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VIOLA 
CAIPIRA 
Viola Caipira 
 
Conhecendo a Viola Caipira 
 
A viola caipira, aqui no Brasil, é um dos instrumentos musicais mais folclóricos 
cercado de lendas, superstições e os mais pitorescos “causos” do meio onde ela foi 
originalmente cultivada, a região rural de nosso país, sejam esta interior ou litoral. 
 
O ensino da viola caipira no meio rural era passado de pai para filho, mas com a 
partida dos jovens para as grandes cidades à busca de melhores oportunidades, 
esta tradição foi se perdendo com o tempo. Sumiram-se os violeiros, os metres e as 
violas, salvo poucos músicos e cantores que se mantiveram próximo as suas origens 
e conservaram vivo o instrumento. 
 
 
 Corpo ou Caixa Acústica : Amplifica e reproduz o som do instrumento. 
 Rondana: Apóia a correia do instrumento. 
 Trastes: Divide as casas. 
 Casas: separa o braço e divisões harmônicas. 
 Pestana “FIXA”: Inicia o Braço da viola e separa as cordas horizontalmente. 
 Mão: Geralmente responsável por fixar as tarraxas. 
 Braço: Onde ficam como casas e tarraxas. Responsáveis pela separação 
harmônica. 
 Boca: Orifício no corpo para amplificação do Som. 
 Mosaico: Desenho ao redor da boca. 
 Rastilho: Apoio das cordas no corpo do instrumento. 
 Cavalete: Encaixe e fixação das cordas e rastilho no corpo do instrumento. 
 
 
Ser violeiro hoje é ter muito orgulho da nossa terra, da nossa natureza, das nossas 
tradições e cultura. Um toque de viola anima todos a sua volta, boas traz lembranças 
e uma saudade daquele pedacinho de sertão que todo brasileiro guarda dentro de si. 
 
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Quando estamos aprendendo a tocar um instrumento é fundamental saber as notas 
musicais. Por isso, hoje vamos falar sobre as notas musicais e como elas são 
representadas, para facilitar seu estudo na viola. 
 
O Que são Notas Musicais? 
 
As notas musicais são sinais que seguem uma nomenclatura internacional a fim de 
representar os elementos mínimos de um som, ou seja, a altura do som musical. 
Dessa forma, as notas musicais são vibrações que produzem som, que pode ser 
agudo ou grave dependendo da velocidade das vibrações. Deste modo, se o som 
tiver poucas vibrações, teremos um som grave, se o som tiver muitas vibrações, 
teremos um som agudo. 
 
Quando se toca uma corda à mesma vibra para os dois lados, movimentando as 
moléculas de ar ao seu redor e essa agitação das moléculas ocorre na mesma 
frequência de vibração da corda. Assim, o ouvido humano capta essa vibração do ar 
e a processa atribuindo um som ao cérebro. Portanto, para cada frequência de 
vibração, o cérebro atribui um som diferente, ou seja, uma nota diferente. 
 
Como as Notas Musicais são Representadas? Cada nota musical é representada 
por uma letra com o intuito de facilitar à escrita e aumentar a velocidade de leitura. E 
é essa notação universal que utilizamos nas músicas cifradas, portanto é muito 
importante sua memorização: 
 
 
 
OBS: A única exceção na escrita padrão é que em alemão a letra “B” representa a 
nota “Si bemol”, e o “Si” é representado pela letra “H”. 
 
 
Além dessas 7 notas naturais, temos também entre uma nota e outra o que 
chamamos de “acidentes”, que são os sinais de sustenido # e bemol b. Portanto, 
temos: 
 
 
 
Perceba que as notas E e B não possuem sustenido, para memorizar é só ter em 
mente que as duas notas que terminam com a letra “i” não têm sustenido #, ou seja, 
E-Mi e B-Si. 
 
A diferença de nomenclatura (bemol ou sustenido) serve apenas para indicar se 
estamos nos referindo a uma nota acima ou abaixo. Inicialmente, estude apenas as 
7 notas naturais e o sinal de # para não gerar confusões. Posteriormente, ao 
estudar a escala cromática saberá entender melhor a diferença entre o sustenido e o 
bemol. 
 
Existe também outra representação para as notas musicais, que não depende de 
letras, a partitura. 
 
 
 
A figura acima é uma representação por partitura. Ela é bem mais detalhada e 
completa. As notas são representadas graficamente com sinais na forma oval e são 
escritas em um pentagrama ou pauta musical que é um conjunto de cinco linhas 
paralelas e horizontais e quatro espaços entre elas. Contamos essas linhas e 
espaços sempre de baixo para cima. 
 
Dependendo da posição em que estiverem escritas no pentagrama, as notas 
indicarão os sons mais graves ou mais agudos. 
 
O nome da nota no pentagrama é determinado pela clave, que é um sinal colocado 
no início do pentagrama que dá o seu nome à nota escrita em sua linha. Existem 
sete claves, representadas pelas figuras – Sol, Fá e Dó. Por exemplo: a Clave de Sol 
assinalada na 2ª linha significa dizer que o nome da 2ª linha será “sol”, então o 2º 
espaço será “lá”, a 3ª linha será “si” e assim por diante. 
 
Entretanto, caso esse seja seu primeiro contato com representações musicais, não 
se preocupe tanto com a partitura, procure antes decorar a representação por letras, 
que é bem mais simples. 
 
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Você já deve ter visto alguma daquelas revistas de músicas cifradas ou cifras de 
músicas obtidas na internet, e ficou sem entender muito bem? Pois bem, saiba que 
muitos iniciantes no aprendizado da viola têm dificuldades em ler as cifras, entender 
seu sistema de escrita e acompanhar as músicas cifradas. 
 
No início é um pouco difícil mesmo para quem está iniciando no aprendizado da 
viola acompanhar as músicas cifradas, pois tem que ler a música, ler as cifras que 
estão sob a letra, trocar os acordes no momento certo, executar o ritmo de maneira 
correta e por vezes ainda cantar. 
 
O Que são Cifras? 
 
Cifras nada mais é que um sistema de escrita ou um código padronizado 
mundialmente, que utiliza uma vogal ou consoante, além de uma simbologia feita 
com números e outros símbolos para denominar os acordes que ficam em cima da 
letra da música, no qual devem ser executados por um instrumento musical. Assim 
um músico em qualquer parte do planeta poderá reconhecer as cifras. 
 
Como Ler Cifras? 
 
Quando pegamos uma música cifrada para tocar, temos a letra da música e um 
código acima. Esse código é a Cifra, que representa qual o acorde que deverá ser 
tocado no momento em que se cantar determinado trecho da música. Veja o 
exemplo abaixo: 
 
 
 
 
 
O código das cifras funciona da seguinte maneira: 
 
 
 
1 – Quando escrevemos apenas a letra, como por exemplo “C”, está subentendido 
que o acorde é Maior. Portanto, lemos o acorde como: “C = Dó maior“. OBS: Não é 
correto escrever o “M” maiúsculo para denominar o acorde maior, deve-se escrever 
apenas a letra do acorde. 
 
2 – Quando o acorde é menor, escrevemos um “m” minúsculo após a letra. Assim 
lemos o acorde como: “Cm = Dó menor“. 
 
3 – Os números determinam notas adicionadas ao acorde fundamental. Assim lemos 
o acorde como: “C7 = Dó maior com sétima” ou “Dó com sétima“, ou seja, um acorde 
de Dó maior com a sétima nota da escala adicionada. Se o acorde for menor 
teremos “Cm7 = Dó menor com sétima“. 
 
4 – Quando temos os sinais de # (sustenido) e b (bemol) juntamente com a letra 
iremos ler o acorde como, por exemplo, “F# = Fá sustenido ou Bb = Si bemol”. Se o 
acorde for menor será “F#m = Fá sustenido menor ou Bbm = Si bemol menor”. 
 
5 – Quando temos os sinais + ou Aum, iremos ler o acorde como: “A7+ = Lá com 
sétima aumentada”. 
 
6 – Quando temos os sinais – ou °, iremos ler o acorde como: “C7- = Dó com sétima 
diminuta”. 
 
Executando as Cifras 
 
Os acordes devem ser mudados exatamente no momento em que for cantar as 
sílabas sublinhadas, não podendo em hipótese alguma ser mudado antes e nem 
depois, pois se isto ocorrer você estará “fora do tempo” da música. 
 
 
 
No exemplo acima, tocamos o acorde Am no ritmo correto até que a canção chegue 
na sílaba “mi”, onde deverá ser montado o acorde E. 
 
Seja exigente com você mesmo e habitue-se a trocar os acordesno momento certo, 
para tanto é necessário estudar a letra da música, a melodia, o ritmo e 
principalmente os acordes utilizados. 
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O Ensino da Viola e a Dificuldade de Encontrar Materiais 
 
É difícil encontrar materiais sobre viola e como aprender a tocar o instrumento, 
principalmente na internet, onde muitas vezes as informações são descentralizadas 
ou de fontes não muito confiáveis. Por isso, hoje vamos falar sobre o ensino da viola 
caipira e os materiais sobre esse instrumento. 
 
 
A viola no Brasil era caracterizada como um símbolo cultural daquele que morava 
em sertões, o caipira, em que era passado os seus conhecimentos de uma geração 
para outra. Porém ao urbanizar-se ele trouxe também diversos elementos culturais 
à medida que era introduzida em novos lugares e sob novas condições 
socioculturais. 
 
Conforme a viola ia se disseminando no país, os violeiros rebatizavam a viola com 
diversos nomes tais como: viola sertaneja, viola nordestina, de dez cordas e etc, 
além de inventar novas tradições que eram representadas pela criação de diversos 
gêneros e pelo rearranjo de diferentes elementos musicais. 
 
Contudo o ensinamento da viola era feita de forma oral, tradicional e muito regional, 
entretanto, hoje o contexto musical da viola passa por intensas transformações, 
onde temos tocadores buscando legitimação musical em espaços antes não 
ocupados, temos tradição aliada a novos elementos musicais, desenvolvimento de 
segmentos e, principalmente, o ensino do instrumento em escolas musicais, além de 
programações culturais em diversas instituições em torno da viola, rompendo o 
padrão tradicional de ensino oral para o âmbito do espaço escolar. 
 
 
Isso contribui para a projeção da viola caipira até mesmo em lugares que antes não 
tinham a prática do instrumento, surgindo novos músicos, desenvolvendo um 
segmento fonográfico, aumentando os repertórios e gêneros musicais. 
 
Mas, a institucionalização do ensino da viola, ou seja, a mudança do ensino oral 
para o escrito, ainda é um processo muito recente, novo em muitos lugares, ainda 
que a prática de tocar viola nesses lugares seja antiga, sendo importante agregar 
tocadores e professores em torno da tradição de viola caipira e, consequentemente, 
na valorização de práticas ligadas a música sertaneja raiz. 
 
Na região centro-sul do Brasil, na década de 1980, surgiu os primeiros cursos desse 
instrumento, envolvendo o processo de escolarização da viola caipira. Porém, como 
o ensino da viola anteriormente era somente oral e o processo de ensino com a 
escrita ainda é algo muito recente, torna-se difícil encontrar material sobre o assunto 
e até mesmo ensinando a tocar viola caipira. Na era digital em que vivemos, a viola 
caipira é sem dúvidas o instrumento mais difícil de encontrar material na internet. 
 
Não é fácil criar material de viola caipira. E percebemos ao longo do caminho que as 
pessoas tinham muitas dificuldades de aprender a tocar viola, principalmente ao 
tentar aprender pela internet, pois na maioria dos casos as informações eram 
poucas e muito raramente centralizadas, além de alguns professores não passarem 
realmente o verdadeiro “segredo” para aprender a tocar viola caipira e a tocar bem. 
 
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O que é Harmonia, Melodia e Ritmo? 
 
A música está constantemente presente em nossas vidas. Ela relaxa, tranquiliza e 
transmite emoções. Definir a música não é algo muito óbvio, entretanto existem três 
pilares que são essências em uma música e que normalmente geram confusões 
quanto a sua classificação. Por isso, hoje vamos falar sobre harmonia, melodia e 
ritmo. 
 
De maneira geral, a música é teoricamente uma combinação de sons e silêncios de 
maneira organizada. Muitas pessoas apenas ouvem uma música e às vezes isso 
basta para agradar e se sentir bem, porém se você quer realmente escutar uma 
música é preciso ter atenção aos detalhes do som. E para isso é preciso entender 
alguns conceitos essenciais da música: a melodia, a harmonia e o ritmo. 
 
Esses três elementos constituem uma música. Contudo, a música em si não precisa 
necessariamente conter esses três elementos, mas para uma música ser “completa” 
ela precisa ter uma harmonia, melodia e ritmo. Portanto, veja abaixo o que é cada 
um deles. 
 
O que é Harmonia? 
 
É o elemento mais importante. A harmonia é caracterizada como um conjunto de 
acordes formados pela união de várias notas simultaneamente e a combinação entre 
os acordes, que serão tocados na composição musical. 
De maneira geral, a harmonia é uma sequência de acordes construída sobre uma 
determinada ideia harmônica ou geralmente a sonoridade que serve de base para a 
melodia, estabelecendo uma conexão adequada com a mesma. 
Ao tocar viola, por exemplo, você estará fazendo harmonia com os acordes na viola, 
uma vez que cada acorde é uma sobreposição de notas, e é por isso que os acordes 
fazem parte da harmonia. 
 
O que é Melodia? 
 
Melodia é percebida como a sequência de notas tocadas uma a uma ou sons. 
Assim, a melodia é o conjunto de notas que são tocadas sequencialmente em uma 
canção. 
A melodia é a voz principal do som. Ao se tocar uma nota de cada vez ou uma corda 
de cada vez, temos uma melodia. Quando ouvimos um solo de viola caipira, violão, 
guitarra e etc, estamos ouvindo, na verdade, uma melodia. 
É também a forma do cantor vocalizar as notas. Quando cantamos, a cada sílaba 
cantada entoamos uma nota diferente e esta sequência de notas é o que chamamos 
de “melodia da música”. Lembrando que a melodia não é necessariamente 
composta por uma única voz, apesar de ser menos comum, é possível também que 
ela tenha duas ou mais vozes. 
 
O que é Ritmo? 
 
Ritmo é a marcação do tempo de uma música, que nos diz como acompanha-la. 
Determina à duração, velocidade, intensidade e os valores de cada nota, definindo 
quanto tempo cada parte da melodia continuará à tona. 
Normalmente a marcação do tempo da música é realizada por instrumentos 
percussivos, como a bateria ou a percussão, determinando qual o andamento e 
ritmo da música. Embora, alguns instrumentos como o piano, guitarra, viola e violão, 
podem fazer a harmonia e o papel rítmico também, quando tocados sem 
acompanhamento de outro instrumento. 
Ao conhecer e estudar esses três elementos é possível manipular de forma ilimitada 
todos os recursos que a música oferece, fazendo que fique interessante para os 
nossos ouvidos. Porém, mais importante do que saber o que é musica, é saber 
como trabalhar em cima dela. 
 
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Tipo de Revestimento para Cordas da Viola 
 
Atualmente diversas marcas no mercado estão disponibilizando encordoamentos 
revestidos para ajudar a evitar a oxidação das cordas e prolongar sua vida útil. E se 
você soa muito ao tocar, encordoamentos revestidos pode ser uma boa opção. Veja 
os tipos de revestimento para cordas de viola e entenda mais sobre eles. 
 
Por que usar Cordas com Revestimento? 
 
As cordas podem ser feitas de um único fio de metal, produzindo cordas mais finas. 
Contudo, quando a espessura é maior, as cordas com um único fio podem provocar 
perdas de afinação frequentes e para evitar esse problema, as cordas passam por 
um processo de revestimento com outras fibras trançadas ou enroladas em espiral 
em torno do núcleo. Dessa forma, é possível produzir cordas de grandes espessuras 
e muito resistentes à tração. 
 
 
Outro problema enfrentado quando utilizamos cordas de aço é que ao tocarmos a 
viola exercitamos nossos músculos, o nosso corpo aumenta a temperatura e 
inevitavelmente suamos. Cada pessoa possui níveis diferentes de suor, uns suam 
mais e outros menos, mas é inevitável o contato do suor com as cordas da viola. 
Com isso, as cordas de metal ao entrarem em contato com o suor, que é composto 
principalmentede água, acabam passando por um processo chamado de oxidação. 
 
O acúmulo de suor e a oxidação do material modifica o timbre, a sonoridade do 
instrumento, diminuindo a durabilidade das cordas, além de deixa-las menos 
agradáveis de tocar. Assim, o processo de revestimento ajuda a evitar a oxidação 
das cordas, prolongando a durabilidade de seus componentes e oferecendo um 
tempo de troca mais longo. 
 
 
Alguns Tipos de Revestimento para Cordas da Viola 
 
Níquel Puro: As cordas têm núcleo de aço e revestimento de níquel. Tem maior 
durabilidade, não arrebenta com facilidade e possui um som característico, metálico 
e cristalino, típico da viola caipira. É a preferida entre os violeiros. 
 
Bronze: As cordas têm núcleo de aço e revestimento de bronze, que é uma liga 
metálica da mistura de cobre e outros materiais, podendo ser o bronze revestido de 
zinco. As cordas de bronze podem ser fabricadas com 80% de cobre e 20% de zinco 
e por isso são chamadas de cordas 80/20. Possuem um som mais brilhante e 
metálico. Mais indicada para pessoas que transpiram pouco para ter uma maior 
durabilidade. 
 
Cobre Prateado: Núcleo de aço e revestimento com liga de cobre prateado. 
Oferecem um toque mais macio e mais durabilidade do que as cordas de bronze, 
mas a sonoridade não é tão brilhante. 
 
Bronze e Fósforo: Esse tipo de corda possui o núcleo de aço e revestida de bronze, 
sendo também adicionado fósforo ao bronze. As cordas quem contém fósforo 
possuem um som mais quente e a quantidade de fósforo presente também 
corresponde à qualidade do som produzido. Podem ser usadas em todos os estilos 
de música e o som é mais “fechado” e perdura mais que as cordas de bronze. 
 
Existem diversos tipos de revestimento. Normalmente encordoamentos de latão, 
cobre e bronze possuem um timbre bastante “metálico”, já cordas de níquel 
proporcionam um timbre mais “aveludado” em comparação com outras. 
 
Geralmente, este tipo de cordas custa um pouco mais do que as cordas sem 
revestimento, mas em longo prazo pode ser que tenha um bom custo/benefício. É 
bom procurar as indicações do fabricante, se houver, e testar até encontrar o melhor 
material que se adapta à sua música e ao seu estilo. 
 
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Marcas de Viola Caipira 
 
Escolher uma boa viola caipira não é tão complicado como imaginamos. Entretanto, 
um erro comum dos iniciantes é comprar violas de baixíssima qualidade e que não 
oferecem suporte ao aprendizado, por não ter interesse em investir ou condições no 
momento de comprar uma viola de melhor qualidade. Mas, mesmo gastando menos 
é possível comprar uma boa viola. 
 
Lembrando que não existe “a melhor marca de viola”, mas listamos algumas marcas 
que se sobressaem pela alta qualidade geral de suas violas e, muitas vezes, pela 
extensa experiência em fabricá-los. 
 
Algumas Marcas de Viola 
 
De um modo geral, é mais indicado ter uma viola produzida por um bom Luthier, 
porém o custo é muito alto, afinal você estará pagando pelo trabalho artesanal, pela 
garantia de qualidade e por um acabamento de primeira , o que torna a aquisição 
inviável para a maioria dos violeiros iniciantes. Então, a opção é comprar uma viola 
em lojas de instrumentos ou pela internet. 
 
 
ozini: Fundada por José Roberto Rozini e José Pereira, experiente Luthier, em 
1995, a indústria nacional Rozini começou suas atividades e entrou no mercado com 
um produto próprio, genuinamente brasileiro, que oferecesse qualidade e preço 
justo. A empresa produz de forma artesanal Violões, Violas Caipira, Cavacos, Banjos 
e Bandolins, além de alguns instrumentos de percussão. A empresa tem uma 
constante preocupação com a principal matéria-prima de seus instrumentos, a 
madeira, utilizando somente madeiras legais, que provêm de áreas de manejo 
florestal. Essa marca possui violas com excelentes acabamentos, ótima sonoridade 
e vem bem regulada de fábrica, tornando-se uma boa alternativa para violeiros 
iniciantes. Dentro do mercado brasileiro da produção via fábricas, a Rozini é a que 
atende melhor o público na relação custo/benefício, com boas violas a um preço 
médio entre R$400,00 reais. 
 
A marca também lançou uma série em homenagem ao mestre Tião Carreiro, sendo 
uma réplica fiel de uma de suas violas favoritas, que era utilizada principalmente em 
gravações, seguindo a especificações consideradas ideais por ele. A viola atende a 
quem procura um timbre mais cheio e encorpado e é excelente para gravações em 
estúdio. 
 
Giannini: Tradicional no mercado, a Giannini foi fundada pelo Luthier italiano 
Tranquillo Giannini. Em 1990, veio também para o Brasil, onde a empresa emprega 
até os dias de hoje os ensinamentos do seu fundador. Seus instrumentos aliam a 
técnica artesanal de Tranquilo com a mais moderna tecnologia industrial, mantendo 
a reconhecida qualidade de seus instrumentos, passando por um rígido controle de 
qualidade e cuidados. A marca possui violas leves, não precisando forçar muito as 
cordas, com excelentes acabamentos, ótima sonoridade e boa regulagem de fábrica, 
o que é ótimo para violeiros iniciantes. Tem um bom custo/benefício com boas violas 
a um preço médio entre R$400,00 a 2.000,00 reais. 
 
Strinberg: Reconhecida mundialmente como uma das grandes marcas de 
instrumentos musicais. No início da sua produção tinha como foco a fabricação de 
instrumentos para músicos iniciantes e com o passar do tempo, começou a investir 
também na produção para músicos mais exigentes. A marca produz instrumentos 
populares com qualidade profi
Mogno, Natowood, Ash e Bassword, porém seu preço médio é um pouco mais 
elevado do que as violas mais em conta das marcas acima, com valores em torno de 
R$700,00 reais. Suas violas têm características sonoras de
desempenho e acabamento digno do mais nobre Luthier.
 
Hofma: A marca possui duas series de violas brasileiras: Rio Acima e Rio Abaixo, e 
seus instrumentos regionais têm a mesma qualidade de cada instrumento da sua 
linha de fabricação. Oferecem duas opções de viola, cinturada e tradicional. As suas 
violas são fabricadas com madeira para promover o melhor som acústico e as violas 
elétricas são desenvolvidas com captação que amplifica fielmente seu timbre. São 
ideais para aperfeiçoar os estudos, para professores que querem uma Viola de 
qualidade para lecionar e, 
mesmo, para músicos experientes incrementarem suas apresentações. Preço médio 
em torno de R$800,00 reais.
 
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As Cordas da Viola 
 
As cordas é um elemento que influencia mais do que imaginamos no som produzido 
pela viola, sendo um dos fatores responsáveis para que a viola tenha o som que 
você ouve. E muitas vezes não damos a devida atenção 
quiser entender um pouquinho mais sobre as cordas da viola, veja abaixo como é 
feito o seu processo de fabricação.
 
 
Uma corda se divide em duas partes chamadas de “núcleo ou alma” e “capa exterior 
ou revestimento”. 
 
Partes que compõem uma corda de viola: núcleo (ou alma) e capa exterior.
instrumentos para músicos iniciantes e com o passar do tempo, começou a investir 
também na produção para músicos mais exigentes. A marca produz instrumentos 
populares com qualidade profissional e com madeiras de alta qualidade como 
Mogno, Natowood, Ash e Bassword, porém seu preço médio é um pouco mais 
elevado do que as violas mais em conta das marcas acima, com valores em torno de 
R$700,00 reais. Suas violas têm características sonoras de um instrumento de alto 
desempenho e acabamento digno do mais nobre Luthier. 
A marca possui duas series de violas brasileiras: Rio Acima e Rio Abaixo, e 
seus instrumentos regionais têm a mesma qualidade de cada instrumento da sua 
o. Oferecem duas opções de viola, cinturada e tradicional. As suas 
violas são fabricadas com madeira para promover o melhor som acústico e as violas 
elétricas são desenvolvidas com captação que amplifica fielmente seutimbre. São 
os estudos, para professores que querem uma Viola de 
 
mesmo, para músicos experientes incrementarem suas apresentações. Preço médio 
em torno de R$800,00 reais. 
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As Cordas da Viola – Como são Fabricadas? 
As cordas é um elemento que influencia mais do que imaginamos no som produzido 
pela viola, sendo um dos fatores responsáveis para que a viola tenha o som que 
você ouve. E muitas vezes não damos a devida atenção a esse fator. Então, se 
quiser entender um pouquinho mais sobre as cordas da viola, veja abaixo como é 
feito o seu processo de fabricação. 
As Cordas da Viola 
Uma corda se divide em duas partes chamadas de “núcleo ou alma” e “capa exterior 
Partes que compõem uma corda de viola: núcleo (ou alma) e capa exterior.
instrumentos para músicos iniciantes e com o passar do tempo, começou a investir 
também na produção para músicos mais exigentes. A marca produz instrumentos 
ssional e com madeiras de alta qualidade como 
Mogno, Natowood, Ash e Bassword, porém seu preço médio é um pouco mais 
elevado do que as violas mais em conta das marcas acima, com valores em torno de 
um instrumento de alto 
A marca possui duas series de violas brasileiras: Rio Acima e Rio Abaixo, e 
seus instrumentos regionais têm a mesma qualidade de cada instrumento da sua 
o. Oferecem duas opções de viola, cinturada e tradicional. As suas 
violas são fabricadas com madeira para promover o melhor som acústico e as violas 
elétricas são desenvolvidas com captação que amplifica fielmente seu timbre. São 
os estudos, para professores que querem uma Viola de 
mesmo, para músicos experientes incrementarem suas apresentações. Preço médio 
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As cordas é um elemento que influencia mais do que imaginamos no som produzido 
pela viola, sendo um dos fatores responsáveis para que a viola tenha o som que 
a esse fator. Então, se 
quiser entender um pouquinho mais sobre as cordas da viola, veja abaixo como é 
Uma corda se divide em duas partes chamadas de “núcleo ou alma” e “capa exterior 
 
Partes que compõem uma corda de viola: núcleo (ou alma) e capa exterior. 
 
O núcleo é o coração da corda de viola e seu fio principal. O material de produção é 
algum metal, tal como aço, níquel, entre outras. Normalmente o formato do núcleo 
pode ser hexagonal ou circular. 
 
Já a capa exterior pode ser feita de níquel, cobre, bronze, entre outros. Alguns 
instrumentos utilizam cordas inteiramente trançadas, sem núcleo. 
 
No processo de fabricação das cordas de uma viola é preciso examinar 
primeiramente o núcleo do fio de aço, por exemplo, em um microscópio, onde a 
imagem é ampliada para verificar se não há falhas. 
 
Após aprovado no teste anterior, o fio passa por um processo para medir a sua 
espessura, certificando que está no tamanho ideal. Ele então passa por um teste de 
cordas, onde o fio é esticado e depois torcido, testando sua tensão, força e 
elasticidade para averiguar o quanto o material consegue suportar até se romper. 
 
Depois, as ponteiras ou “bolinhas”, são selecionadas de forma que tenham sempre o 
mesmo tamanho e então são fixadas no fio. O fio já com a ponteira passa pelo 
processo de revestimento, onde um fio de níquel, por exemplo, é enrolado por toda a 
extensão do núcleo para que ele produza tons mais graves, sempre verificando se 
não existe folga em todo o seu comprimento. Você já reparou que apenas três 
cordas de sua viola são diferentes das outras? É por causa desse processo de 
revestimento. 
 
Na viola não há cordas com o núcleo feito de nylon, porém o núcleo de aço pode ser 
revestido com outro material diferente, seguindo os mesmos processos de produção 
descritos acima. 
 
As cordas produzidas são separadas por tom e enviadas para o final da linha de 
produção, onde são enroladas e empacotadas em embalagens plásticas individuais. 
E de lá elas seguem para as lojas, onde você pode escolher sua marca favorita, 
levar para casa e tirar um som. 
 
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Acessórios de Viola para Iniciantes 
 
1º: Afinadores. 
Muitos iniciantes da viola encontram dificuldades em afinar seu instrumento no 
começo, e aí vem à importância do afinador, pois ele te ajudará a afinar sua viola 
mesmo sem ter uma percepção para notas bem desenvolvida. É muito importante 
manter o instrumento sempre afinado. Vale lembrar que também é fundamental no 
aprendizado desenvolver a percepção musical e aprender a afinar de ouvido. 
 
2º: Capotraste. 
Atualmente muitos músicos utilizam capotraste em suas composições. Possui 
funcionalidades que ajudam a tocar e cantar com mais facilidade, além de cumprir a 
mesma função da pestana apertando todas as cordas da viola ou algumas cordas 
em determinada casa, sendo também possível subir a tonalidade da música como se 
estivesse tocando com as cordas soltas, ou seja, sem modificar os modelos de 
acordes utilizados. 
 
3º: Dedeira. 
A dedeira é um acessório utilizado no polegar da mão que se toca as cordas, 
geralmente fazendo o papel da unha do polegar para tocar as cordas, sendo muito 
utilizada para substitui o dedão do músico ou a polpa do polegar. 
 
4º: Metrônomo. 
É um acessório muito importante no estudo da viola, visto que ele auxilia no tempo e 
na dinâmica de ritmos e compassos. Todas as notas tem um tempo exato para durar 
em uma música, e para que você fique bom em sustentar notas em seus tempos 
certos, é necessário que aprenda a treinar da forma correta, e o metrônomo é o 
acessório mais correto para que você faça isto. Portanto é um dos itens mais 
importantes para seu treino, independentemente do modelo que queira utilizar. 
 
5º:Densenrolador de Cordas. 
Seve para desenrolar ou enrolar as cordas na hora de efetuar a troca do 
encordoamento da viola. Este acessório permite que você ganhe mais tempo na 
hora de efetuar a troca das cordas da viola, é bem simples e fácil de usar. 
 
6º:Correia. 
Geralmente é usado para apresentações ou para quem toca em banda e/ou o 
músico que toca em pé, pendurando a viola ao pescoço. 
 
7º:Kit de Limpeza. 
Uma viola suja pode prejudicar a sua técnica e até o seu som, e as cordas sujas 
podem ficar com uma sonoridade ruim ou até estourar. O nosso suor é abrasivo para 
o instrumento, favorecendo o aparecimento de pontos de ferrugem e desgaste 
excessivo das cordas. Utilizando os produtos adequados, é sempre bom limpar o 
seu instrumento e as cordas após o uso. 
 
8º: Capa. 
É um acessório de grande importância tanto para se locomover com a viola, quanto 
para protegê-la de arranhões, riscos e quedas. Além de ter vários tipos de capas no 
mercado hoje em dia, com várias utilidades e bolsos externos e internos que podem 
ser muito úteis. 
 
9º: Suporte para Cifras e Tablaturas. 
Esse suporte é excelente, pois proporciona melhor posicionamento e flexibilidade na 
hora de estudar e treinar. É também muito útil para quem deseja se apresentar, tocar 
com os amigos e afins, pois serve como suporte para sua pasta de músicas ou 
folhas. Existem vários tipos de modelos e material. 
 
10º: Suporte ou Tripé. 
É outro acessório fundamental, pois permite guardar a viola da forma correta. Muitas 
pessoas prejudicam o instrumento por guardá-lo da forma errada. Além de ser 
possível organizar melhor seu local de estudo e deixar a viola mais acessível na 
hora de pegá-la para treinar e tocar. Outra vantagem do suporte ou tripé é sua 
locomoção, por ser leve e de tamanho adequado pode ser transportado de um lugar 
para o outro com muita facilidade. 
 
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Por que não Consigo Aprender Viola? 
 
Todas as pessoas podem tocar viola. Algumas terão mais dificuldades em 
determinados assuntos e outras menos, e isso é normal. Mas, apesar das 
dificuldades encontradas, você pode sim se desenvolvere progredir cada vez mais. 
Entretanto, é preciso ficar atento se muitas dessas dificuldades não estão sendo 
criadas por você mesmo. 
 
1º Você Estuda de Maneira Errada: Ao aprender viola é preciso procurar aprender de 
acordo com o seu nível e sem pular etapas, por mais que você considere chato ou 
menos importante. É importante seguir o passo a passo, estudar a teoria e treinar. 
Outra coisa importante é exercitar o que você já sabe, pois muitas questões teóricas 
e técnicas precisam ser sempre exercitadas para que você não esqueça. 
 
2º Você treina na frequência errada: O estudo da viola deve ser contínuo e 
gradativo. Não adianta estudar 10 horas em um dia e depois ficar semanas sem 
estudar. Você conseguirá assimilar muito mais coisas se estudar em um tempo 
reduzido, mas todos os dias. Talvez você não esteja progredindo por falta de 
disciplina na programação dos seus treinos. 
 
3º Perde Tempo Com Coisas Erradas: Talvez você pense que está estudando viola, 
mas ficar tocando músicas que já sabe, não treinar nada diferente, estudar com a 
viola no colo com a postura errada e não se concentrar porque se distrai facilmente, 
não acrescentam no estudo musical e não te levam a um progresso significativo. É 
preciso ter foco e estudar de maneira correta. 
 
4º Não Investe em Bons Materiais: Ficar procurando várias coisas na internet, sem 
ter uma boa organização e método de estudo, pode sim dificultar o seu progresso. 
Hoje é possível você estudar com um método bom que ajuda muitas pessoas a 
progredirem, por um preço acessível, além do suporte com o professor. Realmente 
na era da informação está muito fácil estudar em casa com qualidade. Então, é uma 
coisa a se pensar! 
 
5º Não Acredita em Si: Muitos iniciantes não acreditam que podem aprender a tocar 
viola por vários motivos particulares, mas se você é um desses repare na quantidade 
de pessoas com restrições físicas que alcançaram um bom patamar musical. Tocar 
bem é também uma questão de decisão, pois a partir do momento em que você 
decidir que é isso mesmo que quer fazer e estudar corretamente os resultados com 
certeza aparecerá. Acredite em você! 
 
6º Não Tira as Dúvidas: Se você quer melhorar em qualquer coisa na vida, precisará 
fazer o possível para tirar todas as suas dúvidas. Na viola não é diferente, pois se 
você guardar dúvidas, continuará com dificuldades e minimizando sua melhora no 
instrumento. Procure sempre tirar suas dúvidas com quem realmente conhece do 
assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
O que são Intervalos Musicais? 
 
Os intervalos musicais vão muito além da definição teórica, eles possuem uma 
aplicação prática que é determinante para o controle das escalas musicais, 
montagem de acordes, arpejos e relação das notas com a harmonia. É essencial 
para quem, por exemplo, quer aprender a compor, tirar músicas de ouvido, além de 
ajudar na hora de fazer transposição de tons. 
 
O que são Intervalos Musicais? 
 
Em teoria musical, a distância entre duas notas é denominada de intervalo e esse 
conceito serve para todos os tipos de instrumentos. 
 
 
A escala acima, composta pelas notas naturais, forma a escala natural, e o que 
caracteriza uma escala é o espaço que há entre cada nota da sequencia. A escala 
natural possui intervalos simples, assim, o Dó faz um intervalo de segunda com o 
Ré, porque é a segunda nota da escala. Bem como o Fá faz intervalo de quarta com 
o Dó. O Sol faz intervalo de quinta. O Lá faz intervalo de sexta. O Si faz intervalo de 
sétima. 
 
 DÓ -> RÉ (SEGUNDA MAIOR) 
 DÓ -> MI (TERÇA MAIOR) 
 DÓ -> FÁ (QUARTA JUSTA) 
 DÓ -> SOL (QUINTA JUSTA) 
 DÓ -> LÁ (SEXTA MAIOR) 
 DÓ -> SI (SÉTIMA MAIOR) 
 DÓ -> DÓ (OITAVA) 
 
Estes são os intervalos entre as notas da escala natural, que podem ser maiores, 
menores, justos, aumentados ou diminutos. Lembrando que o intervalo implica que 
tenhamos duas notas para contar qual intervalo há entre elas. 
 
Intervalo de 3º (Terça) 
 
Entre os intervalos simples, temos o intervalo de 3º, que é denominado dessa 
maneira porque envolve a passagem de três notas, como por exemplo, Dó, Ré e Mi. 
E é esse intervalo que compõe os acordes, que pode ter duas classificações: 
 
 Terça maior: Possui a distância de dois tons 
 Terça menor: Possui a distância de 1 tom e meio 
 
Ressaltando que um tom é à distância de dois sustenidos (ou de dois bemóis), e um 
semitom é à distância de um sustenido (ou de um bemol). Logo, um tom e meio = 
um tom + um semitom. 
 
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Formação de Acordes 
 
Para a formação de acordes é imprescindível entender e conhecer as escalas. É 
preciso também estudar essa parte com atenção e calma, e verá que esse processo 
é muito simples e pode ser utilizado em qualquer outro instrumento. 
 
Na viola, quando tocamos um par de cordas solta ou pressionada em qualquer casa, 
obtemos apenas uma nota, mas quando tocamos várias cordas ao mesmo tempo 
obtemos várias notas e neste caso se colocarmos os dedos nos lugares corretos, 
estará tocando um acorde. Existe Lógica na Formação de Acordes? 
 
Sim. Existe uma regra lógica para se definir a formação e o nome de cada acorde 
corretamente. E a falta desse entendimento são os principais fatores que geram 
confusão na formação de acordes, como: 
 
 As diversas nomenclaturas utilizadas. 
 Nomes incorretos dados aos acordes. 
 As várias formas de executar o mesmo acorde, nem sempre corretamente 
utilizadas. 
 A falta de compreensão da estrutura de intervalos subjacente aos acordes. 
 
Ao saber a regra, saberá montar e nomear qualquer acorde no seu instrumento. 
 
Formação de Acordes 
 
A escala de Dó maior (C-D-E-F-G-A-B-C) é usada para montar uma tabela onde são 
extraídas a maioria das informações que serão necessárias para a construção de 
acordes, para tanto, também são utilizadas algarismos romanos (I-II-III-IV-V-VI-VII-
VIII) que são chamados como GRAUS. Os graus são uma referência para montar 
qualquer tipo de acorde, seja maior, menor, diminuto, etc. 
 
 
A figura acima representa a escala de Dó maior, note que de Mi para Fá a distância 
entre eles é de apenas ½ Tom e de Si para Dó também é de ½ Tom. Isto ocorre 
porque as notas E e B não têm sustenido. Portanto, do III para o IV grau a distância 
será sempre ½ Tom e o mesmo ocorre do VII para o VIII grau. Para os outros graus 
a distância é de 1 Tom. 
 
Vale ressaltar que a soma de dois ½ Tons resultam em 1 Tom. 
 
 
Na tabela abaixo temos várias escalas que se você entender o funcionamento desta 
tabela poderá tocar qualquer instrumento de cordas sem a necessidade de nenhum 
dicionário de acordes, desde que você saiba primeiramente a sua afinação. 
 
Note que acima do Grau 1 está a palavra tônica. Quando montamos um acorde, a 
tônica será sempre a nota que dá nome ao mesmo, ou seja, qualquer acorde que 
montar será iniciado pelo Grau 1 (tônica). Por exemplo, ao montar um acorde de “A”, 
o ponto de partida será o “A” do grau 1 da tabela acima. Exceto para as inversões de 
acordes. 
 
Para a formação de acordes maiores utilizando o 1º grau, o 3º grau e o 5º grau, são 
as conhecidas tríades. A partir desta informação é que montamos os acordes no 
braço da viola ou de qualquer outro instrumento. 
 
Para formar o acorde de Dó maior, já sabemos que a tônica é sempre nosso ponto 
de partida na construção do acorde, portanto, localize o “C” na coluna do Grau 1. 
Agora siga no sentido horizontal e anote a nota que está na coluna Grau III e em 
seguida anote a nota que está na coluna Grau V. Quando aplicamos esta fórmula, 
estamos obtendo a Tríade Maior. Neste caso a tríade de “C” é: C-E-G. 
 
A grande sacada na construção dos acordes é entender que os dedos pressionam 
as cordas apenas para “corrigir” a afinação que atenda a tríade requisitada. Assim, 
ao mudarmos o posicionamento dos dedos na hora de se montar um acorde, 
estamos na verdade ajustando as notas para que elas atendam o quea tabela acima 
pede. 
 
Abaixo temos as fórmulas para a formação dos acordes. Quando estiver habituado 
com ela você não vai mais precisar recorrer ao dicionário de acordes, ou seja, 
entender como se monta o acorde é muito mais fácil do que decorar centenas de 
“desenhos” do braço da viola. 
 
 
OBS: Quando o Grau estiver acompanhado de “b” (Bemol) você volta meio tom da 
nota no grau onde ele estiver. 
 
Vale a pena um pouco de esforço nesta parte teórica. A maioria dos iniciantes ignora 
está parte por acharem que não é importante ou por ficarem com preguiça, e 
acabam tendo muitas dificuldades. 
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Pratique o que aprendeu: 
 
Chora Viola 
Tião Carreiro e Pardinho 
 
Acordes 
A = X 0 2 2 2 0 
B7 = X 2 1 2 0 2 
E = 0 2 2 1 0 0 
E7 = 0 2 2 1 3 0 
 
 
(intro) 
 
E|---7/10---10---9----7---000---10---10---9----7---000- 
B|---9/12---12---10---9---000---12---12---10---9---000- 
G#|------------------------000----------------------000- 
E|------------------------000----------------------000- 
B|------------------------000----------------------000- 
 
 
E|---5/7---7---5---4---000-------------------000------------------- 
B|---7/9---9---7---5---000---4---4---2---0---000------------------- 
G#|---------------------000---3---3---1---0---000---1/3---3---1---0- 
E|---------------------000-------------------000---2/4---4---2---0- 
B|---------------------000-------------------000------------------- 
 
 
E|--------------------------------------------------- 
B|--------------------------------------------------- 
G#|---------------6---3------------------------------- 
E|-------4---7-------------------2---5---2----------- 
B|---5-------------------0---4---------------2/5---5- 
 
 
E|----------------------------------------------- 
B|----------------------------------------------- 
G#|-----------6---3------------------------------- 
E|---4---7-------------------2---5---2----------- 
B|-------------------0---4---------------2/5---5- 
 
 
E|--------------------------------- 
B|--------------------------------- 
G#|-------6---3--------------------- 
E|---4-----------0---2---4---2---4- 
B|---------------0---4---2---4---5- 
 
 
 E7 
Eu não caio do cavalo nem do burro e nem do galho 
 
Ganho dinheiro cantando a viola é meu trabalho 
 A B7 ( B7 A B7 ) 
No lugar onde tem seca eu de sede lá não caio 
 E B7 E 
Levanto de madrugada e bebo pingo de orvalho chora viola ! 
 
(intro) 
 
 E7 
Não como gato por lebre não compro cipó por laço 
 
Eu não durmo de botina não dou beijo sem abraço 
 A B7 ( B7 A B7 ) 
Fiz um ponto lá na mata caprichei e dei um nó 
 E B7 E 
Meus amigos eu ajudo inimigo tenho dó chora viola ! 
 
(intro) 
 
 E7 
A lua é dona da noite e o sol é dono do dia 
 
Admiro as mulheres que gostam de cantoria 
 A B7 ( B7 A B7 ) 
Mato a onça e bebo o sangue furo a terra e tiro o ouro 
 E B7 E 
Quem sabe agüentar saudade não agüenta desaforo chora viola ! 
 
(intro) 
 
 E7 
Eu ando de pé no chão piso por cima da brasa 
 
Quem não gosta de viola que não ponha o pé lá em casa 
 A B7 ( B7 A B7 ) 
A viola está tinindo o cantador tá de pé 
 E B7 E 
Quem não gosta de viola brasileiro bom não é chora viola !

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