-se as notas em diferentes oitavas. Nos afinadores eletro+ nicos, a nota la� 440 e� nomeada como la� 4 (A4), a tabela mostra essa refere+ncia para as notas, de forma a facilitar o planejamento construtivo do chinelofone. Nota Frequência (Hz) Nota Frequência (Hz) Nota Frequência (Hz) Nota Frequência (Hz) Dó 1 32,703194 Dó 2 65.40638 Dó 3 130.812775 Dó 4 261.625519 Dó# 1 34,647823 Dó# 2 69.295647 Dó# 3 138.591324 Dó# 4 277.182648 Ré 1 36,708096 Ré 2 73.416199 Ré 3 146.832367 Ré 4 293.664734 Ré# 1 38.890873 Ré# 2 77.781746 Ré# 3 155.563492 Ré# 4 311.126984 Mi 1 41.203442 Mi 2 82.406876 Mi 3 164.813782 Mi 4 329.627533 Fá 1 43.653526 Fá 2 87.307053 Fá 3 174.614105 Fá 4 349.228241 Fá# 1 46.249302 Fá# 2 92.498604 Fá# 3 184.997208 Fá# 4 369.994385 Sol 1 48.999424 Sol 2 97.998848 Sol 3 195.997711 Sol 4 391.995392 Sol# 1 51.91309 Sol# 2 103.82618 Sol# 3 207.652344 Sol# 4 415.304688 Lá 1 55 Lá 2 110 Lá 3 220 Lá 4 440 Lá# 1 58.270466 Lá# 2 116.540947 Lá# 3 233.081848 Lá# 4 466.163788 Si 1 61.735416 Si 2 123.470818 Si 3 246.941635 Si 4 493.883301 A seguir sa�o apresentadas tre+s propostas de conjuntos de tubos em escala diato+ nica, todos com tubos de 50 mm. Levou-se em consideraça�o, para a seleça�o das notas destas propostas, o comprimento dos tubos e como eles soam, pois os tubos mais curtos na�o soam tanto e por isso na�o se aconselha utilizar notas mais agudas do que o do� 4, com 62 cm. O projeto na tonalidade de do� maior e� o que tem os tubos mais curtos, e o de sol maior, o que tem os tubos mais longos. Nessas tre+s opço� es indicadas a seguir, e� utilizada escala diato+ nica de uma oitava. 29 Dó maior Do� 3 128,1 cm Re� 3 113,7 cm Mi 3 101 cm Fa� 3 95,21 cm Sol 3 84,5 cm La� 3 74,9 cm Si 3 66,4 cm Do� 4 62,5 cm Lá maior La� 2 152,9 cm Si 2 135,8 cm Do� # 3 120,7 cm Re� 3 113,7 cm Mi 3 101 cm Fa�# 3 89,7 cm Sol# 3 79,5 cm La� 3 75 cm Sol maior Sol 2 172 cm La� 2 152,9 cm Si 2 135,8 cm Do� 3 128,1 cm Re� 3 113,7 cm Mi 3 101 cm Fa�# 3 89,7 cm Sol 3 84,5 cm Também podem ser montados conjuntos com mais ou menos notas, de forma a atender as necessidades pessoais. Outra opção é montar conjuntos croma� ticos. A tabela a seguir apresenta uma proposta de chinelofone croma� tico com alcance entre o la� 2 e o do� 4. La� # 2 144,15 cm Do� # 3 120,7 cm Re�# 3 107,2 cm Fa�# 3 89,7 cm Sol# 3 79,5 cm La�# 3 70,5 cm La� 2 152,9 cm Si 2 135,8 cm Do� 3 128,1 cm Re� 3 113,7 cm Mi 3 101 cm Fa� 3 95,21 cm Sol 3 84,5 cm La� 3 74,9 cm Si 3 66,4 cm Do� 4 62,5 cm Para organizar os tubos em um conjunto, pode ser construí�do um suporte em madeira ou outros materiais onde os tubos fiquem presos. Nesse caso, e� importante que os tubos na�o sejam furados, sendo recomendado amarra� -los com firmeza no suporte, prende+ -los com algum material que possa ser parafusado ao suporte de madeira, ou encaixa� -los diretamente na madeira, o que demanda furar a madeira com furos de 50 mm de dia+metro usando, possivelmente, uma ferramenta serra copo na furadeira. 30 As figuras a seguir apresentam algumas possibilidades de montagem da estrutura para suporte dos tubos. Disponí�vel em: https://chromapractor.com/pipes/. Acesso em 25 Set. 2020. Disponível em: frugalfun4boys.com. Acesso em 25 Set. 2020. Essas propostas de suportes favorecem que o instrumento seja toca�vel por pessoas de baixa estatura, como crianças. O uso de conexo� es que proporcionam uma dobra no tubo permite alcançar notas mais graves, evitando que os tubos fiquem muito altos. 31 Mensagem final Construir instrumentos musicais com tubos de PVC e� uma alternativa muito pra� tica e de baixo custo para ter acesso a um instrumento de iniciaça�o musical, ale�m de constituir uma atividade artesanal que pode ser encarada como passatempo. O objetivo deste material e� desenvolver as habilidades criativas e te�cnicas para transformar materiais que fazem parte do cotidiano contempora+neo em instrumentos musicais, incentivando a iniciaça�o musical ou o desenvolvimento de outras aptido� es musicais e artesanais para aqueles que ja� tocam outros instrumentos. Apesar das limitaço� es, acredito que o material traz contribuiço� es e espero que incentive o aprofundamento das pesquisas e a realizaça�o de outras experie+ncias com os tubos de PVC e outros materiais que possam fornecer suporte para a construça�o de instrumentos musicais. Afinal, a mu� sica e� um bem coletivo que esta� vinculado ao ser humano e esta� sempre se adaptando aos diferentes momentos histo� ricos. Espero que o material contribua para que a mu� sica esteja mais acessí�vel a' s pessoas. 32 Referências CERQUEIRA FILHO, Ilton J. História da Flauta. Sa�o Paulo: Biblioteca24horas, 2009. CONARD, Nicholas; MALINA, Maria; MUW NZEL, Susanne. New flutes document the earliest musical tradition in southwestern Germany. Nature, 460, p.737–740, 2009. Disponí�vel em: https://doi.org/10.1038/nature08169 Acesso em 22 Set. 2020. FELIZ, Ju� lio. Claricano. 28 Fev. 2009. Disponí�vel em: https://www.youtube.com/watch? reload=9&v=64Uy7BQHMgg, Acesso em: 27 Out. 2020. FELIZ, Ju� lio. Instrumentos sonoros alternativos: manual de construça�o e sugesto� es de utilizaça�o. Campo Grande: Editora Oeste, 2002. GONZATO, Guido. The “Low-Tech” Whistle: How to make a fine PVC whistle. 2015. Disponí�vel em: https://www.flutopedia.com/refs/Gonzato_2015_LowTechWhistle.pdf.Acesso em 22 Set. 2020. IAZZETTA, Fernando. Tutoriais de Áudio e Acústica. Departamento de Mu� sica da ECA-USP. 2010. Disponí�vel em: http://www.etelj.com.br/etelj/artigos/e25e1be1075a875af1aad3b0ce2ffe0f.pdf. Acesso em 24 Set. 2020. INSTITUTO DE FI�SICA. Universidade de Brasí�lia. Tubofone ou Chinelotron. Disponí�vel em: http://www.fis.unb.br/gefis/index.php? option=com_content&view=article&id=238&Itemid=366. Acesso em 24 Set. 2020. SUAREZ, Jose Mauricio. Paso a paso flauta de PVC. Disponí�vel em: https://sites.google.com/site/luterodiaz/. Acesso em 22 Set. 2020. TEIXEIRA, Mí�sley da Cruz; ALEIXO, Vicente Ferrer Pureza; FONSECA, Wellington da Silva. Instrumento de PVC: aplicando os conhecimentos de acu� stica na criaça�o de objetos de aprendizado para a formaça�o de engenheiros. XL Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia. Bele�m, 2012. Disponí�vel em: http://www.abenge.org.br/cobenge/arquivos/7/artigos/104322.pdf. Acesso em 24 Set. 2020. Esta obra esta� licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuiça�o-Na�oComercial 4.0 Internacional 33 34
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