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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
GRADUAÇAO DE TEOLOGIA
Cânon e Pastoral: O Antigo testamento como apresentado pela
Bíblia TEB
 DISCIPLINA INTRODUÇÃO AO ANTIGO TESTAMENTO – CEL1015
 PROFESSORA : JOANA DARC VENÂNCIO
ALUNA: JUSTINA OLIVEIRA NETA
Matrícula : 202001430271
Salvador
Outubro /2020
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1 INTRODUÇÃO
Klein (2012) declara que o cânon do Novo Testamento na maioria das Igrejas cristãs é
bastante convergente, enquanto que o mesmo não ocorre com relação ao Antigo Testamento.
O autor afirma que essa questão está relacionada com a Septuaginta, uma tradução das
Escrituras hebraicas para o grego, realizada antes de Cristo. A tradução começou a ser
realizada por judeus em Alexandria sob Ptolomeu II – Filadelfo - (c. 285-246/7 a. C.), sendo
nessa época traduzido o Pentateuco. 
Essa Versão é chamada também de LXX, pois teria sido elaborada por setenta (ou
setenta e dois) eruditos judeus. Ao Pentateuco, “foram acrescentados os demais
livros, cuja tradução foi feita por um grande número de pessoas diferentes [...] por
volta do final do segundo século a.C. todo o Antigo Testamento, pelo menos o seu
conteúdo principal havia sido traduzido ao grego.(KLEIN, 2012,p.161)
De acordo com Klein (2012) No final do século I, o concílio judaico de Jâmnia
instituiu o cânon estrito do Antigo Testamento, a saber, 22 [ou 24]. Os livros escritos em
grego foram excluídos e incorporados na Septuaginta. Segundo (KLEIN, 2012, p. 165) A
Igreja, principalmente no Ocidente, adotou, além dos livros das Escrituras hebraicas, sete
livros chamados eclesiáticos ou deuterocanônicos, da Septuaginta, a saber: Tobias, Judite,
Baruque, 1 Macabeus, 2 Macabeus, Sabedoria e Eclesiástico, bem como adições em grego aos
livros de Ester e Daniel.
Quanto às igrejas reformadas, Klein (2012) pontua que elas reconheceram a autoridade
canônica do canôn restrito palestinense (correspondentes aos 22 das Escrituras hebraicas),
mas mantiveram durante séculos os sete livros do cânon grego (deuterocanônicos ou
apócrifos) no final do Antigo Testamento. O autor também declara que Lutero conjeturou a
possível exclusão de alguns livros do Novo Testamento, a exemplo da Carta de Tiago. 
No Concílio de Trento a Igreja Católica Romana aprovou o cânon com os
deuterocanônicos depois de algumas contestações foi proposta finalmente, na Sessão IV, de 8
de abril de 1546, os livros do cânon do Antigo Testamento, todos devendo ser aceitos de
maneira devocional e reverente conforme Klein (2012) destaca: 
Os livros do Antigo Testamento são: “Gênesis, Êxodo, Levítico, Número,
Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 4 dos Reis, 2 dos Paralipômenos, 2 de Esdras
(dos quais o segundo se chama Neemias), Tobias, Judite, Ester, Jó, Saltério de Davi,
de 150 Salmos, Parábolas [Provérbios], Eclesiastes, Cantar dos Cantares, Sabedoria,
Eclesiástico, Isaías, Jeremias com Baruque, Ezequiel, Daniel, Oseas, Joel, Amós,
Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, I
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e II Macabeus.34 O livro de Lamentações não é mencionado, talvez faça parte de
Jeremias.(KLEIN, 2012, p.176)
2 O CÃNON DO ANTIGO TESTAMENTO NAS IGREJAS REFORMADAS 
Martinho Lutero (1483-1516) realizou uma tradução da Bíblia para o alemão e incluiu
os livros deuterocanônicos ou apócrifos, mas ele não considerava todos os livros no mesmo
nível. Segundo Klein, Lutero não se preocupou com a oficialização de uma lista de (2012), 
livros canônicos e de livros discutidos, mas com a pregação de Jesus Cristo. Para (KLEIN,
2012, p.174) “Lutero teve dúvidas quanto à canonicidade também de livros do Novo
Testamento e colocou os livros de Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse no fim da Bíblia, do
mesmo modo que procedeu com os “apócrifos””.
Na Reforma protestante prevaleceu o reconhecimento apenas do canôn palestinense,
mas os sete livros não foram retirados do cânon grego (deuterocanônicos ou apócrifos), sendo
colocados no final do Antigo Testamento.53 Estes livros foram considerados como
instrutivos. Em meados do século XVII, a Confissão de Fé de Westminster, adotada por várias
Igrejas Presbiterianas no mundo, em seu Capítulo 1, trouxe a lista dos livros do Antigo e do
Novo Testamento, não constando os livros deuterocanônicos, que a Confissão denomina
Apócrifos. 
Klein (202) enfatiza que para a Confissão de Fé de Westminster, os livros geralmente
denominados Apócrifos não são vistos como inspirados por Deus e são considerados como
escritos puramente humanos por esse motivo eles não podem fazer parte do cânon da
Escritura .
A partir disso entende-se porque a Bíblia protestante possui apenas 66 livros porque
Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria,
Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-
14. Em suma, os protestante utilizam a bíblia numa versão dos judeus palestinos que não
consideram estes setes livros como inspirados por Deus. A Igreja Catolica Romana adotou os
sete livros do cânon alexandrino que não fazem parte do cânon palestinense e são
denominados como“deuterocanônicos”.
Quanto as entrevistas que foram feitas com os pastores de algumas denominações,
grande parte deles não conseguem esclarecer realmente porque houve essa diferença entre as
Bíblia Católica e protestante. Alguns explicaram que a retirada foi feita por se tratarem de
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livros históricos que não edificam a vida espiritual, outros citaram o concílio de Trento mas
nenhum dos que foram entrevistados deixaram claro a divisão do cânon.
3 A BÍBLIA TEB
Segundo o site Logosapologetica (2020) a Traduction œcuménique da
Bíblia TOB ( Tradução Ecumênica da Bíblia ) trata se de
 uma tradução ecumênica francesa da Bíblia, feita pela primeira vez em 1975-1976 por
católicos e protestantes. Foram os dominicianos que iniciou o projeto que se tornou uma
revisão da Bíblia de Jerusalém ( ).Bible de Jérusalem
O site Logosapologetica (2020) também informa que Éditions du Cerf e United Bible
Societies publicaram a TOB, no Brasil, a bíblia foi publicada pela Editora Loyola., o TOB não
recebeu a autorização de um bispo católico para a impressão e difusão de uma tradução da
Bíblia. Ela recebeu a recomendação de D. Luciano Mendes de Almeida, Presidente da CNBB
e Arcebispo de Mariana e do bispo Primaz da Igreja Episcopal Anglicana no Brasil e
Presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs.
A Bíblia — Tradução Ecumênica está baseada nos textos originais e reproduz
fielmente o modelo da mundialmente reconhecida (TOBTraduction Occuménique de Ia Bible
— 3a ed.. Paris: Éditions du Cerf; Pierrefitte: Société Biblique Française, 1989). Nela está
presente o texto integral do Antigo (ou Primeiro) Testamento, com os livros deuterocanônicos
ou apócrifos, e o do Novo Testamento.
Os textos foram traduzidos, colocados e anotados por ampla equipe de estudiosos de
diversas confissões cristãs e do judaísmo, issofoi feito para representar a harmonia da unida-
de e o respeito da diversidade na leitura fiel do livro acolhido como Palavra de Deus.
Esta bíblia é recomendada para aquelas pessoas que desejam se aprofundar no conhecimento
da Palavra de Deus consignada na Bíblia. Escritura Sagrada do Judaísmo e do Cristianismo.
A TOB pode ser considerada um modelo das traduções ecumênicas, por causa da
integração interconfessional de seus colaboradores e porque ela adapta, inclusive, para o
Antigo Testamento, a seqüência judaica dos livros bíblicos. É uma bíblia muito boa para
estudo, pois possui excelente notas e bastantes referências de textos paralelos. Como as notas
que a bíblia apresenta são consideradas valiosíssima a editora desistiu de publicar a edição
reduzida e oferece atualmente a edição integral.
A tradução em língua portuguesa da mundialmente elogiada Bible – Traduction O
ecuménique (TOB) saiu no final do ano de 1994 foi publicada pela Ed. Loyola). A TOB em
L[íngua Portuguesa foi montada por um time de relevantes biblistas de língua francesa,
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pertencendo às diversas confissões cristãs ou à religião judaica. A edição brasileira (Bíblia –
Tradução Ecumênica Sigla TEB) segue a “versão integral” do original francês, segundo a 3”
edição (Paris, Cerf, 1989).
Segundo o site Logosapologetica, A Bíblia contém além da tradução integral da
Bíblia hebraica (Tanakh), dos apócrifos ou dêuterocanônicos (na terminologia católica) e das
Escrituras Cristãs (“Novo Testamento”), o completo aparato de notas da edição francesa
integral, provida de ricas introduções, notas, índices e mapas.A Tradução EcA Tradução
Ecumênica da Bíblia (TEB)umênica da Bíblia (TEB)
 
Segundo o site Logosapologetica (2020) a Traduction œcuménique da
Bíblia TOB ( Tradução Ecumênica da Bíblia ) trata se de
 uma tradução ecumênica francesa da Bíblia, feita pela primeira vez em 1975-1976 por
católicos e protestantes. Foram os dominicianos que iniciou o projeto que se tornou uma
revisão da Bíblia de Jerusalém ( ).Bible de Jérusalem
O site Logosapologetica (2020) também informa que Éditions du Cerf e United Bible
Societies publicaram a TOB, no Brasil, a bíblia foi publicada pela Editora Loyola., o TOB não
recebeu a autorização de um bispo católico para a impressão e difusão de uma tradução da
Bíblia. Ela recebeu a recomendação de D. Luciano Mendes de Almeida, Presidente da CNBB
e Arcebispo de Mariana e do bispo Primaz da Igreja Episcopal Anglicana no Brasil e
Presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs.
A Bíblia — Tradução Ecumênica está baseada nos textos originais e reproduz
fielmente o modelo da mundialmente reconhecida (TOBTraduction Occuménique de Ia Bible
— 3a ed.. Paris: Éditions du Cerf; Pierrefitte: Société Biblique Française, 1989). Nela está
presente o texto integral do Antigo (ou Primeiro) Testamento, com os livros deuterocanônicos
ou apócrifos, e o do Novo Testamento.
Os textos foram traduzidos, colocados e anotados por ampla equipe de estudiosos de
diversas confissões cristãs e do judaísmo, isso foi feito para representar a harmonia da unida-
de e o respeito da diversidade na leitura fiel do livro acolhido como Palavra de Deus.
Esta bíblia é recomendada para aquelas pessoas que desejam se aprofundar no conhecimento
da Palavra de Deus consignada na Bíblia. Escritura Sagrada do Judaísmo e do Cristianismo.
A TOB pode ser considerada um modelo das traduções ecumênicas, por causa da
integração interconfessional de seus colaboradores e porque ela adapta, inclusive, para o
Antigo Testamento, a seqüência judaica dos livros bíblicos. É uma bíblia muito boa para
estudo, pois possui excelente notas e bastantes referências de textos paralelos. Como as notas
Impresso por valdiraldrighi, E-mail valdiraldrighi@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos
autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 25/09/2022 21:49:23
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que a bíblia apresenta são consideradas valiosíssima a editora desistiu de publicar a edição
reduzida e oferece atualmente a edição integral.
(A tradução em língua portuguesa da mundialmente elogiada Bible – Traduction O
ecuménique (TOB) saiu no final do ano de 1994 foi publicada pela Ed. Loyola). A TOB em
L[íngua Portuguesa foi montada por um time de relevantes biblistas de língua francesa,
pertencendo às diversas confissões cristãs ou à religião judaica. A edição brasileira (Bíblia –
Tradução Ecumênica Sigla TEB) segue a “versão integral” do original francês, segundo a 3”
edição (Paris, Cerf, 1989).
Segundo o site Logosapologetica, A Bíblia contém além da tradução integral da
Bíblia hebraica (Tanakh), dos apócrifos ou dêuterocanônicos (na terminologia católica) e das
Escrituras Cristãs (“Novo Testamento”), o completo aparato de notas da edição francesa
integral, provida de ricas introduções, notas, índices e mapas. Quanto a possibilidade de nos
tempos atuais ou no futuro próximo termos um único cânon para todos os que se denominam
cristãos, acho bastante improvável, pois são pessoas com perspectivas diferentes e interesses
diferentes, e a unificação de ideias ainda é um desafio para espécie humana.
REFERÊNCIAS 
KLEIN, Carlos Jeremias. O cânon do antigo testamento nas igrejas cristãs. , v. 11,Correlatio
n. 21, p. 163-181
LOGOS, Apologética Cristã. A tradução ecumênica da Bíblia (TEB). Disponível em:
https://logosapologetica.com/a-traducao-ecumenica-da-biblia-teb/.Acesso em 20out.20

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