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Direito Constitucional Tribunal de Contas • Tribunal de Contas da União: A. Conceito: Órgão vinculado ao Poder Legislativo, que o auxilia no exercício do controle externo da administração sobretudo no controle financeiro. B. Composição e Requisitos: ‣ 09 ministros; ‣ + 35 anos - 65 anos; ‣ Idoneidade moral e reputação ilibada; ‣ Conhecimento jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros ou de adm. pública; ‣ + 10 danos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija conhecimentos mencionados acima; ‣ ⅓ escolhido pelo Presidente com aprovação do Senado Federal; ‣ ⅔ Escolhidos pelo CN; ‣ Ministros gozam da mesmas prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos ministros do STJ; Atenção: • Não existe hierarquia entre o TC e o Legislativo; C. Fiscalização do TCU: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. D. Prestação de contas ao TCU: Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. E. Competência do TCU: ‣ Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; ‣ Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; Atenção: • O Presidente não tem livre escolha para escolher os três ministros, pois, dentre desses, dois deverão ser escolhidos alternadamente entre auditores e membros do MP junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo TCU. ‣ Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; ‣ Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades . ‣ Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; ‣ Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; ‣ Prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; ‣ Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; ‣ Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; ‣ Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; ‣ Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. Atenção: • Compete ao TCU fixar um prazo para que o órgão ou entidade que o praticou adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei. • As decisões do TCU de que resulte imputação de débito ou multa têm eficácia de título executivo. • Os Tribunais de contas podem realizar controle de constitucionalidade de leis; • TCU não dispõe de competência para quebra de sigilo bancário. • Não pode o TCU alterar determinações constantes de decisão judicial transitada em julgado. • O TCU não pode manter em sigilo a autoria da denúncia a ele apresentada contra adm. público. Atenção: • O TCU possui prazo de 5 anos para realizar exame de legalidade sem necessidade de assegurar o direito de defesa do interessado; • Súmula Vinculante 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. • As contribuições sindicais compulsórias possuem natureza tributária, logo constituem receita pública, e portanto os responsáveis pelo sua gestão ficam sujeitos a competência fiscalizatória do TCU; • O TC tem competência para fiscalizar pessoas jurídicas de direito privado que recebam receita pública. • O TCU tem legitimidade para anular acordo extrajudicial firmado entre particulares e a Adm. quando não homologado judicialmente; • O TCU possui competência para decretar qualquer procedimento de apuração que lá trâmite a indisponibilidade de bens responsável pelo prazo superior a 1 ano; • TCU possui competência para declarar a inidoneidade de empresa privada para participar de licitações promovidas pela ADM. • TCU possui iniciativa privativa para as leis que tratam sobre sua organização e funcionamento; • Lei Estadual que veda o acesso de documentos ao TCE é inconstitucional. • Tribunal de contas Estadual, Distrital e Municipal: ‣ O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. ‣ É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. ‣ TCE é composto por 7 conselheiros: ‣ STF declarou inconstitucional emenda á a CE que estabelecia que as decisões fazendárias de última instância no PAD tributário, quando contrárias ao erário, sejam apreciadas, em grau de recurso, pelos TCEs. Atenção: • Os tribunais ou conselhos de contas municipais criados pelos estados membros não serão órgãos municipais, mas, sim, órgãos integrantes da estrutura do estado membro. Atenção: • No Tribunal de Contas Estadual, composto por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela Assembléia Legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e um terceiro a sua livre ‣ O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. Atenção: • Em relação ao Presidente da República e aos governadores o parecer é meramente opinativo.
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