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AULA 16 - REVISÃ_O CRIMINAL

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CCJ 0047/0149– PRÁTICA SIMULADA III
Aula 16: REVISÃO CRIMINAL
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
Angelina, no dia 10 de outubro de 2012, na cidade de São Paulo, subtraiu veículo automotor de propriedade de Cátia Flávia. Tal subtração ocorreu no momento em que a
vítima saltou do carro para buscar um pertence que havia esquecido em casa, deixando-o aberto e com a chave na ignição. Jane, ao ver tal situação, aproveitou-se e subtraiu o bem, com o intuito de revendê-lo no Chile. Imediatamente, a vítima chamou a polícia e esta empreendeu perseguição ininterrupta, tendo prendido Angelina em flagrante somente no dia seguinte, exatamente quando esta tentava cruzar a fronteira para negociar a venda do bem, que estava guardado em local não revelado.
Em 31 de outubro de 2013, a denúncia foi recebida. No curso do processo, as testemunhas arroladas afirmaram que a ré estava, realmente, negociando a venda do bem no país vizinho e que havia um comprador, terceiro de boa-fé arrolado como testemunha, o qual, em suas declarações, ratificou os fatos. Também ficou apurado que Angelina possuía maus antecedentes e reincidente específica nesse tipo de crime, bem como que Cátia Flávia havia morrido no dia seguinte à subtração, vítima de enfarte sofrido logo após os fatos, já que o veículo era essencial à sua subsistência. A ré confessou o crime em seu interrogatório.
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
Ao cabo da instrução criminal, a ré foi condenada a cinco anos de reclusão no regime inicial fechado para cumprimento da pena privativa de liberdade, tendo sido levada em consideração a confissão, a reincidência específica, os maus antecedentes e as consequências do crime, quais sejam, a morte da vítima e os danos decorrentes da subtração de bem essencial à sua subsistência.
A condenação transitou definitivamente em julgado, e a ré iniciou o cumprimento da pena em 10 de junho de 2014. No dia 5 de março de 2015, você, já na condição de advogado (a) de Angelina, recebe em seu escritório a mãe de Angelina, acompanhada de Brad, único parente vivo da vítima, que se identificou como sendo filho desta.
Ele informou que, no dia 12 de outubro de 2013, Angelina , acolhendo os conselhos maternos, lhe telefonou, indicando o local onde o veículo estava escondido. O filho da vítima, nunca mencionado no processo, informou que no mesmo dia do telefonema, foi ao local e pegou o veículo de volta, sem nenhum embaraço, bem como que tal veículo estava em seu poder desde então.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes.
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
Fundamento: artigo 621 do CPP.
Prazo: a qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após. 
Conceito: é a peça cabível para o reexame de processos já transitados em julgado, em que o resultado foi a condenação do acusado ou a sua absolvição imprópria (imposição de medida de segurança). Portanto, se ainda for possível a interposição de recursos, não há o que se falar em revisão.
Como identificá-lo: o problema trará uma decisão já transitada em julgado, e dirá que a condenação foi contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos, ou
baseada em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos, ou que há novas provas que apontem a inocência do acusado ou circunstâncias que autorizem a diminuição
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO SÃO PAULO
OBS: 
____, nacionalidade, estado civil, profissão, residente e domiciliado no endereço ____, atualmente recolhido no presídio estadual ____, por seu advogado, que esta subscreve, não se conformando, data vênia, com a respeitável sentença que o condenou à pena de ____ anos de reclusão pela prática do crime previsto no artigo 126 do Código Penal, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor 
REVISÃO CRIMINAL
com fulcro no artigo 621, I, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
	
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
Requer o recebimento e processamento deste recurso, e encaminhado, com as razões anexadas, ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Termos em que, pede deferimento.
São Paulo, data. 
Advogado
OAB/____
(Item 03 – data e assinatura)
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
I - DOS FATOS: (Item 04 - a exposição dos fatos criminosos)
Angelina, no dia 10 de outubro de 2012, na cidade de São Paulo, subtraiu veículo automotor de propriedade de Cátia Flávia. Tal subtração ocorreu no momento em que a vítima saltou do carro para buscar um pertence que havia esquecido em casa, deixando-o aberto e com a chave na ignição. Jane, ao ver tal situação, aproveitou-se e subtraiu o bem, com o intuito de revendê-lo no Chile.
Ao cabo da instrução criminal, a ré foi condenada a cinco anos de reclusão no regime inicial fechado para cumprimento da pena privativa de liberdade, tendo sido levada em consideração a confissão, a reincidência específica, os maus antecedentes e as consequências do crime, quais sejam, a morte da vítima e os danos decorrentes da subtração de bem essencial à sua subsistência.
A condenação transitou definitivamente em julgado, e a ré iniciou o cumprimento da pena em 10 de junho de 2014.
Ocorre que após foi descoberto que o bem subtraído foi restituído à vítima tendo em vista que a apenada lhe telefonou, indicando o local onde o veículo estava escondido, tendo o filho da vítima ido ao local e recuperado o veículo de volta, sem nenhum embaraço, bem como que tal veículo estava em seu poder desde então.
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
II. DO DIREITO - DA TESE DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR - ART. 16 DO CP (Item 05 – Fundamentos Jurídicos) 
O arrependimento posterior está previsto no art. 16 do Código Penal: Art. 16 – Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Pela leitura do supracitado dispositivo legal, podemos perceber os vários elementos dessa causa de diminuição de pena. É necessário que: a) o crime tenha sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; b) o dano tenha sido reparado ou a coisa restituída até o recebimento da denúncia ou da queixa; e c) seja feito por ato voluntário do agente.
O STJ considera imprescindível que a reparação seja integral, isto é, que o agente tenha reparado todo o prejuízo causado pelo crime. Afinal, somente dessa forma são realmente atendidos os fundamentos de política criminal em que se estabelece o arrependimento posterior: a garantia dos interesses patrimoniais da vítima, o incentivo ao arrependimento pleno do agente e o reconhecimento da validade da norma infringida:
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
“A causa de diminuição de pena prevista no artigo 16 do Código Penal (arrependimento posterior), exige a reparação integral, voluntária e tempestiva do dano, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. Precedentes” (AgRg no RHC 56.387/CE, j. 16/03/2017).
II. DO DIREITO -DA DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO SIMPLES – ART. 155 DO CP7
Comprovado nos autos que o bem fora restituído no mesmo dia dos fatos, por conseguinte exige-se, por medida de justiça, a desclassificação da imputação e condenação para furto simples , pois não ocorrera o efetivo deslocamento do bem para o exterior, restando então o crime do Art. 155, caput, do CP.
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PRATICA SIMULADA III
AULA 16 – Revisão Criminal
Consequente, acolhidos os argumentos acima expostos, exige-se a modificação do regime para o semiaberto , conforme a Súmula 269 do STJ. 
IV – DOS PEDIDOS (Item 06 – Dos pedidos)
Com fundamento no art. 626 do CPP , requer o recebimentodo presente recurso, com o seu acolhimento para reconhecer a presença do arrependimento eficaz e a desclassificação para o delito de furto simples, de forma a gerar a redução da pena e, a consequentemente, fixação/mudança para regime semiaberto . 
Termos em que, pede deferimento.
São Paulo, data.
Advogado,
OAB/____ n. ____.
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