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PERGUNTA 1 Leia um trecho de "Na floresta do alheamento", texto publicado em Livro do Desassossego de Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa. Sei que despertei e que ainda durmo. O meu corpo antigo, moído de eu viver diz-me que é muito cedo ainda... Sinto-me febril de longe. Peso- me, não sei porquê... Relacionando esse trecho com as novidades que a revista Orpheu trouxe e com características do Modernismo presentes em A Confissão de Lúcio, podemos afirmar que: I. O narrador se sente dividido, se, por uma lado, desperta; por outro, ainda dorme, como se fosse dois. Assim como Lúcio, em sua confissão, não conseguiu entender o ocorrido descrito na novela. Além de Lúcio não entender o que aconteceu, ele não sabia quem eram Ricardo e Marta, e se alguma vez de fato existiram e se existiram os dois. II. Essa desconfiança em relação ao real, a quem eu sou e quem é o outro aparece frequentemente no Modernismo português, principalmente na obra de Fernando Pessoa e de Mário de Sá- Carneiro. III. Fernando Pessoa criou os heterônimos para, de alguma forma, conseguir se multiplicar. No caso de Bernardo Soares, o que escreveu em prosa, é um sujeito que vive pelas sensações, é sinestésico. Pelo fragmento citado no conteúdo teórico, o narrador está num estado onírico, está angustiado e entediado, como um ser que vive entre o século XIX e XX. Podemos considerar como verdadeiras as afirmações: a. I, II e III. b. I e II. c. apenas a II. d. II e III. e. I e III. PERGUNTA 2 A epígrafe da novela A Confissão de Lúcio: "...assim éramos nós obscuramente dois, nenhum de nós sabendo bem se o outro não era ele-próprio, se o incerto outro viveria..." de "Na floresta do Alheamento" de Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa, está relacionada com a novela porque... a. Ricardo e Lúcio eram "obscuramente dois". b. Lúcio e Marta eram "obscuramente dois". c. as personagens Ricardo e Marta eram "obscuramente dois". d. Ricardo, Marta e Lúcio eram "obscuramente dois" e. nem Ricardo, nem Marta, nem Lúcio eram "obscuramente dois". PERGUNTA 3 Leia o texto a seguir retirado da introdução de A Confissão de Lúcio de Mário de Sá-Carneiro: E aqueles que, lendo o que fica exposto, me perguntarem: — "Mas por que não fez a sua confissão quando era tempo? Por que não demonstrou a sua inocência ao tribunal?" — a esses responderei: — A minha defesa era impossível. Ninguém me acreditaria. Agora, escolha a alternativa que explica a colocação do narrador: a. Ninguém acreditaria porque Lúcio mentiu no tribunal, disse que Ricardo não tinha morrido, apenas desaparecera. b. Ninguém acreditaria porque Ricardo de Loureiro apareceu morto, por um tiro de revólver que estava na mão de Lúcio, o único presente na cena do crime. c. Ninguém acreditaria porque Lúcio estava tendo um "affair" com Marta, a esposa de Ricardo, e ele tinha muito ciúmes do amigo. De acordo com a polícia, ele tinha motivos suficientes para matar Ricardo. d. Ninguém acreditaria porque não foi o primeiro homem que Lúcio matou. e. Na verdade, o tribunal acreditou nas palavras de Lúcio, a novela serviu de provas favoráveis a Lúcio. PERGUNTA 4 Sobre a revista Orpheu, podemos afirmar que: a. no primeiro número foi publicado uma crônica de Eça de Queirós, rompendo com as regras fixas. b. os principais participantes foram Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, com textos e poemas que divulgavam as novas propostas artísticas, com ideia de inovar. c. era uma revista lida principalmente pela burguesia e pelas classes intelectuais, que difundia as tendências clássicas em literatura e em poesia. d. foi o marco do Modernismo no Brasil e em Portugal, com textos de autores ingleses e franceses, traduzidos para o português por Fernando Pessoa. e. foi o marco do Decadentismo em Portugal com textos de Baudelaire traduzidos por Mário de Sá-Carneiro.
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