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UNIFAEMA CENTRO UNIVERSITÁRIO LAUANDA PEREIRA VIEIRA HUGO VIEIRA RIBEIRO TEORIA NATALISTA ARIQUEMES - RO 2023 LAUANDA PEREIRA VIEIRA HUGO VIEIRA RIBEIRO TEORIA NATALISTA Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Bacharelado em Direito da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA como requisito parcial à obtenção de nota na N2 na disciplina de Direito Civil - Parte geral Orientador: Prof. Paulo Roberto Meloni Monteiro. ARIQUEMES - RO 2023 A partir, dos conhecimentos obtidos nas aulas de Direito civil observamos que o natalismo consegue transmitir o que mais cremos como coerente, muitos estudiosos explicam a teoria natalista e um dos que mais se mostrou relevante para nos foi Pereira onde afirma (2007, p.153), O nascituro não é ainda pessoa, não é um ser dotado de personalidade jurídica. Os direitos que se lhe reconhecem permanecem em estado potencial. Se nasce e adquire personalidade, integram-se na sua trilogia essencial, sujeito, objeto e relação jurídica; mas, se se frustra, o direito não chega a constituir-se, e não há falar, portanto, em reconhecimento de personalidade ao nascituro, nem se admitir que antes do nascimento já ele é sujeito de direito." A partir dessa passagem, notamos que a linha de raciocínio natalista não confere ao nascituro personalidade jurídica, garantindo esse direito somente com o nascimento. Paralelamente, uma gestante em Cuiabá obteve na Justiça o direito de interromper a gravidez que se levada adiante certamente a levaria a óbito (TJMT, 2023), com grande semelhança ao caso, minha irmã mais velha estava lidando com sérios problemas de saúde há uns 5 anos, naquela época, engravidar seria muito arriscado para ela. Por infelicidade, minha irmã acabou engravidando e o risco para sua saúde aumentou, felizmente, um aborto legal deu certo e pudemos usar o que aconteceu em Cuiabá para proteger a vida dela. O acontecido nos faz acreditar que o natalismo seria a teoria com maior coerência atualmente, posto a isso, se tivessem considerado a teoria concepcionista nesses casos tanto a gestante de Cuiabá quanto minha irmã poderiam falacer já que teriam que seguir com a gestação, visto que, teriam que garantiriam os direitos dado ao nascituro desde a concepção. Valendo ressaltar que de acordo com Arruda (2020, p.19) "A teoria concepcionista defende que o nascituro é uma pessoa, possuindo seus direitos resguardados em lei. Sendo assim, o ainda não nascido tem seus direitos reconhecidos desde a concepção, ainda no ventre materno." Isso me faz pensar se a teoria natalista realmente consegue proteger os direitos das mães de forma mais eficaz. E evidente a importância de assegurar a preservação da vida e o bem-estar das mulheres. Sendo necessário compreender que a vida preexistente possui direitos e obrigações intrínsecos que merecem consideração; a gestação não deve implicar na minimização ou subordinação desses direitos, não tornando a vida da mulher irrelevante. Então, no momento do nascimento que o feto alcança sua autonomia, adquirindo seus próprios direitos e responsabilidades no panorama civil. Portanto, proteção das mulheres não somente é uma premissa ética, mas também se traduz como uma maneira de garantir uma abordagem justa e equilibrada em relação aos direitos individuais em questão. Em síntese, a perspectiva de Pereira sobre a personalidade jurídica do nascituro e os casos de Cuiabá e o exemplo pessoal evidenciam a importância de equilibrar os direitos do feto com a saúde materna. Isso desafia a noção de que a teoria natalista é a única abordagem válida, destacando a necessidade de considerar ambos os lados e buscar soluções que respeitem os direitos e interesses de todas as partes envolvidas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS INFORMAÇÃO, C. DE T. DA. Risco de morte da mãe faz justiça autorizar aborto. Disponível em: < http://www.tjmt.jus.br/Noticias/34146 >. Acesso em: 15 ago. 2023. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil – Direito de Família. Vol. V. 16ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2007. ARRUDA, Anna Clara Milhomem. A Personalidade Jurídica do Nascituro. Anápolis, 2020
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