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Aula 4 - Diagnóstico em psicopatologia

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PSICOPATOLOGIA GERAL 
Professor Tom Rodrigues 
 
AULA 4: Princípios gerais do 
diagnóstico psicopatológico. 
A entrevista com o paciente. 
 
O que é Semiologia? 
 É a ciência geral dos signos. 
 Etimologia da palavra: união das 
palavras gregas semeion, que significa 
sinal, e logos, que significa estudo. 
 A Semiologia dos transtornos mentais 
se dedica a compreender os sistemas 
de significação dos sinais e sintomas 
dos transtornos mentais. 
Valor e limites do 
diagnóstico psicopatológico 
 Não ao dualismo radical entre posições! 
◦ Levar em consideração os limites, mas 
também os valores (pesquisas 
epidemiológicas, ensino, aprimoramento de 
estudos sobre o tratamento, etc.). 
 
 Na prática: importância de uma relação 
dialética permanete entre o particular 
(singular) e o geral (universal). 
“Apesar de ser absolutamente 
imprescindível considerar os aspectos 
pessoais, singulares de cada indivíduo, sem 
um diagnóstico psicopatológico 
aprofundado não se pode nem 
compreender adequadamente o paciente e 
seu sofrimento, nem escolher o tipo de 
estratégia terapêutica mais apropriado”. 
(Paulo Dalgalarrondo, 2008, p. 39). 
 
ASPECTOS PARTICULARES 
DO DIAGNÓSTICO 
PSICOPATOLÓGICO 
 É quase sempre baseado 
preponderantemente em dados 
clínicos; 
◦ Exames para diagnóstico diferencial entre 
transtorno psiquiátrico e uma doença 
neurológica; 
◦ Exames que não substituem o essêncial do 
diagnóstico psicopatológico: uma história 
bem-colhida e um exame psíquico 
minucioso, ambos interpretados com 
habilidade. 
 O diagnóstico psicopatológico não é, 
de modo geral, baseado em possíveis 
mecanismos etiológicos supostos 
pelo entrevistador; 
◦ Baseia-se principalmente no perfil de 
sinais e sintomas apresentados pelo 
paciente na história da doença e no 
momento da entrevista; 
◦ Problemática da contiguidade: A maioria 
dos quadros psiquiátricos surge após 
eventos estressantes da vida. 
Postura ideal: 
 Manter duas linhas paralelas de 
raciocínio clínico: 
◦ Uma linha diagnóstica, baseada 
fundamentalmente na cuidadosa 
descrição evolutiva e atual dos sintomas; 
◦ E uma linha etiológica, que busca, na 
totalidade de dados biológicos, 
psicológicos e sociais, uma formulação 
hipotética plausível sobre os possíveis 
fatores etiológicos envolvidos no caso. 
 Não existem sinais ou sintomas 
psicopatológicos totalmente 
específicos; 
◦ Não há sintomas patognomônicos em 
psiquiatria (que se referem 
especificamente a um transtorno 
inequívoco). 
 
 
Portanto... 
... o diagnóstico psicopatológico repousa 
sobre a totalidade dos dados clínicos, 
momentâneos (exame psíquico) e evolutivos 
(anamnese, história dos sintomas e evolução 
do transtorno). É essa totalidade clínica que, 
detectada, avaliada e interpretada com 
conhecimento (teórico e científico) e 
habilidade (clínica e intuitiva), conduz ao 
diagnóstico psicopatológico. 
 O diagnóstico psicopatológico é 
apenas possível com a observação do 
curso da doença; 
◦ O padrão evolutivo de determinado 
quadro clínico pode obrigar o profissional 
a repensar e refazer continuamente seu 
diagnóstico; 
◦ Possível inversão da lógica em que o 
“prognóstico” é dado pelo “diagnóstico”; 
◦ Existe a possibilidade de diagnóstico 
“provisório” (DSM 5). 
 
 
 O diagnóstico psicopatológico deve 
ser sempre pluridimensional; 
◦ Ou seja, deve incluir várias dimensões 
clínicas e psicossociais no diagnóstico; 
◦ Importância da formulação dinâmica e 
cultural do caso que está sendo 
diagnósticado: 
 Dinâmica: conflitos conscientes e 
inconscientes, mecanismos de defesa, ganhos 
secundários, aspectos transferenciais. 
 Cultural: símbolos e linguagem cultural 
específica do paciente, representações sociais, 
valores, rituais, religiosidade, condições 
objetivas de existência, etc. 
 Confiabilidade e validade do 
diagnóstico em psiquiatria; 
◦ A confiabilidade de um procedimento 
diagnóstico diz respeito à capacidade 
desse procedimento produzir, em relação 
a um mesmo indíviduo, em circunstâncias 
diversas, o mesmo diagnóstico; 
◦ A validade diz respeito à capacidade de 
um procedimento diagnóstico conseguir 
captar, identificar ou medir aquilo que 
realmente se propõe a reconhecer; 
 Por comparação com outros procedimentos 
válidos, avaliação estatística, etc. 
 Importante consultar a SATEPSI antes de usar 
um teste psicológico. 
 
 
Limites 
 Problemáticas definição da 
“causalidade” de um transtorno mental; 
 
 Problemáticas (filosóficas) envolvidas 
no problema da definição da “verdade” 
dos transtornos mentais. 
Por ser construído dentro de um contexto que 
é sempre histórico e cultural, o conhecimento 
que a Psicopatologia busca, assim como seus 
“diagnósticos” e seus “modos de 
tratamento”, está permanentemente sujeito a 
revisões, críticas e reformulações, não se 
constituindo, desta forma, como uma 
“verdade transcendental”. 
 
O DSM V (2013) 
A ENTREVISTA COM O 
PACIENTE 
ENTREVISTAS 
 
 A técnica e a habilidade em realizar 
entrevistas são atributos fundamentais e 
insubstituíveis do profissional de saúde em 
geral e de saúde mental em particular; 
 A habilidade do entrevistador se revela 
pelas perguntas que formula, por aquelas 
que evita formular e pela decisão de 
quando e como falar ou apenas calar; 
 É essencial a capacidade de estabelecer uma 
relação ao mesmo tempo empática e 
tecnicamente útil do ponto de vista 
humano. 
A entrevista varia muito em 
função... 
 Do paciente; 
 Do contexto institucional; 
 Dos objetivos da entrevista (diagóstico 
clínico, estabelecimento de vínculo 
terapêutico, orientação ou aconselhamento, 
etc.); 
 Da personalidade do entrevistador. 
 
 De modo geral, estar atento ao que diz o 
paciente... Buscar, na medida do possível, 
ouvir mais do que falar. 
O QUE EVITAR NA 
ENTREVISTA: 
 Posturas rígidas e estereotipadas; 
 Atitude excessivamente neutra ou fria; 
 Reações exageradamente emotivas; 
 Comentários valorativos ou julgamentos; 
 Reações emocionais intensas de pena ou 
compaixão; 
 Responder com hostilidade à possiveis 
investidas agressivas; 
 Entrevistas excessivamente prolixas; 
 Fazer muitas anotações. 
Segundo Dalgalarrondo (2008, p. 69): 
 
“A experiência e a atitude do 
profissional, curiosa, atenta e receptiva, 
determinam o quão profundo e 
abrangente será o conhecimento 
extraído das entrevistas”. 
As três regras “de ouro” da 
entrevista em Saúde Mental 
Aspecto Global do Paciente 
 Postura geral: ativa ou passiva; 
 Postura corporal, aparência física, 
roupas, acessórios, odores, marcas 
corporais, comportamentos e falas 
estereotipadas, etc.; 
 Atitude global 
◦ Por ex: Arrogante, confusa, deprimida, 
desconfiada, indiferente, oposicionista, 
etc. (Ver quadro 8.2 e 8.3) 
Lembrar ainda... 
 Que o paciente pode usar manobras ou 
mecanismos defensivos na entrevista, como 
riso, silêncio, perguntas inadequadas ou 
voltadas ao entrevistador. Falar sobre o 
sofrimento, gera de fato inibições; 
 O entrevistador deve buscar para cada 
paciente em particular o tipo de intervenção 
que facilite a continuidade de sua fala; 
Lembrar ainda... 
 Importante atentar-se para a presença da 
transferência e a contratranferência nas 
entrevistas, questionar a si mesmo; 
 Que o paciente pode simular ou dissimular 
sinais ou sintomas, por variados motivos; 
 Que devemos evitar a interpretação precoce 
dos dados; 
 Que o paciente tem o direito de ser confuso, 
contraditório e ilógico na descrição de seu 
caso, já o profissional, não; 
 
Lembrar ainda... 
 Que o paciente pode ter consciência 
(insight) de sua condição ou não; 
 Que a avaliação psiquiátrica como um todo 
envolve a anamnese, o exame psíquico, o 
exame físico geral e neurológico; e os 
exames complementares que se façam 
necessários (psicodiagnóstico, avaliações 
específicas, etc.). 
 
 Para saber mais sobre a Avaliação inicial e 
sobre as entrevistas iniciais,ver Quadro 8.4 
(Dalgalarrondo, 2008, p. 79). 
 Para saber mais sobre os elementos que 
compõem uma avaliação psiquiátrica, ver 
Quadro 8.5 (Dalgalarrondo, 2008, p. 80-83). 
 
Próxima Aula: 
 As funções psíquicas elementares e suas 
alterações. 
 O exame psíquico: Consciência e suas 
alterações. Atenção. Orientação. Tempo e 
espaço. Memória. Afetividade. 
 
 Leitura obrigatória: 
Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos 
Mentais de Paulo Dalgalarrondo (2008), 
Capítulos NOVE, DEZ, ONZE, DOZE, TREZE, 
QUINZE e DEZESSEIS

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