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PARTICULARIDADES DO AVISO-PRÉVIO Pedro Edmundo Boll 1 Pedro Edmundo Boll Júnior 2 Vanessa Carolina Boll 3 1 Pedro Edmundo Boll é Mestre em Ciências Empresariais e Especialista em Contabilidade e Auditoria pela UFP – Universidade Fernando Pessoa de Portugal, Especialista em Administração e Planejamento para Docentes e Bacharel em Ciências Contábeis pela ULBRA – Universidade Luterana do Brasil, Bacharel em Direito pela UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos. É sócio de escritório contábil desde 1988, atuando em assessoria e consultoria empresarial nas áreas contábil, fiscal, tributária, pessoal e societária. É perito-contador atuando em processo judiciais desde 1992 nas esferas trabalhista, cível e federal. 2 Pedro Edmundo Boll Júnior é Contador, bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Luterana do Brasil - ULBRA. Especialista em Perícias Judiciais, pós-graduado em Gestão de Perícias Judiciais pelo Instituto de Ensino Superior Meridional - IMED. E, está cursando a graduação em Ciências Atuariais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. 3 Vanessa Carolina Boll é Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e Bacharel em Direito pela UniRitter – Centro Universitário Ritter dos Reis. É servidora pública concursada do Tribunal Regional do Trabalho da 4ᵃ Região. RECONSIDERAÇÃO DO AVISO-PRÉVIO A concessão do aviso-prévio é um ato unilateral do empregador ou do empregado, ou seja, independe da concordância da parte contrária. Há, contudo, possibilidade de reconsideração do aviso-prévio, mas esta dependerá da concordância da parte contrária. Conforme prevê o art. 489 da CLT, a concordância poderá ser expressa (aceita formalmente a reconsideração) ou tácita (permanece prestando serviços na empresa após o término do prazo referente ao aviso-prévio). ESTABILIDADE NO AVISO-PRÉVIO Há hipóteses na legislação trabalhista em que o empregado adquire estabilidade provisória no emprego, ou seja, fica protegido contra a dispensa injustificada do empregador. Em regra, quando o empregado encontra-se em aviso-prévio, não irá adquirir essa estabilidade. Por exemplo, caso o empregado venha a ser eleito como dirigente sindical no prazo de aviso-prévio, não gozará da estabilidade e seu contrato de trabalho poderá ser extinto ao fim do prazo (vide Súmula n. 369, item V, do TST). Entretanto, o art. 391-A da CLT prevê expressamente que havendo confirmação do estado de gravidez, ainda que em curso do aviso-prévio, indenizado ou trabalhado, a empregada gestante fará jus à estabilidade. Deste modo, haverá continuidade do contrato de trabalho. Há jurisprudência dominante de tratamento semelhante no caso de empregado acidentado no curso do aviso-prévio, contudo, esse entendimento não possui previsão legal ou súmula. FALTA GRAVE DURANTE O AVISO-PRÉVIO O art. 490 da CLT prevê que: “o empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso”. Já o art. 491 dispõe que: “o empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo”. As hipóteses consideradas como falta grave do empregado estão arroladas no art. 482 da CLT. Atividades Complementares Leitura das Súmulas n.° 253, 276, 305, 348, 354, 371, 380 e 441 do TST Leitura das Orientações Jurisprudenciais n.° 42, 82, 268, 367 e 394 da SDI-I do TST. https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_351_400.html#SUM-369 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_251_300.html#SUM-253 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_251_300.html#SUM-276 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_301_350.html#SUM-305 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_301_350.html#SUM-348 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_351_400.html#SUM-354 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_351_400.html#SUM-371 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_351_400.html#SUM-380 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_401_450.html#SUM-441 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_041.htm#TEMA42 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_081.htm#TEMA82 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_261.htm#TEMA268 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_361.htm#TEMA367 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_381.html#TEMA394
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