Existem três teorias da personalidade jurídica do nascituro: a concepcionista, a natalista e a personalidade condicional. A teoria concepcionista defende que a personalidade jurídica do indivíduo começa a partir da concepção, ou seja, desde o momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide. Essa teoria não é adotada pelo Código Civil brasileiro. A teoria natalista, por sua vez, é a adotada pelo Código Civil brasileiro. Ela estabelece que a personalidade jurídica do indivíduo começa a partir do nascimento com vida. Isso significa que o nascituro ainda não é considerado uma pessoa para fins jurídicos, mas sim uma expectativa de pessoa. Por fim, a teoria da personalidade condicional estabelece que a personalidade jurídica do indivíduo começa a partir do nascimento com vida, mas com efeitos retroativos à concepção. Ou seja, o nascituro é considerado uma pessoa desde a concepção, mas somente adquire direitos e deveres a partir do nascimento com vida. Quanto à plenitude da teoria natalista adotada pelo Código Civil brasileiro, ela é relativa. Isso porque, apesar de o nascituro não ser considerado uma pessoa para fins jurídicos, ele possui alguns direitos, como o direito à vida, à alimentação e à saúde. Além disso, a jurisprudência brasileira tem reconhecido cada vez mais direitos ao nascituro, como o direito à indenização por danos morais em caso de aborto ilegal.
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