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Direito do TrabalhoDireito do Trabalho ´Prof..ª Dra. Cleize Kohls Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 1. Levantamento de Prova 2. Revisando Direito Processual 2.1 Dicas iniciais 2.2 Dicas da Reclamação Trabalhista 2.3 Ação de Consignação em Pagamento 2.4 Dicas da Contestação 2.5 Dicas de Recurso Ordinário 2.6 Dicas pontuais de Processo do Trabalho 2.7 Recursos 2.8 Liquidação 2.9 Execução 3. Revisando Direito Material 3.1 Relação de Trabalho e Emprego 3.2 Tipos Especiais de Empregado 3.3 Relação de Trabalho 3.4 Empregador 3.5 Sucessão de Empresas 3.6 Contrato de Trabalho 3.7 Duração do Trabalho 3.8 Remuneração e Salário 3.9 Rescisão do Contrato de Trabalho 3.10 Estabilidade 3.11 Prescrição 3.12 Lei do Desporto 03 05 05 05 06 07 08 10 11 14 14 15 15 15 17 18 18 19 20 23 25 27 28 28 Revisão Turbo 2ª FASE OAB | TRABALHO | 37º EXAME SUMÁRIO Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente. Bons estudos, Equipe Ceisc. Atualizado em abril de 2023. 3 Peças cobradas e seu respectivo exame XII, XIV, XX, XXII, XXVII, XXX, XXXIII, XXXIVReclamatória Trabalhista Ação de Consignação em Pgto. Contestação Contestação com reconvenção X, XXIX 2010.2, IV, V, VI, VIII, XI, XVII, XVIII, XXIII, XXVIII, XXXII XXV Recurso Ordinário 2010.3, VII, IX, XV, XVI, XIX, XXI, XXIV,XXV-POA, XXVI, XXXI, XXXV Contrarrazões ao Recurso Ordinário XX-RO Emb. de Devedor ou Emb. de Terceiros XIII Gráfico das peças mais cobradas 0 5 10 15 Reclamação Trabalhista Ação de Consignação em Pagamento Mandado de Segurança Contestação Contestação com Reconvenção Recurso Ordinário Contrarrazões ao Recurso Ordinário Embargos de Devedor ou Embargos de Terceiros Mandado de Segurança XXXVI 1. Levantamento de Prova 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 4 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Temas mais cobrados nas questões Recursos 29 Contrato de Trabalho 21 Jornada, duração e horário de trabalho 18Modalidades de salário 16 Término do contrato de trabalho 14 Greve e Lockout 13 Partes e procuradores 13 Comparecimento na audiência/audiência 11 Provas 10 Contrato de TrabalhoAdicionais Comparecimento em audiência/audiência Modalidades de salário ProvasPartes e procuradores Recursos Término do contrato de trabalho Greve e Lockout Jornada, duração e horário de trabalho 5 2. Revisando Direito Processual 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Prof.ª Cleize Kohls @prof.cleizekohls 2.1 Dicas Iniciais 2.1.1 Acordo Extrajudicial Feito diretamente pelas partes, com advogados diferentes e levado para homologação (art. 855-B, da CLT). 2.2 Dicas da Reclamação Trabalhista Fundamento Legal A Reclamação Trabalhista tem sua fundamentação legal no artigo 840, §1º da CLT, tendo o seu rito (sumário, sumaríssimo e ordinário) determinado pelo valor da causa. O que deve conter? A reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido - que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor -, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. Pode ser pedida a TUTELA PROVISÓRIA, nos termos do CPC, sendo o principal exemplo: a reintegração; a Justiça Gratuita – se tiver os requisitos; deve pedir Honorários de Sucumbência; a procedência, a notificação da reclamada e protestar pela produção de provas, realizar a indicação do valor da causa e por fim, fazer o fechamento. 2.1.2 Competência Material - Art. 114, CF Para fazer uma petição inicial, lembre-se de confirmar se a JT tem competência para o que pretende pedir. Na contestação e no RO, veja se não é o caso de alegar a incompetência absoluta da JT. Atenção com a execução das contribuições sociais (Súmula 368 do TST). 2.1.3 Competência Territorial - Art. 651, CLT Lembre-se de confirmar qual é a Vara do Trabalho competente – regra: local da prestação dos serviços. Em defesa, pode-se alegar a incompetência territorial por meio da exceção (art. 800 da CLT). 2.1.4 Jus Postulandi Possibilidade de litigar sem advogado. (Súmula 425 do TST). 6 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra A reclamação deve ser elaborada com a análise dos seguintes artigos: art. 319 do CPC e art. 840 da CLT. Estrutura Básica Preliminares Mérito Tutela provisória Justiça Gratuita Honorário de Sucumbência 1. Endereçamento 2. Nome e qualificação reclamante 3. Nome e fundamentação da peça 4. Nome e qualificação da reclamada 5. Teses 6. Pedidos e Requerimentos Finais 7. Valor da Causa 8. Fechamento Estruturação - passo a passo Quantas vezes já caiu na prova? A Reclamação Trabalhista já foi cobrada 7 vezes, nos seguintes exames: XII, XIV, XX, XXII, XXVII, XXX, XXXIII. Há alguma outra inicial importante? 2.3 Ação de Consignação em Pagamento Fundamento Legal A Ação de Consignação em Pagamento tem sua fundamentação legal no artigo 539 do CPC. O que deve conter? A Ação de Consignação em Pagamento é cabível quando o empregador precisa pagar ou entregar algum objeto e não consegue e deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos acerca da recusa ou dúvida para pagamento, um tópico de mérito (com fato, fundamento e pedido), pedidos de notificação, provas, procedência, a informação do valor da causa e o fechamento da peça. 7 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Estrutura Básica 1. Endereçamento 2. Nome e qualificação da consignante 3. Nome da ação fundamentação 4. Nome e qualificação do consignatário 5. Teses (fatos e fundamentos – parcelas que são consignadas) 6. Pedidos e Requerimentos Finais (citação, provas, procedência) 7. Valor da Causa (valor consignado) 8. Fechamento Estruturação - passo a passo Quantas vezes já caiu na prova? A Ação de Consignação em Pagamento já foi cobrada 2 vezes, nos seguintes exames: X e XXIX. 2.4 Dicas da Contestação Fundamento Legal A Contestação serve para rebater os pedidos da inicial e tem sua fundamentação legal no artigo 847 da CLT. O que deve conter? Preliminares processuais (art. 337 do CPC): problemas com o processo ou procedimento, como, por exemplo inépcia da inicial, incompetência absoluta, perempção, litispendência, coisa julgada, falta de interesse ou legitimidade, etc; Prejudiciais de mérito: fique de olho nas datas e veja se tem prescrição total ou parcial; Mérito: lembrar da impugnação específica e do princípio da eventualidade; Reconvenção: feita na mesma peça, como um item a mais (ação do réu contra o autor); deve-se pedir honorários de sucumbência, a improcedência dos pedidos e protestar pela produção de provas. 8 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Estrutura Básica Preliminares processuais Prejudiciais de mérito Mérito Honorários Justiça Gratuita Reconvenção 1. Endereçamento 2. Número do processo 3. Nome e qualificação da reclamada 4. Nome e fundamentação da peça 5. Nome e qualificação do reclamante 6. Teses 7. Pedidos 8. Fechamento Estruturação - passo a passo alegar tudo – defesa processual e de mérito. Caso o juiz, eventualmente não acolha a primeira; não permitida a contestação genérica ou negativa geral. Lembrar de 2 princípios: Além disso, tratando-se de contestação com reconvenção, que segue a mesma estruturação,acrescendo apenas o artigo 343 do CPC como fundamento legal e com formulação de um tópico específico, deve ter expressamente atribuição de valor da causa, mesmo que de forma genérica: “Atribui-se à reconvenção o valor de R$ ...”. Princípio da eventualidade: Princípio da impugnação específica: Quantas vezes já caiu na prova? A Contestação já foi cobrada 11 vezes, nos seguintes exames: 2010.2, IV, V, VI, VIII, XI, XVII, XVIII, XXIII, XXVIII, XXXII. Além disso, foi cobrado no exame XXV Contestação com Reconvenção. 2.5 Dicas de Recurso Ordinário Fundamento Legal O Recurso Ordinário cabe das decisões das varas (sentenças) e dos TRTs - quando estas forem proferidas em processo de competência originária do tribunal -, e tem sua fundamentação legal no artigo 895 da CLT. 9 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra O que deve conter? Preliminares processuais: as preliminares no Recurso Ordinário são as de nulidade ou matéria de ordem pública; Prejudiciais de mérito: fique de olho nas datas e veja se tem prescrição total ou parcial; Mérito: deve-se buscar a reforma da sentença; dos itens que forem desfavoráveis; Pedidos: conhecimento e provimento do recurso para reformar a decisão; se tiver preliminar, deve ser renovada no pedido; Por fim, o fechamento. Estrutura Básica 1. Endereçamento 2. Número do processo 3. Recorrente e qualificação 4. Nome do recurso e fundamento 5. Recorrido e qualificação 6. Pressupostos de admissibilidade 7. Pedidos 8. Fechamento Estruturação - passo a passo Peça de interposição: Estrutura Básica 1. Endereçamento 2. Informações preliminares: número do processo, partes e objeto. Eminentes Julgadores 3. Teses (Preliminares, Prejudiciais, Mérito) 4. Pedidos 5. Fechamento Peça de razões: Quantas vezes já caiu na prova? O Recurso Ordinário já foi cobrado 11 vezes, nos seguintes exames: 2010.3, VII, IX, XV, XVI, XIX, XXI, XXIV, XXV-POA, XXVI, XXXI. 10 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 2.6 Dicas pontuais de Processo do Trabalho 2.6.1 Exceções Incompetência territorial (relativa) – prazo de 5 dias da notificação; Suspeição e impedimento do juiz. Previsão Legal: art. 799 e seguintes da CLT. 2.6.2 Audiência Representação e Substituição: art. 843 CLT. Preposto: não precisa ser empregado. O não comparecimento na audiência do Reclamante gera o arquivamento do processo. Já o não comparecimento do Reclamado gera revelia confissão quanto à matéria de fato (art. 844 CLT). 2.6.3 Prazos Os prazos em processo do trabalho são contados em DIAS ÚTEIS, nos termos do artigo 775 da CLT. A contagem exclui o dia do começo e inclui o dia do fim. Pode ser suspenso e interrompido. 2.6.4 Provas O artigo 818 da CLT traz a quem incumbe o ônus de provar. Se não foi possível para a parte produzir uma prova, isso pode caracterizar cerceamento de defesa – pedir nulidade. No tocante a prova testemunhal: confira quem pode ser testemunha e quantas podem ser ouvidas. Lembre-se de que elas comparecem independentemente de intimação na audiência, só sendo intimadas se não forem (art. 825 da CLT). A perícia será paga pela parte sucumbente na pretensão objeto da perícia (art. 790-B da CLT). Intérprete – paga a parte sucumbente, salvo JG (Art. 819, §2º da CLT). 2.6.5 Nulidades Absolutas – podem ser arguidas a qualquer tempo e conhecidas de ofício. Relativas – arguidas na primeira oportunidade, deve ter prejuízo para a parte. O artigo 794 e seguintes da CLT trata das nulidades nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho. Estas podem ser: 2.6.6 Dano processual A CLT no artigo 793-A assim dispõe: “Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente”. 11 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 2.7 Recursos 2.6.7 Ação Rescisória A Ação Rescisória possui sua previsão legal no artigo 836 da CLT, sendo ela cabível nas hipóteses do art. 966 do CPC. Na AR é necessário o depósito prévio de 20% e só é possível o seu ajuizamento após o trânsito em julgado. 2.7.1 Pressupostos de admissibilidade Legitimidade, Capacidade e Interesse. Recorribilidade/Adequação, Regularidade de Representação, Tempestividade e Preparo. 2.7.2 Depósito Recursal A CLT no art. 899, §1º dispõe que os recursos serão interpostos mediante prévio depósito, que será realizado em conta vinculada ao juízo (§4º). O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. 2.7.3 Custas Art. 789 da CLT – pagas pela parte vencida. Isentos: Art. 790-A da CLT. 2.7.4 Contrarrazões Previsão Legal: art. 900 da CLT. Resposta do recorrido. 2.7.5 Recurso Adesivo Possível na Justiça do Trabalho (é uma forma de interposição de recurso). S. 283 do TST. 12 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Recurso Ordinário Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos; Das decisões definitivas ou terminativas dos TRT’s, processos de competência originária. Procedimento sumaríssimo: imediatamente distribuído; Parecer oral; Certidão de julgamento. Prazo: 8 dias; Previsão Legal: art. 895 da CLT; Cabimento: Detalhes: Recurso de Revista Das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos TRT’s; Interpretação diversa da lei federal ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme do TST ou súmula vinculante do STF; Interpretação divergente de dispositivo de lei estadual, CC, AC, sentença normativa ou regulamento empresarial (área territorial que exceda a jurisdição do TRT) Com violação literal de lei federal ou afronta direta e literal à CF. Procedimento sumaríssimo: somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal; Execução: ofensa direta e literal da norma da Constituição Federal; Prequestionamento; Transcendência. Prazo: 8 dias; Previsão Legal: Art. 896 da CLT e Art. 6º da Lei 5.584/70; Cabimento: Detalhes: Atenção: tema disciplinado pela reforma trabalhista. Embargos ao TST infringentes Da decisão não unânime que conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos TRT’S e estender ou rever as sentenças normativas do TST. Prazo: 8 dias; Previsão Legal: Art. 894 da CLT; Cabimento: 13 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Embargos ao TST divergência Das decisões das turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela SDI, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do TST ou súmula vinculante do STF. Prazo: 8 dias; Previsão Legal: Art. 894 da CLT; Cabimento: Agravo de Instrumento Dos despachos que denegarem a interposição de recursos. 50% do valor do depósito recursal do recurso que se pretende destrancar. Prazo: 8 dias; Previsão Legal: Art. 897, b, da CLT; Cabimento: Detalhe: Agravo de Petição Das decisões nas execuções. Delimitar as matérias e valor impugnados. Prazo: 8 dias; Previsão Legal: Art. 897, a, da CLT; Cabimento: Detalhe: Embargos de Declaração Nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostosextrínsecos do recurso. Prequestionamento: súmula 297 do TST. Prazo: 5 dias; Previsão Legal: Art. 897-A da CLT; Cabimento: Detalhe: Recurso Extraordinário Violação da Contribuição. Esgotamentos das vias recursais próprias. Prazo: 15 dias; Previsão Legal: Art. 102, III da CF; Cabimento: Detalhe: 14 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 2.8 Liquidação Previsão Legal: art. 879 da CLT. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. Fique atento ao prazo para impugnação: partes – 8 dias. 2.9 Execução Embargos à execução: garantia do juízo e prazo de 5 dias. Previsão Legal: art. 884 da CLT. Recurso das decisões na execução: Agravo de petição. 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 15 3. Revisando Direito Material 3.1 Relação de Trabalho e Emprego Art. 3º da CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Prof. Luiz Henrique @prof.luiz.henrique É necessário observar os requisitos previstos no artigo 3º da CLT para verificar a existência de vínculo de emprego, quais sejam: Relação de trabalho Pessoalidade Não eventual Onerosidade Subordinaçãojurídica Pessoa física a) Aprendiz O aprendiz é o empregado com formação técnico profissional que possui de 14 até 24 anos de idade, conforme previsão do artigo 428 da CLT. Esse contrato é de no máximo 2 anos, porém esse prazo, bem como a idade acima mencionada, não se aplica ao portador de necessidades especiais (§3º do art. 428 da CLT). No tocante a alíquota do FGTS é de 2% sobre a sua remuneração (§7º do art. 15 da Lei 8.036/90). b) Empregado menor O empregado menor é o trabalhador de 16 a 18 anos de idade, lhe sendo vedado o trabalho noturno, insalubre e perigoso, conforme previsão do artigo 7º, XXXIII da CF. 3.2 Tipos Especiais de Empregado 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 16 Existindo 2 vínculos empregatícios, para configuração de jornada de trabalho e análise de eventuais horas extras, é necessário somar a jornada dos dois vínculos empregatícios (art. 414 da CLT). O menor não pode assinar sozinho o termo de rescisão do contrato de trabalho, conforme artigo 439 da CLT. E, em relação a prescrição, esta não ocorre contra o menor (art. 440 da CLT). c) Empregada mulher A empregada mulher tem alguns requisitos específicos previstos no artigo 372 e seguintes da CLT. Dentre estes requisitos podemos destacar, por exemplo, que é vedado o esforço de 20 quilos contínuos e 25 quilos eventuais, salvo se tiver algum apoio (Art. 390 da CLT). O artigo 391-A da CLT fala acerca da estabilidade da gestante e da adotante, de até 5 (cinco) meses. Já os artigos 392 e 392-A garante a licença maternidade de 120 dias para a gestante e a adotante. d) Empregado doméstico O empregado doméstico é aquele que presta atividade para pessoa física ou a família, sem gerar lucro, mais de duas vezes na semana, não podendo ser menor de 18 anos de idade, conforme prevê o artigo 1º da LC nº 150/2015. Contratado em regime de tempo parcial de até 25 horas semanais, podendo fazer até 1 hora extra por dia, desde que não ultrapasse a jornada de 6 horas diárias (art. 3º da LC nº 150/15); com intervalo de no mínimo 1 hora e de no máximo 2 horas, podendo ser reduzido através de acordo entre as partes para 30 minutos, sendo que, se morar no serviço, pode parcelar em duas vezes o intervalo. O empregado doméstico que concordar, poderá acompanhar seu chefe em viagens, sendo que às horas efetivamente trabalhadas serão acrescidas de 25% (art. 11 da LC nº 150/15). Pode ter acordo individual para jornada 12x36. e) Sócio/diretor O empregado que é eleito Diretor deve ter o seu contrato de trabalho suspenso, não computando o período como tempo de serviço, a não ser que permaneça conforme previsão da Súmula 269 do TST. f) Bancário O empregado bancário está regulamentado nos artigos 224 a 226 da CLT e Súmula nº 102 e 287 do TST. Há três tipos de jornada do bancário, dependendo da sua função no banco, vejamos: 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Cargo Requisitos Jornada HE Fundamentação Escriturário e Caixa x 6h/diárias e 30h/semanais A partir da 6h/diária Caput art. 224 da CLT Gerente de Agência Cargo de confiança + gratificação de 1/3 8h/diárias e 40h/semanais A partir da 8h/diária §2º do art. 224 da CLT Gerente Geral Gratificação de 40% Não tem Não tem Art. 62, II da CLT 17 g) Advogado A profissão do advogado está regulamentada na Lei nº 8.906/1994. Segundo o artigo 18 o advogado empregado não está obrigado a prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores fora da relação de emprego. Acerca da jornada de trabalho deve-se atentar para o artigo 20 da referida lei. h) Empregado rural A Lei nº 5.899/73 regulamenta o trabalho rural, que define empregado rural como toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário – art. 2º. A relação de trabalho ocorre quando existe a prestação de serviço, mas sem a existência de vínculo empregatício. a) Avulso A previsão legal do trabalhador avulso encontra-se no artigo 7º, inciso XXXIV da CF. Este, apesar de não ser empregado, possui todos os direitos como se empregado fosse. Eventual conflito que houver entre o trabalhador avulso e o seu contratante, será analisado pela Justiça do Trabalho – art. 643 da CLT. 3.3 Relação de Trabalho 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 18 b) Autônomo A previsão do trabalhador autônomo encontra-se no artigo 442-B da CLT. Este presta serviço. O fato de trabalhar somente para uma empresa, não caracteriza, por si só, o vínculo. c) Estagiário O estágio possui regulamentação na Lei 11.788/2008. O artigo 3º expõe quais são os requisitos para a validade do estágio: (a) matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial [...]; (b) celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; e (c) compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. O artigo 10 e 11 regulamentam a jornada do estágio e o prazo máximo do seu contrato. 3.4 Empregador O empregador tem seu conceito no artigo 2º da CLT. É aquele que contrata e dirige o empregado assumindo os riscos do negócio. Empresas sob mesma direção = Grupo econômico = responsabilidade solidária. O empregador possui os seguintes poderes em relação aos seus empregados no ambiente de trabalho: Poder de organização Poder de controle Poder disciplinar 3.5 Sucessão de Empresas Previsão Legal: art. 10 e 448 da CLT. Responsabilidade do sócio 1º empresa devedora; 2º sócios atuais; 3º sócios retirantes. Subsidiária: até dois anos após averbada a modificação do contrato. Obedecendo a seguinte ordem: Contudo, se comprovada a fraude na modificação societária, a responsabilidade do sócio retirante é solidária. 2ª Fase Trabalho| 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 19 3.6 Contrato de Trabalho De acordo com o artigo 442 da CLT o contrato de trabalho é o acordo firmado entre empregado e empregador para a prestação de serviço obedecendo os requisitos do vínculo empregatício; não existindo vínculo de emprego entre a cooperativa e os seus associados. 3.6.1 Do prazo do Contrato de Trabalho Em regra, o contrato é por prazo indeterminado (§2º do artigo 443 da CLT), contudo há hipóteses de contratação por prazo determinado: Serviço transitório Atividade transitória Contrato de experiência O artigo 445 da CLT traz que o contrato por prazo determinado será de no máximo 2 anos, podendo ser renovado uma única vez, sendo que para o contrato de experiência esse prazo é reduzido para 90 dias, podendo ser renovado por uma vez. 3.6.2 Contrato Intermitente O contrato intermitente está previsto no artigo 452-A da CLT e §3º do artigo 443 da CLT. Trabalho intermitente é aquele no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, que são regidos por legislação própria. Nesta modalidade, o empregador deve convocar o empregado com 72 horas de antecedência e o empregado tem 24 horas para responder - a recusa não caracteriza insubordinação. O valor hora não pode ser inferior ao salário-mínimo, bem como dos demais funcionários na mesma função. 3.6.3 Alteração Contratual Previsão Legal: art. 468 e art. 469 da CLT. O contrato de trabalho somente pode ser alterado se o empregado concordar e for mais benéfico. Assim, o empregado somente será transferido se concordar e não concordando somente poderá ocorrer a transferência se houver previsão contratual ou o empregado for cargo de confiança, desde que comprovada a necessidade da transferência. O retorno do empregado ao cargo de origem não caracteriza alteração contratual, bem como a sua gratificação de função pode ser retirada. Na transferência provisória é devido o adicional de transferência de 25%. Já na definitiva, é devido apenas ajuda de custo. 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 20 Suspensão Contratual: É a sustação temporária dos principais efeitos do contrato de trabalho no tocante às partes, em virtude de um fato juridicamente relevante, sem ruptura, contudo, do vínculo contratual formado. Exemplo: Greve, aposentadoria por invalidez, suspensão, disciplinar, auxílio-doença, serviço militar obrigatório e licença maternidade. Interrupção contratual: É a sustação temporária da principal obrigação do contrato de trabalho (prestação de trabalho e disponibilidade perante o empregador), em virtude de um fato juridicamente relevante, mantidas em vigor todas as demais cláusulas contratuais. Exemplo: Férias, DSR, feriado, atestado médico, lockout e hipóteses do Art. 473. 3.6.4 Da interrupção e Suspensão do Contrato de Trabalho Previsão Legal: art. 471 até 476-A da CLT. 3.7 Duração do Trabalho 3.7.1 Jornada de Trabalho A jornada de trabalho, em regra, é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, podendo haver uma variação de 5 minutos para mais ou menos na jornada conforme o artigo 58 da CLT. Conta tempo de serviço sempre que estiver trabalhando ou aguardando ordens. O período em que está fazendo atividades particulares dentro da empresa não conta tempo (Art. 4 da CLT). 3.7.2 Jornada em Regime de Tempo Parcial No artigo 58-A da CLT há dois tipos de empregados em regime de tempo parcial, conforme segue: O empregado em regime de tempo parcial irá receber seu salário proporcional a sua jornada. **Quadro de horário (controle de jornada): Conforme o artigo 74, §2º da CLT os estabelecimentos com mais de 20 empregados são obrigados a ter controle de jornada. De 27 a 30 horas semanais sem possibilidade de horas extras Até 26 horas semanais com a possibilidade de até 6 horas extras semanais 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 21 3.7.3 Turno Ininterrupto de Revezamento Essa modalidade nada mais é que trocas constantes de turnos de trabalho e o empregado desta, tem sua jornada reduzida para 6/h diárias, conforme o artigo 7º, XIV da CF. A previsão legal encontra-se na OJ 275 da SDI-I do TST. 3.7.4 Jornada Extraordinária Conforme o artigo 59 da CLT, o empregado pode fazer no máximo 2 horas extras por dia com o adicional de no mínimo 50%. O banco de horas pode ser realizado com o sindicato da categoria e terá validade de 1 ano, já se for realizado diretamente com o empregado, o prazo de validade será de 6 meses. Além do banco de horas é lícita compensação de jornada dentro do próprio mês. Para horas extras em atividades insalubres precisa de prévia autorização do MTE, salvo jornada 12x36. (Art. 60 da CLT). Não possuem direito a horas extras e controle de jornada os seguintes empregados (artigo 62 da CLT): Trabalhador externo Cargo de Confiança (que receber gratificação de no mínimo 40%) Empregado em regime de teletrabalho 3.7.5 Sobreaviso e Prontidão Se após a jornada normal de trabalho, o empregado ficar à disposição do empregador, terá ele direito à percepção de sobreaviso ou prontidão, conforme disposto no artigo 244 da CLT. Sobreaviso CASA 1/3 do valor da hora Máximo 24 horas Empresa EMPRESA 2/3 do valor da hora Máximo 12 horas 3.7.6 Hora Noturna São devidas vantagens aos empregados que trabalharem no período noturno conforme previsão do artigo 73 da CLT e artigo 7º da Lei 5.889/73: Urbano 52:30 20% 22h – 05h Rural 60:00 25% Pec.: 20h-04h Lav.: 21h-05h 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Vale lembrar que o empregado cumprindo de forma integral a jornada, as horas prorrogadas também são consideradas noturnas. 3.7.7 Intervalos a) intervalo interjornada: aquele concedido entre uma jornada e outra, de no mínimo 11 horas, conforme artigo 66 da CLT. A função do intervalo interjornada é possibilitar o restabelecimento físico e mental do empregado. Concedido para menos o intervalo, serão devidas horas extras (Súmula 110 do TST). b) intervalo intrajornada: aquele concedido dentro da jornada de trabalho, previsto no artigo 71 da CLT.Em caso de não concessão, paga-se o que faltou acrescido de 50% como verba indenizatória. c) férias: intervalo anula para o descanso, que o empregado adquire após um ano de trabalho, nos termos do artigo 130 e seguintes da CLT. As férias são concedidas em um único período. Caso o empregado concorde, pode ocorrer o parcelamento em até 3 períodos, sendo um de no mínimo 14 dias e os outros dois de no mínimo 5 dias. As férias não podem ser concedidas dois dias antes de feriado ou do DSR. O pagamento deve ocorrer dois dias antes da sua concessão. Os períodos das férias são escolhidos pelo empregador, salvo para membros da mesma família (desde que sua saída não prejudique a empresa) e o empregado menor (para coincidir com as férias escolares). d) descanso semanal remunerado: é o descanso devido ao empregado dentro da semana, e está previsto na Lei nº 605/1949, art. 7º, XV da CF e art. 67 e 68 da CLT. e) intervalos especiais: algumas categorias profissionais possuem, além dos intervalos anteriormente mencionado, alguns especiais conforme seguem: Jornada Intervalo Até 04 horas diárias Não tem De 04 horas até 06 horas 15 minutos Acima de 06 horas Mínimo 01 hora e máximo 02 horas 22 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Categoria IntervaloPrevisão Legal Mecanógrafo ou digitador 10 min para cada 90 min trabalhados Art. 72 da CLT Súm. 346 do TST Trabalhador em câmaras frias 20 min para cada 01:40min trabalhados Art. 253 da CLT Súm. 438 do TST Minas de subsolo 15 min para cada 3 h trabalhados Art. 298 da CLT Amamentação Dois intervalos de 30 min Art. 396 da CLT 3.8.1 Conceito O artigo 457 da CLT traz o conceito de remuneração que é tudo o que o empregado recebe, enquanto salário é somente o que é pago pelo empregador e as gorjetas o que é pago pelos clientes. Salário-base é a quantia mínima estipulada, que não será reduzida, salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho, conforme disposto no artigo 7º, VI da CF. Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado ela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título e distribuição destinada aos empregados (§3º do artigo 457 da CLT). Ademais, gorjeta é verba remuneratória e por isso incide FGTS. Complementos salariais: Dependem de um fato novo ou fato extra, ex. adicionais. Salário: Salário base + complementos salariais. Já nas gratificações mencionadas no §1º do artigo 457 da CLT, temos as seguintes: 23 3.8 Remuneração e Salário Remuneração Salário Gorjetas 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Adicionais Base de cálculo Horas extras Todo complexo salarial Hora noturna Urbano: 20% Rural: 25% sobre o salário base Transferência 25% sobre o salário base Insalubridade 10%, 20% ou 40% sobre o salário-mínimo Periculosidade 30% sobre o salário base Salário Utilidade – art. 458 da CLT Para o serviço -> Não é verba salarial Pelo serviço -> É verba salarial 24 3.8.2 Salário Utilidade 3.8.3 Equiparação Salarial Previsão Legal: artigo 461 da CLT. São requisitos para percepção da equiparação salarial, o paradigma: a) trabalhar na mesma empresa; b) trabalhar no mesmo estabelecimento; c) exercer a mesma função; d) possuir mesma qualidade de serviço; e) não possuir quatro anos de diferença na empresa; f) não possuir dois anos de diferença na função; g) contemporâneo no cargo ou na função. Não é devido se na empresa tiver Quadro Organizado em Carreira ou se o paradigma foi readaptado a função em razão de um problema de saúde. 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Meses Ano Dias de Aviso 11 0 30 13 1 30+3=33 23 1 30+3=33 25 2 30+3+3=36 3.8.4 Descontos Salariais De acordo com o artigo 462 da CLT, somente é possível o desconto do salário do empregado na hipótese de adiantamento salarial. Se o empregado causar prejuízo ao empregador em razão de ato culposo, será devido o desconto se houver previsão contratual; se for com dolo, não precisa de previsão contratual. 3.8.5 Comissões A comissão é uma forma de pagamento do salário prevista no artigo 466 da CLT, sendo devida no momento que a transação é finalizada pelo empregado.Há 2 tipos de empregados que recebem por comissão: 25 COMISSIONISTA MISTO: recebe salário-base + comissões COMISSIONISTA PURO: recebe somente comissão 3.9 Rescisão do Contrato de Trabalho 3.9.1 Aviso Prévio O aviso prévio está previsto nos seguintes dispositivos: art. 7º, XXI da Lei nº 12.506/11 e artigo 487 até 491 da CLT. Em regra, cabe apenas nos contratos com prazo indeterminado, salvo estipulação contrária (art. 481 da CLT). Ademais é direito do trabalhador o aviso prévio proporcional de no mínimo 30 dias e no máximo 90 dias, sendo que conta 3 dias para cada ano completo trabalhado. 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Justa Causa Art. 482 da CLT Indireta Art. 483 da CLT Culpa recíproca Art. 484 da CLT Acordo entre as partes Art. 484-A da CLT Fato do príncipe Art. 486 da CLT Aviso prévio indenizado: conta tempo de serviço e, por isso, durante o seu período deposita FGTS. Pode ocorrer a justa causa ou a rescisão indireta durante o período do aviso prévio. Pode ocorrer a reconsideração, desde que a outra parte aceite. Observações: 3.9.2 Formas de Rescisão do Contrato de Trabalho São as principais formas de Rescisão do Contrato de Trabalho por prazo Indeterminado: São as principais formas de Rescisão do Contrato de Trabalho por prazo Determinado: 3.9.3 Plano de Demissão Voluntária Previsão Legal: art. 477-B da CLT. O empregado que aderir ao PDV dá quitação ampla e irrestrita dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. Antecipada pelo empregador Art. 479 da CLT Antecipada pelo empregado Art. 480 da CLT 26 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Estabilidade do registro da candidatura até 1 ano após o término do mandato. Somente pode ser demitido por justa causa e através do ajuizamento do inquérito judicial para apuração de falta grave (Súmula 379 do TST) Não tem estabilidade se a candidatura for durante o aviso prévio. Membro do conselho fiscal não tem estabilidade. Somente 7 titulares e 7 suplentes tem estabilidade. 3.10.1 Conceito Estabilidade jurídica diz respeito à impossibilidade de dispensa do empregado, salvo nas hipóteses indicadas na lei. É o direito do empregado de continuar no emprego, mesmo contra a vontade do empregador, desde que inexista uma causa objetiva a determinar sua despedida. São os principais empregados detentores de estabilidade provisória: Previsão Legal: Súmula 369 do TST Previsão Legal: Artigo 510-A a 510-D da CLT. Empresas com mais de 200 funcionários deverão ter comissões de representantes na seguinte proporção: Não podem ser representantes pessoais: membros da comissão eleitoral, empregados com contrato suspenso, que estão no aviso prévio e que possuem contrato por prazo determinado. Número de empregados Número de representantes 200 a 3 mil 3 + 3 mil a 5 mil 5 + 5 mil 7 27 3.10 Estabilidade b) Representante Pessoal: a) Dirigente Sindical: 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra A CIPA é composta por membros dos empregados e do empregador. Somente membros dos empregados tem estabilidade, por serem eleitos. Estabilidade do registro da candidatura até um ano após o término do mandato. Titulares e suplentes tem estabilidade. Presidente da CIPA não tem estabilidade pois é escolhido pelo empregador. Fechando a empresa, perde o empregado estabilidade. Não precisa ter justa causa para demissão, basta justo motivo. Estabilidade da confirmação da gravidez até 5 meses após o nascimento da criança. Quem adota também possui estabilidade. Tem estabilidade mesmo que o contrato seja por prazo determinado e que a gravidez se inicie durante o aviso prévio. No caso de morte da criança após o parto, permanece o direito à estabilidade até o quinto mês após o nascimento do filho. Deve receber o auxílio-doença acidentário. Estabilidade de 12 meses após o retorno ao serviço. Tem estabilidade mesmo no contrato por prazo determinado. Previsão Legal: art. 163 a 165 da CLT e Súmula 339 do TST Previsão Legal: Súmula 244 do TST Previsão Legal: Súmula 378 do TST 28 3.11 Prescrição Não existe prescrição para ação de reconhecimento de vínculo trabalhista para fins previdenciários. O ajuizamento da ação interrompe o prazo prescricional para os pedidos idênticos. Aplica-se a prescrição intercorrente na Justiça do Trabalho: Prazo de 2 anos. Prazo de 2 anos para entrarcom a ação cobrando dos últimos 5 anos. Não existe a prescrição parcial durante o contrato. Se ocorrer um ilícito, terá a parte o prazo de 5 anos a contar dele para cobrar na justiça do trabalho. Previsão Legal: art. 11 e 11-A da CLT e Súmula 378 do TST 3.12 Lei do Desporto - 9.615 de 24 de março de 1998 O desporto de rendimento pode ser praticado e estruturado de modo profissional e não profissional. Como traz o art. 3º, parágrafo 1º, I e II da Lei 9.615/98. e) Acidentado: d) Empregada Gestante ou Adotante: c) Membro da CIPA: 2ª Fase Trabalho | 37º Exame de Ordem Revisão Turbo | Prof.ª Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 3º, § 1º O desporto de rendimento pode ser organizado e praticado: I - de modo profissional, caracterizado pela remuneração pactuada em contrato formal de trabalho entre o atleta e a entidade de prática desportiva; II - de modo não-profissional, identificado pela liberdade de prática e pela inexistência de contrato de trabalho, sendo permitido o recebimento de incentivos materiais e de patrocínio. 29 As atividades profissionais podem ser organizadas pelas entidades e atletas de modo independente. Art. 26. Atletas e entidades de prática desportiva são livres para organizar a atividade profissional, qualquer que seja sua modalidade, respeitados os termos desta Lei. Parágrafo único. Considera-se competição profissional para os efeitos desta Lei aquela promovida para obter renda e disputada por atletas profissionais cuja remuneração decorra de contrato de trabalho desportivo. O contrato de trabalho dos atletas terá o período de no mínimo três meses e máximo cinco anos. Como demonstra o artigo 30, caput, da Lei 9.615/98. Art. 30. O contrato de trabalho do atleta profissional terá prazo determinado, com vigência nunca inferior a três meses nem superior a cinco anos. Pode ocorrer a rescisão do contrato dos atletas que tiverem com as parcelas salariais atrasadas, bem como parcelas advindas de contratos de direito de imagem, tendo o atleta liberdade de realizar novo contrato, observado o prazo de atraso. Art. 31. A entidade de prática desportiva empregadora que estiver com pagamento de salário ou de contrato de direito de imagem de atleta profissional em atraso, no todo ou em parte, por período igual ou superior a três meses, terá o contrato especial de trabalho desportivo daquele atleta rescindido, ficando o atleta livre para transferir-se para qualquer outra entidade de prática desportiva de mesma modalidade, nacional ou internacional, e exigir a cláusula compensatória desportiva e os haveres devidos. § 1o São entendidos como salário, para efeitos do previsto no caput, o abono de férias, o décimo terceiro salário, as gratificações, os prêmios e demais verbas inclusas no contrato de trabalho. § 2o A mora contumaz será considerada também pelo não recolhimento do FGTS e das contribuições previdenciárias.
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